texto: 1 - comum à questão: 1 questão 03 - (fgv /2011/julho) · substantivo, ora como adjetivo....

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Curso e Colégio Alfa Toledo – Língua Portuguesa – Profa Eliane Haj DATA:___/___/2016 - Conteúdos: Substantivos, Adejtivos e Formação de Palavras TEXTO: 1 - Comum à questão: 1 01 À porta do Grande Hotel, pelas duas da 02 tarde, Chagas e Silva postava-se de palito à 03 boca, como se tivesse descido do restaurante 04 lá de cima. Poderia parecer, pela estampa, 05 que somente ali se comesse bem em Porto 06 Alegre. Longe disso! A Rua da Praia que o 07 diga, ou melhor, que o dissesse. O faz de 08 conta do inefável personagem ligava-se mais 09 à importância, à moldura que aquele portal 10 lhe conferia. Ele, que tanto marcou a rua, 11 tinha franco acesso às poltronas do saguão 12 em que se refestelavam os importantes. 13 Andava dentro de um velho fraque, usava 14 gravata, chapéu, bengala sob o braço, barba 15 curta, polainas e uns olhinhos apertados na 16 ........ bronzeada. O charuto apagado na boca, 17 para durar bastante, era o toque final dessa 18 composição de pardavasco vindo das Alagoas. 19 Chagas e Silva chegou a Porto Alegre em 20 1928. Fixou-se na Rua da Praia, que percorria 21 com passos lentos, carregando um ar de 22 indecifrável importância, tão ao jeito dos 23 grandes de então. Os estudantes tomaram 24 conta dele. Improvisaram comícios na praça, 25 carregando-o nos braços e fazendo-o 26 discursar. Dava discretas mordidas e 27 consentia em que lhe pagassem o cafezinho. 28 Mandava imprimir sonetos, que “trocava” por 29 dinheiro. 30 Não era de meu propósito ocupar-me do 31 “doutor” Chagas e, sim, de como se comia 32 bem na Rua da Praia de antigamente. Mas ele 33 como que me puxou pela manga e levou-me 34 a visitar casas por onde sua imaginação de 35 longe esvoaçava. 36 Porto Alegre, sortida por tradicionais 37 armazéns de especialidades, dispunha da 38 melhor matéria-prima para as casas de pasto. 39 Essas casas punham ao alcance dos gourmets 40 virtuosíssimos “secos e molhados” vindos de 41 Portugal, da Itália, da França e da Alemanha. 42 Daí um longo e ........ período de boa comida, 43 para regalo dos homens de espírito e dos que 44 eram mais estômago que outra coisa. 45 Na arte de comer bem, talvez a dificuldade 46 fosse a da escolha. Para qualquer lado que o 47 passante se virasse, encontraria salões 48 ornamentados, ........ maiores ou menores, 49 tabernas ou simples tascas. A Cidade divertiase 50 também pela barriga. Adaptado de: RUSCHEL, Nilo. Rua da Praia. Porto Alegre: Editora da Cidade, 2009. p. 110-111. Questão 01 - (UFRGS/2015) Assinale, entre as alternativas a seguir, a que apresenta palavras pertencentes à mesma classe gramatical. a) se (Ref. 03) e se (Ref. 20) b) disso (Ref. 06) e melhor (Ref. 07) c) o (Ref. 06) e O (Ref. 07) d) importância (Ref. 09) e dificuldade (Ref. 45) e) franco (Ref. 11) e dentro (Ref. 13) Questão 02 - (UNICAMP SP/2012/1ª Fase) Há notícias que são de interesse público e há notícias que são de interesse do público. Se a celebridade "x" está saindo com o ator "y", isso não tem nenhum interesse público. Mas, dependendo de quem sejam "x" e "y", é de enorme interesse do público, ou de um certo público (numeroso), pelo menos. As decisões do Banco Central para conter a inflação têm óbvio interesse público. Mas quase não despertam interesse, a não ser dos entendidos. O jornalismo transita entre essas duas exigências, desafiado a atender às demandas de uma sociedade ao mesmo tempo massificada e segmentada, de um leitor que gravita cada vez mais apenas em torno de seus interesses particulares. (Fernando Barros e Silva, O jornalista e o assassino. Folha de São Paulo (versão on line), 18/04/2011. Acessado em 20/12/2011.) a) A palavra público é empregada no texto ora como substantivo, ora como adjetivo. Exemplifique cada um desses empregos com passagens do próprio texto e apresente o critério que você utilizou para fazer a distinção. b) Qual é, no texto, a diferença entre o que é chamado de interesse público e o que é chamado de interesse do público? Questão 03 - (FGV /2011/Julho) Leia a tira e o texto. (www2.uol.com.br/glauco. Adaptado.) Foi o que bastou para que o súdito de Sua Majestade se visse arrastado por uma onda de irresistível nostalgia. Mas nada de Pampulha, Serra do Curral, Praça da Liberdade, Rua do Amendoim, essas belorizontices: a lembrança mais forte que Michael guardava da capital mineira, vinte anos depois, era de uma empadinha. (Humberto Werneck, O espalhador de passarinhos.) a) Considerando os valores afetivos da linguagem, comente o sentido assumido pelas palavras morandinho e empadinha, extraídas respectivamente da tira e do texto. b) Em português, a ideia de diminuição das proporções, manifestada pelos sufixos próprios dos diminutivos, em sua forma, caracteriza o grau dos substantivos. Aplique essa regra às palavras morandinho e empadinha, apresentando comentários pertinentes. TEXTO: 2 - Comum à questão: 4 Texto I - Espaço e tempo Tanto Aristóteles quanto Newton acreditavam no tempo absoluto. Isto é, acreditavam que se pode, sem qualquer ambiguidade, medir o intervalo de tempo entre dois eventos, e que o resultado será o mesmo em qualquer mensuração, desde que se use um relógio preciso. O tempo é independente e completamente separado do espaço. Isso é no que a maioria das pessoas acredita; é o consenso. Entretanto, tivemos que mudar nossas ideias sobre espaço e tempo. Ainda que nossas noções, aparentemente comuns, funcionem a contento quando lidamos com maçãs ou planetas, que se deslocam comparativamente mais devagar, não funcionam absolutamente para objetos que se movam à velocidade da luz, ou em velocidade próxima a ela. […] Entre 1887 e 1905 houve várias tentativas [...] de explicar o resultado de experimentos [...] com relação a objetos que se contraem e relógios que funcionam mais vagarosamente quando se movimentam através do éter. Entretanto, num famoso artigo, em 1905, um até então desconhecido funcionário público suíço, Albert Einstein, mostrou que o conceito de éter era desnecessário, uma vez que se estava

