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  • 1. A tecnologia na minha vidaAo retornar ao meu passado, encontrei muitos registros durante a minhatrajetria at aqui, de repente, percebi que o nosso tempo parece ser feito de todosos tempos e quando fiz essa viagem deparei-me com momentos que foramimportantes, como meu pai, que j no tenho, mas que foi pea fundamental naminha histria.Venho de uma famlia de classe mdia, e at aos seis anos de idade, morei numa fazenda paulista, onde convivi com objetos de diferentes idades de inveno que no anulavam a importncia um do outro, como a velha panela de ferro em cima do fogo a lenha e o liquidificador, como as histrias mal-assombradas do meu av e a televiso, os avies que passavam voando por cima de estradas onde andavam carros de bois e carroas de burros.Cresci vendo o futuro se construir debaixo dos meus olhos, o que me parecia fico e sonhos foram se tornando realidade, tudo parecia possvel a partir da curiosidade e inveno humana, eram os avanos tecnolgicos.Em pouco tempo o homem chegou a Lua, as imagens chegavam cada vez mais ntidas atravs dos aparelhos de televiso at ficarem coloridas, o mundo avanava rumo ao futuro tecnolgico. Alguns desses avanos ficaram marcados na minha vida, como meu primeiro toca-fitas e gravador, que foi meu companheiro durante as minhas primeiras manifestaes sentimentais, na adolescncia.O tempo passou, e aos dezoito anos, tendo terminado o Magistrio, iniciei minha carreira como professora. Durante os primeiros anos como docente, praticamente no tive acesso a informtica. A primeira vista, o mundo da Informtica parecia territrio exclusivo de indivduos privilegiados, de bom nvel educacional, no entanto, pouco tempo depois, ela se fazia presente na Escola onde eu trabalhava. Era uma escola municipal urbana, que adquiriu alguns computadores, vi-me obrigada a fazer um curso bsico de informtica e a partir da iniciou-se um novo perodo na minha vida. Consegui comprar um computador de segunda mo, que sempre me deixava na mo, sempre nos momentos que mais precisava dele, eram trabalhos da faculdade que precisavam ser entregues no prazo entre outros, no entanto eu sentia-me fascinada com esse novo mundo que se abria a minha frente. Em pouco tempo estvamos acessando a Internet, vi ali a possibilidade de melhorar minha atuao

2. pedaggica, e de abrir novos horizontes a minha frente. Meus alunos passaram a ter o privilgio de ir a lugares antes inacessveis dentro de sua possibilidade, e de conhecer o mundo atravs das noticias, reportagens e imagens.Com a minha vinda para Terra Nova do Norte, especificamente para a Escola Municipal Ribeiro Bonito, me limitei ao uso do computador para digitaes e uso de Cds e DVDs, pois um laboratrio de Informtica e a Internet eram apenas sonhos, que vieram se realizar neste ano. Hoje, temos um pequeno Laboratrio e podemos acessar a Internet, estamos interligados com o mundo. Nossa pratica pedaggica melhorou e nossos alunos so beneficiados com uma tecnologia de ponta.Podemos dizer que a necessidade faz a qualidade. Os avanos tecnolgicos e as descobertas cientficas nos obrigam a ter acesso informtica, para podermos acompanhar deste mundo que no para de evoluir no campo das inovaes. Marcia Valeria Sanchez Perez 3. Minhas Lembranas A partir das lembranas que tenho de minha infncia, uma das coisas que mais me recordo foi a experincia inesquecvel e at cmica com as tecnologias. Nasci e me criei no stio, que pertencia a uma pequena cidade do Paran. Meu pai, gacho e tradicionalista comprou um rdio que mais parecia uma caixa de abelha.Devido ao preo e a escassez de pilhas, o rdio s era ligado em momentos especiais, para ouvir notcias e o jogo do Internacional contra o Grmio, claro! No podia mexer, era relquia e ficava no alto da prateleira. Na mais pura e primitiva ingenuidade, procurava entender como saiam s vozes l de dentro. Quando estava ligado era proibido at sussurrar dentro de casa. Tempos passaram, mudei para a cidade.Comecei a estudar e foi na escola, com a professora e os colegas que fiquei sabendo sobre a TV, as novelas, os filmes e jornais. Contava os dias para chegar o sbado noite para fazer sero na casa da vizinha e assistir televiso. Preto e branco. claro! Que saudades do Super Homem, Chacrinha e suas Chacretes e tantos outros. Depois disso vieram os aparelhos de som, os discos, as fitas K7 e o telefone. Poucos tinham acesso. Que susto o dia em que o telefone tocou perto de mim. Alm do susto no tive coragem e no sabia como atender. At aqui, eu s via e ouvia falar nesses aparelhos. A partir da dcada de 80 e 90, passei a ter um pouco mais de contato com as tecnologias. Aprendi a manusear os aparelhos eletrodomsticos, utilizar mquina de escrever, mquina fotogrfica e atender telefone.Meu contato com as novas tecnologias se deu praticamente a partir de 2000, por isso sou uma migrante tecnolgica e sinto que foi prejudicial para o desenvolvimento das minhas habilidades e competncias em relao ao uso do computador e da Internet. No entanto, tenho certeza que sou capaz de superar os novos desafios e aprender muito. Ficou clara a importncia e a necessidade do contato com as tecnologias (internet) desde cedo pelas crianas. Pois esse contato rompe todos os bloqueios, fazendo com que as mesmas no tenham medo e receio de criar, ousar, investigar, aprender e gostar dos desafios propostos pelas mdias.Isaura de Carli 4. A TECNOLOGIA EM MINHA VIDAEu, Edna Crisitna Fassbinder Ferst, atualmente trabalho na Escola Municipal Ribeiro Bonito no Projeto Cultivar. Trabalho nesta escola desde 2004. As tecnologias em minha vida foram surgindo gradativamente por influncias de vrios fatores. Quando meus pais migraram para a 9 Agrovila no ano de 1984, aqui era puro mato, apenas com estradas, a gua para consumo era tirada de poos com baldes e cordas, no tinha energia eltrica. Recordo-me da histria do meu nome que minha me contava quando ainda criana, que na naquela poca em 1983 tinha na minha casa um rdio da marca Motorola que era muito cuidado pelo meu pai, que ela escutando um programa na Rdio Nacional da Amaznia, escutou o nome Edna Cristina e achou lindo. Desde criana gostei de coisas novas, era apaixonada pelo rdio que tinha em minha casa, pela calculadora de meu pai, que ele usava para cubicar madeira. Quando comecei a estudar que dominava um pouco os nmeros, meu pai me ensinou a manusear a calculadora, ento eu era quem fazia os clculos das madeiras para o meu pai. os anos foram se passando, e aqui por ser um lugar um pouco distante da sede do municpio, demorou um pouco para chegar as novidades da tecnologia. No ano de 1997 apareceu um senhor para dar um curso de datilografia, eu muito entusiasmada fiz o curso, aprendi a datilografar, mas depois por no ter aonde praticar perdi a habilidade. Neste mesmo ano puxaram uma rede de energia aqui na comunidade e instalaram energia na escola, pois tinha aula a noite. Ento comearam a surgir as novidades, televiso com antena parablica e um computador para a escola o que era um sonho, mas ns alunos da poca s podamos chegar perto, ficvamos maravilhados, encantados. No ano de 1998 com a ajuda dos moradores da comunidade foi puxado uma rede de energia para toda a comunidade, onde todos os moradores puderam ter energia eltrica. A partir da as tecnologias foram surgindo. Meu pai e minha me compraram geladeira, mquina de lavar, ferro, liquidificador, batedeira, mas a to sonhada televiso no chegou, isso por meu pai achar que atrapalharia na educao dos filhos. Quando estava terminado o ensino mdio, pude ter acesso a um computador, pois fui cidade fazer um curso bsico, aproveitava cada momento que estava na frente. No ano seguinte em 2001, comecei a trabalhar como professora e ento comprei uma televiso, j que era um sonho de consumo. Nas escolas onde trabalhei at o ano de 2005, tive muito pouco acesso a computadores, pois o que tinha na escola era mais restrito a secretaria. Quando ingressei na faculdade, aproveitei para usar o laboratrio da universidade, para relembrar o que j havia aprendido e aprender um pouco mais. Os trabalhos da faculdade eram sempre digitados em computador emprestado, pois ainda no tinha o meu. Com a chegada do laboratrio, pude ento usar um pouco mais, at mesmo para trabalhos pedaggicos. Quando tivemos acesso a internet, parece que viajava por um mundo que ainda no era meu. Tenho minhas limitaes, mas tento usar e aprender tudo, pois no mundo em que vivemos hoje, sendo transformado por novas tecnologias a cada momento, temos que correr ao encontro, pois seno morremos no tempo.Edna Crisitna Fassbinder Ferst 5. MINHA HISTRIA COM ORGULHO Bem, vou escrever parte da minha vida, ela comea bem assim: Sou filha de pais simples, minha me foi professora de Geografia (hoje aposentada) meu pai na poca comerciante (hoje produtor rural), isso tudo numa cidadezinha do interior do Paran chamada Engenheiro Beltro; onde vive por cerca de 31 anos. Tenho boas lembranas da minha infncia, adolescncia, mas da fase adulta nem tanto, bom chega de enrolar vamos ao que interessa. Apesar de ter nascido em uma famlia simples, sempre tive acesso a tecnologia que me era possvel no momento, vamos falar do perodo da infncia. Com 05 anos de idade frequentei a escola, l chamada de JARDIM DE INFNCIA, me lembro que nessa escola existia um aparelho de som, onde era ligado nos momentos de recreao esse som era usado como sinal, ou seja, entrada, recreio e sada, no existiam o sinal convencional. No perodo do primrio em casa j existia uma televiso preto e branco me recordo com muita saudade do tempo em que passava s 17 horas o Stio do Pica-Pau Amarelo na Rede Globo e eu chegava louca para assistir. Quando fui para o ginasial meus pais compraram uma outra televiso agora colorida, nessa mesma poca ganhei em meu aniversrio um aparelho de som 2 em 1, tocava LP, e rdio AM e FM. Com 14 anos iniciei meu curso de formao do 2 sendo ele o saudoso MAGISTRIO me tornando professora de 1 a 4 sries, nesse tempo passei a ter acesso h aparelho de vdeo na escola, em casa minha me adquiriu uma linha telefnica convencional. Terminei o 2 grau em 1.988 e trabalhei em um projeto chamado TEMPO de CRIANA, no ano de 1.990 prestei um concurso municipal para professora e passei, fui chamada em 09/06/1. 991 onde trabalhei at 05/02/2. 