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Diogo Araujo Med 92 Terceiro Módulo de Fisiologia Cardiovascular (PS 1: Galera, as anotações estão uma zona, um peteco, uma desordem total! Mas têm um pouco do que foi visto em sala de aula. Por favor, desconsiderem a desorganização) (PS 2: a primeira que está anotada aqui foi dada pelo Hervaldo (não tá muito legal); a segunda está bem melhor) : ) Os objetivos do controle da função cardiovascular são: - manter o nível basal das variáveis fisiológicas - promover ajustes das variáveis segundo as necessidades de demanda funcional - compensar desvios agudo de curta duração -compensar desvios mantidos por longo tempo O SNC contém os níveis mais superiores de regulação. Constitui o centro regulador. Recebe dados provenientes de receptores vasculares, barroceptores, quimioceptores. A ação local forma influências reguladoras na intimidade dos órgãos e aparelhos. Elas mantêm um ajuste do fluxo sanguíneo local. No próprio local, são produzidas substâncias vasodilatadoras e vasoconstrictoras. A regulação a longa distância pode ser feita por mecanismos neurais, humorais e neuro- humorais. A regulação a longa distância é feita de maneira direta através do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático). Os principais reflexos cardiovasculares são: - reflexo barorreceptor (principal); ele é dominante, porque é ele quem regula a emissão de sangue para o encéfalo; os demais reflexos são moduladores do reflexo barorreceptor. O único reflexo que é superior ao barorreceptor é o reflexo de isquemia cerebral. A isquemia cerebral

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Page 1: Terceiro Módulo de Fisiologia Cardiovascular · Também existe um sistema extra-adrenal, de grupos de células neuroendócrinas amplamente distribuídas: células do coração, fígado,

Diogo Araujo – Med 92

Terceiro Módulo de Fisiologia Cardiovascular

(PS 1: Galera, as anotações estão uma zona, um peteco, uma desordem total! Mas têm um

pouco do que foi visto em sala de aula. Por favor, desconsiderem a desorganização)

(PS 2: a primeira que está anotada aqui foi dada pelo Hervaldo (não tá muito legal); a segunda

está bem melhor)

: )

Os objetivos do controle da função cardiovascular são:

- manter o nível basal das variáveis fisiológicas

- promover ajustes das variáveis segundo as necessidades de demanda funcional

- compensar desvios agudo de curta duração

-compensar desvios mantidos por longo tempo

O SNC contém os níveis mais superiores de regulação. Constitui o centro regulador. Recebe

dados provenientes de receptores vasculares, barroceptores, quimioceptores.

A ação local forma influências reguladoras na intimidade dos órgãos e aparelhos. Elas mantêm

um ajuste do fluxo sanguíneo local.

No próprio local, são produzidas substâncias vasodilatadoras e vasoconstrictoras.

A regulação a longa distância pode ser feita por mecanismos neurais, humorais e neuro-

humorais.

A regulação a longa distância é feita de maneira direta através do sistema nervoso autônomo

(simpático e parassimpático).

Os principais reflexos cardiovasculares são:

- reflexo barorreceptor (principal); ele é dominante, porque é ele quem regula a emissão de

sangue para o encéfalo; os demais reflexos são moduladores do reflexo barorreceptor. O único

reflexo que é superior ao barorreceptor é o reflexo de isquemia cerebral. A isquemia cerebral

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promove a liberação de catecolaminas e aumento do tônus simpático, com predominância

sobre todos os outros reflexos.

- reflexo quimioceptor;

- reflexo de isquemia cerebral.

Centros simpáticos adrenérgicos (cardioestimulador, vasomotor e vasodilatador) e centro

parassimpático.

São mecanismos reguladores participantes da influência humoral:

- catecolaminas (produzidas pela medula da adrenal);

- fator natriurético atrial (produzido principalmente pelo átrio direito [eu acho]);

- vasopressina (produzida pela neuro-hipófise);

- angiotensina (produzida a partir da conversão de angiotensinogênio em angiotensina I [pela

renina] e posterior conversão da angiotensina I em angiotensina II [pela enzima conversora de

angiotensina]).

