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TEORIA DO TEORIA DO CONHECIMENTOCONHECIMENTO

CONHECIMENTO: em busca de um conceito. Antiguidade:

Filosofia como ciência: conhecimento das coisas pelas causas.

Sócrates Platão Aristóteles

CONHECIMENTO: em busca de um conceito.

SÓCRATES(469 – 399 a. C.)

Pesquisou: o bem, a beleza e a virtude.

Conclusão: o sábio sabe que não sabe. Conhece-te a ti mesmo !

Conhecimento: sensível e intelectual Conceitos, verdades, princípios, leis: somente o último é objeto da ciência

Jacques-Louis David, A morte de Sócrates


PLATÃO (427 – 347 a. C.)

•Estuda o conhecimento do estadista, do filósofo e do poeta (conhecimento prático)

•Base de sua filosofia: relação entre conceito e realidade

•Além do mundo fenomênico: •FORMAS: realidades objetivas

•modelos, arquétipos eternos de que as coisas visíveis são cópias imperfeitas e fugazes.


ARISTÓTELES(384-322 a.C.)

“o conhecimento só acontece quando sabemos qual a causa e o motivo dos fenômenos”.

Surge da necessidade descobrir princípios explicativos.

Resulta da Investigação. Identificação da Dúvida. Conhecimento existente não basta. Precisamos de uma resposta para a dúvida. Resposta tem que oferecer provas de

segurança.


IDADE MODERNA – Nascimento da ciência “moderna”. CONTEXTO:

Sociedade pós-feudal: Navegação, comércio, manufatura Pré-condições para o capitalismo

Afirmação da burguesia mercantil Formação dos Estados Nacionais Afirmação das línguas nacionais Valorização do trabalho: homo faber Teocentrismo -> Antropocentrismo KOYRÉ: - inspiração retórica e não científica Uma das épocas menos críticas da hist ória Época da mais grosseira superstição Crença na magia e feitiçaria Destruição da síntese Aristotélica

“[…] que obra de arte é o homem!”(Shakespeare)

A criação de Adão (Michelângelo)

CONHECIMENTO: em busca de um conceito.IDADE MODERNA – Nascimento da ciência “moderna”.

GALILEU GALILEI (1564 – 1642)

Antes, dois mundos opostossupralunar (astros perfeitos) & sublunar

A Terra tem montanhas em virtude do pecado dos homens

Cosmos finito com centro na Terra peso da autoridade do passado (filosófica /

religiosa) Verdade concebida sem instrumentos Cria a luneta astronômica Descobre montanhas lunares; Confirma heliocentrismo de Copérnico Contesta falsos aristotélicos Meta da pesquisa científica: quantificar


IDADE MODERNA – Nascimento da ciência “moderna”.

GALILEU GALILEI (1564 – 1642)

Quatro momentos do método:

Observação Tradução em linguagem matemática Hipótese explicativa (momento teórico) Verificação desta (experimentação)

Dos fatos à idéia e desta aos fatos

“dissolução do cosmos”: universo aberto Não mais o Céu & a Terra Todas as coisas no mesmo nível do ser


IDADE MODERNA – Nascimento da ciência “moderna”.

GALIELU GALILEI (1564 – 1642)Depois de Galileu:

A ciência moderna impôs a dissociação, o divórcio entre as realidades e os valores…a realidade estudada pelo sábio não se dá conta de nossa preferência: é indiferente ao bem e ao mal…mas nada nos assegura que o mundo humano e o universo da ciência possam viver separadamente um do outro, em boa harmonia


Francis Bacon (1561-1626)

•Experiência: única fonte do conhecimento

•Um dos fundadores do método indutivo

•“Saber é poder”: natureza a serviço do homem

•libertação dos preconceitos e erros (ídolos): cultura diferente, linguagem não exata, tradição

•Observação dos fenômenos: tábua da presença, tábua de ausência e tábua dos graus

•Hipótese -> fenômeno

•Indução moderna ou científica


Francis Bacon (1561-1626)

Listou os “ídolos da mente” a obstruir o caminho para o raciocínio cientificamente correto. São eles:

1. Ídolos da tribo: preconceitos (humanos percebem mais ordem e regularidade em sistemas que de fato existem)

2. Ídolos da caverna: fraquezas pessoais causadas por particularidades da personalidade, dos gostos pessoais

3. Ídolos do lugar de mercado: confusões no uso da linguagem

4. Ídolos do teatro: uso de sistemas filosóficos que incorporaram métodos errados (por exemplo: influência de filósofos como Aristóteles e das religiões principais sobre a ciência)


René Descartes (1596 – 1650)

Argumento da cera: um pedaço tem forma, textura, tamanho, cor, odor, gosto, etc., perto de uma chama, tudo isto se altera. Entretanto, continua sendo cera. Portanto, não posso mais usar meus sentidos, senão a mente.Portanto: o que eu achava ter visto com meus olhos, eu somente captei com minha faculdade de julgamento, que está na minha mente.