003, sempre trabalhei com 2 srie e por consequncia na escola onde me formei professora e no ano de 1.998/1.999 fiz um curso de D.M. para trabalhar com sala de recursos e na APAE, nessa poca passei a conhecer o computador, mas nunca fiz curso de informtica, o pouco que sei aprendi por curiosidade. Iniciei a faculdade de Geografia em 1.995 mas precisei trancar por um certo perodo , s podendo concluir em 2.001, em seguida iniciei minha ps. Durante os cursos passei a ter maior acesso a tecnologia e informaes, mas o meu computador, s pude comprar no ano de 2.007, e ainda tem funes nele que eu desconheo. Mas com o curso de INTRODUO a EDUCAO DIGITAL, espero poder no ser mais uma analfabeta funcional na rea de informtica. Pois ns precisamos nos aperfeioar para melhorar nossa prtica profissional, sem ficarmos surpresos com as transformaes que acontecem no mundo contemporneo e globalizado. Hoje temos acessos h vrios aparelhos eltricos- eletrnicos que no passado no muito distante no tnhamos nem noo sem isso seria possvel, como a robtica que hoje coisa normal, e ns quando vamos ter acesso a ultima tecnologia em relao a informtica. Agora tenho internet em casa, coisa que jamais imaginei conseguir um dia, ela funciona via rdio, mas pela nossa localidade e tamanho a mais recente e moderna tecnologia a nosso dispor.Jackline - E.M. Ribeiro Bonito 6. Minha trombada com a tecnologiaMeu nome Liomar e pretendo aqui descrever como foi a minha trombada com a tal tecnologia.Nasci na cidade de Galvo, municpio do interior de Santa Catarina. Pra dizer bem a verdade um ovinho perdido no meio de monto de morros entre So Loureno do Oeste e Xanxer. Pois bem, ao que me lembro eu a tecnologia fomos apresentados ha muito tempo atrs, ainda vivendo numa comunidade por nome Jupi-SC, hoje tornada municpio com um pouquinho mais de 600 habitantes na cidade. Meu pai possua um moinho de descascar arroz e moer milho, que para a poca era uma baita tecnologia, pois at ento l no interior as pessoas descascavam arroz no pilo. Algum tempo depois, no me recordo a data, pois era muito novo, meu pai conseguiu comprar uma televiso em preto e branco, que pra ns na poca era o oh!. Lembro at hoje que passava horas na frente daquele caixote monstruoso vendo desenho e um seriado que nunca me esqueo, rim tim tim. Em 1984 mudamos para Mato Grosso, a terra das onas para os que ficaram e at hoje eles pensam assim. Estabelecemos residncia na Agrovila Minuana e a me afastei da tecnologia televiso porque no tinha energia no local, e a tal energia s viria ser instalada na vila no final do ano de 1989. Durante esse perodo todo, a tecnologia televiso ficou guardada em cima de uma mvel que chamvamos de bid, esperando a energia ser instalada para voltar a ativa.De 1984 at 1989 nada de tecnologias eletrnicas, as tecnologias que usvamos eram a enxada, a foice, o matraca para plantar o arroz e o milho e na poca da colheita podia ver em ao a trilhadeira de um vizinho que passava em via sacra trilhado os gros dos produtores da vila. No ano de 1992 j havendo concludo a 8 srie, fui estudar do colgio dos padres em Itaba, onde conclu o segundo grau como se dizia na poca. Neste novo ambiente pude ter mias acesso a tecnologias antes no conhecidas por mim. Tnhamos no seminrio uma sala de datilografia que era a sensao, pois nunca tinha visto uma mquina que pudesse escrever. Tnhamos muitas outras mquinas que nos facilitavam o trabalho. Conheci no seminrio um tal de vdeo cassete que nos permitia gravar os filmes que passavam durante a semana para que pudssemos v-los no sbado. Outra tecnologia que me marcou bastante foi o aparelho de som, toda manh acordvamos s 6:00 ao som de msicas sacras o que me ajudava bastante a preparar o esprito para o decorrer do dia. Tnhamos tambm instrumentos musicais como violo, guitarra, contra- baixo, teclado e uma harmnica, e pude aprender a tocar alguns deles.No meio do ano de 1994 instalaram o telefone convencional o que gerou bastante confuso no inicio, pois todos queriam atend-lo, quando tocava, o trup era grande. J quase no final do ano de 1994, ano em que deixei o seminrio, foi comprado um computador, o que gerou grande alvoroo entre ns. A curiosidade para ver aquele bichinho funcionando era quase incontrolvel. Mas a decepo foi grande, pois nem todos podiam ver o tal computador em funcionamento por que somente um dos padres o utilizava para servios internos e era impossvel torn-lo acessvel a todos. 7. Em 1997 j cursando faculdade na Unemat de Sinop, fazia-se necessrio que para continuar os estudos eu arranjasse um emprego. Depois de ter visto o tal computador no seminrio e no ter podido aprender a lidar com ele, meu desejo era aprender para poder trabalhar com um, foi ai que iniciei na faculdade um curso de computao bsica no laboratrio de informtica do prprio campus universitrio. Logo que conclu o curso, por intermdio de amigos, consegui uma chance de fazer um teste no mais conceituado escritrio contbil da cidade. Na entrevista ao ser perguntado se j havia trabalhado com o tal computador, arrisquei dizer que j havia domado um bichinho igual ao que eles tinham no escritrio, foi ai que me deram uma semana de prazo para provar que podia domar aquele tambm. Consegui ficar no emprego e ali trabalhei por trs anos e quatro meses, todos os dias lidando com o computador. Depois daquele emprego os outros que tive sempre foram trabalhos em que se fazia necessrio utilizar a tecnologia da informtica. E hoje aqui na escola uma ferramenta muito usada no meu dia-a-dia para poder aprender para conseguir ensinar.Dalla Santa, Liomar Roque 8. Evoluo tecnolgica Era uma vez, um objeto intrigante til, cobiado e fascinante seu nome conhecido popularmente por mquina de escrever cientificamenteAnos a fio esteve presente com efeito muito potente revolucionou especialmente a rotina da genteNos tempos jovens e ciente participando ativamente da moda e do diferente era bom, era quente.Hoje ultrapassado essa semente foi substituda drasticamente por um objeto de memria inteligente com tanto apetrecho instigaste nos tornando impotente Credo em cruz! Extrapolou a minha mente.Que pena no acompanhar cientificamente a tecnologia vigente substituindo a mquina valente por computador eletronicamente Meu Deus! Me sinto incompetente. Zoleide Bianchini 9. EU E A TECNOLOGIALembrar da minha infncia lembrar um menino tmido, expansivo com os amigos e familiares, mas acanhado, arredio com as outras pessoas. Recordo-me que ao recebermos visitas em nossa casa eu encontrava uma maneira de ir saindo de mansinho e acabava escondendo-me no quarto, atrs da casa, ou saa pela rua sem saber para onde ia. S retornava quando as visitas j tivessem sado. Mas por detrs daquele menino tmido, havia um menino corajoso, um algum que desejava conhecer as coisas, descobrir o mundo.Filho de uma famlia pobre, que no poderia nos oferecer muita coisa em termos de tecnologia, saa sozinho durante a noite, quando ainda tinha entre 06 e 07 anos, para ir casa de meus tios assistir, em televiso preto e branco, a novela sensao da poca, O Bem-Amado, e filmes, especialmente do Conde Drcula. Outro programa favorito era assistir filmes no CTG (Centro de Tradies Gachas). Filmes do Teixeirinha, Mazaroppi e Trapalhes, que eram sucesso de pblico no Rio Grande do Sul. Pegava eu pelo brao a minha irm e meu irmo, mais novos do que eu, e juntos amos assistir a esses filmes que eram transmitidos durante a noite. Porm, isso no era problema para ns, afinal, coragem no nos faltava. Desde muito cedo ouvia dizer que, ns crianas, no devamos nos intrometer em assunto de adultos. Alheio a tudo o que acontecia ao meu redor, eis quando recebo de meus pais uma notcia que me deixou muito triste: iramos embora de Miragua. Estvamos indo morar em Mato Grosso.Corria o ano de 81. Com apenas 08 anos de idade e sem ter noo da distncia, s sabia que era muito longe, meu corao de criana ficou dividido: curioso por viver essa aventura, porm muito triste por deixar os amigos, a escola, os parentes. Chegou o dia D. A despedida, o embarque, os quatro dias que durou a viagem, a chegada nova terra e a triste constatao: ali seria muito difcil viver. Estradas com enormes atoleiros, um vilarejo (onde iramos morar) e muita mata. Este era o novo cenrio. A nica rdio que sintonizava neste lugar era a Rdio Nacional da Amaznia. Nela havia um programa, por ns crianas e at adultos, muito querido, inteiramente voltado para o pblico infantil, com historinhas, msicas infantis: o Programa da Tia Leninha. Como trabalhvamos na roa era complicado para escutarmos esse programa. S havia uma sada: levarmos o rdio para a roa. E assim fazamos. Quando chegava a hora do programa ningum nos segurava.Em 1983, fui para o Seminrio, em Itaba. Foi a que comecei a ter um maior contato com as tecnologias da poca. Inclusive foi no seminrio que fiz um curso de datilografia, feito em mquinas com teclado relativamente pesado. Mas foi de grande valia. A habilidade na digitao nos dias de hoje se deve quele curso.Em 1988 finalmente conseguimos comprar a nossa primeira televiso, em preto e branco. Quanta felicidade. Na poca, em nossa regio, s conseguamos sintonizar o SBT(Sistema Brasileiro de Televiso), porm, pouco nos importava. Como fomos uns dos primeiros da comunidade a comprar uma televiso, muitas pessoas e 10. famlias iam l pra casa, diariamente ou nos finais de semana, para assistir a novela, filmes, jogos de futebol. Enfim, a nossa casa virou um ponto de encontro. Olha a ironia do destino. Em 1989 prestei vestibular na FUCMAT (Faculdades Unidas Catlicas de Mato Grosso) para o curso de Filosofia, afinal ainda era seminarista. Foi-me dado um poema, que ora no me recordo, do qual teria que extrair o tema central e, a partir da, produzir a minha redao. Cheguei concluso que o tema central era a alma do computador. Porm, que alma era essa. Eu nunca tinha visto um computador na minha frente, nem sabia o que era isso. Quanto suador. Alguma coisa teria que escrever. Escrevi. Se me sa bem ou no, nunca saberei. Da alma no sei o destino, se o cu ou o inferno. O importante foi que consegui passar no vestibular. Em 1998, pude ter contato com o to falado computador. Participei de um curso bsico de informtica, ministrado pelo Padre Edson Sestari, no qual aprendi as noes bsicas que logo esqueci, pois no tinha praticamente nenhum contato com outro computador fora do curso.Finalmente no ano de 2000, realizei o sonho do computador particular. Passou a ser uma ferramenta extremamente importante na minha vida de professor, pois facilitou em muito algumas atividades que eram penosas sem ele. Pude desenvolver habilidades e dominar uma boa parte dos recursos que o computador nos oferece e transformar essas habilidades em conhecimento significativo.No ano de 2003, participei de um curso de ps-graduao, Informtica na Educao, o que ajudou significativamente no meu aprendizado e na possibilidade de auxiliar outras pessoas. Neste ano de 2008 estamos tendo mais esta oportunidade de aprendermos a usar essa grande ferramenta pedaggica, atravs do curso que nos est sendo oferecido pela ProInfo, Educao Digital Linux. Espero poder tirar um bom proveito desse curso para transform-lo em conhecimento significativo para os meus alunos no dia-a- dia da sala de aula. Lairton Jos Ferst 11. Amizade por um fio!Durante a infncia no tive muito contato com a tecnologia, pois morvamos em uma cidadezinha cheia de graa, com seus sete a oito mil moradores, chamada Rosrio Oeste, localizada a 120 km de Cuiab, a capital de MT, Terra de gente simples, mas de muita sabedoria, cheia de crendices populares, segundo os ribeirinhos existe uma lenda a respeito do Rio Cuiab, dizem os mais velhos que no fundo do Rio habita o Minhoco e que ele engole pessoas e vira embarcaes, na verdade no conheo muito a histria, mas tem gente que jura ter visto, eu prefiro apenas acreditar, pois tenho medo s de ouvir falar.Embora no houvesse muitas pessoas em Rosrio, ainda assim as poucas que haviam eram acolhedoras, e passavam todas as tardes conversando em frente a suas casas, a simplicidade era algo que chamava ateno naqueles semblantes, que na maioria das vezes eram de moradores antigos, que