textos romanticos

10
O “exílio”, tema recorrente na literatura brasileira, aparece na composição Sabiá de Tom Jobim e Chico Buarque (presentes ao “Festival da Canção” de 1968) e na poesia Canção do Exílio de Gonçalves Dias das quais se destacam os seguintes fragmentos: Vou voltar Sei que ainda vou voltar Para o meu lugar Foi lá e é ainda lá Que eu hei de ouvir cantar Uma sabiá BUARQUE, Chico. Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 57 Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. DIAS, Gonçalves. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1959, p. 103 Após a leitura dos fragmentos de Sabiá (1968) e da Canção do Exílio (1843) depreende-se que: a) A imagem do sabiá nos dois fragmentos representa simbolicamente, apenas, uma referência à terra natal distante. b) O poema de Gonçalves Dias e a composição Sabiá se inserem na estética romântica de valorização da terra nacional como um lugar criticamente construído. X c) A composição de Tom Jobim e Chico Buarque aponta uma recuperação do espaço da pátria, como um direito do homem; o poema de Gonçalves Dias revela o desejo, num lamento de saudade, da volta do homem para a pátria. d) O eu-lírico, nos dois fragmentos, encontra-se fisicamente longe da pátria, apontando a distância como causa da angústia e da saudade. e) Os dois fragmentos descrevem as belezas da pátria, motivo da saudade e da esperança imediata de voltar. Constitui recurso estilístico não só a expressão pessoal de um autor ao utilizar a língua de uma forma artística, como as chamadas figuras de estilo, modos de dizer já

Upload: maria-bastos

Post on 08-Aug-2015

367 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: TEXTOS ROMANTICOS

O “exílio”, tema recorrente na literatura brasileira, aparece na composição Sabiá de Tom Jobim e Chico Buarque(presentes ao “Festival da Canção” de 1968) e na poesia Canção do Exílio de Gonçalves Dias das quais se destacamos seguintes fragmentos:Vou voltarSei que ainda vou voltarPara o meu lugarFoi lá e é ainda láQue eu hei de ouvir cantarUma sabiáBUARQUE, Chico. Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 57Não permita Deus que eu morra,Sem que eu volte para lá;Sem que desfrute os primoresQue não encontro por cá;Sem qu’inda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabiá.DIAS, Gonçalves. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1959, p. 103Após a leitura dos fragmentos de Sabiá (1968) e da Canção do Exílio (1843) depreende-se que:a) A imagem do sabiá nos dois fragmentos representa simbolicamente, apenas, uma referência à terra natal distante.b) O poema de Gonçalves Dias e a composição Sabiá se inserem na estética romântica de valorização da terranacional como um lugar criticamente construído.X c) A composição de Tom Jobim e Chico Buarque aponta uma recuperação do espaço da pátria, como um direito dohomem; o poema de Gonçalves Dias revela o desejo, num lamento de saudade, da volta do homem para a pátria.d) O eu-lírico, nos dois fragmentos, encontra-se fisicamente longe da pátria, apontando a distância como causa daangústia e da saudade.e) Os dois fragmentos descrevem as belezas da pátria, motivo da saudade e da esperança imediata de voltar.Constitui recurso estilístico não só a expressão pessoal de um autor ao utilizar a língua de uma forma artística, como as chamadas figuras de estilo, modos de dizer já categorizados, com características específicas. Sempre que se recorre às potencialidades da língua para construir uma frase bela, emocionante, expressiva, que traduza a realidade de uma forma criativa, estamos perante um recurso estilístico. Assim, são recursos estilísticos:1 – A utilização de uma adjectivação sugestiva, a ligação inusitada de um substantivo a um adjectivo, o uso de uma pontuação que sugira o estado de alma, a opção por uma sequ[ü]ência de vocábulos de um determinado campo semântico, a utilização de processos enfáticos, etc.2 – As figuras de estiloa) a nível fónico: aliteração, assonância, onomatopeia, paronomásia, rima, ritmo;b) a nível morfossintáctico: anacoluto, anadiplose, anáfora, anástrofe,

Page 2: TEXTOS ROMANTICOS

assíndeto, diácope, disjunção, elipse, enumeração, epanadiplose, epanalepse, epífora, gradação, hendíadis, hipérbato, metalepse, paralelismo, pleonasmo; polissíndeto, quiasmo, reduplicação (epizeuxe), silepse, sínquise, zeugma;c) a nível semântico: alegoria, alusão, animismo, antanáclase, antífrase, antítese, antonomásia, apóstrofe, comparação, disfemismo, epifonema, eufemismo, exclamação, hipálage, hipérbole, imagem, interrogação retórica, ironia, litote, metáfora, metonímia, oximoro, paradoxo, perífrase, personificação (prosopopeia), sinédoque, sinestesia.

