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Plano de Contingência Local Temperaturas Extremas Adversas Módulo de Inverno 2016-2017

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Plano de Contingência Local

Temperaturas Extremas Adversas

Módulo de Inverno

2016-2017

2016

Setembro

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Plano de Contingência Local Temperaturas Extremas Adversas - Módulo Inverno

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ACES Almada Seixal - Unidade de Saúde Higeia

Índice

Pág.

1. Plano de Contingência Local para Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Inverno … 4

1.1. Efeitos do frio na saúde……………………………………………………………………… 4

1.2. Grupos vulneráveis…….…………………………………………………………………….. 5

2. Objetivos …………………………………………………………………………………………… 5

3. Níveis de alerta ……………………………………………………………………………………… 5

3.1. Comunicação dos níveis de alerta ………………………………………………………...… 6

4. Medidas de intervenção…………………………………………………………………………… 7

4.1. Medidas de Saúde Pública……………………………………………………………………. 7

4.2. Prestação de cuidados de saúde…………………………………………………………….. 8

5. Atividades da USP…………………………………………………………………………………… 9

6. Avaliação …………………………………………………………………………………………… 9

7. Anexos ……………………………………………………………………………………………… 10

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Plano de Contingência Local Temperaturas Extremas Adversas - Módulo Inverno

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ACES Almada Seixal - Unidade de Saúde Higeia

Lista de Abreviaturas

Abreviatura

Significado

ACES Agrupamento de Centros de Saúde

ARS Administração Regional de Saúde

DGS Direção Geral de Saúde

ECL Equipas Coordenadoras Locais

HGO Hospital Garcia D’Orta

SNS Serviço Nacional de Saúde

UCC Unidade Cuidados Comunidade

USP Unidade Saúde Pública

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ACES Almada Seixal - Unidade de Saúde Higeia

1. Plano de Contingência Local para Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Inverno

No âmbito da Saúde Sazonal é ativado anualmente, o Plano de Contingência Local para

Temperaturas Extremas Adversas – módulo Inverno com o objetivo de prevenir e minimizar os efeitos

negativos do frio extremo e das infeções respiratórias, nomeadamente da gripe, na saúde da população

em geral e dos grupos de risco em particular.

O Plano apresenta as orientações que permitem comunicar o risco e a gestão desse risco à população e

aos parceiros do setor da saúde, capacitar os cidadãos para a sua proteção individual (literacia) e

promover a prontidão dos serviços de saúde para a resposta ao aumento da procura ou a uma procura

diferente da esperada.

Este plano tem como documentos orientadores os Planos de Contingência para as temperaturas

extremas adversas - módulo inverno – da Direção Geral de Saúde e da ARSLVT,IP, 2016-2017.

O Plano é ativado em Portugal Continental, entre 1 de novembro 2016 e 31 de março de 2017 e,

eventualmente, noutros períodos em função das condições meteorológicas.

1.1 Efeitos do Frio na Saúde

As épocas frias do ano estão associadas a níveis de mortalidade mais elevados e à ocorrência mais

frequente de doenças ou agravamento de algumas patologias pré-existentes.

As consequências diretas da exposição prolongada ao frio intenso são o enregelamento (lesão da pele e

dos tecidos subjacentes, normalmente no nariz, orelhas, dedos ou pés), onde nos casos mais graves

pode provocar danos permanentes no corpo e até a amputação e a hipotermia que ocorre quando a

temperatura corporal cai significativamente abaixo do normal (<35ºC) e afeta o funcionamento do

organismo.

O frio é também responsável pelo agravamento de várias doenças, sobretudo do foro respiratório e

cardiovasculares.

Em resumo, o frio pode provocar/agravar:

- Doenças agudas, em especial do aparelho respiratório;

- Síndrome de Raynaud;

- Doenças cardiovasculares;

- Doenças crónicas do foro músculo-esquelético e metabólico;

- Doenças crónicas do foro psiquiátrico.

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Associados aos fenómenos de frio intenso, decorrem outras situações nomeadamente alteração da

qualidade do ar interior nas habitações e nos estabelecimentos por necessidade de diminuir a entrada de

ar frio e consequente menor arejamento dos espaços. A utilização de sistemas de aquecimento com

recurso à combustão aumenta o perigo de intoxicação por monóxido de carbono e acidentes domésticos

com queimaduras provocadas pelos equipamentos de aquecimento (por ex. lareiras, braseiras).

A falta de condições das habitações e a deficiência do isolamento térmico favorecem o aparecimento de

fungos e bolores que podem agravar situações do foro alérgico.

Nas vias de circulação automóvel, a chuva, o gelo, a neve e os nevoeiros podem representar um perigo

para a circulação rodoviária, podendo fazer aumentar a sinistralidade.

1.2 Grupos Vulneráveis

- Indivíduos que vivem sem abrigo e em situações de exclusão social

- Crianças, particularmente os recém-nascidos

- Idosos, em especial os que vivem isolados

- Indivíduos acamados ou dependentes

- Indivíduos com patologias específicas: portadores de doenças crónicas, doenças

metabólicas, cardiovasculares, respiratórias

- Trabalhadores de setores de atividades desenvolvidas ao ar livre

2. Objetivos

Prevenir e minimizar os efeitos negativos do frio extremo e das infeções respiratórias,

nomeadamente da gripe, na saúde da população em geral e dos grupos de risco em particular.