O parassimpático não promove vasodilatação, porque parassimpático não inerva vasos. No

entanto, há receptores muscarínicos nos vasos que respondem à presença de acetilcolina e de

agentes farmacológicos.

São mecanismos reguladores neuro-humorais: o simpático (que é um mecanismo neural) atua

estimulando a secreção de renina-angiotensina (que é um fator humoral). No entanto, não há

uma alça neuro-humoral no parassimpático. Há mais mecanismos de elevação da pressão

arterial do que de redução da mesma. Por isso que os indivíduos tendem a ser hipertensos.

Respostas imediatas (de curta duração; levam 1 a 2 segundos para serem sentidas) são

mediadas pela via neural:

- reflexos neurológicos (barorreceptor, isquemia cerebral e quimiorreceptor);

- dependentes de influências autonômicas sobre:

- freqüência cardíaca;

- volume sistólico;

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- débito cardíaco;

- resistência vascular periférica;

- retorno venoso;

Idosos e diabéticos têm falhas nesse mecanismo de regulação simpática.

A resposta vagal leva milissegundos para ser sentida.

A freqüência cardíaca é modulada rapidamente pelo sistema vagal e lentamente pelo

simpático.

Quando um indivíduo sai da posição de decúbito para ortostática, o vago atua rapidamente,

perdendo o seu tônus. Posteriormente, o simpático atua, aumentando a freqüência cardíaca e

a força de contração do coração.

Respostas intermediárias:

- natureza humoral, neuro-humoral e hemodinâmica

- freqüência cardíaca

- volume sistólico

- débito cardíaco

- resistência vascular periférica

- retorno venoso

- volume sanguíneo

- fator natriurético atrial: produzido com a dilatação atrial e das veias abdominais.

Promove a natriurese, com diminuição da volemia.

- regulação a médio prazo.

Controle de longa duração (ou lenta). Depende do rim.

- natureza humoral e hemodinâmica (pressão de filtração glomerular);

- influências sobre o débito urinário.

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Visa a eliminação e conservação de água e sódio pelos túbulos renais – pressão de filtração

glomerular e fluxo plasmático renal. Pressão de filtração no glomérulo e capacidade de

reabsorção do filtrado nos túbulos distais. Tudo isso influencia no débito urinário e,

consequentemente, na volemia e em fatores hemodinâmicos.

Alça hormonal do sistema renina-angiotensina-aldosterona. É um mecanismo auto-regulador

da sua pressão de enchimento. A aldosterona apresenta ação sobre a resistência vascular

periférica e ação sobre a volemia.

Ação do hormônio antidiurético (vasopressina). Atua controlando reabsorção de água do

filtrado.

Ação do fator natriurético atrial. Ação direta sobre controle da volemia. Ação indireta sobre a

pressão arterial.

Perguntas possíveis de prova:

1) Quais são os três mecanismos básicos de regulação do sistema cardiovascular? Qual é

o mais forte?

2) Quais deles são de regulação imediata, intermediária ou longa?

3) Vasopressina, catecolaminas, sistema renina-angiotensina-aldosterona e fator

natriurético atrial são fatores humorais. Onde são produzidos e como atuam?

4) Qual a sequência de ações do sistema nervoso sobre o sistema cardiovascular quando

um indivíduo sai da posição de decúbito para a posição ortostática?

5) Quais são os objetivos da regulação cardiovascular? Qual a variável mais importante e

o que ela representa?

6) O que é nervo de Hering?

7) Como se dá a inervação cardíaca pelo sistema nervoso autônomo? Quais são os efeitos

da hiperestimulação de cada uma das divisões do SNA?

8) O que acontece se houver desnervação simpática do coração? O coração pára?

9) Qual a ação da endotelina e do óxido nítrico?

