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TEMAS LIVRES ORAIS

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TEMAS LIVRES

ORAIS

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TLO-001BOTA DE UNNA E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM ÚLCERAS DEESTASE

SANTOS, M.E.R.C., CARNEIRO, J.B.A.M., DELLARETTI, C.R., JORGE, C.E.F., LOPES,V.G.F., SANTOS, L.R., MARCHETTI, A.T., MACHADO, A.G.,

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE

Introdução: Úlcera de Estase é a mais freqüente das úlceras em membros inferiores, repre-sentando em torno de 70% de todas as úlceras. É uma manifestação extremamente relevan-te, que acomete pessoas de diferentes faixas etárias e que pode causar sérios problemassocioeconômicos, desde a ausência prolongada do trabalho até mesmo aposentadoria deindivíduos em fase produtiva da vida. A etiologia da úlcera é a insuficiência venosa crônicaprovocada principalmente por incompetência do sistema venoso superficial associado ou nãoa incompetência do sistema venoso profundo, com insuficiência valvular e/ou obstrução ve-nosa.Objetivo: O objetivo deste trabalho é demonstrar o impacto na qualidade de vida de pacientesportadores de Úlcera de Estase que iniciaram o tratamento com a Bota de UNNA.Materiais e Métodos: O estudo foi realizado no CEM (Centro de Especialidades Médicas) deBelo Horizonte, com a participação de 20 pacientes portadores de Úlcera de Estase que res-ponderam a um questionário de qualidade de vida (SF-36 modificado) antes e após o iniciodo tratamento com Bota de UNNA.Resultados: Realizando uma análise estatística e comparativa dos questionários de qualida-de de vida respondidos antes e após o início do uso da bota de UNNA, foi possível observarum impacto positivo na vida desses pacientes. Entre as principais vantagens observadas,destaca-se o retorno às atividades diárias e ao convívio social e uma valorização da auto-es-tima dos pacientes.Conclusão: Podemos concluir que o uso da Bota de UNNA apresentou uma melhora impor-tante na qualidade de vida dos pacientes, possibilitando a manutenção de suas atividades.Enfatizando-se que é um tratamento de baixo custo quando comparado a outros métodosterapêuticos, requer menor número de curativos, é fácil de ser aplicada e trás inúmeros be-nefícios ao paciente, a bota de UNNA deveria ser disponibilizada a todos os pacientes porta-dores de Úlcera de Estase.

TLO-002DOENÇA VENO-LINFÁTICA: ALTERAÇÕES LINFOCINTILOGRÁFICAS NASÚLCERAS VENOSASJOSÉ HUMBERTO SILVA; MARIA DEL CARMEN JANEIRO PEREZ; CAROLINE NICACIO BESSACLEZAR; NEWTON DE BARROS JUNIOR; NEIL FERREIRA NOVO; MÁRIO LUIZ VIEIRACASTIGLIONI; FAUSTO MIRANDA JUNIOR

Disciplina de Cirurgia Vascular da UNIFESP/EPM

CONTEXTO: A linfocintilografia é considerada o principal exame para o diagnóstico da doença linfá-tica das extremidades. Embora haja associação do edema linfático com a úlcera de estase venosacrônica, a fisiopatologia destas alterações permanece indefinida.OBJETIVO: Verificar as alterações linfocintilográficas em portadores de úlceras de estase dos mem-bros inferiores.TIPO DE ESTUDO: Prospectivo, diagnóstico, com mascaramento e duplo cegoLOCAL: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - EPMAMOSTRA: Quarenta pacientes com úlcera venosa crônica unilateral foram submetidos a linfocinti-lografia. Foram 25 mulheres e 15 homens, com média de idade de 53,7 anos (28-79 anos) e tempomédio de úlcera de 71,5 meses (3 a 240 meses). A linfocintilografia comparou os membros classifica-dos de acordo com a Classificação Clínica (CEAP) em três grupos: I - sem sinais clínicos de doençavenosa ou com telangiectasias e veias reticulares (C 0,1); II - sem úlcera, porém com veias varicosas,edema e alterações de pele e subcutâneo (C 2,3,4); III - com úlcera (C 5,6).PROCEDIMENTOS: A linfocintilografia radioisotópica foi realizada com injeção intra-dérmica de185MBq de Dextran 99m tecnécio, no 1º espaço interdigital, bilateralmente. As aquisições de ima-gens foram realizadas uma e três horas após a injeção. A análise qualitativa da linfocintilografia foifeita por três observadores com experiência em Medicina Nuclear que analisaram os exames sem aidentificação e história clínica.VARIÁVEL: análise linfocintilográfica qualitativaMÉTODO ESTATÍSTICO: Número amostral baseado em outros relatos da literatura. Teste G deCOCHRAN, para as concomitâncias das várias alterações linfocintilográficas aplicado para os trêsgrupos.-Teste do Quiquadrado para tabelas 2X2 ou 2XN para comparar os grupos com e sem alteração lin-focintilográfica em relação aos grupos CEAP.- Nível de significância: 0,05RESULTADOS: Na comparação das alterações linfocintilográficas dos membros com úlcera (GrupoIII) com as dos membros sem úlcera (Grupos I/II) houve diferença significativa (p<0,001). Em relaçãoa classificação CEAP também se observou diferença estatisticamente significante (p<0,001), sendoas alterações linfocintilográficas presentes em 72,5% no grupo III com úlcera, 30,8% no grupo II e7,1% no grupo I. Ocorreu diferença significativa entre o Grupo III e os outros grupos em relação aosparâmetros retenção de radiofármaco, adenomegalia inguinal e refluxo dérmico. Não houve signi-ficância nos parâmetros presença de linfonodo poplíteo e circulação colateral.CONCLUSÃO: Concluímos que quanto mais grave a estase venosa crônica, mais graves são as alte-rações linfocintilográficas observadas, corroborando a associação entre a doença venosa e a linfáticae do linfedema secundário à estase venosa crônica.DESCRITORES: Úlcera, estase venosa, linfocintilografia.FONTES DE FOMENTO: nenhumCOMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: processo n° 1002/2002 - UNIFESP.CONFLITO DE INTERESSES: nenhum

TLO-003LIGADURA ENDOSCÓPICA DE VEIAS PERFURANTES USANDO ENDOSCÓPIO

DANTAS, C.A., ARAÚJO, L.P.N., REZENDE FILHO, F.M., GUEDES, A.K.S., NUNES, P.P.,ALBUQUERQUE, J.T., DANTAS, C.A.,

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ

TÍTULO: Ligadura endoscópica de veias perfurantes usando endoscópioCONTEXTO: a insuficiência venosa crônica apresenta-se como um grande desafio à práticamédica moderna, em especial suas formas mais graves. Variados estudos situam a prevalên-cia de úlceras de estase ativas ou cicatrizadas entre 1 a 2,6% da população adulta, sendoos custos diretos do seu tratamento um fardo para a comunidade. Um dos pontos principaisno tratamento das úlceras causadas por insuficiência venosa crônica é a ligadura das vei-as perfurantes, proposta por Linton em 1938. Está indicada nos casos de veias perfurantesincompetentes, de ulcerações cicatrizadas ou ativas ou naqueles não responsivos ao trata-mento clínico, sendo as contra-indicações: DAOP, úlceras infectadas, laterais ou posteriores,obesidade mórbida, paciente não ambulatorial ou alto risco. A técnica cirúrgica envolve duasincisões transversas na face medial da perna, pelas quais são introduzidos os instrumentaisnecessários. Realiza-se a ligadura das veias perfurantes com “clips” metálicos ou por cau-terização, através da via subfascial, pelo melhor acesso e para minimizar a mobilização dotecido subcutâneo. Nesse contexto, a ligadura endoscópica de veias perfurantes mostra-secomo recurso valioso para o cirurgião vascular. Resulta uma cirurgia menos traumática eapresentando menores índices de complicações.OBJETIVO: relatar o tempo de cicatrização e o índice de recidiva de úlceras de estase depacientes submetidos à ligadura endoscópica de veias perfurantes usando endoscópio.TIPO DE ESTUDO: estudo descritivo envolvendo uma série de 16 casos.LOCAL: setor de cirurgia vascular da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, grau de com-plexidade terciário.DESCRIÇÃO DOS CASOS: dos 16 pacientes estudados, 11 eram do sexo feminino (68,75%)e 5 do sexo masculino (31,25%); com idade variando entre 32 e 60 anos; quanto à profissão:2 eram empresários (12,5%), 4 trabalhavam em serviços gerais (25,0%) e 10 dedicavam-sea serviços domésticos (62,5%); todos eram procedentes de Maceió. Os pacientes foram sub-metidos à ligadura de veias perfurantes usando um endoscópio. Foram realizadas 14 ope-rações unilaterais (77,7%), e 2 bilaterais, compondo um quadro de 18 membros operados, to-dos em um único tempo cirúrgico. De acordo com a classificação CEAP, 2 membros (11,2%)eram C5 e 16 (88,8%) eram C6. A avaliação do fluxo venoso foi feita com Duplex Scann eFlebografia, demonstrando refluxo do sistema perfurante em 100% dos membros. Foram li-gadas 3 a 5 perfurantes em cada membro; houve apenas 1 caso de infecção e a alta hospita-lar foi dada em 2 dias para 14 pacientes (87,5%) e 3 dias (12,5%) para os demais; não houveóbitos. As úlceras cicatrizaram em todos os membros operados, havendo melhora da der-matofibrose e da pigmentação, com tempo de cicatrização entre 14 dias e 2 meses. Houveapenas 1 caso de recidiva de úlcera após 3,9 anos, atribuído ao não seguimento adequadodas recomendações médicas, o que representa um percentual de 5,55%.DESCRITORES: Insuficiência Venosa, Úlcera Varicosa, Cirurgia Vídeo-assistida.FONTES DE FOMENTO: os autores.CONFLITO DE INTERESSES: não há.