Minimizar a ocorrência de outros acontecimentos com impacto na saúde, nomeadamente, as intoxicações por monóxido de carbono e os acidentes.

3. Níveis de Alerta

A decisão do nível de alerta é da responsabilidade do Delegado de Saúde Regional em coordenação com

os elementos do Grupo Técnico Regional da ARSLVT.

São definidos quatro níveis de alerta, considerando os possíveis efeitos sobre a saúde da população

originados pela ocorrência de Vagas de Frio. A cada nível de alerta corresponde o desenvolvimento de

medidas adequadas aos grupos de população vulnerável e respetivas necessidades.

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Os níveis de alerta serão definidos, diariamente com base:

Nas condições meteorológicas:

- Temperatura máxima e temperatura mínima previstas e observadas;

- Aviso meteorológico para temperaturas mínimas.

Outra informação de carácter ambiental

Na procura de serviços:

- Serviços de Urgência;

- Consultas de Cuidados de Saúde Primários.

Níveis de Alerta

Nível 1 Verde Situação de Vigilância

Nível 2 Amarelo São previsíveis efeitos sobre a saúde

Nível 3 Laranja São esperadas consequências graves em termos de saúde

Nível 4 Vermelho São esperadas consequências graves em termos de saúde e mortalidade

3.1 Comunicação dos Níveis de Alerta

Nível de Alerta Forma de Comunicação

Os coordenadores das USP devem comunicar o nível de alerta ao respetivo Diretor Executivo do ACES e

às instituições da área de influência:

- Direção Clínica do Hospital Garcia D’Orta

- Responsáveis locais dos Serviços de Segurança Social

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ACES Almada Seixal - Unidade de Saúde Higeia

- Coordenadores dos Serviços Municipais de Proteção Civil

A informação será divulgada através de correio eletrónico e no nível de alerta vermelho também será

reforçada por fax.

4. Medidas de Intervenção

4.1 Medidas de Saúde Pública

- Comunicar ao ACES Almada Seixal, Hospital Garcia D’Orta e aos parceiros - Proteção Civil

Municipal de Almada e do Seixal, Segurança Social de Almada e do Seixal - sobre o início do

Plano de contingência para temperaturas extremas adversas – “Módulo Inverno”.

- Divulgar os níveis de alerta aos parceiros e ajustar as medidas preconizadas.

- Articular com as entidades locais de saúde, proteção civil e serviços sociais, quando necessário.

- Promover a literacia: divulgação e reforço das recomendações para a população em geral e

grupos de risco em particular, sobre as medidas preventivas dos efeitos do frio extremo na

saúde e de outros acontecimentos, nomeadamente infeções respiratórias, intoxicações por

monóxido de carbono, acidentes e promoção da linha Saúde 24 (808 24 24 24) como primeiro

contato com o sistema de saúde.

- Promover articulação com as UCC e Equipas Coordenadoras Locais das Unidades de Cuidados

Continuados Integrados.

- Promover a adoção de medidas de higiene respiratória e de controlo de infeção:

Reforço das medidas de higiene das mãos

Informação sobre medidas de etiqueta respiratória e adoção de medidas de

“distanciamento social” .

Promoção da utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), quando

aplicável.

- Promover a vacinação contra a gripe de acordo com a Orientação anual da DGS.

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4.2 Prestação de Cuidados de Saúde

Com base na informação disponível a nível nacional, regional e local, as ARS e as instituições de saúde

do SNS devem organizar-se, em cada momento, antecipando as necessidades de resposta face à

procura (aumento da procura ou procura diferente da esperada) com o objetivo de minimizar os efeitos do

frio extremo na saúde e nos serviços.

Cada instituição e serviço do SNS em ambulatório ou em internamento, de acordo com a sua tipologia,

deve:

- Implementar o respectivo Plano;

- Promover a utilização da Saúde 24 (808 24 24 24) como primeiro ponto de contacto com o

sistema de saúde;

- Garantir a articulação interinstitucional dentro e fora do setor da saúde;

- Identificar previamente e gerir as necessidades em estruturas, equipamentos e recursos

humanos;

- Garantir a existência de salas climatizadas e verificar a adequação dos equipamentos de

climatização e seu funcionamento.

- Identificar as pessoas mais vulneráveis (idade, isolamento social, comorbilidades, condições da

habitação, outros);

- Garantir a adequação de cuidados;

- Informar os profissionais de saúde e a população, em especial os grupos de risco, sobre

medidas preventivas para evitar o efeito do frio extremo na saúde e as infeções respiratórias:

Aconselhar os doentes com infeções respiratórias, nomeadamente com síndrome gripal, a

adotar medidas de “distanciamento social”;

Disponibilizar máscaras a doentes com sintomatologia respiratória;

Distribuir informação (cartazes, folhetos, outra) nas unidades de saúde sobre prevenção dos

efeitos do frio extremo e das infeções respiratórias, nomeadamente da gripe;

Recomendar a vacinação contra a gripe de acordo com a Orientação anual da DGS;

Informar sobre vestuário e alimentação adequados;

Informar os doentes sobre adequação da terapêutica crónica.

