terra boa agronegócios - ed 12 mar/abri 2014 - mercedita i fiv ggol campeã da expoinel

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ano 2 | edição 12 | Março /Abril 2014 agronegócios Santa Luzia o marco da raça Girolando Leilão Fazenda Triângulo: a boa produtividade do Jersolando Pecuária Leiteira Safrinha e a rentabilidade na entressafra Depoimento Mercedita I FIV GGOL Grande Campeã da Expoinel

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Nesta edição, a vitória da Agropecuária Vila dos Pinheiros e a sua Mercedita I FIV GGOL, Campeã da Expoinel Mineira e Paulista. O grande Leilão da Fazenda Santa Luzia, um dos criatórios mais respeitados no País da raça Girolando e muito mais. Confira a nossa edição digital e tenha uma boa leitura.

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Page 1: Terra Boa Agronegócios - Ed 12 Mar/Abri 2014 - Mercedita I FIV GGOL Campeã da Expoinel

ano 2 | edição 12 | Março /Abril 2014

a g r o n e g ó c i o s

Santa Luzia o marco da raça GirolandoLeilão

Fazenda Triângulo: a boa produtividade do JersolandoPecuária Leiteira

Safrinha e a rentabilidade na entressafraDepoimento

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Leia na Terra Boa

PECUÁRIA DE CORTE O Nelore Lemgruber

08

PECUÁRIA DE CORTE Senepol 3G

36

POLÍTICA E SOCIEDADE O deputado Renato Andrade

16

CAPAAgropecuária Vila dos Pinheiros

12

GASTRONOMIAReceita da Comitiva

40

EVENTOSExpoinel

18

PROFISSÃOA lente de ZznPeres

22

ARTIGOCrescimento Animal

26

ELEIÇÕESABCBS e Girolando

28

ARTIGOSenepol abrindo fronteiras

34

EXPEDIENTE

a g r o n e g ó c i o s

EXPEDIENTETerra Boa Agronegócios é uma publicaçãobimestral da Editora Doce Marano 2 | edição 12 | março/abril 2014

Direção executivaBolivar Filho

Conselho editorialBolivar FilhoDenise Bueno

EdiçãoBolivar FilhoDenise Bueno

Projeto gráficoEdição de imagens e DTPMultimarketing Comunicação Dalton Filho / Thiago Ometto [email protected] [email protected]

Jornalista ResponsávelDenise Bueno – DRT/MG 6173 [email protected]

RedaçãoDenise BuenoIsis Oliveira/DesignerAna Paula Rodarte/Estagiária

RevisãoRuller Rodrigues [email protected]

FotosReginaldo Faria [email protected]ábio Fatori [email protected]

Impressão3 Pinti Editora e Gráfica

Tiragem10 mil exemplares

A Revista Terra Boa Agronegócios não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos

nos artigos assinados e informes publicitários.

Revista Terra Boa AgronegóciosAv. Com. Francisco Avelino Maia, 3866

Passos/MG - 37902-138 - Fone: (35) 3522-6252

www.facebook.com/terraboa.agrowww.issuu.com/terraboa

Publicidade: [email protected]

Envie a sua história ou curiosidade relacionadaao campo para a Terra Boa Agronegócios!

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Homenagem

Aos 89 anos, administrava as suas propriedades nos estados de Minas Gerais e Paraná, onde mantinha seus criatórios e produ-ção de soja, cana e mandioca. Manteve a tradição da família, que, há 80 anos, seleciona a raça Nelore. Na década de 1960 foi diretor da ABCZ. A paixão pela pecuária, que o manteve administrador das suas fazendas até a sua partida, foi herdada pelos filhos: Marco Tú-lio, Marco Antonio e Marco Aurélio.

Seu espírito empreendedor carregado de firmeza e transpa-rência era associado a sua organização administrativa. A idade não o deixou preso ao passado, pelo contrário, o manteve aberto às no-vas tecnologias e a implantação delas em suas atividades.

A solidariedade e a caridade marcaram a sua vida. Como em-pregador, era querido por todos os funcionários, que o reconhecem como um homem de palavra. À esposa Lurdinha, aos filhos Marco Antônio, Marco Túlio, Marco Aurélio, Teresa, Cristina e aos netos e bisnetos, deixa o seu legado de exemplos e dedicação à pecuária.

Antônio Barbosa de Souza

1925 - 2014

O comerciante de tourinhos Gir, Wanderley Vieira Brandão, na-tural de Passos/MG, trabalhou nessa atividade ao longo de toda a sua vida. Pela mesma função, tornou-se conhecido entre pecuaris-tas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Alegre e bem humorado, marcou a vida de seus familiares, amigos e clientes, levando alegria por onde passava. Seus familia-res destacam como suas características a ternura e sabedoria. Her-deiro da atividade exercida pelo pai, Manoel Ferreira Brandão, Wan-derley não esmoreceu ao longo da sua vida profissional. Faleceu aos 79 anos, em Itajubá/MG, onde estava a trabalho. Deixa a esposa Solange, as filhas Áurea, Grace, Dânia e seis netas.

Wanderley Vieira Brandão

1934 - 2014

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Ao leitor

“Pelejei o ano inteiro pra

engordar o pantaneiro,

levantei cedo, enfrentei

a jornada sem ter medo

de nada, e agora que

eu já vendi minha boiada

e ganhei um bom dinheiro,

vou voltar pro meu terreiro,

chamar o meu parceiro

e os outros violeiros, e juntar

os companheiros pra festar.

Vamos embora caboclada,

vamos bater viola e sapatear,

que a vida é uma ciranda

e o mundo sempre anda,

e é já que chega a hora

de recomeçar a trabalhar”.

Sidnei Maschio, Versinhos

de Caipira, Terceira Fornada

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“Meu laço é certeiro e o meu

braço é forte, eu sou boiadeiro

afamado neste sertão

e no lombo do meu alazão

tostado eu não enjeito

gado nem transporte.

A boiada é a minha lida,

a estrada, a minha vida,

no eito eu sou que nem rio

que segue certo no leito

e nesta empreitada eu vou

campeando a boa sorte

e negociando com o destino

o rumo do meu coração,

até o dia em que me procure

a morte pra me apartar

do meu sertão”.

Sidnei Maschio, Versinhos

de Caipira, Terceira Fornada

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Família Lemgruberpioneiros do nelore no Brasil

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Para conhecer um pouco mais da linhagem Lemgruber é preciso conhecer o seu guardião, Paulo Lemgruber, e um pouco da história de seus familiares, que trouxeram a raça Nelore para o Brasil, sem imaginar que um dia ela seria a base do rebanho brasileiro.

Na fazenda São José, no município de Carmo/RJ, Paulo Lemgruber mantém o seu rebanho fechado, ou seja, sem o choque de sangue de outras importações realizadas por criadores brasileiros. O seu rebanho é originário das três famí-lias de Ongole (Nelore) importadas em 1878 por Manoel Lem-gruber, seu primo. O resultado desse trabalho iniciado há 136 anos é reconhecido atualmente. É como o Sr. Paulo, emocio-nado, nos afirma: eu sofri para escalar a montanha, mas agora contemplo o pôr-do-sol.

Conseguir o reconhecimento das características da linha-gem como a fertilidade, docilidade e produtividade não foi tarefa fácil. Por muitos anos, os animais foram considerados “feios” e desconsiderados nas exposições, pois em determi-nados momentos se valorizou mais a estética. “Meu pai tinha esperança no gado e procurava frequentar as exposições. Em certa época, era até humilhante levar os nossos animais, pois éramos desprezados. Mas tudo tem o seu tempo. Há modis-mos para tudo, inclusive na pecuária. Recebi incentivos ines-quecíveis para manter o nosso rebanho fechado, sem os quais não teria conseguido superar os obstáculos. Valeu o esforço.

Hoje, felizmente, a atitude que permeia a pecuária nacional está sobre a comprovação científica com controle de resulta-dos”, relatou Paulo. Com a indicação cada vez mais frequen-te do uso dessa genética nos acasalamentos, o mais comum é ver animais de cabeceira, nas pistas, originários do Nelo-re Lemgruber. Entre as indicações para o cruzamento estão aumento de peso, capacidade leiteira, habilidade materna e docilidade.

Um dos fatos que chama a atenção nessa trajetória da li-nhagem é justamente a seleção genética da raça realizada há mais de 100 anos. Nesse período, o descarte de animais bra-vos, sem produtividade ou com algum tipo de descaracteri-zação era uma prática fundamental. Este trabalho da família Lemgruber proporcionou a criação, geração e pós-geração de animais geneticamente melhores.

Segundo Paulo, a importação de animais na década de 1960, por outros criadores, foi importante, pois os animais eram mais parecidos com os da linhagem Lemgruber. “Hoje o choque de sangue entre esses animais é muito bom. Antes de 1960 o gado era ruim”, afirmou.

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A marca OL

No início de fevereiro, quando a re-portagem da Revista Terra Boa esteve na fazenda São José, o Sr. Paulo esperava a visita da filha Claudia, que é veterinária e acompanha o seu trabalho. Ela estaria na fazenda juntamente com a equipe da Embrapa para a pesagem dos animais. “A Claudia tem muita sensibilidade para os acasalamentos, ela entende de bois. Minha esperança é que continue o meu trabalho”. Ela mantém um núcleo da li-nhagem na Bahia, onde reside. Os demais filhos trabalham em outros segmentos.

Desde 1962 trabalhando com aca-salamento, Paulo nos relata que a pro-paganda do seu criatório é feita por quem já usou seus animais. “Tenho um fato curioso. Um comprador me ligou al-gum tempo depois da aquisição e disse que havia buscado animais através de consultores, mas não conseguira bons resultados como nos obtidos com os meus; o que me deu grande satisfação”. Seu rebanho é comercializado na fazen-da e o material genético dos touros atra-vés das centrais de inseminação.

