“temos oferta suficiente e de qualidade para os … · papel cultural que esta entidade tem hoje...

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Ano XXI • Nº 241 Director: Paulo Pimenta ABRIL 2009 Preço 1.25 (IVA incluido) Freguesia de Algés vai comemorar aniversário ALA promove cursos páginas 14 a 17 página 25 Junta de Montelavar conseguiu manter equilibrio António Moreira Vereador da Cultura da CM Amadora “TEMOS OFERTA SUFICIENTE E DE QUALIDADE PARA OS MUNÍCIPES” Academia de Futebol forma novos talentos páginas 10-11 Casa da Encosta é porto de abrigo página 25 Em Maio Lina Andrês página 6 Av. Combatentes da Grande Guerra, 77 1495-039 Algés • Telefs.: 21 410 32 81 / 21 411 44 95 Pavimentos Cortiças Passadeiras Carpetes Alcatifas Etc. Tapeçarias

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Ano XXI • Nº 241

Director: Paulo Pimenta

ABRIL2009

Preço 1.25 (IVA incluido)

Freguesiade Algés vai comemoraraniversário

ALA promove cursos

páginas 14 a 17

página 25

Junta de Montelavarconseguiumanterequilibrio

António Moreira Vereador da Cultura da CM Amadora

“TEMOS OFERTASUFICIENTE

E DE QUALIDADEPARA OS MUNÍCIPES”

Academia de Futebol forma novos talentos

páginas 10-11

Casa da Encostaé porto de abrigo

página 25

Em Maio

Lina Andrês

página 6

Av. Combatentes da Grande Guerra, 771495-039 Algés

• Telefs.: 21 410 32 81 / 21 411 44 95

• Pavimentos • Cortiças• Passadeiras • Carpetes

• Alcatifas • Etc.

Tapeçarias

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Actual 327 Abril 2009

Projecto pioneiro na Amadora

Galeria do Estoril expõe OssiãoALA promove cursosA Academia de Letras e Artes (ALA) vai promover durante os meses de Maio e Junho um curso alusivo ao tema «Portugalidade e Tradição – O Mítico e o Sagrado» e dois workshops sobre História da Arte e Artes Decorativas.Relativamente ao curso, este será orientado por Vítor Manuel Adrião e decorrerá todas as terças-feiras de Maio e Junho, das 20h00 às 21h00, estando previstas três visitas de estudo aos subterrâneos da Baixa de Lisboa, ao Centro Histórico de Sintra e ao Cromeleque de Almendres, em Montemor, Évora.Este curso promovido pela ALA tem um custo de 60 euros e conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, bem como das Juntas de Freguesia do Estoril e de Cascais.No que se refere aos workshops, a História da Arte será o primeiro tema em destaque, com a realização de duas aulas, nos dias 11 e 18 de Maio, entre as 18h00 e as 19h30, sob

a orientação de Maria João Pereira Coutinho. Nestas duas aulas será dado ênfase à utilização de materiais pétreos na arquitectura religiosa portuguesa, as principais tipologias e a sua caracterização.Seguidamente, terá lugar entre 25 de Maio e 15 de Junho (4 aulas) um workshop de Artes Decorativas subordinado ao tema «As Artes D e c o r a t i v a s P o r t u g u e s a s n a Arquitectura Religiosa e Civil do Período Barroco». Esta iniciativa p r o c u r a e l e n c a r e a n a l i s a r alguns aspectos relevantes de natureza decorativa patentes nos espaços e identificar artistas e encomendadores a quem se deve algum do espólio remanescente nos locais de culto, e nos domésticos, do barroco português. Tal como o curso anterior, este duplo workshop tem um custo de 60 euros e conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, bem como das Juntas de Freguesia do Estoril e de Cascais.

Na sequência do lançamento d o P r o g r a m a M u n i c i p a l d e Empreendedorismo Munic ipal A m a d o r a E M P R E E N D E , u m projecto pioneiro em Portugal, foram aprovadas 21 ideias de negócio.Durante as fases de candidatura, foram apresentados 219 projectos, dos quais 80 correspondentes ao «Projecto Quick» e 139 ao «Quem não Arrisca não Petisca», o que demonstra bem o sucesso desta iniciativa. Não só, comprova igualmente a apetência empreendedora dos amadorenses, contrariando a ideia de que nada se faz sem um subsídio.Destes 21 projectos, dois apenas

pelo que se tornaram autónomos na

criação da própria empresa, quatro irão ser apoiados através da cedência de lojas, nove através da cedência de espaços autónomos na Incubadora Quick e quatro através do apoio

pelo Dolce Vita Tejo. Existem ainda dois projectos que apenas necessitam da obtenção de formação e coaching, pelo que não lhes foi atribuído nenhum dos apoios acima referidos.Os negócios que estão prestes a arrancar dedicam-se a áreas tão distintas como a organização de eventos, a análise microbiológica alimentar, arquitectura, comunicação empresarial, limpezas industriais, contabilidade, entre outros.

A Galeria de Arte do Casino Estoril tem patente até 18 de Maio uma exposição de pintura «A Marginal», de Paulo Ossião, considerado um dos mais importantes aguarelistas portugueses contemporâneos.A mostra apresenta cerca de duas dezenas e meia de trabalhos e procura ser uma homenagem à terra onde sempre viveu e se iniciou na pintura. Nas telas encontramos desde as zonas ribeirinhas do Tejo até ao velho comboio de mercadorias, a Torre de Belém ou os fortes de S. Bruno e S.

A Câmara Municipal de Oeiras deu mais um passo no sentido de dar continuidade histórica ao vinho de Carcavelos, mantendo a respectiva produção e promovendo a sua comercialização nacional e internacional. Com o objectivo de dar início à comercialização do vinho licoroso de Carcavelos «Conde de Oeiras», o Executivo aprovou a criação da Confraria do vinho de Carcavelos, uma associação que irá zelar pela dinamização da região demarcada, através de acções que associem o vinho ao desenvolvimento turístico, cultural e ambiental do território onde é produzido.

As quantidades produzidas têm aumentado substancialmente. Se em 2001 foram produzidos 7.050 litros, nas campanhas dos anos de 2007 (37.100 litros) e 2008 (28.230 litros) obtiveram-se produções que superaram todas as expectativas. Relativamente à área de Vinha, refira-se que actualmente é de 7,7 ha. Durante o ano de 2009 serão plantados mais 5,3 hectares. Em 2012 a área total de Vinha será de 20 ha. A par da criação da Confraria do vinho

marcado pelo lançamento da marca Conde de Oeiras e pelo início da respectiva comercialização.

Julião da Barram entre outros.«A Marginal» está patente todos os dias, das 15h00 às 0h00, sendo a entrada livre.

Confraria do Vinho de Carcavelos

O Agrupamento 626 do Corpo Nacional de Escutas de Linda-a-Velha promove, em colaboração com outros grupos e associações de escuteiros, a II Feira Medieval de Linda-a-Velha, a decorrer nos próximos dias 6 e 7 de Junho.Além da natural animação que este evento suscita, a organização pretende ajudar a transmitir alguns conhecimentos sobre a época medieval.

Feira Medieval em Linda-a-Velha

• Todos os tipos de carimbos

• Gravações em Taças, Medalhas e Placas

• Troféus únicos de grande beleza

• Efectuamos gravações em Brindes

Largo da Esperança, lote 34 Monte do Trigo – Abóboda 2785-202 S. D. Rana • Tel.: 214 440 501 • Fax: 214 446 973

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4 27 Abril 2009Cultura

Tavares Salgado, Presidente do Conselho de Administração da FMP

• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: PQ, JR e FMP

Fundação é um importantepólo de divulgação da cultura

O Correio da Linha (C.L.) - Oeiras comemora este ano 250 anos, de que forma está a FMP a associar-se a esta data e à memória de Sebastião de Carvalho e Melo?Tavares Salgado (T.S.) - A Fundação procurou delinear para 2009 um planeamento de actividades que reflectisse a comemoração dos 250 anos do município de Oeiras. Nesse sentido, a programação incluiu uma palestra no dia da FMP alusiva ao tema «Amores e ódios do

Marquês de Pombal». Por sua vez, a Conferência Marquês de Pombal terá como tema «O Marquês de Pombal e a Maçonaria». Em termos de palestras, procurámos que a figura do Marquês centralizasse as atenções das comemorações do município de Oeiras. A par disso, promovemos também dois concursos, um de fotografia e outro de pintura, em que iremos procurar que os artistas dêem destaque ao património pombalino existente no concelho de Oeiras. Além disso, vamos ter na Fundação um pequeno concerto no dia 13 de Maio com o Avondano Ensemble, um conjunto que toca música composta por João Avondano, que é um compositor do tempo do Marquês de Pombal. De realçar ainda a assinatura de um protocolo com a Câmara Municipal de Oeiras (CMO) para a realização de quatro actividades, entre as quais a construção de uma maqueta de dois por três metros da Quinta de Recreio do Marquês de Pombal.C.L. - Considera 2009 um ano especial para a FMP?T.S. - Sim, é um ano especial não só porque se celebram os 250 anos do município mas também porque a Fundação comemora o seu 15º aniversário. Não vamos realizar nada nesse âmbito porque

No ano em que o município de Oeiras comemora 250 anos, muito pela intervenção do Marquês de Pombal, a Fundação com o seu nome associa-se à efeméride levando a cabo diversas iniciativas cuja personalidade central é precisamente Sebastião de Carvalho e Melo. Em exclusivo ao jornal O Correio da Linha,o Presidente do Conselho de Administração da Fundação Marquês de Pombal, Tavares Salgado, destaca o relevante papel cultural que esta entidade tem hoje no concelho de Oeiras, quinze anos depois da sua criação.

Fundação Marquês de Pombal tem patentes regularmente exposições de escultura e pintura

entendemos que devíamos dedicar-nos essencialmente à celebração dos 250 anos de Oeiras. É natural que ainda se possam realizar outras actividades, está previsto para o fim de Maio, nos Jardins do Palácio dos Aciprestes, uma Feira Medieval organizada pelos escuteiros e é evidente que vamos tentar que essa acção reflicta um pouco a época pombalina.C.L. - Num ano em que tanto se fala de crise e recessão, a Fundação continua a distribuir bolsas, a promover prémios e a realizar

exposições e concertos... é hoje mais difícil dinamizar esta casa?T.S. - A receita principal da FMP resul ta do arrendamento do Parque de Ateliers da Quinta do Salles a microempresas e até ao momento apenas sentimos algumas dificuldades no pagamento das rendas. Todavia, temos verificado um acréscimo de procura dos ateliers porque muitas pessoas ficaram desempregadas e optam por escolher uma actividade em que dependam apenas delas próprias. Até agora, a FMP tem mantido um equilíbrio financeiro graças a esses rendimentos que provêm do Parque de Ateliers da Quinta do Salles. No entanto, temos procurado restringir as nossas despesas fixas para não sermos apanhados desprevenidos caso surja alguma complicação. Gostaríamos de abrir este ano concurso para quatro bolsas e vamos só abrir para duas porque cada bolsa custa-nos 8.400 euros.C.L. - A Fundação desenvolve também projectos comunitários, porquê essa preocupação social com a população do concelho?T.S. - A acção social faz parte dos estatutos da FMP. Fomos desafiados para integrar uma parceria onde

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Cultura 527 Abril 2009

O Palácio dos Aciprestes, sede da Fundação Marquês de Pombal, foi palco recentemente da apresentação pública de «Linda-a-Velha – De Ninha de Ribamar à Fundação Marquês de Pombal», da autoria de Levy Nunes Gomes.A cerimónia foi presidida por Tavares Salgado, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Marquês de Pombal, e contou, entre outras, com a presença da Vereadora Madalena Castro e do Presidente da Junta de Linda-a-Velha, José Barroco, além claro, do escritor.Em onze anos, este é já o décimo primeiro livro do escritor e historiador, que tem contado com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras. Neste livro, em

a-Velha e da Fundação Marquês de Pombal.Perante uma plateia bem composta, que quase lotou o Salão Nobre do Palácio dos Aciprestes, Levy Nunes Gomes começou por sublinhar que “com este livro encerro o historial do conjunto das cinco freguesias da parte oriental do concelho de Oeiras, que em tempos de D. Afonso Henriques constituíram o Reguengo de Algés, Termo da Cidade de Lisboa”, descreve.O historiador lembrou depois os tempos em que Linda-a-Velha era “uma agradável estância de veraneio, frequentada pelas melhores famílias da capital, trazendo na bagagem a cultura em que o teatro, a música e a dança faziam parte”.