o tempo j havia modificado seus traos, mas no a alegria de estar com o outro para falar sobre seu dia, ou mesmo uma palavra a toa, apenas para perpetuar o crculo da amizade. Com o passar do tempo as coisas foram se modificando, nossa cidadezinha foi ganhando mais graa ainda, porque seus moradores estavam conhecendo uma nova forma de se comunicar, e quem iria imaginar que as conversas das tardes dariam lugar ao Telefone, isso mesmo, a tecnologia estava chegando! Assim minha me comeou a se alegrar com a idia de ter um telefone, pois a famlia dela morava em Cidades e Estados distantes, e esse era um meio rpido de estar sempre em contato, para saber como estavam, pois antes utilizvamos apenas as cartas, bem, elas ainda continuariam, eram to pessoais, cheias de carinho, cada letra, cada palavra era desenhada, feita com muito amor.Depois de algum tempo eu tambm comecei a sentir aquilo que minha me sentia... Comecei ento a sonhar... Em todos os sonhos eu estava conversando, mas no me lembro com quem era, lembro-me apenas da cor do aparelho que era vermelho, se bem que eu nem gosto tanto de vermelho, mas esse era o meu sonho de cada noite. Chegou o dia to esperado, instalaram a linha para o telefone, e para a minha surpresa o aparelho era marfim, tambm, imagine se tudo fosse realmente como nos sonhos... o mais engraado era quando ele tocava, todos queriam atender, a sorte mesmo era daquele cujo telefonema interessava. Isso ocorreu durante dias at todos se acostumarem com aquele toque. Embora a tecnologia seja algo importantssimo para todas as pessoas, pois com ela conseguimos vrios avanos tecnolgicos, nada substitui uma agradvel e longa conversa na calada de casa com os amigos, e parece que l o tempo passa mais devagar, como se o que realmente importa so a simplicidade das coisas, e o grau de importncia que damos a elas... Ah os amigos longe ou perto esto sempre em nossos pensamentos, como diria Mrio Quintana a amizade um amor que nunca morre.Soila Canam 12. A CURIOSIDADE MATOU O GATOA curiosidade matou o gato, exatamente nisso que estou pensando enquanto comeo a digitar esse texto. Estou segurando as lgrimas, pois acabei de perder todos os arquivos que estava no meu computador enquanto tentava instalar o Linux Educacional. No sbado a noite procurei um site para fazer o download do Linux, foi bem fcil encontrar. Enquanto esperava o trmino do download aproveitei para dar uma olhada nas instrues de instalao, estava super ansiosa para explorar o novo sistema. Quando o download terminou resolvi ir adiante e criar o disco de boot, pois sabia que no era um processo complicado, j havia feito isso antes, claro que da primeira vez perdi vrios CDs. O cd ficou pronto e como j estava tarde fui deitar, mas a curiosidade no me deixou dormir, minutos depois estava novamente na frente do computador. Olhei mais uma vez o captulo que tratava do particionamento de disco e reiniciei o computador, o resto d pra imaginar, foi o incio do fim do gato curioso. Agora estou tentando me conformar com as perdas enquanto fao a atividade do curso. Ao menos o novo sistema foi instalado, e o editor de texto bem parecido com o antigo, no estou tendo dificuldades para usar, e para minha prpria surpresa ainda no senti saudades do Word. Isso me leva a uma importante constatao, o gato no morreu, ele continua vivo, apenas mudou. doloroso mudar, mas aos poucos vamos percebendo o lado bom das mudanas e no fim nos acostumamos novamente, deve ter sido assim com as pessoas que utilizavam navios para atravessar o Atlntico quando os avies comearam a ser utilizados para o mesmo propsito, como tambm deve ter sido a curiosidade que fez muitos experimentarem esse meio de transporte pela primeira vez. A curiosidade tambm deve ter tirado Santos Dumont muitas vezes da cama, impossvel dormir quando se tem em mente idias que podem influenciar os caminhos de toda a humanidade, e quase certo que ele tambm teve prejuzos durante as inmeras tentativas at que seu projeto tivesse sucesso. bvio que no estou me comparando a Santos Dumont, mas como professora posso influenciar o caminho dos meus alunos para que se tornem cidados responsveis e capazes, esse o meu projeto, aprender utilizar um sistema mais acessvel uma das inmeras tentativas, perder cds e arquivos so prejuzos pequenos diante desse projeto. A curiosidade natural no ser humano, mas o medo da mudana faz com que vejamos ela como defeito, como um vcio capaz de levar os curiosos a morte. Nos ensinaram a ver com maus olhos a curiosidade ao longo dos sculos, como uma forma de conter os explorados e manter o poder, e ns em pleno sculo XXI continuamos repetindo a mxima e temendo o novo. As lgrimas secaram finalmente, a cada palavra digitada percebi que no perdi nada, o disco do computador foi formatado, mas o que eu aprendi j faz parte de mim, desse texto e das minhas aes. A curiosidade nunca matou o gato, o que ela matou foi o comodismo e o medo do novo. O novo gato compreendeu que no escravo de uma nica tecnologia, mas que so elas que serviro ao seu propsito desse momento em diante. Jusemara Teles 13. A tecnologia em minha vidaHoje o aspecto mais importante na dinmica econmica sob o comando industrial o crescimento da produtividade relacionado com a incorporao de novas tecnologias, o fato mais preocupante nesse processo o prprio desenvolvimento dessas tecnologias e principalmente suas aplicaes. Percebe-se que a tica hegemnica mundial nesse contexto (re) organiza o mundo semelhante uma teia de aranha, tal quantidade de relaes que envolvem a humanidade em nossos dias em um sistema de incluso ou marginalizao social, sendo assim, as pessoas gradativamente so afetadas pelo intenso fluxo de informaes e inovaes tecnolgicas. Estamos vivendo hoje a uma verdadeira revoluo na rea da telecomunicao a espera de novos instrumentos os quais tornam os espaos e tempos mais curtos, ou seja, hoje por exemplo, atravs da tecnologia posso realizar contato com outras famlias em tempo real, coisas que anos atrs era realizado atravs de cartas levando dias e at meses do referido contato. Como experincia vivida em meio a essas inovaes (tecnolgicas) vale ressaltar o meu primeiro contato com a energia eltrica, em minha casa anteriormente a luz que iluminava era o da lamparina, objeto feito de lata com pano e leo diesel, mais tarde passamos a utilizar liquinho, objeto mais moderno, sendo que sua fonte de energia era o gs, j em 1982 esse ltimo objeto foi substitudo. Atravs de um projeto realizado pela CEMAT, ficava visvel nos rostos das pessoas dessa comunidade a esperana e a vontade de participar de uma nova era, um momento em que a tecnologia chamada de energia eltrica a qual iria suprir muitas necessidades as quais de certa forma assolavam a nossa famlia e nossa comunidade. No entanto o que se verifica hoje a presena de novos momentos tecnolgicos e principalmente a nossa adaptao ela,pois a globalizao tecnolgica ampliou o fosso tcnico do mundo: Os habilitados tecnicamente tornaram-se mais ainda habilitados e os menos habilitados buscam atravs das novas exigncias do mercado do trabalho uma nova interao tcnica talvez tardia mas necessria . Edson Wanderlei 14. Efeitos colaterais do uso do PCTinha convico. No. No seria mais uma obcecada pela mquina e seus feitos hericos em uma saleta composta de quatro paredes nuas, uma escrivaninha, uma cadeira de rodinhas e um assento ao portador do outro lado da mesa. J cansara de ouvir estrias bem sucedidas de final de expediente: Vc viu meu Pc novo? Nossa que insulto a gramtica! Engoliram as palavras, corromperam a lngua materna em troca de meia dzia de modernidade. Meu PC! Jamais ousaria usar tais palavras. Era feliz com suas fabulosas estorietas sobre aquele dia que... Ou sobre quando, quando... No importa se no tinha estrias do final de expediente sobre aquele dia que o tcnico de informtica passou a tarde espalhando olhares esverdeados na redao, ou sobre quando o PC travou na hora H e ele teve que ir tomar um cafezinho na cozinha. Era simples, poderia substituir seus contos por aquele dia que o chefe tropeou no balde e vassoura deixados por um minuto no corredor no corredor, enquanto limpava, disfaradamente, o vidro da sala de redao que tinha o PC ligado que o tal tcnico examinava. Afinal sabia que ningum tropearia nela mesmo. E quando chegara atrasada cinco minutos por deixar os pensamentos presos no monitor LCD com tela plana de catorze polegadas da recepo. Pensou que se aquele PC travasse seriam horas de olhos azuis na recepo. Mal acreditava que tinha pensado PC. O contato que tinha com ele era breve: um espanador bailarino ou uma flanela embriagada de desejos. s vezes quando a vassoura, por atrevimento ou curiosidade, chegava mais perto e tocava alguns fios deitados no cho, o corao saltitava na boca, o rosto cobria de um torpor, as pernas bambeavam e s voltava a respirao quando ouvia as palavras mgicas: Est tudo bem tia!? Se quiser posso sair para a senhora poder limpar a vontade. Mas sempre dizia que estava bem, que poderia ficar, pois j estava acabando. Mesmo assim ficava horas mergulhadas em pensamento, viajava pela tela e sentia os dedos fazendo um clic- clic no mouse juntos com os olhos verdes. Tinha curiosidade, queria saber como funcionava tudo, mas ali apenas limpava e suas mos no eram delicadas como as da redatora. Todas as vezes que uma daquelas mquinas parava de funcionar chamavam o tcnico. Olhos verdes, maleta prata, cabelos sem vento e muitas horas na frente da tela. Ficava sempre ao p da porta pronta para trazer o caf, alcanar a chave, pegar o Cd disso e daquilo (conhecia os Cds pelos desenhos), ele sempre contava com os seus prstimos. Todos corriam de um lado para o outro com papeis, telefones, anotaes. Ignoravam o tcnico, mas lembravam da mquina e sempre algum perguntava: E a, j est pronto? E ele respondia: S mais meia hora, to terminando de formatar. Dessa vez consegui recuperar todos os arquivos. Um sorriso, um gole de caf. Depois ia embora e o verde dos olhos dele continuava piscando no boto do computador. Com o tempo foi perdendo o medo, podia toc-los: Mquina e homem. Com o espanador danava sem p. Com a flanela exalava perfume. E a vassoura teimosa se enrolava nos fios. Algum chame o tcnico, meu PC travou. E dia aps dia via ele entrando na redao. Maleta na mo, cabelo sem vento, sorriso no rosto, sinal verde (os olhos). Todos ocupados. Mensagens, telefones, anotaes, cafs e sorrisos, muitos sorrisos. No final do expediente tambm tinha estrias para contar e falava com as paredes nuas: Vou ter o meu prprio PC. uma questo de tempo. Ele no trava na hora H. A conexo e banda larga, j comprovei outro dia ao tomar caf na cozinha. Terei acesso ilimitado s dar o enter. Um dia enquanto limpava a sala da redao o PC principal travou, disseram que era a memria que estava cheia. Ficaram apavorados tinham que terminar a edio para o dia 15. seguinte, mas o PC no respondia a nenhum comando. Ento chamaram o tcnico de olhos verdes. Falaram que ele no poderia vir, estava de frias, lua de mel. Lua de mel?! Ouvira bem, mas no vira aliana em suas mos. Foi um delete seguido de um insert cruel. A flanela caiu e o espanador voou. Ela avanou em direo ao PC. Os olhos dele piscavam em verde e vermelho. Tocou