temperaturas extremas gestore

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1 Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões. SUMÁRIO FRIO 2 EFEITOS DO FRIO 2 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA O FRIO 3 ACLIMATAÇÃO 3 REGIME DE TRABALHO 3 EXAMES MÉDICOS PRÉADMISSIONAIS 3 EXAMES MÉDICOS PERIÖDICOS 3 VESTIMENTAS ADEQUADAS 4 EDUCAÇÃO E TREINAMENTO 4 NR29 FRIGORÍFICOS 5 LEGISLAÇÃO CLT DO CONFORTO TÉRMICO 6 DOS SERVIÇOS FRIGORÍFICOS 6 REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL A N E X O II DO DECRETO 3.048 7 REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL A N E X O IV DO DECRETO 3.048 8 CALOR 9 MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS 9 PERDA E GANHO DE CALOR PELO ORGANISMO 10 REAÇÕES DO ORGANISMO AO CALOR 11 VASODILATAÇÃO PERIFÉRICA 11 SUDORESE 11 DOENÇAS DO CALOR 11 EXAUSTÃO DO CALOR 12 DESIDRATAÇÃO 12 CÂIMBRAS DE CALOR 12 CHOQUE TÉRMICO 12 FATORES QUE INFLUEM NAS TROCAS TÉRMICAS 12 TEMPERATURA DO AR 13 UMIDADE RELATIVA DO AR 13 VELOCIDADE DO AR 13 CALOR RADIANTE 14 TIPO DE ATIVIDADE 14 AVALIAÇÃO 14 TÉCNICAS DE MEDIÇÃO 14 TEMPERATURA DO AR 15 UMIDADE RELATIVA DO AR 15 VELOCIDADE DO AR 15 CALOR RADIANTE 15 TIPO DE ATIVIDADE EXERCIDA PELO TRABALHADOR 16 LOCAL DA MEDIÇÃO 16 LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR 16 ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO TERMÔMETRO DE GLOBO IBUTG 16 LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR, EM REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE COM PERÍODOS DE DESCANSO NO PRÓPRIO LOCAL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. 17 LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR, EM REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE COM PERÍODO DE DESCANSO EM OUTRO LOCAL (LOCAL DE DESCANSO). 18 MEDIDAS DE CONTROLE 22

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Page 1: Temperaturas Extremas GESTORE

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

SUMÁRIO  FRIO  2EFEITOS DO FRIO  2MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA O FRIO  3ACLIMATAÇÃO  3REGIME DE TRABALHO  3EXAMES MÉDICOS PRÉ‐ADMISSIONAIS  3EXAMES MÉDICOS PERIÖDICOS 3VESTIMENTAS ADEQUADAS  4EDUCAÇÃO E TREINAMENTO  4NR‐29 ‐ FRIGORÍFICOS  5LEGISLAÇÃO – CLT ‐ DO CONFORTO TÉRMICO  6DOS SERVIÇOS FRIGORÍFICOS 6REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ‐ A N E X O II DO DECRETO 3.048 7REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ‐ A N E X O IV DO DECRETO 3.048 8CALOR  9MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS  9PERDA E GANHO DE CALOR PELO ORGANISMO 10REAÇÕES DO ORGANISMO AO CALOR  11VASODILATAÇÃO PERIFÉRICA 11SUDORESE  11DOENÇAS DO CALOR  11EXAUSTÃO DO CALOR  12DESIDRATAÇÃO  12CÂIMBRAS DE CALOR  12CHOQUE TÉRMICO  12FATORES QUE INFLUEM NAS TROCAS TÉRMICAS 12TEMPERATURA DO AR  13UMIDADE RELATIVA DO AR  13VELOCIDADE DO AR  13CALOR RADIANTE  14TIPO DE ATIVIDADE  14AVALIAÇÃO  14TÉCNICAS DE MEDIÇÃO  14TEMPERATURA DO AR  15UMIDADE RELATIVA DO AR  15VELOCIDADE DO AR  15CALOR RADIANTE  15TIPO DE ATIVIDADE EXERCIDA PELO TRABALHADOR 16LOCAL DA MEDIÇÃO  16LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR 16ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO – TERMÔMETRO DE GLOBO – IBUTG 16LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR, EM REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE COM PERÍODOS DE DESCANSO NO PRÓPRIO LOCAL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. 

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LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR, EM REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE COM PERÍODO DE DESCANSO EM OUTRO LOCAL (LOCAL DE DESCANSO). 

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MEDIDAS DE CONTROLE  22

 

   

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

TEMPERATURAS EXTREMAS  

FRIO  

A exposição ocupacional ao frio intenso pode constituir problema sério implicando em uma 

série de inconvenientes que afetarão a saúde, o conforto e a eficiência do trabalhador. Trabalhos 

ao ar livre em climas frios são encontrados em regiões a grandes altitudes, bem como em algumas 

zonas temperadas, no período de inverno. 

Fora das atividades realizadas ao ar livre, o frio intenso é ainda encontrado em ambientes 

artificiais,  como  as  câmaras  frigoríficas  de  conservação,  que  implicam  em  exposições  a 

temperaturas bastante reduzidas. 

Estudos realizados na indústria norte‐americana, no início do século XX, evidenciaram que 

a  incidência de  lesões por acidentes era menor a uma  temperatura de 18 graus Celsius que em 

outras  inferiores  ou  superiores  a  esta.  O  aumento  da  freqüência  de  acidentes  em  baixas 

temperaturas foi atribuído à perda da destreza manual. 

EFEITOS DO FRIO 

Os  efeitos  causados  no  organismo  dependem  principalmente  da  temperatura  do  ar, 

velocidade  do  ar  e  da  variação  do  calor  radiante.  Todos  estes  fatores  influem  no  equilíbrio 

homeotérmico do corpo, provocando uma seqüência de reações no organismo, com conseqüentes 

distúrbios. 

A baixa temperatura corporal resulta de um balanço negativo entre a produção e a perda 

de calor. A produção de calor diminui e a perda de calor aumenta. 

A vasoconstrição periférica é a primeira ação reguladora que ocorre no organismo, quando 

se  inicia uma excessiva perda de calor. O fluxo sangüíneo é reduzido em proporção direta com a 

queda da temperatura. 