TLO-004MEMBRANAS REGENERADORAS POROSAS X CURATIVOS COMCOLAGENASE: ESTUDO COMPARATIVO NO TRATAMENTO DE ÚLCERASVENOSAS DE MEMBROS INFERIORES

SIQUEIRA, D.E.D., YAGUISHITA, N., SIQUEIRA, L.C.D., YAGUISHITA, F., SIQUEIRA,E.B.D.,

CICATRIZA - CENTRO INTEGRADO DE PESQUISAS E TRATAMENTO EMCICATRIZAÇÃO – CURITIBA- PARANÁ.

Introdução: As úlceras venosas de membros inferiores representam um problema de saúdepública, dispensando grandes gastos para seu controle. Nesse contexto, muitas são asopções de tratamento, bem como, é grande a variedade de curativos disponíveis, o que tornadesafiadora a decisão.Objetivos: Demonstrar os resultados obtidos com a utilização de dois diferentes curativos:uso de Colagenase e as Membranas Regeneradoras Porosas (MRP) para o tratamento deúlceras venosas de MMII.Materiais: Foram avaliados e tratados no período de Fevereiro de 2005 a Fevereiro de 2009,46 pacientes com úlceras venosas de membros inferiores, com idades entre 31-72 anos. To-da a amostra foi submetida ao protocolo de avaliação padrão do serviço. Os pacientes eramCEAP V e VI, avaliados clinicamente e através de eco-doppler venoso colorido. Dos avali-ados, 34 apresentavam lesão unilateral e 12 lesão bilateral, totalizando 58 lesões. Os diâ-metros das úlceras venosas variavam entre 2 e 11 cm. Foram dividos em dois subgrupos:menos de 5 cm e entre 5-11 cm. Critério de exclusão: processo infeccioso ativo. Os pacien-tes selecionados foram divididos em dois grupos de acordo com a terapêutica empregada,sendo que a distribuição dos pacientes foi realizada de forma aleatória e com consentimentoprévio. O Grupo Colagenase (GC) com 29 úlceras e Grupo Membrana (GM) com 29 úlceras.No GC e GM realizou-se limpeza com solução fisiológica NaCl 0,9%, aplicação de Colage-nase (no GC) e aplicação de MRP (poros de drenagem de 2 a 3 mm de diâmetro) (no GM),colocação de gazes estéreis sobre o leito da lesão e enfaixamento compressivo com atadurade crepom do pé ao joelho. O acompanhamento foi semanal e a troca dos curativos primáriose secundários a cada dois dias no GC e limpeza com solução fisiológica no GM, trocando-aem média a cada quinze dias e os curativos secundários a cada dois dias. Realizada plani-metria quinzenal e documentação fotográfica em todos os casos.Resultados: Das 29 lesões do GC, 16 apresentavam lesões menores de 5 cm de diâmetroe 13 entre 5 a 11 cm de diâmetro. A cicatrização nesses pacientes ocorreu em média entre11 a 36 dias e 26 a 94 dias respectivamente. Já no GM, foram avaliadas 29 lesões, sendo18 menores de 5 cm e 11 entre 5 a 11 cm de diâmetro. A cicatrização ocorreu em médiaem 8 a 31 dias e 19 a 76 dias respectivamente. Houve abandono de 3 pacientes (4 lesões= 1GM e 3GC). Observou-se maior facilidade de manuseio, limpeza, drenagem e remoçãodas secreções das lesões e acompanhamento do processo cicatricial e menor tempo para acompleta cicatrização no GM em comparação ao GC.Conclusão: As membranas regeneradoras porosas, comparadas com os curativos com cola-genase, demonstraram apresentar maior facilidade para manuseio e controle evolutivo daslesões, além de serem mais eficientes para o tratamento das úlceras venosas dos membrosinferiores.

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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TLO-005PROGRESSÃO NOS PADRÕES DE REFLUXO NAS VEIAS SAFENAS EMMULHERES PORTADORAS DE INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA PRIMÁRIA.ENGELHORN, C.A., ENGELHORN, A.L., MANETTI, R., BAVIERA, M., BOMBONATO, G.,LONARDONI, M.,

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ; ANGIOLAB – CURITIBA,PR

Padrões específicos de refluxo nas veias safenas magnas e parvas podem ser identificados pela eco-grafia vascular permitindo avaliação individualizada em cada membro inferior e em populações es-pecíficas, tanto no planejamento terapêutico como no acompanhamento clínico dos pacientes.OBJETIVO: avaliar a progressão dos padrões de refluxo nas veias safenas de mulheres com varizesprimárias dos membros inferiores.MÉTODO: Foram incluídos no estudo somente mulheres, com sinais ou sintomas de insuficiência ve-nosa crônica de etiologia primária, sem história prévia de cirurgia de varizes.Todas as pacientes foram submetidas a duas avaliações ultra-sonográficas em diferentes intervalosde tempo, com aparelho de ultra-sonografia com Doppler Colorido da marca Siemens®, modelos Ele-gra e Antares. Baseado na detecção de refluxo nas veias safenas magna e parva foram identificadoscinco padrões de refluxo: perijunção, proximal, distal, segmentar, multi-segmentar e difuso.Análise estatística: Foi utilizada análise estatística descritiva para determinar as freqüências dos pa-drões de refluxo e os percentuais de alterações entre as duas avaliações, com respectivos intervalosde 95% de confiança de todos os membros inferiores.RESULTADOS : Foram analisados 200 membros inferiores, 99 direitos e 101 esquerdos, de 107 pa-cientes do sexo feminino, com idades entre 22 e 77 anos, com média de 46 anos. Foi realizada avali-ação bilateral em 93 pacientes e unilateral em 14, sendo 6 direitos e 8 esquerdos.O intervalo de tempo entre as duas avaliações variou entre 8 e 89 meses, com tempo médio de evo-lução de 33 meses. Considerando os casos bilaterais, os 186 membros inferiores examinados naavaliação inicial foi observada a predominância do padrão de refluxo segmentar na veia safena mag-na tanto no membro inferior direito (41%), quanto no esquerdo (42%), seguido do padrão de refluxomultisegmentar em 27% e 25% dos casos, respectivamente.A segunda avaliação destes membros inferiores mostrou diminuição do refluxo segmentar nas veiasafenas magnas tanto no membro inferior direito (28%), quanto no esquerdo (29%) e um aumento noscasos de refluxo multisegmentar em 36% e 43% dos membros, respectivamente. Os demais padrõesde refluxo não sofreram alterações significativas ao longo do tempo entre as duas avaliações. Dasveias safenas magnas com padrão de refluxo segmentar na avaliação inicial 68,3% evoluíram parapadrão de refluxo multisegmentar na segunda avaliação e 31,7% apresentaram modificação para osoutros padrões de refluxo (p<0,001).Em relação às veias safenas parvas a grande maioria dos 186 membros inferiores examinados naavaliação inicial não apresentou refluxo tanto no membro inferior direito (75%), quanto no esquerdo(76%), com distribuição semelhante dos padrões de refluxo segmentar, distal e proximal. Na segundaavaliação foi detectado refluxo nas veias previamente normais apenas em 5% dos membros inferio-res direitos e 8% nos esquerdos, sem predomínio de um padrão de refluxo específicoCONCLUSÕES: O refluxo segmentar na veia safena magna foi o mais prevalente nesta população,sendo a maioria com progressão do refluxo para o padrão multi-segmentar. A maioria das safenasparvas não apresentaram alterações significativas.

TLO-006CIRURGIA HÍBRIDA DO A.A.T.A TIPO IV DE CRAWFORD – TÉCNICACIRÚRGICA E RELATO DE CASO

SILVIO ROMERO DE BARROS MARQUES, BRUNO CANTO CARNEIRO DEALBUQUERQUE AZEVEDO, JUCIER ARAÚJO FURTADO, DANIELLA MARIA SOUZA ESILVA, ILANA SOARES BARROS, MARIA CLÁUDIA SODRÉ DE ALBUQUERQUE,CARLOS ALEXANDRE DE ALBUQUERQUE MARANHÃO, ALEXANDRE JOSÉ DE SOUZAGUEDES, LAÉCIO LEITÃO BATISTA, HUGO VEIGA DA FONSECA, VICTOR PEREIRAMOURA.