Análise do poema “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias

categoria: poesia, teoria literária 0 Comments - Leave a comment!

Este texto é uma anotação de uma análise feita em aula pelo professor Eduardo Martins. O professor não é de modo algum responsável por erros, omissões ou imprecisões na análise.

O poema foi escrito enquanto Golçaves Dias estava em portugal cursando Direito.

O poema pertence ao gênero Lírico, que não conta uma história e sim exprime um estado de ânimo de um “eu”, o “eu” lírico.Os elementos de cenário servem como metáforas desse estado de espírito e tem papel muito mais importanbte do que cenários onde se desenrola uma história.

O poema começa com o uso de uma epígrafe, prática comum no romantismo, que possui função semelhante à clave musical, servindo para sugerir o tom da interpretação do poema.

O poema começa com a oposição da terra natal do eu lírico como lugar distante (lá) e a terra do exílio. Essa oposição parte de elementos prosaicos e vai num crescendo até atingir a própria vida.

A comparação não se dá entre coisas que existem na terra natal e não no exílio, mas sim entre elementos presentes em ambas as terras, subjetivamente afirmando a superioridade da terra natal.

Forma

O poema possui 3 quadras e 2 sextetos. A forma é simples, e essa simplicidade se reflete também no vocabulário. Mas a simplicidade não é sinal de “pobreza” e sim de grande habilidade no manuseio dos recursos formais do poema.

O poema possui uma “musicalidade” que é dada pelo ritmo e pelas rimas. Rimas são a repetição de alguns sons iguais ou semelhantes, no final ou no interior dos versos. No caso da “Canção do Exílio” as rimas se dão nos versos pares e os ímpares não rimam (embora alguns versos ímapres possuam rima

Page 3: TEXTOS ROMANTICOS

“toante”, que é a rima apenas da sílaba tônica”. A rima comum seria a “soante”).

A repetição sonora é reforçada pela repetição de palavras, o que acaba por ecoar e firmar o aspecto musical do poema. A repetição dos versos acabam por criar um “refrão”, o que soma o aspecto “musical” do poema.

O ritmo, na literatura neolatina, é dado pela sucessão de de sílabas fracas e fortes, ao se dividr as sílabas poéticas (como as sílabas são pronunciadas e contadas até a última sílaba tônica do verso).

No exemplo:

Mi/nha/ te/rra /tem/ pal/mei/rasOn/de/ can/ta o/ sa/bi/áAs/ a/ves/ que a/qui/ gor/jei/amNão/ gor/jeiam/ co/mo/ lá

Acabam produzindo o seguinte ritmo, se considerarmos a notação / para sílaba forte e _ para sílaba fraca:

/_/_/_//_/_/_/_/__/_//_/_/_/

Note o terceiro verso. O ritmo é destoante dos outros três (1°, 2° e 4°). Esse verso diz justamente “As aves que aqui gorjeiam”, ou seja uma referência à terra do exílio. O ritmo é quebrado sempre que o poeta se refere à terra do exílio. Nos versos 21, 22, e 23 também há quebra do ritmo, mas associada à grande tensão do “eu” lírico. Desse modo, a forma do poema é usada para dar consistência ao seu conteúdo.

O poema pertence à primeira geração romântica no Brasil, que coincide com a época da independência, estando associada à grandes aspirações nacionalistas e interesse pelas coisas do país, a “cor local”, refletindo, no romantismo, elementos da geografia local, afirmando a diferença e independencia de Portugal, inclusive literariamente.

Como a língua é a mesma, buscam uma teoria alemã que afirma a diferença na geografia. Essa teoria dividia a europa em dois “hemisférios literários”: o sul, mediterrâneo, luminoso, que se reflete na literatura greco romana e o norte brumoso, frio, que se reflete na cavalaria cristã romântica. Dessa forma os romantistas brasileiros resolvem o conflito da diferenciação literária mesmo compartilhando a língua com Portugal.

Canção do ExílioMinha terra tem palmeiras,Onde canta o sabiá;

Page 4: TEXTOS ROMANTICOS

As aves, que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas tem mais flores,Nossos bosques tem mais vida,Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o sabiá.

Minha terra tem primores,Que tais não encontro eu cá;Em cismar – sozinho, à noite -Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,Sem que eu volte para lá;Sem que desfrute os primoresQue não encontro por cá;Sem qu’inda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabiá.

