terra boa agronegócios - ed 12 mar/abri 2014 - expozebu 80 anos

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Eleições O Nelore aos olhos de Paulo Lemgruber Pecuária de Corte Profissão ano 2 | edição 12 | Março/Abril 2014 agronegócios Expozebu 80 anos A vitrine da pecuária nacional Os presidentes da ABCBS e Girolando As belas fotos de Zezinho Peres

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Amigos, a Terra Boa chegou a sua 12ª edição completando dois anos de circulação. Para comemorar, preparamos uma edição especial retratando comemorações especiais como os 80 anos da ExpoZebu, a maior vitrine da pecuária do mundo, histórias de sucesso com a raça Nelore como a da família Lemgruber. Essa e muitas outras matérias você lê somente aqui, na Terra Boa Agronegócios.

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  • EleiesO Nelore aos olhos de Paulo Lemgruber

    Pecuria de CorteProfisso

    ano 2 | edio 12 | Maro/Abril 2014

    a g r o n e g c i o s

    Expozebu 80 anosA vitrine da pecuria nacional

    Os presidentes da ABCBS e GirolandoAs belas fotos de Zezinho Peres

  • Colaboradores do ZebuEm 80 anos de Expozebu, muitos foram aqueles que contriburam para a seleo gentica das 10 raas registradas na ABCZ. Para cada uma delas, destacamos um criador, que representa nesta edio, todos aqueles que acreditaram e apostaram na criao do Zebu.

    BrahmanJos Rubens de Carvalho, o Rubiquinho, da Fazenda Brumado, tradicional criador de Brahman e Nelore, nos Estados de Gois, Tocantins e So Paulo. Filho de Rubico de Carvalho, um dos criadores que promoveu a ltima importao de animais vivos da raa Nelore na dcada de 1960, e que alavancou o crescimento da raa no Pas. Herdou do pai o mesmo despojamento ao passar 10 anos em Houston, no Texas, gerenciando a Four Star Cattte, fazenda criada em parceria com americanos para motivar a criao do Nelore nos EUA e do Brahman no Brasil. Nesse perodo, conheceram as qualidades do Brahman e se tornaram um dos grandes criadores da atualidade.

    CangaianA raa foi trazida para o Brasil nas importaes de 1962/1963. O registro genealgico foi fundado

    em 1988. O primeiro macho a ser registrado foi Chumar se Srgio Jacinto Costa; a primeira fmea foi Dandaka, tambm do mesmo criador. A raa vem sendo mantida pelos criadores

    Rui e Arlindo Drummond, na Fazenda Barreiro, em Ituiutaba/MG. Os criadores apostam no Cangaian pela pureza da raa.

    IndubrasilElair Bachi um dos jovens criadores da raa, no Stio Tio Fiorindo, em So Silvestre-Paim Filho/RS. o primeiro criador gacho a registrar seus animais na ABCZ. Iniciou na atividade em 2007 com animais direcionados para a produo de carne, mas estendeu seu criatrio tambm para aptido leite. Comeou seu criatrio com seis animais, mas j investe em seleo gentica. Na Expointer/2013 os animais de Elair Bachi foram destaques.

    GuzerAntnio Pitangui de Salvo filho do pioneiro na criao da raa Guzer no Brasil, o pecuarista Antnio

    Ernesto Wema de Salvo. Proprietrio da Fazenda Canoas, criador em uma das regies de maior reduto da raa: Curvelo/ MG. A trajetria de seu pai na seleo gentica da raa, bem como na atuao poltica organizacional foi passada para o filho. Antnio Pitangui de Salvo presidente

    da Associao dos Criadores de Guzer do Brasil e mantm a seleo gentica de animais promovida pela famlia h mais de 70 anos.

    NeloreJos Carlos Prata Cunha, da Fazenda Fortaleza, um dos herdeiros da tradicional marca VR, que completa 100 anos de criao e seleo da raa Nelore em 2014. Desde 1950, a marca est consolidada como referncia em qualidade na criao do Nelore. Na dcada de 1960, liderada por Torres Homem Rodrigues, filho de Vicente Rodrigues, criador da marca, enviou para a ndia dois especialistas: o veterinrio Jos Deutsch e Jos da Silva, o Dico, em busca de novos animais para a promoo da raa em terras brasileiras. Os animais mudaram a histria do Nelore no Brasil. Hoje, com sede em Valparaso mantm outras unidades de criao no Mato Grosso e Tocantins.

  • Gir LeiteiroGabriel Donato de Andrade, da Fazenda Calciolndia, engenheiro civil e pecuarista. Como

    engenheiro, fundou a Construtora Andrade Gutierrez, empresa que atua na construo pesada, concesso pblica e telecomunicaes. Como pecuarista, destaca-se na seleo gentica da raa Gir Leiteiro. Trabalho iniciado em 1962 e que o fez detentor de um dos melhores plantis da raa no Pas.

    um grande incentivador de novas tecnologias agropecurias de ponta adequadas s condies tropicais. Foi um dos lderes responsveis pela implantao do teste de prognie para o Gir Leiteiro,

    em parceria com a Embrapa Gado de Leite, reconhecido como um dos melhores programas de seleo de zebunos para a produo de leite em todo mundo.

    SindiAdaldio Jos de Castilho Filho tradicional criador da raa Sindi, na Fazenda Novo Horizonte/SP. Os animais chegaram ao Pas em importaes nos anos de 1936 e 1962 e, desde esse perodo, a famlia Castilho investe na raa, que conquista cada vez mais nmeros expressivos e amplia criatrios por todo Pas, devido a sua dupla aptido para o leite e para a carne. Entre as conquistas das Fazendas Reunidas esto os campeonatos de Melhor Expositor e Melhor Criador na Expozebu de 2013.

    TabapuA raa genuinamente brasileira foi originada na Fazenda gua Milagrosa, em Tabapu/SP, na dcada de 1940, atravs do pecuarista Dr. Alberto Ortenblad, que manteve seu criatrio at 2005, ano em que a fazenda foi vendida para o empresrio Fabio Zucchi Rodas. Aps o seu falecimento, em 2008, seus sucessores (Grupo Rodas), administram a fazenda, que manteve seu criatrio. A raa Tabapu considerada a maior conquista da zootecnia brasileira dos ltimos 100 anos.

    Gir Beatriz Garcia Cid e Filhos mantm na Fazenda Cachoeira, em Sertanpolis/PR, a excelncia na criao do Gir Leiteiro, iniciada por seu pai Celso Garcia Cid, na dcada de 1960. Ele foi um dos pioneiros das importaes de 1960 tanto da raa Gir, quanto da Nelore. O criatrio da Fazenda 2C um dos poucos no Pas que preservam at hoje linhagens de animais puros de origem importada, os chamados POIs, gado controlado pela ABCZ, que nunca foi cruzado com animais sem registro ou de genealogia desconhecida.

    Nelore MochoOvdio Carlos de Brito, presidente do Conselho da Guapor Pecuria (Marca OB), filho de Ovdio

    Miranda Brito, criador da marca. Economista e pecuarista, Ovdio criador no Mato Grosso e um dos maiores vendedores de touros no Brasil, com foco na produo de carne e muito investimento em

    Pesquisa & Desenvolvimento. Com mais de 65 anos na seleo gentica dos animais, o Grupo OB tem um dos maiores rebanhos de gado PO registrado do Pas e o maior rebanho de Nelore Mocho. O registro do primeiro animal da raa na ABCZ da Marca OB. Sua empresa foi a primeira a leiloar gado

    via satlite, em 1994, diretamente de Araatuba/SP, e desde ento promove leiles todos os anos.

  • Leia na Terra Boa

    ESPECIALUberaba: polo nacional do Zebu

    10

    CAPAOs 80 anos da ExpoZebu

    16

    DEPOIMENTO A rentabilidade da safrinha

    22

    CURTASO que acontece

    28

    LEILESLeilo Santa Luzia

    34

    ARTIGORebanho de Qualidade

    38

    PECURIA DE LEITEA produo na Fazenda Tringulo

    40

    ASSISTNCIA TCNICAParceiras da DeLaval

    46

    GALERIAExpo Nelore Passos

    48

    ARTIGOControle de zoonoses

    50

    ARTIGOA histria do Caf

    54

    COMITIVATropeiros do sculo XXI

    56

    RODEIONa arena com campees

    60

    EXPEDIENTE

    a g r o n e g c i o s

    EXPEDIENTETerra Boa Agronegcios uma publicaobimestral da Editora Doce Marano 2 | edio 12 | maro/abril 2014

    Direo executivaBolivar Filho

    Conselho editorialBolivar FilhoDenise Bueno

    EdioBolivar FilhoDenise Bueno

    Projeto grficoEdio de imagens e DTPMultimarketing Comunicao Dalton Filho / Thiago Ometto [email protected] [email protected]

    Jornalista ResponsvelDenise Bueno DRT/MG 6173 [email protected]

    RedaoDenise BuenoIsis Oliveira/DesignerAna Paula Rodarte/Estagiria

    RevisoRuller Rodrigues [email protected]

    FotosReginaldo Faria [email protected] Fatori [email protected]

    Impresso3 Pinti Editora e Grfica

    Tiragem10 mil exemplares

    A Revista Terra Boa Agronegcios no tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos

    nos artigos assinados e informes publicitrios.

    Revista Terra Boa AgronegciosAv. Com. Francisco Avelino Maia, 3866

    Passos/MG - 37902-138 - Fone: (35) 3522-6252

    www.facebook.com/terraboa.agrowww.issuu.com/terraboa

    Publicidade: [email protected]

    Envie a sua histria ou curiosidade relacionadaao campo para a Terra Boa Agronegcios!

    a g r o n e g c i o s

  • Fbio Fatori - Fato Rural

    Tive o prazer de receber a Revista Terra Boa, dezembro e Janeiro 2014, pelo correio e tambm pelas mos do editor Bolivar Filho, que gentilmente me presenteou no Guaruj, onde moro, com mais alguns exemplares da revista, que quero descrever e parabenizar.

    Vou dar meus parabns comeando pelas capas, um primor de design grfico por Dalton e Cleiton (tive o prazer de conhecer a ambos), com fotos espetaculares, de fotgrafos espetaculares que so Zzn Peres (capa Fernando Penteado) e Filipe Andrade (capa Tringulo Agro).

    No miolo, matrias muito boas, escritas pela talentosa Denise Bueno (a quem j tive a honra de dar entrevista), e nas coberturas fotogrficas, o jovem, mas muitssimo talentoso, Reginaldo Faria.

    Leitores da TB

    Os pioneiros da linhagem Lemgruber

    O guardio do original Nelore Lemgruber, Paulo Lemgruber, em sua casa no municpio do Carmo/RJ, com a edio da revista Terra Boa Agronegcios, que traz na capa Fernando Penteado Cardoso, tambm grande defensor da linhagem e seu guardio. Os dois criadores trabalham para manter a linhagem fechada preservando a originalidade dos animais importados por Manoel Lemgruber no sculo XIX.

    Finalizando, parabns principalmente a Bolivar Filho, que fez um brilhante trabalho at aqui (e j tem 2 anos) com muita garra, persistncia, regularidade e, principalmente princpios, o que resultou em credibilidade do mercado, respeito, admirao por produzir uma Revista com R maisculo; no mais uma; no mais uma oportunista; mas sim uma revista bonita, gostosa de se ler, com fotos lindas de animais e fazendas, transmitindo em cores, um Brasil pujante, verde e rico de uma gente feliz e bem cuidada. Uma Revista feita por um cara do ramo, com perfil de empreendedor como so todos (ou quase todos) do setor de agronegcios do Brasil.