Um dos touros destaque do cria-tório é Operoso OL, que traz na sua li-nhagem sangue de animais consagra-

dos como Jaqueta e Oriente. Versátil OL também é destaque com sangue da grande família gerada pelo Touro Mis-tério, um dos grandes reprodutores do Nelore Lemgruber.

Para Arnaldo Manoel Machado Borges, consultor da raça Nelore, o Ver-sátil OL é um touro de bom tempera-mento. “Reprodutor com as qualidades naturais da Linhagem Lemgruber, fa-mília de maior contribuição atualmen-te no melhoramento produtivo da raça Nelore, nos chama a atenção seu com-portamento e postura”, disse. Conforme o Sumário PMGZ/ABCZ 2013 ele tem carcaça comprida e larga com costelas bem arqueadas e proporcional cresci-mento dos seus membros.

Com a experiência de mais de 50 anos, Paulo afirma que animal que irá se destacar, se conhece ainda bezer-ro. Um de seus xodós é o touro Virtual, que segundo o Sr. Paulo é um boi in-teligente, dócil e obediente, que aten-de os comandos do seu tratador, atu-almente propriedade do empresário Carlos Castro.

Entre seus animais em coleta nas centrais em parceria com outros cria-dores estão Manso MANH 105 ( Paulo Lemgruber, Olímpio de Brito, Cláudio

Totó e Davi); Baú (Paulo, Ricardo Alonso, Luciano Borges e Fabiano Araújo) e Ca-pitão (Marcelo Strang, Cláudio Closer e Claudia Lemgruber).

Leite

Na fase em que os animais da linha-gem foram muito discriminados, as vacas eram ordenhadas e o leite comercializado. Nada estranho para o Sr. Paulo que tem uma vaca em teste na UNIUBE com produ-ção de 16 kg em ordenha mecânica, com 4% de gordura e 14% de sólidos totais. “Vaca que não dá leite é descartada. Desmamo os bezerros entre 8 e 9 meses. Muitas vezes te-nho que secar as vacas para não prejudicar os tetos”, disse. Entre seus clientes há aqueles que optam pelo cruzamento do Nelore com vacas leiteiras. “A intenção é produzir fêmeas mais rústicas e com boa produtividade”.

Uma outra experiência com suas fê-meas é feita em Cantagalo onde uma vaca Nelore , juntamente com holandesas, man-tém os mesmos resultados de produção. Para o Sr. Paulo, esta é também uma ca-racterística da raça, pois entre os primeiros animais que aqui desembarcaram estava Gouconda, que foi destaque pela sua alta produção.

Modernidades

Os animais na Fazenda São José são criados a pasto. As novas técnicas de inse-minação e fertilização como a FIV também são utilizadas. A resistência dos funcioná-rios foi eliminada com as facilidades trazi-das com a parição em um mesmo período. Segundo Ademir, que trabalha na fazenda há anos, cuidar de animais contemporâne-os é muito mais fácil. Sobre as fêmeas, o Sr. Paulo se gaba ao contar a produção de 46 bezerros frutos de uma única aspiração.

01 - Marisa Pinheiro Lemgruber, esposa do Sr. Paulo, é a responsável pela documentação

dos animais da Fazenda São José

02 - Claudia Maria Lemgruber Tavares e Paulo, em Uberaba, durante homenagem da ABCZ

pelos relevantes serviços prestados à entidade e ao desenvolvimento da pecuária nacional,

em 2007. Comenda Mérito ABCZ

Versátil OL, em Central de Inseminação, é destaque. Um dos filhos da grande família gerada pelo touro Mistério

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Os suíços

Os suíços que desembarcaram no Brasil no século XIX vieram na es-perança de encontrar a terra prome-tida, mas chegando ao País não a en-contraram. A região destinada a eles, no município de Friburgo e adjacên-cias, não condizia com o prometido pela coroa. Mesmo com esta adver-sidade, alguns conseguiram prosperar e deixaram raízes com a importação do Zebu e na produção de café, que são marcos na história do Rio de Ja-neiro e do Brasil. Entre tantos imigran-tes estava a família de Manoel Lem-gruber.

Em 1878, Manoel Ubelhart Lem-gruber, que pertencia à primeira gera-ção nascida no Brasil, era proprietário da Fazenda Santo Antônio, no municí-pio de Sapucaia/RJ. Homem de boa cultura, procurava utilizar em sua pro-priedade as técnicas mais avançadas no setor da agricultura e da pecuária, fruto das observações feitas nos estu-dos e viagens que fazia à Europa.

Durante visita ao Jardim Zooló-gico de Hamburgo, conheceu alguns

Gado Branco de OngoleEmbarcado por Nelore - Índia

Alemanha

1878

1942

1968

1962

1880-83 e 1906

1980-84-991975-82

1941

ManoelLemgruber

Fazenda São José - Carmo/RJ Paulo L. Lemgruber

Geraldode Paula

FlávioLemgruber

Índia

LourençoLemgruber

PauloLemgruber

MANAH

Octacílio e AgostinhoLemgruber

reprodutores de gado indiano, ali reu-nidos pela firma Haagenbeck. Agra-daram-lhe os da raça Nelore, do tipo Ongole, havendo promovido a enco-menda de pequeno lote, que chegou ao Brasil em outubro de 1878, chefia-do pelo touro "Hanomet", cujo nome sofreu a corruptela para "Maomé", onde constavam também as vacas "Vitória" e "Gouconda", que se desta-caram pela boa produção. Tornava-se, assim, o pioneiro na introdução, cria-ção e disseminação do Nelore no ter-ritório nacional.

Os resultados revelaram-se tão promissores que dois anos após, em 1880, ordenou a vinda de um segun-do lote, que tinha como reprodutor o touro "Nero" e mais tarde, em 1883, um terceiro lote, com o famoso "Cas-tor", animal que se tornaria inesquecí-vel pelas qualidades e descendência.

Manoel Ubelhart Lemgruber ti-vera o cuidado de recomendar que os animais importados fossem prove-nientes de fontes diferentes e conser-

vava em sua propriedade três famílias distintas para fugir à consanguinida-de. Foi um precursor em vários aspec-tos: mantinha registro particular das reses, controlava a produção leiteira e descartava os animais deficientes. Seus familiares seguiram a mesma tradição e mantiveram a linhagem fe-chada.

Apesar do seu empenho, o pro-gresso da agricultura do País trou-xe condições de produção em terras mais planas e o desenvolvimento mu-dou de endereço e caminhou para o Estado de São Paulo e Minas Gerais fazendo com que essas fazendas fi-cassem esquecidas entre as serras fluminenses. Mesmo assim, as cons-truções sólidas e amplas, ainda pre-servadas, mostram a riqueza de um período recente da história da agro-pecuária nacional.

Fazenda São José 22 2537-1241

Na primeira Exposição Nacional do Rio de Janeiro, efetuada em 1908, o primeiro prê-mio e a medalha de ouro foram atribuídos a "Pan", de Manoel Ubelhart Lemgruber, en-quanto na 2ª exposição, em 1917, o vencedor foi "Lamarão", de Lourenço Augusto Lemgru-ber. Na 4ª Exposição Internacional, comemora-tiva do centenário da Independência em 1922, o campeão foi "Louro", de Pedro Marques Nu-nes, criação de Manoel Ubelhart Lemgruber.Em 1921, na Primeira Exposição de Cor-deiro – RJ, o campeão foi “Castor”, de Laurindo Lemgruber, criação de Lourenço Lemgruber.

Os primeiros campeões

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A HVP tem acumulado vitórias nos últimos meses. No ranking de 2013, conquistou muitos prêmios ficando en-tre os cinco melhores criadores do País. Garantiu os títulos de Melhor Novo Cria-dor, Melhor Novo Expositor e o primei-ro lugar no ranking nacional de exposi-tores. Os títulos se estenderam para a Campeã Bezerra, Fêmea Jovem, Progê-nie de Pai, Progênie de Mãe, Reservada Grande Campeã e Grande Campeã. Toda essa conquista em pouco tempo de in-vestimento na raça, mas graças à visão empreendedora de Jaime Pinheiro, que não mediu esforços para formar seu cria-tório com as melhores genéticas do País, e a equipe bem profissionalizada da Vila dos Pinheiros.

Para o gerente da HVP, Nielce Cris-pim, os desafios de 2014 são enormes. O foco está sobre o desenvolvimento e ampliação do trabalho realizado no cria-tório com os animais PO para disputa do ranking, formando com suas excelentes doadoras animais cada vez melhores.

“Começamos bem o novo ranking, mas não temos nenhum diferencial. Hoje todos têm acesso às principais genéticas, nutrição e manejo. Temos sim uma equi-pe unida no mesmo objetivo e um pre-sidente que nos dá toda a condição de trabalho. No inicio, como não tínhamos conhecimento, procuramos um técnico e passamos nossos objetivos. Sempre compramos animais com orientação téc-nica”, ressaltou Nielce.

O grande destaque da HVP é a campeã da Expoinel Mineira e Paulista, Mercedita I FIV GG OL, que tem conquis-tado prêmios por onde passa. A fêmea é resultado da parceria entre a Mata Ve-lha, tradicional criatório da raça Nelore e Agropecuária Vila dos Pinheiros.

Na Expoinel Mineira não foi somen-te a Mercedita que brilhou nas pistas. A HVP conquistou outros títulos: Reser-vada Campeã com Castina FIV HVP, Re-servada Campeã Bezerra com Ilhana FIV Da Rott e o 3º Prêmio Touro Sênior com Janko 2 TE Porto Seguro.