a mquina. Feriu a tela plana LCD, penetrou o disco rgido e devorou cada Mb da memria, engoliu a seco cada CD, triturou com as mandbulas ao desenhos do teclado, digeriu o mouse e em instantes o PC foi sumariamente destrudo. Mas ouviu o clic, seus olhos estavam vidrados e desta vez todos da redao olhavam-na. Como uma capela: A faxineira, seguido de um silencio ensurdecedor. Mal percebeu o barulho da flanela embriagada e do espanador bailarino tocando o cho. Dirigiu-se em direo ao PC principal da redao, plugou-o na tomada. Morte sbita do silencio. Mensagens, telefones, anotaes, cafs e risos, muitos risos. No voltaria mais a sala da redao. O PC ainda lhe distribua olhares esverdeados, com sua enorme cara LCD catorze polegadas. Desconectou-se da rede. Estava sem endereo de web. A noite quando deitou na slida cama de solteiro do quarto de meio salrio, sentiu bem: memria cheia. Fez um backup, tomou um anti-vrus, reclinou a cabea no travesseiro e antes de iniciar a formatao ainda viu o teto refletir a tela LDC de muitas polegadas, as paredes se recobrirem de preto internalizadas de fios coloridos plugados consecutivamente, a porta revestida de metal tal qual a entrada USB. Seria um racker que invadira seu sistema? Ou algum conseguira descobrir sua senha? Deletaram os meus arquivos. Iniciou a formatao. Mas ouviu bem quando chamaram o tcnico vestido de branco com olhos esverdeados para consertar a mquina. No dia seguinte o Classificados do jornal oferecia uma vaga de emprego para faxineira com segundo grau completo e curso de computao. Gislide Aparecida Ferreira de Sena. 16. Minha histriaMinha histria comea a mais ou menos 28 anos atrs, quando ainda morava na minha terra natal em Santa Catarina. Meus pais trabalhavam fora para poder nos dar o mnimo necessrio, eu e meus trs irmos ficvamos em casa, eu e meu irmo mais velho ramos responsveis pelo servio de casa, estudvamos um perodo e no outro tnhamos muito o que fazer, na poca do inverno, recolher lenha, fazer fogo, etc. Mas, ramos crianas e gostvamos de assistir TV, esquecendo assim das tarefas de casa. At que minha me resolveu cadear a televiso, pois seno o servio no era realizado. Quanto sofrimento, sem assistir os desenhos favoritos, at que apareceu um tio nosso muito esperto e nos ensinou a colocar uma extenso e ligar a tomada, no necessitando assim abrir o cadeado, e nossa me no descobriria. Engano nosso, o resultado foi: trabalho no realizado e uma surra bem dada. Quando nos mudamos para Terra Nova do Norte em 1986, no tinha energia eltrica ( luz), no tinha como assistir televiso, ento, ouvia muito a Rdio Nacional da Amaznia, lembro que meu pai ficava bravo pois eu gastava uma carga de pilha a cada dois ou trs dias, em compensao fiz muita amizade por correspondncia, me correspondia com pessoas do Brasil inteiro. Passado muitos anos, j cursando Pedagogia, em uma promoo realizada na Escola em que eu trabalhava, decidiu-se comprar dois computadores para a sala de professores, mas, tnhamos um porm, no sabamos mexer com aquela coisa. Ento um professor do PAEM ( Programa Alternativo do Ensino Mdio), chamado Vitrio se props a nos dar umas aulas, teve at cronograma, pois tinha muita gente interessada em aprender, enquanto outros nem chegavam perto. Aprendemos a ligar e desligar, e usar o editor de texto. Foi um grande avano para a poca. Depois disso, fiz dois cursos de computao, mas, sempre com um pouco de medo de estragar.Algum tempo depois apareceu o tal do celular, o meu marido tinha um, mas eu no sabia mexer, certo dia tocou o celular e fui atender, sem perceber apertei o boto para falar, e ainda perguntei pro meu marido se era no boto verde que apertava, e a pessoa do outro lado disse; sim no verde mesmo. Pensa no mico que passei. Sem contar as vezes que o celular tocava e achava que no era comigo o barulho, achando que era outra coisa. Agora tudo mudou, todos em casa tm celular, temos computador com acesso a internet, estamos aprendendo cada vez mais, e procurando perder omedo do novo.Mara Caciane Renz Dalmolin 17. A tecnologia em nossas vidas De acordo com o site Wikipdia, tecnologia um termo que envolve o conhecimento tcnico e o cientifico e as ferramentas, processos e materiais criados e / ou utilizados a partir de tal conhecimento. A tecnologia um meio indispensvel na vida do ser humano, precisamos fazer uso da mesma para conseguirmos acompanhar as evolues e transformaes que vem ocorrendo no mundo inteiro. Eu como professora de Educao Infantil, acredito que a tecnologia e a informtica so fundamentais na vida de qualquer pessoa, j que hoje tudo esta relacionado com as novas tecnologias, a cada dia surgem novidades e de certa forma somos impulsionados acompanhar tais transformaes. Antigamente, mais ou menos a vinte anos atrs, nem todas as pessoas tinham televiso, rdio etc..., atualmente so poucas que no possuem tais tecnologias, e um exemplo de como a tecnologia vem crescendo o fato de hoje termos inmeros modelos televiso, a um certo tempo atrs as televises eram pequenas e sua imagem era preto e branco, hoje temos modelos dos mais avanados como: TV de plasma que praticamente um cinema dentro de casa. A informtica tambm vem se expandindo, ter um computador em casa hoje j comum, precisamos fazer uso do mesmo pois as situaes que enfrentamos exigem seu manuseio. Ter um computador conectado a internet se tornou uma necessidade do ser humano, a informtica surge para superar a necessidade do ser humano de registrar e manipular dados em grandes quantidades com preciso e rapidez. Muitos profissionais da rea consideram que a palavra informtica seja formada pela juno das palavras informao + automtica, pode dizer-se que a informtica a cincia que estuda o processamento automtico da informao por meio do computador. Em sala de aula podemos perceber o quanto as crianas se interessam pelo computador e principalmente pela internet, a maioria delas j sabe o que um computador e qual sua utilidade. Eu confesso que at pouco tempo no tinha contato nenhum com o computador e internet, no sabia nem ligar um computador, mas ficava observando as pessoas trabalhar e imaginava que no seria to difcil manusear tal mquina. Minha curiosidade aumentou quando h trs anos iniciei minha faculdade de Pedagogia em Educao Infantil. A todo o momento ouvia falar em assuntos relacionados a internet, e assim logo foi necessrio usar o computador para digitar textos, provas, projetos bem como pesquisar na internet. Dessa forma meu interesse s aumentava, passei a navegar pela internet, criei meu MSN e Orkut. Hoje me sinto feliz usando o computador, navegando na internet, e a cada dia aprendendo coisas novas e interessantes, sei que h muita coisa pra aprender, mas com dedicao e empenho ser possvel conquistar. Enfim acredito que a tecnologia e a informtica esto sendo muito importantes para minha vida, pois iro contribuir para meu crescimento pessoal e profissional. Roseli Aparecida Cucolotto 18. Eu e a TecnologiaDe uma forma simples Tecnologia a razo e a capacidade do homem em resolver problemas na qual ele utiliza-se de meios por ele criado para facilitar a resoluo dos mesmos, ou seja, inventa algo para ajudar a resolver outras coisas. Sendo assim a tecnologia est presente em tudo, ds do lpis de escrever impressora jato de tinta, da bicicleta ao avio, do rdio ao computador e assim vai... Quando pequeno, eu e meus irmos gostvamos muito de ouvir o rdio, aparelho de comunicao mais usado naquele tempo, era a Tecnologia da poca. No rdio se ouvia novela, jornal, futebol, rodeio, bingo e etc. Lembro-me quando meu pai trocou o antigo aparelho por um novo, fizemos at uma festa, tempos que ficaram guardados na lembrana. Com a chegada da televiso ficou ainda melhor, com o som vieram as imagens, dava pra ver o mundo inteiro dentro do televisor. A princpio pensvamos que a antena seria posta em cima do telhado da nossa casa, mas descobrimos que no era preciso, apenas em cima do televisor. A TV no era colorida, apenas em preto e branco, mas quem ligava, o importante era assistir as novelas e ver os jogos que antes se ouvia apenas pelo rdio. Lembro-me quando ganhei meu primeiro Vdeo Game, era um Dynavision, demorei aprender, tive dificuldades por no saber usar, mas criana aprende rpido, principalmente quando se trata de jogo, depois que aprendi, passava horas brincando na frente da televiso, minha me algumas vezes chegou at brigar comigo pra no jogar muito, mas me divertia bastante tudo pra mim era novidade. Em casa tinha uma mquina de escrever manual que meu pai usava para digitar trabalhos, era muito interessante, mas s vezes ele ficava zangado quando errava o texto, era necessrio muita ateno, pois um erro no poderia ser corrigido e se errasse muitas vezes tinha que comear tudo de novo. Meu pai no deixava ningum mexer na mquina de escrever, s ele, mas com o passar do tempo foi nos ensinando a usar aquele instrumento de trabalho. Os tempos foram passando e com a chegada do computador meu pai lanou-me um desafio. Ele disse: __vou te dar um computador se voc fizer o curso de informtica e passar de ano. Aceitei o desafio, passei a fazer o cursinho bsico e consegui passar de ano. O curso teve durao de oito meses. Quando conclui, fui chamado para fazer um estgio na escola de informtica que eu fazia aula, comecei a fazer o estgio que durou seis meses, junto com o instrutor Marcelo, terminado esse perodo, passei a pegar turmas sozinho na sala, no foi fcil, mas com a ajuda de Deus consegui. Ganhei meu primeiro computador e fui aprendendo aos poucos e at hoje estou aprendendo, e acredito que continuarei a aprender cada vez mais, nesse mundo de tecnologia que no tem fim.Israel Brites Caldas 19. No desistir de voar Quando soube que teria que produzir um texto, sobre a tecnologia e qual influncia ela tem em meu cotidiano, logo pensei. De qual aparelho irei falar? Pensando assim, procurei escrever sobre o que estou vivenciando no momento. Sendo convidada a participar do curso LINUX aceitei prontamente mesmo estando em tempo reduzido, por outros compromissos, e o curso j em andamento quando comecei a participar das aulas. Assistindo ento o filme de Santos Dumont notou-se a sua vontade de voar, comeando sua criao de uma forma bem primitiva, mas com perseverana, deu asas a sua imaginao. Hoje se pode usufruir de aeronaves com todo luxo e requinte, alm de viagens expressas, graas a sua fora de perseverana. Incrvel!!! Como evoluiu!!! No entanto as mudanas ocorrem rapidamente e a evoluo tecnolgica. J passa a fazer parte do nosso cotidiano, e felizmente somos privilegiados com o uso desses recursos. Ainda lembro-me quando fiz curso de datilografia era uma velha mquina de escrever. Como eram duras as suas teclas!!! Sei que no foi fcil a concluso do curso, pois morava vinte e sete quilmetros de distncia da cidade aonde acontecia o mesmo. Enfim concludo... Que bom! Eu sabia datilografia, o que facilitou minha vida de estudante, datilografei textos, poesias, musicas... Mas... Tempos depois tive o primeiro contato com o computador. Que diferena da mquina de escrever! As teclas eram mais leves, se errasse poderia apagar sem danificar o texto. Lembrando que o primeiro programa foi o MSDOS (hoje extinto) executei outros programas entre eles a