teoria da nova história

14
Teoria da Nova História Trabalho da disciplina Teorias Contemporâneas de Jornalismo, ministrada pelo professor Jacir Alfonso Zanatta, produzido pelos estudantes de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), de Campo Grande (MS): -Ben-Hur Oliveira -Júlia Aguiar -Maria Izabel Costa

Upload: ben-oliveira

Post on 07-Jul-2015

4.034 views

Category:

Technology


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: Teoria da nova história

Teoria da Nova História

Trabalho da disciplina Teorias Contemporâneas deJornalismo, ministrada pelo professor Jacir AlfonsoZanatta, produzido pelos estudantes de ComunicaçãoSocial com Habilitação em Jornalismo, da UniversidadeCatólica Dom Bosco (UCDB), de Campo Grande (MS):

-Ben-Hur Oliveira

-Júlia Aguiar

-Maria Izabel Costa

Page 2: Teoria da nova história

Introdução

Por quê é importante estudar as teorias do jornalismo?

- Entender

- Refletir

- Debater

Contribuir com uma atividade jornalística quecumpra com os seus reais objetivos com asociedade.

Cada vez mais a importância da função dojornalista é questionada. É necessário deixar delado a posição de mero reprodutor e tornar-seum intelectual.

questões voltadas ao fazer jornalístico

Page 3: Teoria da nova história

Até que ponto podemos confiar nos relatos

históricos e jornalísticos?

O imediatismo, a subjetividade, o

sensacionalismo e as lacunas são alguns dos

problemas que os teóricos da Nova História

criticam e que necessitam de uma nova atitude

dos profissionais da área.

Page 4: Teoria da nova história

Michel de Certeau(1925-1986)

Francês.

Filósofo, historiador e teólogo.

Foi um dos principais teóricos da

Teoria da Nova História.

Publicou trabalhos na área de

História, Lingüística, Antropologia e

Psicanálise e acreditava na

multidisciplinariedade.

Page 5: Teoria da nova história

Nova História A Nova História é uma nova concepção da

história surgida na Escola dos Anais, na França.

A teoria da Nova História vai contra o positivismo, que pregava pelos seus seguidores a neutralidade e a explicação do conhecimento por si mesmo (verdade única, sem questionamentos).

“O Positivismo reduz o papel do homem enquanto ser pensante, crítico, para um mero coletor de informações e fatos presentes nos documentos”

“Os fatos históricos falam por si mesmos” - Coulanges, historiador francês positivista.

Revista Annales d’histoire

économique et sociale,

criada por Marc Bloch e

Lucien Febvre

Page 6: Teoria da nova história

Nova História

Falência da história positivista: alcançar a verdade dos

fatos, oculta nos documentos oficiais, e narrá-los com

objetividade e imparcialidade.

De acordo com o jornalista Felipe Pena, os teóricos da

Nova História defendiam uma nova atitude dos

historiadores diante dos acontecimentos. Originalmente

criada para a história, a teoria também pode ser

aplicada ao jornalismo.

É preciso questionar fontes, arquivos e até documentos

considerados oficiais.

Page 7: Teoria da nova história

Nova História

Teórico da Nova História, Michel de Certeau debate

sobre a necessidade de refletir a produção dos fatos e

de se pensar na construção do discurso. O teórico

acredita que a história é a arte da encenação e que

esta pode-se relacionar com o lugar social, a análise

científica e a forma do texto construída.

A história e o jornalismo não reconstituem a verdade,

somente tentam interpretá-la.

Ainda de acordo com Certeau, além de escrever para o

público, os historiadores e jornalistas escrevem para os

profissionais de seu próprio grupo, seguindo preceitos

e padronizações estabelecidas

Page 8: Teoria da nova história

Nova História

A história é cheia de lacunas, há buracos gigantescos

em torno de fins de um período e inícios de outro.

História e jornalismo estão relacionados, logo os

jornalistas seguem a mesma lógica dos historiadores e

também não conseguem revelar todos os fatos

acontecidos.

Page 9: Teoria da nova história

Case

Marilyn Monroe

O suicídio de Marilyn Monroe e a

influência da mídia. A morte da

mulher mais bonita e polêmica da

época tornou-se um acontecimento

histórico.

Nessa história biográfica paira o

desconhecido, há varias lacunas.

A investigação jornalística, hoje,

descobriria fatos que, talvez,

pudesse mudar a história política

dos Estados Unidos. Diversas biografias e

documentários produzidos

sobre Marilyn Monroe.

Page 10: Teoria da nova história

Nova História

Segundo os historiadores, os jornalistas por estarem

envolvidos com a temporalidade dos acontecimentos

tornam-se praticante e reflexo destes, aproximando-se

dos problemas „imediatistas‟

“O desconhecimento do final da história, o excesso de

informações, a falta de confiabilidade das fontes e a

impossibilidade de acesso a alguns arquivos”,

exemplifica Felipe Pena.

Page 11: Teoria da nova história

Nova História

Para Pena, a fronteira entre imaginário e real, evento e

cotidiano caminha para a dissolução, forçando o

jornalista a pensar em formas alternativas de

representação do acontecimento.

Para se criar (história e biografia) faz-se necessário

pensar sobre os critérios, as metodologias, no discurso

e a possibilidade de análise.

Page 12: Teoria da nova história

Nova História

Refletir é fundamental para o jornalismo, porém na

rotina dentro das redações os jornalistas têm o mínimo

espaço e tempo para isto.

Uma visão falaciosa, como afirma o historiador Fernand

Braudel, para quem o tempo curto é a mais caprichosa,

a mais enganadora das durações.

Os teóricos da Nova História criticam o imediatismo, a

superficialidade e a forma de abordagem dos

historiadores e jornalistas e acreditam que é necessário

manter uma postura de análise e reflexão por meio de

um fazer crítico.

Page 13: Teoria da nova história

Conclusão

A história e o jornalismo andam interligados por "fatos“,

por vezes, citados de forma tão veloz, que detalhes são

esquecidos, ou até mesmo, trocados.

A Teoria da Nova História entra em ação para que

possamos nos perguntar até que ponto o que está

escrito pode ser aceito como verdade.

Isso nos faz perceber que na maioria das vezes os

"fatos" podem ser apenas "histórias". Uma visão

falaciosa e interpretada de uma forma diferente da

visão que temos dos acontecimentos. Por isso, tanto o

Jornalismo como a História podem ser consideradas

reflexos dos acontecimentos.

Page 14: Teoria da nova história

Bibliografia

PENA, Felipe. Teoria do jornalismo. 2. ed. São Paulo: Contexto,

2006. 235 p.

Michel de Certeau e a Pós-Modernidade:

ensaio sobre pós-modernidade, História e impacto acadêmico

http://www.klepsidra.net/klepsidra24/certeau.htm

O Positivismo, Os Annales e a Nova História

http://www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.html