10) Qual a relação entre os fatores de controle locais e sistêmicos? Em caso de isquemia,

qual é mais forte?

11) Quais são as respostas locais e sistêmicas que ocorrem quando há isquemia de uma

região? Coloque em ordem de surgimento.

12) O que é o fenômeno de reentrada?

13) O que acontece com a função cardíaca quando há hiperpotassemia ou hipercalcemia?

5) A regulação cardiovascular serve para: manter as variáveis (freqüência cardíaca, força de

contração, débito cardíaca, pressão arterial...) em padrões satisfatórios; modificar essas

variáveis quando necessário (como no exercício, por exemplo); corrigir alterações agudas das

variáveis (como quando um indivíduo passa do decúbito para a posição ortostática); corrigir

alterações crônicas (como produzir um espessamento cardíaco ou uma diminuição de

frequência cardíaca em resposta a treinos diários).

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A pressão arterial média é a variável mais importante. Representa a pressão de enchimento

vascular.

6) Ramo do nervo glossofaríngeo que inerva o seio carotídeo e tem efeito depressor (ou seja,

que culmina com a diminuição do tônus simpático e aumento do parassimpático, como visto

no reflexo barorreceptor).

7) Página 117 do Guyton (ou próximo dessa página, já que tenho a nona edição e está em

inglês). O simpático inerva todo o coração (inclusive os ventrículos). O parassimpático tem uma

inervação mais restrita ao nodo sinoatrial e junção atrioventricular.

A hiperestimulação do simpático pode aumentar a freqüência cardíaca para até 180-200bpm!

Além disso, o aumento de força de contração que ela causa pode elevar o débito cardíaco em

até três vezes os valores de repouso.

A hiperestimulação do parassimpático faz com que o coração pare por alguns instantes. No

entanto, devido ao escape vagal, o coração pode voltar a bater com uma freqüência de 20-

40bpm. Além disso, o parassimpático é capaz de reduzir a força de contração do coração em

até 30%. Essa inibição só não é maior porque o parassimpático não inerva a região dos

ventrículos.

8) O coração não pára. Há diminuição da freqüência cardíaca e da força de contração, com

redução do débito cardíaco em até 30% do valor de repouso.

9) As endotelinas são peptídeos produzidos em vários tipos de tecidos, reconhecidos como

vasoconstritores endógenos potentes. Causam vasoconstrição de quase todas artérias e veias,

além de produzir proliferação das células musculares lisas dos vasos. A produção da endotelina

é regulada por vários estímulos mecânicos e químicos como hipóxia, lesão da parede vascular

e angiotensina II. Importantes papéis no desenvolvimento de várias patologias tais como a

hipertensão sistêmica e aterosclerose.

No endotélio vascular ocorre liberação continuada de óxido nítrico (NO), responsável pela

manutenção do fluxo sangüíneo tecidual. O NO tem função vasodilatadora fisiológica. Assim,

durante exercício físico, ocorre aumento do débito cardíaco e redistribuição do fluxo

sangüíneo para musculatura esquelética e circulação coronariana.

10) Em algumas circunstâncias, como na isquemia, os fatores de controle locais são mais fortes

do que os sistêmicos.

11) - aumento da captação de oxigênio do sangue fornecido;

- vasodilatação é aumento da quantidade de sangue fornecido;

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- resposta metabólica, passando de aeróbico para anaeróbico; nesse momento, já há liberação

de mediadores locais.

- lesão de células;

- necrose.

[não tenho certeza sobre a ordem dos dois primeiros tópicos]

12) O fenômeno de reentrada acontece quando um estímulo, após ativar um segmento de

tecido cardíaco, retorna e o ativa novamente. É uma atividade elétrica rítmica sustentada, que

pode durar até vários dias, mantida por movimento circular.

Representa atualmente um dos principais mecanismos arritmogênicos. Várias propriedades

normais e anormais do coração podem produzir arritmias através desse mecanismo (condução

decremen Geralmente, retardo significativo de condução (condução lenta) é a anormalidade

que permite a ocorrência de reentrada.