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Page 1: TEXTO: 1 - Comum à questão: 1 Questão 03 - (FGV /2011/Julho) · substantivo, ora como adjetivo. Exemplifique cada um desses empregos com passagens do próprio texto e apresente

Curso e Colégio Alfa Toledo – Língua Portuguesa – Profa Eliane Haj DATA:___/___/2016 - Conteúdos: Substantivos, Adejtivos e Formação de Palavras

TEXTO: 1 - Comum à questão: 1 01 À porta do Grande Hotel, pelas duas da 02 tarde, Chagas e Silva postava-se de palito à 03 boca, como se tivesse descido do restaurante 04 lá de cima. Poderia parecer, pela estampa, 05 que somente ali se comesse bem em Porto 06 Alegre. Longe disso! A Rua da Praia que o 07 diga, ou melhor, que o dissesse. O faz de 08 conta do inefável personagem ligava-se mais 09 à importância, à moldura que aquele portal 10 lhe conferia. Ele, que tanto marcou a rua, 11 tinha franco acesso às poltronas do saguão 12 em que se refestelavam os importantes. 13 Andava dentro de um velho fraque, usava 14 gravata, chapéu, bengala sob o braço, barba 15 curta, polainas e uns olhinhos apertados na 16 ........ bronzeada. O charuto apagado na boca, 17 para durar bastante, era o toque final dessa 18 composição de pardavasco vindo das Alagoas. 19 Chagas e Silva chegou a Porto Alegre em 20 1928. Fixou-se na Rua da Praia, que percorria 21 com passos lentos, carregando um ar de 22 indecifrável importância, tão ao jeito dos 23 grandes de então. Os estudantes tomaram 24 conta dele. Improvisaram comícios na praça, 25 carregando-o nos braços e fazendo-o 26 discursar. Dava discretas mordidas e 27 consentia em que lhe pagassem o cafezinho. 28 Mandava imprimir sonetos, que “trocava” por 29 dinheiro. 30 Não era de meu propósito ocupar-me do 31 “doutor” Chagas e, sim, de como se comia 32 bem na Rua da Praia de antigamente. Mas ele 33 como que me puxou pela manga e levou-me 34 a visitar casas por onde sua imaginação de 35 longe esvoaçava. 36 Porto Alegre, sortida por tradicionais 37 armazéns de especialidades, dispunha da 38 melhor matéria-prima para as casas de pasto. 39 Essas casas punham ao alcance dos gourmets 40 virtuosíssimos “secos e molhados” vindos de 41 Portugal, da Itália, da França e da Alemanha. 42 Daí um longo e ........ período de boa comida, 43 para regalo dos homens de espírito e dos que 44 eram mais estômago que outra coisa. 45 Na arte de comer bem, talvez a dificuldade 46 fosse a da escolha. Para qualquer lado que o 47 passante se virasse, encontraria salões 48 ornamentados, ........ maiores ou menores, 49 tabernas ou simples tascas. A Cidade divertiase 50 também pela barriga.

Adaptado de: RUSCHEL, Nilo. Rua da Praia. Porto Alegre: Editora da Cidade, 2009. p. 110-111.

Questão 01 - (UFRGS/2015) Assinale, entre as alternativas a seguir, a que apresenta palavras pertencentes à mesma classe gramatical. a) se (Ref. 03) e se (Ref. 20) b) disso (Ref. 06) e melhor (Ref. 07) c) o (Ref. 06) e O (Ref. 07) d) importância (Ref. 09) e dificuldade (Ref. 45) e) franco (Ref. 11) e dentro (Ref. 13) Questão 02 - (UNICAMP SP/2012/1ª Fase) Há notícias que são de interesse público e há notícias que são de interesse do público. Se a celebridade "x" está saindo com o ator "y", isso não tem nenhum interesse público. Mas, dependendo de quem sejam "x" e "y", é de enorme interesse do público, ou de um certo público (numeroso), pelo menos. As decisões do Banco Central para conter a inflação têm óbvio interesse público. Mas quase não despertam interesse, a não ser dos entendidos. O jornalismo transita entre essas duas exigências, desafiado a atender às demandas de uma sociedade ao mesmo tempo massificada e segmentada, de um leitor que gravita cada vez mais apenas em torno de seus interesses particulares.

(Fernando Barros e Silva, O jornalista e o assassino. Folha de São Paulo (versão on line), 18/04/2011. Acessado em

20/12/2011.)

a) A palavra público é empregada no texto ora como substantivo, ora como adjetivo. Exemplifique cada um desses empregos com passagens do próprio texto e apresente o critério que você utilizou para fazer a distinção. b) Qual é, no texto, a diferença entre o que é chamado de interesse público e o que é chamado de interesse do público? Questão 03 - (FGV /2011/Julho) Leia a tira e o texto.