Linda-a-Velha em livro

FMP apresentou a nova obra de Levy Nunes Gomes

Fundação quer dar cultura a todas as idades

está também a Câmara Municipal de Oeiras, a Liga Portuguesa dos Deficientes Motores, o Instituto de Saúde e Qualidade e duas instituições, uma da Covilhã e outra de Abrantes. Nesse sentido, decidimos participar no projecto até porque já integrámos outras acções do Programa EQUAL. Por outro lado, colaboramos também com o Centro Por tuguês de Responsabilidade Social, que reúne muitas das mais cotadas empresas do país para desenvolver acções ligadas à Responsabilidade Social.C.L. - Mas é hoje mais difícil corresponder a esses desafios sociais?T.S. - Claro que sim. No ano passado, por exemplo, instituímos no âmbito da responsabilidade social um seguro de saúde para os nossos funcionários e para os filhos dos funcionários. É mais uma despesa que temos a nosso cargo mas entendemos que, em altura de crise, é uma boa forma de mostrarmos a nossa responsabilidade social perante os nossos funcionários e os seus filhos.C.L. - Apesar da preocupação social, a cultura é a área mais forte da FMP...T.S. - . . . Todos os meses temos importantes actividades culturais, ainda recentemente tivemos na Fundação cerca de 80 utentes da terceira idade que vieram declamar poesia e interpretar várias peças através do seu coro. Foi uma tarde muito bem passada, em que as pessoas se divertiram e conviveram e isto são acções culturais e, simultaneamente, sociais.C.L. - A Fundação é, cada vez mais, um pólo marcante da cultura no concelho de Oeiras...T.S. - Sim é um pólo cultural importante do concelho de Oeiras mas sobretudo da freguesia de Linda-a-Velha. Nestas actividades promovidas junto da população sénior, por exemplo, percebemos que vêm muitas pessoas de Linda-a-Velha e Oeiras mas também de Carnaxide, Paço de Arcos, Caxias, Algés, Restelo, Lisboa e outras localidades.C.L. - Considera que a Fundação tem ajudado a desmistificar a ideia de que a cultura se destina às camadas sociais superiores?T.S. - Todas as actividades que a FMP desenvolve são de entrada gratuita, logo, acessíveis a todos. Procuramos divulgar as artes plásticas através das exposições que realizamos na nossa Galeria de Arte, procuramos divulgar a poesia e a música, bem

extraordinária desde à alguns anos na divulgação da cultura. A partir do momento em que Oeiras começou a dispor de galerias de arte e de auditórios passou a ter espaços onde faz cultura... e tem feito!C.L. - Esses espaços não «rivalizam» com a FMP?T.S. - De maneira alguma, a Fundação pretende ser complementar à actividade cultural da Câmara, aliás, é isso mesmo que está referido nos estatutos da FMP.C.L. - A terminar, que balanço faz destes quinze anos de actividade

da FMP?T.S. - Faço um balanço muito positivo, a FMP foi progressivamente sedimentando as suas actividades e a sua estrutura e organização, que lhe permite agora, com o apoio de entidades como a CMO, a Junta de Freguesia e alguns patrocinadores como o Grupo Auchan e o Grupo Refigor, desenvolver actividades de reconhecida importância.C.L. - Numa frase, como define a FMP?T.S. - É um importante pólo de cultura de Linda-a-Velha!

como a Literatura porque apoiamos não só a publicação de livros como a sua apresentação a q u i n o P a l á c i o dos Aciprestes... já desenvolvemos um número assinalável de actividades, que nos causam algumas p r e o c u p a ç õ e s

porque somos poucos!C.L. - No seu entender, quais são as mais-valias da Fundação Marquês de Pombal?T.S. - Uma das principais mais-valias foi a utilização deste Palácio, que até então estava fechado. Durante anos só era aberto esporadicamente para cerimónias e agora está aberto todos os dias, os jardins são públicos desde 2004 e as crianças podem brincar no nosso parque infantil. No ano passado decidimos abrir um portão a Norte do Jardim e isso possibilitou que as pessoas que vivem na zona Norte de Linda-a-Velha e tenham que ir à zona Sul atravessem o jardim, ficando assim a conhecer o jardim e o palácio, bem como as inúmeras actividades que aqui se desenvolvem.C.L. - Em termos de visitantes, tem alguma estimativa de quantas pessoas visitem anualmente o Palácio dos Aciprestes?T.S. - Os nossos concertos costumam ter entre 80 a 120 pessoas, número que enche a sala do palácio. As nossas palestras e conferências também costumam ser presenciadas por 80 a 90 pessoas e as exposições são muito visitadas, sobretudo no dia da inauguração. É verdade que durante a semana vem pouca gente à Fundação, ao fim de semana costumam vir mais, mas penso que essa é uma situação que ocorre em todas as galerias e não apenas na nossa.C.L. - A área da cultura tem sido suficientemente dinamizada pela CMO?T.S. - Sem dúvida que sim, a CMO tem desenvolvido uma actividade

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6 27 Abril 2009Local

O Correio da Linha (C.L.) - Que balanço faz destes três anos e meio de mandato à frente da JFM?Lina Andrês (L.A.) - Faço um balanço muito posi t ivo, pese embora sinta alguma preocupação por não estarem a ser concluídas ou até iniciadas algumas obras que a Câmara Municipal de Sintra (CMS) tinha prometido realizar e pelas quais temos pugnado constantemente.C.L. - Quais são as obras mais marcantes deste mandato, que têm o seu cunho pessoal?L.A. – É sobretudo a obra social! Desenvolvi um Núcleo de Acção Social que posteriormente assinou um protocolo com o Movimento de Defesa da Vida, que por sua vez é co-financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. Temos o seu apoio na área da Psicologia, há uma psicóloga que vem a Montelavar dar apoio aos utentes que estão sinalizados no nosso Núcleo de Acção Social. Começámos também com um projecto com educadores familiares junto de famílias mais desorganizadas em que, através do movimento social Defesa da Vida, o educador vai para casa dessa família e acompanha-a ao longo do dia para tentar que se envolva na mudança e para que procure um objectivo de vida diferente. Temos depois um protocolo com a CERCITOP que faz apoio domiciliário dos nossos idosos porque não temos em Montelavar nenhum Centro de Dia ou Lar de Idosos que faça esse tipo de apoio. Temos 22/23 fregueses a ser abrangidos por este protocolo e uma ou duas pessoas em lista de espera. Criámos também uma Loja Social onde recebemos de particulares

Lina Andrês, Presidente da JF Montelavar

“Conseguimos um equilíbrio na freguesia”

A poucos meses de terminar o mandato à frente da Junta de Freguesia de Montelavar (JFM), Lina Andrês admite estar satisfeita com a experiência autárquica e destaca a área social como aquela onde a freguesia mais mudou nos últimos três anos e meio. Garante também que o seu modelo não está esgotado pelo que pondera a hipótese de se recandidatar a um novo mandato.

diversas roupas , br inquedos, calçado, electrodomésticos ou mobílias que gerimos e distribuímos por famílias sinalizadas ou por alguém que nos procure e que nós verifiquemos que realmente precisa. Uma comunidade com famílias fragilizadas torna-se também ela uma comunidade frágil.C.L. - Sente que a comunidade está hoje mais forte?L.A. - O trabalho social é intenso e os seus resultados só são vistos a médio/longo prazo mas penso que conseguimos um maior equilíbrio da freguesia. No entanto, Montelavar tem assistido nos últimos meses a um fenómeno novo: o desemprego. Muita desta gente vive da indústria do mármore, que está actualmente a passar por uma enorme crise. Temos assistido a vários casos de despedimentos, contratos que não são renovados ou empresas que fecham portas e tentamos ajudar essas pessoas na busca activa de emprego. Estabelecemos um protocolo com o Centro de Formação Profissional de Sintra para serem ministradas aulas de RVCC (Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências) na freguesia, protocolo esse que tem sido um sucesso. Contávamos criar duas turmas, uma até ao 9º e outro até ao 12º, mas já temos três turmas do 9º e duas do 12º e estamos a abrir novas inscrições. Noutro âmbito, vamos também promover em parceria com o Centro de Formação Profissional de Sintra um curso de auxiliar de acção educativa e já temos muitas inscrições.C . L . - C o m o s e c o m b a t e o desemprego em Montelavar?L.A. - Vamos, por exemplo, promover umas jornadas de sensibilização sobre o tema «A Educação F i n a n c e i r a » n o s dias 18, 19, 21 e 22 de Maio. Por outro lado, entendo que o sector do mármore devia ter um maior apoio estatal para procurar nichos de mercado aos quais p o s s a re s p o n d e r porque temos mão-de-obra e capacidade técnica para o fazer.C.L. - Receia que a crise do mármore d e s c a r a c t e r i z e Montelavar?L.A. - Tenho algum receio e questiono-me muitas vezes sobre como será o futuro da freguesia. A História mostra-nos que estas crises

são cíclicas, este será provavelmente um ciclo longo mas acredito que quando passar todo o sector vai ser revitalizado. Mas neste momento concreto, em que a indústria do mármore não tem os mesmos mercados que tinha antigamente, e s t o u n a t u r a l m e n t e m u i t o preocupada até porque acredito que a médio prazo a população vai ficar um pouco mais envelhecida com este afastar de parte da nossa mão-de-obra activa.C.L. - O que tenciona fazer para chamar gente jovem a Montelavar?L.A. - Esse é um problema que também me preocupa porque não estamos a conseguir criar raízes com os nossos jovens e não é por eles não quererem ficar cá. O PDM é muito penalizador para as freguesias a Norte do concelho de Sintra e não permite alguma da construção que seria necessária para reter esses jovens. Não queremos ter aqui prédios em altura, queremos manter o tipo de construção que temos agora, até ao segundo andar, mas como o PDM não permite sequer essa construção a procura é muito superior à oferta, logo os preços disparam e os jovens não conseguem fazer frente aos valores que aqui se praticam. Muitos jovens continuam a ter um sentimento de pertença a Montelavar, prova disso é que as nossas escolas estão cheias, s implesmente não conseguem usufruir dessas suas raízes em pleno porque não há condições para morar na freguesia.C.L. - Falou da inexistência de um Centro de Dia e de um Lar de Idosos, essa é uma das carências da freguesia...

