testes genéticos

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Caso Madeleine: indícios ainda estão a ser investigados no instituto de medicina legal 23.05.2007 - 09h04 Lusa, PUBLICO.PT O director do Instituto Nacional de Medicina Legal, Duarte Nuno Vieira, negou esta manhã, em declarações à rádio TSF, que os resultados dos exames periciais aos vestígios recolhidos pela Polícia Judiciária na casa de Robert Murat, o único arguido no caso do desaparecimento de Madeleine McCann, sejam inconclusivos. De acordo com a edição de hoje do "Correio da Manhã" — que cita o próprio presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) —, os exames aos vestígios recolhidos na vivenda de Robert Murat, no apartamento do empreendimento Ocean Club de onde desapareceu a criança inglesa, na casa do russo Sergey Malinka e noutras habitações não forneceram quaisquer provas aos investigadores. "Isto não é como se vê nas séries do CSI", terá dito ao jornal o presidente do INML, Duarte Nuno Vieira, adiantando que os vestígios são facilmente contaminados pela presença de simples insectos nas proximidades. Mas hoje, em declarações à TSF, Duarte Nuno Vieira nega que tenha proferido as afirmações transcritas pelo jornal e afirma que a investigação sobre os indícios recolhidos ainda está a ser processada. O "Correio da Manhã" adianta ainda que os técnicos do INML procuraram extrair das amostras códigos genéticos para compará-los com os dos suspeitos. Os vestígios (cabelos, resíduos de suor e fibras de vestuário) foram recolhidos por especialistas do laboratório de Polícia Científica e enviados para análise nos laboratórios do INML do Porto, de Coimbra e de Lisboa. O diário adianta, citando uma fonte próxima da investigação, que os vestígios vão ser ainda sujeitos a exames mais complexos e demorados. Madeleine McCann desapareceu há 20 dias do apartamento de um empreendimento turístico em Lagos, no Algarve, onde passava férias com os pais e os dois irmãos. Teste de DNA permitirá saber verdade sobre suposta filha de Perón da Efe, em Buenos Aires Martha Holgado, que diz ser filha do general Juan Domingo Perón, disse hoje que "após tanto sofrimento e humilhação, chegou a hora da verdade", sobre a realização dos testes genéticos com amostras do cadáver do ex-presidente da Argentina. "Tenho uma mistura de sentimentos contraditórios. Estou feliz porque chegou a hora, após 15 anos de luta. Mas sofri todo tipo de humilhação

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Genética

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Page 1: Testes Genéticos

Caso Madeleine: indícios ainda estão a ser investigados no instituto de medicina legal 23.05.2007 - 09h04 Lusa, PUBLICO.PT

O director do Instituto Nacional de Medicina Legal, Duarte Nuno Vieira, negou esta manhã, em declarações à rádio TSF, que os resultados dos exames periciais aos vestígios recolhidos pela Polícia Judiciária na casa de Robert Murat, o único arguido no caso do desaparecimento de Madeleine McCann, sejam inconclusivos.

De acordo com a edição de hoje do "Correio da Manhã" — que cita o próprio presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) —, os exames aos vestígios recolhidos na vivenda de Robert Murat, no apartamento do empreendimento Ocean Club de onde desapareceu a criança inglesa, na casa do russo Sergey Malinka e noutras habitações não forneceram quaisquer provas aos investigadores.

"Isto não é como se vê nas séries do CSI", terá dito ao jornal o presidente do INML, Duarte Nuno Vieira, adiantando que os vestígios são facilmente contaminados pela presença de simples insectos nas proximidades.

Mas hoje, em declarações à TSF, Duarte Nuno Vieira nega que tenha proferido as afirmações transcritas pelo jornal e afirma que a investigação sobre os indícios recolhidos ainda está a ser processada.