(www2.uol.com.br/glauco. Adaptado.)

Foi o que bastou para que o súdito de Sua Majestade se visse arrastado por uma onda de irresistível nostalgia. Mas nada de Pampulha, Serra do Curral, Praça da Liberdade, Rua do Amendoim, essas belorizontices: a lembrança mais forte que Michael guardava da capital mineira, vinte anos depois, era de uma empadinha.

(Humberto Werneck, O espalhador de passarinhos.) a) Considerando os valores afetivos da linguagem, comente o sentido assumido pelas palavras morandinho e empadinha, extraídas respectivamente da tira e do texto. b) Em português, a ideia de diminuição das proporções, manifestada pelos sufixos próprios dos diminutivos, em sua forma, caracteriza o grau dos substantivos. Aplique essa regra às palavras morandinho e empadinha, apresentando comentários pertinentes.

TEXTO: 2 - Comum à questão: 4 Texto I - Espaço e tempo

Tanto Aristóteles quanto Newton acreditavam no tempo absoluto. Isto é, acreditavam que se pode, sem qualquer ambiguidade, medir o intervalo de tempo entre dois eventos, e que o resultado será o mesmo em qualquer mensuração, desde que se use um relógio preciso. O tempo é independente e completamente separado do espaço. Isso é no que a maioria das pessoas acredita; é o consenso. Entretanto, tivemos que mudar nossas ideias sobre espaço e tempo. Ainda que nossas noções, aparentemente comuns, funcionem a contento quando lidamos com maçãs ou planetas, que se deslocam comparativamente mais devagar, não funcionam absolutamente para objetos que se movam à velocidade da luz, ou em velocidade próxima a ela. […] Entre 1887 e 1905 houve várias tentativas [...] de explicar o resultado de experimentos [...] com relação a objetos que se contraem e relógios que funcionam mais vagarosamente quando se movimentam através do éter. Entretanto, num famoso artigo, em 1905, um até então desconhecido funcionário público suíço, Albert Einstein, mostrou que o conceito de éter era desnecessário, uma vez que se estava

Page 2: TEXTO: 1 - Comum à questão: 1 Questão 03 - (FGV /2011/Julho) · substantivo, ora como adjetivo. Exemplifique cada um desses empregos com passagens do próprio texto e apresente

querendo abandonar o de tempo absoluto. Ponto semelhante foi abordado poucas semanas depois por um proeminente matemático francês, Henri Poincaré. Os argumentos de Einstein eram mais próximos da Física do que os de Poincaré, que abordava o problema como se este fosse matemático. Einstein ficou com o crédito da nova teoria, mas Poincaré é lembrado por ter tido seu nome associado a uma parte importante dela. O postulado fundamental da teoria da relatividade, como foi chamada, é que as leis científicas são as mesmas para todos os observadores em movimento livre, não importa qual seja sua velocidade. Isso era verdadeiro para as leis do movimento de Newton, mas agora a ideia abrangia também outras teorias e a velocidade da luz: todos os observadores encontram a mesma medida de velocidade da luz, não importa quão rápido estejam se movendo. Essa simples ideia tem algumas consequências notáveis: talvez a mais conhecida seja a equivalência de massa e energia, contida na famosa equação de Einstein E=mc2 (onde E significa energia; m, massa e c, a velocidade da luz); e a lei que prevê que nada pode se deslocar com mais velocidade do que a própria luz. Por causa da equivalência entre energia e massa, a energia que um objeto tenha, devido a seu movimento, será acrescentada à sua massa. Em outras palavras, essa energia dificultará o aumento da velocidade desse objeto. [...] Uma outra consequência igualmente considerável da teoria da relatividade é a maneira com que ela revolucionou nossos conceitos de tempo e espaço. Na teoria de Newton, se uma vibração de luz é enviada de um lugar a outro, observadores diferentes deverão concordar quanto ao tempo gasto na trajetória (uma vez que o tempo é absoluto), mas nem sempre concordarão sobre a distância percorrida pela luz (uma vez que o espaço não é absoluto). Dado que a velocidade da luz é apenas a distância que ela percorre, dividida pelo tempo que leva para fazê-lo, diferentes observadores poderão atribuir diferentes velocidades à luz. Segundo a teoria da relatividade, por outro lado, todos os observadores deverão concordar quanto à rapidez da trajetória da luz. Podem, entretanto, não concordar com a distância percorrida, tendo então, que discordar também quanto ao tempo gasto no evento. O tempo gasto é, no final das contas, apenas a velocidade da luz – sobre a qual os observadores concordam – multiplicada pela distância que a luz percorreu – sobre a qual eles não concordam. Em outras palavras, a teoria da relatividade sela o fim do conceito de tempo absoluto! Parece que cada observador pode obter sua própria medida de tempo, tal como registrada pelo seu relógio, e com a qual relógios idênticos, com diferentes observadores, não concordam necessariamente.

HAWKING, Stephen W. Uma breve história do tempo. São Paulo: Círculo do livro, 1988. p.30-33. (adaptado)

Texto II

Inércia: a Primeira Lei de Newton

As leis de Newton tratam da relação entre força e movimento. A primeira pergunta que elas procuram responder é: “O que acontece com o movimento de um corpo livre da ação de qualquer força?” Podemos responder a essa pergunta em duas partes. A primeira trata do efeito da inexistência de forças sobre o corpo parado ou em repouso. A resposta é quase óbvia: se nenhuma força atua sobre o corpo em repouso, ele continua em repouso. A segunda parte trata do efeito da inexistência de forças sobre o corpo em movimento. A resposta, embora simples, já não é óbvia: se nenhuma força atua sobre o corpo em movimento, ele continua em movimento. Mas que tipo de movimento? Como não há força atuando sobre o corpo, a sua velocidade não aumenta, nem diminui, nem muda de direção. Portanto o único movimento possível do corpo na ausência de qualquer força atuando sobre ele é o movimento retilíneo uniforme.