Serviço de Cirurgia Vascular – Hospital das Clínicas – UFPE

CONTEXTO: A correção cirúrgica dos AATA é de grande complexidade técnica, exigindo re-construção de artérias viscerais e a preservação dos órgãos (rins, fígado, intestinos e outros).Em 1956, De Bakey e cols.publicaram o resultado de 4 pacientes operados com elevadamortalidade. Até 1974, com a introdução de modificações técnicas por Crawford, a mortali-dade oscilava entre 8 e 19%. Recentemente, com o advento das técnicas endovasculares,a realização de cirurgias combinadas, associando técnica endovascular e cirurgia aberta, re-duziu significativamente a mortalidade. Nos AATA tipo III e IV, a revascularização visceralpermite a preservação da irrigação das visceras abdominais para posterior exclusão do sa-co aneurismático através de endoprótese. As técnicas de revascularização visceralvariam deacordo com a morfologia e dimensões do AATA. No entanto, o princípio básico é manter airrigação medular e visceral. A conclusão do procedimento exige técnica endovascular quepode ser realizada imediatamente após a revascularização visceral ou em uma segunda eta-pa, de acordo com os diversos ambientes de trabalho.OBJETIVOS: Relatar o caso de um paciente portados de AATA tipo IV de Crawford submeti-do a revascularização prévia das artérias viscerais como primeiro tempo para tratamento porvia endovascular.TIPO DE ESTUDO: Relato de casoLOCAL: Atendimento terciário em hospital público da rede federalDESCRIÇÃO DO CASO: Paciente de sexo feminino, 72 anos, hipertensa e diabética tipo 2procurou o serviço em agosto/07 com queixa de dor abdominal em região epigástrica há cer-ca de 2 meses. Já trazia, na admissão, USG abdominal que evidenciava aneurisma de artériaaorta justarrenal. Realizada angiorressonância que revelou aneurisma toracoabdominal tipoIV ed Crawford com diâmetro máximo de 6,2cm. A revascularização visceral com prótese deDácron permitiu a manutenção das funções orgânicas com boa perfusão dos membros infe-riores. Durante recuperação em UTI, a paciente complicou com dispnéia súbita e morte.DESCRITORES: Aneurisma toracoabdominal, cirurgia híbrida, revascularização visceralFONTES DE FOMENTO: Não tem.CONFLITO DE INTERESSES: Não tem.

TLO-007CORREÇÃO ENDOVASCULAR DOS ANEURISMAS E DISSECÇÕES DA AORTA:EXPERIÊNCIA DE 7 ANOS

DAROLD, E.M., MOREIRA, S.M., LOPES, R.P.F., GAIGHER, E.T., CHEN, J., UEHARA,M.K., KAMBARA, A.M., FERES, F., SOUSA, A., SOUSA, J.E.,

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA. SÃO PAULO - SP

INTRODUÇÃO: A abordagem endovascular das patologias aórticas vêm ganhando espaçocada vez maior desde a publicação da primeira série clínica por Parodi em 1991, principal-mente por ter-se demonstrado um método menos invasivo e com menores perdas sanguíne-as, tempo cirúrgico, tempo de internação e morbimortalidade precoce, sendo uma alternativaà técnica cirúrgica convencional, especialmente em pacientes com elevado risco cirúrgico.Apesar do método poder ser oferecido cada vez mais como uma alternativa terapêutica aum número maior de pacientes, o mesmo apresenta limitações que devem ser respeitadas,principalmente do ponto de vista anatômico, relativos as condições de acesso e pontos defixações proximal e distal das endopróteses.OBJETIVO: Apresentamos a experiência do nosso serviço no tratamento dos aneurismas edissecções aórticas pelo método endovascular durante os últimos 7 anos.RESULTADOS:Realizou-se um estudo retrospectivo por análise do nosso banco de dados no período de ja-neiro de 2001 a dezembro de 2008. Foram realizados 243 procedimentos, sendo 86 (35,39%)no território torácico e 157 (64,61%) no território abdominal, desses 142 (58,43%) por aneu-risma da aorta infrarrenal e 12 (6,17%) por aneurismas isolados das artérias ilíacas. A maio-ria dos casos tratados foi do sexo masculino (76,13%). A média de idade global foi de 67,18anos. As comorbidades mais encontradas foram: hipertensão arterial (57,6%), coronariopa-tia (40,3%), diabete melito (25,5%) e insuficiência renal crônica (16,88%). A taxa de sucessotécnico imediato global foi de 94,2%, sendo 96,42% para a aorta abdominal e 90,69% naaorta torácica. A taxa de conversão imediata para cirurgia aberta foi de 0,8% (02 rupturasarteriais). A taxa de complicações cardiovasculares maiores (IAM/AVC) e óbito em 30 diasfoi, respectivamente, de 0,8% (02 AVC) e 4%. As reintervenções ocorreram tardiamente em8,2% dos casos, (20 casos de vazamentos, sendo 95% do tipo I) com 85% de sucesso técni-co na correção dos vazamentos.CONCLUSÃO : o tratamento endovascular é uma alternativa eficaz e segura na correção dasdissecções e aneurismas da aorta e com relativa baixa morbimortalidade quando comparadoao tratamento cirúrgico aberto, especialmente em pacientes com elevado risco cirúrgico.DESCRITORES: aneurismas, dissecções, aorta, endovascularCONFLITO DE INTERESSES: nenhum

TLO-008TRATAMENTO DOS ANEURISMAS DO ARCO AÓRTICO COM ENVOLVIMENTODA ARTÉRIA SUBCLÁVIA

MATEUS PICADA; ARNO VON RISTOW; JOSÉ MUSSA CURY, MARCUS GRESS,ALBERTO VESCOVI; BERNARDO MASSIÈRE; PAULO ROBERTO MATTOS SILVEIRA,MARCUS ARÊAS MARQUES, FELIPPE BEER; RAFAEL DIAS VIEIRA ; LUIS LEANDROALENCAR, MATHEUS PESSANHA DE REZEDE, ANTÔNIO LUIZ DE MEDINA

CENTERVASC-Rio/Disciplina de Cirurgia Vascular e Endovascular da Escola Médica dePós-Graduação da PUC-RIO, Rio de Janeiro, Brasil

CONTEXTO: O aneurisma do arco aórtico é uma das manifestações da doença ateroscleróti-ca, caracterizado pelo aumento lento e progressivo do diâmetro do vaso, podendo cursar comruptura se não tratado a tempo. Seu tratamento é complexo pela elevada morbimortalidadeassociada ao tratamento convencional e ao pouco consenso no manejo dos troncos supraór-ticos no tratamento endovascular. Os aneurismas que envolvem o óstio da artéria subcláviaesquerda e seus dois centímetros distais podem ser considerados um desafio à parte, comdetalhes inerentes ao tratamento das patologias do arco aórtico, bem como das patologiasda aorta torácica. A oclusão deste óstio pode cursar com complicações severas, como aci-dente vascular encefálico e isquemia de membro superior esquerdo, e as diferentes formasde derivação não são ausentes de complicações e exigem destreza e refinamento técnicopor parte do cirurgião.OBJETIVO: Neste trabalho demonstramos a experiência da equipe no tratamento desta pa-tologia, e analisamos seus resultados.TIPO DE ESTUDO: Série de 23 casos.LOCAL: CENTERVASC-Rio, Instituição privada.DESCRIÇÃO DO CASO:Entre março de 2002 e dezembro de 2008, 23 pacientes foram submetidos ao tratamentodas lesões do arco aórtico que acometeram o óstio da artéria subclávia esquerda e seus doiscentímetros distais (Zona 2 da classificação de Ishimaru). Em 20 casos (86%) foi realizadarevascularização da subclávia esquerda, e destes, 75% no mesmo ato operatório. Do tra-tamento endovascular. Em dezoito pacientes (78%) foi realizada transposição subclávio-ca-rotídea e em dois pacientes (8%) foi realizada ponte subclávio-carotídeo. Nenhum pacienteapresentou isquemia de membro superior.Todos os pacientes foram submetidos ao tratamento híbrido, com derivação subclávio-carotí-dea esquerda no mesmo tempo cirúrgico que o implante das endopróteses. A sobrevida de30 dias foi de 91,4%. Dois pacientes apresentaram AVE pós-operatório, um relacionado, eum paciente apresentou Síndrome de Horner.DESCRITORES: Aneurisma de aorta, arco aórtico, artéria subclávia.FONTES DE FOMENTO: Não se aplicaCONFLITO DE INTERESSES: Não há conflito de interesses

Temas Livres Orais J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLO-009ÚLCERAS PENETRANTES AÓRTICAS

FELIPPE BEER, ARNO VON RISTOW, JOSE MUSSA CURY, MARCUS GRESS, ALBERTOVESCOVI, BERNARDO MASSIERE, MATEUS PICADA, RAFAEL VIEIRA, LUÍS LEANDROLEUCH ALENCAR, MATHEUS PESSANHA DE REZENDE, ANTONIO LUIS DE MEDINA.