• Método matemático – dedutivo (geral ->particular)

• Descarta a percepção• Só o fato de que eu penso é que

não se pode negar; Penso, logo existo

• Ressalta contraste entre matemática e filosofia

• Superioridade do método matemático: evidência, análise, síntese e enumeração

• Funda o pensamento racionalista moderno

René Descartes (1596 – 1650)

Baruch Spinoza (1632-1677)

Graus de conhecimento:

Imaginação: fragmentário, insuficiente, individual

Razão: dedutivo das leis gerais e princípios comuns mais perfeitos

Intuição: representa as coisas com características de eternidade

Vide (REALE, 2000, p. 131-141)


Isaak Newton (1642-1727)

•Elegeu o método indutivo-experimental de Galileu como aquele capaz de explicar os fatos numa física que alia os procedimentos do cálculo matemático à experiência•Formulou uma a primeira grande teoria na física.•Das explicações organizadas conforme o método científico surgiram todas as ciências naturais


Immanuel Kant (1724-1804)

“arrisque saber”: mediaçãoracionalismo / empiricismo “conceitos sem intuições são vazios, intuições sem conceitos são cegas”


Conhecimento Científico: arqueologia de um conceito.

HistoriandoHistoriando

Resgatando-se Resgatando-se a origema origem das discussões sobre o das discussões sobre o conhecimento, observam-se quatro grandes correntes conhecimento, observam-se quatro grandes correntes que trataram deste assunto: 1) racionalismo; que trataram deste assunto: 1) racionalismo; 2) empirismo; 3) intelectualismo; e 4) apriorismo.2) empirismo; 3) intelectualismo; e 4) apriorismo.O racionalismoO racionalismo trata o conhecimento baseado na razão; trata o conhecimento baseado na razão; segundo seus defensores, o conhecimento baseava-se segundo seus defensores, o conhecimento baseava-se na lógica e na validade universal.na lógica e na validade universal.O empirismoO empirismo, contrário ao racionalismo, afirma que o , contrário ao racionalismo, afirma que o conhecimento derivava-se da experiência. A construção conhecimento derivava-se da experiência. A construção de conhecimento iniciava-se com fatos concretos. de conhecimento iniciava-se com fatos concretos. O intelectualismoO intelectualismo tenta mediar e estabelecer uma tenta mediar e estabelecer uma relação entre o racionalismo e o empirismo, enfatizando relação entre o racionalismo e o empirismo, enfatizando a importância de ambas as formas de construção de a importância de ambas as formas de construção de conhecimento.conhecimento.O apriorismoO apriorismo também estabelece uma relação entre o também estabelece uma relação entre o racionalismo e o empirismo, pois considera tanto a racionalismo e o empirismo, pois considera tanto a experiência quanto o pensamento como fontes de experiência quanto o pensamento como fontes de conhecimento.conhecimento.

Fonte: Hessen - 2000Fonte: Hessen - 2000

HistoriandoHistoriandoPode-se afirmar que existem cinco grandes formas de Pode-se afirmar que existem cinco grandes formas de entender a entender a relação entre o sujeito e o objetorelação entre o sujeito e o objeto, visando à , visando à construção de conhecimento: a) objetivismo; b) construção de conhecimento: a) objetivismo; b) subjetivismo; c) realismo; d) idealismo; e e) fenomenalismo.subjetivismo; c) realismo; d) idealismo; e e) fenomenalismo.O objetivismoO objetivismo, defende que o objeto determina o sujeito e , defende que o objeto determina o sujeito e influencia na construção de conhecimento do sujeito.influencia na construção de conhecimento do sujeito.O subjetivismo, contrário ao objetivismo, defende que a O subjetivismo, contrário ao objetivismo, defende que a construção de conhecimento se dá no próprio sujeito construção de conhecimento se dá no próprio sujeito (consciência em geral), pois é o próprio sujeito que produz (consciência em geral), pois é o próprio sujeito que produz e dá forma ao objeto.e dá forma ao objeto.O realismoO realismo sustenta a tese de que o objeto existe sustenta a tese de que o objeto existe independentemente do sujeito. A independência dos independentemente do sujeito. A independência dos objetos, em relação à consciência do homem é real, uma objetos, em relação à consciência do homem é real, uma vez que o objeto pode modificar-se independentemente da vez que o objeto pode modificar-se independentemente da ação do homem. ação do homem. O idealismoO idealismo, contrário ao realismo, defende que não , contrário ao realismo, defende que não existem objetos reais, independentes da consciência do existem objetos reais, independentes da consciência do homem, mas sim como um produto do pensamento do homem, mas sim como um produto do pensamento do homem. homem. O fenomenalismoO fenomenalismo estabelece uma relação entre o realismo e estabelece uma relação entre o realismo e o idealismo, pois considera que os objetos existem por meio o idealismo, pois considera que os objetos existem por meio da nossa consciência, mais do que isso, é moldado pela da nossa consciência, mais do que isso, é moldado pela própria consciência do sujeito.própria consciência do sujeito.Fonte: Hessen - 2000Fonte: Hessen - 2000