Quando a temperatura corpórea fica abaixo de 35 graus celsius, ocorre diminuição gradual 

de  todas  as  atividades  fisiológicas:  cai  a  freqüência  do  pulso,  da  pressão  arterial  e  da  taxa 

metabólica, desencadeando um tremor incontrolável (tiritar) para produzir calor. 

No  tremor,  o  número  de  contrações  musculares  por  unidade  de  tempo  é  elevado, 

resultando um aumento da produção de calor e uma maior atividade muscular. 

Se a produção de calor é insuficiente para manter o equilíbrio, a temperatura do corpo vai 

decrescendo, resultando no fenômeno de hipotermia. Quando a temperatura do núcleo do corpo 

vai abaixo de 29 graus  celsius, o hipotálamo perde a  capacidade  termo‐reguladora e as  células 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

cerebrais  são deprimidas,  inibindo  a  atividade dos mecanismos  termocontroladores do  Sistema 

Nervoso Central, evoluindo para sonolência e coma. 

MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA O FRIO 

A  produtividade  humana  depende  da  integridade  funcional  do  cérebro  e  das mãos  do 

homem. Em ambientes  frios, deve‐se conservar o calor do corpo para manter a temperatura do 

cérebro ao redor de 37°C, assegurando a adequada irrigação do sangue às extremidades. 

ACLIMATAÇÃO 

Após  uma  longa  exposição  a  um  ambiente  que  apresenta  condições  extremas,  como 

excesso de calor ou frio, ocorrem alterações fundamentais nas respostas termo‐reguladoras. Este 

fenômeno é denominado aclimatação, que permite aos  indivíduos trabalharem com eficácia, em 

condições que, originalmente, seriam intoleráveis. 

Indivíduos que  trabalham ao ar  livre, em climas  frios,  têm demonstrado  sua aclimatação 

local  evidenciada  pela maior  irrigação  de  sangue  nas mãos,  que  permanecem  quentes  e mais 

funcionais do que as de pessoas não totalmente aclimatizadas. 

No entanto, apesar das prolongadas pesquisas realizadas em laboratório e nas expedições 

polares, não existe uma evidência fisiológica de aclimatização genérica ao frio. 

REGIME DE TRABALHO 

O trabalhador não deve permanecer por  longos períodos em ambientes com frio  intenso. 

Recomenda‐se  períodos  de  trabalho  intercalados  por  períodos  de  descanso  para  regime  de 

trabalho.  

EXAMES MÉDICOS PRÉ‐ADMISSIONAIS 

Quando é  realizada a  seleção de profissionais para a execução de  trabalhos em câmaras 

frias, devem‐se excluir os portadores de diabetes, epilépticos, fumantes, alcoólatras, aqueles que 

já  tenham  sofrido  lesões  devidas  ao  frio,  os  que  possuem  “alergia”  ao  frio,  os  portadores  de 

problemas  articulares  e  os  que  tenham  doenças  vasculares  periféricas.  Com  este  controle, 

reduzem‐se os índices de doenças devidas ao frio. 

EXAMES MÉDICOS PERIÓDICOS 

Devem‐se  realizar  exames  médicos  periódicos  nos  trabalhadores  de  câmaras  frias, 

atentando  para  o  diagnóstico  precoce  de  vasculopatias  periféricas,  ulcerações  térmicas,  dores 

articulares,  perda  da  sensibilidade  tátil  ou  repetidas  infecções  das  vias  aéreas  superiores,  tais 

como: faringites, rinites, sinusites, amigdalites, e também a ocorrência de pneumonias. 

Aos que apresentam essas alterações, recomenda‐se a mudança do setor de trabalho e um 

adequado tratamento médico. 

Page 4: Temperaturas Extremas GESTORE

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

VESTIMENTAS ADEQUADAS 

Quando a exposição às intempéries é inevitável, os trabalhadores devem estar providos de 

roupas de proteção, que constituam uma barreira isolante entre a superfície quente do corpo e o 

meio ambiente frio. Quanto maior é a diferença entre a temperatura da pele e a do ar circulante, 

maior é o isolamento necessário para manter o microclima que cerca a pele, a níveis confortáveis. 

Quando o corpo se encontra em atividade, há um aumento de produção de calor, sendo 

necessário um menor isolamento para manter o equilíbrio entre o calor produzido e perdido. 

A  discrepância  entre  os  isolamentos  necessários  para  os  períodos  de  trabalho  e  de 

descanso dá lugar a um dos maiores problemas para trabalhadores que executam tarefas externas 

e  ficam  por  longos  períodos  em  clima  frio.  A  tendência  do  inexperiente  é  vestir‐se  demais. O 

resultado é uma  intensa  sudorese,  tentando manter o equilíbrio  calórico do  corpo, enquanto o 

indivíduo trabalha. A pesada vestimenta não permitirá o suficiente esfriamento por evaporação. 

Uma considerável quantidade de suor é acumulada na vestimenta e continua a evaporar durante o 

período de descanso subseqüente, anulando, por algum tempo, o isolamento adequado, quando o 

mesmo é mais necessário. 

As vestimentas de frio devidamente confeccionadas, permitem a saída do excesso de calor. 

A  retenção  excessiva  de  calor,  constitui  um  sério  problema  em  ambientes  frios,  pois  o  suor 

produzido se acumula nas roupas, evaporando durante o descanso, e produzindo esfriamento. 

Conclui‐se  que  a  quantidade  de  roupa  a  ser  vestida  em  um  ambiente  frio,  deve  ser 

determinada de forma a não criar os problemas acima citados. 

EDUCAÇÃO E TREINAMENTO 

Informar ao trabalhador quanto à necessidade do uso de vestimentas adequadas e da troca 

das  roupas  e  calçados  quando  estiverem  úmidos, molhados  ou  apertados. Quando  na  sala  de 

repousos, manter‐se quente, seco e em movimento, realizando exercícios freqüentes com braços, 

as pernas e os dedos das mãos e dos pés, para manter ativa a circulação periférica. 

Nos intervalos de almoço, evitar exercícios violentos, como jogos coletivos, para não haver 

dispersão de calor excessivo, e para evitar choques térmicos quando retornar ao trabalho. 

As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que 

apresentem  condições  similares,  que  exponham  os  trabalhadores  ao  frio,  sem  a  proteção 

adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local 

de trabalho. [ANEXO 9 da NR‐15] 

 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

NR‐29 ‐ FRIGORÍFICOS 

 

Locais “frigorificados”. 