CENTERVASC-RIO & Disciplina de Cirurgia Vascular e Endovascular da Escola Médica dePós-Graduação da PUC-RIO, Rio de Janeiro, Brasil

CONTEXTO: As patologias aórticas são desafiadoras e muitas vezes apresentam-se nasemergências de grandes hospitais. As síndromes aórticas agudas são patologias graves efrequentemente, quando não tratadas de forma adequada são fatais. Dentre estas patologiasas úlceras penetrantes aórticas se destacam pela sua alta morbi-mortalidade.OBJETIVO: Visamos apresentar uma destas enfermidades, a úlcera penetrante aórtica, ana-lisando sua etiologia, apresentação clínica, diagnóstico e a experiência do Centervasc-RIOcom seu tratamento.TIPO DE ESTUDO: Serie de 16 casos.LOCAL: Centervasc-Rio, instituição privada.DESCRIÇÃO DO CASO:Foram incluídos neste estudo 16 pacientes, todos portadores de úlceras penetrantes aórticassintomáticas e refratárias ao tratamento clínico inicial. Nesta amostragem inicial ainda sepa-ramos em dois grupos distintos, os que apresentavam rotura da úlcera ou não.Todos os pacientes foram admitidos na emergência com dor torácica aguda e investigadospara doença isquêmica coronariana. Uma vez descartada causa cardíaca para a algia, foirealizada tomografia computadorizada que demonstrou a úlcera penetrante aórtica. Além deajudar no diagnóstico a tomografia também ajudou no planejamento terapêutico.O tratamento endovascular foi o de escolha em todos os casos.Nos casos em que não hou-ve rotura não observamos óbito em 30 dias. No grupo de pacientes com rotura aórtica, amortalidade atingiu 50%. Paraplegia ocorreu em um caso, revertida com drenagem liquórica.Obteve-se sucesso técnico em todos os casos sem rotura e em metade dos rotos.Até a presente data, não apresentamos perda de acompanhamento pós-operatório e nossosresultados são compatíveis com os da literatura.DESCRITORES: Aorta Torácica, Síndromes do Arco Aórtico, Ruptura AórticaFONTES DE FOMENTO: Não se aplicaCONFLITO DE INTERESSES: Não há conflito de interesses.

TLO-010ÚLCERAS PENETRANTES DE AORTA TORÁCICA – TRATAMENTOENDOVASCULAR

ESTEVES, F.P., RAZUK, Á., MARQUES, C.G., KAWAI, D.S., BATTILANA, A.G.B., NOVAES,G.S., TELLES, G.J.P., PARK, J.H., FIORANELLI, A., KARAKHANIAN, W.K., CASTELLI, V.,CAFFARO, R.A.,

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

CONTEXTO: A úlcera penetrante de aorta é uma afecção de urgência rara com risco de óbi-to iminente. A correção cirurgia clássica empregada para esses pacientes com ressecção daaorta doente e interposição com prótese está associada a alta mortalidade, bem como altataxa de paraplegia.OBJETIVO: Relatar a experiência do grupo com o tratamento endovascular das úlceras pe-netrantes de aorta.TIPO DE ESTUDO: Relato de série de casosLOCAL: Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia de São PauloAMOSTRA: 11 pacientes submetidos a tratamento endovascular de úlcera penetrantes deaorta de abril de 2005 a maio de 2009.VARIÁVEL: oclusão da úlcera e mortalidadeMÉTODO ESTATÍSTICO: não empregadoRESULTADOS: Todos os pacientes foram tratados com a colocação de endoprótese de aor-ta devido a úlcera penetrante de aorta, sendo sete perfuradas . Em 10 pacientes dor torácicaassociada ao antecedente de hipertensão arterial sistêmica foram os sintomas à admissão,sendo que em um doente a úlcera rota foi um achado de ecocardiograma para pesquisa defoco infeccioso. Em todos os casos o diagnóstico foi feito com tomografia computadorizadade tórax, sendo que nos casos onde havia perfuração o RX de tórax mostrava derrame pleu-ral. Em 3 casos a úlcera localizava-se no terço superior da aorta torácica, 5 casos no terçomédio, e 3 casos no terço inferior da aorta. Nove pacientes foram submetidos a anestesiageral e em dois casos foi utilizado a anestesia peridural . Foram utilizadas 7 endoprótesesTalent® , uma Apolo® e 3 TAG GORE®. Sucesso técnico foi alcançado em 100% dos ca-sos. Houve resolução em todos os casos. Três pacientes evoluíram a óbito, dois devido com-plicações infecciosas no pós-operatório e um paciente por conta de IAM, todos esses semevidências de queda hematimétrica ou sangramento ativo a partir das úlceras tratadas.CONCLUSÕES: O procedimento endovascular mostrou-se eficaz na correção da úlcera per-furante da aorta.DESCRITORES: úlcera de aorta, síndrome aórtica aguda, endopróteseFONTES DE FOMENTO: Sem fontes de fomento.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Comitê de ética da Santa Casa de São PauloCONFLITO DE INTERESSES: Sem conflito de interesses.

TLO-011A TAXA DE EDEMA DO MEMBRO INFERIOR POR CAUSA OCUPACIONAL ÉMAIOR PELA MANHÃ DO QUE A TARDE.

BERNARDI, W.H., BELCZAK, C.E.Q., GODOY, J.M.P., SANTOS, R.N., CAFFARO, R.A.,OLIVEIRA, M.A., BELCZAK, S.Q.,

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SP - DISCIPLINA DECIRURGIA VASCULAR E ENDOVASCULAR

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi investigar a taxa de edema dos membros inferioresde acordo com o período do dia de trabalho.MÉTODO: Foram registradas as variações volumétricas dos pés de 70 trabalhadores de umhospital divididos em 3 grupos. Grupo I: 35 trabalhadores do turno da manhã; Grupo II: 35trabalhadores do turno da tarde; e o Grupo III: 15 indivíduos selecionados aleatoriamento dosGrupos I e II quem foram avaliados no dia em que trabalharam por 12 horas consecutiva-mente. O estudo volumétrico era realizado antes e depois do início e término da jornada detrabalho em ambos os membros inferiores dos participantes dos Grupos I e II. Para o Gru-po III, a volumetria foi executada pela manhã, no meio do dia dia e a noite. Para a análiseestatística forma utilizados o teste de Mann- Whitney e t-teste de student, considerando-seestatisticamente significativo resultado que apresentava p < 0,05.RESULTADOS: Houve aumento significativo nos volumes para os membros em todos os 3grupos (valor P < 0,001). Quando comparado os Grupos I e II, a quantidade de líquido acu-mulado era significativamente maior pela manhã do que nos trabalhadores do período da tar-de.CONCLUSÕES: Indivíduos assintomáticos podem apresentar-se com edema dos membrosinferiores durante o trabalho, sendo maior para aqueles que trabalham no período da manhã.DESCRITORES: edema, edema ocupacional, edema dos membros inferiores.

TLO-012APLICABILIDADE DAS TÉCNICAS COMPUTACIONAIS DE PROCESSAMENTODE IMAGEM NAS AFECÇÕES VASCULARES: ESTUDO EM VASOSPLACENTÁRIOS NO DIABETES GESTACIONAL.ANTÔNIO FERNANDO DE SOUSA BEZERRA, FLÁVIO MOURA REZENDE FILHO, SYLVIALARYSSA BRANCO DA SILVA.

Instituto de Computação e Setor de Patologia Geral da FAMED/UFAL.

