temporada do kart 'bomba no final de ano

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km/h velocidade que os karts podem atingir 90 aumento médio no movimento dos kartódromos em dezembro 25% pilotos conseguem formar um grid cheio na pista de Betim 35 metros é medida do kartódromo de Betim, na Grande BH “A frequência da participação está diretamente ligada á organização. Nosso grupo é referência no kartódromos graças à produção que é muito bem feita.” Jarbas Dias INTEGRANTE DE GRUPO DE KART “No futuro, temos a intenção de fazer um curso de pilotagem, para atrair mais gente e formar alguns pilotos. No final de ano, recebemos um público heterogêneo, o aumento varia entre 20% e 30%.” Émerson Silveira PROPRIETÁRIO KARTÓDROMO DE BETIM “Já sediamos o Brasileiro e o Estadual. A maioria dos horários já estão esgotados. Nessa época do ano, recomendamos que as reservas sejam feitas com antecedência. Nosso movimento cresce 30%.” Humberto Alves GERENTE DO KARTÓDROMO DE VESPASIANO 1.150 ¬ DANIEL OTTONI ¬ O povo mineiro segue à risca a expressão de que “todo brasileiro é apaixo- nado por carro”. Para colo- car à prova essa paixão, muitos, que têm a velocida- de no sangue, decidem aproveitar o mês de dezem- bro para não fechar o ano em branco, sem fazer um “racha” com os amigos. As disputas são ferrenhas nos kartódromos da região me- tropolitana de Belo Hori- zonte, em encontros que são levados a sério e garan- tem premiações para os melhores colocados. Quem comemora são os proprietários das pistas, que garantem ter o movi- mento aumentado muito nesta época do ano. “Temos uma melhora de 20% a 30% para as con- fraternizações de final de ano, que são frequentes. Recebemos um público va- riado, desde empresas até grupo de amigos”, mostra Émerson Silveira, proprie- tário do kartódromo de Be- tim, que funciona desde 1994 na cidade. Seu principal concor- rente é o kartódromo de Vespasiano, que existe des- de 2010 e também fica com as pistas cheias na re- ta final do ano. “A maioria dos horários está esgotado. Nessa épo- ca, o aumento é considerá- vel, cerca de 30%”, aponta o gerente Humberto Alves. A auxiliar de escritório Letícia Silva fez sua estreia nas pistas na última sema- na, graças a uma iniciativa da empresa do esposo. “Foi minha primeira vez andando de kart e ad- mito que tive um pouco de medo. Tinha um pessoal mais experiente correndo e realmente não tinha ideia de como seria. Fiquei em último, um ótimo resul- tado para quem ainda não está acostumado. Preten- do voltar mais vezes”, brin- ca a iniciante corredora. INÍCIO. Foi através da em- presa onde trabalha que o engenheiro civil Jarbas Dias começou há andar de kart, há quatro anos. O gru- po formado para aproxi- mar os funcionários foi ten- do baixas, que prontamen- te foram substituídas por pessoas de fora. “A coisa tomou uma proporção grande. Hoje te- mos 40 inscritos e mais um bom número de interessa- dos em uma fila de espera. A partir do ano que vem, fa- remos dois campeonatos, ao invés de apenas um”, con- ta Jarbas. Os Amigos da Velocida- de, como o grupo se autode- nomina, tem até site com ca- lendário e fotos dos encon- tros, que também serão du- plos, a partir de 2013. No meio e final do ano, um churrasco para interagir par- ticipantes e familiares acon- tece, com direito às lembran- ças de cada etapa do cam- peonato particular. “Como em toda pelada de futebol entre amigos, aqui também temos alguns pernas de pau. Mas para to- dos saírem vitoriosos, faze- mos uma disputa entre equi- pes, misturando os favoritos com os menos privilegia- dos. Mas o que vale mesmo é a reunião e a alegria entre a gente”, alegra-se Dias. Frases Paixão. Empatia entre o brasileiro e a velocidade nas pistas se consolidou com os grandes pilotos do país na Fórmula 1 ao longo dos anos Números FOTOS DOUGLAS MAGNO 7 O grupo de Jarbas Dias mostra uma organiza- ção ímpar. Com quatro pa- trocinadores, todos acabam sendo beneficiados, tendo à disposição um site para na- vegar e acompanhar a classi- ficação, confraternizações com sorteio de prêmios – co- mo luvas e outros acessórios – e troféus para os cinco pri- meiros colocados de cada prova e do campeonato. “A organização gera fide- lidade. Ainda mais quando tanta coisa boa acontece dentro do grupo, tendo um caixa saudável. Nosso gru- po é referência no kartódromo, nossa produ- ção é muito bem feita”. Para 2013, o grupo já es- pera ansiosamente pelas no- vidades. Além de um segun- do torneio, que terá a partici- pação de muitos que já dis- putam a competição inicial, todos os 40 inscritos pode- rão levar para casa uma re- cordação de primeira. “Colocaremos câmeras nos capacetes de todos os pi- lotos e eles poderão, depois, ver de casa a corrida que fi- zeram. Todo esse conteúdo também vai para o site, para o público sentir um pouco da emoção que vivenciamos na pista”, comenta. Para Jarbas, o povo mi- neiro adora a velocidade, tendo o kart como possibili- dade mais próxima de dar al- gumas aceleradas e deixar os amigos comendo poeira. “Nosso grupo é muito competitivo, tem muita gen- te que faz bonito, faz ques- tão de ir bem e tentar uma vitória. Sempre que vou ao kartódromo, lá está cheio. Minas Gerais tem muita gen- te que gosta de carros, mas também quer ter essa chan- ce de pilotar. Neste final de ano, para nós, o encontro va- le como qualquer outro, uma vez que será mais uma etapa do nosso campeona- to”, salienta. (DO) Enquanto alguns correm apenas em dezembro, outros levam mais a sério e formam grupos fixos Comprometimento Chuva não acanha os amadores Temporada do kart ‘bomba’ Grupo mostra organização 7 Dezembro é conheci- do, principalmente em Minas Gerais, como a época das chuvas. Um fa- tor que poderia desanimar os kartistas de plantão, mas que, na verdade, ser- ve como motivação. “Mui- ta gente até prefere andar na chuva. Dizem que dá mais emoção”, comenta Humberto Alves, do kartódromo de Vespasia- no. No entanto, quando a coisa aperta, Humberto orienta que a turma espere um pouco. “A água acaba entrando no motor”. Em Betim, os pilotos re- cebem dicas para a situa- ção. “Passamos para o pes- soal alguns macetes, princi- palmente no que se refere ao traçado. As poças costu- mam aparecer e é preciso cuidado e atenção para não perder tempo na pis- ta”, ensina Émerson Silvei- ra. A velocidade pode ser de até 90km/h. (DO) Fim de ano. Movimento nos kartódromos melhora no último mês do ano graças às confraternizações Diversão. Letícia Silva diz que sentiu um pouco de medo em sua primeira corrida, mas depois curtiu bastante Emoção 32 e . O TEMPO Belo Horizonte DOMINGO, 16 DE DEZEMBRO DE 2012 Especializados |