digitao, que foi de grande relevncia nos trabalhos de faculdade. E a internet!!!! Ah, essa demais!!! Uma fonte inesgotvel de pesquisa e esclarecimento de dvidas, traz o conhecimento para bem perto de ns. A grande maioria pode acess-la e se conectar com o mundo em questo de minutos, esse benefcio j est acessvel para todas as pessoas, inclusive temos a vantagem de obter programas especificados para crianas, fazendo com que desde cedo j comecem a informatizar e estar preparados para vivenciar esses avanos que a tecnologia pode oferecer. Como educadora sinto-me mais preparada para ao transmitir esses conhecimentos e para dar oportunidade aos pequenos de conhecer a mquina, ensinar- lhes que no se deve fechar os olhos para o mundo e que desistir de voar no nosso lema, mas sim, ir em busca da realizao dos nossos sonhos!!!! Maria Jos 20. INTRODUO A INCLUSO DIGITAL Sou professor de uma escola rural do Municpio de Terra nova do Norte MT, denominada Escola Municipal Xanxer, trabalho ha 20 anos no Ensino Fundamental com crianas de 1 a 4 sries. A tecnologia evolui com o passar do tempo, e a cada momento desperta curiosidade, pois cada novidade precisa ser assimilada para ser utilizada pelas pessoas em todas as partes do mundo, seja qual for a atividade que exera , existir sempre algo que venha para aperfeioar, facilitar as atividades humanas. Podemos chamar isso de progresso em benefcio do ser humano das pessoas enfim, mas para que seja um instrumento de incluso precisa estar ao alcance tambm das minorias.O sculo XX foi uma poca em que o avano tecnolgico se deu de forma muito acelerada, muitas vezes pela necessidade e tambm pela capacidade que o ser humano desenvolveu em buscar melhorias. Mas s vezes nesta busca nem todos os avanos podem ser considerados positivos devido aos efeitos colaterais de muitas invenes e inovaes como por exemplo o uso das mquinas agrcolas que substituram a mo de obra humana gerando desemprego no campo outro exemplo o uso dos agrotxicos que por um lado possibilita a produo em grande escala de alimentos mas que ao mesmo tempo gera transtornos de sade . Analisando o passado que tive e atentando para as particularidades da poca entre 1973 e 1981 lembro-me que na luta rdua da agricultura, minha famlia passou por muitas dificuldades devido a falta de conhecimento sobre a qualidade do solo, mudamos do Paran para Mato Grosso em 1973, em busca de melhoria de vida, adquirimos um stio em Sinop, Mato Grosso, passamos por muitas dificuldades por causa da falta de conhecimento das culturas agrcolas que poderiam ser produzidas ali naquele solo, assim sendo plantou-se caf em terras imprprias para este cultivo, conseqncia disso foi a dvida alta em financiamentos e a conseqncia da falta de produo , em 6 anos o terreno foi a leilo , por falta de pagamento.Hoje meus pais moram em uma chcara pequena criam gado de leite e corte sempre procuram melhorar a qualidade dos animais para uma melhor produo de leite e carne.Na escola onde trabalho (Escola Municipal Xanxer) as melhorias demoraram a acontecer devido s condies da poca os recursos tecnolgicos que tnhamos era muito poucos me lembro que nossa escola comeou com um mutiro comunitrio para levantar as salas de aula e eram apenas duas salas com uma minscula cozinha os materiais pedaggicos eram escassos poucos livros e um mimegrafo para ampliar textos ou avaliaes. Os primeiros computadores chegaram em 1997/98 eram quatro mquinas, onde pudemos aprender algumas noes de como usar a mquina. Eu aprendi um pouco, consegui aprender a digitar textos, tabelas, grficos etc. No Programa Windows 97/98. No pudemos aperfeioar e aprender muito devido falta de prtica e de tempo.Por volta do ano de 1996/97, chegaram o 1 kit de TV, antena parablica e vdeo k7, para que a escola fizesse a gravao dos programas da TV Escola e utilizasse como uma ferramenta pedaggica em sala de aula e para cursos de atualizao de professores.Muitos professores tiveram e ainda tem muita dificuldade em manusear aparelhos eletrnicos como: dvd, vdeo k7, controle remoto etc., mas h sempre quem auxilie no uso destes equipamentos. 21. Atualmente na escola onde trabalho teve melhorias nesse sentido temos o laboratrio de informtica com Internet e agora podemos com esse curso, aperfeioar nosso conhecimento para poder maximizar o uso dessa tecnologia em sala de aula.Professor Marcos D.Rohden. 22. OS AVANOS TECNOLGICOS EM NOSSO DIA A -DIAEu Laercio Roberto Ferst, sou professor a nove anos, na mesma escola em que cursei da Primeira srie at o Ensino Mdio.Em 1981, minha famlia juntamente com outras tantas migrou do Rio Grande do Sul para Terra Nova, mais precisamente para 9 Agrovila, onde na oportunidade tinha apenas cinco anos de idade. Essa era uma regio nova, ainda intocada, onde as notcias s chegavam em cartas ou jornais dos grandes centros, geralmente trazidas em mos por pessoas que vinham de viagem.Perante essa realidade, no difcil imaginar o quanto era raro a noticia ou o aparecimento de uma nova tecnologia, seno as j conhecidas e usadas em nosso dia-a- dia.Em 1983 ingressei na escola, primeira srie, poca em que comecei a manusear algumas tecnologias (como materiais pedaggicos) que no eram muito comuns para mim, pois minha irm no permitia que mexesse nos materiais escolares dela. Nessa poca ganhei meu primeiro calado, era para ser uma "conga" - calado de tecido que se usava na poca -, mas como no serviu, e meu pai trocou por um sapato social. Foi um problema, porque eu no tinha cala comprida, e ento tive que usar com calo e uma meia vermelha que para que eu usasse, meu pai disse que era do internacional. Alegria que durou pouco, pois logo comearam a me chamar de sapatudo, e nunca mais usei o calado.Por volta de 1986, compramos o primeiro rdio, da marca "Norton", que mais parecia uma caixa de abelha de to grande. S pude comear a manuse-lo depois de uns trs anos, pois meus pais diziam que no deveramos mexer, pois alm de ser movido a pilha, na poca muito cara, tambm poderia estragar.Em 1990, com o surgimento do garimpo e conseqentemente uma melhoria nas condies financeiras, compramos nossa primeira televiso, em preto e branco que funcionava a bateria e uma antena rabo de peixe. Era uma maravilha assistir aos jogos de futebol no final de semana, com a casa cheia de vizinhos, embora quase no vssemos a bola, de to mal que pegava. Porm nessa poca j estava bem crescidinho e at j resolvia pequenos problemas que dava com a mquina.Assim que comecei o ensino mdio, apareceu na escola um Senhor interessado em dar cursos de datilografia. Alguns dias depois j me sentia "o cara", pois era um dos melhores alunos do curso. Tambm pudera, tinha fora nos dedos para bater aqueles botes emperrados das velhas mquinas. Um ano depois fiz um curso bsico de computao, um medo terrvel de apertar um boto que estragasse o computador, mas s aprendi de verdade quando precisei fazer meus trabalhos e outras atividades da faculdade.No ano passado (2007) recebemos do governo federal um laboratrio de informtica e recebi o convite para trabalhar como orientador. Nos primeiros dias me senti um quase analfabeto, pois essas mquinas vieram providas do Sistema Operacional Linux, at ento ignorados por mim, mas foi com grande insistncia e contribuio de vrios colegas que consegui aprender um pouco.A maior dificuldade que tenho e sinto que meus colegas de trabalho tambm tm, quanto ao uso do computador como uma ferramenta pedaggica, talvez por ser uma tecnologia nova para ns. Porm faz-se necessrio que procuremos romper com esse medo do novo, pois nossos alunos no tem, e cada vez mais cobraro de ns. Laercio Roberto Ferst 23. TECNOLOGIAS... A tecnologia na vida do cidado se tornou indispensvel, pois, a cada dia quepassa, nossas vidas se tornam mais corridas e atarefadas.Desde criana, valorizei muito a tecnologia a minha volta mesmo que simplesfosse.Cresci sempre ouvindo a Rdio Nacional da Amaznia, mas a chegadaprimeira televiso preto e branco em minha casa, se deu em 1985. Meu pai conseguiucomprar um motor estacionrio com um gerador de energia pequeno na OficinaMecnica em que trabalhava e, a partir da tivemos energia eltrica e televiso em casa.A famlia ia do centro da cidade (aqui em Terra Nova) at o bairro industrial prximoao Laticnio para poder assistir o jornal e a ento famosa novela da poca RoqueSanteiro. Mais tarde, quando nos mudamos para a cidade de Matup, minha me dava aula o dia inteiro, ento resolveu comprar uma mquina de lavar roupas para ajudar no servio de casa. Nessa poca a energia eltrica da cidade acabava a meia noite, ento dava tempo de minha me chegar da escola e lavar at tarde da noite. Quando meu pai conseguiu comprar uma televiso um pouco maior e colorida, estava no auge o programa Xou da Xuxa (1986 1987). Eu e meus irmos ficvamos em casa na parte da manh e tnhamos que dar conta do servio de casa, com tarefas que minha me deixava para cada um fazer. Mas, a tentao de assistir o programa da Xuxa com suas msicas que adorvamos cantar, os desenhos (Heman, Sherra, Caverna do Drago, etc.), era to grande que quando estava dando a hora da me chegar e o servio no tinha sido terminado e a televiso quase pegando fogo de tanto assistirmos a manh inteira, a nica soluo que vamos era pegar vrios cubinhos de gelo e colocar em cima da televiso para tentar esfriar para que quando a me chegasse, no perceber que a TV esteve ligada por vrias horas. E, o triste fim da TV no muito tempo depois veio. A coitada queimou de tanto derretermos gelo em cima dela para esfri-la.Quando mudamos para o Estado do Par, que tristeza... Adeus energia eltrica,mquina de lavar roupa, TV, geladeira, ferro eltrico. Voltamos a lavar roupa na velhatbua e puxar gua com balde da mina de gua, passar roupa com o ferro a brasa,lamparina e lampio a gs... E o pior era que no outro dia o nariz da gente estava purocarvo da lamparina.Depois de um certo tempo morando no stio, meus pais retornaram para o Estadode Mato Grosso pois tinham que dar continuidade nos estudos dos filhos, pois, no stios tinha at a 4 srie do Ensino Fundamental.Nesse perodo tive oportunidade de fazer o curso de datilografia que na pocaera muito requisitado e, mais tarde o curso de informtica onde ainda se fazia o MSDOS.Hoje, observo como avanou todos os recursos tecnolgicos a nossa volta. Osalunos tm acesso a inmeras tecnologias. E ns temos a obrigao de acompanhar tudoisso para facilitar o nosso dia-a-dia e melhorar a nossa prtica na sala de aula.Alexandra Magalhes Frighetto 24. INSTRUMENTOS TECNOLGICOSA tecnologia est presente em nosso meio, variando de forma e constantemente aumentando sua capacidade, tornando-se cada vez mais necessria devido ao seu grande avano, sendo que h vrias mquinas em uma s, como o celular, que se torna um computador de tantas funes, nele as pessoas conseguem fazer as funes das outras mquinas, como enviar mensagem entrar na internet, telefonar e at mesmo mandar e entrar em seu e-mail. Primeiro instrumento tecnolgico que tive acesso creio eu que foi a televiso, at ento no muito diferente da de hoje. O rdio foi outro instrumento tecnolgico que no mudou muito, pois continua com a mesma funo que a de informar e distrair. Agora ao me deparar com o computador tremia ansiosa e com medo de estragar, pedia ao meu professor se realmente existia todas as letras e se eram em ordem alfabtica. Eu no tive acesso ao computador na escola, paguei um curso de informtica, para me capacitar. Hoje quase todos os alunos tm acesso ao computador, devido ao avano e importncia que isso traz ao meio escolar, pois o aluno ao mexer em um computador se encanta com o maravilhoso meio tecnolgico, conhecendo todas as funes conseguindo conversar com pessoas dos outros pases, criando at mesmo uma nova lngua, no caso o internets a nova linguagem do MSN. Todavia a tecnologia fundamental e indispensvel ao meio escolar, pois ao fazer uma pesquisa o aluno poder utilizar vrios meios tecnolgicos, como no jornal da televiso em notcias na rdio, pelo celular e at mesmo pelo indispensvel computador. Portanto o governo federal est implantando em todas as escolas o laboratrio de informtica, envolvendo todos para a incluso digital, tanto alunos como os profissionais de educao que esto necessitando de capacitao para melhorar o mtodo de ensino, e envolver cada vez mais os alunos ao meio tecnolgico. Perante o vdeo o sonho nos ares deixa bem claro que a persistncia e a capacitao deve haver sempre para se conseguir alguma coisa, assim o estudo, tudo que se quiser tem que haver a persistncia e interesse em aprender.KTIA FABIANE SCHEID BIANCHIM 25. O CABOCLODe uns tempos pra c vejo uma coisa esquisita Uns rapazes ajeitados e umas moas bonitas Andam falando sozinhos do risada fazem fita e que est acontecendo contando , ningum acredita. 