CONTEXTO: As técnicas computacionais de processamento de imagens têm emergido como ferra-menta útil no diagnóstico precoce de patologias que cursam com alterações estruturais de órgãos etecidos, a exemplo das neoplasias de mama e colo uterino. Contudo, as mudanças morfológicas devasos sanguíneos foram pouco exploradas pelos softwares de análise de imagens. Sendo assim, econsiderando a alta prevalência das angiopatias diabéticas, esse estudo avaliou e testou o potencialde algoritmos de processamento de imagem para a caracterização e quantificação de vasos sanguí-neos.OBJETIVO: Avaliar a aplicabilidade das técnicas de processamento de imagem no estudo das carac-terísticas estruturais e quantificação dos vasos sanguíneos.TIPO DE ESTUDO: Estudo analítico do desempenho de algoritmos computacionais.LOCAL: Instituto de Computação e FAMED da Universidade Federal de Alagoas.AMOSTRA: Trinta imagens de vilosidades placentárias terciárias oriundas de diabetes gestacional,obtidas de lâminas histopatológicas coradas com ácido periódico de Schiff selecionadas aleatoria-mente do arquivo do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Universitário da UFAL. As imagensforam captadas em aumento de 400 vezes e digitalizadas com o equipamento Motic1000.PROCEDIMENTOS.VARIÁVEL: a) Parede de vasos fetais. b) Hemácias. c) Plasma.MÉTODO ESTATÍSTICO: Foi utilizada a estatística Kappa para comparação do desempenho dos trêsalgoritmos testados, tendo sido selecionadas as saídas com concordância superior a 95%.RESULTADOS: No pré-processamento das imagens originais foi separada e equalizada a banda ver-de. A seguir, foram destacadas as bordas com o filtro passa-alta Prewitt e feita a classificação super-visionada. Os algoritmos apresentaram, em média, os seguintes níveis de concordância relativos aoíndice Kappa: Trapézio Simétrico = 0,99695, Triângulo Assimétrico = 0,98382 e Distância Mínima =0,98636.CONCLUSÃO: Foi comprovada a aplicabilidade das técnicas computacionais de processamento deimagens na caracterização estrutural e quantificação de vasos sanguíneos, sendo que o TrapézioSimétrico apresentou o melhor desempenho, permitindo a identificação precisa das paredes e con-tornos vasculares. Os dados obtidos poderão, no futuro, subsidiar métodos diagnósticos capazes dedetectar as angiopatias diabéticas mais precocemente.DESCRITORES: Processamento de Imagem Assistida por Computador. Vasos sanguíneos. Diabetesgestacional.FONTES DE FOMENTO: Recursos próprios do Instituto de Computação e do Setor de Patologia Ge-ral da Faculdade de Medicina da UFAL.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Um período mínimo de 15 anos de arquivamento foi respeitadona seleção das lâminas.CONFLITO DE INTERESSES: Não há. Os algoritmos testados constituem domínio público e são par-te do software livre AnImed, desenvolvido no Departamento de Engenharia Cartográfica da Universi-dade Federal de Pernambuco.

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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TLO-013ASSOCIAÇÃO ENTRE PERFIL LIPÍDICO E ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA EMIDOSOS: MUNICÍPIOS DE LACERDÓPOLIS E ZORTÉA - SCMAURICIO DE MARCO, AGAMENON HÜLSE DE BITTENCOURT, DANIELA VIANNA DALLANORA,FERNANDO PINHO ESTEVES, ROBERTO AUGUSTO CAFFARO

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; Universidade do Oeste de Santa Ca-tarina

CONTEXTO: A dislipidemia e obesidade são fatores de risco para a doença cardiovascular, sendoesta a principal causa de morte no Brasil. Trabalhos que realizam a análise do perfil lipídico e do IMC(Índice de Massa Corpórea) em idosos tem demonstrado o aumento importante destes parâmetrosnestes indivíduos.OBJETIVO: Esta pesquisa tem por objetivo determinar a prevalência de obesidade e dislipidemia eavaliar a associação entre estes mesmos fatores em uma população específica.TIPO DE ESTUDO: de prevalência, transversal.LOCAL: Lacerdópolis e Zortéa, SC, BrasilAMOSTRA: 234 voluntários idosos. Exclusão se recusa em participar.PROCEDIMENTOS: aferição de peso, altura, coleta de sangue para dosagem de lipídeos séricos equestionamento de uso controlado ou não de droga antidislipidêmica.VARIÁVEIS: IMC e lipídeos séricosMÉTODO ESTATÍSTICO: dados expressos em frequências foram comparados e correlacionadoscom a aplicação da Prova do Qui-quadrado; informações expressas em médias e desvios-padrão fo-ram analisadas com a aplicação do Teste t de Student. Adotou-se probabilidade de ocorrência dofenômeno de 95%, para um p < 0,05.RESULTADOS:O sobrepeso (IMC>25,0) prevaleceu sobre 93 indivíduos (66,9%) do sexo feminino e46 voluntários (48.4%) do sexo masculino. Níveis médios de colesterol total: 209,7 mg/dl; de HDL-co-lesterol: 58,3 mg/dl; de LDL-colesterol: 118,0 mg/dl e de triglicerídeos: 162,4 mg/dl. Não houve dife-rença entre homens e mulheres no que concerne aos níveis médios de colesterol total, HDL-coles-terol e LDL-colesterol; os níveis médios de triglicerídeos foram significativamente maiores (p=0,008)no grupo feminino. Foi observada taxa de 58,1% (n=136) de dislipidêmicos, a frequência de dislipide-mia foi significativamente maior (p=0,000) entre as mulheres (66,9%), de 93 indivíduos, do que entreos homens (45,2%) 43 voluntários. Não foi observada diferença estatisticamente significativa na pre-sença ou ausência de dislipidemia de acordo com a classificação de peso pelo IMC (p=0,060). A ida-de não se mostrou associada com presença (70,8+5,2 anos) ou ausência (72,1+5,5 anos) de dislipi-demia (p=0,097). Não foram evidenciadas correlações significativas entre o IMC e os níveis de coles-terol total (r= -0,10), HDL-colesterol (r=-0,313), LDL-colesterol (r=-0,110) e triglicerídeos (r=0,2589).CONCLUSÕES: A prevalência de obesidade na amostra foi de 24,1% (51 voluntários) e de dislipi-demia foi de 58,11% (136 indivíduos), as mulheres superaram os homens em ambas as análises. Adistribuição dos dislipidêmicos quanto à classificação das dislipidemias é a seguinte, hipercolestero-lemia com 23 indivíduos (16,9%), hipertrigliceridemia com 58 (42,6%), hipercolesterolemia mista com32 (23,5%) e diminuição de HDL-colesterol com 23 (16,9%). Não houve relação estatisticamente sig-nificativa entre as variáveis analisadas.DESCRITORES: dislipidemia, idoso, obesidadeFONTES DE FOMENTO: não houve.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: UNOESC 264-2005.CONFLITO DE INTERESSES: não há.

TLO-014ATEROSCLEROSE CAROTÍDEA AVALIADA PELO ECO-DOPPLER:ASSOCIAÇÃO COM FATORES DE RISCO E DOENÇAS ARTERIAIS SISTÊMICAS

SANTOS, M.R.G.A., FREITAS, P., PICCINATO, C.E., MARTINS, W.P., MAUD FILHO, F.

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DAUNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Contexto: A aterosclerose carotídea apresenta alta prevalência populacional e associaçãocom vários fatores de risco, contribuindo para altos índices de morbidade e mortalidade.Objetivo: Pesquisar a freqüência e associação da aterosclerose de carótidas extracranianascom: idade, sexo, hipertensão arterial, doença coronária isquêmica, tabagismo, diabetes me-lito tipo 2, obesidade, doença arterial oclusiva periférica, acidente vascular cerebral, oclusãocarotídea, espessamento médio-intimal e acotovelamento.Métodos: Foram avaliadas as artérias carótidas extracranianas, bilateralmente, de 367 indiví-duos (132 homens e 235 mulheres) com idade média de 63 anos (35 a 91 anos) por anamne-se, semiologia clínica e ultra-sonografia. A possibilidade da associação entre aterosclerosecarotídea representada por placas ateromatosas inespecíficas com estenose > 10%, atero-matose discreta e difusa com estenose < 10% e os fatores de risco enunciados foi analisadaestatisticamente pelo odds ratio e seus intervalos de confiança de 95%.Resultados: A freqüência da aterosclerose carotídea foi de 52%, e do espessamento médio-intimal, de 30,2%. Houve associação entre a aterosclerose (ateromatose discreta e difusa eplacas ateromatosas inespecíficas) com idade = 64 anos, acidente vascular cerebral, obe-sidade e tabagismo. Considerando-se somente estenoses carotídeas = 60%, houve associ-ação com idade = 64 anos, oclusão carotídea e doença coronária. O espessamento médio-intimal apresentou associação com idade = 64 anos, acotovelamento, oclusão carotídea, hi-pertensão arterial e índice tornozelo-braquial < 0,9.Conclusão: A aterosclerose carotídea apresentou alta freqüência populacional (52%) e asso-ciação com idade, obesidade, acidente vascular cerebral, coronariopatia e tabagismo.Palavras-chave: Aterosclerose, estenose das carótidas, ultra-sonografia Doppler, fatores derisco.Observação: O autor principal deste trabalho é o Prof. Procópio de Freitas sendo inclusivesua tese de doutorado. Como ele não poderá comparecer ao evento, eu, Mariana Santosirei apresentá-lo. O site não permite esta modificação. Por favor, caso o trabalho seja aceito,modifica-lo. Grata.

TLO-015AVALIAÇÃO DE MODELO CLÍNICO NO TRATAMENTO DO LINFEDEMA PÓS-CÂNCER DE MAMA

GODOY, M.F.G., AZOUBEL, L.M.O., GODOY, J.M.P.

