teologia introução

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 FAJE - Departamento de Filosofia Disciplina: Int. a Teolog ia Cristã II- 201 - 1! ". #rofessor: E$genio %i&as Al$no: João Elton de Jesus Data: 12'02'201 A Teologia no se$ disc$rso apolog(tico de defesa e com$nica)ão da f( $tili*o$ a a+ordagem filos,fica inserindo $ma dimensão mais racional so+re os contedos da f( e /ist,rica enfocando os fatos apresentados pelas sagradas escrit$ras. o entanto em am+as arg$menta) es o s$eito est3 esc$recido4 apagado4 tem $ ma rele&5ncia pe6$ena. A partir do "ec. 7I7 gan/a for)a $m mo&imento mais antropoc8ntrico o fil,sofo franc8s 9a$rice landel4 6$e te&e grande infl$8ncia no conc;lio do <aticano II4 arg$menta&a 6$e o f$ndamental era pensar a re&ela)ão a partir do s$eito e as disposi)es 6$e fa* com 6$e o ser /$mano ten/a $ma a+ert$ra da f(4 $ma possi+ilidade de rece+er essa com$nica)ão. Esse giro antropol,gico4 como &imos4 tro$=e > l$* a import5ncia do /omem4 desta forma fa*-se necess3ria a perg$nta 6$e esc$tamos no "almo ? @o 6$e ( /omem para dele te lem+rares B ser /$man o4 para 6$e o &isites . ernard "es+oe em s$a o+ra  Pensar e viver a no Terc eir o Mil êni o: convite aos homens e mul her es de nosso tempo, ressalta 6$e @necessitamos por tan to de en trar n$m a an3lise $m po$ co ma is pre cis a do @fe nm eno  parado=al e do c$rioso animal 6$e n,s somos .p.1GH iologicamente o /omem não ( m$ito diferente dos o$tros animais4 o 6$e nos diferencia 3 di*iam os fil,s ofos da antiga r(cia ( o fa to de pensar 4 cont$do pa ra "es+oe @não somente pensamos4 mas sentimo-nos respons3&eis por n,s pr,prios e ang$stiamo-nos com a grande 6$estão do ter 8=ito na &ida p.2H. "eg$ndo esse a$tor4 /3 no ser /$mano dois  polos: o o+eti&o onde nos com$nicamos com n,s e com os o$tros e o s$+eti&o 6$e não est3 tão e&idente mas proeta o /omem para frente. @K a d$alidade destes polos 6$e nos permite refletir4 como $m espel/o reflete a nossa imagem. Toda a refle=ão s$pe este mo&imento de &ai e &em entre os dois polos4 o s$+eti&o e o o+eti&o p.2?H L3 no /omem $m mo&imento constante 6$e o le&a a $m deseo4 $m deseo 6$e ( infinito @ /a+itado por $m dinamismo de sempre mais. "is+oe di* 6$e: To dos somos seres de deseo4 não somente do deseo de ter mais4 mas do o$tro 6$e ( ser mais. %eali*ar os nossos deseos e aprof$ndar em n,s o dese o f$ndamental 6$e no s /a+i ta4 fa*- nos cres ce r na felicidad e. K o dese o f$ndamental 6$e nos /a+ita4 fa*-nos crescer na felicidade. K o deseo de &i&er4 de con/ecer e de amar 6$e nos p$=a para frente e nos a$da a colocar no&as 6$estes a cada momento. p.0H Cont$do o ser /$mano de deseos infinitos se perce+e limitado4 +$sca algo 6$e sea maior 6$e ele mesmo4 s$rgindo assim $m deseo do Infinito o$ do A+sol$to. #ois como disse

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Introdução Teologia

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FAJE - Departamento de FilosofiaDisciplina: Int. a Teologia Crist II- 2015 - 1 S.Professor: Eugenio RivasAluno: Joo Elton de JesusData: 12/02/2015