A reentrada pode ocorrer em vários locais do coração.

13) Página 118 do Guyton muito muito antigo. Na hiperpotassemia, como há acúmulo de

cargas positivas fora dos miócitos, a diferença de potencial (potencial de repouso) entre os

meios intra e extracelular se torna ainda maior. Em outras palavras, o potencial da célula

cardíaca fica menor. Com isso, há redução da força de contração cardíaca, arritmias e morte.

Na hipercalcemia, acontece o contrário. O excesso de cálcio caminha no sentido de aumentar a

força de contração do coração, produzindo contração espástica.

1) Neural, neuro-humoral e humoral. Entre os mecanismos neurais, os reflexos

exibem “escala de força”. A isquemia cerebral é a mais forte. Depois, vem o reflexo

barorreceptor, que se sobrepõe a todos os demais.

2) Imediata – neural,

intermediária – neuro-humoral e humoral

longa – renal/humoral

3) A vasopressina é um hormônio com efeito antidiurético e vasoconstrictor. A

vasopressina é um peptídeo liberado das terminações axonais dos neurônios da neuro-

hipófise, em resposta a elevação da osmolaridade plasmática, hipovolemia grave e/ou

hipotensão. Provoca vasoconstricção pela interação com receptores V1 presentes na

musculatura lisa vascular, e exerce efeito antidiurético pela ativação de receptores V2

presentes nos ductos coletores renais.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000400006

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O fator natriurético atrial (FNA) é um peptídeo circulante com propriedades

natriuréticas, diuréticas e vasodilatadoras. Participa da homeostase cardiovascular e

da modulação do crescimento celular. O RNAm do fator natriurético atrial foi

encontrado em vários tecidos, sendo mais abundante nos átrios cardíacos. O fator

natriurético atrial é produzido e liberado, normalmente, pelas células do músculo

atrial. Contrabalança os efeitos do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Suas

concentrações plasmáticas aumentam em resposta à distensão do tecido atrial e

parecem antagonizar os efeitos da angiotensina II no tônus vascular, a secreção de

aldosterona, a reabsorção de sódio e o crescimento celular.

A nível cardiovascular estes peptídeos ocasionam:

- diminuição da resistência vascular sistêmica (pós-carga) e da pressão arterial sistêmica.

- diminuição da resistência vascular pulmonar e da pressão arterial pulmonar.

- venodiladação e diminuição do retorno venoso com redução da pré-carga.

- dilatação da artéria coronária com diminuição da resistência da artéria coronária e aumento do fluxo sanguíneo coronariano, porém sem efeitos inotrópico e cronotrópico positivo.

- aumento do fluxo sanguíneo renal, da filtração glomerular e da produção de urina.

http://www.iacs.com.br/txt/inf139.htm

A catecolamina é produzida pela medula da adrenal. As células cromafínicas

representam 10% da glândula. As catecolaminas são a dopamina, adrenalina e

noradrenalina (epinefrina e norepinefrina). Também existe um sistema extra-adrenal,

de grupos de células neuroendócrinas amplamente distribuídas: células do coração,

fígado, rins, gônadas e neurônios adrenérgicos do sistema nervoso simpático pós-

ganglionar e sistema nervoso central.

Os diferentes mecanismos de ação são explicados pela presença de diferentes tipos de

receptores encontrados nas células. Estes receptores encontram-se em vários tecidos

e mediam diferentes respostas. Os receptores adrenérgicos podem ser de dois tipos: α

e β. Os receptores α são mediadores de ações estimulatórias de adrenalina e

noradrenalina sobre a musculatura lisa. São divididos em α1 e α 2. Os receptores β têm

ação inibitória sobre a mesma musculatura e também se dividem : β1 e β2.