    Parabns a todos, do cafezinho ao editor da Revista Terra Boa: uma revista que veio para dar informao e lazer, porque uma revista feita em couch, valorizando as fotos e no s as notcias e matrias, d tambm momentos relaxantes para contemplar o que o Brasil tem de melhor - nossas paisagens.

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    Ao leitor

  • 9Com esta edio, a Revista Terra Boa Agronegcios comemora os seus dois anos de publicao. um

    marco para nossa equipe e um privilgio comemorar esta data na edio em que retratamos os 80 anos da

    ExpoZebu. Caminhada e tanto de muitos pecuaristas que, ao longo de oito dcadas, fizeram de Uberaba,

    como o prefeito da cidade, Paulo Piau, nos disse em reportagem desta edio, a meca do zebu no Brasil.

    E como comemorar 80 anos e no retratar aqueles que marcaram essa histria? Impossvel. Assim, a

    nossa seo de colaboradores desta edio foi transformada em colaboradores do Zebu. Gostaramos de

    destacar todos eles, mas os aqui lembrados representam toda a cadeia de pecuaristas que fizeram do Brasil

    o maior exportador de carne do mundo.

    Fomos buscar na fonte dados do incio da criao da raa Nelore no Pas. Para isso, visitamos o Sr.

    Paulo Lemgruber, na sua fazenda So Jos, no municpio de Carmo/RJ. L pudemos conhecer a fazenda de

    Manuel Lemgruber, bero do Nelore no Pas, e entender um pouco mais da linhagem, a qual destacamos em

    uma srie iniciada na ltima edio.

    Outro grupo que comemora muitos anos de atividade o Grupo Cabo Verde, de Passos/MG. So 71

    anos de tradio e 13 de leiles anuais da Fazenda Santa Luzia. Uma grande representatividade para os

    criadores da raa Girolando.

    Como o foco de todos a profissionalizao, ns tambm buscamos, atravs da informao, trazer

    orientaes mais tcnicas para os criadores. Esse material est retratado nos artigos de nossos colaborado-

    res, profissionais reconhecidos da pecuria de corte e de leite, que dividem sua experincia com os nossos

    leitores.

    Coincidentemente, vrias associaes de raas iniciaram 2014 com nova diretoria. o ciclo da vida que

    se renova, para que novas conquistas sejam associadas s consagradas pelas diretorias anteriores. Que as

    matrias desta edio possam ser fomento de novas conquistas para todos.

    Grande Abrao e boa leitura!

    Bolivar Filho

    Grandes Comemoraes

    Voc sabia que a Terra Boa tambmpode ser acessada na internet paraleitura virtual? no endereo abaixo:

    http://issuu.com/terraboa

    Tenha uma boa leitura!

    Nas capas desta edio, Mercedita I FIV GGOL, da HVP, por Fbio Fatori, e montagem com imagens da ABCZ.

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    Espe

    cial Uberaba: polo

    nacional das raas zebunas

    O prefeito de Uberaba, Paulo Piau, engenheiro agrnomo

    e produtor rural. Foi eleito deputado estadual por trs mandatos

    e tambm conquistou uma vaga na Cmara Federal,

    antes de assumir o cargo de executivo na prefeitura de Uberaba

    Nos seus 17 anos de vivncia na vida pblica, foi autor de 235 proje-tos e leis, e integrou 17 CPIs e comisses especiais, criadas para fiscalizar e discu-tir os mais diversos assuntos da socie-dade. Tambm foi o relator do Novo Cdigo Florestal Brasileiro na Cmara Federal.

    Em janeiro, apresentou um ba-lano de seu primeiro ano de gover-no, 2013, com seu plano de gesto para 2014, chamado de Uberaba no Gs Total. Na publicao de prestao de contas da prefeitura mostra a realizao

    de mais de 500 obras e aes, entre elas muitas voltadas valorizao e cresci-mento do agronegcio.

    Pelas comemoraes dos 80 anos da Expozebu, a maior feira de zebunos do mundo, realizada em Uberaba, a Re-vista Terra Boa Agronegcios entrevis-tou Paulo Piau, para conhecer as aes que fazem com que o municpio se des-taque no somente pelo crescimento das raas zebunas, como tambm por outros segmentos que norteiam o agro-negcio no Tringulo Mineiro. Confira abaixo a entrevista.

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    TB - Qual o desafio do prefeito de Uberaba, no ano em que a capi-tal mundial do Zebu comemora os 80 anos de criao da EXPOZEBU?

    PP - Ser prefeito desta cidade uma grande responsabilidade, pois 90% da carne e 80% do leite produ-zidos neste Pas tm sangue zebuno. Por isso mesmo, estamos sempre de mos dadas em parceira com a ABCZ para receber visitantes, para que eles vejam a pujana de nossa cidade e do gado zebu. A Expozebu Dinmica, que tambm um evento capitaneado pela ABCZ, uma das grandes apostas de Uberaba. Acreditamos que a Expozebu Dinmica ir agregar ainda mais valor a esta cadeia produtiva.

    TB - A cidade est nos primeiros

    lugares no ranking do agronegcio no Pas. Qual o desafio do municpio diante desse dado?

    PP - Uberaba uma cidade tradi-cional neste segmento. Alm do gado zebu, a primeira braquiria, a soja no Brasil Central, foram disseminadas no Pas depois de trabalhadas em nosso municpio. Fomos fornecedores de ali-mentos para a Guerra do Paraguai. A histria de Uberaba com o agroneg-cio uma histria antiga e de sucesso, portanto ser um dos maiores PIBs do agronegcio do Brasil um ttulo que nos d orgulho e merecido pelo que Uberaba fez pelo Estado, pelo Pas e pelo mundo, evidentemente. cla-ro que, para estar entre os primeiros do ranking, preciso ter muita gen-te envolvida no processo. Em primei-ro lugar, o produtor e o trabalhador rural, pois so eles, na verdade, que so os grandes responsveis por esta marca. Depois as entidades de classe, universidades, institutos de pesquisa e fabricantes de insumos, mquinas e equipamentos e seus comerciantes,

    alm do prprio Poder Pblico, que desenvolve pesquisa, ou assistncia tcnica de extenso rural e rgos de financiamento da agricultura; ou seja, a exibio desta marca envolve muita gente que definitivamente tem com-prometimento.

    TB - Uberaba tem outras conquis-

    tas. O que o senhor destaca na agro-pecuria do municpio nesse novo tempo?

    PP - Estamos na fase do smen, do embrio e j avanamos para o clone bovino. uma tecnologia de ponta em-preendida pela agropecuria Mata Ve-lha, em parceria efetiva com a Embrapa e universidades. Estamos evoluindo, avan-ando. Somos o maior polo de fertilizan-tes da Amrica Latina. Entramos na rea de produtos para alimentao animal. O destaque fica por conta da tecnologia, com o Parque Tecnolgico que est sen-do desenvolvido pela Secretaria de De-senvolvimento Econmico, em parceria com as universidades e institutos de pes-quisa. Para mim, este o grande desa-

    fio do momento: desenvolver tecnologia e conhecimento. A Expozebu Dinmica tambm faz parte deste contexto.

    TB - Mesmo com nmeros ex-pressivos, quanto o setor do agro-negcio ainda precisa crescer em Uberaba?

    PP - Precisamos melhorar a ar-mazenagem, estocagem e agregar valor aos produtos. Produzimos muito milho, soja, temos horticultura e lei-te. A ZPE Zona de Processamento e Exportao, que estamos implantan-do, tambm agregar valor aos pro-dutos. Precisamos fazer milho e soja virar embutido. Cada processo indus-trial deste vai agregar valor ao produ-to e, assim, faremos com que Uberaba aumente ainda mais seu PIB no agro-negcio.

    TB - Quais so os projetos da pre-feitura direcionados ao homem do campo e produo agrcola?

    PP - Desde a poltica agrcola do municpio, que desenvolvida junto

    Paulo Piau, Aloizio Mercadante, Antnio Andrade, Anastasia e Dilma Rousseff no Parque Fernando Costa.

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    com as entidades e instituies cor-relatas, at a poltica pblica desdo-brada em assistncia, principalmente, ao pequeno produtor, h envolvimen-to da prefeitura. Temos a compra dos alimentos produzidos pelo peque-no produtor, pelo agricultor familiar, que tem a garantia da comercializa-o do que produz, assistncia tcni-ca e apoio poltico. Temos aqui duas grandes vertentes: o apoio social ao pequeno e o apoio poltico ao gran-de produtor. A parte de mecanizao, estradas rurais, ou seja, so inmeros servios que prestamos ao produtor. Mas o apoio poltico, com a parceria fundamental. Temos agora o projeto Agrovila que levar infraestrutura s comunidades rurais, disponibilizando servios como sade, educao, segu-rana pblica, habitao, saneamento bsico, esporte e lazer, asfalto e ener-gia eltrica, alm de arranjos produti-vos para as comunidades rurais.

    TB - Em 2013, Uberaba conquis-tou o primeiro lugar do IDR (ndice de Desenvolvimento Rural) no Su-deste e o sexto dentre as cidades do Brasil. O que esta conquista signifi-cou para o municpio e para a sua administrao?

    PP - Nestes quase 200 anos de Uberaba, cada um deu a sua contribui-o, seja o poder pblico, a iniciativa privada, mas, sobretudo, o agricultor e o agroindustrial. Na nossa cidade o agrocomrcio se estabeleceu de forma definitiva. Eu diria que esta marca do IDR importante, pois demonstra que os produtores tm uma qualidade de vida maior, como o trabalhador rural tambm. Para Uberaba isto motivo de orgulho, pois significa que eles tm instruo, renda e longevidade.

    TB - Sendo produtor e engenhei-

    ro agrnomo, como avalia o agrone-gcio no seu municpio?

    A histria de Uberaba

    com o agronegcio

    uma histria antiga

    e de sucesso,

    portanto ser um

    dos maiores PIBs

    do agronegcio

    do Brasil um ttulo

    que nos d orgulho

    e merecido pelo

    que Uberaba fez pelo

    Estado, pelo Pas

    e pelo mundo

    Momento poltico no Parque Fernando Costa com o ex-presidente da ABCZ, Duda Biagi

    PP - Dizer que estamos feli-zes e satisfeitos no verdade, pois buscamos sempre a fronteira do co-nhecimento e do desenvolvimento. Mas se ns somos to importantes em nvel nacional, significa que to-dos trabalharam: O Poder Pblico no mbito Federal, Estadual e Munici-pal, mas, principalmente, a iniciati-va privada. Todo este complexo de relacionamento dentro da cadeia do agronegcio fez com que Uberaba fosse uma cidade destaque. Como prefeito, tenho que dizer da respon-sabilidade de dirigir um municpio desta grandeza, pois o agronegcio o maior negcio desse Pas. Quem faz o equilbrio da balana comercial e sustenta as crises econmicas do Brasil so a agricultura e a pecuria. Se Uberaba est com destaque neste setor, temos destaque em nvel na-cional e, at em algumas reas, em nvel mundial.

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    ExpoZebuComemora 80 anos

    A maior vitrine da pecuria nacional

    Ao chegar a sua 80 edio, programada para 03 a 10 de maio, no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG, a ExpoZebu se firma como a maior exposio de pecuria zebuna do mundo e como uma das principais vitrines para os avanos tecnolgicos e genticos que envolvem a produo de carne e leite no Brasil.