CLÍNICA GODOY E FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSE DO RIO PRETO-FAMERP-BRASIL

CONTEXTO: O linfedema pós tratamento do câncer de mama é uma condição crônica, namaioria das vezes causa limitação física, psicológica e social necessitando uma aborda-gem terapêutica multidisciplinar. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é relatar uma aborda-gem ambulatorial multidisciplinar adaptando as condições de trabalho existente. TIPO DEESTUDO: Ensaio clinico, prospectivo e quantitativo. LOCAL: Clínica Godoy São Jose do RioPreto. AMOSTRA: Foi avaliado o seguimento no tratamento clínico do linfedema de mem-bros superiores em 31 pacientes, pós-tratamento de câncer de mama, idade entre 35 e 83com media de 56.6 anos, durante dois anos na Clínica Godoy. Critério de inclusão porta-dora de linfedema pós tratamento de câncer de mama com diagnostico clinico e volume domembro >200ml em relação ao contralateral. Critério de exclusão não apresentar volume domembro menor que 200ml. PROCEDIMENTO: O tratamento realizado foi drenagem linfáticamanual técnica Godoy & Godoy, exercícios ativos e passivos com utilização de dispositivosfacilitadores desenvolvidos para estes pacientes, braçadeira confeccionada de forma arte-sanal feita com tecido de “gorgurão”, orientação nutricional, suporte psicológico, orientaçãodas atividades ocupacionais (Avds, laborais e atividades manuais), ajustes constantes dasbraçadeiras pela profissional de costura e hidroginástica dirigida. As avaliações foram feitaspor volumetria e técnica de deslocamento de água mensalmente. ANÁLISE ESTATÍSTICA:Para avaliação estatística foi utilizado análise de variância, considerando erro alfa de 5%. Aperda média no primeiro ano foi de no primeiro ano foi de 58% do volume do membro, nosegundo ano de 82,2% significantes a cada ano valor p < 0.001. CONCLUSÃO: A reduçãototal e a manutenção dos resultados no linfedema de membros superiores pós mastectomiaé possível, porém devem ser mantidas as condutas de avaliação e orientações por períodosdeterminados pela equipe que assiste.DeCS: Linfedema, mastectomia, tratamento, equipe de cuidados de saúdeCOMITE DE ETICA EM PESQUISA: Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto Pro-cesso: 063/2009-aprovadoCONFLITO DE INTERESSES: Os autores declaram que não há conflito de interesses.

TLO-016AVALIAÇÃO DE NOVA ABORDAGEM NO TRATAMENTO DO LINFEDEMA PÓS-TRATAMENTO CÂNCER DE MAMA.

GODOY, M.F.G., GODOY, J.M.P.,

CLÍNICA GODOY E FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSE DO RIO PRETO-FAMERP-BRASIL

CONTEXTO: As seqüelas que envolvem as pacientes pós tratamento do câncer de mamaexigem cuidados multidisciplinares tanto na prevenção como no seu tratamento. OBJETIVO:O objetivo do presente estudo foi avaliar uma nova forma de tratamento intensivo 3 a 4horas por dia, uma vez por semana, no linfedema pós-tratamento câncer de mama. TIPODE ESTUDO: Ensaio clínico, prospectivo e quantitativo. LOCAL: O estudo foi realizado naClínica Godoy e Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto, atendimento primário.AMOSTRA: 66 pacientes com linfedema de membros superiores, cuja idade variou entre 35a 83 anos com media de 58,8 anos. Critério de inclusão foi linfedema de membro superiorpós tratamento do câncer de mama, com diagnostico clinico e volume do membro >200ml emrelação ao contralateral. Critério de exclusão não apresentar volume do membro menor que200ml diagnostico de linfedema de membro superior por outro critério. PROCEDIMENTO:Estas pacientes foram dividas em três grupos por tempo de tratamento: grupo I constituídapor 20 pacientes com três anos de evolução; grupo II 31pacientes com dois anos de evo-lução e grupo III o total de 66 pacientes. Todas pacientes foram submetidas a tratamento clí-nico que incluíram três a quatro horas semanais em único dia realizando drenagem linfáticamanual e mecânica com a técnica Godoy, exercícios e atividades linfomiocinéticos com uti-lização de dispositivos facilitadores, uso da contenção de gorgurão com uma freqüência vezpor semana em sistema ambulatorial. As avaliações de volume foram realizadas a cada mêsde rotina.VARIAVEL: . ANÁLISE ESTATÍSTICA: Para avaliação estatística foi utilizado testet pareado, considerando erro alfa de 5%. RESULTADOS: O tempo médio total de acompa-nhamento das pacientes até o estudo foi de 12,3 meses e observado a redução de volumedos membros em 100% das pacientes. A diferença média entre os volumes iniciais nos doismembros (grupo III- todas pacientes) foi 553,8 ml e obteve-se redução de 70,1% (388,7 ml)significativa no teste t pareado p=0,0001. A perda média no primeiro ano no grupo I foi de58% do volume do membro, no segundo ano de 82,9% e no terceiro ano de 97,%, significan-tes a cada ano p valor < 0.001. A redução no grupo III média no primeiro ano foi de 60,7%do volume do membro, no segundo ano de 81% significantes a cada ano p valor < 0.001.CONCLUSÃO: A redução total e a manutenção dos resultados no linfedema de membros su-periores pós tratamento do câncer de mama é progressiva durante o tratamento.DECs: Linfedema, câncer de mama, tratamento.COMITE DE ETICA EM PESQUISA: Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto Pro-cesso: 063/2009-aprovadoCONFLITO DE INTERESSES: Os autores declaram que não há conflito de interesses.

Temas Livres Orais J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLO-017CARACTERIZAÇÃO DE EVENTOS TRAUMÁTICOS EM PETROLINA/PE: AESCOLARIDADE IMPORTA?SOARES, B.L.F., GALHARDO, A.M., SEGUNDO, B.M., PEREIRA, E.V., MEDEIROS, M.A., SAAD,P.F., FREITAS, M.A.L., FERRO, M.B.

UNIVASF - UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SAO FRANCISCO

CONTEXTO: Eventos traumáticos no Brasil constituem-se na primeira causa de morte nas primeirasquatro décadas de vida. A relação entre a gravidade do trauma, sua morbimortalidade e o grau de ins-trução tem sido amplamente estudada na literatura. O pacto pela vida, movimento social encabeçadopelo ministério da saúde em conjunção com vários segmentos da saúde, busca estratégias para com-bater esta epidemia, dentre elas a produção de conhecimento regionalizado, com vistas a formulaçãode estratégias de combate específicos para cada região. Em recente estudo na Lituania observou-seque a população menos escolarizada apresentou entre 3,2 e 3,37 vezes mais eventos traumáticos secomparados com uma população com nível universitário o que reafirma a relação entre baixa escola-ridade e o aumento do número de traumas. OBJETIVO: Determinar o perfil da escolaridade dos pa-cientes que deram entrada no pronto-socorro da cidade de Petrolina/PE vítimas de trauma. TIPO DEESTUDO: Estudo prospectivo de coorte transversal do tipo inquérito epidemiológico. LOCAL: Hos-pital Dom Malan, hospital terciário, publico, Petrolina-PE. AMOSTRA: Amostragem aleatória simplesconsecutiva de 1875 pacientes atendidos no pronto-socorro. PROCEDIMENTOS: aplicação de for-mulário com questionamento epidemiológicos de identificação, hábitos e atitudes de risco, exame fí-sico na entrada do OS, evolução nas primeiras 24h e lesões identificadas e estratificadas de acor-do com escore de trauma AIS (abreviated índex score) e ISS (injury severity score) VARIÁVEL: Pri-maria: presença de politraumatismo e grau de instrução Secundaria: uso de álcool, gravidade dalesão (AIS e ISS).MÉTODO ESTATÍSTICO: Teste de qui-quadrado para variáveis não-parametricas.RESULTADOS: Nos eventos por projetís de arma de fogo houve 66,1% dos pacientes com ensinofundamental incompleto (EFI) seguidos de 8,47% com ensino superior completo (ESC). Nos eventoscom agressões físicas tem-se 54,28% dos pacientes com EFI, 9,52% com ensino fundamental com-pleto (EFC), 11,4% com ensino médio completo (EMC), 9,5% com ensino médio incompleto (EMI).Nos acidentes familiares se apresentam: 73% com EFI, 6,4% com EMC ; 6,8% com EMI. Nas tentati-vas de suicídio há: 10,34% com EFC, 37,93% com EFI, 10,34% com EMC, 10,34% com EMI, 10,34%como somente alfabetizado (SA). Nos acidentes automobilísticos tem-se: 9,02% com EFC, 43,83%com EFI, 21,9% com EMC, 7,7% EMI e 8,28% como SA. Nos acidentes de trabalho há: 9,28% comEFC, 48,57% com EFI, 17,14% com EMC, 10% com EMI e 8,57% como SA. Nos eventos com ar-ma branca houve 56,41% com EFI, 10,25% com EFC e 11,53% como SA. Nos acidentes por que-das tem-se: 46,64% com EFI, 10,05% com EMC e 27,31% como SA. CONCLUSÃO: Os resultadosreafirmaram a relação entre baixa escolaridade e aumento da incidência de trauma, havendo neces-sidade de mais estudos com a população em questão visando à criação de estratégias de educaçãoe prevenção no trauma e elucidação das causas desta maior incidência. DESCRITORES: TCE; trau-ma; politraumatismo; trauma cranioencefalico. FONTES DE FOMENTO: os pesquisadores. COMITÊDE ÉTICA EM PESQUISA: CEP UNIVASF, processo n° 12/2004. CONFLITO DE INTERESSES: Ne-nhum.