As catecolaminas adrenérgicas promovem a vasoconstrição por ativação dos

receptores α 1 e α 2. Podem causar vasodilatação em baixas doses, no músculo

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esquelético e no fígado, por ativação de receptores β. Estes, quando ativados também

são responsáveis pelo aumento de freqüência cardíaca.

http://www6.ufrgs.br/favet/lacvet/restrito/pdf/adrenal.pdf

Sistema renina-angiotensina-aldosterona

As Células Justaglomerulares da parede da arteríola aferente, em face da diminuição da pressão de perfusão e da pressão sistêmica, secretam a enzima renina que leva à formação de angiotensina II.

Angiotensinogênio (hepático) ======> angiotensina I =============> angiotensina II

Renina ECA (pulmão e rins)

Ações da Angiotensina

• promove a vasoconstrição tanto sistêmica quanto da arteríola eferente com conseqüente aumento da taxa de filtração. Esse processo de auto-regulação permite que a taxa de filtração seja mantida mesmo quando o fluxo sanguíneo renal é baixo. Impede a falência renal na hipotensão arterial.

• Estimula a liberação da aldosterona (mineralocorticóide adrenal) que promove a

reabsorção do Na+

que carreia água para o leito capilar auxiliando no aumento da pressão arterial

• Induz a liberação de ADH que aumenta a reabsorção de água.

http://www.uff.br/fisiovet/Fisiologia_Renal.pdf

4) Primeiramente, há a perda do tônus parassimpático (já que a resposta vagal é mais

rápida). Em seguida, há aumento do tônus simpático, com maior freqüência cardíaca e

aumento da força de contração do coração.

Aspectos fisiopatológicos

HAS

Aterosclerose

Isuficiência coronariana

Insuficiência cardíaca

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Diabetes

Chagas

O objetivo da regulação é manter uma pressão arterial média constante. Representa a pressão

de enchimento vascular. É a variável mais importante.

Centro vasoconstrictor, vasodilatador, cardio-inibidor.

Nervo de Hering (ramo do nervo glossofaríngeo que inerva o seio carotídeo) e glossofaríngeo

para transmissão de comandos dos barorreceptores para o SNC. Esses barorreceptores são

estimulados com a distensão. Essa informação chega aos centros cardio-inibidor e centro

vasomotor, estimulando e inibindo (respectivamente).

Quando há aumento da PA, há grande aferência para esses centros. Há ativação do centro

cardio inibidor e inibição do centro vasomotor, com diminuição da pressão arterial.

A invervação cardíaca é feita pelo simpático, que inerva todo o coração.

O parassimpático está mais presente na inervação dos nodos atrioventricular e sinoatrial.

As artérias somente possuem inervação simpática. No entanto, possuem receptores de

acetilcolina.

Estudar o sistema renina-angiotensina.

A alteração do fornecimento de nutrientes e gases para a célula, as próprias células passam a

liberar óxido nítrico para dilatação capilar.

A endotelina tem ação oposta. Promove vasoconstricção.

Isquemia tecidual importante faz com que o local não responda mais aos comandos

sistêmicos. Responde somente a fatores locais, com vasodilatação e diminuição de pressão

hidrostática.

Em estados de choque (isquemia), há quatro tipos de respostas básicas:

- aumento de fluxo sanguíneo;

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- aumento da captação de oxigênio do sangue fornecido. A produção local de lactato já

fornece uma diminuição do pH local;

- resposta metabólica, passando de aeróbico para anaeróbico; nesse momento, já há

liberação de mediadores locais.

- lesão das células;

- necrose.

As últimas são respostas locais. As duas primeiras, sistêmicas.

Na HAS, há uma doença vascular hipertensiva, com hipertrofia e hipertrofia da camada de

músculo liso do vaso. O mesmo acontece no coração. Hipertrofia, hiperplasia e deposição de

colágeno, com alteração da disposição das fibras. Há um aumento progressivo da área

cardíaca. Alteração da mecânica ventricular, com piora de sua função. É a remodelagem

miocárdica.

Fenômeno de reentrada: partes do miocárdio tenham vias de despolarização rápida e lenta.