    Capa

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    A maior vitrine da pecuria nacional17

    Fotos: ABCZ

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    de Zebu (ABCZ). A primeira edio da ExpoZebu organizada pela SRTM, em 1935, teve como meta a fixao de normas e critrios para o desenvolvimento e criao da pecuria zebuna no pas. Foi o primeiro passo para tornar a ExpoZebu e a ABCZ referncias mundiais em pecuria, no s pelos servios prestados na rea de Registro Genealgico, como tambm nas aes de melhoramen-to gentico, promoo das raas zebunas e defesa dos interesses dos pecuaristas brasileiros, informa Luiz Cludio Paranhos, presi-dente da Associao. Em um pas com to grande extenso terri-torial como o nosso e com tantas diversidades culturais, a entidade conseguiu consolidar inmeras aes para a melhoria do nosso rebanho, o que, sem dvida, contribuiu muito para que o Brasil al-canasse recordes importantes no setor do Agronegcio e se con-solidasse como um grande fornecedor de carne bovina e tambm como um importante produtor de leite, completa Luiz Claudio.

    A importncia da ExpoZebu cresceu conforme a atividade pecuria no Brasil. A grande movimentao de produtores rurais em torno do evento atraiu a ateno de polticos, tanto que as vi-sitas do Governador de Minas Gerais e do Presidente da Repblica

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    1 EXPOSIO DE GADO EM UBERABA - FAZENDA CASSU - 1096

    O universo das raas zebunas no Brasil se formou no incio do sculo XX, com os primeiros animais trazidos da ndia por cria-dores que buscavam mais qualidade para o rebanho bovino brasi-leiro. O zebu se adaptou fcil ao clima brasileiro e a criao se for-taleceu tanto no pas, que surgiu a necessidade de promover uma exposio que reunisse os principais criadores do Brasil. Realizada em 1906 em Uberaba, por iniciativa do criador Cel. Jos Caetano Borges, a primeira ExpoZebu j atraiu uma grande movimentao de pessoas, alm de gerar grandes negcios e uma disputa acir-rada entre os melhores animais de raas zebunas do pas. A partir da, a Exposio s cresceu e se consolidou no cenrio agropecu-rio como um dos principais eventos do gnero em todo o mundo, chegando a sua octogsima verso em 2014, com novas propos-tas para os criadores de zebu do sculo XXI.

    As primeiras edies da ExpoZebu foram organizadas pelo poder pblico at o ano de 1934, quando foi criada a Sociedade Rural do Triangulo Mineiro (SRTM) que, pouco mais de trs dca-das depois, transformou-se na Associao Brasileira de Criadores

    tornaram-se tradio na exposio desde 1911, proporcionando importantes debates sobre a agropecuria.

    Ao fixar normas e critrios para a criao e o desenvolvimen-to da pecuria zebuna no Brasil, a ABCZ iniciou um dinmico pro-cesso de enfrentamento dos desafios que envolvem a criao de gado zebu. A superao desses desafios pode ser comprovada com o crescimento do rebanho e a consolidao do pas como um dos maiores produtores de carne e leite no mundo. Neste cons-tante processo de busca de solues, a ExpoZebu tem sido um im-portante meio de difuso de tecnologia direcionada criao ze-buna, caracterstica presente desde a primeira edio do evento. Os pioneiros foram, sem dvida, grandes desbravadores e visio-nrios, por terem tido a coragem de buscar em um continente to-talmente desconhecido, enfrentando todo o tipo de adversidade, a gentica que deu origem ao rebanho zebuno brasileiro. Hoje o nosso grande diferencial so as tecnologias que foram incorpora-das e que nos permitem fazer um trabalho de seleo ainda mais rpido e apurado. Cabe a ns sermos tambm visionrios e inves-tirmos cada vez mais naquilo que poder nos trazer melhores re-sultados, diz Luiz Claudio Paranhos.

    Diante da grande importncia que a ExpoZebu tem para a pecuria brasileira, a ABCZ preparou uma edio especial para co-memorar esta histria de sucesso. So 80 anos de histria, mas muito mais que isso, so 80 anos de conquistas para a pecuria brasileira. Por isso, a ABCZ planeja uma edio histrica para co-memorar as oito dcadas de realizao da ExpoZebu, com uma grande homenagem a todos aqueles que ajudaram a fazer da ex-posio e, consequentemente, da pecuria zebuna brasileira, refe-rncia mundial em produo de carne e leite, conta o presidente da Associao.

    Com a evoluo da gentica e de outras tecnologias dire-cionadas pecuria de corte e de leite, a ABCZ viu na ExpoZebu um importante meio de difuso destas novas informaes. Por isso, nesta edio comemorativa da 80 edio do evento, acon-tece pela primeira vez a ExpoZebu Dinmica, um espao para a demonstrao das novas tecnologias descobertas. Promover um

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    evento para difundir as tecnologias da pecuria urgente neste momento, as solues so inmeras, portanto termos uma vitrine com a chancela da ABCZ altamente providencial, explica Joo Gilberto Bento, coordenador da ExpoZebu Dinmica. O evento ser realizado em Uberaba, na Estncia Orestes Prata Tibery Jr, en-tre os dias 07 e 09 de maio. Numa rea de 70 hectares, sero de-monstradas solues tecnolgicas para melhoria do desempenho e renda das pequenas, mdias e grandes propriedades de produ-o de carne e leite.

    Cerca de das terras produtivas brasileiras so ocupadas pela pecuria. Com um rebanho to numeroso, a necessidade de um evento com as caractersticas da ExpoZebu Dinmica era cada vez maior. A grande expectativa de produtores e empresas do se-tor pecurio com o evento d indcios de que a meta de trans-formar a ExpoZebu Dinmica em um evento to representativo quanto a ExpoZebu ser atingida rapidamente. A ideia no con-correr com a ExpoZebu e sim criar condies de oferecer ao visi-tante um pacote pecurio o mais completo possvel, explica Joo Gilberto, informando que so esperados cerca de 20 mil visitantes nos trs dias de evento.

    A realizao da ExpoZebu Dinmica tambm um suporte ao projeto Zebu de ponta a ponta, desenvolvido pela ABCZ para fomentar a criao das raas zebunas, destacando suas vantagens

    e importncia na pecuria brasileira e, consequentemente, no cenrio mundial. O futuro da pecuria passa pelo inves-timento em tecnologias que comeam na gentica e termi-nam na mesa do consumidor, passando pelo melhoramen-to gentico, produo de alimento para os animais, manejo sanitrio e tudo o mais que compe o conjunto de solues para termos uma pecuria cada vez mais moderna, com-petitiva e sustentvel, explica o coordenador da ExpoZebu Dinmica.

    Mas o lanamento da ExpoZebu Dinmica no o ni-co foco da 80 edio da ExpoZebu. Alm de homenagear os criadores pioneiros, a inteno da ABCZ tambm fortalecer as aes j existentes que, de alguma forma, fomentem a pe-curia. A ExpoZebu uma feira referncia no setor. O que h de melhor no pas em termos de raas zebunas pode ser en-contrado nos pavilhes do Parque Fernando Costa e compa-rado nas pistas de julgamento, alm de poder ser adquirido nos tradicionais leiles, explica o presidente da ABCZ.

    A consolidao da ExpoZebu e de outras aes de in-centivo pecuria zebuna fortaleceu a ABCZ e a elevou ao posto de maior associao pecuarista do mundo, o que traz reflexos altamente positivos em suas relaes institucionais. Em nossas viagens pelo pas, durante as exposies, leiles,

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    nas reunies com criadores, dias de campo e outros eventos que temos a oportunidade de acompanhar, percebemos um grande respeito pela ABCZ, inclusive, do setor poltico que sempre nos recebe muito bem em Braslia. Esse respeito motivo de orgulho para ns que estamos frente da diretoria da ABCZ neste momento. Por outro lado, faz com que o nos-so senso de responsabilidade seja ainda maior, porque sabe-mos que muito esperado de ns. Nosso compromisso tor-nar a pecuria brasileira cada vez mais competitiva, moderna e sustentvel, conta Luiz Claudio Paranhos. Para comemorar os bons resultados, a diretoria da ABCZ tem dado ateno es-pecial 80 Expozebu que o grande ponto de encontro da pecuria zebuna nacional e internacional.

    ExpoZebuDe 03 a 10 de maioParque Fernando Costa - Uberaba/MG

    www.abcz.org.br

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    A produo de milho na safrinha, que a princpio era marginalizada pelos produtores, hoje vem favorecen-do a alimentao dos animais, a proteo do solo e o au-mento da rentabilidade no perodo da entressafra.

    O produtor Cludio Paim Beraldo, 49, um dos que apostam nesta opo de plantio. Proprietrio da fazenda Yp, em So Joo Batista do Glria/MG, cultiva milho, soja, feijo, sorgo e girassol.

    Com produo de leite de 15 mil litros/ dia, o plantio do milho na safrinha essencial para a alimentao do

    Dep

    oim

    ento

    Cludio Pain Beraldo em lavoura de milho, na Fazenda Yp

    seu rebanho. No ano passado, foram colhidas 121 sacas na safrinha em rea de milho sobre milho.

    A sua produo na safra 2013/2014 chegou a 55 tone-ladas de silo por hectare usando a variedade 2B688. Onde sobrou o milho do silo, colheu-se milho para gro com produtividade de 192 sacos por hectare. Apesar dos resul-tados satisfatrios, a falta da chuva nos ltimos meses foi um grande impasse para o cultivo do milho. Mas a tecno-logia e a cincia ajudam a amenizar parte desses proble-mas, como no caso da semente escolhida. Por isso, os pro-

    A entressafra pode ser um perodo de boa produo,

    se o produtor rural optar pelo segundo plantio ou safrinha.

    A prtica intensificada entre os meses de janeiro e maro,

    cresce ano a ano com as facilidades do plantio direto.

    aumenta rentabilidade na entressafra

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    Nilceu Soares Vilela e seu filho Fernando, na Fazenda Primavera, em So Joo Batista do Glria

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    dutores buscam por sementes que se adaptem melhor s diferentes safras e s condies climticas. Cludio Beral-do optou pelo uso do hbrido da Dow AgroSciences 2B 710 PW, que um milho de alta produtividade, rstico e resis-tente para a safrinha. Eu acho que esta variedade respon-de mais do que as outras, se fosse um milho de outra qua-lidade, renderia menores quantidades, disse o produtor.

    Segundo Cludio, entre as vantagens do cultivo da safrinha est a possibilidade de boa lucratividade, muitas vezes no alcanada no perodo da safra. Ns trabalha-mos em terras caras, a safrinha uma maneira de melho-rar a rentabilidade por hectare, afirmou.

    Produo garantida

    O produtor Nilceu Soares Vilela, 68, proprietrio da fazenda Primavera, em So Joo Batista do Glria/MG. Com uma rea de 120 hectares destinados ao plantio de milho, ele tem alcanado bons resultados com as semen-tes da Dow AgroSciences.

    O hbrido utilizado por Sr. Nilceu o 2B 688PW para silagem, uma variedade precoce que tem como ponto for-te a produo de silagem e gro mido, sendo altamente resistente seca. O produtor j faz uso da variedade h aproximadamente cinco anos e diz ter sempre boa produ-tividade. Ele tem uma quantidade de gros na silagem que impressiona, afirmou o produtor.

    A silagem fator primordial para manter a produo de 2.900 litros de leite/dia na Fazenda Primavera. Para

    esta produo, o Sr. Nilceu mantm 140 vacas em lacta-o. Parte da sua produo, ou seja, 80 hectares so des-tinados silagem. Os 40 hectares restantes so utilizados para a comercializao do milho.

    O produtor considera bom o retorno obtido com o 2B 688PW, tanto na parte de silagem, quanto na parte da die-ta completa dos animais. Ns aumentamos bem a produ-tividade do leite e tenho certeza que devido ao milho, comentou.