L.A. - É um facto, mas a Associação de Idosos de Montelavar tem vindo a batalhar pela construção de um Lar de Idosos com valência de Centro de Dia e Apoio Domiciliário, as coisas nunca são fáceis mas neste momento estão reunidas as condições para se começar com a obra, que será feita num terreno cedido pela CMS. O dinheiro que existe não chega para concluir o projecto mas somos uma comunidade muito solidária e assim que começarem as obras tenho a certeza que tanto a autarquia como as pessoas vão auxiliar na construção deste equipamento, que muita falta faz a Montelavar.C.L. - Que outros equipamentos fazem falta à freguesia?L.A. - Montelavar tem três escolas do ensino básico, dois jardins-de-infância e uma escola de 2º Ciclo e destes seis equipamentos só um, a EB2/3, tem refeitório. Esse tem sido outro pedido constante junto da CMS mas até agora ainda não obtivemos qualquer resposta, apesar de já ter feito algumas propostas exequíveis à autarquia para resolver ou minimizar esta situação.C.L. - A Junta de Freguesia de Montelavar está certificada...L.A. - A certificação surgiu em virtude da análise que fui fazendo da dinâmica interna da Junta. Havia aspectos que não estavam bem delineados ou mesmo confusos e a implementação do sistema de qualidade surgiu por acréscimo. Os fregueses vêem hoje que há uma organização interna eficaz, que responde mais facilmente às suas necessidades e problemas. Em Portugal há apenas três freguesias certificadas e é interessante ver que

tem havido muitas autarquias q u e n o s c o n t a c t a m p a r a saber como desenvolvemos o processo.C.L. - Ser presidente de junta tem sido um desafio aliciante?L.A. - É algo que me dá muito prazer mas também grandes preocupações porque sinto o peso e a responsabilidade de dar às pessoas as respostas que elas necessitam. É um desafio constante e diário mas que me faz crescer enquanto pessoa, pois agora consigo ver os problemas da comunidade de maneira completamente diferente.C.L. - Gostaria de prosseguir esse desafio num segundo mandato?L.A. - Acho que o meu projecto ainda não está esgotado, há metas por concretizar e ideias para apresentar pelo que ponho a hipótese de voltar a candidatar-me para continuar a desenvolver o meu projecto em Montelavar.

• Texto e Fotos: Pedro Quaresma

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Ambiente 727 Abril 2009

Creche • Jardim de infância e ATL

Rua Alto do Forte, nº 5 – Condomínio Worldmetal2635-036 Rio de Mouro

Telef: 21 916 95 20 – Fax: 21 916 95 21 – Tele.: 91 922 56 00E-mail: [email protected]

do 5º ao 9º Ano

Nuno Lopes reside na freguesia deAgualva e desloca-se frequentementecom a esposa e a filha ao Parque Urbano da Bela Vista para passearos seus dois cães.Ao contrário de muitos cidadãos, Nuno Lopes faz questão de levar,juntamente com os seus animais deestimação, vários sacos plásticos para assegurar que os dois cães nãodeixam no parque nenhum presente indesejado: “Tenho uma criança pequena e gosto que ela brinque no parque sem pisar os dejectos dos animais de pessoas que não os apanharam por mera falta de civismo”, justifica. O residente foi surpreendido no passado dia 5 de Abril com umaacção de sensibilização levada

Sintra luta contra dejectos caninos

a cabo pela Câmara Municipalde Sintra (CMS), em colaboraçãocom a HPEM, a SUMA, e diversosagrupamentos de escuteiros doNúcleo Serra da Lua, onde diversoselementos distribuíam panfletosinformativos e uma pequenabolsa para que os cidadãos nãoesquecessem de trazer vários sacosplásticos sempre que passeiam oseu cão. “Esta é uma acção muito válida e faz todo o sentido que se realize porque o parque é de todos, não são só alguns que o devem manter limpo. Se eu trago sempre o meu saquinho tenho de reclamar com quem traz os cães à trela e não

traz sacos”, sublinha Nuno Lopes.O C h e f e d o s E s c u t e i r o d oAgrupamento 46 de Agualva-Cacém, Luís Cout, foi um doselementos que se associou a estaacção de sensibilização. Sobre areacção dos transeuntes, o escuteirodestacou que “tem sido bastante positiva, apesar de nem toda a gente compreender este tipo de acções. Infelizmente, ainda há pessoas com falta de civismo que acham que apanhar os dejectos dos animais é competência da Câmara!” revelaresignado.Por todo o Parque Urbano da BelaVista, em Agualva, estão espalhadosdiversos dispensadores de sacose totens informativos chamandoa atenção dos cidadãos para não

deixarem os dejectos dos seusanimais na via pública masnem por isso deixámos deencontrar alguns presentesindesejados ao longo donosso passeio pelo parque.O Vice-Presidente da CMS eresponsável pelo pelouro doAmbiente, Marco Almeida,deu o exemplo e tambémse associou ao evento desensibilização, que no diaanterior já havia tido lugarnas freguesias de Algueirão

Mem-Martins e Cacém. Para oautarca, este tipo de acções sãofulcrais para mudar as mentalidadesdos cidadãos: “Acreditamos que na sensibilização ambiental cabe umgrande potencial de mobilização,dependendo naturalmente da estratégiadefinida mas também da abordagem.Temos vindo a apostar na dinamizaçãode projectos que alertem, eduquem eteçam linhas que melhor sustentemuma mudança de hábitos que se reclamacomo essencial”.Conscientes da dimensão doproblema dos dejectos caninos navia pública, a autarquia decidiuactuar também junto dos maisnovos: “As escolas são verdadeiras

antecâmaras incubadoras de boas práticas em matéria ambiental, as iniciativas são muitas e consegue-se já percepcionar níveis encorajadores de consciencialização ecológica e acreditamos que há que diversificar o público-alvo”, adianta.O Vice-Presidente da CMS salientoudepois que nos dois dias de acçãoforam abordadas quase mil pessoas,o que, “a avaliar pela multiplicação dos pontos de contacto, nos faz acreditar que haverá garantias de gerar as mudanças comportamentais preconizadas”.Quanto ao facto de a acção terdecorr ido nas f regues ias deAlgueirão Mem-Martins, Cacéme Agualva, o Vice-Presidente

sa l ientou que “as razões quepresidiram a esta opção têm origem no número de reclamações registadas nestas freguesias e na percepção dos serviços municipais relativamente à necessidade de se reforçar o número de dispensadores, a quem foi naturalmente pedido o seu envolvimento na definição das localizações a privilegiar”.Para o futuro, Marco Almeida deixa a garantia de que este género de acções é para repetir um pouco por todo o concelho: “No próximo mês de Maio iremos reforçar a instalação de dispensadores noutras freguesias, nomeadamente, Queluz, Massamá e Casal de Cambra, conclui.

Texto: Pedro QuaresmaFotos: José Correia (CMS)

A família Lopes com escuteiros

Câmara e Escuteiros reunidos em acção ambiental

Frutos do Mar 87

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8 27 Abril 2009Amadora

As crianças precisam de cuidados especiais

de visão

marcas

OCULISTA JOZEL

O Correio da Linha (C.L.) - Como tem sido a experiência de liderar o pelouro da Cultura da CMA?António Moreira (A.M.) - Tem sido uma experiência bastante aliciante, cheia de desafios. Penso que, tendo em conta os recursos e os meios disponíveis, temos feito um trabalho com qualidade e com preocupações diárias s u b o r d i n a d a s à temática da cultura.C.L. - Como caracteriza a Amadora do ponto de vista cultural?A.M. - A Amadora sofre de um problema que não é comum à m a i o r i a d o s m u n i c í p i o s q u e é o facto de estar ao lado da capital, onde existe uma imensa oferta cultural, não só por via do aparelho do Estado Central como do próprio município de Lisboa. Nesse sentido, a nível cultural a Amadora funciona sobretudo em torno das actividades municipais, não obstante haver também outras entidades que promovem acções e actividades de carácter cultural. Não temos a mesma capacidade concorrencial de Lisboa mas temos um conjunto

António Moreira, Vereador da Cultura da CM Amadora

A poucos quilómetros da capital, o concelho da Amadora poderia viver com o estigma de ficar na sombra da «máquina» cultural de Lisboa. Ao invés, o município amadorense procura desenvolver inúmeras actividades culturais para um público heterogéneo e exigente. Projectos futuros não faltam mas no presente os olhos de António Moreira, Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Amadora (CMA), viram-se para a Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, um novo equipamento que em breve abrirá as suas portas ao público.

de produtos culturais sedeados na cidade que não encontramos noutros municípios, desde logo o Festival Internacional de Banda Desenhada que ao longo dos anos tem vindo a afirmar-se como uma referência, sendo hoje um produto onde a Amadora não tem concorrência a

nível nacional.C.L. - Considera a Cultura uma das prioridades deste executivo autárquico?A.M. - Se entendermos que há várias prioridades, naturalmente que a cu l tura é uma de las , ainda que a Amadora tenha um conjunto de problemas prementes, nomeadamente questões como as

acessibilidades ou os espaços verdes. Este município tem feito um enorme esforço para devolver a cidade aos munícipes, da mesma forma que se tem esforçado para resolver alguns problemas graves que já vinham de outros tempos, recordo por exemplo que a Amadora tem feito um grande investimento na Educação, através da criação de novas escolas.C.L. - A realização de actividades culturais é uma forma de cativar n o v o s c i d a d ã o s p a r a m o r a r e t r a b a l h a r n o c o n c e l h o d a Amadora?A.M. - Temos obrigação de ter oferta cultural para os munícipes da Amadora tendo em conta o gosto dos públicos. Não estamos aqui a promover uma cultura de elite mas sim uma cultura que tem em conta o facto de existirem neste concelho públicos diversificados. A cidade tem um conjunto de grupos folclóricos e nós temos a obrigação de os mostrar, assim como temos obrigação de mostrar os nossos grupos de canto alentejano pois existe aqui uma comunidade bastante forte de alente janos e entendemos que faz sentido preservar as tradições que trouxeram para o concelho da Amadora. Temos depois de conseguir dar resposta a um outro público, que gosta de música clássica, de teatro ou ballet, também temos a obrigação de ir ao encontro das expectativas dessa população.C.L. - É difícil encontrar uma plataforma cultural que agrade a todos?A.M. - Não, temos sediadas no terr i tório um conjunto de entidades com as quais p r o c u r a m o s e s t a b e l e c e r protocolos para oferecer todo o tipo de conteúdos culturais, ou seja, a CMA não é produtora de cultura mas não é por isso que deixa que de mostrar o que se faz na Amadora nesse âmbito. É na Amadora que está uma das companhias de dança contemporâneas mais conceituadas a nível nacional, também temos aqui muitos

grupos de teatro, dos quais destaco o acordo tripartido que iremos assinar muito em breve com o Grupo de Teatro dos Aloés e com a Direcção Geral das Artes. Também temos um protocolo de cedência de instalações com a «Passagem de Nível» e diversos acordos com outros grupos de teatro profissionais. Neste âmbito, destaco ainda o nosso papel junto do teatro das escolas, estamos a promover uma mostra nos Recreios da Amadora que se vai prolongar durante todo o mês de Maio.C.L. - A Amadora é um concelho que tem vários equipamentos culturais... considera que são os suficientes?A.M. - Uma das nossas primeiras preocupações foi ter espaços culturais um pouco por toda a cidade e em todas as freguesias. Hoje em dia já praticamente conseguimos atingir esse objectivo e, com a construção da nova biblioteca, que esperamos inaugurar dentro de pouco tempo, passaremos a ter equipamentos culturais em todas as freguesias.C.L. - Em relação às Festas da Cidade, o que nos pode adiantar de momento?A.M. - As Festas da Cidade comemoram-se em Setembro, este ano o município celebra o seu 30º aniversário e iremos por isso reforçar as nossas actividades nesse âmbito.C.L. - Há pouco destacou o Festival de Banda Desenhada como um dos ex-líbris culturais da Amadora mas depois promovem todos os meses inúmeras exposições, palestras,

• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J. Rodrigues

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Amadora 927 Abril 2009

A nova Biblioteca tem sido uma das prioridades de António Moreira

O Vereador é também artista plástico

apresentações... este é um concelho culturalmente dinâmico?A . M . - N a á re a e x p o s i t i v a procuramos responder não só à diversidade dos públicos como à diversidade da própria comunidade de artistas. Tentamos dar destaque aos artistas da Amadora mas também levá-los a outros pontos do país. Temos relações privilegiadas com alguns municípios e com os quais temos realizado esse intercâmbio. Por outro lado, os espaços expositivos na Amadora a u m e n t a r a m i m e n s o , d a n t e s estávamos um pouco confinados à Galeria Municipal Artur Bual enquanto hoje temos também o Centro de Arte Contemporânea da Amadora e exposições na Casa Roque Gameiro, nos Recreios da Amadora, e brevemente na nova biblioteca da Venteira. Na vertente expositiva, creio que temos oferta suficiente e de qualidade para os munícipes.C.L. - A população da Amadora é interessada ou alheia-se dos eventos

promovidos pela autarquia?A.M. - Temos um público fiel, que está presente em muitos eventos, e outro mais flutuante, que participa nas iniciativas, consoante os seus gostos pessoais.C.L. - Muito em breve irá abrir no concelho o Dolce Vita Tejo. Em termos culturais, esse equipamento traz algum acrescento à Amadora?A.M. - É um equipamento que permite uma maior oferta numa área onde a cidade da Amadora era algo deficitária: o livro. Recentemente encerrou uma livraria na cidade, situação que nos deixou com pouca oferta nesse campo, entretanto abriu uma nova livraria e temos a Feira do Livro que é um projecto que se tem vindo a afirmar. No capítulo do cinema o novo centro comercial possibilita também uma oferta que estava reduzida a zero.C.L. - Depois de três anos e meio à frente do pelouro da cultura, quais foram as principais obras do seu mandato?A.M. - Estabelecemos um conjunto de protocolos com diversas entidades no sentido de dar continuidade ao nosso trabalho uma vez que, como já referi, não somos produtores de

cultura. Fizemos um esforço muito importante para classificar o nosso património e conseguimos que uma parte importante do nosso edificado esteja classificado ou em fase de classificação, tendo já alargado esse âmbito a outros edifícios que não são propriedade do município. No domínio da Arqueologia recuperámos e inaugurámos em 2008 o Núcleo Museográfico do Casal da Falagueira que é a montra do Museu de Arqueologia.C.L. - Considera que uma das suas vitórias pessoas foi unificar a população em torno da cultura?A.M. - Não sei se poderei colocar as coisas nesses termos. Acima de tudo, procurámos criar uma componente formativa nos diversos públicos existentes na Amadora. Há situações que não dependem exclusivamente do pelouro da cultura mas levámos música e teatro às escolas, temos componentes formativas na área da música clássica por via de um pólo do Conservatório Nacional de Música e intervimos também na componente da dança, por via da nossa participação com o Quorum Ballet. Essa componente formativa tem sido, no nosso entender, muito importante, nomeadamente no desenvolvimento do quadro de funcionamento do Centro de Ciência Viva da Amadora. Estamos a dar muita importância às gerações mais jovens e a uma dupla finalidade: a vertente lúdica e a vertente formativa.C.L. - Um projecto que seguramente marcará este mandato é a entrada para o Guiness Book graças à maior tela...A.M. - É verdade, foi-nos sugerido pelo círculo cultural Artur Bual fazer esta tela, tivemos que encontrar algumas parcerias não só ao nível do patrocínio dos materiais como para arranjar um espaço onde pudéssemos fazer uma iniciativa desta natureza e com esta dimensão. A unidade de apoio à área militar Amadora-Sintra disponibilizou o antigo quartel dos Comandos para a realização da acção e acabámos por conseguir entrar no Guiness ao pintar uma tela com mais de quatro quilómetros, por cerca de 10 mil pessoas.C.L. - O Vereador é também artista plástico, considera que essa veia artística ajuda a ter a sensibilidade necessária para trabalhar neste pelouro?A.M. - [Risos] Já por aqui passaram muitos vereadores sem as minhas características pessoais, o facto de eu também ser artista plástico é um mero acaso. Qualquer gestor poderá ter um bom desempenho, desde que seja assessorado por boas equipas. Ser-se artista não será, seguramente, uma exigência para um bom desempenho neste cargo mas pode ajudar, como é óbvio...C.L. - Também já expôs trabalhos seus na Amadora?A.M. – Sim, já participei em várias exposições dentro do município da Amadora mas desde há alguns

anos a esta parte, em virtude do cargo que ocupo, não me parece tão legítima essa utilização, que aos olhos dos munícipes poderia parecer abusiva. Tenho continuado a fazer algumas obras, participo em exposições colectivas e individuais mas tenho tido o cuidado de não expor em espaços municipais. A excepção foi a exposição FuncionArte, em exibição na Casa Roque Gameiro, porque entendi que, enquanto funcionário da Câmara, me devia associar a uma iniciativa que reúne obras de vários trabalhadores da CMA.C.L. - Que grandes projectos culturais podem os amadorenses esperar da sua autarquia num futuro próximo?A.M. - A breve prazo, a nossa grande meta é abrir ao público a Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, um homem da cidade da Amadora cujo nome quisemos perpetuar. Trata-se de um equipamento com dois parques de estacionamento com capacidade para cerca de 80 lugares e um edifício com quatro pisos de biblioteca, onde haverá perto de cem mil livros. No piso zero ficará a área infantil, o depósito e a zona de tratamento do livro, a sala de leitura e uma componente multimédia. No piso 1 ficará a zona de acolhimento, um bar e um espaço polivalente que pode receber exposições, palestras ou conferências, será neste piso que também estará a sala de leitura de periódicos e postos de acesso a internet. O piso 2 é composto por salas de leitura e acolhe uma parte importante do Fundo Piteira Santos, que tem cerca de 15 mil títulos. O piso 3 da biblioteca é uma sala de leitura geral com uma componente multimédia muito forte. Existem depois mais dois pisos suplementares, um deles irá ter gabinetes de vereação e um gabinete do presidente enquanto o outro terá uma ampla sala de artes onde decorrerão as reuniões municipais ordinárias.C.L. - Gostaria de continuar à frente deste pelouro num próximo mandato?A.M. - Quem tem competência para

seleccionar e convidar a equipa que pode integrar o próximo mandato é o senhor Presidente da Câmara. Não compete ao cozinheiro dizer que a comida está boa, essa tarefa compete a quem a prova.C . L . - M a s p o d e m o s t r a r disponibilidade para continuar a «cozinhar»...A.M. - O Presidente saberá escolher a equipa que mais lhe convenha para o desenvolvimento de uma orientação política correcta para o município da Amadora.C.L. - Numa frase, a cultura na Amadora é...A.M. - É a cultura possível, no momento dado! Todos sabemos que a Amadora herdou do passado um conjunto complicado de problemas, nomeadamente de cariz social, de alojamento, da rede viária, e portanto há um conjunto de prioridades neste concelho, na qual a cultura também se enquadra, e um conjunto de problemas a que urge dar resposta. Se tivermos que prescindir de uma ou outra actividade cultural mais exigente do ponto de vista financeiro, permitindo com isso fornecer alimentação a todos os miúdos carenciados que frequentam as nossas escolas, nós prescindimos. Isto não significa que não se façam actividades culturais mas temos que ter em conta os encargos que elas possam acartar. Como tal, há que ter o bom senso de responder às necessidades culturais da população tendo em conta as dificuldades naturais de financiamento que existem.

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Dr. João Ricardo Monteiro

Pós-Graduado em Medicinas Não Convencionais pela Escola Superior de Novas Tecnologias de Lisboa

MEMBRO FUNDADOR:CNNET Nº 55 – Câmara Nacional dos Naturologistas

TÍTULO PROFISSIONAL:QUIROPRÁTICO – OSTEOPATA

LOCAL DE ATENDIMENTO: AMADORA / DAMAIAAv. D. João V, 14 – E • Tel. / Fax. 21 490 35 29 • Contacto directo: 968 047 645

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10 27 Abril 2009Desporto

A A c a d e m i a d e F u t e b o l d o Externato Eduarda Maria é um projecto recente, que apenas surgiu no início do corrente ano lectivo, mais concretamente no passado mês de Outubro, mas que rapidamente mereceu a confiança de várias dezenas de crianças e jovens, assim como dos seus pais.Pedro Major, que outrora ajudou a fundar a escola de futebol Quatro Linhas, é o responsável por este projecto, que há muito era reclamado pelos alunos do Externato Eduarda Maria, localizado na Parede: “Houve várias solicitações das crianças e da directora do colégio, Maria de Jesus Oliveira, para eu organizar jogos de futebol contra outros colégios e foi durante as férias de Verão que decidimos começar com o projecto da Academia de Futebol porque havia, e há, no colégio muitas crianças que gostam de jogar futebol e de praticar desporto”,confirma.

Academia de Futebol ensina jovens a serem bons desportistas

E m a p e n a s s e i s m e s e s d e funcionamento, a Academia já tem quase 50 crianças a praticar futebol, número que Pedro Major considera “fantástico”. De salientar ainda que o atleta mais novo tem apenas 3 anos e meio enquanto os mais velhos têm 12 anos.Em virtude da inexistência de um campo de futebol no Externato Eduarda Maria, os treinos decorrem actualmente na Escola Preparatória da Parede, num relvado sintético de futebol de sete, duas vezes por semana, às segundas e quintas-feiras! Além disso, “a Academia também tem actividades para as crianças ao fim de semana, entramos em diversos torneios, ainda recentemente e s t i v e m o s n o Portugal Cup nos escalões de minis, p r é - e s c o l a s e escolas, conseguimos inclusivamente levar o escalão de escolas ao nacional, que se disputou na Nazaré, t e m s i d o m u i t o gratificante ver este projecto crescer” ,salienta o técnico.A inexistência de um campo próprio tem originado algumas dificuldades logísticas e despesas significativas mas nem isso desmoraliza Pedro Major: “Gostaríamos de ter outras infra-estruturas para possibilitar mais horas de treino e mais crianças empenhadas neste projecto. Queremos

realizar treinos bem organizados nos três escalões porque não podemos ter 50 crianças a treinar à mesma hora no mesmo local. Tendo mais horas e mais treinos permitir-me-ia ter mais alunos na Academia”, sustenta.A equipa técnica composta por seis elementos e a disponibilização de um autocarro que assegura o transporte entre o colégio e a escola onde decorrem os treinos são outras mais-valias inerentes a este projecto, que hoje em dia já extravasa as paredes do externato. Inicialmente, a Academia foi pensada e criada exclusivamente para as crianças do colégio mas hoje em dia já tem alguns jogadores que não fazer

parte do Externato Eduarda Maria: “Estou extremamente satisfeito com a adesão que a Academia tem registado, conseguir reunir num curto espaço de tempo quase 50 crianças neste projecto é muito positivo, ainda para mais porque até já temos oito jovens que não

frequentam o Externato”, confirma.Além da vertente desportiva e da componente «vida saudável» inerentes a este projecto, a Academia de Futebol tem procurado também fortalecer laços de amizade entre crianças, pais e externato: “É claro que estamos sobretudo atentos à vertente pedagógica do projecto porque as crianças têm de crescer e saber viver em sociedade. A maioria tem hoje uma vida muito sedentária, fecha-se muito em casa e este projecto contraria essa filosofia e promove a actividade desportiva não só entre as crianças como também entre os pais”, adianta o responsável, que prossegue: “Todos os sábados os pais das crianças reúnem-se e praticam desporto durante hora e meia. Temos tido uma adesão fantástica, há fins-de-semana em que podemos formar quatro equipas para jogar uma peladinha de futebol”, revela orgulhoso.Pedro Major dá mesmo um exemplo concreto de como a Academia de Futebol permitiu uma maior socialização entre pessoas que até há bem pouco tempo apenas se cumprimentavam: “Há alguns meses atrás os pais vinham deixar os filhos ao colégio mas falavam muito pouco entre si, hoje em dia graças a este projecto ainda recente já há pais que se tratam por tu, há uma ligação maior e começa a haver actividades extra-escolares como jantares, penso que este projecto tem sido muito enriquecedor não só para as crianças como para os pais”.Nestes primeiros seis meses tem

O corpo técnico da Academia

Os minis...

leg

Pré-escolas e escolas

• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R.