A Campeã das pistas

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é da Vila dos Pinheiros

O ano de 2014 começou

bem para a HVP (Agropecuária

Vila dos Pinheiros) com a vitória na

Expoinel Minas e Expoinel Paulista,

com Mercedita I FIV GG OL,

que garantiu o título de Grande

Campeã nas duas competições.

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Castina FIV HVP é um dos desta-ques da Vila dos Pinheiros. Foi adqui-rida da Fazenda do Sabiá ainda como prenhez. Hoje é a atual Grande Campeã Nacional. É filha do acasalamento de Soviética da Sabiá x Bitelo SS e resulta-do do trabalho sério da Vila dos Pinhei-ros, que está há apenas quatro anos nesse mercado.

O Destaque

A Mercedita I FIV GG OL, Mata Velha e Vila dos Pinheiros, é resultado de um acasalamento clássico entre Basco em fêmea filha de Bitelo SS. Segundo Nielce ela é realmente um animal diferente, um modelo que o mercado busca. Na sua genética de Basco muita carcaça e be-leza racial e Bitelo pai de grandes cam-peões, grande reprodutor. Mercedita é filha de Mercedita FIV GG OL, crioula do Sr. Paulo Golim.

Para manter a qualidade e ter um criatório com animais diferenciados, a HVP participa dos programas de avalia-ção da ABCZ e realiza prova de ganho de peso em todos os bezerros, para avaliar os melhores e fornecer mais informações para os seus clientes. No acasalamento dos animais eles contam com a assesso-ria do Dr. Fernando Barros.

A perspectiva do criatório para 2014 é excelente, mas, segundo Nielce, os con-correntes são fortes. “Temos que trabalhar duro para vencer o ranking. Não pode-

mos depender apenas de um animal, mas de um time competitivo”, ressaltou.

Para chegar a este resultado é pre-ciso se apaixonar pela raça Nelore e foi exatamente isso que aconteceu com o empresário Jaime Pinheiro. Ele entrou na atividade ao ser apresentado por amigos com visão no negócio, mas hoje é um apaixonado pela raça.

Na sua experiência como criador, já se destacava na criação de cavalos Ára-bes, atividade que exerce há mais de 25 anos no Haras Vila dos Pinheiros. Tem uma tropa reconhecida mundialmente.

Como o seu foco é o criatório de qua-lidade, quis iniciar a criação de bovinos de excelência. Entrou no negócio em 2009, no Leilão Elo da Raça, ao adquirir a Sicca FIV da Garça. Hoje várias de suas doadoras, algumas delas em parceria com outros criadores, geram filhos que já se destacam nas pistas.

Agropecuária Vila dos Pinheiros

19 7806-7710

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2014

da esquerda para a direitaNielce Crispim, Jaime Pinheiro

e Fernando Barros

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O Sudoeste de Minas Gerais e a política de Renato Andrade

Polít

ica

e So

cied

ade

tegrado de Esporte (CIE), maquinários para abertura e manutenção de estradas, veícu-los e ambulâncias para fortalecer as ações de saúde dos municípios.

Para Passos, cidade polo do Sudoeste de Minas que atende uma população re-gional de 400 mil habitantes, diversas con-quistas que foram alcançadas por meio do deputado, beneficiarão o município e as cidades circunvizinhas. Alguns exemplos são a adesão à Faculdade de Medicina e o apoio à estadualização da Fundação de Ensino Superior de Passos (FESP); o creden-ciamento do Hospital do Coração; a libera-ção de recurso, no valor de R$ 1,5 milhão, para pavimentação e recapeamento de ruas; R$ 1 milhão para o projeto de ciclovia e pista de cooper para Passos; R$ 3,6 mi-lhões para a construção do Centro Integra-do de Esporte (CIE) - Ginásio Poliesportivo;

Em quase um ano e três meses de trabalho, o deputado federal Renato

Andrade destaca as ações realizadas na sua base, Passos, e cidades

da região, que beneficiarão milhares de pessoas em todo Estado.

Atuar a favor de Passos, e de Mi-nas Gerais como um todo. Este tem sido o lema de trabalho do deputado federal Re-nato Andrade que, em um ano e três me-ses de atuação, obteve grandes conquistas para o Sudoeste Mineiro e, também, para as localidades com grandes dificuldades de desenvolvimento na área social ou de infraestrutura e serviços. Na Câmara dos Deputados, em Brasília, Renato Andrade atua como membro titular na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, na Comissão de Turismo e Desportos, e tam-bém na comissão especial do Novo Mar-co Regulatório do Minério Brasileiro. Além disso, Andrade intermediou ações para o desenvolvimento e investimento na infra-estrutura em todo o estado de Minas Ge-rais, levando pavimentação às cidades do interior, o Mutirão da Escritura, o Centro In-

a cobertura da quadra da Escola Estadual Nossa Senhora da Penha; a implantação do Programa Segundo Tempo em Passos no valor de R$ 700 mil; a homologação do Aeroporto Municipal José Figueiredo. Sem contar que, na área da saúde, Renato An-drade conseguiu recursos de R$ 1 milhão para o Hospital Regional do Câncer, veícu-los para atender as ações que beneficiaram a saúde em Passos, e a liberação de cirur-gias eletivas para o município.

“Sempre trabalhamos focando a área da saúde com o objetivo de angariar recur-sos, como verba para o Hospital de Bambuí, verba de R$ 180 mil para o Hospital Otto Krakauer de Passos, que atende pacientes com transtornos mentaisde mais de 100 cidades, UTI Móvel para a cidade de Delfi-nópolis, e aparelhos de Raio-X para diversas cidades. Já direcionei novas emendas para

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promover a saúde, e vamos contemplar hospitais e ações voltadas para esta área”, disse o deputado. Ele ainda ressalta que Passos recebeu quatro veículos – para o CAPS, Gapop, Lar São José e APAE.

O trabalho parlamentar do deputa-do beneficia o Sudoeste Mineiro como um todo, com mais de 50 veículos disponibili-zados para atender a população regional e R$ 3,5 milhões para a área da saúde. Ele ava-lia de forma positiva e destaca que as ações mais importantes são frutos da sua atuação como parlamentar. “Nesse período conse-guimos concluir o projeto da tão sonhada e esperada BR-146, que liga os municípios de Passos e Bom Jesus da Penha, e em breve a população será beneficiada com essa obra. Lutamos contra o fechamento das Apaes, ação da qual tenho muito orgulho em ter participado. Conseguimos a homologação do Aeroporto Municipal José Figueiredo junto à ANAC, e em breve o trevo da Ave-nida Arlindo Figueiredo receberá melhorias a fim de trazer mais segurança aos usuários da MG-050. Também pleiteamos a patrulha

rural para os municípios da região, entre ou-tros trabalhos”, listou.

Também merecem destaque a aqui-sição de três ônibus escolares através do FNDE para Piumhi,a liberação de recurso no valor de R$ 1 milhão para a implantação da Uaitec- Universidade Aberta Integrada de Minas Gerais,em São Sebastião do Paraíso, e a iluminação do Campo do Caram em Passos. No total, foram viabilizados R$ 9 mi-lhões em repasses para obras de recapea-mento e pavimentação, sem contra partida, para as cidades de Alpinópolis, Areado, São Francisco, Piumhi, Delfinópolis, Guaranésia, Pirapora, Capetinga, Ibiraci, Carmo do Rio Claro, Pains, Jacuí, Cássia, Pratápolis, Fortale-za de Minas, Claraval, Três Pontas, Bambuí, São Sebastião do Paraíso, Unaí, Guapé, Con-ceição Aparecida, São Romão e Jaíba.

Renato Andrade lembrou também de seu trabalho em cidades do Norte de Mi-nas, onde foram construídos 900 módulos sanitários e 50 poços artesianos, entre ou-tras melhorias. “Infelizmente a região Nor-te do Estado sofre com a seca e, por isso,

decidi trabalhar para tentar amenizar esse problema. Também tive a oportunidade de colocar em pauta no Congresso Nacional e pelas cidades por onde passei o tema da re-dução da maioridade penal, e espero que em breve nosso plebiscito seja acatado”.

Ocupando a terceira posição da lista de parlamentares do Ranking dos Políti-cos, documento que disponibiliza a pon-tuação dos deputados por meio de suas atuações,uma iniciativa para ajudar de for-ma objetiva as pessoas a votarem melhor, o deputado pretende continuar o seu tra-balho pela melhoria da qualidade de vida da população. “A minha expectativa é con-tinuar trabalhando de maneira intensa, ainda há muito a ser feito para melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro”, pon-tuou Renato Andrade. Em outro ranking, o da revista Veja, em matéria publicada em dezembro de 2013, Renato Andrade ficou na 31º colocação, entre os 513 deputados da Câmara, uma demonstração de com-prometimento, dedicação e seriedade em prol da população.

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Os jurados Murilo Miranda de Melo, Eduarda G. Gouveia de A. Souza e Fá-bio Eduardo Ferreira avaliaram a progênie de 557 fêmeas e 312 machos. Os leilões de-ram mostra do que acontecerá em eventos da raça ao longo deste ano.

No Estado de São Paulo, a Expoinel Paulista foi realizada entre os dias 14 e 23 de fevereiro, no Parque Dr. Fernando Cruz Pimentel, em Avaré, e levou para a pista de julgamento 686 animais. Três grandes lei-

lões movimentaram a expo-sição: Qualidade Nelo-

re, Tradição Nelore e Fantástico Nelore.

leva mais de 800 animais para a pista

A Associação Mineira dos Criadores de Nelore

começou 2014 movimentando o Parque

Fernando Costa em Uberaba/MG, ao abrir

o calendário de exposições oficiais da raça.