    Mas em busca de melhor produtividade, Nilceu utili-zou na safra anterior a variedade 2B 810PW que produziu 274 sacos/hectare. A consultoria na Fazenda feita pela Tringulo Agro. Segundo o produtor, esta assistncia tem sido fundamental para o aumento da produtividade na fazenda. Ns sempre recebemos a orientao do Marco Pollo, scio-diretor da Tringulo Agro e do Bruno, vende-dor tcnico. Hoje, eu planto essa variedade, mas tenho a certeza que se surgir variedade melhor eles nos indica-ro o que melhor para a produo em nossa proprieda-de, afirmou Nilceu.

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    O secretrio de Agricultura, Pecuria e Abastecimento de Minas Gerais, Z Silva, e secretrios de sete Estados do Nordeste bus-caram em Braslia recursos para amenizar a queda da produo agrcola em decorrncia da seca. Entre as propostas estava a renego-ciao de financiamentos agrcolas. De acordo com o secretrio mineiro, existe a necessidade de disponibilizao de milho dos estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Co-nab) para a alimentao do rebanho do Esta-do. O gro seria transportado das regies do pas onde ainda h disponibilidade de milho.

    Feijo 70,4 mil toneladas - 11% da safra mineira

    Milho 1, 5 milho de toneladas- 21 % da safra

    Soja 340 mil toneladas, 9% da safra

    Os nmeros divulgados pela Emater foram consolidados com base nos levantamentos em 65% da rea plantada de feijo, 60% da rea cultivada de milho e 67% da rea de soja.

    Cenrio da seca

    Principais perdas

    Curt

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    Em Biritiba Mirim/SP, nos dias 12 e 13 de abril, acontece a Festa de Tropeiros, no S-tio Nossa Senhora Aparecida. O evento reu-nir cavaleiros e tropeiros que participaro de provas de muares e equinos de marcha e 3 tambores de muares. No domingo, dia 13, uma cavalgada est programada com sada do Stio Nossa Senhora Aparecida, local da prova, com destino Igreja Matriz de Biriti-ba Mirim.

    Alunos do Centro Acadmico do curso de Engenha-ria Agronmica da FESP/UEMG, campus de Passos/MG, montaram stand no Parque Adolfo Coelho, durante a 51 EXPASS, para assessorarem os trabalhos na pista de jul-gamento dos animais das raas Nelore, Gir Leiteiro e Gi-rolando, avaliados para as etapas regionais e nacionais do ranking das raas. Entre os trabalhos estava tambm a assessoria na pesagem do leite durante o Torneio Leiteiro e palestras. Entre os temas abordados Gentica Animal, palestra ministrada pelo mdico veterinrio Lucas Eduar-do Pereira Coimbra.

    Muares

    Treinamento

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    Minas Gerais o primeiro es-tado a implementar uma Poltica Estadual de Agroecologia e Produ-o Orgnica. Sancionada pelo go-vernador Antonio Anastasia, a Lei n 21.146/14 tem como objetivo am-pliar e fortalecer a produo, o pro-cessamento e o consumo de produ-tos agroecolgicos, orgnicos e em transio agroecolgica, com nfase nos mercados locais e regionais. As aes sero destinadas prioritaria-mente aos agricultores familiares, urbanos e aos povos e comunidades tradicionais.

    O Estado conta, atualmente, com 366 agricultores orgnicos cer-tificados pelo Ministrio da Agri-cultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA), que o rgo responsvel pela garantia da qualidade orgnica dos produtos em todo o pas.

    Nmeros da Produo Orgnica

    Mundo Aproximadamente 1,4 milho de produtores orgnicos no mundo. rea plantada de 67 milhes de hectares. Movimenta aproxima-damente R$ 50 bilhes

    Brasil Maior mercado consumi-dor da Amrica do Sul. Expectativa de movimento em 2013 de US$ 2 bilhes

    Minas Gerais 366 agricultores orgnicos certificados pelo Minist-rio da Agricultura

    Agroecologia e

    Produo Orgnica

    O ano de 2014 comeou para os ca-riocas com mais um grande evento da As-sociao dos Criadores do Cavalo Quarto de

    Milha do Estado do Rio de Janeiro (RJQM). A 4 Etapa do XXVIII Campeonato Esta-dual RJQM aconteceu entre os dias 7 e 9 de fevereiro no Centro Hpico de Sapucaia. Foram 3 dias com provas de 3 Tambores, 6 Balizas, Lao de Bezerro, Team Penning e GP RJQM.

    Para o presidente da RJQM, Frederico Mendona, os nmeros foram muito bons. Tivemos um total de 473 inscries, com 200 animais participando do even-to e R$66.661,00 distribudos em prmios. O proprietrio do Centro Hpico, Carlos Castro, elogiou o evento. Estamos no caminho certo, com um nmero mdio de inscries muito bom. De nossa parte, procuramos sempre melhorar para oferecer boas condies aos competidores. Para construir nosso Centro, viajamos para os melhores centros hpicos da Europa e Estados Unidos. Pensamos no clima do local escolhido e tambm na altitude para beneficiar animais e atletas, explicou.

    A edio de 2014 do Circuito ExpoCorte (nova denominao do Circuito Feicorte) j tem tema e cidades definidos. O evento, que em 2013 teve a participao de mais de 7 mil pessoas em cinco etapas, representando cerca de 100 milhes de cabeas de gado, discutir esse ano Como conseguir o mximo de minha propriedade. A primeira etapa ser em Cuiab/MT nos dias 19 e 20 de maro, no Centro de Eventos do Pantanal. O evento passar ainda por Campo Grande/MS, Uberlndia/MG, Ji-Paran /RO e Araguana/TO.

    O evento, formatado de forma customizada, vem percorrendo, desde 2012, as princi-pais regies de produo de gado de corte do Brasil para difundir contedos de referncia e levar ao pecuarista as tecnologias disponveis para o desenvolvimento do seu negcio, atravs das empresas de destaque em cada segmento e da contribuio de importantes especialistas do mercado, que discutem com o produtor como aprimorar sua produo. A edio de 2014 ser realizada pela primeira vez em locais como Araguana e Uberlndia, alm de voltar a re-gies que tiveram resultados excelentes. Isso mostra que o formato do evento, pensado para levar tecnologia, conhecimento e discusso para onde o produtor est, muito acertado, afir-ma Carla Tuccilio, diretora da Verum Eventos, empresa que est frente do Circuito ExpoCorte e da ExpoCorte So Paulo, que ocorre de 24 a 26 de junho, em So Paulo/SP.

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    O manejo de animais Braford teve incio no sul do Pas, mas com a sua trajetria de expanso alm dos pampas, a raa ganha cada vez mais espao nos rebanhos de todo o Brasil. Caractersticas como ferti-lidade, precocidade, musculosidade, volume e qualidade de carne, capacidade de adaptao aos trpicos e valor hbrido fazem com que a raa seja uma opo vantajosa dentro da perspectiva da produtividade na pecuria de corte. Pela importncia da raa e por entender que o Brasil tem um dos melhores Braford do mundo, a equipe da CRI Gentica passou a contratar touros para comercializao de smen.

    Com a contratao de Gladiador, em 2013, a CRI Gentica difunde a raa com trs touros em sua bateria. A escolha por esse animal, destaque no leilo de outubro/2013 da Estncia Bela Vista, foi basea-da na performance superior e nas caractersticas fenotpicas do touro, que demonstrou muita musculo-sidade, caracterizao racial, boa pigmentao e opo de acasalamento interessante.

    Pecuria de Preciso. Essa a proposta da CRI Gentica com o lan-amento do Precise Genomic Testing, um Preciso Teste Genmico que auxiliar no programa de melhoramento gentico de fmeas bovinas. A partir de 2014, a central passa a disponibilizar anlise genmica, atravs do uso de milhares de marcadores moleculares para as raas Holands, Jersey e Pardo Suo, em animais puros.

    Com o processamento do teste, possvel conhecer o ranking dos melhores animais de um rebanho, sejam bezerras, novilhas ou va-

    cas em produo. Isso porque os marcadores moleculares, usa-dos na avaliao, agem no material gentico coletado do animal, apontando se, em seu DNA, existe ou no o gene de determina-da caracterstica.

    A partir do teste genmico possvel decidir, logo nos primeiros meses de vida dos animais, quais de-

    vem permanecer no rebanho e como devem ser re-criados. Enquanto no teste de prognie demora--se mais de cinco anos para se obter resultados, com o genmico, o produtor poder ter um claro

    poder de deciso logo aps o nascimen-to do animal, acelerando o processo de seleo e melhoramento, diminuindo gastos e aumentando a lucratividade.

    Teste genmico

    foto Berrante Comunicao/Juliano Guerra

    BRAFORD EM EXPANSO

    Nos primeiros meses do ano, o clima seco na Regio Su-deste impulsionou novamen-te os contratos futuros do caf arbica na Bolsa de Nova York. Investidores temem que a falta de chuvas tenha causado danos significativos s lavouras de caf dessa regio, que inclui o maior estado produtor do gro que Minas Gerais.

    Cafe

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    H mais de 25 anos na administrao da As-sociao Paulista dos Criadores de Nelore (APCN), Evaldo Rino Ribeiro, passou a presidncia para Jos Eduardo Meireles Filho, mais conhecido como Dindo. Com a experincia adquirida nesse perodo passa a contribuir como diretor-financeiro.

    Estamos desde os tempos de Ubaldo Ola e Jaime Nogueira Miranda nos dedicando a cons-truir um alicerce, uma base slida, nesta, que hoje, uma instituio respeitada, responsvel

    pelo fomento de todos os eventos da raa Nelore do estado. Ela a nica associao que participa de todas as exposies paulistas de Nelore e prima pelo incentivo aos novos selecionadores e s pequenas exposies, para que continuem a promover a nossa raa e nossos criadores relatou Evaldo, experiente criador e empresrio reconhecido. Para a nova diretoria ele deixa equipe consolidada, competente e respeitada pelo mercado, que d suporte tcnico e veterinrio, atravs de convnio com a UNIMAR (Universidade de Marlia). Uma sede muito bem montada no parque de exposies de Bauru que abriga escritrio plenamente equipado nas reas de TI, comunicao, mobilirio, veculos, tcnicos fixos e outros credenciados que acompanham o Ranking Paulista.

    Perguntado sobre o que planeja, o novo presidente afirma, com humildade, que pretende divulgar o Nelore, seguir os princpios do mestre Evaldo e se dedicar muito a um trabalho que ama fazer: aprender de Nelore. Me doar causa de promover a mais importante raa bovina do mundo no estado de So Paulo uma honra pra mim finaliza Dindo Meireles.

    Certos de que o acordo de livre comr-cio entre o Mercosul e Unio Europeia es-sencial para o agronegcio brasileiro, a pre-sidente da CNA (Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil), senadora Ktia Abreu, e mais 16 empresrios participaram em Bruxe-las do Frum Empresarial.

    Na avaliao da CNA, a assinatura de um acordo com a Unio Europeia ser um marco para que o Brasil possa abrir novas frentes de negociaes comerciais, que tm importncia crucial para ampliar o acesso a mercados dos produtos agropecurios.

    O agronegcio responsvel por 22,5% do PIB (Produto Interno Bruto) bra-sileiro. O setor agropecurio como um todo gera 37% dos empregos formais do Brasil e suas exportaes representaram, em 2013, 41,3% do total de vendas ao exterior do pas. A UE o destino de 22% do total das exporta-es brasileiras.

    BrahmanAlexandre Coccapieller Ferreira o novo presi-

    dente da ACBB (Associao dos Criadores de Brah-man do Brasil). A eleio ocorrida em 17 de fevereiro elegeu diretoria para mandato de 2 anos. Compem a nova diretoria o Vice-Presidente: Ovdio Car-los Cunha de Brito; Secretrios: Moiss Fernandes Campos; Adalberto Cardoso; Charles Wanderley Maia;Daniel Teixeira Dias; Manoel Afonso de Almeida Filho; Miguel de Paula Xavier Neto. Direto-ria-Executiva: Diretor-Tesoureiro: Daniel Teixeira Dias; Diretor-Se-cretrio: Charles Wanderley Maia; Diretor de Marketing: Fbio Jos de Faria Camargos.