Nos  locais  “frigorificados”  é  proibido  o  uso  de  máquinas  e  equipamentos  movidos  a 

combustão interna. 

O trabalho em locais “frigorificados” deve obedecer a seguinte tabela: 

 

Tabela 1 

Faixa  de Temperatura  de Bulbo Seco (° C) 

Máxima  Exposição  Diária  Permissível  para  Pessoas  Adequadamente Vestidas para Exposição ao Frio. 

+15,0 a ‐17,9 * +12,0 a ‐17,9 ** +10,0 a ‐17,9 *** 

Tempo total de trabalho no ambiente frio de 6 horas e 40 minutos, sendo quatro  períodos  de  1  hora  e  40 minutos  alternados  com  20 minutos  de repouso e recuperação térmica fora do ambiente de trabalho. 

‐18,0 a ‐33,9  Tempo total de trabalho no ambiente frio de 4 horas alternando‐se 1 hora de trabalho com 1 hora para recuperação térmica fora do ambiente frio. 

‐34,0 a ‐56,9  Tempo total de trabalho no ambiente frio de 1 hora, sendo dois períodos de 30 minutos com separação mínima de 4 horas para recuperação térmica fora do ambiente frio. 

‐57,0 a ‐73,0  Tempo total de trabalho no ambiente  frio de 5 minutos sendo o restante da jornada cumprida obrigatoriamente fora de ambiente frio. 

Abaixo de ‐73,0  Não é permitido a exposição ao ambiente  frio, seja qual  for a vestimenta utilizada. 

(*) faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática quente, de acordo com o mapa oficial do IBGE. (**)  faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática sub‐quente, de acordo com o mapa oficial do IBGE. (***) faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática mesotérmica, de acordo com o mapa oficial do IBGE.    

Page 6: Temperaturas Extremas GESTORE

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

LEGISLAÇÃO 

CLT 

 

DO CONFORTO TÉRMICO 

 

Art. 176. Os  locais de  trabalho deverão  ter  ventilação natural,  compatível  com o 

serviço realizado. 

Parágrafo único. A  ventilação artificial  será obrigatória  sempre que a natural não 

preencha as condições de conforto térmico. 

 

Art. 177. Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude de 

instalações geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de vestimenta adequada para o 

trabalho  em  tais  condições  ou  de  capelas,  anteparos,  paredes  duplas,  isolamento  térmico  e 

recursos similares, de forma que os empregados fiquem protegidos contra as radiações térmicas. 

 

Art.  178.  As  condições  de  conforto  térmico  dos  locais  de  trabalho  devem  ser 

mantidas dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho. 

 

DOS SERVIÇOS FRIGORÍFICOS 

 

Art. 253. Para os empregados que trabalham no  interior das câmaras frigoríficas e 

para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o  frio e vice‐versa, 

depois  de  1  (uma)  hora  e  40  (quarenta) minutos  de  trabalho  contínuo,  será  assegurado  um 

período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo. 

Parágrafo  único.  Considera‐se  artificialmente  frio,  para  os  fins  do  presente  artigo,  o  que  for 

inferior,  nas  primeira,  segunda  e  terceira  zonas  climáticas  do  mapa  oficial  do  Ministério  do 

Trabalho, a 15º  (quinze graus), na quarta  zona a 12º  (doze graus), e nas quinta,  sexta e  sétima 

zonas a 10º (dez graus). 

   

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL  

A N E X O II DO DECRETO 3.048  

AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO, CONFORME PREVISTO NO ART. 20 DA LEI Nº 8.213, DE 1991 

 _______________________________________________________________________ 

LISTA A  

AGENTES OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL RELACIONADOS COM A ETIOLOGIA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS E DE OUTRAS DOENÇAS RELACIONADAS COM O 

TRABALHO  

 AGENTES ETIOLÓGICOS OU 

FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL 

DOENÇAS CAUSALMENTE RELACIONADAS COM OS RESPECTIVOS AGENTES OU FATORES DE RISCO (DENOMINADAS E CODIFICADAS 

SEGUNDO A CID‐10) XXVII  ‐  Agentes  físicos, 

químicos  ou biológicos,  que afetam  a  pele,  não considerados  em outras rubricas 

1. “Dermatoses  Pápulo‐Pustulosas  e  suas  complicações infecciosas” (L08.9) 

2. Dermatite Alérgica de Contato (L23.‐) 3. Dermatite de Contato por Irritantes (L24.‐) 4. Urticária Alérgica (L50.0) 5. “Urticária Física” (devida ao calor e ao frio) (L50.2) 6. Urticária de Contato (L50.6) 7. Queimadura Solar (L55) 8. Outras  Alterações  Agudas  da  Pele  devidas  a  Radiação 

Ultravioleta  (L56.‐): Dermatite  por  Fotocontato  (Dermatite  de Berloque)  (L56.2);  Urticária  Solar  (L56.3);  Outras  Alterações Agudas  Especificadas  da  Pele  devidas  a  Radiação  Ultravioleta (L56.8); Outras Alterações Agudas da Pele devidas  a Radiação Ultravioleta, sem outra especificação (L56.9); 

9. Alterações da Pele devidas a Exposição Crônica a Radiação Não Ionizante  (L57.‐)  : Ceratose Actínica  (L57.0); Outras Alterações: Dermatite  Solar,  “Pele  de  Fazendeiro”,  “Pele  de Marinheiro” (L57.8) 

10. “Cloracne” (L70.8) 11. “Elaioconiose” ou “Dermatite Folicular” ((L72.8) 12. Outras  formas  de  hiperpigmentação  pela  melanina: 

“Melanodermia” (L81.4) 13. Leucodermia,  não  classificada  em  outra  parte  (Inclui  “Vitiligo 

Ocupacional”) (L81.5) 14. Úlcera Crônica da Pele, não classificada em outra parte (L98.4) 15. Geladura (Frostbite) Superficial: Eritema Pérnio (T33) (Frio) 16. Geladura (Frostbite) com Necrose de Tecidos (T34) (Frio)  

   

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO RELACIONADAS COM O TRABALHO (Grupo IX da CID‐10)  DOENÇAS  AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA 