TLO-018COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE PUNÇÃO, GUIADO OU NÃO POR US,PARA ACESSO VASCULAR

ROCHA, E.F., GUILLAUMON, A.T., MENEZES, F.H., BERNARDO, B., MANGINI, L.B.,OLIVEIRA, G.P., PELISER, T., GUSMÃO, D.R., FRANÇA, R.P., MOLINARI, G.J.D.P., BIASI,G.G., JACOBSEN, O.B., FREIRE, J.F.,

DISCIPLINA DE MOLÉSTIAS VASCULARES PERIFÉRICAS, UNIVERSIDADE ESTADUALDE CAMPINAS - UNICAMP

O objetivo deste estudo é avaliar a real importância do método de punção vascular guiadapor US Doppler, comparando-o ao da punção clássica de Seldinger guiada por escopia. Ses-senta e seis pacientes com acesso vascular transcutâneo para a artéria femoral foram dis-tribuídos aleatória e prospectivamente entre as técnicas de punção. Além do uso US para apunção, os seguintes dados foram coletados: sexo, idade, índice de massa corporal, intensi-dade do pulso pré-punção, punção retrógrada ou anterógrada, tempo e número de tentativaspara se conseguir a punção, complicações relacionadas a punção (precoces e tardias) e dis-secção prévia do vaso. Para avaliação dos resultados, utilizaram-se o teste de Qhi-quadrado, o teste exato de Fisher e o teste de Mann-Whitney, com nível de significância de p<5%.Em relação ao tempo, o grupo de pacientes com suas punções guiadas por US Doppler nãose mostrou superior. Entretanto, o US foi útil no que tange ao número de tentativas para apunção. Por outro lado, observou-se que, no grupo do US, só ocorreram duas complicaçõesintraoperatórias, ao passo em que, no outro grupo, este número foi significativamente maior,chegando a 12 casos. Para as punções anterógradas, a utilização do US pareceu diminuiro tempo para se conseguir a punção. O mesmo aconteceu em relação ao número de tenta-tivas. Por fim, ainda em análise das punções anterógradas, pode-se observar ausência decomplicações intraoperatórias quando se utilizou o US Doppler como guia para a realizaçãoda punção, contrapondo-se ao fato de terem ocorrido cinco complicações, cerca de 45%, nooutro grupo. O uso do US permitiu redução significativa de complicações perioperatórias e donúmero de tentativas de punção. Para as punções anterógradas, além dessas vantagens, ométodo correlacionou-se com um menor tempo para efetivação da punção.

TLO-019CONHECIMENTO SOBRE ANTICOAGULANTES ORAIS (AO) E SEU MANEJOPOR MÉDICOS DE PRONTO ATENDIMENTO (PA)LARISSA PERIOTTO BORLINA1, EWERSON LUIZ CAVALCANTI E SILVA2, CAROLINAGHISLANDI2, JORGE RUFINO RIBAS TIMI3

Trabalho realizado na Disciplina de Cirurgia Vascular da UFPR e Centro de Estudos do Hospital San-ta Cruz – Curitiba/PR

CONTEXTO: Existe um grande número de pacientes que necessita de anticoagulação oral (AO) per-manente ou temporária por diversos motivos. Pacientes deste grupo, quando necessitam de aten-dimentos de urgência e emergência, dependem do conhecimento do médico plantonista para evitarcomplicações devido ao sinergismo que diversas medicações apresentam com os AO.OBJETIVO: Avaliar o nível de conhecimento de médicos plantonistas de serviços de Pronto Atendi-mento (PA) no manejo de pacientes que usam AO.TIPO DE ESTUDO: Estudo prospectivo com a utilização de um questionário.LOCAL: O estudo foi realizado em 5 hospitais de Curitiba, sendo 2 públicos e 3 privados. A entrevistaocorreu com médicos do Pronto Atendimento destes hospitais.AMOSTRA: O estudo foi direcionado a médicos generalistas, ortopedistas e residentes de Clínica Mé-dica e Ortopedia que atuam como frentistas em Pronto Atendimento. Os participantes assinaram umtermo de consentimento e foram excluídos do estudo aqueles que não concordaram em assiná-lo.PROCEDIMENTOS: Não foi realizado nenhum procedimento.MÉTODO ESTATÍSTICO: A análise estatística foi apoiada pela disciplina de Bioestatística que viu ométodo adequado para o projeto pelo método epi-info.RESULTADOS: Dos 100 entrevistados, 60% declararam perguntar ao paciente sobre o uso do AO.81% tinham conhecimento insuficiente a respeito do sinergismo de algumas substâncias apresenta-das e os AOs, 15% desconheciam qual exame é utilizado para acompanhamento dos pacientes an-ticoagulados e 50,7% não sabiam os nomes comercias dos AOs. 4% desconheciam seu antídoto e92% manifestaram interesse em melhorar seus conhecimentos sobre os AOs.CONCLUSÃO: É baixo o número de médicos que atuam em PA que conhece sobre AO e o manejode pacientes anticoagulados e alta a porcentagem de médicos que não perguntam sobre o uso deAO . Isto expõe os pacientes anticoagulados a risco de complicações gerando a necessidade de pro-gramas de educação continuada aos médicos sobre esse assunto.DESCRITORES: Anticoagulantes; Serviços Médicos de Emergência; Interações medicamentosas.FONTES DE FOMENTO: Não houve fontes de financiamento da pesquisa.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Comitê de Ética em Pesquisa da UFPR, registro CEP: 1622.039/2008-03CONFLITO DE INTERESSES: Não houve conflitos de interesse.[1] Acadêmica de Medicina,UFPR, Curitiba, PR. Bolsista de Iniciação Científica pelo CNPq - Departa-mento de Cirurgia do Hospital das Clínicas da UFPR, Curitiba, PR[2] Acadêmicos de Medicina, UFPR, Curitiba, PR[3] Professor Adjunto Doutor de Cirurgia Vascular UFPR; Coordenador do Núcleo Integrado de Cirur-gia Endovascular e Pesquisa (NICEP-PR). Titular SBACV e CBC.

TLO-020CRIAÇÃO DE UM MODELO EXPERIMENTAL PARA O TRATAMENTOENDOVASCULAR DO TRAUMA ARTERIAL PERIFÉRICO COM O USO DESTENTS REVESTIDOS

BELCZAK, S.Q., SILVA, E.S., AUN, R., SINCOS, I.R., GOMES, V., DELON, A.R., GORNATI,V., GIGLIO, P., FIGUEIREDO, L.F.P.,

HCFMUSP

CONTEXTO: Na civilização moderna o trauma tornou-se um problema de saúde pública. Otrauma ceifa vidas e incapacita indivíduos na fase mais produtiva da sua existência. Os trau-mas vasculares, arteriais e venosos, são responsáveis por expressiva morbi-mortalidade. Emdeterminados territórios o trauma cirúrgico acrescenta riscos elevados ao já comprometidopaciente, e, neste contexto, a abordagem de um ferimento vascular por uma via remota, umapunção venosa ou arterial distante do sitio do trauma, como advogam os procedimentos en-dovasculares, traz uma série de vantagens à terapêutica dos pacientes vitimas de trauma.OBJETIVO: Criar um modelo animal experimental para demonstramos a factibilidade de cor-reção endovascular do trauma vascular periférico penetrante, dependendo do tamanho desecção circunferencial na parede da artéria lesada.TIPO DE ESTUDO: Experimental.LOCAL: Departamento de Técnica Cirúrgica e Cirurgia Experimental da FMUSP.AMOSTRA: 4 porcos brancos domésticos com peso de 30-40 kg. divididos em 2 grupos con-forme a presença ou ausência de lesão arterial : Grupo A: 33% (lesão circunferencial <50%),Grupo B: Controle (sem lesão arterial).PROCEDIMENTOS: Dissecção da artéria carótida comum esquerda , com controle proximale distal desta. Secção controlada da parede arterial. Compressão local manual por dez mi-nutos e, após, terapêutica endovascular com a implantação de um stent revestido VIABHAN5x50mm através de acesso femoral. No grupo controle, houve liberação do stent sem a pre-sença de lesão arterial controlada.VARIÁVEL: Factibilidade ou não do procedimento, comparando a arteriografia e ultrassono-grafia Doppler no pós-operatório imediato com a realizada no pré-operatório.MÉTODO ESTATÍSTICO:RESULTADOS: O trabalho mostrou a factibilidade e reprodutividade do modelo experimen-tal.CONCLUSÃO: A demonstração da factibilidade e a possibilidade reprodução do modelo ex-perimental, nos permitirá a realização de um trabalho com um grupo amostral maior e comdiferentes tamanhos de secção arterial. Os resultados desta pesquisa serão extremamenteúteis para o entendimento e incentivo ao uso de técnica endovasculares no manejo de pa-cientes vitimas de trauma vasculares. E, não menos importante, poderá ajudar a guiar nodesenvolvimento de materiais e próteses mais completos para o uso em seres humanos.DESCRITORES: trauma arterial, carótida, correção endovascularFONTES DE FOMENTO: W.L. Gore & Associates, Inc.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Aprovado pela Comissão de Ética para análise de Pro-jetos de Pesquisa - CAPPesq. Protocolo de pesquisa n.0603/09CONFLITO DE INTERESSES: Este estudo está sendo patrocinado pela W.L. Gore & Asso-ciates, Inc.