    Brasil em Bruxelas

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    Tendo como meta 1.700 vacas Holandesas puras em lactao, a Agrindus possui hoje o maior reba-nho do gnero no Brasil com qua-se 4.000 fmeas, 100% registradas na Associao Brasileira da Raa Holandesa e com total controle ofi-cial. Com alto desempenho produti-vo gerou 18 milhes de litros de lei-te em 2013 e projeta para 2014/2015 chegar a 22 milhes de litros - um salto de 22,2%. Esse crescimento se deve em parte expanso feita em 2012 de 25% da rea de free stall (baia livre) para vacas em lactao (totalizando 1.560 baias).

    A empresa que detm a mar-ca prpria Letti (iniciada em 2007), se destaca por vrias inovaes nestes quase 70 anos de existn-cia. Exemplos: h mais de 20 anos adota o sistema free stall com die-ta completa. Em 1996 houve outro salto tecnolgico com a instalao da ordenha 2x18 sidebyside para 200 vacas por hora, utilizando trs ordenadores em novo free stall. Em 16 anos (1997-2012), a nova unida-de da Agrindus produziu 201 mi-lhes de litros.

    Em 2006 a empresa j produ-zia 30 mil litros por hectare/ano, em trs ordenhas, 24 horas por dia. H dois anos a Agrindus adota espa-o modelo: brete sidebyside 2x30 com subsolo, para ordenha de at 330 vacas por hora. Hoje a mdia de 50 mil litros por dia.Os animais so criados em condies comple-tas de bem-estar, tm conforto, ti-ma alimentao e liberdade para caminhadas, descanso e banhos de sol, explica o diretor da empresa Roberto Jank Junior.

    Embral leiles, 33 anos dedicados ao leite

    AGRINDUS AUMENTA A SUA PRODUOA meta chegar a 22 milhes de litros de leite

    Oportunidade de ouro!

    No dia 12 de abril a Agrindus promove o 5 Leilo Anual de fm

    eas

    jovens, todas com avaliao gentica, filhas por FIV e TE do me

    lhor

    time de doadoras com touros top 100. O show de gentica ser

    em Descalvado/SP com transmisso ao vivo pelo Terra Viva.

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    Leiles oficiais com credibilidade

    A Associao Mineira de Gado Holands possibilita agora o me-lhoramento gentico assistido pelo Genoma. Em 2014, alm dos even-tos tradicionais que realiza, a Asso-ciao pretende lanar programa exclusivo para o gado Holands na TV e leiles oficiais, com credibilida-de. Temos um promissor merca-do para 2014, com procura intensa por animais de gentica superior e, como sempre, contaremos com a Embral, nossa parceira de muitos anos e que, assim como a Associa-o Mineira, vive do leite e para o lei-te!, avisa Leonardo Moreira.

    Referncia de qualidade!

    A Fazenda Araras, de Fernando Dela Corte, vai colocar a cabeceira venda. So 230 fmeas Girolan-do registradas sendo 160 vacas 1/2, 3/4 e 7/8 de 1 cria recm-paridas e 70 novilhas 3/4 e 7/8 amojando. Pro-duo diria de 9.000 litros de leite. o 5 Leilo Anual Juventude & Produo que ser realizado em Morri-nhos/GO, dia 13/4, s 14h. Transmisso pelo Terra Viva.

    Excelncia dos Araxs

    Os criadores mineiros Pedro Ananias Aguiar (Fazenda Congo-nhas, de Arax), Luiz Carlos Rodri-gues (Gentica NovaTerra, de Con-quista) e Daniel & Magnlia Silva (Fazenda Valinhos, de Monte Ale-gre) promovem o 4 Leilo Girolan-do Excelncia dos Araxs, dia 4/4, s 20h, no Parque de Exposies de Arax. Sero 40 lotes, sendo 19 lotes de convidados especiais. Transmis-so ao vivo pelo Canal Terra Viva. Imperdvel!

    Barreiro Branco abre a cabeceira

    A Fazenda Barreiro Branco, Abaet/MG, se destaca pela exce-lncia de matrizes das raas Gir Lei-teiro e Girolando. a mxima qua-lidade de seu plantel que estar venda no 1 Leilo Gir Leiteiro e Giro-lando da RTPA. Sero 65 exemplares selecionados pela mo de Ricardo Cordeiro Toledo, dentre eles 47 novi-lhas Gir Leiteiro prenhas ou insemi-nadas, 8 touros da raa Gir Leiteiro, 10 novilhas F1 (livro fechado), filhas de doadoras Gir Leiteiro de alta lac-tao. Dia 22, s 14h com transmis-so pelo Terra Viva.

    Reserva especial Girolando

    Em sua 13 edio, o Leilo Fazenda Santa Cla-ra traz para o tattersall a reserva do plantel ofertando 130 vacas em lactao e 100 novilhas 7/8 de sangue. Marclio Torres traz exemplares de eficincia produtiva testada pelo mercado. Acontece no prximo dia 23/3, em Bela Vista de Gois, com transmisso ao vivo pelo Novo Canal.

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    Grupo Cabo Verde

    Um arremate que oferece ani-mais de altssima qualidade e atrai um pblico aproximado de mil investidores.

    Os arremates comeam na sexta--feira, dia 25, com o Leilo Noite de Gala. Teremos a oferta de animais de desta-que, pinados com a ajuda do Boi Asses-soria, no universo total dos animais da Santa Luzia e de nossos parceiros. Ser uma grande oportunidade para adqui-

    rir animais que possam contribuir com o melhoramento gentico do rebanho Gi-rolando, disse Maurcio Silveira Coelho, diretor da Fazenda Santa Luzia. Algumas novilhas seguiro prenhes de embries das principais doadoras da Santa Luzia, portanto, os investidores levaro uma gentica de excelente qualidade, e, no ventre, uma gerao frente em ter-mos de qualidade e avano gentico.

    Trabalhamos para que o leilo sempre supere as edies anteriores, devido ao trabalho de melhoramento gen-tico da fazenda que produz um gran-de nmero de animais, o que permite uma rigorosa seleo dos melhores in-divduos, comenta.

    De acordo com um dos grandes parceiros da Santa Luzia, o diretor ge-ral da Xapetuba Agropecuria, Thiago

    Leil

    es comemora 71 anos em tradicional leilo da Raa GirolandoO ltimo final de semana de abril vai entrar para a histria do Grupo Cabo

    Verde. A Fazenda Santa Luzia, em Passos/MG, ser palco das melhores

    oportunidades em negcios de gentica leiteira da raa Girolando no pas,

    durante a 13 edio do Leilo Anual Girolando Santa Luzia, que j

    se tornou uma tradio no setor, e do 4 Leilo Noite de Gala

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    Fotos: Gustavo Ribeiro

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    Silveira, investir na gentica Girolando da Fazenda Santa Luzia ter a certe-za do retorno almejado. O trabalho de seleo gentica desta fazenda mui-to bem conduzido, prova disso so as inmeras fmeas de destaque nas pis-tas e torneios leiteiros que j fizeram ao longo de dcadas. Acho que todo criador procura acertar na compra, e uma conquista da Santa Luzia signifi-ca credibilidade no mercado, condio adquirida atravs da seriedade que a famlia Cabo Verde conduz seus neg-cios, ressalta.

    A busca permanente da qualidade

    Maurcio admite que um grande desafio ser referncia em leilo da raa Girolando, com reconhecimento pelo trabalho realizado h dcadas. Em 2014 comemoramos 13 anos consecutivos de realizao dos leiles da Santa Luzia. Isto s possvel quando se tem uma repro-duo eficiente das vacas, garantindo a reposio normal do rebanho e ainda o excedente para venda. Temos a talvez o maior desafio: produzir animais genetica-mente superiores a cada nova gerao. Para isso, a fazenda Santa Luzia tem se va-

    lido da biotecnologia da FIV, multiplican-do as suas melhores doadoras, explica.

    Maurcio ainda ressalta que os par-ticipantes do leilo encontraro animais de primeira linhagem. Sero mais de 300 animais, mais de cem vacas jovens em incio de lactao, alm de 120 novi-lhas prenhas e algumas bezerras de des-taque, que sero ofertados no leilo do dia 26. E nesse ramo de negcio a evo-luo no pode parar. Uma das princi-pais aes de destaque da fazenda em

    2013 foi o emprego macio de embries de FIV em vacas leiteiras. Foram mais de 3.500 embries implantados, gerando 1400 prenhezes e, como resultado disso, esperamos um avano gentico ainda mais acelerado no rebanho e um nme-ro ainda maior de fmeas. Sero 80% de partos de FIV com 90% de fmeas gene-ticamente superiores.

    De acordo com o veterinrio do Grupo Confiana Gentica, que tem mais de 30 anos de experincia na pro-

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    Maurcio Silveira Coelho

    Diretor da Fazenda Santa Luzia

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    fisso, Adilson da Matta Andrade, a ge-ntica Girolando da Fazenda Santa Luzia no simplesmente uma questo tcni-ca. Tenho a Santa Luzia como refern-cia, pois alm do profissionalismo tc-nico, eles mantm a paixo para com o criatrio de gado leiteiro; de onde vem a grande dedicao e, consequentemen-te, a conduta tica e poltica em relao ao meio. Esto sempre envolvidos com grande destaque em eventos da pecu-ria leiteira e agronegcio, ressalta.

    Adilson relata que h mais de 20 anos indica para criatrios a compra de animais Girolando da Santa Luzia. H dois anos, como coordenador do Grupo Confiana Gentica estamos adquirindo animais de ponta da Santa Luzia para fazer parte do seleto grupo de nossas doadoras. A grande preocupao da Santa Luzia em passar o negcio para as prximas gera-es da famlia, como j acontece h trs, rege uma conduta mpar em termos de comprometimento com o resultado; as-sim como em relacionamento com fun-cionrios, parceiros, clientes, compradores e, logicamente, com grande diferencial em produtividade devido qualidade em quantidade. Por tudo isto, tenho certeza na hora de adquirir ou indicar a gentica Santa Luzia, enfatiza o veterinrio.

    A Santa LuziaA Fazenda Santa Luzia dedica-se atividade leiteira, sendo pioneira no cruzamen-

    to de gado zebuno com taurino na regio Sul e Sudoeste de Minas. Com um plantel de 3.500 fmeas Girolando, sendo mil em lactao, produzindo diariamente 18 mil litros de leite, a Santa Luzia est entre as maiores fazendas especializadas na atividade leiteira do pas, segundo o ranking Top 100 MilkPoint. Toda essa produo alicerada num rigoroso programa de seleo e melhoramento gentico do Girolando, que j rendeu Santa Luzia vrios ttulos de Melhor Criador e Expositor Nacional, alm de muitos recordes de produo e valorizao dos seus animais.

    Parceiros

    A Fazenda Santa Luzia possui di-versos parceiros que tm em comum o mesmo objetivo: a maior eficcia atravs do melhor rebanho Girolando. Lus Fernando Dela Corte um deles. Em sua propriedade, a Fazenda Araras, em Morrinhos/GO, onde pecuaris-ta h sete anos, ele trabalha somente com animais da raa Girolando para a produo leiteira de 15 mil litros/dia e para concursos em pista.