A primeira lei de Newton reúne ambas as respostas num só enunciado: um corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme se nenhuma força atuar sobre ele. Em outras palavras, a Primeira Lei de Newton afirma que, na ausência de forças, todo corpo fica como está: parado se estiver parado, em movimento se estiver em movimento (retilíneo uniforme). Daí essa lei ser chamada de Princípio da Inércia. O que significa inércia? Inércia, na linguagem cotidiana, significa falta de ação, de atividade, indolência, preguiça ou coisa semelhante. Por essa razão, costuma-se associar inércia a repouso, o que não corresponde exatamente ao sentido que a Física dá ao termo. O significado físico de inércia é mais abrangente: inércia é “ficar como está”, ou em repouso ou em movimento. Devido à propriedade do corpo de “ficar como está” depender de sua massa, a inércia pode ser entendida como sinônimo de massa.

GASPAR, Alberto. Física: Mecânica. 1. ed. São Paulo: Ática, 2001. p. 114-115. (adaptado)

Texto III

Paciência Composição : Lenine e Dudu Falcão

(1) Mesmo quando tudo pede (2) Um pouco mais de calma (3) Até quando o corpo pede (4) Um pouco mais de alma (5) A vida não para... (6) Enquanto o tempo (7) Acelera e pede pressa (8) Eu me recuso, faço hora (9) Vou na valsa (10) A vida tão rara... (11) Enquanto todo mundo (12) Espera a cura do mal (13) E a loucura finge (14) Que isso tudo é normal (15) Eu finjo ter paciência... (16) O mundo vai girando (17) Cada vez mais veloz (18) A gente espera do mundo (19) E o mundo espera de nós (20) Um pouco mais de paciência... (21) Será que é tempo (22) Que lhe falta para perceber? (23) Será que temos esse tempo (24) Para perder? (25) E quem quer saber? (26) A vida é tão rara (27) Tão rara... (28) Mesmo quando tudo pede (29) Um pouco mais de calma (30) Até quando o corpo pede (31) Um pouco mais de alma (32) Eu sei, a vida não para (33) A vida não para, não... (34) Será que é tempo (35) Que lhe falta para perceber? (36) Será que temos esse tempo (37) Para perder? (38) E quem quer saber? (39) A vida é tão rara (40) Tão rara... (41) Mesmo quando tudo pede (42) Um pouco mais de calma (43) Até quando o corpo pede

Page 3: TEXTO: 1 - Comum à questão: 1 Questão 03 - (FGV /2011/Julho) · substantivo, ora como adjetivo. Exemplifique cada um desses empregos com passagens do próprio texto e apresente

(44) Um pouco mais de alma (45) Eu sei, a vida não para (46) A vida não para... (47) A vida não para...

Disponível em:<http://www.vagalume.com.br/lenine/paciencia.html> Acesso em 01 jun 11.

Questão 04 - (IME RJ/2011) Assinale a alternativa em que as orações abaixo, que aparecem destacadas nos textos, exercem função de substantivo e de adjetivo em relação à sua oração principal, respectivamente. a) “que o conceito de éter era desnecessário” (Texto I, 2º parágrafo) - “que prevê” (Texto I, 3º parágrafo); b) “se uma vibração de luz é enviada de um lugar a outro” (Texto I, último parágrafo) - “que um objeto tenha” (Texto I, 3º parágrafo); c) “que elas procuram responder” (Texto II, 1º parágrafo) - “ele continua em movimento” (Texto II, 2º parágrafo); d) “A resposta” (Texto II, 2º parágrafo) - “todo corpo fica como está” (Texto II, 3º parágrafo); e) “ter paciência...” (Texto III, v. 15) - “Para perder?” (Texto III, v. 24).

TEXTO: 3 - Comum à questão: 5 - Texto 1

Disponível em: <http://www.biodieselbr.com/charges/laqua/alimento-versus-biodiesel.htm.>

Acesso em: 9 ago. 2009 (Adaptado)

Texto 2

Petrobras deve iniciar produção de etanol celulósico em 2012

1A Petrobras deve iniciar a produção comercial de etanol de segunda geração feito a partir de 2material celulósico em 2012. Segundo autoridades governamentais, “o objetivo é manter a 3liderança do Brasil em termos de produtividade em etanol de primeira geração e disputar a 4liderança em etanol de segunda geração”, porque os Estados Unidos superaram o Brasil como 5maior produtor de etanol do mundo em 2007. 6O Brasil, que produz o etanol a partir da cana-de-açúcar, continua sendo o produtor mais 7eficiente do biocombustível de primeira geração. Nos EUA o etanol é feito principalmente com 8milho, um método de produção consideravelmente menos eficiente. 9A produção de etanol de segunda geração ainda não atingiu a escala comercial, mas algumas 10empresas apostam no uso de material celulósico, como bagaço de cana ou grama, para a 11produção de biocombustíveis, em parte como uma maneira de evitar produtos que sejam 12alimentos. A forte expansão da produção de etanol nos EUA nos últimos anos foi amplamente 13criticada por contribuir para a inflação dos alimentos. 14[...] 15A safra de cana do Brasil deve chegar a 630 milhões de toneladas nesta temporada, com as 16quais serão produzidos 28 bilhões de litros de etanol. O bagaço é aproveitado nas usinas para 17gerar energia através da queima da biomassa. 18Se as tecnologias de produção do combustível celulósico se mostrarem viáveis, haverá matéria-19prima considerável – bagaço – já disponível nas usinas para ser usada, diferentemente dos 20Estados Unidos, onde o transporte e a logística devem continuar sendo um desafio.

Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/economia,petrobras-deve-

iniciar- producao-de-etanol-celulosico-em-2012,380467,0.htm>

Acesso em: 9 ago. 2009. (Adaptado) Questão 05 - (UFSC/2010) Considerando o texto 2, assinale o que for CORRETO. 01. O verbo auxiliar na locução “deve iniciar” (ref. 1) pode ser substituído, sem alteração de significado, por pode, tem que ou precisa, pois indica projeção futura de um fato que certamente se concretizará. 02. Existe uma relação semântica de causalidade entre as orações do período “A forte expansão da produção de etanol nos EUA nos últimos anos foi amplamente criticada por contribuir para a inflação dos alimentos” (refs. 12-13). 04. A conjunção mas estabelece uma oposição entre produção de etanol e produção de biocombustível em: “A produção de etanol de segunda geração ainda não atingiu a escala comercial, mas algumas empresas apostam no uso de material celulósico [...] para a produção de biocombustíveis” (refs. 9-11). 08. As palavras “liderança” (ref. 4), “produção” (ref. 9) e “queima” (ref. 17) são substantivos derivados de verbos. 16. O plural de “haverá matéria-prima considerável” (refs. 18-19), de acordo com a norma culta da língua portuguesa, é: “haverão matéria-primas consideráveis”. 32. Existe uma relação semântica de proporcionalidade entre as orações do período “A safra de cana do Brasil deve chegar a 630 milhões de toneladas nesta temporada, com as quais serão produzidos 28 bilhões de litros de etanol” (refs. 15-16). Questão 06 - (IME RJ/2009) Marque a assertiva INCORRETA.

Page 4: TEXTO: 1 - Comum à questão: 1 Questão 03 - (FGV /2011/Julho) · substantivo, ora como adjetivo. Exemplifique cada um desses empregos com passagens do próprio texto e apresente

a) Custas só se usa na linguagem jurídica para designar despesas feitas no processo. Portanto, não devemos dizer: “As filhas vivem às custas do pai”. b) A princípio significa inicialmente, antes de mais nada: Ex.: A princípio, precisamos resolver as questões dos jogos olímpicos. Em princípio quer dizer em tese. Ex.: Em princípio, todos concordaram com minha proposta. c) Megafone; porta-voz, amplificador do som nos aparelhos radiofônicos são sinônimos de auto-falante, e não alto-falante. d) Alface é substantivo feminino. Então dizemos “a alface”. e) A palavra “ancião” tem três plurais: anciãos, anciães, anciões. TEXTO: 4 - Comum à questão: 7 A escola ficava no fim da rua, num casebre de palha com biqueiras de telha, caiado por fora. Dentro – unicamente um grande salão, com casas de marimbondos no teto, o chão batido, sem tijolo. De mobiliário, apenas os bancos e as mesas estreitas dos alunos, a grande mesa do professor e o quadro-negro arrimado ao cavalete. A minha decepção começou logo que entrei. Eu tinha visto aquela sala num dia de festa, ressoando pelas vibrações de cantos, com bandeirinhas tremulantes, ramos e flores sobre a mesa. Agora ela se me apresentava tal qual era: as paredes nuas, cor de barro, sem coisa alguma que me alegrasse a vista. Durante minutos fiquei zonzo, como a duvidar de que aquela fosse a casa que eu tanto desejara. E os meus olhinhos inquietos percorriam os cantos da sala, à procura de qualquer coisa que me consolasse. Nada. As paredes sem caiação, a mobília polida de preto – tudo grave, sombrio e feio, como se a intenção ali fosse entristecer a gente. (...) Tentei encarar o professor e um frio esquisito me correu da cabeça aos pés. O que eu via era uma criatura incrível, de cara amarrada, intratável e feroz. Os nossos olhos cruzaram-se. Senti uma vontade louca de fugir dali. Pareceu-me estar diante de um carrasco.

(Viriato Correa, Cazuza) Questão 07 - (UNESP SP/2009/Julho) A visão da escola, pelo enunciador, oscila de um plano fantasioso – motivado pelas peculiaridades de um dia de festa – para um plano realista, de que decorre uma decepção flagrante. Identifique uma palavra, no fragmento, que é utilizada em sua forma normal e no diminutivo, representando a situação de desejo e a situação crua da chegada à sala de aula, explicitando os efeitos de sentido que o uso do diminutivo cumpre, no contexto. TEXTO: 5 - Comum à questão: 8 1Voltou dali a duas semanas, aceitou casa e comida sem outro estipêndio, salvo o que 2quisessem dar por festas. Quando meu pai foi eleito deputado e veio para o Rio de 3Janeiro com a família, ele veio também, e teve o seu quarto ao fundo da chácara. 4Um dia, reinando outra vez febres em Itaguaí, disse-lhe meu pai que fosse ver 5a nossa escravatura. José Dias deixou-se estar calado, suspirou e acabou confessando 6que não era médico. Tomara este título para ajudar a propaganda da nova escola, e 7não o fez sem estudar muito e muito; mas a consciência não lhe permitia aceitar mais 8doentes. 9― Mas, você curou das outras vezes. 10― Creio que sim; o mais acertado, porém, é dizer que foram os remédios indicados nos 11livros. Eles, sim, eles, abaixo de Deus. Eu era um charlatão... Não negue; os motivos do 12meu procedimento podiam ser e eram dignos; a homeopatia é a verdade, e, para servir à 13verdade, menti; mas é tempo de restabelecer tudo. 14Não foi despedido, como pedia então; meu pai já não podia dispensá-lo. Tinha o dom 15de se fazer aceito e necessário;