OCUPACIONAL IX ‐ Síndrome de Raynaud (I73.0)  1. Cloreto de vinila (X46.‐; Z57.5)(Quadro 13) 

2. Vibrações localizadas (W43.‐; Z57.7) (Quadro 22) 3. Trabalho em baixas temperaturas (frio) (W93.‐; Z57.6) 

X  ‐ Acrocianose e Acroparestesia (I73.8) 

1. Cloreto de vinila (X46.‐; Z57.5) (Quadro 13) 2. Vibrações localizadas (W43.‐; Z57.7) (Quadro 22) 3. Trabalho em baixas temperaturas (frio) (W93.‐; Z57.6) 

 DOENÇAS DA PELE E DO TECIDO SUBCUTÂNEO RELACIONADAS COM O TRABALHO (Grupo XII da 

CID‐10)  DOENÇAS  AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 

NATUREZA OCUPACIONAL XXI  ‐ Urticária devida ao Calor e ao Frio (L50.2) 

Exposição  ocupacional  a  calor  e  frio  (W92,‐; W93.‐;  Z57.6) (Quadro 27) 

 DOENÇAS DA PELE E DO TECIDO SUBCUTÂNEO RELACIONADAS COM O TRABALHO (Grupo XII da 

CID‐10)  DOENÇAS  AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE 

NATUREZA OCUPACIONAL XXXIV ‐ Geladura (Frostbite) Superficial 

(T33): Eritema Pérnio  

1. Cloreto  de  etila  (anestésico  local)  (W93.‐;  Z57.6) (Quadro 13) 

2. Frio (X31.‐; W93.‐; Z57.6) (Quadro 27) XXXV  ‐ Geladura  (Frostbite) com Necrose 

de Tecidos (T34)  

1. Cloreto  de  etila  (anestésico  local)  (W93.‐;  Z57.6) (Quadro 13) 

2. Frio (X31.‐; W93.‐; Z57.6) (Quadro 27)  

REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ANEXO IV 

CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS  

CÓDIGO  AGENTE NOCIVO  TEMPO DE EXPOSIÇÃO 

2.0.0   AGENTES FÍSICOS     Exposição acima dos limites de tolerância especificados ou às 

atividades descritas.  

2.0.4  TEMPERATURAS ANORMAIS  25 ANOS   a) trabalhos com exposição ao calor acima dos limites de  tolerância  

estabelecidos  na  NR‐15,  da Portaria no 3.214/78.  

 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

CALOR 

 

ANEXO 3 da NR‐15 

 

Verifica‐se a presença de calor em  inúmeras operações  industriais, como na  fundição de 

metais,  na  laminação  a  quente,  nos  altos‐fornos,  nos  vazamentos  em  aciarias,  em  fornos  de 

cerâmica etc. 

O  trabalho  efetuado  com  exposição  a  altas  temperaturas  provoca  fadiga  intensa  e, 

conseqüentemente,  a  diminuição  do  rendimento  normal  do  trabalhador,  em  razão  do  maior 

desgaste físico e da perda de água e de sais. 

Os  principais  quadros  clínicos  causados  pelo  calor  são:  a  intermação,  a  desidratação,  a 

prostração  térmica,  as  câimbras  do  calor,  e  os  problemas  de  pele.  Somente,  após  3  semanas 

trabalhando  sob  calor,  é  que  o  trabalhador  consegue  a  aclimatação,  tornando‐se mais  fácil  e 

menos perigoso o trabalho em ambientes sob altas temperaturas. 

O  controle  médico  do  trabalhador  deve  ser  rigoroso,  principalmente  na  fase  de 

aclimatação,  (ou  adaptação),  inicial,  e,  também,  após  o  retorno  de  ferias  ou  após  qualquer 

afastamento por mais de 2 semanas, depois do que o indivíduo perde totalmente a adaptação ao 

calor. 

Há, portanto,  a necessidade de  conhecer  como  se processa  a  interação  térmica entre o 

organismo humano e o meio ambiente;  conhecer  seus efeitos e determinar  como quantificar e 

controlar esta interação. 

MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS 

Condução – Quando dois corpos em  temperaturas diferentes  são colocados em contato, 

haverá um  fluxo de calor do corpo com  temperatura maior para o de  temperatura menor. Este 

fluxo torna‐se nulo, no momento em que as temperaturas dos dois corpos se igualam. 

Condução‐convecção – A troca térmica se processa como no caso anterior, somente que, 

neste caso, pelo menos um dos corpos é um fluido. Desta forma, a transição do calor entre os dois 

corpos provocará a movimentação do fluido. 

Radiação – Quando dois  corpos  se  encontram  em  temperaturas diferentes, haverá uma 

transferência de calor, por emissão de radiação  infravermelha, do corpo com temperatura maior 

para o  corpo de  temperatura menor. Este  fenômeno ocorre, mesmo não havendo um meio de 

propagação  entre  eles.  O  calor  transmitido  através  deste  mecanismo  é  denominado  calor 

radiante. 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

Evaporação  –  Um  líquido  que  envolve  um  sólido  em  uma  determinada  temperatura 

transforma‐se  em  vapor,  passando  para  o  meio  ambiente.  Este  fenômeno,  denominado 

evaporação,  é  função  da  quantidade  de  vapor  já  existente  no meio  e  da  velocidade  do  ar  na 

superfície do sólido. Considerando‐se que a pressão de vapor no meio se mantém constante para 

que um  líquido passe a vapor, no processo de evaporação, é necessário que o mesmo absorva 

calor. No  caso  citado, o  líquido  retira  calor do  sólido para passar a  vapor. Concluindo, pode‐se 

afirmar que o sólido perdeu calor para o meio ambiente, pelo mecanismo de evaporação. 

PERDA E GANHO DE CALOR PELO ORGANISMO 

Os principais meios de perda e ganho de calor pelo organismo são: 

1°  o  calor  produzido  pelo  próprio  organismo,  que  varia  consideravelmente  segundo  a 

atividade física desenvolvida; 

2° a condução‐convecção e a radiação que podem implicar em um ganho ou perda de calor 

pelo organismo, conforme a temperatura da pele seja mais baixa ou mais alta que a temperatura 

do ar; 

3° a evaporação do suor na superfície do corpo  implica, necessariamente, em uma perda 

de calor. 