    Segundo ele, o criatrio da Fazen-da Santa Luzia o primeiro do pas. Eu destaco a seriedade do trabalho do Maurcio Silveira Coelho. Classifico a Santa Luzia como o primeiro criat-rio do Brasil, o restante aprende com ele. Lus tambm destaca o grau de sangue dos animais da Santa Luzia, o preferido por ele para as suas ativida-des. parceiro da Santa Luzia h dois anos.

    Lus Fernando Dela Corte Pecuaris-ta - Fazenda Araras Morrinhos/GO.

    Fazenda Santa Luzia35 3522.1075

    www.grupocaboverde.com.brLus Fernando Dela Corte Pecuarista

    Fazenda Araras Morrinhos/GO

    Thiago SilveiraXapetuba Agropecuria

    Adilson da Matta Andrade Veterinrio do Grupo Confiana Gentica

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    Leilo Virtual Gir Leiteiro

    So Jos do Can Can

    No dia 27, domingo, apartir das 10:30 hs,

    durante o programa Mercado do Leite, no Agro-

    Canal, acontece o Leilo Virtual Gir Leiteiro So

    Jos do Can Can, no qual sero ofertadas be-

    zerras, novilhas e tourinhos Gir Leiteiro da mais

    alta qualidade, fruto de FIV das melhores doa-

    doras So Jos do Can Can. A Fazenda So Jos

    do Can Can tem hoje um dos principais planteis

    de Gir Leiteiro do Brasil, e comandada pessoal-

    mente pelo patriarca Jos Coelho Vitor, que no

    auge dos seus mais de 80 anos, tem saboreado o

    gosto da vitria dos seus animais nos principais

    torneios leiteiros do pais com vrios recordes na-

    cionais e mundiais de produo leiteira.

    Com este leilo Virtual da Can Can, orga-

    nizado pela Nova Sat Leiloes, finaliza o final de

    semana de negcios do Grupo Cabo Verde.

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    Artig

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    Ao longo da minha experincia profissional como zootecnista, acompa-nhei a transformao do rebanho nacio-nal. Consultor da CRV Lagoa h 22 anos, com especializao em pecuria leiteira, acompanhei a evoluo do gado holan-ds PO nas exposies e a sua consoli-dao como gado especializado em pro-duo. Vivenciamos tambm a ascenso do Gir Leiteiro e o resultado do cruza-mento entre as raas Gir Leiteiro e Ho-lands, que originou o Girolando.

    Como aqui falamos sobre raas lei-teiras; a forma de pagamento do leite, nesse perodo, tambm sofreu mudan-as. Alm do volume, hoje, considera-mos como moeda a qualidade, a prote-na, a Contagem das Clulas Somticas.

    Competir e produzir nesse cen-rio com produtividade e qualidade no to difcil como a maioria dos produ-tores pensam, mas exige disciplina e conhecimento para poder concorrer de igual para igual com aqueles que j uti-lizam dessas ferramentas. S crescemos em nossa atividade quando temos co-nhecimento. Na pecuria de leite no diferente.

    Entre tantas tcnicas disponveis para o melhoramento gentico do re-banho, destaco a Inseminao Artificial e a IATF que controla o intervalo entre partos. Tcnicas conhecidas pela maioria dos produtores, mas, muitas vezes, no

    Rebanho de Qualidade Duas dcadas de trabalho pelo melhoramento gentico

    do rebanho nacional mostram as conquistas

    de consultores e criadores

    utilizadas da maneira correta diante dos custos operacionais. Assim, criamos nos ltimos anos uma forma de consultoria diferenciada que leva a informao in loco, ou seja, a Inseminao Artificial Vo-lante vai at a fazenda do produtor.

    Com este programa, procuramos diminuir os custos operacionais e aten-der a demanda de pequenos e mdios produtores. O trabalho mais extenso e criamos tambm aes para treinamen-to das equipes nas fazendas. Se a nossa inteno levar informao e promover a melhoria gentica do rebanho, com menores custos, firmamos parcerias para garantir essa atividade com cooperati-vas, sindicatos e prefeituras. Conhecer o mercado em que atua e as melhores op-es de acasalamento em busca de qua-lidade e produtividade fundamental para ter sucesso em qualquer atividade da pecuria.

    Para oferecer essas informaes aos produtores tenho que beber da fonte, ou seja, tenho que buscar infor-maes na fonte, que, no meu caso, a CRV Lagoa, empresa para qual trabalho h 22 anos. Experincia o que no lhe falta. No Brasil so 40 anos de atuao e mais de 140 anos de seleo de gado PO. Entre seus programas de melhora-mento gentico est o Gestor Leite, o nico do Pas para a avaliao de fme-as de raas leiteiras. A CRV Lagoa tam-

    bm reconhecida pelo ICAR (Comit Internacional para o Controle da Produ-tividade Animal), nica empresa capa-citada para a avaliao gentica dentro desse programa.

    Para oferecer o melhor aos pe-cuaristas, temos em oferta smen de touros consagrados como Backup, que ganhou Palheta de Ouro com mais de 600 mil doses de smen comercializa-das e C.A Sanso classificado por oito vezes como o primeiro no ranking da ABCGIL, Paramount que vendeu mais de 1 milho de doses de smen, entre outros. Informao somada s melho-res ofertas do mercado e custo dife-renciado o que o pecuarista brasilei-ro precisa para oferecer produtos de alta qualidade, seja leite ou carne.

    Fbio de Camargo PachecoZootecnista

    16 [email protected]

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    Fazenda Tringuloconquista equilbrio na produo

    Depois de vivenciarem diversas experincias com a pecuria leiteira,

    os irmos e scios, Joo Everaldo, Daniel Evergisto e Jos Evenaldo

    dos Santos optaram pelo sistema de produo a pasto com a utilizao

    do pastejo rotacionado. A raa escolhida foi a Jersolando. Pecu

    ria

    de

    Leite

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    A Fazenda Tringulo, de propriedade dos irmos, fica no municpio de Passos/MG. Com rea de 18 hectares, total-mente irrigada, produz 3.000 litros de leite/dia. A venda do pro-duto garantida pela APROLEITE (Associao dos Produtores de Leite do Sudoeste de Minas Gerais). Em janeiro, a contabili-dade registrava R$ 1,23 por litro de leite comercializado.

    Para chegar a este sistema e aprovar os resultados, os ir-mos vivenciaram outras experincias. Conheceram antes a produo com a raa holandesa e o uso do free-stall. Era um outro momento. Dificuldades com o stress dos animais e pro-blemas com casco os levaram a raa Girolando e ao semi-con-finamento. Na sequncia, conheceram o Jersolando e o pas-tejo rotacionado. Raa e sistemas adotados hoje e aprovados pelos produtores. Na relao custo/benefcio, o nosso resul-tado excelente. Buscvamos a sanidade dos animais e custo operacional mais baixo, o que conseguimos nesse formato de produo, disse Daniel.

    Este sistema foi apresentado aos produtores pelo engenhei-ro agrnomo Fernando Leal, que o consultor da fazenda. Em-bora toda a mudana tenha as suas dificuldades iniciais como a queda da produo e o espaamento entre cios, tudo foi equilibra-do em apenas quatro meses. O acompanhamento tcnico nesse momento fundamental para nos tranquilizar, ressaltou Daniel.

    Esta tranquilidade foi garantida por Fernando, que presta assessoria para a Fazenda. Segundo o engenheiro agrnomo, a produo de leite uma atividade muito complexa, que exige manipulao de vrios fatores de produo e o sucesso da ati-vidade est vinculado manipulao destas variveis.

    Na produo de leite, podemos trabalhar com sistema confinado e sistema de semi-confinamento (vero pastejo ro-tacionado e inverno silagem + aveia e azevem, semeada sobre o capim Mombaa). O confinamento tem um custo de implan-tao maior e a vida til da vaca menor, tendo uma vida de 3 anos de lactao. J o sistema do semi-confinamento tem um custo de implantao menor e a vida til da vaca maior, com 5 anos de lactao. Nesse formato conseguimos trabalhar com uma recria mais enxuta, pois temos que descartar apenas 20% das vacas por ano. No confinamento precisamos trabalhar com toda recria para reposio, explica Fernando. Ainda segundo o agrnomo, no pastejo rotacionado, a protena bruta do Mom-baa chega a 15%, ndice maior que a silagem de milho que de 8% . Com esses ndices conseguimos trabalhar com um concentrado com menos PB. Atualmente, a protena onera os custos da atividade. Todos esses fatores trabalhados, em con-junto, nos levam a ter um sistema de produo altamente lu-crativo e com baixo custo, disse Fernando.

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    Para entender o processo de opo entre um sistema ou outro; e o tipo de alimentao do rebanho, o custo/benefcio sempre o fator determinante. Observe abaixo o porqu de cada escolha adotada na Fazenda Tringulo.

    60% da dieta = volumoso (silagem de milho ou Mombaa) e 40% = concentrado

    Mombaa: 60 x 15 = 9% de PB Se a vaca precisa de 16% de PB, a deficincia de 7% de PB dever vir do concentrado7/40 = 17,5% PB (concentrado de 17,5% PB) Silagem de Milho: 60 x 8 = 4,8% de PB Se a vaca precisa de 16% de PB, a deficincia de 11,2% de PB dever vir do concentrado 11,2/40 = 28% PB (concentrado de 28% PB)

    Custo do concentrado de 17,5% PB = R$ 0,60 o quiloCusto do concentrado de 28% PB = R$ 0,90 o quiloNas duas situaes a vaca consumir 7 kg de concentrado

    Um produtor trabalhando com 100 vacas em lactao investir:

    Mombaa = 7kg de concentrado x R$ 0,60 x 30 dias x 100 vacas = R$12.600,00 reais de rao por ms Silagem de Milho = 7kg de concentrado x R$ 0,90 x 30 dias x 100 vacas = R$18.900,00 reais de rao por ms

    * Dados Janeiro/2014/Fernando Leal

    PRODUO E ALIMENTAO

    Uma vaca produzindo 20 litros de leite vai precisar segundo o NRC de 16% de PB na dieta total

    CUSTOS

    Adaptao

    Para mudar o sistema de produo, os proprietrios da Fa-zenda Tringulo contaram com algumas facilidades como o sis-tema de irrigao j adquirido para a produo de milho. Com este mesmo sistema, hoje eles mantm os 104 piquetes de capim Mombaa sempre com alta produtividade; o que vai garantir a ali-mentao do rebanho no perodo do vero. Os lotes de animais em produo comem vontade, entre uma ordenha e outra, em piquetes renovados diariamente. Assim, aps de alimentarem fartamente em um piquete, no dia seguinte passam para ou-tro novinho. Os piquetes j utilizados pelas vacas em produo so finalizados com o pastejo das vacas secas.

    A escolha do capim Mombaa foi criteriosa. A variedade mais produtiva e tem alta qualidade.

    No manejo dos animais, as vacas chegam ao piquete quan-do o Mombaa atinge 90 cm de altura. Nesse porte ele tem 95% de rea foliar, oferecendo na parte mais alta da folha, maior valor nutricional. Os animais em lactao vo consumir o Mombaa dei-xando-o com cerca de 30 cm de altura. Nesse ponto, as folhas ofe-recem valor nutricional mais baixo e so consumidas pelas vacas secas, que tem uma exigncia nutricional menor nesta fase.

    Para a implantao dos piquetes, o primeiro passo exige o levantamento topogrfico e a diviso da rea. (Confira abaixo os quatro mdulos com 26 piquetes em cada mdulo). Nos mdu-los mais prximos da ordenha trabalhamos com as vacas de maior

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    produo e nos mais distantes as vacas de menor produo. O Mombaa muito produtivo e tem uma qualidade muito alta, mas exige manejo e fertilidade do solo muito alta, disse Fernando.

