teoria da contabilidade. capítulo 5 - ativo objetivos do aprendizado definição de ativo o...
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Teoria da Contabilidade
Teoria da Contabilidade
Capítulo 5 - Ativo
Objetivos do Aprendizado
Definição de Ativo
O processo de Reconhecimento do
Ativo
A forma como é feita a mensuração
do ativo
Teoria da Contabilidade – Jorge Katsumi Niyama e César Augusto Tibúrcio Silva – Capítulo 5
Objetivo 1: Definição de Ativo
Futuro Benefício Econômi
co
Controlado pela entidade
Resultado de eventos passados
ATIVO
Ativo Origem no trabalho de Moonitz e Sprouse
(1962) => ARS 3 Definição ampla, podendo ser aplicada em
diferentes situações Limita os itens que devem aparecer no
Balanço Patrimonial A definição do Iasb, do Fasb e da Estrutura
Conceitual do CPC são próximas
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Futuro Benefício Econômico No Fasb tem-se a expressão futuro
benefício econômico provável Iasb não usa o termo provável
Potencial de contribuição para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa
Existem três fatores que determinam a ocorrência de benefício: Existência de valor de mercado Aceitação por terceiros como pagamento de
dívida É usado para melhorar a produtividade
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Futuro Benefício Econômico Ativos podem dar origem ao benefício
quando Usados na produção de estoques/serviços Trocados por outros ativos Usados para reduzir passivo Distribuídos aos proprietários
Faz ligação com bem econômico Nem todo recurso é um ativo
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Futuro Benefício Econômico Serviços expirados não são ativos
Exemplos: patente que perdeu validade; duplicata a receber de um cliente falido ou máquina sem utilidade
Deixam de gerar benefício econômico no futuro
Ativo não é “bem ou direito” Exemplo: serviços expirados
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Controle O benefício deve ser controlado por uma
entidade A entidade possui a habilidade de exercer os
direitos de uso dos benefícios O Iasb evita usar o termo propriedade
Essência x Forma
O controle não pode ser considerado em termos absolutos
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Resultado de eventos passados Evita a inclusão dos ativos contingentes
Imóvel que a entidade ainda não adquiriu Proposta de Hendricksen e Van Breda:
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Futuro Benefício Econômic
o
Sob controle de
uma Entidade
ATIVO
Críticas à definição do Iasba) A não inclusão da comerciabilidade
Para ser ativo um recurso deveria ter condição de ser comercializado de forma separada da entidade O goodwill não seria incluído
A troca não é a única forma de obter um ativo O que torna um ativo um bem econômico é sua
utilidade e escassez A troca não traz valor, revela o valor de um recurso
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Críticas à definição do Iasba) A não inclusão da comerciabilidadeb) Diferidos e Antecipadosc) Contratos de Execuçãod) Críticas de Schuetzee) Críticas de Samuelson
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Críticas à definição do Iasbb) Diferidos
Para Kam, alguns itens não podem ser considerados como um ativo, como os impostos a compensar É uma posição conservadora e não considera que a
entidade terá uma redução no pagamento futuro do imposto
Samuelson considera que despesas diferidas não representam um direito de propriedade
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Críticas à definição do Iasbc) Contratos de Execução
São acordos entre duas partes para execução de tarefas que serão realizadas no futuro
Irá gerar um passivo no futuro e um ativo, pelo serviço a ser prestado pelo empregado
A assinatura do contrato é o fator gerador Pode gerar lançamentos estranhos:
Exemplo: compra de um insumo de um fornecedor, onde ocorreu uma redução no preço. A diferença seria uma perda?
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Críticas à definição do Iasbd) Críticas de Schuetze
A definição é complexa, abstrata, ampla e vaga, que não pode ser usada para resolver problemas A definição não resolve se “algo” é um ativo
Sindrome do custo-por-si-é-um-ativo Para Schuetze, ativo é “caixa, direito contratual para
caixa, coisas que podem ser trocadas por caixa e contratos derivativos”
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Críticas à definição do Iasbe) Críticas de Samuelson
Afirma que a principal função da definição do ativo é classificar os custos incorridos em ativos ou despesas A definição do Fasb/Iasb não permite fazer isto
A definição possui três fraquezas: “Benefício econômico” tende a ser interpretado no
sentido financeiro e não como uso de riqueza Existe uma confusão entre estoque e fluxo.