2 Depois de muito observar O que est havendo agora Resolvi me informar A quem pudesse explicar O mundo tranqilo de outrora E essa pessoa falou Que o tal computador A grande inveno da histria 3 Estas coisas que o senhor v No so estranhas, pode acreditar Elas no falam sozinhas Do outro lado da linha Tem algum a lhes escutar Compram vendem at namoram Sem precisar se encontrar Mesmo os grandes negcios so feitos por celular 4 Ela explicou que as coisas Acontecem como magia Basta dar um tal de clik Nas mquinas de hoje em dia Voc fala l no Japo Com seu irmo ou sua tia Toda esta facilidade Isso a tecnologia. 5 Inda fiquei matutando Esse moo endoidou Ele est fazendo um deus Desse tal computador E depois esse tal de clik Isso ta meio suspeito, sei no Eu nem tenho parente no Japo. 6 Outra coisa muito suspeita Grande inveno da histria Sujeito esquisito, 26. Parece que no tem memria E o rdio, a televiso, O navio e o avio Pois ele no sabe ento Que no so coisas de agora? 7 Ele se esquece dos inventos Da terra do cu e do mar De todo tempo e trabalho Do homem, pra inventar Imagine se Santos Dumont Montado no 14 Bis Esperasse o tal do clik Pra fazer ele voar? 8 Foi preciso muito esforo Pesquisar, trabalhar Desenvolver a cincia Sob o sol ou sob o luar No ficar buscando atalho Sentar na frente da mquina Pra copiar e colar. 9 Estas coisas eu escutei E comecei a observar Principalmente os mais jovens No querem saber de pensar Pra qu, se t tudo pronto No tem mais o que inventar Se eu tenho tudo mo Computador, internet, celular? 10 Alguns quase nem saem Pra bater papo, namorar Fazem isso on line No precisa se preocupar Fazem isso falando sozinho Na rua por celular. 11 Esto deixando de lado As boas coisas da vida A busca constante do outro Pra poder se completar Pois ningum uma ilha Se ficarmos isolados Os problemas tendo a aumentar. 12 O contato com o outro uma coisa sem igual Ter amigos, passear na praa 27. Que era muito natural Virou coisa do passado Dizem que a moda agora o sexo virtual. 13 A informtica tomou contaDe todo comrcio do lugar O funcionrio olha pra mquina No d nem pra papi Busca numa tal de tela Tudo que eu fui perguntar Aquelas mquinas esquisitas Sabem de tudo informar. 14 No mercado eu no entendo Como ela faz pra acertar Eu entro pra fazer compras Ela no sai do lugar Mas quando eu chego perto Nem precisa perguntar Essa maquina bisbilhoteira J sabe o tanto que eu vou ter que pagar. 15 No banco ainda pior Nem sei se posso explicar Eles enfiam um trem na mquina E vai nuns boto apertar A ela cospe dinheiro Pra pessoa que ta l Acho que o fim do mundo No sei nem o que pensar. 16 Me lembrei quando menino Uma histria que ouvi contar De uma rvore que dava dinheiro Comecei imaginar Plantar umas moedinhas Pra elas poder aumentar Eu com uma mquina dessas Nem ia mais trabalhar. 17 Comecei pensar na escola Como est nesse momento Com tanta informao Jogada como que pelo vento Ela deve parar pra pensar No mal que pode causar Se no souber aproveitar Pra produzir conhecimento. 18 28. Resolvi ento visitar A escola l da vila Pra poder observar Como l, no dia- a- dia Ver como esto convivendo Com tanta tecnologia Pois todo canto que se vai Usam a mquina como magia. 19 Vi que at aqui na vila J tinha computador Ligado na internet Para aluno e professor Muitos viviam clicando, Digitando, conectando Mas alguns, principalmente os mais velhos, tinham verdadeiro pavor. 20 Assim segue a rotina Quase todos a conectar Sempre tinha algum Pra elogiar ou criticar Porm, o importante entender Que tudo que se faa na escola Seja para aprender ou para ensinar. LAURECI 29. Lembranas Quando eu era menino, trabalhava muito, todos os dias de manh ia escola e, ao retornar mal acabava de almoar, pegava minha bicicleta e ia pra roa ajudar meus irmos mais velhos. Nossa famlia era humilde e no tinha condies de adquirir as novidades da tecnologia. ramos sete irmos em casa e mame no podia nem acompanhar os desejos de nossos estmagos.No dia em que a energia eltrica foi instalada na minha rua, brincamos a noite toda comemorando aquela maravilhosa novidade que clareava nosso bairro, mesmo sabendo que ao retornar para casa iramos deitar a luz de lamparinas ou fazer a tarefas de casa sentindo aquele cheiro horrvel de leo que ficar para sempre no meu subconsciente e no pulmo.Na escola ouvi algum falar em calculadora, objeto revolucionrio mais gil que a professora de Matemtica, ento com muita tristeza entendi que para conseguir uma, teria de somar mais e mais trabalho, diminuir as compras de doces na cantina da escola onde eu poderia comprar s um doce por semana, multiplicar minha vontade de decorar toda tabuada, pois de tanto eu pedir minha me fez essa promessa e quando ganhasse, teria de dividir com meus irmos. O tempo passou, fiquei sabendo de uma coisa chamada telefone que deveria ser chamado de telerico porque s eles atravs de alguma coisa denominada aes poderiam comprar.Lembrei-me da encantada televiso, porque at ento conhecamos o rdio, agora poderamos ver os artistas dentro da nossa casa; melhor, na casa do vizinho que no assistia nada sozinho, era s ligar o aparelho que ns estvamos todos l fazendo companhia at o momento em que ele dava uma desculpa e mandava todos embora. Quando fazia faculdade fiquei perplexo quando vi um acadmico usando um telefone sem fio que poderia ser levado para qualquer lugar. Por muito tempo fiquei apenas sonhando com o celular, j trabalhava, mas tinha de ajudar comprando apostilas para a universidade por isso no dava para ter os dois.Depois de alguns anos pude conhecer o computador, porm s ficaria no conhecimento porque adquiri-lo era muito caro e teria de continuar sonhando um dia ter aquela maravilhosa mquina em casa.Hoje sou adulto e apesar das dificuldades e de no poder acompanhar as transformaes tecnolgicas, aprendi os verdadeiros valores humanos e lutar pelos meus objetivos mesmo que eu demore um pouco mais para alcan-los. Sou professor h cinco anos, hoje tenho celular, computador e outras tecnologias essenciais de sobrevivncia, mas ainda faltam muitos aparelhos para adquirir e aprender a fazer uso desses que j tenho.O curso do Linux Educacional veio trazer a oportunidade de me incluir no processo educacional na sociedade. At onde vou? No sei no, porque enquanto viver as lembranas nunca vo terminar e isso me faz lembrar que nunca posso desistir de lutar e tentar acompanhar os avanos tecnolgicos.Vanderley da SilvaTerra Nova do Norte-MT. 30. FORMAO OU EDUCAO? Acostumamo-nos com a flexibilidade, e a influencia de mdias em nossas vidas; a cada dia novas dinmicas so apresentadas e somos obrigados a fazer parte desse sistema, se no inserimos estamos fora dessa fluidez ento seremos acometidos e entrelaados pela ausncia de garantias, sejam elas relativas vida pessoal, ao emprego ou organizao social. Quanto mais risco, mais variao. Quanto mais garantias, mais estabilidade e participao nesse sistema e por fim mais capacidade de aprendizagem, tanto do emissor de conhecimento quanto do recebedor. Ao contrrio; o poder perdeu a sua centralidade e no somos ns professores que ensinamos, so os alunos conectados que nos ensinam o sutil mundo da informao, claro que nem todos, mas o mundo da aprendizagem est repleto de alunos informatizados e crticos que negam conscientemente a existncia de uma nica verdade ou de um s mundo. Para muitos a ausncia de verdades absolutas significa tambm o fim dos totalitarismos, embora alguns apontem formas mais sofisticadas de controle em nossos dias... Seria ento a informtica uma forma de controlar os serelepes alunos problemas? Segundo Chomsky, com a extrema vigilncia que reina nos dias atuais as formas de controles se tornaram sutis e eficazes. A sutileza de um computador poderia atuar lado a lado com o professor. No temos mais um novo discurso universal, pois seria algo dispensvel na pluralidade de centros em que vivemos, cairia na questo financeira onde nem todos teriam acesso a essas tecnologias enfim, nova dicotomia e nova briga, pois no necessitamos mais de verdades permanentes. Tomemos duas reas fundamentais da vida humana que foram bastante flexibilizadas, tornando-se completamente fludas. A educao e a profisso. Ambas deixaram de ser uma eleio nica, para toda a vida. Perderam a caracterstica de obrigao e escravido e ganharam em ludicidade e no seriedade. O conceito de vocao, relativo esfera educacional, foi substitudo pelas experimentaes, enquanto a auto-realizao vinculada escolha de uma profisso deu lugar busca do reconhecimento e muitas vezes do xito fcil e imediato, que leva a um desapego aos princpios bsicos da educao. H sem dvida uma valorizao excessiva do sucesso rpido em detrimento da experincia e do aprofundamento. Discernir, avaliar, separar, formar profissionais, escolher impe-se, portanto como exigncias bsicas de nossa poca, uma tarefa cotidiana e contnua. Surgir da novas utopias e implementaes de novas tcnicas do conhecimento, como a informtica. Valdecir de Carvalho 31. A Revoluo tecnolgica esta presente em nossas vidasAtravs de analises realizadas sobre o avano tecnolgico no decorrer do processo histrico, pode-se constatar que a tecnologia faz parte do cotidiano da maioria das pessoas, pois com a chegada da globalizao que ocorreu maior avano no setor, foi com a revoluo tcnico cientfica. Desde os tempos mais remotos a busca constante por inovaes esta presente, sendo imprescindvel no perodo moderno, desde os primeiros equipamentos que foram utilizados at os mais sofisticados. Hoje podemos mencionar que a revoluo tecnolgica esta acentuada principalmente na rea dos computadores com acesso internet, o mundo ficou interligado, com os novos programas softwares criando a chamada Aldeia Global. Tendo em vista que os