O "Correio da Manhã" adianta ainda que os técnicos do INML procuraram extrair das amostras códigos genéticos para compará-los com os dos suspeitos. Os vestígios (cabelos, resíduos de suor e fibras de vestuário) foram recolhidos por especialistas do laboratório de Polícia Científica e enviados para análise nos laboratórios do INML do Porto, de Coimbra e de Lisboa.

O diário adianta, citando uma fonte próxima da investigação, que os vestígios vão ser ainda sujeitos a exames mais complexos e demorados.

Madeleine McCann desapareceu há 20 dias do apartamento de um empreendimento turístico em Lagos, no Algarve, onde passava férias com os pais e os dois irmãos.

Teste de DNA permitirá saber verdade sobre suposta filha de Perón

da Efe, em Buenos Aires

Martha Holgado, que diz ser filha do general Juan Domingo Perón, disse hoje que "após tanto sofrimento e humilhação, chegou a hora da verdade", sobre a realização dos testes genéticos com amostras do cadáver do ex-presidente da Argentina.

"Tenho uma mistura de sentimentos contraditórios. Estou feliz porque chegou a hora, após 15 anos de luta. Mas sofri todo tipo de humilhação nesse tempo. Fui submetida até a estudos psicológicos", afirmou Holgado em entrevista à France Presse.

Neste sentido, a septuagenária acusou a viúva de Perón, María Estela Martínez, que atualmente vive na Espanha, de tentar impedir "até o último momento" a realização dos testes de DNA que permitirão saber se Holgado é filha do fundador do partido peronista PJ (Partido Justicialista).

Em meio ao esquema de segurança no cemitério de La Chacarita, um grupo de peritos legistas extraiu na sexta-feira amostras do cadáver de Perón para poder realizar os exames genéticos, cujos resultados estarão disponíveis em cerca de 45 dias, em cumprimento à resolução da juíza Mirta Ilundain.

"Não decidi ainda o que vou fazer quando os resultados estiverem prontos. Tenho

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que falar sobre isso com meu filho. Mas o que sei é que vou continuar sendo a mesma e não vou aproveitar para uma revanche", disse Holgado, convicta de que o exame do DNA dará resultado positivo.

Nascida em Buenos Aires em 1934, Holgado afirma ser filha de Perón e de María Demarchi, que tiveram um relacionamento quando o general vivia com María Tizón, a primeira de suas três esposas.

Teste de DNA sobre menina britânica desaparecida é inconclusivo

BRUXELAS, Bélgica (Reuters) - Um teste de DNA realizado para confirmar se uma garota vista na Bélgica uma semana atrás era a menina britânica Madeleine McCann, 4, atualmente desaparecida, não conseguiu chegar a uma conclusão, afirmaram na quarta-feira autoridades do Poder Judiciário belga.

Os vestígios deixados em uma garrafa e em um canudo que, segundo se acreditava, a garota teria usado pertenciam, na realidade, a uma pessoa do sexo masculino, disseram promotores da cidade de Tongeren (leste).

"Isso não significa necessariamente que a Maddie não esteve aqui. Há a possibilidade de que um homem acompanhado da garota tenha bebido na garrafa", afirmaram em um comunicado.

Uma mulher chamou a polícia há mais de uma semana depois de ter visto uma garota que acreditou ser Madeleine. A criança estava em um café de beira de estrada ao lado de um homem que falava holandês e que tinha cerca de 40 anos de idade e de uma mulher que falava inglês e que tinha cerca de 25 anos.

Uma autoridade da Promotoria afirmou que o DNA não bateu com nenhum dos códigos genéticos armazenados em bancos de dados oficiais e que a investigação continuava em aberto.

"Estamos aguardando para ver se conseguimos novas pistas apesar de, até agora, não termos visto nada que nos permitisse chegar a resultados concretos", afirmou.

Madeleine desapareceu no dia 3 de maio, em Portugal, onde passava férias com a família. Desde então, houve vários relatos sobre o fato de a menina ter sido vista em diversos lugares, da Argentina ao Marrocos. Nenhum deles confirmou-se.

