tenentismo 3º. ano

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3º. ANO DO ENSINO MÉDIO Profª. Fatima Freitas

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Revolta dos 18 do Forte, Revoltas de 1924, Coluna Paulista e Coluna Prestes

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3º. ANO DO ENSINO MÉDIO

Profª. – Fatima Freitas

Termo como ficou conhecido o movimentopolítico-militar que, sob a liderança de jovensoficiais das forças armadas, principalmentetenentes, pretendia conquistar o poder pelaluta armada e promover reformas na Primeirarepública.

Reivindicações do movimento:

moralização da vida pública e fim da corrupçãoeleitoral;

Voto secreto e uma justiça confiável;

Reforma da educação pública para que o ensinofosse gratuito e obrigatório.

A maioria das propostas tenentistas contava com a

simpatia de grande parte das classes médias e

urbanas, dos produtores rurais que não

pertenciam ao grupo que estava no poder e de

alguns empresários da indústria.

Os tenentes não acreditavam que o “liberalismo

autêntico” fosse o caminho para a recuperação

do país.

Faziam restrições às eleições diretas, ao sufrágio

(voto) universal, insinuando a crença em uma via

autoritária para a reforma do estado e da

sociedade.

O movimento ocorreu em julho de 1922, em meio à

campanha eleitoral para a presidência da República.

Os candidatos eram Artur Bernardes, apoiado pelo

governo, e Nilo Peçanha, candidato da oligarquia

dissidente e de setores sociais descontentes.

A revolta dos tenentes iniciou-se a partir de um

artigo, publicado no jornal Correio da Manhã, cuja

autoria foi atribuída ao presidente recém-eleito,

Artur Bernardes, onde apresentava violentos insultos

ao exército e, apesar da negativa da autoria por

parte de Artur Bernardes, permaneceu o mal estar

entre Exército e governo.

Diante dos protestos realizados pelo Clube Militar, o

governo ordenou seu fechamento e a prisão de seu

presidente, marechal Hermes da Fonseca.

A atitude do governou desencadeou, em 5 de julho de

1922, o levante dos tenentes em diversos quartéis.

Alguns foram logo controlados por forças fiéis ao

governo, e o último a se render foi o Forte de

Copacabana, de onde 17 militares e um civil, sob o

comando do tenente Siqueira Campos, saíram às ruas,

num combate corpo a corpo com as tropas opositoras,

sendo alvejados pelos soldados governistas.

Dos 18 rebeldes, somente dois – Siqueira Campos e

Eduardo Gomes – sobreviveram nessa luta suicida.

Porém o episódio dos 18 do Forte, como passou a ser

conhecido, conferiu imensa popularidade ao movimento

tenentista e à oposição ao domínio oligárquico.

A REVOLTA DOS 18 DO FORTE

Tenentes em marcha pela Avenida

Atlântica, na praia de Copacabana no

RJ.

Dois anos após a Revolta dos 18 do Forte, ocorreram

novas rebeliões tenentistas em regiões como o Rio

Grande do Sul e São Paulo.

Sob o comando do general Isidoro Dias Lopes e o

tenente Juarez Távora e por políticos como Nilo

Peçanha, eclodiu em São Paulo, também no dia 5 de

julho, uma revolta.

Com tropas de aproximadamente mil homens, os

revoltosos ocuparam os lugares estratégicos de SP

e, durante a ocupação, diversas batalhas foram

travadas.

O governo paulista fugiu da capital, onde organizou a

reação contra os rebeldes.

O general Isidoro percebeu que não tinha mias

condições de resistir, decidiu abandonar a cidade

de SP.

A numerosa e bem armada tropa dos rebeldes

formou a Coluna Paulista, que seguiu em direção

ao sul do país (Paraná), ao encontro de outra

coluna militar tenentista, liderada pelo capitão

Luís Carlos Prestes, a chamada Coluna Prestes.

As forças tenentistas de São Paulo e do Rio

Grande do Sul uniram-se no Paraná e, lideradas

por Luís Carlos Prestes, decidiram percorrer o

país, procurando apoio popular para novas

revoltas contra o governo. Nascia assim, a

chamada Coluna Prestes.

Durante mais de dois anos (1924 – 1926), a

Coluna Prestes percorreu 24 mil Km através de

doze estados brasileiros.

Sem descanso, o governo perseguia as tropas da

Coluna Prestes, que, por meio de manobras

militares conseguia escapar.

O esperado apoio popular não veio. Os

frequentes ataques das tropas regulares, de

jagunços e coronéis, debilitaram a coluna, que

se retirou em 1927, com aproximadamente 800

homens, para a Bolívia.

A coluna nunca foi derrotada e, isso

demonstrava que o poder na Primeira República

não era inatacável, Luís Carlos

Prestes, posteriormente, voltou ao

país, tornando-se um dos principais líderes do

Partido Comunista (fundado em 1922).

A COLUNA PRESTES:

1925-1927

Capitão Luís Carlos

Prestes, o “Cavaleiro da

Esperança”

A Revolta do Forte de Copacabana, a

Revolução de 1924 e a Coluna Prestes não

produziram efeitos imediatos na estrutura

política brasileira.

Contudo, mantiveram a chama da revolta

contra o poder e os privilégios das

oligarquias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

História Global – Gilberto Cotrim

História e Vida – Nelson Piletti e Claudino Piletti

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