Perda ou ganho de calor pelo organismo também ocorrem no processo da respiração e na 

ingestão de alimentos quentes ou  frios. Estas, no entanto, constituem pequenas quantidades e, 

portanto, não serão consideradas. 

Para manter o corpo em equilíbrio térmico, a quantidade de calor ganha pelo organismo 

deve  ser  contrabalanceada  pela  quantidade  de  calor  perdida  para  o meio  ambiente. As  trocas 

térmicas entre o corpo e o meio ambiente podem ser relacionadas através da seguinte expressão 

matemática: 

M ± C ± R – E = S 

Onde: 

M – calor produzido pelo metabolismo; 

C – calor ganho ou perdido por condução‐convecção; 

R – calor ganho ou perdido por radiação 

E – calor perdido por evaporação; 

S – calor acumulado no organismo (sobrecarga térmica). 

 

O organismo se encontrará em equilíbrio térmico, quando S for igual a zero. 

 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

REAÇÕES DO ORGANISMO AO CALOR 

Na medida em que há um aumento de calor ambiental, ocorre uma reação no organismo 

humano no sentido de promover um aumento da perda de calor.  Inicialmente ocorrem reações 

fisiológicas  paras  para  promover  a  perda  de  calor, mas  estas  reações,  por  sua  vez,  provocam 

outras alterações que, somadas, resultam num distúrbio fisiológico. 

Os  principais mecanismos  de  defesa  do  organismo  humano,  quando  submetido  a  calor 

intenso, são a vasodilatação periférica e a sudorese. 

Vasodilatação Periférica 

Quando a quantidade de calor que o corpo perde por condução‐convecção ou radiação é 

menor  que  o  calor  ganho,  a  primeira  ação  corretiva  que  se  processa  no  organismo  é  a 

vasodilatação periférica, que  implica num maior  fluxo de  sangue na  superfície do  corpo e num 

aumento da  temperatura da pele. Estas alterações  resultam em um aumento da quantidade de 

calor  perdido  ou  numa  redução  do  calor  ganho.  O  fluxo  de  sangue  no  organismo  humano 

transporta calor do núcleo do corpo para sua superfície, onde ocorrem as trocas térmicas. 

Sudorese 

Outro  mecanismo  de  defesa  do  organismo  é  a  sudorese.  O  número  de  glândulas 

sudoríparas ativadas é diretamente proporcional ao desequilíbrio térmico existente. 

A quantidade de suor produzido pode, em curtos períodos, atingir até dois litros por hora, 

embora, em um período de várias horas, não exceda a um litro por hora. Pela sudorese no ritmo 

de um litro por hora um homem pode, teoricamente, perder 600 Kcal/hora para o meio ambiente. 

 

Doenças do calor 

Se o aumento do  fluxo de sangue na pele e a produção de suor  foram  insuficientes para 

promover  a  perda  adequada  de  calor,  ou  se  estes  mecanismos  deixarem  de  funcionar 

apropriadamente,  uma  fadiga  fisiológica  pode  ocorrer.  Existem  quatro  categorias  principais  de 

doenças devidas ao calor: 

• exaustão do calor; 

• desidratação; 

• câimbras do calor; 

• choque térmico. 

   

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

Exaustão do calor 

É decorrente de uma insuficiência do suprimento de sangue do córtex cerebral, resultante 

da dilatação dos vasos sanguíneos em  resposta ao calor. Uma baixa pressão arterial é o evento 

crítico resultante, devido, em parte, a uma inadequada saída de sangue do coração e, em parte, a 

uma vasodilatação que abrange uma extensa área do corpo. 

Desidratação 

Em seu estágio inicial, a desidratação atua, principalmente, reduzindo o volume de sangue 

e promovendo a exaustão do calor. Mas, em casos extremos produz distúrbios na função celular, 

provocando  até  a  deteriorização  do  organismo.  Ineficiência  muscular,  redução  da  secreção 

(especialmente das glândulas salivares), perda de apetite, dificuldade de engolir, acúmulo de ácido 

nos tecidos irão ocorrer com elevada intensidade. Uremia temporária, febre e morte ainda podem 

ocorrer. 

Câimbras de calor 

Ocorrem espasmos musculares, seguindo‐se uma redução do cloreto de sódio no sangue, 

de modo  a  atingir  concentrações  inferiores  a  um  certo  nível  crítico. A  alta  perda  de  cloreto  é 

facilitada pela intensa sudorese e falta de aclimatização. 

Choque térmico 

Ocorre quando a  temperatura do núcleo do  corpo é  tal, que põe em  risco algum  tecido 

vital que permanece em contínuo funcionamento. É devido a um distúrbio no mecanismo termo‐

regulador, que fica impossibilitado de manter um adequado equilíbrio térmico entre o indivíduo e 

o meio. 

Fatores que influem nas trocas térmicas 

A complexidade do estudo do calor  reside no  fato de haver diversos  fatores ou variáveis 

que influem nas trocas térmicas entre o corpo humano e o meio ambiente, e que definem, desta 

forma, a severidade da exposição ao calor. 

Entre  os  inúmeros  fatores  que  influem  nas  trocas  térmicas,  cinco  principais  devem  ser 

considerados na quantificação da sobrecarga térmica: 

• temperatura do ar 

• umidade relativa do ar 

• velocidade do ar 

• calor radiante 

• tipo de atividade 

 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

Temperatura do ar 

A influência da temperatura do ar na troca térmica entre o organismo e o meio ambiente 

pode  ser  avaliada,  observando‐se  a  defasagem,  positiva  ou  negativa,  existente  entre  esta 

temperatura e a temperatura da pele. Quando a temperatura do ar é maior que a temperatura da 

pele, o organismo ganha  calor por  condução‐convecção. Quando a  temperatura do ar é menor 

que a  temperatura da pele, o organismo perde calor pelo mesmo mecanismo. A quantidade de 

calor ganha ou perdida é diretamente proporcional à defasagem existente entre as temperaturas, 

em cada um dos casos. 