De 02 a 09 de fevereiro, durante os oito dias da

Expoinel Minas, foram para a pista de avaliação

869 animais de 99 expositores.

Nas Minas Gerais

Criatórios já consagrados e ganhado-res de prêmios no ranking 2012/2013 deram mostra de que não brincam em serviço e garantiram excelente pontuação na primei-ra Expoinel de 2014. A avaliação dos animais prossegue ao longo do ano, até o mês de se-tembro, quando será concluída a pontuação do ranking regional e nacional da raça.

Nessa primeira etapa de 2014, a Rima Agropecuária (segundo lugar nas catego-rias expositor e criador), Agropecuária Vila dos Pinheiros (primeiro lugar na categoria expositor) e a Fazenda do Sabiá (primeiro lugar na categoria criador) garantiram boas premiações confirmando o seu destaque no ranking 2012/2013. Também foi destaque na exposição a criadora Maria Fernanda Chi-

mentão Saraiva que garantiu a 3ª colo-cação como criadora e mais cinco

prêmios (Confira a classificação no final desta matéria).

Para o Presidente da Asso-ciação Mineira dos Criadores de

Nelore, Renato Barcellos, a Expoinel

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Minas foi um sucesso. “Em termos de número de animais, resultado dos lei-lões e presença de público ligado ao negócio, creio que as exposições que se seguem receberão reflexos impor-tantes, no sentido de crescimento e fortalecimento. Estamos apostando que as 15 exposições que compõem o Ranking Mineiro receberão incremen-to importante e certamente crescerão em relação ao ano passado. Começa-mos com o pé direito e, além das ex-posições mineiras, influenciaremos também exposições de outros esta-dos. Isso é bom para a raça Nelore e para o mercado como um todo, desde as fazendas e criatórios, até o mercado paralelo de insumos”, ressaltou.

Em São Paulo

A Agropecuária Vila dos Pinheiros foi o grande destaque da Exposição ao conquistar 13 premiações. A charmo-sa Mercedita I FIV GGOL foi a grande campeã e Campeã Novilha Maior con-firmando o seu favoritismo na Expoi-nel Minas, onde conquistou o título de Grande Campeã. A Vila dos Pinhei-ros também garantiu os campeonatos de Campeã Fêmea Adulta; Fêmea Jo-vem; Novilha Menor; Reservada Cam-peã Novilha Menor e 3° Prêmio Novilha Menor; Reservado Grande Campeão e

Campeão Touro Sênior; 3° Prêmio Tou-ro Jovem, 3° Prêmio Júnior Maior e Campeão Júnior Menor.

A Rima Agropecuária também foi destaque da Expoinel Paulista, levando sete títulos. Com KAYAK TE MAFRA ga-rantiu os títulos de Grande Campeão e Campeão Touro Jovem, também Gran-de campeão na Expoinel Minas realiza-da no início de fevereiro.

A Fazenda do Sabiá, pela segunda exposição consecutiva, conquistou o primeiro lugar como Melhor Criador e garantiu também a 3ª colocação como Melhor Expositor. A Rima Agropecu-ária garantiu o 2º lugar como Criador e Expositor; e a Agropecuária Vila dos Pinheiros o primeiro lugar na categoria de melhor Expositor.

Leilões

Na pista e nos pregões, a raça Nelore mostrou a sua excelência. Os leilões realizados na Expoinel Minas mostraram a excelente disputa, prin-cipalmente pelas fêmeas jovens. Entre elas Panaceia FIV Integral, de apenas um mês, comercializada em 50% por R$ 84.000,00 e Porcelana II, de 10 me-ses, comercializada também em 50% pelo valor de R$ 84.000,00.

O Leilão Minas de Ouro, pro-movido pela Fazenda Baluarte, Nelo-

re Integral, Fazenda do Sabiá, Nelore Colorado e Nelore Mafra superou ex-pectativas dos promotores com total de R$ 1.018.200,00 em vendas de ani-mais. O Leilão da Nova Trindade regis-trou faturamento de R$ 1.015.968,00.

O Leilão Tradição Nelore, realiza-do durante a Expoinel Paulista 2014, no dia 21 de fevereiro ofertou 19 lotes e foi o destaque da Exposição com fatu-ramento de R$ 2.392.000,00.

A difícil missão dos Jurados

Com a evolução genética do re-banho brasileiro, julgar os animais, seja de que raça zebuína for, não é tarefa das mais fáceis para os jurados credenciados pela ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu). En-tre erros e acertos, satisfações e insa-tisfações, o Colégio de Jurados tem trabalhado para definir um modelo ideal de animal e desta forma auxiliar o trabalho dos profissionais que atu-am nessa área.

O processo é lento e segundo o Coordenador do Colégio de Jurados, Mário Marcio Souza da Costa Moura, a sensação é a mesma de virar um tran-satlântico. “Não será fácil. O processo é

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Mário Marcio Souza da Costa Moura

Coordenador do Colégio de Juradoscredenciados pela ABCZ

lento e constante, pois envolve a mu-dança de cultura, de padrões estabe-lecidos há muitos anos”.

Para que esta mudança ocorra e atenda uma demanda de criadores e de jurados foi criada uma comissão com-posta por sete jurados, eleitos pelo pró-prio Colegiado, que representarão os jurados efetivos. Esta Comissão deverá se reunir mais frequentemente e a partir de debates juntamente com a ABCZ e CJRZ definir os novos padrões para ava-liação/julgamento dos animais.

“Nós temos 10 raças zebuínas para trabalhar subdivididas em apti-dões para a produção de carne e de leite. O processo é criterioso e exigi-rá tempo. Parece que não estamos fazendo nada, mas temos trabalhado incessantemente juntamente com o Comitê de Jurados e Associações Pro-mocionais de Raças Zebuínas”, disse Mário Marcio. Ainda segundo o co-ordenador do CJRZ, há uma solicita-ção dos criadores por mudanças, o que ele considera positiva. “Temos que melhorar sempre, o rebanho ze-

buíno evoluiu e nós precisamos nos adequar as exigências dos criadores e selecionadores”, afirmou.

Márcio enfatizou os procedimen-tos do Regimento Interno do CJRZ, que são fundamentais para a realiza-ção de um bom trabalho, os critérios de escolha dos jurados para as expo-sições, bem como a evolução do re-banho nacional. “Não somos líderes na produção e comercialização de carne sem motivos. O Brasil é o maior expor-tador, mesmo o melhoramento gené-tico sendo uma ferramenta recente para os produtores usarem em seus rebanhos.

A Expozebu comple-ta este ano 80 anos e nos adequar a todas essas mudanças no melho-ramento, comerciali-zação e julgamento de zebuínos, é um grande e inspira-dor desafio”.

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3° Prêmio Novilha Maior

Campeã: DEUSA FIV TERRA MATAExpositor: Francisco Jaime Nogueira Pinheiro Filho

Campeã Novilha Menor

Campeã: MERCEDITA I FIV GGOLExpositor: Agropecuária Vila dos Pinheiros Ltda.

Reservada Campeã Novilha Menor

Campeã: FLOR COLORADOExpositor: Marcelo R. Mendonça/Irmãos-Cond.

3° Prêmio Novilha Menor

Campeã: GAIA DA RMExpositor: Francisco Jaime Nogueira Pinheiro Filho

Campeã Bezerra

Campeã: KLADE IDMExpositor: Milton José de Marchi

Reservada Campeã Bezerra

Campeã: ILHANA FIV DA ROTTExpositor: Agropecuária Vila dos Pinheiros Ltda.

3° Prêmio Bezerra

Campeã: KELY FIB AGEOExpositor: Ageo Agropecuária Ltda.

MACHOS

Grande Campeão

Campeão: KAYAK TE MAFRAExpositor: Rima Agropecuária Ltda

Reservado Campeão: GANACHE FIV DBExpositor: Maria Fernanda Chimentão Saraiva

Campeão Touro Sênior

Campeão: VOLEYBOL FIV DA FCExpositor: Rima Agropecuária Ltda.

Reservado Campeão: IMPACTO FIV RAÇA PURAExpositor: Marcelo R. Mendonça/Irmãos-Cond.

3° Prêmio Touro Sênior

Campeão: JANKO 2 TE PORTO SEGUROExpositor: Agropecuária Vila dos Pinheiros LTDA.

EXPOSITOR

1º AGROPECUÁRIA VILA DOS PINHEIROS LTDA. 2º RIMA AGROPECUÁRIA LTDA. 3º MARIA FERNANDA CHIMENTÃO SARAIVA AGROPECUÁRIA MODELO

CRIADOR

1º FAZENDA DO SABIÁ LTDA. 2º RIMA AGROPECUÁRIA LTDA. 3º MARCELO R. MENDONÇA ESTÂNCIA COLORADO

FÊMEAS

Grande Campeã

Grande Campeã: MERCEDITA I FIV GGOLExpositor: Agropecuária Vila dos Pinheiros LTDA

Reservada Grande Campeã: RIMA FIV GLORIAExpositor: Rima Agropecuária Ltda.

Campeã Fêmea Adulta

Campeã: NATIVA FIV DA RFAExpositor: Maria Fernanda Chimentão Saraiva

Reservada Campeã: CASTINA FIV HVPExpositor: Agropecuária Vila dos Pinheiros Ltda.

3° Prêmio Fêmea Adulta

Campeã: ARANY DA SABIAExpositor: Roberto Alves Mendes

Campeã Fêmea Jovem

Campeã: RIMA FIV GLORIAExpositor: Rima Agropecuária Ltda

Reservada Campeã: BRUXELAS FIV DA SABIAExpositor: Fazenda do Sabiá Ltda.