meios de comunicao esto em constante transformao, quer dizer, esto se tornando cada vez mais sofisticados, ns como fazedores de toda essa revoluo temos tambm que estarmos nos aperfeioando atravs de capacitaes que devemos buscar como aperfeioamento profissional na rea de trabalho. Diante dessas perspectivas como profissional da rea de educao, procuro aperfeioar o conhecimento em termos de tecnologia, pois temos observado essa constante instabilidade no mundo tecnolgico, desde os televisores, rdio, celulares e a rede da informtica com os computadores. O computador foi um dos instrumentos tecnolgicos que jamais imaginei que teria acesso, pois tinha resistncia quanto a mquina e as possibilidades que poderia encontrar na mesma, mas tudo isso foi mudando quando fiz meu primeiro curso de informtica ao terminar o Ensino Mdio no ano de 2000. O mercado de trabalho exige como conhecedor da mquina, sendo que ela se torna um instrumento imprescindvel. Hoje, vrias resistncias foram superadas, como profissional na rea da educao, tenho procurado conhecer o computador como instrumento pedaggico. A estrutura pedaggica das Escolas est passando por grandes alteraes, com a implantao dos laboratrios de informtica, como exemplo pode-se mencionar a Escola Municipal Xanxer, cuja ganhou um laboratrio no las esto passando por grandes _____________________- _________3 1313131313131313131313131313131313131313131313131313131313131313131313 13131313131313131313131313131313131313131313131313131313131ano de 2007 com 10 computadores e acesso a internet. Algo inovador e com grande carga de conhecimento quanto ao ensino/aprendizagem. Esse novo mtodo foi algo preocupante pela grande maioria dos profissionais na rea da educao, pois de imediato ocorreu resistncia ao manusear o equipamento. Atualmente estamos recebendo capacitao, sendo que de suma importncia para aperfeioamento profissional. A persistncia como o filme Do sonho aos ares um dos exemplos que devemos seguir diante das dificuldades que nos deparamos e em seguida por em prtica esse mtodo para obtermos melhores resultados. Jussara Schneider Costa Lisbinski 32. Minha BiografiaMeu nome Lina Cristiane Cavalheiro Trombeta, nasci no dia 13/06/81 na cidade de Capito Leonidas Marques estado do Paran, filha de Nilton Pit Cavalheiro e de Maura Stela da Silva Cavalheiro. Hoje sou casada, tenho 27 anos de idade, sou ma de uma linda menina chamada Larissa e estou grvida pela segunda vez. Aos 35 dias aps meu nascimento viemos para MT, Terra Nova do Norte, num vilarejo que recebeu o nome de 8Agrovila Minuano. Aps 2 anos e meio,mudamos para um stio na BR 163. Com o passar dos tempos comecei a estudar, fiz at a 4 nesta localidade. Quando passei para a 5 srie voltamos morar na vila novamente, nesta escola conclui o ensino fundamental e mdio, no ano seguinte comecei um curso superior - Pedagogia, onde me formei. Hoje sou ps graduada e j fazem nove anos que atuo na rea da educao,como professora de pr a 4 srie, e temos ao nosso meio os avanos tecnolgicos fluindo a cada momento. Mesmo quando fazia a faculdade, algumas vezes usava o computador, mas com certo receio, na verdade sentia obrigada a utilizar devido aos trabalhos, mas quase sempre deixava as colegas fazer esta parte. Quando fala-se em tecnologia devemos ter em mente que no refere-se apenas ao computador, celular, etc. desde uma simples caneta a um meio de comunicao, meio de transporte por mais simples que sejam,em fim so tantas as tecnologias que nos cercam que temos que ir aperfeioando cada vez mais. Minha lembrana do tempo de criana referente ao meio de comunicao, foi de um rdio que meu pai tinha e s podamos ligar para escutar a hora, as notcias do meio dia e raramente o programa da tia Heleninha, no podia deixar ligado o tempo todo para no descarregar as pilhas. Com isso, demorei a entender que quando desligasse o rdio o programa prosseguia normalmente, minha imaginao era que quando desligava o rdio o programa ou a musica que estivesse passando tambm parava por ali.Os tempos foram passando, ento quando vi pela primeira vez programas na televiso achei fantstico porque alm de escutar a gente tambm via as imagens e minha viso de mundo foi mudando. Hoje vejo e percebo uma srie de coisas que as crianas tm mais facilidade de lidar com essa mquina do que as pessoas adultas. Na minha faze de criana, eram poucas as pessoas que tinham esse acesso. Diferente de nossa atualidade, onde desde os mais novos aos mais velhos todos tm acesso internet, uns com mais outros com menos facilidade. Quanto a esse avano eu ainda me sinto um pouco frustrada no sei se receio ou mesmo falta de interesse mesmo em lidar com essa maquina, mas pretendo super-las e aperfeio-los cada vez mais. Lina 33. Infncia; medo e curiosidade O tempo passa, as coisas mudam se transformam e vo surgindo novos inventos, uns com pouco sucesso e outros superando todas as expectativas. Assim a ciranda das descobertas, dos avanos cientficos, enfim, das mudanas que afeta a vida comum do homem no mundo moderno. Hoje me deparo com as lembranas de minha infncia, como era difcil o acesso as informaes, pois tudo era distante e as pessoas viviam de forma isolada num mundinho tranqilo a merc da ignorncia e certo abandono, mas ao mesmo tempo muito felizes e solidrios.Lembro-me, quando garota com os olhos faiscando e ouvido colado naquela tamanha caixa que de dentro saia vozes, sons de jeito inexplicvel, tudo mais parecia uma mgica, aqueles botes, pilhas e ao toque dos dedos pessoas falavam, riam, escutava-se msica e tudo aquilo era to prximo que na inocncia de criana, acreditava no que papai dizia; que havia pessoas ali dentro daquela caixa, a qual muitas vezes tentei conversar para ver se realmente me ouviam, mas era sempre em vo.. claro, pois afinal, aquele objeto era o mais importante aparelho informativo chamado Rdio. Foi pelo rdio que comecei apreciar a msica e seus ritmos. Ah, j ia esquecendo de dizer que nos ligvamos o rdio somente quando papai no estava em casa, pois esse direito s cabia a ele. Logo na sua ausncia, quanta alegria em poder ouvir msicas em meio conversas e gritos com as irms menores, depois breve silncio para escutar e copiar rapidamente a letra da msica preferida no papel e cantar. Tambm tinha os programas da Tia Leninha, com o quadro Histria da minha vida; e as novelas do rdio que me encantava e fazia sonhar com um mundo cheio de fantasia. Mas este encanto durou at eu perceber que no mundo o homem era um ser fantstico, capaz de fazer coisas incrveis com sua inteligncia brilhante. Assim como o rdio aconteceu com o telefone, a energia eltrica. Tudo foi ocupando lugar em minha vida com situaes muitas vezes cmica. A evoluo da lamparina, foi tambm um episdio marcante de minha vida, pois com seu uso noturno levantava de manh com a ponta do nariz todo preto, cabelo cheirando fumaa e entre brincadeiras os plos do brao sapecado no fogo dando cheiro de pena queimada. Quanta maluquice! Voc deve estar achando estranho no ? Pois acontecia isso e muito mais sobre a luz da lamparina, resultado das tarefas da escola deixada para fazer a noite, sob presso da mame que incansavelmente sabia que o incentivo aos estudos era tudo que poderia dar a seus filhos. Enquanto isso a passos largos, l fora j estava em processo de aperfeioamento, uma das descobertas mais incrveis e inovadoras que iria ligar o mundo, as pessoas, sem distino racial ou social, o Computador.Hoje, essa mquina misteriosa cada vez mais vem nos surpreendendo, com sua multiplicidade de uso. A maioria dos jovens e crianas j tem acesso a ela e so chamados de nativos, pois sabem lidar e controlar de maneira que no deixam qualquer novidade passar em vo e sobre um click inofensivo vo descobrindo coisas mirabolantes. Enquanto muitos adultos mal tm a coordenao motora sobre aquele 34. ratinho chamado Mouse. Meus filhos so exemplo claro disso, pois ao me ver conversando com algum on-line no MSN ou orkut ficam zombado, falam que durante o bate-papo eu escrevo muito certinho, com todas as regras gramaticais do Portugus, enquanto eles abreviam o mnimo possvel, chegando at a inventar loucas palavras, criando sua prpria linguagem virtual., sou realmente uma migrante no meio da informtica, ainda tenho medo de toc-la assim como o rdio, pois com a repreenso dos meus pais em limitar o que poderia mexer sem estragar, criou-se o trauma de infncia com a incapacidade e o medo de ir alm. Coisas que s a psicologia explica. Minha intimidade com o computador no foi muito diferente, pois tive muita resistncia em aproximar-me realmente dela e querer descobrir e aprender seus benefcios. Talvez hoje, ainda me considero uma analfabeta digital em relao ao conhecimento sobre a utilizao do computador como ferramenta de trabalho, mas acredito que conforme as necessidades vo surgindo e para no me sentir um peixe fora dgua tenho procurado me inteirar e aprender sobre essa tecnologia e suas linguagens para competir com meus filhos a arte da descoberta no mundo conectado.Neila R.Torres, 35. O Telefone Estamos acostumados a ouvir sobre a importncia da tecnologia em nossas vidas. Por meio do aperfeioamento tecnolgico foi possvel ao homem chegar Lua, encontrar a cura para inmeras doenas, trocar informaes via e-mail e tambm a conquista mais importante para muitos: a possibilidade de cada indivduo, independentemente da etnia, cor e religio, possuir seu prprio celular. Alguns acreditam que chegamos ao pice da civilizao, pois no precisamos mais catar gravetos para fazer sinais de fumaa. Para outros (mais apocalpticos) o incio do fim da civilizao judaico-crist ocidental.O interessante que estamos de fato no futuro, j que a alguns anos, facilidades tecnolgicas como as atuais (microondas, controle remoto, internet...) eram vistas somente em seriados como Jornada nas Estrelas e em filmes como De volta para o futuro; bom claro que ainda no conseguimos viajar no tempo, ainda. Mas nossa histria se passa numa cidadezinha do interior do Estado de So Paulo h mais ou menos 15 (quinze anos). Nessa poca ter um telefone em casa era um luxo para poucos. Acredito que isso seja marcante na minha vida pelo fato de o meu pai trabalhar no Mato Grosso e para conseguirmos falar com ele, precisvamos ir casa do meu av esperar a ligao que acontecia em mdia a cada vinte dias.Pois bem, voltando ao assunto, lembro- me que no ano da privatizao da telefonia foram disponibilizados para a minha cidade natal, 2000 linhas telefnicas residenciais e 500 linhas para celulares. Foi a febre daquele vero. As pessoas interessadas tinham que preencher um cadastro na TELESP e aguardar um sorteio. Nesse dia meu pai estava em casa e a realizao do sorteio se deu no antigo cinema da cidade (desativado devido proliferao da modernidade dos vdeo cassetes de sete cabeas) e as pessoas aguardavam ansiosas pelo ) sorteio. Fomos contemplados com a linha de telefonia fixa (R$ 1500,00) e com a de celular (R$ 900,00).O dia da instalao do telefone em casa, foi uma festa entre eu e meus irmos. Afinal, telefone era status, podamos falar para nossos amigos que tnhamos telefone. Estvamos agora (mesmo sem saber na poca) entre as famlias, que segundo as estatsticas do governo, tinham alcanado um nvel social maior, passando de classe mdia