Pedro Major, fundador da Academia de Futebol do Externato Eduarda Maria

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Desporto 1127 Abril 2009

Na Parede para o bem servir

Pastelaria OS SANTINHOS

Rua Odete Sant Maurice, Lt. 106-Lj. – Parede Tel.: 214 534 145www.pastelariaossantinhos.com

das crianças com os colegas, com afamília e com o próprio externato: “A evolução e a correcção tem sido constante, eles gostam de aprender e nós ajudamo-los, logicamente, a melhorar o que está menos bem. Por outro lado, faço questão que os pais tenham uma voz activa em relação ao projecto da Academia”, diz.

Por se tratar de um projecto associado a uma instituição escolar privada, a Academia de Futebol será sempreum complemento do externato: “Há todo um trabalho educacional feito pelo colégio, desde a directora às professoras e educadoras, e nós servimos de complemento a essa estrutura para que as crianças possam crescer de uma forma saudável e socializante mas também para que aprendam a trabalhar em equipa” ,esclarece o responsável, que agradeceu o apoio da Remax Lux Carcavelos, a Pastelaria Os Santinhos e a marcadesportiva Uhlsport têm dado a esta ideia: “São três patrocínios que têm ajudado imenso ao desenvolvimento deste projecto”.Num plantel de quase 50jogadores, divididos emtrês escalões, já foi possívelencontrar a lguns bons

valores, que podem vir a singrar nofutebol. Como salienta Pedro Major“já tivemos oportunidade de defrontar equipas como Benfica, Sporting, Portoou Estrela da Amadora e encontram-seaqui bons jogadores. Um dos nossosatletas foi considerado o segundo melhor jogador das finais do Portugal Cup,nos vários escalões há sempre algumascrianças que rapidamente demonstramque têm um jeito inato para a práticado futebol”, sublinha.Graças à qualidade dos atletas mastambém dos técnicos, a Academiade Futebol do Externato EduardaMaria já obteve alguns resultadosinteressantes “mas devo salientar que não é nosso objectivo criar RuiCostas, Figos ou Cristianos Ronaldos.Se surgir algum é óptimo mas o maisimportante deste projecto é a prática deactividade física e a socialização entretodos. A competição não é a motivaçãoprincipal mas também é importanteque ex is ta para os es t imular amelhorar”, constata o treinador, que faz questão de referir, satisfeito,que “também temos algumas meninasna escola de futebol, no momento sãoapenas três mas acreditamos quepodemos aumentar esse número embreve”.O responsável está tão optimista eentusiasmado com o arranque doprojecto que já começa a ter novasideias para o futuro. “Gostava, por exemplo, de ter a possibilidade de aumentar o número de horas de treino para poder aumentar a estrutura técnica da Academia. Hoje em dia há tantas escolas de futebol que temos que primar pela diferença, não podemos limitar-nos a ser apenas mais uma academia de futebol. Foi nesse âmbito que realizámos a todos os jogadores um rastreio oftalmológico e esse género de acções é, por si só, um pouco diferente do que se vai encontrando por aí quando se fala em escolas de futebol”, conclui.

O Departamento de Ambienteda Câmara Municipal de Cascais(CMC), a Cascais Atlântico, a CascaisEnergia e a Comissão Nacional daUNESCO (CNU) estão a promoverum concurso subordinado ao tema«Água e Energia», aberto a todosos Agrupamentos de Escolas eestabelecimentos de Ensino Básicodo 2º e 3º ciclo da rede pública doconcelho de Cascais.Com o apoio do Comité Portuguêspara o Ano Internacional do PlanetaTerra (AIPT) e inserido no âmbitoda «Década das Nações Unidas daEducação para o DesenvolvimentoSustentável 2005-2014», este desafiovisa, principalmente, sensibilizaralunos e professores para a temáticada água e energia, apelando aoespírito crítico e imaginação dosparticipantes.Para Car los Carre i ras , Vice -Presidente da CMC e Presidentedas Agências Cascais Atlântico eCascais Energia, “este concurso constitui um desafio da autarquia e dosseus parceiros às escolas e aos alunosde Cascais, no sentido de produziremmateriais capazes de fomentar o debatepúblico sobre a água e a energia,assim contribuindo para sensibilizar

a comunidade re la t ivamente ao desenvolvimento sustentável”.Por sua vez, Fernando Andresen Guimarães, Embaixador e Presidente da Comissão Nacional da UNESCO, acredita que “dinamizar a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável passa por áreas de intervenção prioritária de grande efeito multiplicador e em que as escolas e as autarquias assumem um papel vital. Promover um concurso escolar, no qual se envolva a população escolar e local, certamente constituirá um instrumento valioso na promoção deste objectivo”.Para concorrerem, alunos e escolas têm que realizar um filme, trabalho escrito ou cartaz/maqueta sobre o tema e entregá-lo entre 4 a 8 de Maio. As candidaturas são apresentadas por escola, turma ou grupo, até ao limite de 32 participantes por estabelecimento de ensino.Os três melhores trabalhos de cada categoria serão premiados com três computadores e uma viagem (1º prémio), dois computadores (2º prémio) e um computador (3º prémio). O melhor trabalho no conjunto das três categorias terá ainda direito a um prémio de excelência, que consiste num sistema de energia solar para a escola vencedora, até um valor máximo de dez mil euros.O j ú r i s e r á c o m p o s t o p o r representantes da CNU (que detém voto de qualidade), AIPT, CMC, Cascais Atlântico, Cascais Energia e um representante do Ministério da Educação. A entrega de prémios decorre no dia 29 de Maio, no Centro de Interpretação Ambiental da Ponta do Sal, onde os trabalhos resultantes deste concurso ficarão expostos até 8 de Junho.

Foi preciso um renhido play off parase conhecer o vencedor do 53º EstorilOpen de Portugal de Golfe. MichaelHoey, da Irlanda do Norte, bateuo espanhol Gonzalo Fernandez-Castaño depois de ambos teremterminado os quatro dias da provacom sete pancadas abaixo do Par doOitavo Dunes, em Cascais.O golfista profissional RicardoSantos, do Oceânico Golf TeamPortugal, foi o melhor portuguêsem prova, ao classificar-se em 55º

lugar entre os 150 participantes. Patrocinado pelo Turismo Estoril e pelo Turismo de Portugal, o Estoril Open de Portugal de Golfe distribuiu prémios monetários de 1,25 milhões de euros tendo o vencedor levado para casa um cheque de mais de 200 mil euros. A entrega dos troféus e dos prémios monetários foi feita por Duarte Nobre Guedes e Manuel Agrellos, respectivamente Presidentes do Turismo Estoril e da Federação Portuguesa de Golfe.

Estoril Open de Golf

Os atletas à porta do colégio

De pequenino se aprende a voar

Pedro Major e o pai

Pastelaria fina e diária para satisfazer o seu exigente paladar

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12 27 Abril 2009Social

Sedeada no Bairro de S. Miguel das Encostas, no limiar da freguesia de Carcavelos, a Casa da Encosta foi construída de raiz pela Câmara Municipal de Cascais (CMC) e inaugurada em Dezembro de 1990 com o intuito de acolher 12 crianças vítimas de maus-tratos e perspectivar com elas e, sempre que possível, com suas famílias o seu projecto de vida e a sua autonomia.Ao longo destes quase 19 anos de existência, a Casa da Encosta já recebeu 277 crianças – desde bebés com dias de vida até pré-adolescentes com 12 anos de idade - oriundas de vários pontos do país, mas predominantemente (cerca de metade dos casos) dos concelhos de Cascais e Oeiras.Fátima Serrado está desde o início na direcção deste projecto social e começa por salientar a O Correio da Linha que, a partir do momento em que uma criança é acolhida na casa,

Casa da Encosta é porto de abrigo

o primeiro objectivo das técnicas que aqui trabalham é perceber as suas necessidades: “tentamos ajudá-la a nível psiquiátrico para que a criança recupere o que perdeu ao longo do tempo em que esteve num contexto familiar sem a necessária estimulação cognitiva. Deparamo-nos com casos de crianças que necessitam uma grande estimulação diária ao nível da fala, cognitiva ou social, pelo que inicia-se aqui um trabalho que abrange todas essas competências”, sublinha.Ao ser um dos sete Centros de Acolhimento criados pela Associação CrescerSer, a Casa da Encosta tem por objectivo “proporcionar qualidade às crianças acolhidas, promover a socialização através da inserção em equipamentos e d u c a t i v o s e s p e c i a l i z a d o s , actividades extra-curriculares, consultas diversas e formação interna a todos os colaboradores. Ao nível familiar procura-se dar resposta às necessidades de cada família, para que o acolhimento seja minimizado e que rapidamente a criança veja em tempo útil a definição do seu projecto de vida”,destaca a responsável.

Sempre que possível, privilegia-se o trabalho com as famílias, procurando que estas tenham uma participação activa na recuperação da função parental. Quando não é possível encontrar soluções no seio da família biológica a Casa da Encosta procura alternativas viáveis, o mesmo é dizer, uma família adoptiva. Este é, aliás, um projecto que funciona em estreita articulação com Tribunais, Segurança Social, Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), Centros Comunitários, Entidades Policiais, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, bem como com a comunidade em geral.Além do acolhimento temporário e acompanhamento de crianças e jovens em risco, a Casa da Encosta tem procurado dar formação especializada na área da protecção da criança e jovens em perigo. Desta forma, tem vindo a organizar Seminários, Encontros e Jornadas que visam promover os Direitos

da Criança, em parceria com escolas, autarquias, CPCJ’s, tribunais e com a Santa Casa da Misericórdia: “ E m J a n e i r o d e 2 0 0 9 realizaram-se em Cascais as Jornadas de Formação «Ser Criança/CrescerSer Gente», o r g a n i z a d a p e l a C M C . Agora estamos a promover o «Pensar Juntos», são reflexões conjuntas sobre a infância e a juventude centradas na promoção dos direitos da criança. A acção está programada para o dia 28 de Abril, no Centro

Paroquial Nova Oeiras, e contará com a presença do

Exmo Sr. Dr. Laborinho Lúcio para dinamizar a Sessão”, revela Fátima Serrano.Com um número máximo de 12 crianças, que está constantemente ocupado, a Casa da Encosta pauta-se por apresentar um ambiente familiar: “Tentamos que todos os jovens vão à escola e frequentem actividades extracurriculares, saindo de manhã e regressando apenas no final do dia, tal como acontece em todas as famílias. Existe uma Equipa Técnica e uma Equipa Educativa atenta a todas as situações, delineando um projecto educativo individual tendo em conta as necessidades específicas de cada criança”, realça.Na Casa da Encosta é impossível determinar-se um tempo médio de permanência uma vez que “cada caso é um caso e toda a criança necessita de um tempo útil para se definir de uma forma célere o seu projecto de vida. É necessário um trabalho de grande rigor, elaborado não só para a criança mas também com a sua família. Este tempo útil é variável de criança para criança mas a Casa da Encosta tem uma média de permanência de aproximadamente 12 meses”, ressalva a directora.