3° Prêmio Fêmea Jovem

Campeã: PERONA DC TEExpositor: Beatriz C. Garcia Cid e Filho-Cond.

Campeã Novilha Maior

Campeã: POLONIA4X FIV YCExpositor: Agroz Administ. Bens Zurita Ltda.

Reservada Campeã: MORENA DA SANTAREMExpositor: Rima Agropecuária Ltda.

Campeão Touro Jovem

Campeão: KAYAK TE MAFRAExpositor: Rima Agropecuária Ltda.

Reservado Campeão: JUMBO 4 TE PORTO SEGUROExpositor: Maria Fernanda Chimentão Saraiva

3° Prêmio Touro Jovem

Campeão: DIMPLE FIV EDTOExpositor: Sabino Ferreira de Farias Neto

Campeão Júnior Maior

Campeão: GANACHE FIV DBExpositor: Maria Fernanda Chimentão Saraiva

Reservado Campeão: GANHOSO FIV EAOExpositor: Eao Empreend. Agropecuária e Obras S/A

3° Prêmio Júnior Maior

Campeão: SIRRU COLORADOExpositor: Marcelo R. Mendonça/Irmãos-Cond.

Campeão Júnior Menor

Campeão: NERVOUS FIV J. GARCIAExpositor: Maria Fernanda Chimentão Saraiva

Reservado Campeão: SERENO FIV DO BONYExpositor: Ronaldo Bonifacio da Silva

3° Prêmio Júnior Menor

Campeão: RIMA FIV GUANGZHOUExpositor: Rima Agropecuária Ltda.

Campeão Bezerro

Campeão: THOR FIV GC DA SLExpositor: Rima Agropecuária Ltda.

Reservado Campeão: MIKE FIV DA N. AURORAExpositor: Beatriz C. Garcia Cid e Filho-Cond.

3° Prêmio Bezerro

Campeão: RIMA FIV INDROExpositor: Rima Agropecuária Ltda.

RESULTADO FINAL EXPOINEL MINAS 2014

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O agronegócio e a foto-grafia são seus parceiros desde a in-fância, aliás, são heranças paternas. Essas atividades foram se mesclando entre a fazenda da família em Minas Gerais e a fotografia para as ativida-des jornalísticas de seu pai, no Rio de Janeiro. Não foi difícil escolher a agro-nomia como profissão. A universida-de escolhida, a Federal de Viçosa. E 20 anos depois de atuar como enge-nheiro agrônomo optou pelas lentes para dar sequência a vida profissional. São 20 anos de experiência como fo-tógrafo.

A somatória das duas profissões se reflete nas imagens, sempre bus-cando o melhor ângulo, a melhor luz, para mostrar a força e a beleza do agronegócio brasileiro, especialmen-te. O resultado do seu trabalho nós contemplamos em várias publicações segmentadas da pecuária e da agri-cultura.

Nas redes sociais, o lado poe-ta do fotógrafo surge e ao encanto das lentes soma-se à poesia. E, assim, imagens e palavras descrevem inú-meros momentos de rara beleza por todo Brasil, em leilões, exposições e

A Lente

eventos. A poesia está in-corporada ao seu univer-so, sempre fez parte da sua vida.

Escolher uma ima-gem entre tantas é di-fícil. No seu banco de

imagens 850 mil fotos, entre elas, muitas que o encan-

taram. A realização profissional está longe, como ele mesmo afirma. “Deus me livre de me realizar. Quero a mi-nha vida como um processo de apri-moramento profissional permanente”. Para 2014, os projetos incluem muita fotografia, aprimoramento e o lança-mento do seu primeiro livro arte, cujo tema ainda é segredo. A proposta é lançar uma edição a cada ano. No seu foco. O Agro e a natureza, é claro! Confira a entrevista!

TB - Da agronomia para o mun-do das imagens. Como aconteceu essa transição de profissões?

ZPeres - Meu pai, José Resende Peres, foi articulista de O Globo por 28 anos. Tinha uma coluna assinada aos domingos chamada “O Globo vai ao Campo”. Esta coluna tinha uma fo-tografia em preto e branco. Meu pai detestava fotografar e desde muito jovem fazia essas fotos para ele. Aos 14 anos tinha uma Rollei com lentes 90mm 2.8 que tenho até hoje. Aos 18, tinha uma Pentax Spotmatic 35mm. Por outro lado, ele tinha fazenda em Mi-nas. Então, o Agro e a fotografia sem-pre andaram juntos na minha vida.

Na assinatura das fotos

ZznPeres, mas ele

é Zezinho Peres, um

artista livre no mundo

TB - Em que a sua formação acadê-mica contribuiu para o seu crescimento como fotógrafo do agronegócio?

ZPeres - Com certeza ser agrôno-mo e ter trabalhado no campo dá uma correta visão dos animais e do mundo do Agro, que as pessoas da cidade têm mais dificuldade de ter. Outro dia mes-mo, uma editora de uma importante re-vista me disse que não aguentava mais a inadequação das fotos de animais fei-tas pelos fotógrafos urbanos. O Agro tem uma linguagem visual que é só dele.

TB - É comum, nas postagens em

redes sociais, você associar a poesia para explicar o seu olhar sobre deter-minadas imagens. A partir de quando optou por esse recurso de comunica-ção? Ou a poesia sempre fez parte da sua vida?

ZPeres - Minha casa, durante a mi-nha infância, era uma casa de intelec-tuais. Vivia cheia de poetas, escultores e de grandes pintores. Meu pai me dei-xou uma biblioteca de 13 mil livros so-bre todos os assuntos. Se eu comento as minhas fotos com poesias, nem tinha percebido, nunca foi uma intenção de-liberada. Esta maneira de sentir faz par-te de mim. Já se incorporou ao universo do meu pensamento.

TB - A impressão que você pas-

sa para nós, da TB, é que as suas fotos, mesmo as de animais, têm um quê de poesia. Esta é a sua busca?

ZPeres - Outro dia, entrevistado no Canal Rural, a repórter Renata Maron

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me perguntou a mesma coisa. Então vocês devem ter observado algo ver-dadeiro. Fato é que a fotografia não é para mim uma forma de registrar atos e fatos. Ela é uma maneira que tenho de me expressar. Eu gosto da vida, da alegria e da beleza. Assim, não me convidem para foto-grafar produtos para um varejão de super-mercado. Eu morreria de tédio. Tão pouco me interessa fotografar a miséria da con-dição humana. Gosto da vida e da beleza. Mostrada com emoção e alegria. Quero na verdade dividir com quem vê uma foto minha a emoção que tive no momento do clique. E com quanto mais emoção eu clico, mais perto fico do meu objetivo de compartilhar o momento.

TB - Além das imagens de animais,

você também registra fazendas, histó-rias do passado e do presente, a nossa arquitetura rural. Como é ver tudo isso e repassar esse mundo para os seus se-guidores/admiradores?

ZPeres - O Brasil pode crescer, mas só vai se desenvolver se crescer em conso-nância com a nossa cultura e com as nos-sas tradições ou vamos ser só um povo e nunca uma Nação. Assim, é claro, uma casa em estilo colonial barroco me emociona muito mais do que um moderno prédio in-teligente de aço e vidro.

TB - O que identifica como o mais

difícil e o mais fácil no mundo da foto-grafia, especificamente a voltada ao agronegócio?

ZPeres - O mais difícil, mas que é tam-bém interessante é viajar muito; sem pa-rar. O mais fácil é que o campo é lindo e os meus leilões de gado de elite são ma-ravilhosos.

TB - Você fotografa vários setores,

mas o agronegócio tem espaço especial na sua agenda?

ZPeres - Eu herdei na fotografia, como agrônomo trabalhando na produ-ção, os amigos que tinha e que eram do Agro continuaram me criando o ambien-te da fotografia, que depois foi se expan-dindo. Cresceu. Fotografo muitos temas diferentes: festas, casamentos, leilões e exposições de gado. Faço muitos bancos de imagens de fazendas em todo o Bra-sil. Mas a maior parte destes clientes veio mesmo do Agro.

TB - Qual a foto mais difícil da sua carreira? Por quê?

ZPeres - Certamente foram as fotos que fiz nas aldeias Kayapós que visitei. Os índios não têm um comportamento padrão diante de lentes enormes como as minhas teles. Mas foi um lindo ensaio. Tive dificulda-des também em cobrir o Freio de Ouro para o Canal Rural, na Expointer. O evento tem uma beleza e qualidade internacional, mas as regras do jogo são locais e específicas do Rio Grande e do Cavalo Crioulo.

TB - Qual o registro fotográfico que o deixou certo da sua escolha pro-fissional?

ZPeres - Eu fiz um book da minha namorada aos 17 anos que me deixou se-guro para sempre da minha capacidade de fotografar.

TB - O que você faz para tornar o

seu trabalho diferente a cada click, es-pecialmente quando registra os ani-mais da mesma raça?

ZPeres - Estudo fotografia todos os dias em que não estou trabalhando. E ana-liso sistematicamente todos os eventos que cubro. Quero ver onde errei, o que po-deria ser melhor e onde acertei. O que fiz para acertar. Então, a minha alegria é que as fotos melhoram a cada ano.

TB - Ao longo da sua carreira você

acompanha também a evolução ge-nética do rebanho nacional. Como via a pecuária no início da sua carreira e como a vê hoje?

ZPeres - Mudou absolutamente tudo de manejo, genética e produtividade. Só ficou a identidade das raças. Mas que são compostas por animais muito diferentes dos que havia.