baixa para classe mdia. Nada se comparou, entretanto, ao dia que o celular chegou. Meu pai foi receber o aparelho na TELESP e veio para casa como se estivesse com o pino de centro quebrado, seu tijorola analgico deixava seu corpo levemente inclinado para o lado. Nessa poca usava-se esses aparelhos pendurados no cinto. Era o mximo. Mal espervamos a hora do celular tocar: Nossa que coisa incrvel, fora do comum! Lembro-me de um amigo que disse que ramos ricos por ter telefone em casa e um celular. Naquele ano, outro amigo viajou para o Oriente e na volta contou que em Israel at os feirantes possuam celular. Meu Deus que pas rico era o que mais se ouvia. Atualmente os tempos so outros. Inmeras transformaes ocorreram at agora. Os aparelhos de celular esto cada vez menores, os servios cada vez melhores e as facilidades de comunicao atuais, fazem do mundo uma aldeia onde todos podem ter 36. acesso a qualquer tipo de informao, configurando um mundo sem delimitaes ou divisas, interligado por uma rede invisvel, tecida pela globalizao.Jos AdrioTecnologia em Minha VidaSegundo fontes do site www.gobiernoelectronico.org, tecnologia pode ser definida como conjunto complexo de tcnicas, artes e ofcios (techn) capazes de modificar/transformar o ambiente natural, social e humano (cognitivo), em novas realidades construdas artificialmente. De acordo com este pressuposto, e como bem sabiam os gregos clssicos, a tcnica (Techn) no boa, nem m, nem neutra, mas poltica. A tecnologia sempre fez parte da minha, vida de forma direta ou indireta, desde o meu nascimento at esse exato momento, desde de muito cedo tenho fascnio por tecnologias, seja ela qual for, sou um grande adepto das novas tecnologias, apesar de as vezes sofrer para compreende-las, acho que o mundo seria vazio , sem graa, se no houvesse as tecnologias, pois no teramos evoludo e seriamos todos primatas. O filme de Dumont retrata bem a tecnologia, pois alm de a construo do avio ser uma nova tecnologia, era um sonho a ser conquistado e a tecnologia foi e sempre ser um sonho, que estamos sempre tentando acompanhar. Apesar de ouvir muito rdio na minha infncia, confesso que no a mdia que mais aprecio, pois sou fissurado pelas imagens e a televiso foi a mdia que mais me cativou, at a chegada do computador em minha vida claro, que aconteceu na faculdade, at ento este tambm no tinha importncia nenhuma, mesmo precisando, s vezes o evitava, s ento em 2007 que meu interesse pela informtica atingiu o seu pice, com a proposta de eu ser um coordenador do laboratrio de informtica, desse dia para c a televiso perdeu seu espao em minha vida, principalmente depois da compra do meu PC. Acredito que a educao deu seus primeiros passos para a mudana, com o auxlio da informtica e principalmente com a ferramenta mais importante que a internet, o professor com esses recursos tem a possibilidade de trabalhar com seus alunos o assunto do dia em sua disciplina, sem contar os trabalhos maravilhosos que podem ser elaborados pelos alunos com o auxlio dos professores.Josias Barbosa Leite 37. O MUNDO DAS TECNOLOGIASPara falar em tecnologias no poderia deixar de falar sobre meu trabalho como educadora j h 18 anos e tenho orgulho de dizer que gosto do que fao. Quando iniciei meu trabalho na escola o material didtico era apenas o livro do professor, onde os contedos eram passados no quadro para que os alunos fixassem a leitura e a escrita. Isso fazia com que o aluno decorasse os contedos, pois no havia nem sequer rdio na escola. Aos poucos foram chegando os livros didticos para os alunos e assim foram melhorando e ficando mais fceis de trabalhar, pois as turmas eram multi-seriadas. Logo as escolas foram polarizando, foram chegando mais livros, j havia uma mquina de datilografia que na poca s era usada para redigir documentos para a secretaria de educao, logo surgiu o aparelho de fita cassete depois de muitos pedidos veio a televiso e o vdeo que foi um dos momentos mais comemorado na escola e finalmente o sonhado computador com impressora facilitando mais o trabalho de digitao de documentos na escola, alguns alunos j faziam trabalho escolares fazendo uso do computador.O primeiro contato que tive com a mquina foi com a realizao de trabalhos para faculdade. Hoje o avano tecnolgico da informtica veio para facilitar o trabalho da maioria das pessoas, apesar das dificuldades encontradas no manuseio da mquina, nos compromissos pessoais e profissionais no tendo tempo disponvel para se dedicar e aperfeioar os conhecimentos na rea da informtica que tambm est constantemente mudando suas tecnologias. Assim como o avano da informtica vem crescendo o homem voa cada vez mais longe em busca de sucesso na satisfao sentimental e profissional, pois a exigncia da qualificao profissional do mundo moderno cresce constantemente. Maria de Lourdes Dias. 38. Tecnologicamente falando...Ah, a tecnologia... Como viver sem ela? Foi ela quem proporcionou a evoluo do rdio, da televiso, da Internet... atravs destes meios de comunicao que ns, reles mortais, temos acesso a idias ultramodernas e revolucionrias de filsofos fabulosos como uma Tati Quebra Barraco, um MC Serginho... por meio deles que esses pensadores poderosos, atuais e de grandes conhecimentos culturais, cientficos, sociais e, principalmente, sexuais nos trazem crus, cachorras, cerol, tapinhas, eguinhas, cavalinhos e pocots. Nossa! Isso tudo me deu uma saudade dos meus tempos de menino l no interior do Mato Grosso do Sul. Tempos difceis aqueles... Naquela poca nossa casa no tinha energia eltrica, mas o sistema de iluminao da residncia era dotado de alta tecnologia. O utenslio utilizado tinha o nome de lamparina. Dentro dela havia um tecido longo que percorria todo o seu corpo e sua ponta ficava fora dela, numa espcie de bico. Seu mecanismo de funcionamento era super interessante. O que o acionava era um sistema operacional chamado fsforo que, quando friccionado e encostado no bico da lamparina, liberava uma substncia que atendia pelo nome de querosene, que, imediatamente escalava o tecido por toda a sua extenso e, em contato com o fsforo, como num passe de mgica, acendia-se. Esse sistema era bem prtico, porttil e pequeno. Podamos lev-lo aonde quisssemos. Tambm tnhamos um grande rdio de pilha que nos trazia notcias do mundo, msicas e novelas (quanta imaginao, quantos cavalos, tiros, correntes, mocinhos e bandidos). noite ns o ligvamos e nos sentvamos em cadeiras de corda no terreiro. Ouvamos os programas e olhvamos o cu. Observvamos as estrelas e, de repente algum dizia olha o apareio!. Traduzindo do caipirs: aparelho traduzindo mais ainda: jato. Como nossa imaginao voava. Mal sabia eu que aquele aparelho fora inventado por Santo Dumont, um brasileiro l de Minas, s. Vixe, bateu uma nostalgia maior do que a que estou sentindo... Essa atmosfera rural, essa pasmaceira, essa calma... Lembrei-me de Drummond, daquele poema que retrata bem a minha infncia, Cidadezinha qualquer:Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar. Devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus. 39. Ns, como Santos Dumont, vovamos e imaginvamos tantas coisas, tantos mistrios naquelas noites estreladas. Mas outra tecnologia entrou igual a um foguete em nossas vidas anos mais tarde; a televiso. Ainda no tnhamos energia, porm nosso vizinho de stio comprou uma TV preto e branco, fabulosa, de umas 8 polegadas e, para ela funcionar, usava uma bateria. Uau! Tecnologia de ponta! Ns, para no perdermos mais esta novidade, plugados em alta tecnologia como ramos (praticamente uns nativos digitais), fomos ver de perto a novidade e apreciar a sua programao. ramos sete neste grupo: este corajoso que vos fala, minha me, minhas trs irms, meu irmo e sua esposa. S que, para chegar at ela, tnhamos de andar cerca de dois quilmetros atravessando terras cultivveis e pastagens. Entremeio nossa casa e a casa da televiso havia um rancho que diziam ser mal-assombrado. Segundo o povo, aparecia por ali uma mulher toda de branco. Como passvamos noite, nossos coraes batiam acelerados. Na ida, tudo bem. Passamos ilesos. Mas na volta... Conseguimos passar pelo rancho, ufa! No entanto, uns 500 metros frente, minha irm mais velha resolveu olhar para trs e ao lado do rancho, vinha um vulto nos seguindo. Estando com passadas normais, minha irm comeou a acelerarCaf com po Caf com po Caf com po Virge Maria que foi isso maquinista? Agora sim Caf com po Agora sim Voa, fumaa Corre, cerca Ai seu foguista Bota fogo Na fornalha Que eu preciso Muita fora Muita fora Muita foraO... Foge, bicho Foge, povo Passa ponte Passa poste Passa pasto Passa boi Passa boiada Passa galho Da ingazeira Debruada No riacho 40. Que vontade De cantar! O......De repente estvamos todos correndo. Meu irmo, que teoricamente deveria proteger o grupo, estava grudado na mo de sua esposa a uns dois passos a sua frente (se ela o soltasse, nunca mais o veramos), porm, contrariando a sua falta de coragem, ele dizia me solta, me solta que eu volto l. Palavras ao vento. Se ela realmente o soltasse, era capaz de ele morrer do corao ou pelo menos pedir o divrcio. A mulher tambm deve proteger o marido. Minha me, tadinha, fora de forma e com uma certa idade, corria como um atleta olmpico. Minha cunhada tambm corria muito. Perdeu os chinelos e bem mais precioso; o filho que esperava.Minhas irms estavam bem frente e eu, para no contrariar o grupo, corria tambm. Ao chegarmos estrada principal, resolvemos parar e encarar o fantasma de frente. Ele foi se aproximando, se aproximando... Suas feies pareciam familiares. Quando nos preparvamos para o pior, percebemos que, quem se aproximava era outro dos meus irmos, coitado, tambm sem flego. Novamente meu irmo casado tomou a palavra e esbravejou vo-voc n-num t-tem v-ve-vergonha, n-no!? Os outros estavam sem fala, inclusive o propenso fantasma. Minha irm mais velha conseguiu chegar at a nossa casa e, inexplicavelmente, conseguiu abrir a tramela, por fora. Chamou o meu pai e logo logo eles apareceram para nos salvar. Meu pai empunhava um machado. Ns nunca mais quisemos voltar. Mas, enfim, a energia eltrica chegou. Outro irmo meu (ora, no encha! Tenho seis irmos e trs irms e posso cham-los de outro / outra quando quiser lembrar o nome de todos eles difcil) que se casou, construiu uma casa perto da nossa, no mesmo stio, e comprou, de segunda-mo, uma televiso colorida. Que empolgao! Quando eles saiam para trabalhar, deixavam as chaves da casa com a minha me para ela poder assistir s novelas da tarde. Eu, claro, ia junto. Aquela TV tinha um pequeno problema: quando a gente ia mudar de canal, s vezes levava um baita choque. Um dia fui lig-la e o choque estava l. Fiquei to traumatizado que tenho formigamentos at hoje. Minha me, como So Tom, s acreditou vendo e meteu a mo no boto. Levou um choque, lgico. Recuou e disse-me carinhosamente, daquele jeito que s as mes conseguem quando querem enaltecer a bem dotada inteligncia do seu filhinho querido desliga isso, besta! Vambora! No desliguei. Peguei um pano e mudei de canal e conseguimos assistir novela, um dramalho mexicano intitulado Os ricos tambm choram. Jesus, se as novelas deles que no tm choro no nome j so uma choradeira s, imaginem essa? Passou-se o tempo e hoje sei que tenho um