Leia também:

Romantismo (Primeira Geração)

RESUMO

O livro Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães, publicado em 1836, é tido como marco fundador do Romantismo no Brasil. Em torno e sob liderança de Magalhães, um grupo de homens públicos e letrados articulou as primeiras manifestações do Romantismo no Brasil, num momento caracterizado pela tentativa de definição de uma identidade nacional.

 O fervor patriótico do grupo, integrado por Martins Pena, Francisco Varnhagen e João Manuel Pereira da Silva, entre outros, manifestou-se inicialmente por meio da imprensa. O primeiro veículo de divulgação consciente do ideário romântico foi a revista Niterói, que teve entre seus colaboradores Gonçalves de Magalhães, Manuel de Araújo Porto-Alegre, Francisco Sales Torres-Homem e C. M. de Azeredo Coutinho. No período, destaca-se também a revista Guanabara, dirigida por Porto Alegre, Gonçalves Dias e Joaquim Manuel de Macedo.

ESTILO

Page 5: TEXTOS ROMANTICOS

Características Gerais

A primeira fase do Romantismo brasileiro, compreendida entre os anos de 1836 e 1852, caracterizou-se pela busca de definição de uma identidade nacional. Reunidos em torno de Gonçalves de Magalhães, cuja obra Suspiros Poéticos e Saudades, de 1836, é tida como marco fundador do movimento no Brasil, um grupo de homens públicos e letrados articulou a formação de um clima de opinião favorável à autonomia cultural do país. O processo de emancipação desencadeado daí em diante deve ser entendido, no plano cultural, como o equivalente da independência política, conquistada em 1822.

AUTORES

Entre os autores da Primeira Geração do Romantismo, o mais empenhado em articular a reforma romântica e nacionalista na literatura foi Gonçalves de Magalhães, que se dedicou à poesia, ao teatro, à ficção, à história e à elucubração filosófica. No campo literário, sua obra mais importante é Suspiros Poéticos e Saudades, lembrada como marco inaugural do Romantismo. Mas a importância histórica de Magalhães deve-se principalmente à figura centralizadora, que estimulou e coordenou a reforma romântica.

 Indicativos de seu papel de reformulador são os ensaios Discurso Sobre a História da Literatura do Brasil e Filosofia da Religião, ambos publicados na revista Niterói em 1836. No primeiro texto, Magalhães argumenta que o Brasil possui uma literatura ligada à evolução histórica do país e que, portanto, apresenta objetos dignos de inspirar escritores. No segundo, afirma que a religião é um dos elementos básicos da sociabilidade e deve, em conseqüência, ser tema de produções artísticas. O intuito era mostrar a literatura como espírito da evolução histórica do país, e o mérito do texto está em postular a necessidade de se estudar os escritores brasileiros do passado para definir a continuidade com o presente. A religião seria o liame capaz de estabelecer a conexão com os antecessores.

Romantismo (Segunda Geração)

RESUMO

A segunda geração do Romantismo tem seus traços mais facilmente identificáveis no campo da poesia e seu marco inicial é dado pela publicação da poesia de Álvares de Azevedo, em 1853. Em vez do índio, da natureza e da pátria, ganham ênfase a angústia, o sofrimento, a dor existencial, o amor que oscila entre a sensualidade e a idealização, entre outros temas de grande carga subjetiva. Exemplares desse período são as obras de Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo.

 Em 1856, com a polêmica em torno no poema A Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães, ganha expressão a figura de José de Alencar, o mais importante prosador do Romantismo brasileiro. Nas objeções que faz a

Page 6: TEXTOS ROMANTICOS

Magalhães, Alencar manifesta sua posição a respeito das correntes nacionalistas e delineia o programa de literatura indianista que seguiria nos anos seguintes. As premissas de O Guarani (1857), Os Filhos de Tupã (1863), Iracema (1865) e Ubirajara (1874) estão formuladas nos artigos escritos a propósito da polêmica.

ESTILO

Características Gerais

A publicação do livro Poesias, de Álvares de Azevedo, em 1853, é considerada por parte da crítica como marco inicial da segunda geração do Romantismo no Brasil. Essa geração, cujos maiores expoentes são Álvares de Azevedo, Fagundes Varela e Casimiro de Abreu, tem a marca do ultra-romantismo. A angústia, o sofrimento, a dor existencial, o amor que oscila entre a sensualidade e a idealização são alguns dos temas de grande carga subjetiva que tomam o lugar do índio, da natureza e da pátria, dominantes na geração anterior.

 Essa exacerbação da sentimentalidade e das fantasias da imaginação mórbida exige uma versificação mais livre, menos apegada a esquemas formais preestabelecidos, e define as obras poéticas de maior impacto do período, como Um Cadáver de Poeta, de Álvares de Azevedo.