Áreas de fibrose fazem com que o estímulo passe lentamente. A reentrada faz com que o

estímulo se perpetue em uma área do músculo. Gera arritmias.

O fluxo sanguíneo cerebral depende da pressão intracraniana.

Dissecção da aorta sangue perfura a camada íntima da aorta e cria dois lumens. Nesse caso,

é necessário reduzir rapidamente a pressão sanguínea.

Fisiologia Cardiovascular e Esforço Físico

Exercício é algo fisiológico. A condição de esforço é assim. Possuímos capacidades em reserva

para serem utilizadas quando de uma condição de esforço.

O exercício pode se comportar de maneira não fisiológica quando não estamos preparados

para realizá-lo.

Ajustes cardiovasculares alterações agudas

Adaptações cardiovasculares alterações dadas a longo prazo

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Cronicamente, há diferença significativa na mortalidade entre indivíduos que se exercitam e

que são sedentários. Geralmente, o que se altera é a parte cardiovascular.

Pouca intensidade de exercício pode ser muito benéfica para a saúde cardiovascular.

O máximo de desempenho pode estar associado a várias agressões à saúde.

Parece ser melhor ser gordinho ativo do que magrinho sedentário.

Por que a obesidade? Parece que a redução de movimento tenha sido a grande responsável

por isso. A redução da atividade física parece ter sido muito grande. A ingestão calórica parece

ter reduzido ao longo dos últimos anos.

Etiologia da obesidade: multifatorial, determinantes biológicos, determinantes

comportamentais.

Determinantes comportamentais:

- social

-cultural

- econômico

- histórico

Vivemos em um ambiente obesogênico.

No passado, o ambiente agredia muito a saúde (moradia, saneamento). Controle de doenças

infecto-parasitárias também passaram a ser mais bem controladas. Hoje em dia, o estilo de

vida é o principal fator determinante de diversas enfermidades.

Obesidade não depende somente de vontade. Parte de todo um contexto psicológico.

Uma parcela pequena da população irá adoecer e morrer cedo, independentemente do estilo

de vida. Há outros indivíduos que possuem vida longa e saúde por sofrerem pouca influência

do estilo de vida. No entanto, 80% da população tem a sua saúde dependente do estilo de

vida.

Obesidade indivíduo com IMC maior ou igual a 30.

A informação por si só não muda comportamento. É necessário que haja mudanças de hábitos.

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O movimento estressa o aparelho cardiovascular. Com isso, o risco é maior. No entanto, a

prática contínua de exercícios físicos oferece menos riscos do que o sedentarismo.

Exercício atividade feita com prescrição.

Atividade física qualquer movimento que envolva gasto energético maior do que o gasto do

repouso.

Atividade física mínima recomendada 30 minutos diários de atividade por, pelo menos, 5

dias da semana.

Quaisquer melhoras para um indivíduo que está sedentário representam grande aumento dos

benefícios.

Gráfico de sobrevivência.

Unidade MET taxa de equivalente metabólico. 1 MET corresponde ao uso de oxigênio no

repouso.

Relação entre capacidade física ao teste de esforço e longevidade.

Um indivíduo pouco ativo (que saiu do sedentarismo) apresenta uma diminuição de 66% dos

riscos.

Fatores de risco clássicos para doença cardiovascular: tabagismo, níveis altos de colesterol e

pressão arterial elevada.

Mudança de estilo de vida, em pré-diabéticos, tem um maior impacto sobre o não

desenvolvimento da enfermidade do que a metformina.

A recomendação é de 10000 passos diários.

Atividade moderada 3 a 6 METs. Eleva um pouco a freqüência cardíaca e a respiração, mas

mantém a capacidade de conversação.

Atividade intensa mais que 5 METs.

Exercício de força é indicado para a manutenção da saúde.

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Capacidade de força, flexibilidade, capacidade aeróbica...