dava-se por falta dele, como de pessoa da família. 16Quando meu pai morreu, a dor que o pungiu foi enorme, disseram-me; não me 17lembra. Minha mãe ficou-lhe muito grata, e não consentiu que ele deixasse o 18quarto da chácara; ao sétimo dia, depois da missa, ele foi despedir-se dela. 19― Fique, José Dias. 20― Obedeço, minha senhora. 21Teve um pequeno legado no testamento, uma apólice e quatro palavras de louvor. 22Copiou as palavras, encaixilhou-as e pendurou-as no quarto, por cima da cama. 23"Esta é a melhor apólice", dizia ele muita vez. Com o tempo, adquiriu certa autoridade 24na família, certa audiência, ao menos; não abusava, e sabia opinar obedecendo. Ao cabo, 25era amigo, não direi ótimo, mas nem tudo é ótimo neste mundo. E não lhe suponhas alma 26subalterna; as cortesias que fizesse vinham antes do cálculo que da índole. A roupa 27durava-lhe muito; ao contrário das pessoas que enxovalham depressa o vestido novo, 28ele trazia o velho escovado e liso, cerzido, abotoado, de uma elegância pobre e modesta. 29Era lido, posto que de atropelo, o bastante para divertir ao serão e à sobremesa, ou 30explicar algum fenômeno, falar dos efeitos do calor e do frio, dos pólos e de 31Robespierre. Contava muita vez uma viagem que fizera à Europa, e confessava 32que a não sermos nós, já teria voltado para lá; tinha amigos em Lisboa, mas a nossa 33família, dizia ele, abaixo de Deus, era tudo. 34― Abaixo ou acima? perguntou-lhe tio Cosme um dia. 35― Abaixo, repetiu José Dias cheio de veneração. 36E minha mãe, que era religiosa, gostou de ver que ele punha Deus no devido lugar, 37e sorriu aprovando. José Dias agradeceu de cabeça. Minha mãe dava-lhe de quando 38em quando alguns cobres. Tio Cosme, que era advogado, confiava-lhe a cópia de 39papéis de autos.

Machado de Assis. Dom Casmurro. Em http://www.bibvirt.futuro.usp.br/content/view/full/1429.

Acesso em 08/09/08 Questão 08 - (FGV /2009/Julho) Na ref. 5 do excerto, escravatura é exemplo de recurso de estilo em que: a) se muda a construção sintática no meio do enunciado. b) se toma o substantivo abstrato pelo concreto. c) a palavra expressa oposição. d) a concordância é feita com a idéia que a palavra expressa e não com a sua forma gramatical. e) se utiliza do exagero para evidenciar uma idéia.

TEXTO: 6 - Comum à questão: 9 Texto I

01 Marketing viral ou publicidade viral são técnicas de marketing que 02 tentam explorar redes sociais pré-existentes para produzir maior 03 divulgação de uma marca. São processos parecidos com o de uma 04 epidemia, uma doença. 05 Inicialmente, marketing viral era a prática de vários serviços livres 06 de e-mail de adicionar publicidade às mensagens que saem de seus 07 usuários para alcançar um usuário suscetível, que será infectado e 08 reenviará o e-mail a outras pessoas suscetíveis, infectando-as também. 09 Atualmente, o conceito de marketing viral não está associado a 10 uma ameaça para o computador, e o termo “viral” está relacionado 11 com a velocidade de propagação da informação.

Adaptado de www.significados.com.br

Texto II 01 Os vírus são seres muito simples e pequenos, formados basicamente 02 por uma cápsula proteica envolvendo o material genético. A palavra 03 “vírus” vem do latim virus, que significa fluido venenoso ou toxina. 04 Atualmente, a palavra é utilizada para descrever os vírus biológicos, 05 além de designar, metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza 06 de forma parasitária, como ideias. O termo “vírus” de computador 07 nasceu por analogia.

Adaptado de www.sobiologia.com.br

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Texto III

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Morfologia - Classe de Palavras / Adjetivos Questão 09 - (Mackenzie SP/2015/Julho) Sobre o Texto I, assinale a alternativa correta. a) A palavra suscetível (Ref. 7) pode ser corretamente substituída por “indiferente”, sem que com essa alteração sejam modificados sentidos originais do trecho. b) A partícula as (Ref. 8) refere-se ao trecho “a uma ameaça para o computador”, estabelecendo coesão anafórica. c) No trecho associado a uma ameaça para o computador (Refs. 9-10) o uso de acento indicador de crase é opcional na partícula a. d) A palavra propagação (Ref. 11) pode ser corretamente substituída por “disseminação”, sem que com essa alteração sejam modificados sentidos originais do trecho. e) Nas palavras inicialmente (Ref. 5) e atualmente (Ref. 9) o sufixo –mente indica que ambas podem ser classificadas como adjetivos. Questão 10 - (ITA SP/2014) Considere os enunciados abaixo, atentando para as palavras em negrito. I. Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. (Refs. 1 e 2) II. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. (Ref. 17) III. [...] uma fita de Carlito nos Estados Unidos tem uma significação muito diversa da que lhe dão fora de lá. (Refs. 36 e 37) IV. A interpretação cabe perfeitamente dentro do tipo e mais: o americano bem verdadeiramente americano, o que veda a entrada do seu território a doentes e estropiados, [...] (Refs. 47 e 48) As palavras em negrito têm valor de adjetivo a) apenas em I, II e IV. b) apenas em I, III e IV. c) apenas em II e IV. d) apenas em III e IV. e) em todas.

Parte II 1. (Ifsc 2015) Considere o seguinte poema de Paulo Leminski:

Desencontrários Mandei a palavra rimar, ela não me obedeceu. Falou em mar, em céu, em rosa, em grego, em silêncio, em prosa. Parecia fora de si, a sílaba silenciosa.