TB - Quem é ZZNPeres?ZPeres - Um engenheiro racional e

fechado que a fotografia transformou em um homem com uma sensibilidade a flor da pele, solto no mundo, livre no mais alto grau. Um fotógrafo que conseguiu colo-car todas as regulagens do equipamen-to em um outro plano do pensamento e que usa todo o consciente para ver, para buscar a beleza e as expressões da nossa vida, do cotidiano, das pessoas, dos ani-mais e da natureza. Quem sou eu? Um ar-tista livre no Mundo!

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oCrescimento Animal

Yuri Baldini Farjalla 1, Fabiano R. C. Araújo 1, Roberto D. Sainz 2Aval Serviços Tecnológicos 1, Department of Animal Science University of California Davis 2

O crescimento do animal pode ser definido como um aumento em seu tamanho, ou peso. Mais preci-samente, pode ser considerado como o acúmulo dos tecidos corporais durante a vida do animal. Do ponto de vista da cadeia da carne, os tecidos de maior im-portância seriam os da carcaça, ou seja, músculo, osso e gordura. A curva típica de crescimento durante a vida de um animal apresenta uma forma sigmoide, ou seja, o crescimento durante a primei-ra etapa da vida é lento, depois se acele-ra, atinge um máximo, para finalmente diminuir (Figura 1).

O crescimento apresenta carac-terísticas alométricas (do grego, allo = diferente, metro = tamanho). Este cres-cimento alométrico, determina o pa-

drão de desenvolvimento das caracte-rísticas de importância econômica nos animais destinados ao consumo huma-no (Berg e Butterfield, 1976). As curvas de crescimento dos componentes mais importantes da carcaça (músculo, osso e gordura) ilustram que as quantidades dos tecidos muscular e ósseo possuem uma velocidade de crescimento pro-porcionalmente menor que a carcaça, enquanto que o tecido adiposo mostra um comportamento contrário (Figura 2). Consequentemente, o teor de gor-dura na carcaça aumenta com a idade mais avançada do animal. Obviamente, essas curvas variam entre indivíduos. Por exemplo, animais de grande porte, ou seja, aqueles que atingem um maior peso em sua maturidade, apresentam

como característica acumulação rápida de gordura em um peso mais elevado. Isto se deve ao fato de que, conside-rando animais de portes diferentes ao mesmo peso, sabe-se que o de maior porte não será tão maduro como o de menor porte e terá uma menor acu-mulação de gordura.

Outro aspecto do crescimento e desenvolvimento do animal de impor-tância para a qualidade da carcaça é a distribuição dos tecidos adiposos. Da mesma forma em que o esqueleto de-senvolve-se antes que a musculatura, com o acúmulo de gordura ocorren-do por último, os depósitos de gordura também apresentam algumas variações temporais. Desta maneira, os depósitos adiposos desenvolvem-se na seguinte

Pe

so, K

g

Idade, meses

0

0 5 10 15 20 25 30 35

100

200

300

400

500 Figura 1

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Pe

so, k

g

Peso carcaça, kg

Músculo GorduraOsso

0 50 100 150 200 250

0

100

200

300

400

500Figura 2

Yuri Baldini FarjallaZootecnista pela Universidade Estadual de Londrina (UEL); Mestre em Produção

Animal pela ESALQ/USP e Técnico da Aval Serviços Tecnológicos

[email protected]

ordem: perirenal e interna, intermuscu-lar, subcutânea e, finalmente, a gordura intramuscular. Esta última representa a gordura do marmoreio.

Maturidade

A maturidade do animal e da sua car-caça tem uma forte influência na qualida-de da carne, portanto todos os sistemas de tipificação de carcaças incluem este fator (Sainz e Araujo, 2001). A maturidade da car-caça pode ser determinada através da ob-servação da estrutura óssea e da coloração da carne. A maturidade também pode ser baseada na dentição uma vez que o bovi-no desenvolve seus incisivos permanentes em idades aproximadamente constantes.

Genótipo

Existem diferenças substanciais entre raças no que se refere ao porte e a muscu-losidade. O animal de grande porte cresce mais rapidamente e deposita menos gor-dura do que o de pequeno porte. Como exemplo, o Charolês apresenta maior ga-nho de peso (+11%) e rendimento de car-ne (+9%) e menos gordura intramuscu-lar (-30%) em comparação com o Angus (Shackelford et al., 1994). Se estes animais fossem abatidos à mesma idade, o de maior porte produziria uma carcaça mais pesada e com menos gordura.

Sexo

Os machos crescem mais rapida-mente e depositam menos gordura que as fêmeas, com os machos castrados exi-bindo características intermediárias (Bur-row et al., 1991; Shahin et al., 1993). Se es-tes três grupos fossem abatidos à mesma idade, o macho produziria uma carcaça mais pesada do que o castrado, e esta por sua vez pesaria mais que a da fêmea. Ape-sar destas diferenças, o conteúdo de gor-dura seria menor no caso do macho, se-guido pelo castrado e por último a fêmea teria a maior proporção de gordura.

Nutrição

Logicamente, o animal engordado em um elevado nível de alimentação tem mais oportunidade de depositar gordura na carcaça. O nível de alimentação está positivamente relacionado com o conte-údo de gordura na carcaça, mas os resul-tados podem ser confundidos pelo fato de que os animais terminados à base de concentrados pesam mais à mesma ida-de (Byers, 1982; Galvão et al., 1991; Jor-ge et al., 1996). Uma pesquisa das diferen-ças entre animais recriados a pasto ou em confinamento, feito com gado taurino, demonstrou que mesmo em animais au-mentando em peso, a deposição rápida de gordura subcutânea somente come-

çou quando os animais entraram em re-gime de alto concentrado (Sainz e Verna-zza Paganini, 2004).

Os conhecimentos atuais sobre o crescimento do animal e da relação en-tre as proporções dos vários componen-tes do corpo e da carcaça fornecem uma boa base para os programas de melho-ramento genético da carcaça. As curvas de crescimento e das relações alométri-cas são diferentes entre animais de raças, frame scores, sexos e regimes alimentares distintos, e estas diferenças têm de ser le-vadas em conta. Principalmente na ava-liação da gordura de terminação, a coleta de dados deverá ser feita em uma idade na qual os animais já estariam apresen-tando diferenças, ou seja, já teriam tido a oportunidade de expressar os seus po-tenciais genéticos.

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SENEPOL

Os novos mandatosda ABCBS e Girolando

Elei

ções

Gilmar Goudart foi aclamado presidente da ABCBS em 24 de janeiro du-rante Assembleia Geral Ordinária, realizada em Uberlândia/MG, sede da Associação. Ele dá sequência ao seu mandato anterior e permanece como presidente por mais uma gestão de três anos.

A raça, embora seja considerada nova no País, tem números expressivos com o Brasil liderando o ranking de maior rebanho do mundo. Os números apresentados na AGO também são animadores com crescimento de mais de 100% nos últimos dois anos. Os números que indicam o crescimento partiram dos indicadores de Registro Genealógico de Nascimento (RGN) e Registro Genealógico Definitivo (RGD), em to-

das as categorias, número de novos as-sociados, distribuição da raça nos esta-dos, evolução do rebanho nacional, (S2, PC1, PC2, PO) por estados, crescimento no número de leilões e eventos comer-ciais, exposição da raça na mídia, evolu-ção financeira e o saldo positivo no caixa da Associação foram as principais con-quistas e melhorias da gestão 2012/2014.

Somado a este bom momento, o Brasil sediará em setembro, durante a Exposição Agropecuária de Uberlândia, a Convenção Internacional da raça. Partici-parão criadores dos EUA, Porto Rico, Ca-nadá, Venezuela, Colômbia, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Argentina, Áustria, entre outros. Também estão nos proje-tos de 2014 a edição do livro da história do Senepol no Brasil e a segunda edição do Sumário Senepol - Geneplus Embra-pa. Confira a entrevista.

TB - Permanecer na presidência da ABCBS é a certeza de dever cum-prido no primeiro mandato. Quais os principais desafios que enfrenta-rá nessa nova gestão?

GG - Concluir todo o planeja-mento, para deixar a associação ope-rando 100%, com qualidade e agili-dade em todos os serviços; trabalhar com uma gestão em prol da melhor aproximação e compartilhamento de informações e tecnologias com nos-sos associados; realizar a Convenção Internacional do Senepol com todo o glamour que a raça representa para o mundo. Nossa diretoria está voltada a

O ano de 2014 começou com novas gestões em duas grandes associações

de raças do País: a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol

e Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. No comando

das associações estão os criadores: Gilmar Goudart e Jonadan Ma,

que trabalham pelo crescimento das raças destinadas ao corte e ao leite.

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trabalhar arduamente para fazer de nossa associação uma referência no mercado, tanto em organização, confiabilida-de e difusão da raça, quanto no relacionamento com nossos sócios e simpatizantes do Senepol.

TB - Durante a AGO, realizada em janeiro, a ABCBS apresentou números expressivos que mostram o cres-cimento acelerado da raça. Quais os principais fatores que levaram a esse crescimento?

GG - Um dos fatores se dá pelo time seleto e compro-metido de criadores que compõem a raça Senepol, mas o que mais nos dá a denotação de crescimento é a qualidade dos nossos animais: eles estão se provando. Cada vez mais o que estamos comunicando aos pecuaristas de nossa raça está se tornando uma realidade no campo. Assim, o cresci-mento acontece pelo excelente desempenho da funciona-lidade da raça.

TB - Qual o potencial de crescimento da raça Se-nepol diante da demanda crescente de mais carne pelo mercado?

GG - Difícil de calcular. O que temos como certo é que o cruzamento industrial volta a ser uma importante ferramen-ta para atender essa demanda crescente de proteína animal. Quando temos um animal com características de cobrir a va-cada a campo, com suas cruzas sendo abatidas com antece-dência de 8 a 12 meses, com uma qualidade de carne inques-tionável, o que se espera é ter um crescimento muito além do que temos atualmente. A raça Senepol ainda contribuirá muito para atender essa demanda, pode escrever.