Umidade relativa do ar 

Influi na troca térmica que ocorre entre o organismo e o meio ambiente pelo mecanismo 

da  evaporação.  Embora,  teoricamente,  o  organismo  humano  possa  perder  600  Kcal/hora  pela 

evaporação do suor, esta razão poderá ser diminuída em função da umidade relativa do ar. Se, por 

exemplo,  a  umidade  relativa  do  ar  for  100%,  este  estará  saturado  de  vapor  de  água,  o  que 

certamente dificulta a evaporação do suor para o meio ambiente. Neste caso, a perda de calor por 

evaporação será reduzida. Se, por outro  lado, a umidade relativa do ar  for 0%  (zero por cento), 

haverá condição para o organismo perder 600Kcal/hora para o ambiente. Observando‐se o que 

ocorre nos dois extremos acima descritos torna‐se fácil perceber que quanto maior é a umidade 

relativa do ar, menor será a perda de calor por evaporação. 

Velocidade do ar 

Pode alterar o intercâmbio de calor entre o organismo e o ambiente, interferindo, tanto na 

troca térmica por condução‐convecção, como na troca térmica por evaporação. 

No mecanismo de condução‐convecção, o aumento da velocidade do ar acelera a troca de 

camadas de ar próximas ao corpo, aumentando o fluxo de calor entre este e o ar. Portanto, se a 

temperatura  do  ar  for menor  que  a  temperatura  do  corpo,  o  aumento  da  velocidade  do  ar 

implicará em maior perda de calor do corpo para o meio. Mas se a temperatura do ar for maior 

que  a  temperatura  do  corpo,  este  ganhará mais  calor  com  o  aumento  da  velocidade  do  ar. 

Conclui‐se, neste caso, que a variação da velocidade do ar pode ter uma ação positiva ou negativa 

na troca térmica por condução‐convecção. 

No mecanismo da evaporação, o aumento da movimentação do ar perto da superfície do 

corpo  implica na  remoção da camada de ar próxima da pele, que se encontra com alto  teor de 

vapor d’água, proveniente da evaporação do suor. Desta forma, evita‐se que a camada de ar que 

envolve o corpo fique com uma umidade relativa superior à do ambiente e dificulte a evaporação 

do  suor. Observa‐se  que  o  aumento  da  velocidade  do  ar  sempre  facilita  a  perda  de  calor  por 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

evaporação. É  conveniente  lembrar que, devido às  limitações  fisiológicas  já descritas, a  taxa de 

evaporação do suor não se elevará indefinidamente. 

Calor radiante 

Quando uma pessoa se encontra em presença de fontes apreciáveis de calor radiante, isto 

é, fontes que estejam emitindo considerável quantidade de radiação  infravermelha, o organismo 

humano ganhará calor pelo mecanismo da radiação. No estudo do calor, este fator não deve ser 

desprezado, pois  contribui  significativamente para  a  elevação da  sobrecarga  térmica. Caso não 

haja  fontes de calor radiante ou se as mesmas  forem controladas, o organismo humano poderá 

perder calor pelo mecanismo da radiação. 

Tipo de atividade 

Quanto mais intensa for a atividade física exercida pelo indivíduo, tanto maior será o calor 

produzido  pelo  metabolismo.  Para  indivíduos  que  trabalham  em  ambientes  quentes,  o  calor 

decorrente da atividade física constituirá parte do calor total ganho pelo organismo e, portanto, 

deve ser considerado, na quantificação da sobrecarga térmica. 

Avaliação 

Na avaliação do calor, devem‐se  levar em consideração todos os parâmetros que  influem 

na sobrecarga térmica a que estão submetidos os trabalhadores. 

Para tanto, é necessário quantificar cada um destes parâmetros e considerá‐los de forma 

adequada, obtendo, assim, resultados finais que expressem as condições reais de exposição. 

Como é sabido, existem cinco fatores que devem ser considerados na avaliação do calor: 

• temperatura do ar; 

• umidade relativa do ar; 

• velocidade do ar; 

• calor radiante; 

• tipo de atividade exercida pelo trabalhador. 

Combinando estes fatores adequadamente, determinam‐se os índices de conforto térmico 

e de sobrecarga térmica para cada local de trabalho. 

 

Técnicas de medição 

Os  quatro  primeiros  são  fatores  ambientais  e  podem  ser  quantificados  através  de 

aparelhagem especial, mas a quantificação do calor produzido pela atividade física do trabalhador 

é bastante complexa e, portanto, na prática, é apenas estimada através de tabelas ou gráficos. 

 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

Temperatura do ar 

Deve ser medida com termômetro de mercúrio comum, mas de funcionamento confiável, 

permitindo leituras até 1/10 de grau Celsius. 

A leitura é feita quando o termômetro está estabilizado. 

Umidade relativa do ar 

Na medição deste parâmetro, utiliza‐se o aparelho denominado psicrômetro. 

O  psicrômetro  é  basicamente  constituído  de  dois  termômetros  idênticos  colocados 

paralelamente. Um deles possui o seu bulbo  revestido por  tecido que deve ser umedecido com 

água destilada durante a medição. Após a estabilização, faremos duas  leituras: a temperatura de 

bulbo seco e a temperatura de bulbo úmido. 

A temperatura de bulbo seco, nada mais é do que a temperatura do ar, e, portanto, esta 

última pode ser obtida diretamente no psicrômetro. 

A  circulação  de  ar  pelos  bulbos  do  termômetro  é  um  fator  importante  e  deve  ser 

observada.  Da  não  observância  deste  detalhe  resulta  uma  leitura  incorreta,  pois  logo  que  o 

psicrômetro é exposto ao calor, vapores de água destilada são emitidos do bulbo úmido para o 

ambiente  mantendo‐se  em  equilíbrio  com  a  umidade  do  mesmo.  Se  não  há  movimentação 

adequada do ar, ocorre uma rápida saturação de vapor em torno do bulbo, invalidando a leitura. 

Os valores obtidos nos dois termômetros são colocados em um gráfico denominado carta 

psicrométrica, obtendo‐se desta forma a umidade relativa do ar. 

Velocidade do ar 

A medição da velocidade do ar é feita com aparelhos denominados anemômetros. 

Existem uma variedade muito grande de anemômetros, porém, os mais  indicados para o 

levantamento de calor são anemômetros bastante sensíveis a pequenos fluxos de ar, que podem 

fazer leituras contínuas da movimentação de ar não direcional. 