Mandei a frase sonhar, e ela se foi num labirinto. Fazer poesia, eu sinto, apenas isso. Dar ordens a um exército, para conquistar um império extinto.

Fonte: LEMINSKI, Paulo. Distraídos Venceremos. Curitiba: Ed. Brasiliense, 1987.

Assinale a soma da(s) proposição(ões) CORRETA(S). 01) O texto revela um poeta preocupado com a expressão poética, no que diz respeito à seleção vocabular e à elaboração das frases. 02) A importância do poema reside no ineditismo de sua temática: uma reflexão sobre o processo de criação do poeta. 04) O poeta expressa admiração pela expressão fácil, advinda da inspiração, não necessariamente oriunda de um trabalho meticuloso ou consciencioso com a palavra. 08) Há uma certa contradição no texto: embora o poeta afirme que dá ordens mas não é obedecido, o poema deixa transparecer controle do poeta sobre as rimas. 16) O prefixo da palavra utilizada como título do poema tem o mesmo sentido dos que aparecem nas seguintes palavras: desinformar, desconectar, desolar. 2. (Ufrgs 2015) Na coluna da esquerda, estão palavras retiradas do texto; na coluna da direita, descrições relacionadas à formação de palavras. Associe corretamente a coluna 1 com a 2. ( ) complexidade (refs. 13, 14, 15 e 16) ( ) definição (ref. 17) ( ) insuportáveis (ref. 18) sufixo formador de adjetivos a partir de verbos. ( ) obras-primas (ref. 19) 1. Constituída por composição através de justaposição. 2. Constituída por prefixo com sentido de negação e sufixo formador de adjetivos a partir de verbos 3. Constituída por sufixo formador de substantivo a partir de adjetivo. 4. Constituída por sufixo formador de substantivo a partir de verbo. 5. Constituída por aglutinação, tendo em vista a mudança silábica de um dos elementos do vocábulo. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) 4 - 3 - 2 - 1. b) 3 - 4 - 2 - 5. c) 4 - 3 - 1 - 5. d) 3 - 4 - 2 - 1. e) 3 - 2 - 1 - 5. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Responda a(s) questão(ões) com base no texto 1.

Entre o espaço público e o privado 12Excluídos da sociedade, os moradores de rua 26ressignificam o único espaço 13que lhes foi permitido ocupar, o espaço público, transformando-o em seu “lugar”, um espaço privado. 11Espalhados pelos ambientes coletivos da cidade, 1fazendo comida no asfalto, arrumando suas camas, limpando as calçadas como se estivessem dentro de uma casa: 17assim vivem os moradores de rua. Ao andar pelas ruas de São Paulo, vemos essas pessoas 3dormindo nas 28calçadas, 4passando por situações constrangedoras, 5pedindo esmolas para sobreviver. Essa é a realidade das pessoas que 2fazem da rua sua casa e nela constroem sua 35intimidade. 18Assim, a ideia de 33individualização que está nas 31casas, na

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34separação das coisas por 30cômodos e quartos que servem para proteger a intimidade do indivíduo, 14ganha outro sentido. O 6viver nas 29ruas, um lugar 19aparentemente 36inabitável, tem sua própria lógica de funcionamento, que vai além das possibilidades. A relação que o homem 8estabelece com o espaço que ocupa é uma das mais importantes para sua sobrevivência. As mudanças de comportamento social 15foram 21sempre precedidas de 22mudanças físicas de local. Por 23mais que a rua não seja um local para 7viver, já que se trata de um ambiente público, de passagem e não de permanência, ela acaba sendo, 25senão única, a 24mais viável opção. Alguns pensadores já apontam que a habitação 9é um ponto base e 10adquire uma importância para harmonizar a vida. O pensador Norberto Elias comenta que “o quarto de dormir tornou-se uma das áreas mais privadas e íntimas da vida humana. Suas paredes visíveis e 37invisíveis vedam os aspectos mais ‘privados’, ‘íntimos’, irrepreensivelmente ‘animais’ da nossa existência à vista de outras pessoas”. O modo como essas pessoas 27constituem o único espaço que lhes foi permitido indica que conseguiram transformá-lo em “seu 20lugar”, que aproximaram, cada um à sua maneira, 16dois mundos nos quais estamos 32inseridos: o público e o privado. RODRIGUES, Robson. Moradores de uma terra sem dono. (fragmento adaptado) In: http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/edicoes/32/artigo194186-4.asp. Acesso em 21/8/2014. 3. (Pucrs 2015) Analise as afirmações sobre o sentido e a formação das palavras no texto. I. Há uma relação de sinonímia entre “ressignificam” (ref. 26) e “constituem” (ref. 27). II. “calçadas” (ref. 28) está para “ruas” (ref. 29) assim como “cômodos” (ref. 30) está para “casas” (ref. 31). III. A relação entre “Excluídos” (ref. 12) e “inseridos” (ref. 32) é a mesma que se estabelece entre “individualização” (ref. 33) e “separação” (ref. 34). IV. As palavras “intimidade” (ref. 35), “inabitável” (ref. 36) e “invisíveis” (ref. 37) têm o mesmo prefixo. Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) II, III e IV. 4. (Uel 2011) A questão refere-se ao romance O outro pé da sereia, de Mia Couto. A crítica literária tem aproximado o moçambicano Mia Couto do brasileiro Guimarães Rosa, em particular pelo fato de ambos empregarem neologismos em suas obras. No trecho “as mãos calosas, de enxadachim”, extraído do conto “Fatalidade”, de autoria do autor brasileiro, o neologismo “enxadachim” é construído pelo mesmo processo de formação de palavras utilizado pelo autor moçambicano para a criação de a) vitupérios. b) bebericava. c) tamanhoso. d) mudançarinos. e) malfadado. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões). VESTIBULAR Vestibular, aquilo que o Ministério da Educação estuda agora extinguir, é um brasileirismo para algo que em Portugal costuma ser chamado de exame de acesso à universidade. Trata-se de um adjetivo que se substantivou, num processo semelhante ao que ocorreu com celular, qualificativo de telefone, 2que tenta – e 3na maioria das vezes consegue – expulsar a palavra principal de cena sob uma pertinente alegação de redundância, tomando para si o lugar de substantivo. Pois o exame vestibular, de tão consagrado no vocabulário de gerações e gerações de estudantes brasileiros