    Na Fazenda Tringulo so realizadas duas ordenhas ao dia. A primeira delas na madrugada e a segunda no perodo da tarde. Os animais em produo depois de se fartarem com o capim so encaminhados para o barraco onde descansam e se alimentam de silagem e rao. Ficam sombra, enquan-to aguardam a ordenha da tarde; aps este perodo, retornam ao pasto onde ficam at a ordenha da madrugada.

    Esta dinmica de pastagem, cocho/descanso e pasta-gem elogiada pela mdica veterinria da fazenda e filha de Joo, Dbora Silveira Santos. Segundo Dbora, os tetos das vacas em produo ficam mais preservados com este siste-ma, pois logo aps a ordenha elas voltam ao pasto ficando um longo perodo em p. O tempo necessrio para o fecha-mento do esfncter e proteo dos mamilos evitando, assim, incidncia de mamite.

    A produo na fazenda de 18l/animal/ordenha e che-ga a 23 litros nos perodos de maior produo. O ndice considerado excelente pelos proprietrios. Eles ainda desta-cam que o valor recebido pelo leite resultado do ndice de slidos no produto, uma das buscas atuais do mercado. Re-cebemos mais pelo nosso produto porque temos qualidade e estamos oferecendo o que o mercado busca nesse momen-to, disse Joo.

    A alimentao do rebanho dividida em pastejo de ve-ro com o Mombaa e pastejo de inverno com aveia e azevm mais silagem, sendo 50% de pastejo e 50% de silagem, que tambm produzida em rea da fazenda. A rao os animais recebem o ano todo na proporo de 1 kg para cada 3 litros de leite produzidos. A aveia e o azevm no oferecem a quan-tidade necessria de massa para os animais, assim temos que alterar a dieta do rebanho no perodo do inverno, disse Joo.

    Segundo o produtor, cada pecuarista tem um perfil para a produo. No caso da Fazenda Tringulo o sistema de irriga-o j adquirido possibilitou uma mudana mais rpida com custo de produo inferior ao praticado no sistema de alimen-tao com os animais no free-stall. A rea irrigada de 18 ha para atender 220 animais, sendo que 180 esto em produo.

    A taxa de reposio da fazenda de 20% a.a. O controle zootcnico feito por Dbora, a primeira da famlia a vir integrar o time de administrao da fazenda. H um ano ela acompanha os trabalhos. Como resultado ela cita a positividade das vacas para a prenhez com ndice de 70% nos 90 dias do ps-parto e aos 150 dias com 90% do rebanho com prenhez confirmada. Se-gundo Dbora, por estar mais prxima e acompanhar o trabalho semanalmente, ela consegue resultados excelentes como esta precocidade nas taxas de reproduo. Ela tambm ressalta o uso do protocolo de IATF (Inseminao Artificial em Tempo Fixo), o que traz excelentes resultados com o melhoramento gentico e reprodutivo dos animais.

    Com esta evoluo do rebanho, Dbora afirma que a par-tir de julho de 2014 comearo a comercializar animais ofere-cendo ao mercado cerca de 50 cabeas de Jersolando, j apura-das no seu rebanho atravs do Kiwi-cross. Os primeiros animais da fazenda, o rebanho Girolando, foi cruzado com Touro Jersey resultando no 1/2 sangue Jersolando. Esses animais foram cru-zados com touro Holands resultando no Jersolando que fo-ram cruzados na sequncia com touro Jersey resultando em animais 11/16 Jersolando. Entre as caractersticas dos animais Jersolando, os produtores destacam a fertilidade, docilidade, rusticidade, precocidade e menor energia de mantena, ou seja, as vacas so mais leves e, portanto, andam mais, pastam mais, com menos stress fsico.

    Fazenda Tringulo35 9191-8365

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    FortMilk e Nutribomas parceiras da DeLaval

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    A DeLaval h mais de 125 anos vem inovando no ramo da pecuria leiteira, fazendo-se presente no s no Brasil, como em mais de 100 pases espalhados pelo mun-do. A empresa oferece solues a clientes com rebanhos de 1 a 50.000 animais e chega agora ao sudoeste de Minas Ge-rais tendo como representantes a Nutribom, que h apro-ximadamente 10 anos vem distribuindo e representando a marca DeLaval no centro-oeste mineiro, e a sua nova par-ceira FortMilk, empresa com grande conhecimento e vas-ta experincia nas propriedades leiteiras da regio, assim como conhecimento tcnico especializado DeLaval.

    Entre seus servios, a Nutribom - FortMilk oferece planto 24 horas por dia, 07 dias por semana, contando com um estoque, para pronta-entrega, de produtos, peas e acessrios DeLaval. Isso proporciona agilidade nos servi-os e evita a paralisao dos equipamentos. Alm da venda de todo o portflio Delaval, a Nutribom FortMilk possui

    solues para Qualidade do Leite (detergentes, desinfetan-tes, dips, etc.), Manuteno de Equipamentos de Ordenha e Tanques (peas, teteiras, mangueiras, etc.), Conforto Animal (camas, ventiladores, divisrias, bebedouros, etc.), Nutrio (mixers (vago), Calf Feeder (alimentador de bezerros auto-mtico), inoculantes, sucedneo lcteo (leite em p), etc.), Tanques Refrigeradores (no mais variados modelos e tama-nhos), Equipamentos de Ordenha (como balde ao p, cana-lizadas, rotatrias e VMS - sistema de ordenha voluntario.), entre outros produtos e servios.

    Trabalhando com transparncia, seriedade e respei-to, a Nutribom - FortMilk busca satisfazer com excelncia as necessidades de seus clientes. Estes e outros aspectos fazem da Nutribom - FortMilk uma empresa confivel, pro-fissional e parceira do homem do campo, especializada em solues para a pecuria leiteira, levando a marca DeLaval s fazendas da regio.

    Assis

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    Even

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    a Boa

    O crescimento do nmero de animais, em 100% na comparao com a etapa de 2013, quando passaram pela pista de julgamento 220 animais se deve ao bom trabalho de base realizado por criadores locais, juntamente aos de-mais de todo Pas. Entre os muitos cria-dores ouvidos pela reportagem o nome

    Expo Nelore Passos

    Superando expectativas, a Exposio de Nelore realizada de 14 a 21 de maro, em Passos/MG, reuniu no Parque Adolfo Coelho Lemos, 400 animais oriundos

    de criatrios de Minas Gerais, So Paulo, Gois, Mato Grosso. Com esse nmero de inscries, a etapa de Passos que pontua para o ranking regional e nacional,

    poder se tornar a segunda maior exposio do Estado e a terceira maior do Pas, ficando abaixo apenas das etapas de Uberaba/MG e Avar/SP.

    de Ronaldo Bonifcio da Silva, o Bony, era considerado como o grande motiva-dor da etapa de Passos. Criador e con-sultor da raa, Bony disse que o resulta-do consequncia do apoio dos amigos neloristas. Ns convidamos e eles presti-giaram o evento. Isso muito importante. Vamos continuar trabalhando para man-

    ter o nvel da exposio, no somente com esse nmero de animais, mas com a qualidade apresentada na pista.

    A avaliao dos animais dos me-lhores criatrios do Pas ficou a cargo dos juzes Gilmar Siqueira de Miranda, Luiz Renato Tiveron e Antnio Carlos de Souza.

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    Galeria Expo Nelore Passos

    a g r o n e g c i o s

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    oBenefcios do Controle de Carrapatos em Bovinos

    O carrapato dos bovinos responsvel por importantes prejuzos cadeia produtiva da pecuria, cau-sando perda de peso, anemia, falhas reprodutivas, transmitindo doenas aos bovinos e afetando a qualidade e o valor comercial dos couros.

    O animal infestado perde em produo, apresentando menor cres-cimento, reproduo tardia ou depri-mida e, podendo ainda, morrer por ao direta do parasito ou de doen-as associadas, como a Tristeza Para-sitria. O desempenho do rebanho abaixo do seu potencial e o produtor investe na atividade, mas sem o retor-no desejado.

    Eliminando o carrapato, os bo-vinos ganham mais peso, produzem mais e melhor. O uso de produtos de pulverizao vem reduzindo seu efei-to no controle do parasito, pois devi-do seleo de indivduos resistentes aos princpios ativos em uso, houve a diminuio do intervalo de tempo en-tre tratamentos.

    Esta situao fora o produtor e seus funcionrios a pulverizar os ani-mais, s vezes, todas as semanas, o que representa um incmodo para to-dos, gerando maior desgaste das ins-talaes, custos elevados com insumos (mesmo baratos, seu uso constante e ineficaz se torna muito caro) e perdas na produtividade. H maiores riscos de acidentes, principalmente machuca-dos, fraturas, abortos ou mesmo que-da na produtividade pelo estresse.

    Acatak Pour on um produto que controla o carrapato de forma dife-rente. Ele inibe a formao da carapaa de revestimento do parasita, impedin-do que chegue a fase adulta, portanto, morrendo sem que tenha condies de colocar novos ovos.

    Da mesma forma, durante seu longo perodo de ao, afeta as larvas de carrapato (micuins) que sobem no animal, matando-as e limpando a pas-tagem da infestao. O animal reco-lhe o parasita e este no fecha o ciclo. Atua inclusive nos grupos de carrapa-tos resistentes aos produtos conven-cionais, tornando-se uma importante ferramenta para o produtor no comba-te desta praga. Um programa de con-trole do carrapato eficaz aquele que

    Rodrigo Piovesan PaivaTcnico em Agropecuria

    pela Escola Federal de MuzambinhoRepresentante da Geraesvet

    35 9817-8751

    combate o problema no animal e no pasto, ajudando na reduo da carga parasitria, eliminando os prejuzos e as preocupaes dos produtores. As-sim possvel obter um maior desem-penho animal e gerar melhores opor-tunidades comerciais para todos os elos da cadeia produtiva.

    O produtor fica orgulhoso de seus animais, limpos de carrapatos e prin-cipalmente dos prejuzos sobre o de-sempenho, tendo a oportunidade de expressar seu potencial gentico e res-ponder aos investimentos, alimentao e manejo que o produtor realiza.

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    Manual

    A maior parte das lavouras de caf no Brasil ainda emprega a colhei-ta manual, pois a maioria das proprie-dades so pequenas (ainda que sejam grandes fazendas diante dos peque-nos produtores no restante do mun-do mdia de 7 hectares por produ-tor, enquanto na Colmbia a mdia de 1,4 hectare e no Mxico no mximo 2 hectares) e o custo do maquinrio muito elevado.

    Seletiva

    Na colheita a dedo como tam-bm conhecida, somente o gro no estado cereja colhido. Apesar dos

    por Patrick Figueiredo - apreciador de cafs gourmetArtig

    o

    custos serem bastante elevados, as fazendas que se preocupam com a qualidade costumam adotar este m-todo. O trabalhador normalmente recebe por volume colhido, e como nesse modo de colheita o rendimen-to baixo, o custo com o trabalhador passa a ser maior. um tipo de colhei-ta muito usado em pases da Amrica Central e tambm na Colmbia, Peru e Equador, onde a colheita feita du-rante todo o ano.

    Os resultados desse tipo de co-lheita so muito bons, pois geram cafs com menos impurezas e, com isso, gros de melhor qualidade que sero utilizados no preparo do caf cereja descascado e do despolpado. Algumas destas propriedades brasi-leiras esto se certificando pela Rain-forest Alliance e pela Ultz Kapeh e so fornecedoras de famosas cafeterias, como a Starbucks e torrefadoras ita-lianas como a Illycaff e Lavazza e a sua Nespresso.

    Derria

    O sistema de derria usado na maioria das propriedades brasileiras. a retirada, manual ou mecnica, dos frutos do galho de uma s vez. Fru-tos cerejas, verdes, passas e secos so colhidos ao mesmo tempo. Na maio-ria das fazendas os frutos no so separados e vo diretamente para a secagem no terreiro, gerando, conse-quentemente, um caf de qualidade inferior.