A Teologia no seu discurso apologtico de defesa e comunicao da f utilizou a abordagem filosfica inserindo uma dimenso mais racional sobre os contedos da f; e histrica enfocando os fatos apresentados pelas sagradas escrituras. No entanto em ambas argumentaes o sujeito est escurecido, apagado, tem uma relevncia pequena.A partir do Sec. XIX ganha fora um movimento mais antropocntrico; o filsofo francs Maurice Blandel, que teve grande influncia no conclio do Vaticano II, argumentava que o fundamental era pensar a revelao a partir do sujeito e as disposies que faz com que o ser humano tenha uma abertura da f, uma possibilidade de receber essa comunicao. Esse giro antropolgico, como vimos, trouxe luz a importncia do homem, desta forma faz-se necessria a pergunta que escutamos no Salmo 8 o que homem para dele te lembrares? O ser humano, para que o visites? . Bernard Sesboe em sua obra Pensar e viver a f no Terceiro Milnio: convite aos homens e mulheres de nosso tempo, ressalta que necessitamos portanto de entrar numa anlise um pouco mais precisa do fenmeno paradoxal e do curioso animal que ns somos.(p.14)Biologicamente o homem no muito diferente dos outros animais, o que nos diferencia j diziam os filsofos da antiga Grcia o fato de pensar, contudo para Sesboe no somente pensamos, mas sentimo-nos responsveis por ns prprios e angustiamo-nos com a grande questo do ter xito na vida (p.23). Segundo esse autor, h no ser humano dois polos: o objetivo onde nos comunicamos com ns e com os outros e o subjetivo que no est to evidente mas projeta o homem para frente. a dualidade destes polos que nos permite refletir, como um espelho reflete a nossa imagem. Toda a reflexo supe este movimento de vai e vem entre os dois polos, o subjetivo e o objetivo (p.28) H no homem um movimento constante que o leva a um desejo, um desejo que infinito habitado por um dinamismo de sempre mais. Sisboe diz que:Todos somos seres de desejo, no somente do desejo de ter mais, mas do outro que ser mais. Realizar os nossos desejos e aprofundar em ns o desejo fundamental que nos habita, faz-nos crescer na felicidade. o desejo fundamental que nos habita, faz-nos crescer na felicidade. o desejo de viver, de conhecer e de amar que nos puxa para frente e nos ajuda a colocar novas questes a cada momento. (p.30)Contudo o ser humano de desejos infinitos se percebe limitado, busca algo que seja maior que ele mesmo, surgindo assim um desejo do Infinito ou do Absoluto. Pois como disse Pascal, o homem ultrapassa o homem, ele traz em si mais que o homem. Desta forma o homem que um ser livre, possui livre arbtrio e essa liberdade lhe d a responsabilidade de decidir os caminhos para a sua vida, portanto o homem se percebe como algo inacabado somos dados a ns prprios sob a forma de um vasto projeto no ainda elaborado. A vida de cada um uma pgina branca que temos que preencher. (p.34) Ele busca ento um sentido mais existencial que vai alm de suas limitaes.Quer queiramos ou no, somos habitados pela questo do absoluto, ou do mistrio absoluto da nossa existncia. Esta questo, na histria da humanidade, tomou o nome de Deus (...) A questo de Deus no nos vem de forma exterior porque, se fosse esse o caso, no nos interessaria durante muito tempo (...) O desejo absoluto vale para todo o homem, qualquer que seja a sua cultura. (p.40)Desta forma o homem um ser que cr, o crer faz parte da realidade humana, ele cr em si, nos outros, nos valores e tambm possui em si o crer religioso. Segundo Sisboe, partindo da tradio judaica, a f religiosa se caracteriza como a confiana total do homem num Deus pessoal (p. 49) apoiando-se nele, de modo que forma uma aliana entre Deus e o seu povo e a f uma resposta a uma iniciativa de aliana (p.51).Essa aliana s se d portanto atravs de um dilogo, cuja iniciativa parte de Deus e amplia os limites do ser humano que pode se apoiar nele. Assim Deus interessou-se pelo homem: sobre esse fundamento, o homem pode dar-lhe a sua f (53) No entanto, h o perigo de o homem construir um Deus sua medida, mas o Deus est alm de qualquer possibilidade de entendimento e controle humano. crer no pode ser outra coisa seno um dom de Deus, porque s Deus nos pode falar de Deus (p.60) Esse dom oferecido a todos, feito sem violncia, uma experincia humana fundamental e fruto de graa e de liberdade (p.64).O homem tem buscado representar esse dom de Deus no entanto a linguagem diante do Absoluto se mostra pequena, limitada, incapaz de ser expressada em sua grandiosidade. Assim, na histria da humanidade as teofanias, as manifestaes de Deus, so sempre representadas utilizando metforas e gneros literrios, a Bblia est repleta de conceitos, mitos e histrias que mostram a revelao divina que sempre universal, dirigida a todos.Desta forma, a f acompanha de perto a vida e a experincia humana, portanto o importante o sujeito cuja f no lhe deixa indiferente, pois o leva a uma ao, prxis essa que d autenticidade a sua experincia. O mistrio de Deus revelado no mistrio do ser humano.Embora positivo para o contexto, esse giro antropocntrico pode gerar alguns problemas como a) autonomia e independncia do homem que pode eliminar o polo da iniciativa de Deus na revelao e; b) risco de endeusamento do homem, que em sua autossuficincia, passa a achar que a revelao no necessria. No entanto se Deus entra nos limites da nossa experincia no para imitar mas para expandir os limites humanosAlm do antropocentrismo, a renovao teolgica enfoca a questo do futuro e a eficcia e utilidade da f dentro da histria. A f crvel se tem a capacidade de transformao. Assim a teologia passa a enfocar o aspecto poltico: na Europa o foco foi atuar junto a secularizao tendo em vista a ausncia de Deus naquela cultura; Na Amrica Latina busca eliminar, principalmente com a teologia da libertao, a contradio na confisso, onde o continente mais catlico ao mesmo tempo o mais desigual e corrupto do mundo; Na frica e na sia o contexto da teologia poltica entrou na inculturao. Nessa perspectiva a revelao dessa credibilidade deve ser verificada na prpria vida. Assim os contedos da f no pode ser coisa do passado, mas tem vida na atualidade. Continua-se acreditando e essa resposta na vida vai ter consequncias no modo de viver, que onde se verifica que a revelao verdadeira. So sinais que demonstram que o que revelado e posto na vida do homem crvel. A credibilidade se manifesta nos sinais que damos na nossa f. A f exige uma disposio do ser humano, pois acreditar mover a si mesmo. No fazer a prpria vontade, mas a vontade de um Outro, por isso que difcil, principalmente num contexto de autonomia e autodeterminao, onde a consigna o eu decido. A f exige uma morte, uma kenosis humana, o que muitas vezes as pessoas no esto dispostas a fazer.Assim a credibilidade da f depende da resposta do ser humano proposta de Deus, que mostra que o que o homem procura no encontra em si mesmo, tem de vir de fora divina. Ela vai ser verdadeira se o homem d testemunho daquilo que foi revelado a ele. comunitria no sentido de que essa revelao move o indivduo ao todo, da comunidade. Nessa perspectiva a revelao dessa credibilidade deve ser verificada na prpria vida, no testemunho daquele que recebe a revelao do Absoluto do Divino to desejado por esse mesmo homem.