Atividade aeróbica atividade realizada por longo período, com gasto energético menor do

que ele seria capaz. O grau de contração é muito menor do que o máximo que o indivíduo

poderia desenvolver. O tipo de contração muscular é dinâmica (ou isotônica).

Atividade anaeróbica grande intensidade, com grau máximo de contração muscular durante

o treinamento.

O aparelho cardiovascular sofre sobrecarga durante o esforço. Mas quais são as diferenças?

- no aeróbico, a sobrecarga cardiovascular é de volume. É a exigência de um DC alto

que modifica o aparelho cardiovascular.

- no anaeróbico, a sobrecarga sofrida pelo aparelho cardiovascular é de ajuste de

pressão.

No dinâmico, há ação da bomba muscular auxiliando o RV. FC, PAS e DP são aumentados e

compatíveis com o grau de esforço. PAD é estável.

No isométrico, há diminuição do fluxo local. A FC e PAS é relativamente maior. Há aumento da

PAD e o DP é relativamente maior.

No indivíduo que faz atividade isométrica, há aumento da resistência vascular periférica

importante, com repercussões hemodinâmicas. A pós-carga está aumentada. Com isso, o

miocárdio se torna cada vez mais espesso. Há hipertrofia ventricular esquerda, à custa de

aumento da espessura ventricular esquerda. O volume diastólico final tende a aumentar muito

pouco.

No indivíduo que faz atividade isotônica, a sobrecarga de volume demanda que haja aumento

da luz do ventrículo. Após o treinamento, há aumento da luz do ventrículo, com hipertrofia

ventricular esquerda. O volume diastólico final aumenta muito. Há pequeno aumento de

espessura ventricular.

DP duplo produto. “Duplo produto é uma medição estimativa de esforço cardíaco e de consumo de oxigênio pelo miocárdio. Seu valor é obtido pela multiplicação da frequência cardíaca (medida em bpm) pela pressão arterial sistólica (medida em mmHg). Os valores de referência para o duplo produto de um indivíduo variam em média entre 6.000 em repouso até 40.000 em exercícios exaustivos.”

A adaptação é específica ao tipo de estímulo.

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Em ambos, se espera uma bradicardia. No entanto, ela é mais fácil de ser percebida em

treinamentos aeróbicos.

Para perda de peso, realiza-se atividade de força e aeróbica. Isso porque, se há aumento

muscular, no repouso, o indivíduo passa a gastar mais energia do que gastaria.

Organismo tende a ter uma memória fisiológica para um exercício realizado.

Tanto a PAS quanto a PAD são influenciadas pelo DC e pela RVP. Só que a sistólica tem maior

relação com o DC e a PAD, com a RVP.

Se a RVP for diminuída, a tendência é que a PAD diminua. No exercício dinâmico, por exemplo,

a tendência é que a PAD diminua ou permaneça estável. A PAS tende a aumentar de maneira

proporcional ao aumento do trabalho.

No exercício de esforço, espera-se um aumento tanto da PAD quanto da PAS. Isso porque há

compressão mecânica dos vasos durante a contração muscular.

Muitas vezes, a restrição ao fluxo sanguíneo faz com que as fibras musculares entrem em

metabolismo anaeróbico, com produção de ácido lático.

Quanto maior o número de contrações, maior a demanda de oxigênio pelo miocárdio. Quanto

maior a resistência, maior a pós carga e a necessidade de trabalho pelo coração. Por isso que,

quando a RVP ou o DC aumentam, há aumento de DP.

O hipertenso também precisa realizar exercícios de força.

Conceito de duplo produto?

DP = FC x PAS

Estímulo aeróbico: aumento da atividade enzimática, aumento do tamanho e número de

mitocôndrias, aumento de glicogênio muscular, aumento da diferença arteriovenosa de O2,

aumento do volume sistólico, diminuição da FC de repouso. Hipertrofia ventricular esquerda

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(com aumento do volume diastólico final), de caráter excêntrico e algum tipo excêntrico

(quando o exercício é mal realizado), aumento da espessura do VE e aumento da sensibilidade

à insulina.