AUTORES

José de Alencar, Álvares de Azevedo, Bernardo Guimarães, Varnhagen, Pereira da Silva, Luís Gama, José Bonifácio, Machado de Assis. São esses alguns dos autores que produziram textos importantes para a formação da consciência literária do período. Geralmente voltados para atividades literárias de outro teor, como a poesia e o romance, eles protagonizaram um debate de idéias, no mais das vezes veiculadas pela imprensa, de importância fundamental para a consolidação da literatura no Brasil.

Poeta mais destacado da segunda geração romântica, Álvares de Azevedo é autor de alguns dos poemas mais ilustrativos desse Romantismo calcado nos dramas da subjetividade, no pessimismo e na obsessão pela morte, presente em títulos como Um Cadáver de Poeta, Se Eu Morresse Amanhã e Lembrança de Morrer. Ele também é autor de dois ensaios importantes, Jacques Rolla e Literatura e Civilização em Portugal, escritos entre 1849 e 1850. Em ambos, discorre principalmente sobre sua concepção do belo e tece considerações sobre psicologia literária. Apesar de morto antes de completar vinte e um anos, deixou nesses textos, assim como na excelente obra poética que realizou, uma consciência aguda dos problemas estéticos de seu tempo.

Escrito por Marinalva às 10h51

Page 7: TEXTOS ROMANTICOS

[(0) Comente] [envie esta mensagem]

Romantismo (Terceira Geração)

RESUMO

As idéias liberais, abolicionistas e republicanas formam a base do pensamento brasileiro no período de 1870 a 1890. Influenciados por Auguste Comte, Charles Darwin e outros autores europeus, escritores como Tobias Barreto, Silvio Romero e Capistrano de Abreu empenham-se na luta contra a monarquia. Ao lado deles, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa e Castro Alves também se destacam na divulgação do novo ideário.

 O engajamento em questões da realidade social e a oposição ao governo central tornam-se incompatíveis com o subjetivismo e o patriotismo, até então dominantes. Uma nova polêmica envolvendo José de Alencar é indicativa dos rumos que o movimento romântico toma nesse período. Ocorrida em 1871, a discussão foi iniciada pelo jovem romancista cearense Franklin Távora, que acusava Alencar de excesso de idealismo e pouco conhecimento empírico da realidade que retratava. A polêmica repercutiria sobre textos teóricos do próprio Alencar e também de Machado de Assis.

ESTILO

Características gerais

As idéias liberais, abolicionistas e republicanas formam a base do pensamento da inteligência brasileira a partir da década de 1870, que concentra a produção da chamada Terceira Geração do Romantismo e marca o início da transição para o Realismo. Influenciados pela filosofia positivista e pelo evolucionismo professado por Auguste Comte, Charles Darwin e outros pensadores europeus, escritores importantes como Tobias Barreto, Silvio Romero e Capistrano de Abreu empenham-se na luta contra a monarquia. Ao lado deles, intelectuais de vasta formação humanística, como Joaquim Nabuco e Rui Barbosa, e poetas de grande expressão, como Castro Alves, assumem papel de destaque na divulgação do novo ideário.

 Mesmo antes deles, já na década de 1860, é possível identificar a fermentação de idéias em favor da abolição e da República, com o aparecimento dos primeiros panfletos e jornais que defendiam o fim da escravidão e o estabelecimento de um regime republicano, o que resulta na fundação do Partido Republicano, em 1870. Nessa mesma década, quase duzentos mil imigrantes chegam ao Brasil para trabalhar nas lavouras de café do Sudeste, num processo que anuncia a substituição do trabalho escravo pela mão-de-obra livre.

AUTORES

Page 8: TEXTOS ROMANTICOS

Segundo o crítico Alfredo Bosi, Tobias Barreto e Silvio Romero estiveram entre os primeiros autores a sugerir a mudança de rumo no movimento romântico. Mestiço de origem humilde, Barreto foi o mestre da chamada Escola do Recife, e teve em Romero o seu mais importante discípulo. Sua obra poética, influenciada pelo francês Victor Hugo, é marcada pelo traço característico desse momento do Romantismo: o lirismo público e engajado em questões de justiça social, que geralmente se expressam em prosa e poesia marcadas pela grandiloqüência. Famoso pela verve de seus textos, Romero foi dos mais importantes críticos da literatura nacional do fim do século XIX. Colaborador de diversos jornais a partir da década de 1870, marcou época também pelas avaliações equivocadas. Considerava Machado de Assis um romancista menor e achava Tobias Barreto superior a Castro Alves, hoje unanimemente considerado o mais importante poeta da terceira geração romântica.