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Número de corridas de kart aumenta bastante no final de ano, graças às confraternizações

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km/hvelocidade que oskarts podem atingir

90

aumentomédio no movimento doskartódromos em dezembro

25%

pilotosconseguem formar um gridcheio na pista de Betim

35

metrosé medida do kartódromode Betim, na Grande BH

“A frequência daparticipação estádiretamente ligada áorganização. Nossogrupo é referência nokartódromos graças àprodução que é muitobem feita.”

Jarbas DiasINTEGRANTE DE GRUPO DEKART

“No futuro, temos aintenção de fazer umcurso de pilotagem,para atrair mais gentee formar algunspilotos. No final deano, recebemos umpúblico heterogêneo, oaumento varia entre20% e 30%.”

Émerson SilveiraPROPRIETÁRIOKARTÓDROMO DE BETIM

“Já sediamos oBrasileiro e o Estadual.A maioria dos horáriosjá estão esgotados.Nessa época do ano,recomendamos que asreservas sejam feitascom antecedência.Nosso movimentocresce 30%.”

Humberto AlvesGERENTE DO KARTÓDROMODE VESPASIANO

1.150

¬ DANIEL OTTONI

¬O povo mineiro segue àrisca a expressão de que“todo brasileiro é apaixo-nado por carro”. Para colo-car à prova essa paixão,muitos, que têm a velocida-de no sangue, decidemaproveitar o mês de dezem-bro para não fechar o anoem branco, sem fazer um“racha” com os amigos. Asdisputas são ferrenhas noskartódromos da região me-tropolitana de Belo Hori-zonte, em encontros quesão levados a sério e garan-tem premiações para osmelhores colocados.

Quem comemora sãoos proprietários das pistas,que garantem ter o movi-mento aumentado muitonesta época do ano.

“Temos uma melhorade 20% a 30% para as con-fraternizações de final deano, que são frequentes.Recebemos um público va-riado, desde empresas atégrupo de amigos”, mostraÉmerson Silveira, proprie-tário do kartódromo de Be-tim, que funciona desde1994 na cidade.

Seu principal concor-rente é o kartódromo deVespasiano, que existe des-de 2010 e também ficacom as pistas cheias na re-ta final do ano.

“A maioria dos horáriosestá esgotado. Nessa épo-ca, o aumento é considerá-vel, cerca de 30%”, apontao gerente Humberto Alves.

A auxiliar de escritórioLetícia Silva fez sua estreianas pistas na última sema-na, graças a uma iniciativada empresa do esposo.