- Adequar a oferta de consultas e de recursos:

Adequar os horários da consulta aberta ou de recurso;

Adequar o número de consultas para pedidos no próprio dia;

Participar na identificação de pessoas em risco acrescido (idade/isolamento

social/comorbilidades/condições da habitação, outros) e promover medidas de

acompanhamento, em colaboração com os parceiros na comunidade;

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Promover o aconselhamento dos doentes com infeções respiratórias, nomeadamente com

síndrome gripal, para a adoção de medidas de “distanciamento social”;

Adequar a capacidade do Atendimento Complementar de fim de semana (AC).

Criar atendimento dedicado a doentes com sintomatologia respiratória/síndrome gripal, se

necessário e adequado.

- Quimioprofilaxia e Terapêutica:

Divulgar e cumprir as orientações da DGS sobre quimioprofilaxia e terapêutica para a gripe;

Promover a elaboração de protocolos internos dos serviços sobre quimioprofilaxia e

terapêutica da gripe, se aplicável.

Cada instituição e serviço do SNS devem garantir a mais ampla divulgação das medidas a implementar e

promover o seu cumprimento.

5. Atividades da USP

1) Atualização de listagem de contactos de parceiros e abrigos (Anexos 1 e 2)

2) Articulação com as UCC e ECL locais no sentido de recomendar medidas específicas de

prevenção sobre a temática a divulgar na população em geral incluindo em meio escolar, e junto

dos grupos vulneráveis.

3) Visitas aos estabelecimentos de apoio social aos idosos para promover: a vacinação; as

medidas de higiene respiratória, de controlo de infeção, de higiene das mãos bem como do

reforço das medidas de renovação do ar dos locais interiores.

4) Literacia e comunicação em saúde (Anexo 3):

a. Elaboração de material informativo.

b. Divulgação de informação e recomendações de medidas preventivas sobre a temática

prevista à população em geral e vulnerável, unidades funcionais, órgãos autárquicos,

rádio do seixal e centros comerciais: Rio Sul Shoping e Almada Fórum

5) Monitorização das medidas tomadas pela USP (Anexo 4).

6. Avaliação

Até 30 de Abril de 2017 será elaborado um relatório síntese sobre as ações desenvolvidas localmente

mencionando facilidades e/ou constrangimentos no desenvolvimento do Plano de Contingência e

indicando medidas que visem a melhoria ou eficácia de intervenções futuras.

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7. Anexos

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Anexo 1

Contactos de entidades

ENTIDADE

REPRESENTANTE

Tel

Fax

EMAIL

ACES

Diretor Executivo Dr. Luís Amaro 925402674 212274212 [email protected]

Presidente do Conselho Clínico Dr.ª Maria da Luz 212274200 212274212 [email protected]

Unidade de Saúde Pública

Almada Seixal

Dr.ª Margarida

Cosme

961722687 212728825 [email protected]

Serviços de Segurança Social

Almada Dr.ª Dolores Amador 212725644 / 212725648

212744258 [email protected]

Seixal Dr.ª Isabel Antas 967972089 212219271 [email protected]

Representantes dos Serviços Municipais de Protecção Civil

Seixal Dr. Rui Pablo 919530032

919374732

212276701 [email protected]

Almada Dr. Godinho 962247863 212958844 [email protected]

Hospital Garcia D’Orta

Diretora Clínica Dr.ª Paula Breia 212727200 212957004 [email protected]

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Anexo 2

Locais de Abrigo Temporários

Abrigos Seixal

A ZCAP (zonas de concentração e apoio à população) encontram-se definidas no plano prévio de intervenção – PPI

FREGUESIA

ABRIGO

União de freguesias Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires

Seixal Pavilhão da União Seixalense

Aldeia de Paio Pires Escola Básica do Casal do Marco – Sala de Desporto

Arrentela Escola Básica Dr. António Augusto Louro – Polidesportivo

Freguesia Amora

Escola Básica Pedro Eanes Lobato – Polidesportivo

Freguesia Corroios

Pavilhão Alto do Moinho

Freguesia Fernão Ferro

Associação de moradores dos Redondos – Polidesportivo

Informações complementares em http://sig.cm-seixal.pt/pcivil

Abrigos Almada

A ZCAP (zonas de concentração e apoio à população) encontram-se definidas no Plano Municipal de Emergência de

Proteção Civil de Almada.

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Anexo 3

Poster informativo

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Posters informativos

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Comunicação Social

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Anexo 4

Monitorização de medidas tomadas dias de Alerta – USP

Nível de Alerta: Dia do Alerta:

Medidas Previstas

Sim / Não

Outras medidas / Observações

Divulgação dos níveis de alerta

Entidades:

Reforço da informação / Divulgação de medidas de proteção Comunicação social Unidades Funcionais ACES Entidades Parceiras

Articulação com entidades

Monitorização das medidas tomadas