que perderam o sono por causa dele, acabou conhecido como vestibular só. 1E qualquer associação remota com a palavra que está em sua origem – vestíbulo – se perdeu nesse processo. 4Quando ainda era claramente um adjetivo, ficava mais fácil perceber a metáfora que, com certa dose de pernosticismo, levou a palavra vestibular a ser escolhida para qualificar o processo de seleção de candidatos ao ensino superior. Vestíbulo (do latim vestibulum) é, na origem, um termo de arquitetura que significa pórtico, alpendre ou pátio externo, mas que pode ser usado também, em sentido mais amplo, para designar um átrio, uma antessala, qualquer cômodo ou ambiente de passagem entre a porta de entrada e o corpo principal de uma casa, apartamento, palácio ou prédio público. Para quem prefere uma solução anglófona, estamos falando de hall ou lobby. Como é um ambiente de transição entre o lado de fora e o lado de dentro, vestíbulo ganhou ainda por extensão, em anatomia, o sentido de “cavidade que dá acesso a um órgão oco” (Houaiss). Antes de ser admitido no vocabulário da educação, “sistema vestibular” já tinha aplicação na linguagem médica como nome dos pequenos órgãos situados na entrada do ouvido interno, responsáveis por nosso equilíbrio. (Adaptado de: RODRIGUES, S. Vestibular. Disponível em: <http://revistadasemana.abril.uol.com.br/edicoes/81/palavradasemana/materia_ palavradasemana_431845.shtml>. Acesso em: 6 jun. 2009.) 5 [ 107875 ]. (Uel 2010) Com base no texto, considere as afirmativas a seguir: I. Ao afirmar que vestibular é um brasileirismo, o autor se posiciona contrariamente à sua extinção pelo Ministério da Educação. II. O autor não condena o uso do estrangeirismo “lobby” no lugar do brasileirismo “vestibular”. III. O adjetivo “vestibular” que, devido ao uso, acabou sendo substantivado, é derivado da palavra “vestíbulo”. IV. O autor considera pertinente a alegação de redundância para explicar o processo de substantivação do termo “celular”. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas II e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

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6. (Ifsc 2015) Assinale a soma da(s) proposição(ões) CORRETA(S), relativamente à charge de Ricardo Coimbra. 01) Nos dois primeiros quadros, a expressão “de repente” significa que os consumidores habituais dos shopping centers jamais teriam motivos para vislumbrar a possibilidade de terem que dividir o espaço com pessoas de classe social diferente da sua. 02) A charge critica, entre outros aspectos, uma visão tosca das diferenças culturais brasileiras por parte da chamada elite econômica. 04) A charge aborda um fato recorrente na vida social do Brasil: a utilização pela elite dos mais diversos meios para manter a segregação social vigente. 08) É possível depreender, pela charge, que os rolezinhos são um movimento digno de muito respeito por estarem explicitamente imbuídos de uma motivação social importante: pôr em curso mudanças sociais. 16) No terceiro quadro da charge, o vocábulo “mundinho”, empregado no diminutivo, tem sentido pejorativo, não denotando, portanto, afeição. 7. (Enem 2015) Pode aparecer onde menos se espera em cinco formas diferentes. É por isso que o Dia Mundial Contra a Hepatite está aí para alertar você. As hepatites A, B, C, D e E têm diversas causas e muitas formas de chegar até você. Mas, evitar isso é bem simples. Você, só precisa ficar atento aos cuidados necessários para cuidar do maior bem que você tem: A SUA SAÚDE! Algumas maneiras de se prevenir: - Vacine-se contra as hepatites A e B. - Use água tratada e siga sempre as recomendações quanto à restrição de banhos em locais públicos e ao uso de desinfetantes em piscinas. - Lave SEMPRE bem os alimentos como frutas, verduras e legume. - Lave SEMPRE bem as mãos após usar o toalete e antes de se alimentar. - Ao usar agulhas e seringas, certifique-se da higiene do local e de todos os acessórios. - Certifique-se de que seu médico ou profissional da saúde esteja usando a proteção necessária, como luvas e máscaras, quando houver a possibilidade de contato de sangue ou secreções contaminadas com o vírus. Disponível em: http://farm5.static.flickr.com. Acesso em: 26 out. 2011 (adaptado). Nas peças publicitárias, vários recursos verbais e não verbais são usados com o objetivo de atingir o público-alvo, influenciando seu comportamento. Considerando as

informações verbais e não verbais trazidas no texto a respeito da hepatite, verifica-se que a) o tom lúdico é empregado como recurso de consolidação do pacto de confiança entre o médico e a população. b) a figura do profissional da saúde é legitimada, evocando-se o discurso autorizado como estratégia argumentativa. c) o uso de construções coloquiais e específicas da oralidade são recursos de argumentação que simulam o discurso do médico. d) a empresa anunciada deixa de se autopromover ao mostrar preocupação social e assumir a responsabilidade pelas informações. e) o discurso evidencia uma cena de ensinamento didático, projetado com subjetividade no trecho sobre as maneiras de prevenção.