    Derria de Pano: Panos so esten-didos ao p das plantas e os frutos ar-rancados caem sobre os panos. Aqueles frutos que caem no cho so recolhidos por varrio e ensacados separadamen-te, pois o contato com o solo compro-mete a qualidade.

    Derria no Cho: Prepara-se o cho, varrendo-o ao p da planta e o fruto arrancado dos galhos e vo caindo no cho, depois so recolhidos e ensacados.

    Imag

    em L

    ucas

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    A Histria do CafCafeicultura: Tipos de Colheita

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    Referncia:OIC - Organizao Internacional do Caf

    Guia do Barista: da origem do caf ao espresso perfeito; Edgard Bressani

    So Paulo: Caf Editora, 2011

    Tanto a derria de pano quanto no cho exigem grande quantidade de mo de obra.

    Derria Mecnica: Os derriadores mecni-cos facilitam a colheita e reduzem o custo ope-racional, j que diminuem a mo de obra. Suas hastes vibram e derrubam o caf no pano que so colocados em carretas para que sejam pu-xados por tratores. Geralmente uma mquina substitui cem pessoas por turno.

    Depois de colhido, o caf separado de fo-lhas e impurezas por abanao (frutos so co-locados em peneiras e jogados para o alto at que as impurezas sejam eliminadas). Os gros devem ser transportados no mesmo dia at os lavadores para iniciar o processamento (poucas propriedades tm esta estrutura). O boia (gro natural) segue para o terreiro. Os verdes e cere-jas vo para os despolpadores. Os verdes so se-parados e depois levados para o terreiro e o ce-reja descascado pode ir para o terreiro, ou ainda, para um tanque de fermentao para o preparo do caf despolpado.

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    do sculo XXIComiti

    va Os tropeirosPor Bolvar Filho

    Eu sempre reafirmo nos edito-riais da Terra Boa que precisamos divulgar o Brasil que poucos conhecem. No que de tanto afirmar, em uma das voltas que a vida d, me vi organizando uma viagem para o Par, onde levaria uma tropa de cavalos da raa Quarto de Milha. A minha paixo pelo agronegcio comeou nesse segmento, sempre trabalhei com a compra e venda de equinos e tenho verdadeiro encantamento pela atividade.

    A viagem, no seria bem uma comi-tiva. Afinal, ramos apenas trs na boleia do caminho: eu, Leandro, mais conhecido por Calango e o Jlio, que tambm tem um

    gre e gratificante. Afinal, em cada regio en-contramos culturas diferentes e vivenciando as diferenas aprendemos sempre mais.

    Samos de Passos/MG no domingo, 09 de fevereiro, com destino a Goinia. Nada mal no primeiro dia de viagem, estradas boas, caminho ajeitado do amigo e par-ceiro, Luiz Manoel Tranquilini, o Nenu, da SL Barreiro de quem comprei parte dos ani-

    apelido diferente: Mojica. Embora no te-nha apelido, o meu nome soa estranho para muitas pessoas: Bolivar para alguns e para outros Blivar.

    Com programao para 15 dias, a via-gem se estendeu para 18. Levamos 12 ani-mais da raa Quarto de Milha e 4 Jumentos da raa Pga, de excelente qualidade. Est-vamos em busca de um novo mercado. J comercializei animais desta forma, porm em outro formato de viagem; os animais seguiam na frente, eu chegava somente no momento da comercializao.

    Reconheo que a experincia vivida desta vez foi divertida, tensa, cansativa, ale-

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    mais. Chegamos a Gois sentindo na pele o calor que assolou todo o Pas no ms de fe-vereiro. Percorreramos 2.300 KM, tnhamos muita estrada pela frente.

    Com a minha rede de contatos, pro-gramei algumas paradas para rever velhos amigos. Passamos por Goinia, Porangatu, Gurupi, Paraso do Tocantins, Araguana e Marab. Vimos de tudo um pouco. Estradas boas, outras ruins; estradas desertas, outras movimentadas. Observei que, embora falte muito a fazer, as estradas melhoraram, des-de a ltima vez que estive naquela regio, h 10 anos. A cana-de-acar segue para Gois e a soja entrando em peso no Tocantins, le-vam progresso para essas regies e alavan-cam a economia nesses estados. Dos mais de dois mil quilmetros, acredito que per-corremos 200 km de estradas muito ruins. Asfalto, pontes, terra e rios foram rompidos para chegar ao destino que era Marab. Vi-venciamos tudo isso.

    Com uma tropa de excelente quali-dade no caminho, de animais preparados para o esporte, encontramos um universo surpreendente nesse seguimento, medi-da que avanvamos para o Par. As pro-vas do Lao, Tambor, Vaquejada so fortes tambm nesses estados e o Team Penning comea a crescer. Conheci muitos centros de treinamentos e fiquei surpreso com as pistas particulares que conheci. A turma do cavalo, como costumamos dizer, forte por l com competidores excelentes e de alto nvel. Tanto que iro se reunir no Maranho em um torneio nos moldes dos realizados na regio Sudeste com premiao prevista de R$ 300 mil. O cavalo integrado cul-tura nos estados de Gois, Tocantins e Par. Pela extenso das propriedades os animais de sela so muito valorizados para o traba-lho nas fazendas.

    Chamou a minha ateno a preocu-pao dos compradores com a gentica dos animais. Eles buscam conhecimento da linhagem e querem saber tudo sobre a preparao dos animais para os esportes, ou seja, aquele que melhor para a prova de velocidade ou para a lida com o boi.

    Em cada parada uma nova emoo. Uma delas foi no tradicional hotel para gado Chico Boi, que oferece toda a estrutura para descanso da boiada ou tropa e, tambm, para os tropeiros, que tive o prazer de co-nhecer. Fomos surpreendidos a todo ins-tante pela diversificada culinria brasilei-ra. Mantivemos a nossa cozinha itinerante,

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    mas saboreamos os pratos tpicos da regio como a Buchada de Bode, a carne de sol, o cupim bovino assado, carne valorizada na-quela regio e que tem um sabor diferencia-do devido maneira como eles a preparam. O Tacac, uma iguaria da regio amaznica, o caldo tem aspecto esquisito, mas o sabor inigualvel. Ficamos surpresos com os temperos tpicos da regio como o coen-tro do norte, as pimentas, o tucupi, o jambu. Aprendemos sempre mais ao experimentar novos sabores. Dividimos o nosso tempero com aqueles que se achegaram a nossa co-mitiva. Entre os pratos feitos por ns, o con-trafil com tomate e cebola foi o campeo da praticidade e do sabor. (Leia a receita na Capa Grande Campe nas pginas 40 41).

    claro que vender 16 cavalos em 16 dias pode ser considerado uma saga, mas para este resultado me vali dos amigos. Em cada uma das paradas contava com um companheiro que anunciava que havia uma tropa a ser comercializada naquela cidade. Assim, em Porangatu, cidade prspera na divisa de Gois com o Tocantins, o anfitrio foi o Clvis da Confiboi, representante da Agrocria; em Gurupi, o Dabronze; no Paraso do Tocantins o Leandro do Nenm Boiadei-ro; em Araguana o Paina, laador profissio-nal conhecido em todo Brasil e Robertinho, companheiro antigo, passense que resi-de em Araguana. Em cada encontro, uma confraternizao, muita prosa e troca de co-nhecimentos, claro. No nosso destino final, Marab, o Hlio Jnior e o Antnio Roldo nos recepcionaram no Rancho do Vale. Na cidade, contei tambm com o apoio da fa-mlia. Minha irm Priscila e meu cunhado Rubem, que prestam servios nas obras da Vale, foram tambm anfitries.

    Comitiva que comitiva, leva e trs animais. Assim, levamos cavalos e trou-xemos gado, da Fazenda Santa Lcia, do Grupo Cabo Verde, que mantm criao da raa Tapabu, Gir e Girolando no Par, para a Fazenda Santa Luzia, em Passos/MG. L tivemos o prazer de conhecer um show de estrutura e de belos animais. A nossa viagem chegou ao fim ao desem-barcarmos os animais na Fazenda Santa Luzia, no amanhecer do dia 26 de feverei-ro. Fim da comitiva. Foi importante revi-ver, relembrar e, principalmente, conhecer novas paragens. Agora, os trabalhos se centralizam em Passos, na sede da revista Terra Boa Agronegcios. Afinal, h muitas histrias para contar.

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    H 14 anos, ele um profissional

    de rodeio. Comeou como assessor

    de pista, informando os currculos e as

    performances dos competidores nas

    montarias e fazendo toda a assessoria

    do que acontece na arena.

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    com campees

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    Robert Barbosa Silva35 9141-2822

    De temporada em tempora-da, cada vez mais conhecedor do uni-verso de pees e touros, conquistou a posio de diretor de arena e mais re-centemente a de cerimonialista. Com esta vasta experincia, Robert Barbosa Silva, o Sambanga, assessora rodeios em Minas Gerais, So Paulo, Gois e onde mais o convidarem. Experincia o que no lhe falta.

    A convite de amigos comeou as-sessorando as aes que acontecem na arena. A atividade pode parecer fcil, mas de uma responsabilidade danada. Qualquer informao errada compro-mete o resultado da competio.

    Os profissionais dessa rea so for-mados pela experincia e autodidatis-mo. Somando participaes em vrios estados como So Paulo, Minas Gerais e Gois, Robert acabou sendo convida-do, no auge da sua carreira como diretor de arena, por empresrios do setor, para exercer a funo de cerimonialista. Na sua trajetria profissional trabalhou com grandes nomes do rodeio como Gilberto Mega e, com o locutor Gleydson Rodri-gues, atuou nos eventos de Jaguarina e Americana. Indicado pelo salva-vidas Ronan Felipe integrou a equipe do ba-dalado campeonato Cristal Top Teen no ano de 2009. Desde 2011, ano em que comeou a atuar no cerimonial de aber-tura, at os dias atuais, associa at duas funes em um mesmo evento.

    O diretor de arena coloca literal-mente a mo na massa. Ele o res-ponsvel pela segurana dos animais, competidores e pblico. Porteiras, trincos, grades tudo supervisionado por ele. E ainda tem mais, a seleo de competidores e animais tambm pas-sam pela sua avaliao. Podemos eli-

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    minar competidores, como rejeitar ani-mais caso haja irregularidades, disse.

    Segundo Robert, o segmento do rodeio cresce no mundo porque agre-ga valor de vrios mercados como o de bebidas, entretenimento e vesturio. Na expectativa da temporada 2014, ele espera trabalhar em 25 eventos. Um nmero considerado excelente para quem j atuou em at 43 rodeios du-rante o ano.

    O palco e a festa

    No cerimonial de abertura, o seu foco o esportista, a valorizao do atleta que enfrenta a fora de um tou-ro. Quero mostrar o perfil dos competi-dores, pois vejo a arena de rodeio como um embate entre gladiadores. Busco agregar valor festa, disse Robert se referindo apresentao dos pees e toda a alegoria que usada para encan-tar o pblico.

    Na funo de cerimonialista, Ro-bert tem como foco o esportista, mas busca, alm do show que o pblico es-pera, um cerimonial prtico, objetivo e encantador. Entre as ferramentas de trabalho, spray de fogo, laser, mquina de fumaa e informao sobre a per-formance de pees e touros. A meta encantar sempre. Este o momento de valorizao e apresentao individual dos pees. nesse momento que o p-blico conhece e o que fizeram na arena, ganhando ou perdendo, ressaltou.

    Com tantas atividades na carreira, Robert acaba sendo um multiprofissio-nal da