teoria geral dos recusos

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TEORIA GERAL DOS RECURSOS CONCEITO/FUNDAMENTOS E DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO/PRINCÍPIOS RECURSAIS/IMPEDIMENTOS/PRESSUPOSTOS RECURSAIS/CONDIÇÕES E REQUSISITOS/EFEITOS/EXTINÇAO/ QUESTÕES

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Page 1: Teoria geral dos recusos

TEORIA GERAL DOS RECURSOS

CONCEITO/FUNDAMENTOS E DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO/PRINCÍPIOS

RECURSAIS/IMPEDIMENTOS/PRESSUPOSTOS RECURSAIS/CONDIÇÕES E

REQUSISITOS/EFEITOS/EXTINÇAO/ QUESTÕES

Page 2: Teoria geral dos recusos

CONCEITO/NATUREZA JURÍDICA

1. Direito de ação ou de defesa (majoritária): continuidade da relação jurídica processual que ainda persiste;

2. Nova ação dentro do mesmo processo;

3. Qualquer meio destinado a obter a reforma de uma decisão = ações de impugnação;

Recurso é o meio voluntário destinado a impugnação das decisões , afigurando-se como remédio de combate a determinado provimento, dentro da mesma relação jurídica processual, propiciando a sua re-análise;

Page 3: Teoria geral dos recusos

Fundamentos e Duplo Grau de Jurisdição

A doutrina processual aduz, quase que unanimemente, que os recursos têm por fundamentos “a necessidade psicológica do vencido, a falibilidade humana do julgador e as razões históricas do próprio direito”;

Page 4: Teoria geral dos recusos

Princípios Recursais

1. Voluntariedade; 2. Taxatividade; 3. Unirrecorribilidade; 4. Fungibilidade; 5. Vedação da Reformatio in Pejus; 6. Conversão; 7. Complementaridade; 8. Suplementaridade;

Page 5: Teoria geral dos recusos

Impedimentos

Alguns fatores podem obstar o recebimento ou a tramitação regular do recurso, traduzindo-se em verdadeiros impedimentos:

1. Desistência;

2. Renúncia;

3. Deserção;

Page 6: Teoria geral dos recusos

Pressupostos Recursais

1. Previsão Legal: os recursos são aqueles expressamente gizados na lei;

2. Forma prescrita em lei;

3. Tempestividade: diz respeito ao prazo dos recursos;

Page 7: Teoria geral dos recusos

Condições Recursais/Requisitos de Admissibilidade Recursal

Pressupostos Objetivos: 1. Cabimento; 2. Adequação; 3. Tempestividade;

Pressupostos Subjetivos: 1. Interesse da parte; 2. Legitimidade;

Page 8: Teoria geral dos recusos

Efeitos Recursais

1. Devolutivo: o recurso “entrega”(“devolve”) a matéria recorrida para ser apreciada pelo órgão superior;

2. Suspensivo: o recurso suspende a produção de efeitos da decisão impugnada;

3. Regressivo: a lei autoriza o juízo de retratação para o mesmo órgão que proferiu a decisão;

4. Extensivo: efeito de aproveitamento quando em hipótese de concurso de agentes;

Page 9: Teoria geral dos recusos

Extinção dos Recursos

Antes de serem julgados pelo juízo ou tribunal ad quem:

1. Deserção; 2. Desistência;

Quando o recurso interposto é admitido pelo juízo de primeiro grau;

Page 10: Teoria geral dos recusos

Questões:

1. (AUDITOR TCE AM/2007) A parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro,

A) se tiver agido de boa-fé, mesmo que tenha se esgotado o prazo do recurso adequado;

B) se tiver agido de boa-fé e se ainda não tiver se esgotado o prazo do recurso adequado;

C) se não tiver agido de boa-fé, mas ainda não tiver se esgotado o prazo do recurso adequado;

D) mesmo que não tenha agido de boa-fé e tenha se esgotado o prazo do recurso adequado;

E) exceto se o rito processual de sua tramitação for diferente do rito adequado.

Page 11: Teoria geral dos recusos

Questões:

2. (JUIZ/TJ/SP/2006) ARNALDO foi condenado por um roubo simples consumado à pena de 3 (três) anos de reclusão, abaixo, pois, do mínimo legal. O MP não opôs embargos de declaração e não apelou. O Tribunal, examinando o recurso da defesa e constatando o erro, pode corrigir a pena?

A) não porque a medida implicaria a reformatio in pejus; B) sim, porque todo erro material constatado na sentença pode

ser suprido a qualquer tempo, não caracterizando a correção a reformatio in pejus;

C) sim, porque a sentença está em desacordo com a lei, razão suficiente para a alteração, considerando que o descumprimento desta não tem o condão de gerar direitos ou sacramentar vícios;

D) não, porque a hipótese não retrata erro, mas o exercício da livre e plena discricionariedade do Magistrado na aplicação da pena, segundo seu convecimento, independentemente da observância dos limites estampados no tipo;

Page 12: Teoria geral dos recusos

Questões

3. (MPE TO – PROMOTOR PÚBLICO/2006) Rogério interpôs recurso especial perante o STF, quando deveria tê-lo feito para o STJ. O STF, diante de tal fato, converteu para o STJ o endereçamento que lhe tinha sido feito, encaminhando o recurso àquele órgão. Nessa situação, o STF aplicou o princípio recursal da:

A) voluntariedade; B) conversão; C) fungibilidade; D) unirrecorribilidade;

Page 13: Teoria geral dos recusos

Comentários

1. Fungibilidade: não havendo erro grosseiro ou má-fé na interposição de um recurso equivocado, e sendo atendido o prazo do recurso que seria cabível, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro, devendo o juíz mandar processá-la em conformidade com o rito do recurso que seria cabível (art. 579, do CPP); “B”;

2. Vedação da Reformatio in Pejus: equivalente a proibição de que a parte que recorreu tenha contra si prolatada uma nova decisão, em virtude da reforma do julgado recorrido, que venha a piorar sua situação; “A”;

3. Conversão: a parte não será prejudicada pelo endereçamento errado do recurso, cabendo ao tribunal incompetente para o qual o recurso foi endereçado remeter os autos ao órgão competente para apreciá-lo; “B”;