teoria da nova história
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Teoria da Nova História
Trabalho da disciplina Teorias Contemporâneas deJornalismo, ministrada pelo professor Jacir AlfonsoZanatta, produzido pelos estudantes de ComunicaçãoSocial com Habilitação em Jornalismo, da UniversidadeCatólica Dom Bosco (UCDB), de Campo Grande (MS):
-Ben-Hur Oliveira
-Júlia Aguiar
-Maria Izabel Costa
Introdução
Por quê é importante estudar as teorias do jornalismo?
- Entender
- Refletir
- Debater
Contribuir com uma atividade jornalística quecumpra com os seus reais objetivos com asociedade.
Cada vez mais a importância da função dojornalista é questionada. É necessário deixar delado a posição de mero reprodutor e tornar-seum intelectual.
questões voltadas ao fazer jornalístico
Até que ponto podemos confiar nos relatos
históricos e jornalísticos?
O imediatismo, a subjetividade, o
sensacionalismo e as lacunas são alguns dos
problemas que os teóricos da Nova História
criticam e que necessitam de uma nova atitude
dos profissionais da área.
Michel de Certeau(1925-1986)
Francês.
Filósofo, historiador e teólogo.
Foi um dos principais teóricos da
Teoria da Nova História.
Publicou trabalhos na área de
História, Lingüística, Antropologia e
Psicanálise e acreditava na
multidisciplinariedade.
Nova História A Nova História é uma nova concepção da
história surgida na Escola dos Anais, na França.
A teoria da Nova História vai contra o positivismo, que pregava pelos seus seguidores a neutralidade e a explicação do conhecimento por si mesmo (verdade única, sem questionamentos).
“O Positivismo reduz o papel do homem enquanto ser pensante, crítico, para um mero coletor de informações e fatos presentes nos documentos”
“Os fatos históricos falam por si mesmos” - Coulanges, historiador francês positivista.
Revista Annales d’histoire
économique et sociale,
criada por Marc Bloch e
Lucien Febvre
Nova História
Falência da história positivista: alcançar a verdade dos
fatos, oculta nos documentos oficiais, e narrá-los com
objetividade e imparcialidade.
De acordo com o jornalista Felipe Pena, os teóricos da
Nova História defendiam uma nova atitude dos
historiadores diante dos acontecimentos. Originalmente
criada para a história, a teoria também pode ser
aplicada ao jornalismo.
É preciso questionar fontes, arquivos e até documentos
considerados oficiais.
Nova História
Teórico da Nova História, Michel de Certeau debate
sobre a necessidade de refletir a produção dos fatos e
de se pensar na construção do discurso. O teórico
acredita que a história é a arte da encenação e que
esta pode-se relacionar com o lugar social, a análise
científica e a forma do texto construída.
A história e o jornalismo não reconstituem a verdade,
somente tentam interpretá-la.
Ainda de acordo com Certeau, além de escrever para o
público, os historiadores e jornalistas escrevem para os
profissionais de seu próprio grupo, seguindo preceitos
e padronizações estabelecidas
Nova História
A história é cheia de lacunas, há buracos gigantescos
em torno de fins de um período e inícios de outro.
História e jornalismo estão relacionados, logo os
jornalistas seguem a mesma lógica dos historiadores e
também não conseguem revelar todos os fatos
acontecidos.
Case
Marilyn Monroe
O suicídio de Marilyn Monroe e a
influência da mídia. A morte da
mulher mais bonita e polêmica da
época tornou-se um acontecimento
histórico.
Nessa história biográfica paira o
desconhecido, há varias lacunas.
A investigação jornalística, hoje,
descobriria fatos que, talvez,
pudesse mudar a história política
dos Estados Unidos. Diversas biografias e
documentários produzidos
sobre Marilyn Monroe.
Nova História
Segundo os historiadores, os jornalistas por estarem
envolvidos com a temporalidade dos acontecimentos
tornam-se praticante e reflexo destes, aproximando-se
dos problemas „imediatistas‟
“O desconhecimento do final da história, o excesso de
informações, a falta de confiabilidade das fontes e a
impossibilidade de acesso a alguns arquivos”,
exemplifica Felipe Pena.
Nova História
Para Pena, a fronteira entre imaginário e real, evento e
cotidiano caminha para a dissolução, forçando o
jornalista a pensar em formas alternativas de
representação do acontecimento.
Para se criar (história e biografia) faz-se necessário
pensar sobre os critérios, as metodologias, no discurso
e a possibilidade de análise.
Nova História
Refletir é fundamental para o jornalismo, porém na
rotina dentro das redações os jornalistas têm o mínimo
espaço e tempo para isto.
Uma visão falaciosa, como afirma o historiador Fernand
Braudel, para quem o tempo curto é a mais caprichosa,
a mais enganadora das durações.
Os teóricos da Nova História criticam o imediatismo, a
superficialidade e a forma de abordagem dos
historiadores e jornalistas e acreditam que é necessário
manter uma postura de análise e reflexão por meio de
um fazer crítico.
Conclusão
A história e o jornalismo andam interligados por "fatos“,
por vezes, citados de forma tão veloz, que detalhes são
esquecidos, ou até mesmo, trocados.
A Teoria da Nova História entra em ação para que
possamos nos perguntar até que ponto o que está
escrito pode ser aceito como verdade.
Isso nos faz perceber que na maioria das vezes os
"fatos" podem ser apenas "histórias". Uma visão
falaciosa e interpretada de uma forma diferente da
visão que temos dos acontecimentos. Por isso, tanto o
Jornalismo como a História podem ser consideradas
reflexos dos acontecimentos.
Bibliografia
PENA, Felipe. Teoria do jornalismo. 2. ed. São Paulo: Contexto,
2006. 235 p.
Michel de Certeau e a Pós-Modernidade:
ensaio sobre pós-modernidade, História e impacto acadêmico
http://www.klepsidra.net/klepsidra24/certeau.htm
O Positivismo, Os Annales e a Nova História
http://www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.html