Os pais de Madeleine realizam uma campanha incansável a fim de chamar atenção para o caso. Empresários e celebridades britânicos, incluindo a escritora de J.K. Rowling (da série com o personagem Harry Potter) e estrelas do futebol, contribuíram para amealhar uma recompensa que poderia ajudar no regresso da menina.

Segundo o 24 Horas: Polícia investiga a paternidade de Maddie

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“A investigação sofreu uma reviravolta completa”, afirmou ontem ao 24horas um alto responsável da Polícia Judiciária (PJ). O que se passa, segundo a mesma fonte, é que a PJ está a investigar a verdadeira paternidade de Madeleine McCann.É que existem algumas dúvidas, devido às análises feitas pelo laboratório britânico, de que Gerry seja efectivamente o pai biológico da criança.Recorde-se que Maddie foi gerada por inseminação arteficial e os resultados das análises concluem que o sangue encontrado na mala do carro alugado pelos McCann é mesmo da criança mas não são esclarecedores sobre a paternidade da criança.“Não sei que marcadores usaram os peritos do Laboratório de Birmingham nos testes de ADN às três amostras.Agora, em circunstâncias normais, a Maddie teria metade do ADN de cada pai”, explica ao 24horas fonte do Instituto Nacional de Medicina Legal.“Mas é preciso ver que a Madeleine foi gerada por inseminação artificial. Terá sido com esperma de Gerry ou com esperma de outro homem? É que é preciso saber isso”, esclareceu ao 24horas a mesma fonte.Normalmente, os testes para obter um perfil genético de determinada pessoa – neste caso, da Maddie – são obtidos “com o cruzamento das amostras com os dados genéticos do pai e da mãe”.Com as baterias da PJ apontam agora para uma investigação da paternidade de Madeleine, isto pode implicar “uma reviravolta muito importante”, adianta a mesma fonte.“Pode querer significar que os investigadores começaram agora a ponderar que o Gerry McCann pode não ser o pai biológico de Maddie”.

«ADN incompleto pode levantar problemas»

Da teoria anunciada por Jeffreys à conclusão é um pequeno passo para este cientista da Universidade de Leicester: «As amostras de ADN por si só não estabelecem culpa», porque o mais provável é que a amostra apresente um «ADN incompleto que pode levantar problemas ao determinar o perfil genético a Madeleine, uma vez que muitos outros familiares viajarem naquele carro». A fundamentação desta teoria parte também das palavras do director da PJ, Alípio Ribeiro, que alertou para a incerteza que assombra o teste.

Os testes de ADN tentam determinar se uma determinada amostra, retirada de um cenário de crime, veio ou não do indivíduo «X». «Assim, se houver uma coincidência de dados estamos perante uma forte prova de que a tal amostra veio daquele indivíduo. Depois restará aos investigadores e tribunais decidir se consideram a conexão relevante ou não». Jefrreys frisa que o ADN, por si só, não prova a

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inocência ou culpa de ninguém. O que ele faz é estabelecer conexões e identificar pessoas».

Perfil genético com exactidão

Mas a verdade é que possível determinar com exactidão o perfil genético através de uma amostra de ADN.  António Amorim, investigador do IPATIMUP, e um dos maiores especialistas portugueses na área da genética, explica que se «soubermos usar os anzóis no sítio certo, é possível recolher informação com amostragem suficiente de genoma para permitir uma discriminação individual». Esta «dedada genética» é «individual», sublinha António Amorim, excluindo os casos de gémeos. Os resultados podem assim revelar grande «acuidade» o perfil de um indivíduo, até porque a «quantidade de informação existente no ADN é astronómica».

Gerry e Kate estão a considerar contratar laboratórios para realizarem novos testes ao carro alugado. Mas o conselho de administração do Fundo de Madeleine já veio a público determinar que o dinheiro reunido não será usado em despesas legais relacionadas com o casal McCann.