Calor radiante 

Este parâmetro é medido indiretamente através de um aparelho denominado termômetro 

de globo. É composto de uma esfera oca de cobre com aproximadamente 15 cm de diâmetro e um 

1mm  de  espessura,  pintada  externamente  de  preto‐fosco;  e  um  termômetro  cujo  bulbo  deve 

localizar‐se no centro da esfera. Este aparelho deve ser montado no local da medição sem contato 

direto com o suporte, a fim de evitar perda de calor por condução. A leitura obtida é denominada 

temperatura de globo. A leitura correta é obtida após 30 minutos de estabilização do aparelho. 

 

 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

Tipo de atividade exercida pelo trabalhador 

A  quantidade  de  calor  produzida  pelo  organismo  é  proporcional  ao  esforço  físico 

despendido  pelo  trabalhador.  Devido  à  grande  dificuldade  em  efetuar  sua  avaliação,  este 

parâmetro deve ser estimado através de tabelas que estabelecem valores em função da atividade 

exercida. 

Local da medição 

Cabe ainda salientar a importância da  localização dos aparelhos de medição. Estes devem 

ser montados no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida, 

para que as leituras representem as condições reais da exposição. 

É  igualmente  importante  que  os  trabalhos  de  avaliação  não  interfiram  nas  condições 

normais do ambiente, a fim de que os resultados sejam significativos. 

 

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR 

 

A  legislação brasileira, através da portaria 3.214 de 8 de  junho de 1978, do Ministério do 

Trabalho, estabelece que a exposição ao calor deve ser avaliada através do Índice de Bulbo Úmido‐

Termômetro de Globo (IBUTG). 

Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo – IBUTG 

Consiste em um índice de sobrecarga térmica, definido por uma equação matemática que 

correlaciona alguns parâmetros medidos no ambiente de trabalho. A equação, para o cálculo do 

índice, varia em função da presença, ou não, de carga solar no momento da medição, conforme é 

apresentado a seguir: 

A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de 

Globo" ‐ IBUTG definido pelas equações que se seguem: 

Ambientes internos ou externos sem carga solar: 

IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg 

Ambientes externos com carga solar: 

IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg 

onde: 

tbn = temperatura de bulbo úmido natural 

tg = temperatura de globo 

tbs = temperatura de bulbo seco. 

 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

Os  aparelhos  que  devem  ser  usados  nesta  avaliação  são:  termômetro  de  bulbo  úmido 

natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum. 

As medições  devem  ser  efetuadas  no  local  onde  permanece  o  trabalhador,  à  altura  da 

região do corpo mais atingida. 

 

Limites de  tolerância para  exposição  ao  calor,  em  regime de  trabalho  intermitente  com 

períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço. 

Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro 1. 

 

QUADRO 1 

Regime  de  Trabalho  Intermitente  c/ descanso no  próprio local de trabalho ( por hora ) 

Tipo de atividade Leve  Moderada  Pesada 

Trabalho contínuo  até 30,0  até 26,7  até 25,0 45 minutos trabalho 15 minutos descanso 

30,1 a 30,6  26,8 a 28,0  25,1 a 25,9 

30 minutos trabalho 30 minutos descanso 

30,7 a 31,4  28,1 a 29,4  26,0 a 27,9 

15 minutos trabalho 45 minutos descanso 

31,5 a 32,2  29,5 a 31,1  28,0 a 30,0 

Não  é  permitido  o  trabalho  sem  a  adoção de medidas adequadas de controle. 

acima de 32,2 acima de 31,1  acima de 30,0 

 

Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais. 

A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita consultando‐se o 

Quadro 3. 

 

Desta  forma determinam‐se períodos de  trabalho  alternados por  períodos  de descanso, 

que são realizados no próprio local de trabalho. 

Conforme observa‐se, este critério é utilizado para definir  regimes de  trabalho‐descanso, 

para as condições de operação nas quais o trabalhador não pode abandonar o  local de trabalho, 

entre a execução de uma tarefa e a seguinte. 

Neste  caso,  o  limite  de  tolerância  para  exposição  ao  calor  será  considerado  excedido, 

quando os valores obtidos na avaliação não forem compatíveis com quadro 1. 

Exemplo: 

Observando‐se um operador de  forno de uma empresa, verifica‐se que o mesmo gasta 3 

minutos carregando o forno, aguarda 4 minutos para que a carga atinja a temperatura esperada 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

sem, no entanto, sair do local e, em seguida, gasta outros 3 minutos para descarregar o forno. Este 

ciclo de trabalho é continuamente repetido durante toda jornada de trabalho. 

Determinando‐se os parâmetros necessários ao cálculo do IBUTG, obteve‐se: 

Tg=35°C 

Tbn=25°C 

Tipo de atividade – Moderada (Quadro 3) 

Calculando‐se o IBUTG, temos: 

IBUTG=0,7x25+0,3x35=28°C 

Consultando‐se o quadro 1, conclui‐se, que cada hora corrida de trabalho, o operário pode 

trabalhar, no máximo, 45 minutos e descansar, no mínimo, 15 minutos. E importante lembrar que 

este regime é recomendado, considerando‐se que o trabalhador não sai do local analisado. 

Analisando‐se, agora, o  regime de  trabalho observado na empresa,  constata‐se que, em 

cada  10 minutos  corridos,  o  operário  trabalha  6 minutos  (3 minutos  carregando  o  forno  e  3 

minutos  descarregando)  e  aguarda  4 minutos  a  elevação  da  temperatura,  sem  sair  do  local, 

operação esta considerada como “descanso no próprio  local de trabalho” para fins deste critério 

de avaliação. 

Como  o  ciclo  observado  continuamente  se  repete,  pode‐se  afirmar  que,  em  cada  hora 

corrida de trabalho, o ciclo se repete 6 vezes e o operário trabalha um total de 36 minutos (6x6 

minutos) e descansa 24 minutos (6x4 minutos). 

Sendo que se verificou, através do quadro 1, que o operário pode, em cada hora corrida, 

trabalhar 45 minutos e descansar 15 minutos,  conclui‐se que o  ciclo de  trabalho observado na 

empresa  é  compatível  com  a  atividade  física  do  trabalhador  e  com  as  condições  térmicas  do 

ambiente analisado e, portanto, o limite de tolerância não é excedido. 

 

Limites de  tolerância para  exposição  ao  calor,  em  regime de  trabalho  intermitente  com 

período de descanso em outro local (local de descanso). 