A definição deve estar vinculada ao conceito de estoque Enfatiza as características econômicas e não nos
aspectos jurídicos Ativos são direitos de propriedade ou direitos a riqueza
dos serviços futuros
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Objetivo 2: Reconhecimento Diz respeito a incorporação de um recurso
econômico no balanço patrimonial A divulgação de um fato econômico em nota
explicativa não é um reconhecimento Para o reconhecimento é necessário que o
recurso econômico seja um ativo: O recurso econômico irá gerar um futuro
benefício econômico? O recurso econômico é controlado pela
entidade? É derivado de eventos passados?
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Reconhecimento
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F u tu ro b en e fíc ioecon ô m ico
C on tro lad op e la en tid ad e
O riu n d o d e even tosp assad os
S atis faz er ad e fin içã o
M ate ria lid ad e P rob ab ilid ad ed e oc orrê n c ia
C on fiab ilid ad ed a M ed id a
R ec on h ec im en to
Objetivo 3: Avaliação do Ativo Atribuir um valor monetário ao ativo O valor de troca pode assumir duas
formas: Valor de entrada = obtido pela entidade no
mercado de compra Valor de saída = obtido no mercado de venda
Também é possível classificar a avaliação com a variável “tempo”: passado, presente e futuro
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Avaliação do Ativo
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Valor de Entrada Valor de Saída Passado Custo Histórico Preço de venda passado Presente Custo corrente/reposição Preço de venda corrente Futuro Custo futuro Valor realizável esperado
Custo Histórico Valores pagos na época da aquisição
Deve incluir todos os pagementos necessários para colocar o ativo em condição de gerar benefício futuro
É a base mais comum Base objetiva e verificável Pode deixar de ter representatividade com
o tempo, em especial nos ativos de longo prazo
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Custo Corrente Montante pelo qual teriam que ser pagos
caso fossem adquiridos no presente Possui capacidade informativa Perde objetividade Dificuldade de mensuração
Deve ser obtido nas condições atuais de preço e tecnologia, para um determinado nível de eficiência Diverge do custo de reposição, que é o valor
atual de uma tecnologia ultrapassada
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Valor Presente Montante que seria gerado pela entidade,
descontando o fluxo futuro de caixa, no curso normal das operações Pode não ser viável para certos tipos de ativos Valor presente = Valor Futuro do Ativo/(1 +
taxa de desconto)^tempo Problemas com a taxa de desconto
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Valor de Liquidação Valor que seria obtido através da venda
usual do ativo Alguns autores associam a venda forçada,
onde a continuidade é questionada Neste caso, o valor é reduzido
Restrito as situações onde o ativo perde sua capacidade de gerar benefício ou quando o ativo será descontinuado
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Item Forma de Avaliação
Disponível em moeda estrangeira Convertidas pela taxa de câmbio
Aplicações financeiras Custo histórico mais rendimentos proporcionais
Disponível em ouro Valor de mercado
Crédito das atividades Valor nominal
Crédito sujeitos a ajustes Valores ajustados menos créditos prescritos
Outros Créditos com terceiros Valor nominal ajustados pelas condições estabelecidas/contratadas
Créditos com coligadas, controladas, controladora
Valor nominal ajustados pelas condições estabelecidas/contratadas
Investimentos temporários Custo de aquisição atualizado mais rendimentos auferidos.
Créditos Prefixados Ajustados a valor presente
Provisões Estimativas dos prováveis valores de realizações
Mercadorias e outros insumos Custo ou mercado, dos dois o menor
Estoques de acabados e em elaboração Custo de produção atualizado ou mercado, dos dois o menor
Estoques Obsoletos ou inservíveis Valor líquido de realização
Estoques invendáveis Devem ser baixados
Estoque agropecuário Valor de mercado se a atividade for primária, seja difícil calcular o custo de produção, exista mercado com liquidez para se ter o preço e seja possível obter a despesa para realizar a venda
Despesas Antecipadas Valor pago atualizado
Investimentos Permanentes Pelo custo de aquisição atualizado ou com base no valor de patrimônio líquido
Imobilizado Custo de aquisição/construção atualizado deduzido das amortizações acumuladas
Diferido Custo de aplicação atualizado deduzido das amortizações