Conhecimento/SujeitoConhecimento/Sujeito

““Conhecimento quer dizer Conhecimento quer dizer uma relação entre sujeito e uma relação entre sujeito e objeto. O verdadeiro objeto. O verdadeiro problema do conhecimento, problema do conhecimento, portanto, coincide com a portanto, coincide com a questão sobre a relação questão sobre a relação entre sujeito e objeto”entre sujeito e objeto”

Fonte: Hessen - 2000Fonte: Hessen - 2000

““Conhecer comporta Conhecer comporta ‘informação’, ou seja, ‘informação’, ou seja, possibilidade de responder possibilidade de responder incertezas, mas o incertezas, mas o conhecimento não se reduz a conhecimento não se reduz a informações; ele precisa de informações; ele precisa de estruturas teóricas para dar estruturas teóricas para dar sentido às informações [...]”sentido às informações [...]”

Fonte: Morin - 2003Fonte: Morin - 2003


Entende-se conhecimento como aquele Entende-se conhecimento como aquele gerado por um sujeito cognoscente, é gerado por um sujeito cognoscente, é único, dependente de estruturas teóricas único, dependente de estruturas teóricas e práticas que possibilitarão sua e práticas que possibilitarão sua construção. O sujeito acessa o construção. O sujeito acessa o conhecimento cumulativo (ciência), conhecimento cumulativo (ciência), construído por outros e, com base na construído por outros e, com base na própria capacidade de apreensão, análise própria capacidade de apreensão, análise e reflexão, gera novo conhecimento. No e reflexão, gera novo conhecimento. No entanto, acredita-se que o conhecimento entanto, acredita-se que o conhecimento somente será de fato construído, com sua somente será de fato construído, com sua socialização aos outros. Esta dinâmica é socialização aos outros. Esta dinâmica é que permite ao outro e ao próprio sujeito que permite ao outro e ao próprio sujeito cognoscente conhecer o conhecimento e, cognoscente conhecer o conhecimento e, portanto, consolidar e disponibilizar o portanto, consolidar e disponibilizar o ‘novo’ conhecimento.‘novo’ conhecimento.


O conhecimento científico depende O conhecimento científico depende essencialmente do sujeito essencialmente do sujeito cognoscente, pois ele estabelecerá a cognoscente, pois ele estabelecerá a relação entre o conhecimento relação entre o conhecimento cumulativo, no âmbito universal, e o cumulativo, no âmbito universal, e o seu próprio conhecimento de seu próprio conhecimento de mundo, possuindo capacidade de mundo, possuindo capacidade de assimilação e reflexão próprias, assimilação e reflexão próprias, características que permitem características que permitem recortes e vínculos específicos e recortes e vínculos específicos e únicos. Levado por elucubrações o únicos. Levado por elucubrações o sujeito cognoscente será capaz de sujeito cognoscente será capaz de construir novo conhecimento.construir novo conhecimento.

Conhecimento Conhecimento CientíficoCientífico

A ciência é um conjunto de conhecimentos A ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, constituídos de um sistema racionais, constituídos de um sistema conceitual, que engloba definições, hipóteses e conceitual, que engloba definições, hipóteses e leis de uma determinada especialidade. Esse leis de uma determinada especialidade. Esse conjunto pode ser qualificado como conjunto pode ser qualificado como conhecimento racional e provável, ou seja, não conhecimento racional e provável, ou seja, não existe a verdade absoluta, não existe o infalível, existe a verdade absoluta, não existe o infalível, quando tratamos de construção de quando tratamos de construção de conhecimento científico e ciência. Outro aspecto, conhecimento científico e ciência. Outro aspecto, refere-se ao modo com que se constrói refere-se ao modo com que se constrói conhecimento científico, ou seja, é necessário conhecimento científico, ou seja, é necessário processar um conjunto de ações de forma lógica processar um conjunto de ações de forma lógica e metódica. Além disso, enfatiza-se a e metódica. Além disso, enfatiza-se a importância da sistematização do conhecimento importância da sistematização do conhecimento construído, para que seja, de fato, considerada construído, para que seja, de fato, considerada ciência.ciência.

Fonte: Ander-Egg - 1983Fonte: Ander-Egg - 1983

Conhecimento Conhecimento CientíficoCientífico

Classificação da Ciência no Classificação da Ciência no CNPqCNPq

Fonte: CNPq - 2006Fonte: CNPq - 2006

REFERÊNCIAS

HESSEN, J. Teoria do conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 177p.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1983. 231p.

MORIN, E. Ciência com consciência. 7.ed. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2003. 344p.

teoria do conhecimento. conhecimento: em busca de um conceito. antiguidade: filosofia como ciência:...

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