Para os fins deste item, considera‐se como local de descanso ambiente termicamente mais 

ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve. 

Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro 2. 

 

 

 

 

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QUADRO 2 

 

M ( Kcal/h)  Máximo IBUTG 175  30,5 200  30,0 250  28,5 300  27,5 350  26,5 400  26,0 450  25,5 500  25,0 

 

 

Onde: M  é  a  taxa  de metabolismo média  ponderada  para  uma  hora,  determinada  pela 

seguinte fórmula: 

M= (Mt x Tt + Md x Td)/60 

sendo: 

Mt = taxa de metabolismo no local de trabalho. 

Tt = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho. 

Md = taxa de metabolismo no local de descanso. 

Td = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso. 

_____ 

IBUTG  é  o  valor  IBUTG  médio  ponderado  para  uma  hora,  determinado  pela  seguinte 

fórmula: 

______ 

IBUTG = (IBUTGt x Tt + IBUTGd x Td)/60 

 

 

sendo: 

IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho. 

IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso. 

Tt e Td = como anteriormente definidos. 

Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, 

sendo Tt + Td = 60 minutos corridos. 

As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando‐se o Quadro 3. 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais. 

 

QUADRO 3 

TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE 

 

  

Quando, observando‐se os procedimentos de  trabalho de um operário que atua  junto a 

uma  fonte de  calor,  se verifica que o mesmo executa  seu  trabalho  intercalado por períodos de 

descanso em outro  local termicamente mais ameno, a  interpretação das condições de exposição 

ao calor é feita através do quadro 2. 

Para valores de “M” intermediários aos existentes no quadro 2, recomenda‐se considerar, 

como limite, o máximo IBUTG relativamente ao “M” imediatamente mais elevado. 

A  determinação  do metabolismo,  tanto  para  o  local  de  trabalho,  como  para  o  local  de 

descanso, é feita consultando‐se o quadro 3. 

Neste  caso,  o  limite  de  tolerância  para  exposição  ao  calor  será  considerado  excedido, 

quando os valores obtidos na avaliação não forem compatíveis com o quadro 2. 

 

Exemplo: 

Observando‐se um operador de  forno de uma empresa, verifica‐se que o mesmo gasta 3 

minutos carregando o forno, aguarda 4 minutos para que a carga atinja a temperatura esperada e, 

em seguida, gasta outros 3 minutos para descarregar o forno. Durante o tempo em que aguarda a 

elevação  da  temperatura  da  carga  (4 minutos),  o  operador  do  forno  fica  fazendo  anotações, 

sentado a uma mesa que está afastada do forno. Este ciclo de trabalho é continuamente repetido 

durante toda jornada de trabalho. 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

Neste caso, para  fins de aplicação do  índice, denomina‐se  local de trabalho, o  local onde 

permanece o trabalhador quando carrega e descarrega o forno, e local de descanso, o local onde o 

operador do forno permanece sentado, fazendo anotações. 

Determinando‐se os parâmetros necessários ao cálculo do IBUTG, obteve‐se: 

a) local de trabalho 

tg=54°C 

tbn=22°C 

M=300 Kcal/h 

Calculando‐se o IBUTG, temos: 

IBUTGt=0,7x22+0,3x54=31,6°C 

b) local de descanso 

tg=28°C 

tbn=20°C 

M=125Kcal/h 

Calculando‐se o IBUTG, temos: 

IBUTGd=0,7x20+0,3x28=22,4°C 

Como no exemplo anterior, pode‐se afirmar que, em cada hora corrida de trabalho, o ciclo 

se repete 6 vezes e o operário trabalha um total de 36 minutos e descansa 24 minutos. 

Calculando‐se M (médio) e IBUTG (médio), temos: 

M=(300x36+125x24)/60=230 Kcal/h 

IBUTG=(31,6x36+22,4x24)/60=27,9°C 

 

Como o valor de “M” (médio) encontrado, 230 Kcal/h, não consta do quadro 2, considera‐

se  o máximo  IBUTG  recomendado  ao  “M”  (médio)  imediatamente mais  elevado,  ou  seja,  250 

Kcal/h. 

Portanto, para as condições observadas no ambiente de trabalho, o máximo IBUTG (médio) 

aceito  é  28,5°C  (vide  quadro  2).  Como  o  IBUTG  calculado  foi  27,9°C,  conclui‐se  que  o  ciclo  de 

trabalho  observado  na  empresa  é  compatível  com  a  atividade  física  do  trabalhador  e  com  as 

condições térmicas do ambiente analisado e, portanto, o limite de tolerância não é excedido. 

 

 

 

 

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Texto retirado do livro Agentes Físicos da FUNDACENTRO com modificações e inclusões.

Medidas de Controle 

Além das medidas de controle ambiental, recomenda‐se sempre a aplicação de medidas 

relativas ao homem, de modo a se atenuar a sobrecarga térmica a curto prazo. 

 

As medidas podem ser: 

• Limitação do tempo de exposição: 

Esta medida consiste em adotar um período de descanso, visando reduzir a sobrecarga 

térmica a níveis compatíveis com o organismo. 

Como se pode observar no índice analisado (IBUTG), a limitação do tempo de exposição é 

medida de controle sempre presente. Quando os tempos de exposição não forem 

compatíveis com as condições de trabalho observadas, deve‐se promover um reestudo dos 

procedimentos de trabalho, no sentido de determinar um regime de trabalho‐descanso que 

atenda os limites recomendados. 

 

• Exames médicos: 

Recomenda‐se a realização de exames médicos admissionais com a finalidade de se detectar 

possíveis  problemas  de  saúde  que  possam  ser  agravados  com  a  exposição  ao  calor,  tais 

como:  problemas  cardio‐circulatórios,  deficiências  glandulares  (principalmente  glândulas 

sudoríparas), etc.  

Tais  exames  permitem  selecionar  um  grupo  adequado  de  profissionais  que  reúnem 

condições adequadas ao trabalho. Exames médicos periódicos também devem ser realizados 

com a finalidade de promover um contínuo acompanhamento dos trabalhadores. 

 

• Soro hidratante: 

É importante mencionar que em períodos de calor, o funcionário vai perder cloreto de sódio 

pela transpiração, sendo necessário a sua reidratação, o que pode ser feito ingerindo muita 

água e soro hidratante em doses adequadas, recomendadas por médico.