Presidente - Gilmar Goudard

Vice-presidente - Adilson Reich

Diretor Administrativo - Itamar Netto

1º Secretário - Arthur Euri dos Santos

2º Secretário - Sebastião Garcia Neto

Diretor Financeiro - José Alexandre de Melo Cunha

1º Tesoureiro - José Wilson Rezende

2º Tesoureiro - Guilherme Rodolfo Reich

Dir. de Marketing e Eventos - Ricardo Cesar Crosara Magnino

Diretor Relações de Mercado - Jairo Ferreira Lima

1º Suplente - Leonardo Chaves Zapata Sbrana Pimentel

2º Suplente - Carlos Roberto Sorgi

Diretoria Executiva

Conselho Fiscal

Conselho Deliberativo Técnico (CDT)

Paulo Eduardo Garcia, Roberto Folley Coelho,

Ricardo Pereira Carneiro, José Leonicio Gomes,

Eldino Zelli e Humberto Reis

Rubens Soares Leite, Leonardo Galvão Netto,

Gilberto Romeiro de Oliveira Menezes,

Luciano Miranda, José Antônio Fernandes Junior,

Pedro Crosara Gustin e Rodrigo Ribeiro Cunha

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w w w . s e n e p o l . o r g . b r34 3210-2324 / 9962-4357 / [email protected] / [email protected]

/abcbsenepol

A Fêmea Senepol é considerada uma autêntica mãe da moderna pecuária de resultados por desempenhar com muita competência tanto o papel de Doadora de embriões como o de Matriz a campo.

Por ser rústica, precoce, fértil e de grande habilidade maternal é capaz de produzir a campo sua própria cria ou de multiplicar, através da biotecnologia, seus nobres frutos: os Touros Senepol, pais da verdadeira Heterose a pasto e as Fêmeas Senepol, ambos responsáveis pela perpetuação desta que é a raça de corte que mais cresce no Brasil.

Invista em Fêmeas Senepol e colha os frutos desta nova era da pecuária, simples e lucrativa.

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A eleição na Girolando acon-teceu em dezembro/2013 em uma das disputadas mais acirradas regis-tradas pela Associação. Em janeiro, a diretoria foi empossada no Centro de Eventos Rômulo Kardec de Camargos, em Uberaba/MG. A entidade será co-mandada nos próximos três anos pelo agrônomo e criador Jônadan Hsuan Min Ma.

Para a presidência da Associa-ção, Jônadan leva a experiência de criador das raças Girolando, Gir Lei-teiro e Holandês e de administrador pelo Grupo Boa Fé-Ma Shou Tao, com sede em Conquista/MG. Associado há 28 anos, já exerceu outros cargos na Girolando. É também vice-presidente da COTRIAL (Cooperativa dos Produ-tores Rurais do Triangulo e Alto Para-naíba), diretor da Associação dos Em-presários Canavieiros do Vale do Rio Grande, presidente do Instituto Boa Fé de Apoio ao Combate ao Câncer.

Em seu discurso de posse, Jôna-dan destacou que a associação preci-sa ser mais presente e participativa na vida dos associados e criadores. “Na maior eleição da história da Girolan-do foi plantado o ideal de transforma-ção. Nós nos comprometemos a en-tregar a todos os associados o direito de participar e ser representado pelos que aqui tomam posse conosco, de-cidindo os melhores rumos a serem trilhados pela Girolando. O meu ideal aqui é colocar a raça Girolando no pa-tamar mais alto das raças leiteiras no Brasil e difundir esta raça para todo o mundo”, afirmou Jônadan.

O presidente assumiu os traba-lhos após um período de maior es-tabilidade nos preços pagos pelo lei-te. A expectativa para 2014 é que os valores pagos ao produtor se mante-nham estáveis. Segundo Jônadan, o mercado interno e externo deve per-manecer firme em relação ao ano an-terior. “Talvez não tenhamos um pico de preço como em 2013, mas teremos

maior estabilidade”, disse. No entanto, o produtor deverá sofrer os impactos com os valores dos volumosos em decorrência da seca, que afetou a produ-ção, principalmente de milho. “Se o Governo Federal não sustentar esse preço, acredito que teremos falta de leite e não seria interessante a importação nesse momento”. Confira a entrevista.

TB - Após o primeiro mês de trabalho, qual a sua análise sobre a Asso-ciação e a raça Girolando no Brasil?

JMM - Percebemos que a envergadura da Associação é muito grande. O trabalho tem uma extensão territorial tremenda. Há uma grande demanda por atendimento técnico e um grande número de criadores querendo se associar. Precisamos, nesse momento, estruturar a casa para atender bem os nossos associados e suprir com agi-lidade as principais demandas ou mesmo pedidos de atendimento em todo Brasil. Em um mês de trabalho é impossível diagnosticar todo o quadro real, principalmente na área financeira. Estamos em auditoria para isso. Esperamos que até o final de março tenhamos o nosso projeto bem implantado e no início de execução.

A Girolando em 2014

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Presidente - Jônadan Ma

1º Vice-Presidente - Magnólia Martins da Silva

2º Vice-Presidente - Nelson Ariza

3º Vice-Presidente - João Domingos Gomes dos Santos

4º Vice-Presidente - Olavo de Resende Barros Júnior

1º Diretor Administrativo - José Antônio da Silva Clemente

2º Diretor Administrativo - Jorge Luiz Mendonça Sampaio

1º Diretor Financeiro - Luiz Carlos Rodrigues

2º Diretor Financeiro - Odilon de Rezende Barbosa Filho

Relações Institucionais e Comerciais - Ronan Rinaldi de

Souza Salgueiro

Diretoria Executiva

TB - Com base em sua afirmação no dia da posse, quando disse que a Associação precisar ser mais partici-pativa na vida dos associados e criadores, de que maneira pretende fazer com que isso aconteça?

JMM - A nossa primeira decisão, talvez a mais importan-te no momento, seja a ampliação do número de técnicos no campo, registrados pela casa ou credenciados. Nós mapea-mos todo Brasil e finalizamos o zoneamento técnico; fazendo uma reengenharia para que possamos atender todos os asso-ciados de maneira adequada, prestando serviços de registros e de consultoria técnica. O associado quer muito mais que um registro, ele quer uma orientação técnica sobre manejo, aca-salamento, alimentação. Nós queremos tornar nossos técnicos em consultores. O segundo ponto é estabelecer um modelo de ETR (Escritório Técnico Regional). Estudamos modelos mais econômicos que permitam atender os associados com agili-dade, com parcerias fortes por meio da formação de núcleos. Acreditamos que este seja o melhor modelo para agregar os associados e atender as necessidades institucionais de forma-ção promovendo encontros, palestras, leilões. Talvez este seja o modelo adequado para todo o Brasil e o modelo que compa-tibiliza com as condições financeiras e técnicas da Associação.

TB - A raça Girolando garante boa parte da pro-dução de leite no País. Quais os desafios imediatos da Associação?

JMM - Nós queremos que a Associação crie informa-ções técnicas, principalmente do PMGG, quanto aos sumá-rios de touros e aos sumários de fêmeas. Isso vai orientar e

dar mais credibilidade aos nossos associados para a utiliza-ção da genética de alta produção. Para isso, precisamos de mais rebanhos colaboradores. A produção de leite vai cres-cer pela raça Girolando quando a nossa genética for cada vez mais aprimorada. É uma grande missão desenvolver mecanismos de incentivo à captação de mais animais cola-boradores, tanto para teste de progênie, como de criadores que façam controle leiteiro. Queremos de forma institucio-nal e política chamar a atenção de autoridades, laticínios, cooperativas, sindicatos sobre a importância do produtor de leite. Precisamos tornar essa voz mais influente na ca-deia, contribuindo para melhores condições de preço.

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Gustavo Rezende Vieiracriador de Senepol na Fazenda Tufubarina

[email protected]

Sou criador de Senepol POI desde 2006, quando pouquíssimos conhe-ciam a raça. Passei por alguns maus boca-dos. Para onde ia com o gado, o que ouvia era: que raça é essa? De leite ou de corte? Aguenta o calor mesmo? Após oito anos de muito trabalho e muita dedicação, ain-da ouço as mesmas perguntas, mas ouço também histórias de sucesso de pecua-ristas que acreditaram no potencial desse taurino adaptado e se renderam aos óti-mos frutos que ele proporciona.

O Senepol é uma ótima ferramenta para fazer cruzamento industrial a campo e temos casos de sucesso para exemplificar. Há 5 anos, fazendo uma exposição agrope-cuária na pequena Iturama, no pontal do Triangulo Mineiro, conheci um criador que me deu a certeza de que estava no cami-nho certo.

O Sr. Jacir de Faria, 83 anos, me pro-curou interessado em conhecer mais sobre a raça. Na ocasião, ele me informou que seu filho havia comprado um lote de 150

vacas brancas inseminadas de Aberdeen e que, quando os bezerros nasceram, segun-do ele, possuíam uma aparência pouco promissora, assemelhando-se a “ratinhos pretos e cabeludos”. Isso o levou a pensar que seu filho havia feito um péssimo ne-gócio. No entanto, após 14 meses, para sua surpresa, ele constatou que as fêmeas do rebanho do filho pesavam duas arrobas a mais que fêmeas de seu rebanho. Foi então que ele soube que o Senepol, como bom tarurino adaptado, apresentava desempe-nho similar e quis saber mais sobre a raça.