Estímulo anaeróbico: aumento da atividade enzimática, aumento da reserva de ATP, aumento

da resistência à acidose e capacidade de remoção do ácido lático. Hipertrofia ventricular

esquerda, com algum aumento do volume diastólico final (não aumenta mais devido ao

aumento da pós-carga), aumento grande da espessura do VE (aumento concêntrico).

Aumento do volume diastólico final faz com que a freqüência cardíaca de repouso seja

diminuída.

O crescimento concêntrico do miocárdio pode gerar diminuição do volume diastólico final,

diminuição do débito cardíaco e aumento da freqüência cardíaca.

Além disso, há um limite de crescimento do coração. Se o coração cresce muito, o ponto de

pré-estiramento das fibras cardíacas pode ser ultrapassado, com diminuição da força de

contração do coração.

Agudamente, o aparelho cardiovascular deve se ajustar: aumento do DC (com aumento do VS

e da FC). O volume sistólico depende do retorno venoso e da contratilidade cardíaca. O

organismo diminui o volume sistólico final e aumenta o diastólico final. O volume sistólico final

depende da contratilidade e da RVP. O volume diastólico final depende do retorno venoso e do

sistema venoso.

Em um teste de esforço progressivo, há aumento linear do DC com a carga de trabalho. Há

também aumento da demanda de oxigênio.

O volume sistólico tende a atingir um platô. Ele estabiliza. Significa que, na metade da

capacidade de esforço, o volume sistólico já é máximo ou quase máxima. Então, para haver

aumento do DC, é necessário aumentar a FC.

Quando há diminuição do tempo de ciclo cardíaco, há um encurtamento do período de

diástole, já que corresponde à maior parte.

Taquicardia paroxística aumento excessivo da freqüência cardíaca a ponto de prejudicar o

enchimento ventricular.

A freqüência cardíaca máxima não se altera com o treinamento. É dependente da espécie.

Uma estimativa seria:

FCmáxima = 220 – idade

Page 16: Terceiro Módulo de Fisiologia Cardiovascular · Também existe um sistema extra-adrenal, de grupos de células neuroendócrinas amplamente distribuídas: células do coração, fígado,

Diogo Araujo – Med 92

Do Diogo: -90bpm.

Teste submáximo é quando se atinge 85% da FC máxima.

Meow =*.*=

Bomba respiratória facilita no retorno venoso. A inspiração profunda facilita o retorno

venoso. A expiração dificulta.

Manobra de Valsalva força expiratória sem deixar o ar sair.

É feita durante o exercício. Apresenta grande repercussão cardiovascular. Dificulta o retorno

venoso de forma marcante. O volume sistólico diminui. Pelo barorreflexo, a queda de pressão

é sentida, com forte taquicardia.

Quando o sangue é solto, todo o sangue que tenta voltar entra na caixa torácica e aumenta o

RV e o VS de forma abrupta. Com isso, há uma tendência contrária de aumento acentuado da

PA. É o rebote de pressão. A freqüência tende a cair.

Exercícios depois de alimentação não devem ser realizados porque há dupla carga sobre o

sistema cardiovascular.

- circulação no aparelho digestório

- estresse térmico em intensidades muito altas de exercício, fica difícil trocar calor

com o ambiente.

Durante o esforço, há uma retirada da ação vagal (retirada rápida). Depois, há um aumento

mais tardio da atividade simpática.

O vago promove arritmias sinusais de acordo com a respiração, arritmia provocada pelo vago.

Quando em posição ortostática, há uma ativação simpática e diminuição da ação vagal. A

oscilação diminui.

Baixa modulação autonômica favorece o risco de doenças cardiovasculares.

O exercício feito antes do limiar anaeróbico parece ser mais seguro por ter uma modulação

autonômica muito maior do que no exercício anaeróbico.

Diogo
Nota
Não liguem pros comentários aleatórios nas anotações. É coisa da Marcela e já da falta de vontade de entender a aula. haha