Q u a n d o re g re s s a à famíl ia biológica ou é acolhida por uma f a m í l i a a d o p t i v a , a criança continua a ser acompanhada e avaliada pela Casa da Encosta durante os primeiros 6 a 12 meses. A CasaA Casa da Encosta pertence à Associação CrescerSer, uma IPSS sem fontes de rendimentos, que vive de subsídios do Estado, da Liga de Amigos e de apoios esporádicos de empresas e de cidadãos anónimos: “O nosso maior obstáculo é, sem dúvida, não termos dinheiro suficiente para fazer face às despesas mensais. É premente procurar uma sustentabilidade financeira que nos permita continuar o trabalho que temos vindo a desenvolver, com a qualidade que é desejada. Relembro que estamos a trabalhar com uma população muito vulnerável, que exige todos os dias um trabalho precoce a todos os níveis. Temos desenvolvido esforços no sentido de encontrar ajudas no tecido empresarial da zona, que custeiem despesas alimentares, melhorias e manutenção dos CAT, compra de viaturas, medicamentos e outras. Não posso deixar de referir ainda a grande ajuda que temos recebido da CMC que contribui com o pagamento de água, luz e apoios esporádicos”, agradece.Quem quiser colaborar com a Casa da Encosta pode optar por ser sócio da Liga de Amigos, pagando uma quota mensal ou anual, podendo também ser Amigo Especial, “apadrinhar” o Centro de Acolhimento ou tornar-se voluntário como Marcelino Silva, Carmen Fernandez ou Maria da Conceição Martinho. Dos três voluntários, Marcelino Silva é quem colabora com a Casa da Encosta há mais tempo: “Sou voluntário há pelo menos 15 anos, decidi ajudar porque na altura estava com alguns problemas pessoas e quando deixei de trabalhar decidi distrair-me com

alguma coisa. O que faço geralmente é levar os miúdos à escola e aos ATL´s, vou ao Banco Alimentar, à farmácia, ao centro de saúde, ao hospital, vou onde é preciso”, diz com um sorriso nos lábios.Foi a mudar a fralda a um bebé recém-nascido que encontrámos Carmen Fernandez, voluntária na Casa da Encosta há quatro anos: “Quando fiquei reformada soube que a Casa da Encosta estava a precisar de voluntários e vim ver se me adaptava ao ambiente da casa e se podia ser útil. Entendi que sim e faço aqui de tudo um pouco, é um trabalho abrangente, em que tanto ajudo na alimentação como dou banho aos bebés ou brinco com os mais velhos, ajudo a arrumar a arrecadação, ponho a mesa... varia de dia para dia”, adianta.Já Maria da Conceição Martinho tem «apenas» dois anos e meio de voluntariado, tempo suficiente para perceber a filosofia da Casa da Encosta: “Graças ao voluntariado estou mais ocupada, adoro trabalhar com crianças e venho à segunda, terça e sexta... e nos dias em que sou precisa! [risos] Se isto agora me faltasse iria faltar-me muita coisa. Gostava de ter tido muitos filhos, não pude tê-los e esta é uma forma de eu ajudar os «meus» meninos”, refere.

Texto: Pedro QuaresmaFotos: PQ e Casa da Encosta

Casa da Encosta assemelha-se em tudo a um lar comum

A directora com alguns dos voluntários da Casa da Encosta

Fátima Serrano, Directora da Casa da Encosta

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Actual 1327 Abril 2009

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O website Clube do Mac, desenvolvidopela EMAC – Empresa de Ambientede Cascais, tem novas actividadesnas áreas da sensibilização ambiental,educação e cultura.Entre as novidades destaca-se aescola, agora com a possibilidadede se observarem trabalhos feitospor alunos nos estabelecimentos de ensino do concelho, no âmbito do programa «Emac Educa – UmaAposta no Futuro».É ainda possível aceder a desenhosdo MAC para pintar no quarto, ler receitas de culinária adaptadasa esta faixa etária e participar no animado jogo da reciclagem ou nopercurso dos resíduos.Destinado a crianças e jovens entre os 4 e os 18 anos, o Clube do Macfoi criado em 2008 com o objectivo de envolver pais e professores em objectos ambientais e fomendandoboas práticas individuais.Para o Presidente da EMAC, RuiLibório, “esta empresa está na linha

Clube do Mac cativa fãsda frente quando estão em causa pressupostos e valores que temos obrigação de garantir às novas gerações. São elas que podem perpetuar os projectos de futuro como o Clube do Mac”, sublinha.

O Parque Urbano Felício Loureiro, em Queluz, recebe no próximo dia 30 de Maio a segunda ediçãoda Expo Evangélica, onde estarão presentes dezenas de stands deorganizações ligadas às áreas damúsica cristã, acção social, saúde,comunicação, ministérios juvenisou missões, entre outros motivos de interesse.O evento é promovido pela Aliança Evangélica Portuguesa e insere-se noprograma do Dia Global de Oração,

em que mais de 200 países de todoo mundo estarão simultaneamentea orar publicamente a favor darespectiva nação.O programa específico do DiaGlobal de Oração concentra-se entreas 15h00 e as 18h00 mas o local seráanimado durante todo o dia poractividades dirigidas a criançase jovens, nomeadamente paredesde escalada, insufláveis, pinturasfaciais, participações musicaise dança.

Evangélicos em Queluz

O NUCLIO – Núcleo Interactivo de Astronomia associou-se às«100 Horas da Astronomia», acção promovida no âmbito das comemorações mundiaisdo Ano Internacional da Astronomia em 2009.Construção de relógios de sol, observações diurnas enocturnas, observação do Sol com telescópios com filtros que permitem ver as manchassolares e as protuberâncias (matéria lançada pelo Sol) , sessões deformação e construção de modelos de Saturno e da Lua foram algumasdas actividades que, entre 2 e 5de Abril, animaram o Centro de Interpretação Ambiental da Ponta do Sal.O jornal O Corre i o da L inhaacompanhou o atelier de construção de relógios de sol e constatou o interesse que a astronomia desperta em algumas crianças. É o caso daInês, 12 anos, com quem falámosenquanto construía o seu relógio: “Gosto de olhar para o céu e ver as estrelas com o telescópio”, admite a jovem, que revela orgulhosa que “já

consigo detectar a Ursa Maior e a UrsaMenor”, diz timidamente.A poucos metros estava a embevecidamãe da Inês, Teresa Nunes, que nosexplicou o porquê de ter trazido afilha às «100 Horas da Astronomia»:“Faço parte do NUCLIO há muitotempo e como a minha filha começoueste ano a aprender Astronomia naescola decidimos participar, aliás, elajá está habituada a vir às iniciativasque o NUCLIO organiza aqui na Pontado Sal”.Durante o f im-de-semana foitambém possível assistir a umapalestra do Professor HenriqueLeitão que falou sobre o Telescópiode Galileu em Portugal.

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O Correio da Linha (C.L. ) - Quais são a s n o v i d a d e s d a s c o m e m o r a ç õ e s d o

aniversário de Algés?Alda Lima (A.L.) - Gostava imensode inovar e fazer algo diferenteaté porque estas são as últimascomemorações deste mandato masestamos a viver um período em quenão podemos pensar a longo nem amédio prazo, e nesse aspecto nãovou poder realizar aquilo que tinhaplaneado ao nível de festas porcausa das circunstâncias económicasactuais. Há quem diga que a crisenão é desculpa para tudo, e de factonão é, mas a verdade é que não temosdinheiro. Sentimos cada vez mais osconstrangimentos e os cortes que aadministração central nos fez. Oeirasé um concelho rico e tem diversasreceitas próprias mas as Juntas deFreguesia não têm rigorosamentenada porque o Governo não nosatribui competências próprias.

Alda Lima, Presidente da JF Algés

“O Governo quer acabar com as Juntas de Freguesia”

A poucos meses de concluir o mandato à frente dos destinos da Junta de Freguesia de Algés, Alda Lima admite sentir-se feliz com o trabalho realizado até à data mas sublinha que ainda há muito por fazer por Algés. As acessibilidades s ã o o p o n t o n e g r o d e u m a freguesia que recentemente viu desbloquearem-se dois problemas antigos: o novo Centro de Saúde e a duplicação da Ribeira de Algés. Todavia, nem tudo é positivo e as limitações orçamentais são cada vez mais rígidas, ao ponto de Alda Lima adiantar que está sujeita a ter que entregar a chave por não conseguir arcar com os encargos a que a Junta de Freguesia está sujeita.

C.L. - Não havendo receitas, não há as festas que gostaria...A.L. - Ora nem mais, quem não tem dinheiro não tem vícios! Desde 2007que a Administração nos anda a fazercortes de cinco por cento em cadaano e isso reflecte-se de forma muitonegativa na nossa disponibilidadefinanceira. Em 2007 conseguimossuperar essas dificuldades graçasa uma gestão muito rigorosa, jásomos muito penalizados pelofacto de Algés ter uma área muitopequena mas agora as dificuldadesfinanceiras aumentaram e por causadisso não podemos ter grandesveleidades na comemoração donosso aniversário. Gostaria de veras autarquias compensarem asJuntas de Freguesia por este cortemas não posso atribuir a culpa àCâmara Municipal de Oeiras (CMO)por não querer assumir um buracoque foi criado pela AdministraçãoCentral. A esse respeito até devoadmit ir que estamos perante

uma autarquia que faz obra que compete à Administração Central, nomeadamente centros de saúde, escolas e quartéis de bombeiros. Apenas fiz referência à Câmara porque tem receitas próprias e nós não, este problema tem-se vindo a arrastar e agora estamos «com a criança nas mãos».C.L. - São, pois, as comemorações possíveis...A.L. - Exactamente! Não vou fazerquase nada daquilo que tinha projectado, sendo certo que farei sempre um esforço por inovar e por ter algo diferente. Como se estão a celebrar os 250 anos do concelho de Oeiras vamos realizar no Palácio Ribamar uma exposição com materiais reutilizáveis com as escolas e os centros de dia da freguesia. Também tinha pensado num desfile à época do Marquês feito com materiais reutilizáveis mas as escolas já me informaram que não seria possível porque essa

• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: PQ e JFA

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Ficha TécnicaJORNAL MENSAL DE ACTUALIDADE

Administração, Redacção e Publicidade: Rua Prof. Mota Pinto, Loja 4 • Bairro do Pombal, 2780-275 Oeiras