Depois de muita conversa, Sr. Jacir decidiu investir em dois tourinhos Tufuba-rina de 14 meses. Dois anos depois, fui ver o resultado e tive a certeza de que estava no caminho certo. Os machos Senepol x Nelore foram vendidos na desmama, com valor superior aos brancos em mais ou me-nos R$ 300,00. As fêmeas, o Sr. Jacir não vendeu. Os machos three-cross , Senepol x F1 Aberdeen, Sr. Jacir, que nunca tinha re-criado uma cabeça sequer na fazenda, re-

solveu segurá-los até a engorda, porque nunca tinha ouvido falar em animal com 10 meses pesando 12 arrobas. As exceções foram os seis animais que vendeu para vizi-nhança como touros por R$ 2.500,00.

Essa é a força do Senepol. Em breve, dividirei com vocês, leitores da Terra Boa, mais histórias de sucesso desse bicho ver-melho que conquista cada vez mais pecu-aristas em todo Brasil.

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Senepol 3G é sinônimo de qualidade genética

O crescimento da raça Senepol é uma realidade no Brasil, bem como o aumento de investidores com foco na produção de carne de qualidade. Foi com este objetivo, a produção de carne de qualidade, que a Senepol

3G foi buscar os melhores animais para formar o seu plantel. Com apenas sete anos de pesquisa e cinco anos de trabalho, o criatório se destaca

na oferta de doadoras e touros de excelente qualidade.

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Pecu

ária

de

Elite

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O primeiro contato da família Garcia com a raça aconteceu em 2007, quando o estudante de medicina vete-rinária, Sebastião Garcia Neto, fez estágio na Fazenda Sacramento Farms, nos Esta-dos Unidos, um dos melhores criatórios dos EUA. Neto destaca que a marca 3G vem sendo formada ao longo desse pe-ríodo que inclui a sua graduação e está-gio. “Em 2009, compramos os primeiros embriões da Sacramento e começamos a formar nosso plantel de doadoras. Bus-camos, também, os melhores animais de outros criatórios do Brasil. Quando a Sa-cramento Farms liquidou o seu plantel no Brasil, adquirimos todos os animais”, ressaltou.

O trabalho dos Garcia no Brasil co-meçou com o espanhol André Garcia Ca-macho que ao chegar ao País se instalou em uma fazenda em Jaboticabal/SP. Seu filho Sebastião foi seu sucessor e o neto, Paulo Eduardo Garcia fundou com seus fi-lhos a Agropecuária 3G. A marca é uma referência há três gerações que trabalham

com a agropecuária. A excelência no que produz é um dos lemas da família.

O resultado desse trabalho de exce-lência está no plantel da Senepol 3G que mantém 120 fêmeas em trabalho de cole-ta de embriões. Entre elas 60 doadoras top, avaliadas e com produção comprovada, filhas das mais diversas genealogias e pe-digrees dos mais raros genearcas da raça. “Entre elas podemos destacar a excepcio-nal SCR 1241, a número 1 do criatório. Esta fêmea é dona de uma beleza única porque tem e repassa aos seus descendentes um fenótipo que buscamos na pecuária: boa estrutura, bom arqueamento de costelas, excelente relação tronco e membros. Aos 8 anos de idade está no pico de produção, com média de 90 oócitos viáveis por aspi-ração e uma boa conversão de embriões. Como exemplo, em uma única aspiração foram produzidos 45 embriões, sendo que 20 foram vitrificados e 25 transferidos. Suas filhas, com características tão boas quanto a mãe, estão sendo preparadas para a aspira-ção”, ressaltou o criador.

Para a família Garcia, a escolha da raça foi a melhor possível, pois além de ser extre-mamente resistente e adaptada ela é pura e está em plena expansão no Brasil. “Garan-timos tudo o que produzimos, oferecendo sempre o que há de melhor para o merca-do para que a raça continue crescendo, as-sim como vem sendo registrado nos últi-mos anos”, explica Neto.

A excelência dos animais da Senepol 3G não para em suas doadoras, há muitos outros animais de destaque no plantel. En-tre eles o Touro Hunter da 3G, que foi cam-peão do CP CRV Lagoa 2013. “Este animal é diferenciado e considerado modelo ideal por ser um touro moderno, de excelente estrutura, com bom desenvolvimento de musculatura e muito precoce. Trouxe um bom frame para a raça; um animal que aos 12 meses de idade, alcançou o peso de 500 quilos”, esclarece Neto. Ainda segundo o criador, o touro Hunter é um animal com-pleto, que traz em sua genealogia o touro WC 112N, animal líder para característica de bezerros com bom peso ao sobreano,

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Neto Garcia - 16 98125-3579

e uma mãe filha de Sol 31, genética que imprime muita fertilidade. “Juntamos tudo isso em um animal fantástico que já está contratado para a bateria de touros da CRV Lagoa. Hunter da 3G terá sêmen disponível no mercado este ano para que possa incre-mentar excelentes características no cruza-mento industrial e quem sabe nos animais PO, também”, completou o criador.

Em 2014, a Senepol 3G ofertará ao mercado o que há de melhor em seu cria-tório. “Vamos realizar um grande evento em nossa casa, na Fazenda Santa Inês, lo-calizada em Barretos/SP. Serão dois dias de grandes oportunidades em leilão, 15 e 16 de maio, com transmissão pelo Canal do Boi. Vamos oferecer embriões de nossas principais doadoras, com touros que já não possuem mais sêmen disponível. O segun-do dia está reservado para as novilhas das melhores linhagens do Senepol, animais que foram criteriosamente selecionados. Entre as ofertas, teremos algumas surpre-sas no leilão”, disse.

Outra linha de trabalho do criatório se dará pela venda de embriões e prenhe-zes efetuadas por encomenda. “Os investi-dores que buscam embriões ou prenhezes de determinadas doadoras, com determi-nados touros, podem contratar a Senepol 3G, que produziremos essa encomenda para os nossos clientes”, disse Neto. Segun-do o criador, esse sistema de encomendas é a oportunidade única para quem quer

formar realmente um plantel de muita qualidade. Há ainda o programa New Bre-eders, elaborado especialmente para os novos criadores que ainda não têm um lo-cal adequado para manter as suas doado-ras. “A Senepol 3G oferece todo suporte de alojamento e coordenação dos trabalhos, assim como produção dos embriões, pre-nhezes, acasalamentos dirigidos, com as-sistência total”, explica o veterinário.

”Nós da Senepol 3G estamos mui-to empenhados no trabalho com a raça e temos a certeza de que o Senepol encon-trou a sua casa no Brasil. Os animais são

Touro Hunter da 3G, campeão do CP CRV Lagoa em 2013

rústicos e adaptados, com bom desenvol-vimento e alta eficiência alimentar, além de ser o único taurino que cobre vacas a campo, entre vários outros benefícios que a raça nos proporciona”.

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Receita da comitiva

As experiências vivenciadas por milhares de tropeiros que cortavam o Brasil em cima de um cavalo levando boiada, repas-sadas de geração em geração, nos remete a carne se sol, fogareiro, feijão tropeiro e sabores diferenciados.

Hoje, os tempos são outros. Os animais vão no caminhão, mas algumas características ainda permanecem como o preparo dos ali-mentos de forma, na maioria das vezes, improvisada. O diretor-exe-cutivo da Revista Terra Boa Agronegócios, Bolivar Filho, viveu expe-riência similar ao levar uma tropa de equinos para o Pará, no mês de fevereiro (Leia matéria na Capa ExpoZebu 80 Anos nas páginas 56 à 58). As facilidades do mundo moderno suavizaram a viagem, mas na hora da preparação dos alimentos, as condições ainda são as mesmas. Afinal, em cada parada, uma realidade diferente, con-dições diferentes e a criatividade tem que funcionar.

É na simplicidade que os alimentos de uma comitiva são preparados, afinal, na maioria das vezes, os tropeiros

contam mesmo é com o improviso.

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Para garantir o preparo dos alimen-tos, o grupo levou um disco de arado, que foi transformado em um tacho, e serviu como utensílio no preparo do prato e um fogareiro, usado na marcação a ferro dos animais. Os ingredientes eram adquiridos no local. “O disco de arado é resistente, não amassa e esquenta muito rápido, facilitan-do o preparo dos alimentos”, disse Bolivar. Com essa mini-cozinha viajaram, 16 dias e garantiram a alimentação do grupo.

O encantamento natural no prepa-ro dos alimentos acabava por atrair novos parceiros e a partilha aconteceu em cada parada. Entre os pratos preparados por ele e os companheiros de viagem, Leandro e Júlio, estava o contrafilé com tomate e cebola, que ganhou o nome da comitiva: Contrafilé à moda Terra Boa. Nesta edição, dividimos esta receita prática e rápida, que pode ser servida como prato principal, um bom tira-gosto ou até mesmo para formar um lanche. Experimente e divida a sua ex-periência conosco. Bom apetite!

Receita3 bifes de contrafilé cortados com 2 dedos de altura3 tomates3 cebolas1 colher de manteigaSal e pimenta a gostoPão francês

Modo de Fazer:Derreta a manteiga e coloque os bifes para dourar, sem tempero. Quando estiver dourando, ou já selado, retire e fatie os bifes. Retorne a panela e acres-cente o sal e a pimenta. Quando estiver no ponto, cubra a carne com o tomate e a cebola. Deixe mais alguns minutos e sirva juntamente com o pão.

Contrafilé à moda Terra BoaDica do cozinheiro:

Para incrementar o

prato, para quem não

está em uma comitiva,

acrescente requeijão

antes de colocar o

tomate e a cebola.

Uma delícia!

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a g r o n e g ó c i o s

Edição especial capa dupla!Leia aqui também a edição especial

primeira capa disponível no Issuu.