“Foi minha primeiravez andando de kart e ad-mito que tive um pouco demedo. Tinha um pessoalmais experiente correndoe realmente não tinhaideia de como seria. Fiqueiem último, um ótimo resul-tado para quem ainda nãoestá acostumado. Preten-do voltar mais vezes”, brin-ca a iniciante corredora.

INÍCIO. Foi através da em-presa onde trabalha que oengenheiro civil JarbasDias começou há andar dekart, há quatro anos. O gru-po formado para aproxi-mar os funcionários foi ten-do baixas, que prontamen-te foram substituídas porpessoas de fora.

“A coisa tomou umaproporção grande. Hoje te-mos 40 inscritos e mais umbom número de interessa-dos em uma fila de espera.

A partir do ano que vem, fa-remos dois campeonatos,ao invés de apenas um”, con-ta Jarbas.

Os Amigos da Velocida-de, como o grupo se autode-nomina, tem até site com ca-lendário e fotos dos encon-tros, que também serão du-plos, a partir de 2013. Nomeio e final do ano, umchurrasco para interagir par-ticipantes e familiares acon-tece, com direito às lembran-ças de cada etapa do cam-peonato particular.

“Como em toda peladade futebol entre amigos,aqui também temos algunspernas de pau. Mas para to-dos saírem vitoriosos, faze-mos uma disputa entre equi-pes, misturando os favoritoscom os menos privilegia-dos. Mas o que vale mesmoé a reunião e a alegria entrea gente”, alegra-se Dias.

Frases

Paixão. Empatia entre o brasileiro e a velocidade nas pistas se consolidou com os grandes pilotos do país na Fórmula 1 ao longo dos anos

Números

FOTOS DOUGLAS MAGNO

7O grupo de Jarbas Diasmostra uma organiza-

ção ímpar. Com quatro pa-trocinadores, todos acabamsendo beneficiados, tendo àdisposição um site para na-vegar e acompanhar a classi-ficação, confraternizaçõescom sorteio de prêmios – co-mo luvas e outros acessórios– e troféus para os cinco pri-meiros colocados de cadaprova e do campeonato.

“A organização gera fide-lidade. Ainda mais quandotanta coisa boa acontecedentro do grupo, tendo umcaixa saudável. Nosso gru-p o é r e f e r ê n c i a n okartódromo, nossa produ-

ção é muito bem feita”.Para 2013, o grupo já es-

pera ansiosamente pelas no-vidades. Além de um segun-do torneio, que terá a partici-pação de muitos que já dis-putam a competição inicial,todos os 40 inscritos pode-rão levar para casa uma re-cordação de primeira.

“Colocaremos câmerasnos capacetes de todos os pi-lotos e eles poderão, depois,ver de casa a corrida que fi-zeram. Todo esse conteúdotambém vai para o site, parao público sentir um poucoda emoção que vivenciamosna pista”, comenta.

Para Jarbas, o povo mi-

neiro adora a velocidade,tendo o kart como possibili-dade mais próxima de dar al-gumas aceleradas e deixaros amigos comendo poeira.

“Nosso grupo é muitocompetitivo, tem muita gen-te que faz bonito, faz ques-tão de ir bem e tentar umavitória. Sempre que vou aokartódromo, lá está cheio.Minas Gerais tem muita gen-te que gosta de carros, mastambém quer ter essa chan-ce de pilotar. Neste final deano, para nós, o encontro va-le como qualquer outro,uma vez que será mais umaetapa do nosso campeona-to”, salienta. (DO)

Enquanto algunscorrem apenas emdezembro, outroslevam mais a sério eformam grupos fixos

Comprometimento

Chuva nãoacanha osamadores

Temporada do kart ‘bomba’

Grupo mostra organização

7Dezembro é conheci-do, principalmente

em Minas Gerais, como aépoca das chuvas. Um fa-tor que poderia desanimaros kartistas de plantão,mas que, na verdade, ser-ve como motivação. “Mui-ta gente até prefere andarna chuva. Dizem que dámais emoção”, comentaHumberto Alves, dokartódromo de Vespasia-no. No entanto, quando acoisa aperta, Humbertoorienta que a turma espereum pouco. “A água acabaentrando no motor”.

Em Betim, os pilotos re-cebem dicas para a situa-ção. “Passamos para o pes-soal alguns macetes, princi-palmente no que se refereao traçado. As poças costu-mam aparecer e é precisocuidado e atenção paranão perder tempo na pis-ta”, ensina Émerson Silvei-ra. A velocidade pode serde até 90km/h. (DO)

Fim de ano. Movimento nos kartódromos melhora no último mês do ano graças às confraternizações

Diversão. Letícia Silva diz que sentiu um pouco de medo em sua primeira corrida, mas depois curtiu bastante

Emoção

32 e. O TEMPO Belo HorizonteDOMINGO, 16 DE DEZEMBRO DE 2012 Especializados|