Director: Paulo Pimenta Editor Chefe: Pedro Quaresma Redacção: Claúdia Silveira,Jorge Reis, Cristina Filipa, Leonor Ferreira, Dalila Matos, Margarida Cecílio, Ana Patrícia Oliveira, Ana Assunção, Susana Teodoro, Sónia Firmino, Colaborador: François BaradezMarketing e Publicidade: João Isidro Fotografias: Sérgio Saavedra, J. Rodrigues e DiogoPimenta Paginação: MX3 - Artes Gráficas – Rua Alto do Forte - Sintra Comercial Park - Fracção Q - Armazém 16 - 2635-446 Rio de Mouro - Tel.: 21 917 10 88 Impressão: CarimboGráfica – Tel.: 212 077 703 Administração: Alice Domingues /Paulo Pimenta com mais de 10% Propriedade: Vaga Litoral Publicações e Edições, Lda. – Matr. Nº 12018 – Cons. Reg. Com. Oeiras - Capital social: Depósito Legal N.º 27706/89 - Registo na I.C.S. N.º 114185. Tiragem do mês: 15 mil exemplares

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Algés 1527 Abril 2009

é altura de exames e não haveria tempo de dar uma resposta positivaao meu desafio! Já no Carnaval deidestaque ao Marquês de Pombaltendo aberto o desfile com a suafigura à frente do cortejo.C.L. - É a única novidade?A.L. - Não, no dia 23 de Maio vouter pela primeira vez um evento com cães, isto é, uma acção onde apopulação pode adoptar um amigode quatro patas e pode tambémassistir a exercícios de detecção de droga. Essa acção ainda não sei sedecorrerá nos jardins do Palácio Anjos, no Jardim Municipal ouaté mesmo no Parque Urbano de Miraflores. Também tinha previsto inaugurar no dia da freguesia (27de Maio) um espaço multiusos numedifício que nos foi doado no inícioda Avenida dos Combatentes maso processo foi mais moroso que o inicialmente programado pelo que ainda não vamos conseguir fazeressa inauguração.C.L. - Vai continuar a haver torneio de sueca?A.L. - O torneio de sueca é daqueleseventos que eu já não posso deixar de organizar. Há quem diga que ascomemorações da freguesia é «vira o disco e toca o mesmo» mas eunão posso deixar de promover o torneio de sueca como não posso deixar de organizar o encontro de coros ou a tarde de poesia porque é a população e as instituições queassim o «exigem». Vamos tambémvoltar a organizar a feira de «Trocas e Baldrocas» no Palácio Ribamar, no mesmo dia da Feira de Velharias,precisamente para chamar maispopulação.C.L. - As festas irão encerrar, como habitualmente, com um concerto...A.L. - Este ano o espectáculo musical de encerramento estará a cargo do Fernando Pereira e das suas bailarinas, estou certa que seráum espectáculo muito interessante. Também estou a envidar esforços para ter uma noite de fados, essainiciativa ainda não está garantida mas alguma coisa irei ter!C.L. - Vai voltar a apostar na «prata da casa»...A.L. - Esse é o meu objectivo, não só por limitações financeiras massobretudo pela questão social! Nãoimagina a satisfação que é para estasinstituições dar o seu contributo às festas de Algés. É como quandoorganizo um passeio, eu procuro sempre que seja temático e que haja

sempre um objectivo, que não sejaapenas passear por passear. Aindarecentemente levei alguns senioresa Vila Viçosa e evidentementevisitámos o Palácio e o Castelo,antes também fomos a Monsaraz,sempre com algo por detrás. Émuito gratificante ver o regozijo queas pessoas têm com a sua presidentepor lhes proporcionar tudo isso.C.L. - Essa proximidade social menorizam a fal ta de verbas para fazer face aos problemas da freguesia?A.L. - Como é evidente, ainda agora antes desta entrevista recebi umainstituição que vai comemorar 25anos e veio pedir a nossa colaboraçãoatravés de um apoio financeiro.Não imagina o quão triste é sermosobrigados a dizer que não temosrecursos financeiros para os auxiliar,podemos dar algum apoio logísticotirando fotocópias gratuitamenteou cedendo um meio de transportepara os ajudar a carregar algumacoisa mas dinheiro infelizmentenão temos. Nós, freguesia deAlgés, somos quem tem maisencargos porque temos que ter

mais funcionáriospara satisfazer asn e c e s s i d a d e s d apopulação e aí sinto-me infer ior izadae m r e l a ç ã o a o smeus pares. Comexcepção de Oeirase talvez de Linda-a-Velha, nenhumaoutra freguesia tema população que nóstemos, sobretudoao nível de novosrecenseados, porquehá muita gente quese f ixa em Algéspelo facto de sermos um interfaceprivilegiado ao nível de transportes.Temos tudo, desde eléctrico acomboio e autocarros, o que faz comque a Junta de Algés emita maisatestados num dia do que outrasJuntas numa semana.C.L. - Em que medida os cortes sucessivos de cinco por cento no orçamento têm sido prejudiciais para a Junta de Freguesia de Algés?A.L. - Este ano o Estado decidiu não fazer esse corte de 5% porque

Numa actividade da Escola Segura

é ano eleitoral mas cortaram verbas de outra forma. Há freguesias que têm um Presidente a tempo inteiro, como é o meu caso, e em Algés tem mesmo de ser assim devido ao elevado número de pessoas que a freguesia tem, mas antigamente as remunerações dos Presidentes de Junta eram incluídas numa verba pelo Orçamento Geral do Estado e este ano, como repuseram os 5%, tiraram essa verba das nossas remunerações o que faz com que o

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prejuízo ainda ultrapasse os 5% quedevolveram. Tenho pugnado em todo o lado contra essa medida, sejaatravés da ANAFRE (AssociaçãoNac iona l de Fregues ias ) , naAssembleia de Freguesia ou a nívelpartidário porque acho que o actual Governo quer acabar com as Juntasde Freguesia e porque não tem coragem política para dar a volta ao problema das pequenas freguesiasque deveriam ser geridas noutros moldes. Não é com estes cortes, que ajudam o senhor Primeiro Ministro a atingir os valores pretendidos do défice, que se ajuda a populaçãoporque as Juntas de Freguesia sãoas instituições políticas que maispróximo estão da população. Estamos constantemente a exigir que nos sejam delegadas maiscompetências mas, ao invés, ainda

nos tiram o pouco que temos.C.L. - É das autarcas que mais tem «reclamado» a atribuição de novas competências às Juntas de Freguesia...A.L. - ... mas o Governo tem feito ouvidos de mercador porquenão só não nos atribui novascompetências como ainda nosretira algumas das receitas queantes desempenhávamos. Quemme conhece sabe que não travo estabatalha devido a cores partidárias,se fosse o meu partido a tomarestas decisões reclamaria da mesmaforma, mas as coisas não podemcontinuar como estão porque estousujeita, um dia destes, a ter queentregar a chave por não conseguirarcar com os encargos a que a Juntade Freguesia está sujeita.C.L. - Não está a ser alarmista?A.L. - Não estou a contar-lhenovidade nenhuma, já disse istoanteriormente, as pessoas achamque estou a brincar mas asseguro-lhe que estou a falar muito a sério! Ereforço a minha opinião com dadose valores concretos! Eu recebi paraeste ano cerca de 160 mil eurospara pagar ordenados, água, luze outras despesas inerentes aofuncionamento da Junta. Recebirecentemente uma factura de 101mil euros da ADSE por causa de umfuncionário que teve de fazer umtransplante do pâncreas e já avisei a

ADSE que não posso pagar tamanhaverba. A população desconheceestas situações, os jornalistas muitasvezes também desconhecem asnossas limitações, mas é com estetipo de pressão e repressão queconvivemos diariamente.C.L. - Mudando de assunto, a questão do Centro de Saúde de Algés está a avançar, quando poderão os algesinos usufruir do novo Centro de Saúde?A.L. - O novo Centro de Saúde era uma meta reclamada por todasas forças políticas da freguesia,o senhor Presidente da Câmarac o m p ro m e t e u - s e a s u p o r t a rfinanceiramente a sua construçãocaso a Administração Central nãoavançasse e é isso mesmo que vaiacontecer. Ainda assim, houvealguns obstáculos na aprovaçãodo programa funcional porque oprojecto não pode ser feito pelos

arquitectos da Câmara, é o Estado que tem de decidir quantos gabinetes médicos vai ter o Centro de Saúde, quantas salas de espera e salas de tratamentos, etc. Esse programa só recentemente foi aprovado, não obstante as pressões da CMO e da Junta de Freguesia, e nesse aspecto tenho de agradecer à autarquia porque se não fosse ela a assumir a construção do novo Centro de Saúde ele não seria uma realidade tão cedo. Não será ainda neste mandato, que termina em Outubro, mas segundo informações recolhidas junto do senhor Presidente Isaltino Morais é possível que as obras arranquem ainda antes do final do ano em curso. Se tudo correr sem problemas é provável que dentro de dois a três anos nós tenhamos o novo Centro de Saúde a funcionar.C.L. - Outra obra importante para a freguesia é a duplicação da Ribeira

de Algés. . . acredita que desta forma irão terminar os problemas das cheias de quem vive e trabalha na Baixa de Algés?A.L. - Com o arranjo da Avenida Damião de Góis o s p r o b l e m a s f i c a r a mm e n o r i z a d o s m a s n ã oresolvidos porque o que foi ali feito não vem impedir que se coincidir uma marécheia com um dia de chuvastorrenciais não haja outra

vez inundações na Baixa de Algés. Felizmente, as nossas reivindicações junto da CMO e do INAG (Instituto da Água) deram frutos pois a CMO vai comparticipar na duplicação da ribeira com metade da verba. Não conseguirei ainda falar em prazos mas acredito que em breve teremos a duplicação da ribeira executada.C.L. - E como está a questão da construção do novo edifício da Administração do Porto de Lisboa (APL) na zona r ibeir inha de Algés?A.L. - Temos tentado de todas as formas adiar o início desse projecto que será, por certo, uma barreira arquitectónica no Passeio Marítimo. A Lei está do lado da APL mas estamos a tentar que aquele local seja preservado. Se a APL tem

Os cidadãos recorrem muito à Junta de Freguesia

Na apresentação do projecto do novo Centro de Saúde de Algés

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Algés 1727 Abril 2009

• SÁBADO 23 DE MAIO 15 HCampanha de Adopção de Cães / Demonstrações Caninas(Quinta de Sto António)22 H - Concerto Fernando Pereira (Palácio Ribamar)• DOMINGO 24 DE MAIO 9H -19 HFeira de Trocas e Baldrocas (Rua Major Afonso Palla)15H - Inauguração da Exposição de trabalhos temáticos manufacturadoscom materiais reutilizáveis no âmbito dos 250 anos do Concelho de Oeiras, com a envolvência das Escolas e Centros de Dia da Freguesia(Palácio Ribamar – Sala de Exposições) *15H30: Banda Amigos Castelo Novo; Tuna USILA; Grupo CantaresSeniores da Academia CVP Parede (Palácio Ribamar)• SEGUNDA 25 DE MAIO 14H:Torneio da Sueca (Liga dos Melho• TERÇA 26 DE MAIO 15H :Tarde de Poesia e participação do gapontamentos musicais (Palácio Ri• Rastreios Diversos Fundação Ci• QUARTA 27 DE MAIO 10H:Hastear das Bandeiras (Junta de Fr10H30:(Junta de Freguesia de Algés)• Rastreios Diversos Fundação Ci11H: Missa (Capela Nossa Senhor21H30: Orquestra de Câmara Casca(Palácio Ribamar – Sala de Expos• QUINTA 28 DE MAIO 21H:Homenagem aos Bombeiros Volunt

JUNTA DE FREGUESIA DE ALGÉSComemora o 16º Anive

(Palácio Ribamar – Sala de Ex• SEXTA 29 DE MAIO 21H:Coros da Freguesia (Palácio Ri• Rastreios Diversos Fundação• SÁBADO 30 DE MAIO 9H-13HRecolha de Sangue (IPS) Sede• Rastreios Diversos Fundação• Rastreio Podologia – Dr.Pé16H:(Palácio Ribamar – Sala de Ex22 H: Fados de Coimbra (Palác• DOMINGO 31DE MAIO 9H30

Minigolfe do AniverUrbano Francisco

rinha de Algés) *21H30 issão de Velas em honra da Nª Sra de Fátima

oquial e término na Capela de Nossa Sra do Cabo

alteração do local

Programa das Festas está sujeito a alterações.

o Programa na JUNTA DE FREGUESIA DE ALGÉS.Rua Parque Anjos, Nº 8 A – 1495- 100 A Algés

Tel: 21 411 83 80 – Fax: 21 411 37 91www.jf-alges.pt

PROGRAMA:

Uma freguesia com vários espaços de lazer

belíssimos palacetes na Junqueira eem Alcântara, não percebo porque quer vir para Algés «roubar» espaço à população no seu PasseioMarítimo.C.L. - Também tem batalhado pela melhoria das acessibilidades da freguesia, o que foi feito no último ano neste particular?A.L. - Avançou-se em alguns projectos , é com agrado que constato que a breve trecho vai abrir o viaduto sobre a A5 que vai culminar na rotunda de Miraflorese que irá permitir um acesso maisfácil para as pessoas que vêm daOuturela e de Carnaxide. Mas por outro lado essa maior acessibilidadefará com que o centro de Algés fique ainda mais sobrecarregadoao nível de tráfego, nomeadamente na Avenida Norton de Matos para onde afunilará bastante trânsito. Omunicípio tem de começar a pensar muito seriamente em viadutos,sobretudo para o escoamento da saída e entrada de viaturas nafreguesia de Algés. Os prédios nãose podem deitar abaixo, as ruas nãose podem alargar, há que fazer maisparqueamento na Baixa de Algés eestá provado que ele é necessário, ao contrário de Miraflores onde há parqueamento que nem sequer estápreenchido.C.L. - Int imamente l igada às acessibilidades está a problemática do estacionamento urbano...A.L. - ... O parque de estacionamento

da ribeira foi inaugurado há umano mas continua sem ter ocupaçãoporque onde faz realmente falta é nocentro de Algés. Se em vez dos trêsque já foram feitos tivessem feitoo da Praça 25 de Abril (em frenteao Palácio Anjos) os problemasd e e s t a c i o n a m e n t o e s t a v a mminorados.C.L. - Algés é hoje um pólo de cultura, de comércio tradicional, um interface ferroviário de destaque... em que pontos pode e deve melhorar esta freguesia nos anos vindouros?A.L. - Tirando os aspectos que jáfalei, das acessibilidades, do Centrode Saúde e da Ribeira de Algés,preocupa-me também o estado docomércio tradicional. Este não éum problema confinado a Algés,como se sabe, mas tenho imensapena que alguns donos de casascomerciais não tentem adaptar-se eactualizar-se. Não faz sentido que ascasas comerciais estejam encerradasà hora de almoço, tal como não fazsentido que não abram ao sábado àtarde. Infelizmente não temos umavarinha de condão para melhoraras perspectivas de negócio doscomerciantes de Algés, lutamos simpelo parqueamento e por encontrarsoluções que permitam à populaçãovir fazer as suas compras a Algés erecordo a vitória que foi conseguirque a Praça de Touros, mesmo sendoum terreno privado, fosse melhoradaa nível de estacionamento. Algésé das freguesias com maior índice

de carros por agregadofamiliar e essa situaçãoreflecte-se, naturalmente,no estacionamento. Outroa s p e c t o q u e t a m b é mme preocupa bastanteé a área do Ambiente,nomeadamente a vertentedos RSU´s (Resíduos SólidosUrbanos), porque ainda se

de falta de civismo. Aspessoas ainda deixam ossacos fora dos contentoresou das ilhas ecológicas, háquem continue a passearo cãozinho e não apanheos dejectos do animal,também é verdade que são notóriasas melhorias nestes aspectos masainda há muita coisa para fazer nesteâmbito.C.L. - O actual mandato está prestes a terminar, tem a sensação de dever cumprido ou acha que poderia ter ido um pouco mais além?A.L. - Mal do autarca que chegueao fim do mandato completamentesatisfeito. Em todo o caso, tendo ematenção o que foi a primeira metadedo meu mandato e a conjunturapolítica em que ele decorreu, nãoposso deixar de ficar feliz por vero que foi conseguido, recordo porexemplo que a nível social criei oNúcleo de Intervenção Social deAlgés (NIVA). Dirijo uma Junta deFreguesia dinâmica e activa masdeito-me diariamente convicta de

que ainda há muito para fazer por Algés. Em todo o caso, olhando para o meu programa eleitoral, constato que mais de 90 por cento está concretizado.C.L. - Este será o último ano à frente dos destinos da freguesia de Algés ou tenciona ir à luta numa possível recandidatura?A.L. - Como sabe, essa decisão não depende apenas da minha disponibilidade e do meu querer. O meu empenho é visível e estou n a t u r a l m e n t e d i s p o s t a p a r a continuar a desenvolver o meu projecto por Algés, penso que o partido pelas directrizes que vou ouvindo também está satisfeito com o meu trabalho mas em última instância tudo depende dos cidadãos de Algés.

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18 27 Abril 2009Previsões para Maio

LeãoCarneiro Sagitário

CapricórnioTouro Virgem

Gémeos Balança Aquário

PeixesEscorpiãoCaranguejo

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prejudicando o seu sistema imunitário. Esteja

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aimunitário mais fragilizado. Reduza o ritmo de t

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Stire uns dias de folga e restabeleça as suas eDpeNH

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pois esta é a melhor altura para os colocar em p

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Actual 1927 Abril 2009

A SANEST – Saneamento da Costa do Estoril passou a integrar o grupo de empresas subscritoras do «Código de Conduta Empresas e VIH», elaborado no âmbito da Plataforma Laboral contra a SIDA, assumindo-se como interlocutora privilegiada na resposta à infecção pelo VIH no local de trabalho, nomeadamente nas vertentes da não discriminação, da prevenção e do acesso ao tratamento.A cerimónia contou com a presença de todas as empresas participadas do Grupo AdP – Águas de Portugal, que, depois da adesão da holding AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A., em Outubro de 2008, tornam-se agora também subscritoras do documento elaborado no âmbito da Plataforma Laboral contra a SIDA e impulsionado pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida.A c t u a l m e n t e , 9 e m c a d a 1 0 pessoas infectadas pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) encontram-se em idade activa, pelo que a adesão da SANEST e da totalidade das empresas do Grupo AdP a esta iniciativa, num universo de cerca de 5.000 colaboradores, representa um importante contributo para a resposta à infecção pelo VIH

no local de trabalho, nomeadamente nas vertentes da não discriminação, da prevenção e do acesso ao tratamento.Ao subscreverem o «Código de Conduta Empresas e VIH» as empresas aderentes à iniciativa comprometem-se a: não discriminar as pessoas que vivem com infecção VIH, quer sejam trabalhadoras ou candidatas a cargos na empresa; assegurar a igualdade entre homens e mulheres no que respeita ao acesso á prevenção e ao tratamento da infecção pelo VIH; facilitar a divulgação junto de trabalhadores e t rabalhadoras de mater ia is informativos relativos à infecção pelo VIH e participar em programas de prevenção envolvendo os seus representantes; reconhecer que a realização de teste de infecção pelo VIH, enquanto medida de saúde pública importante, é insusceptível de comprometer o ingresso e a progressão na carreira de cada trabalhador/a; respeitar e fazer respeitar o carácter voluntário d o s t e s t e s p a r a o V I H e a confidencialidade dos resultados; facilitar o acesso aos cuidados de saúde e à protecção social em condições de igualdade para todas as pessoas da empresa.

SANEST tem Código de CondutaCertifico, por extracto, para efeito de publicação, que por escritura de “Justificação” outorgada no Cartório Notarial de Cascais, a cargo do notário Luis Alvim Pinheiro Belchior, no dia vinte de Abril de dois mil e nove, lavrada a folhas 142 e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número 317, José Maria Pedro, titular do NIF 149443714, natural da freguesia de Martinchel, concelho de Abrantes, e mulher Maria Rita Barreiro Pedro, titular do NIF 149443722, natural da freguesia de Praia do Ribatejo, concelho de Vila Nova de Barquinha, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua 29 de Novembro, 19, Madorna, Parede, Cascais.1. Que se declararam, com exclusão de outrem, serem donos e legítimos possuidores do prédio urbano, destinado a habitação, situado na Avenida da república, nº 1037, freguesia de Parede, concelho de Cascais, descrito sob o número três mil quinhentos e quarenta e nove da Conservatória do Registro Predial de Cascais 1, inscrito na matriz da referida freguesia sob o artigo 164.2. Que, nas respectivas descrições, predial e matricial, o identificado imóvel apresenta uma área descoberta de 427m².3. Que, todavia, a área descoberta correcta é na realidade de 582.45 m².4. Esclarecem que a divergência em causa não representa um aumento de área ou uma anexação não titulada, uma vez que o identificado imóvel sempre teve a mesma área e configuração, conforme resulta do confronto entre o levantamento topográfico e a planta de localização, documentos que instruem esta escritura.5. Que o facto de a área registada não corresponder à realidade, resulta de simples erro de medição, o que se aceita com naturalidade, uma vez que, antigamente, os prédios não eram medidos com o mesmo rigor e sobretudo com a tecnologia utilizada nos dias de hoje. 6. Que, portanto, o prédio, efectivamente, sempre teve uma área ligeiramente superior àquela que consta da matriz e do registo predial, tendo, assim, a génese da divergência resultado de um simples erro de medição.7. Que os confinantes aceitam pacificamente a área invocada, uma vez que ao tomarem conhecimento da intenção de se proceder a esta rectificação, não levantaram qualquer oposição ou contestação. 8. Que assim, os primeiros outorgantes, não possuem título formal que lhe permita registar na citada Conservatória do Registo Predial a área correcta do identificado prédio, embora, por si e seus antecessores, com posse devidamente titulada, sempre tenham estado na detenção e fruição do mesmo, com a referida configuração.Que a posse em nome próprio, somada à posse titulada dos seus antecessores, sempre se manifestou na exacta medida dos direitos atrás relatados, durante mais de vinte anos, e detenção e fruição estas adquiridas e mantidas sem qualquer oposição e ocultação, ou seja, de modo a poderem ser conhecidas por quem pudesse ter interesse em contrariá-las.Que tal posse assim mantida e exercida, o foi em nome e interesse próprios e traduziu-se em factos materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utilidades do prédio em causa, nomeadamente usando o logradouro como complemento da casa de habitação.Que esta posse por ter sido sempre pacífica, pública, contínua e durante mais de vinte anos, facultou-lhes a aquisição por USUCAPIÃO do direito de propriedade do referido prédio, com a configuração e composição atrás mencionadas, direito esse que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar correctamente o direito ao registo, vêm justificá-lo nos termos legais, corrigindo-se assim a identificada divergência de área. Está conforme o original. Cascais, Cartório Notarial, vinte de Abril de dois mil e nove. O Notário,Foi emitido recibo.Conta registada sob o nº DOIS MIL QUINHENTOS E VINTE E OITO.

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NOTÁRIO

CL Abril 09

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