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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TLO-022DRENAGEM LINFÁTICA MECÂNICA NO TRATAMENTO DO LINFEDEMA PÓS-CIRURGIA DE CÂNCER

GODOY, M.F.G., YONEYAMA, S.M., OLIANI, A.H., GODOY, M.F.G.

CLINICA GODOY E FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSE DO RIO PRETO-FAMERP

OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia na redução de volume emmembros linfedematosos pós-tratamento câncer de mama utilizando um novo dispositivo pa-ra drenagem linfática mecânica, RAGodoy®. TIPO DE ESTUDO: Ensaio Clínico, prospectivoe quantitativo. LOCAL: Clinica Godoy e Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto-FAMERP. AMOSTRA: Foram selecionadas randomicamente 13 mulheres de um grupo de re-abilitação do linfedema de membros superiores pós-tratamento cirúrgico de câncer de mama.PROCEDIMENTO: A avaliação foi feita pela volumetria e técnica de deslocamento de águaantes e imediatamente após cada experimento. As pacientes foram submetidas a uma ses-são de drenagem linfática mecânica durante uma hora. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Para anali-se estatística foi utilizado o teste t pareado, considerando erro alfa de 5%. RESULTADOS: Amédia do volume inicial foi de 2035.6 mL e a final 1952.2 mL com perda média de 83.5 mL(+33.7 mL), sendo significante estatisticamente com valor p<0.0001. CONCLUSÃO: A drena-gem linfática mecânica passiva utilizando o dispositivo RAGodoy® mostrou-se efetiva para aredução do volume do linfedema.DeCS: Linfedema, tratamento, mastectomiaCOMITE DE ETICA EM PESQUISA: Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto-FAMERP Processo: 020/08CONFLITO DE INTERESSES: Os autores declaram que não há conflito de interesses.

TLO-022EFEITOS DO ALPROSTADIL NAS LESÕES RENAIS DE ISQUEMIA EREPERFUSÃO COM PRÉ-CONDICIONAMENTO ISQUÊMICO: ESTUDOEXPERIMENTAL EM RATOS.SOARES, B.L.F., SILVA NETO, A.L., MEDEIROS, M.A., MENDES, B., MENDONCA, H.S., SANTOS,H.A.S., FREITAS, M.A.L., COELHO, N.H.N.,

LIGA ACADÊMICA VASCULAR DO VALE DO SÃO FRANCISCO – UNIVASF – UNIV. FEDERAL DOVALE S. FRANCISCO

CONTEXTO: Sabe-se que a lesão dos tecidos não decorre somente na fase de isquemia, podendose exacerbar com a reperfusão, situação denominada de síndrome de isquemia e reperfusão (SIR).O pré-condicionamento isquêmico (PrCI) condiciona o órgão a resistir a intervalos mais prolongadosde isquemia, onde se percebeu que essa técnica minimiza os efeitos danosos da isquemia com apa-rentes benefícios em órgãos como coração, cérebro, rins e fígado. Estudos iniciais sobre ao alpros-tadil, análogo sintético das protaglandinas, sugerem um potencial efeito atenuador nas conseqüên-cias da lesão por isquemia e reperfusão. OBJETIVO: Demonstrar os efeitos do alprostadil na lesãorenal pós-clampeamento de aorta infra-renal em ratos submetidos à PrCI, num modelo de isquemiae reperfusão.TIPO DE ESTUDO: Ensaio Clínico Aleatório Prospectivo em Animais de Experimen-tação. LOCAL: Laboratório de Morfologia da UNIVASF. AMOSTRA: Trinta ratos da espécie Wistaroutbred (Rattus norvegicus albinus), machos, entre 90-120 dias e 250 e 350g divididos em cinco gru-pos de seis. A amostragem foi por sorteio aleatório simples. Os procedimentos laboratoriais foramrealizados sem o conhecimento de qual grupo era proveniente a amostra.PROCEDIMENTOS : Todosos ratos foram submetidos a preparo cirúrgico pré-operatório e anestesia com Cetamina e Xilazina. No Grupo Sham foi realizada laparotomia com exposição da aorta por 90min. O Grupo I~R tevea aorta infra-renal clampeada por 30min, sendo então reperfundida por 1h. No PcRI gama realizou-se precondicionamento isquêmico em cinco tempos (A-B-C-D-E-F) onde A, C e E corresponderamao clampeamento da aorta infra-renal por 2min e B, D e F corresponderam a intervalos em que oclampe era retirado por 2 min. Após F, foi realizado clampeamento por 30 minutos, seguido por umperíodo de reperfusão de 1h. No grupo Al foi realizado procedimento semelhante ao executado nogrupo beta, acrescido da utilização de alprostadil 20mcg/kg, imediatamente antes da reperfusão. NoAl-PcRI, os animais foram submetidos a procedimentos similares ao do grupo PcRI, acrescidos douso de alprostadil 20mcg/kg. Sequencialmente foram colhidas amostras séricas para estudo bioquí-mico, seguindo-se nefrectomia esquerda para analise sob microscopia ótica simples e a eutanásiacom dose anestésica letal.VARIÁVEL: Primárias: a)Lesão Histológica renal. Secundárias: Dosagensséricas de DLH,CPK,Lactato,potássio,cálcio,uréia e Creatinina. MÉTODO ESTATÍSTICO: Análise devariância de Kruskal-Wallis e teste de Mann-Whitney.RESULTADOS: Na Análise Histológica houvediferença estatística entre os grupos Alprostadil e Alprostadil-PrCI e Controle entre as amostras comgrau II e IV de dessaranjo e necrose tecidual (Ct>Al-PrCI>Al=Sh (p=0.01). Os resultados de CPK eBicarbonato foram significativamente mais altos após a Síndrome de isquemia e reperfusão no Gru-po I~R em relação aos Grupos Sham, PrCI e Al-PrCI(p=0,036).CONCLUSÃO: O Alprostadil e o PrCIatenuam as repercussões histológicas e parte das bioquímicas em tecido renal de ratos submeti-dos ao modelo experimental utilizado. Os efeitos protetores histológicos foram maiores no grupo Al-prostadil.DESCRITORES: Isquemia e reperfusão; Alprostadil; Ratos; Rim; precondicionamento isquê-mico.FONTES DE FOMENTO: LAVASF.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Aprovação protocolo022.09 CEP-UNIVASF.CONFLITO DE INTERESSES: Nenhum

TLO-023PRECONDICIONAMENTO ISQUÊMICO E PENTOXIFILINA NA SÍNDROME DEISQUEMIA E REPERFUSÃO EM TECIDO RENAL DE RATOS

SOARES, B.L.F., MEDEIROS, M.A., SEGUNDO, B.M., MENDONCA, H.S., SILVA NETO,A.L., SANTOS, H.A.S., FREITAS, M.A.L., COELHO, N.H.N.,

LIGA ACADÊMICA VASCULAR DO VALE DO SÃO FRANCISCO – UNIVASF – UNIV.FEDERAL DO VALE S. FRANCISCO

CONTEXTO: A isquemia e reperfusão renal(SIR) é um evento presente em cirurgias comoa revascularização da artéria renal, o tratamento cirúrgico dos aneurismas da aorta em nívelsupra-renal e os transplantes renais. A despeito do progresso no conhecimento fisiopatológi-co sobre a SIR, pouco se progrediu no tratamento. Estudos segurem um efeito citoprotetor doprecondicionamento isquêmico e da pentoxifilina na SIR renal. OBJETIVO: Averiguar os efei-tos do precondicionamento Isquêmico e da Pentoxifilina na lesão de isquemia e reperfusãorenal em ratos.TIPO DE ESTUDO: Ensaio clínico aleatório, prospectivo, intervencionista, emanimais de experimentação.LOCAL: Laboratório de Morfologia da UNIVASF.AMOSTRA: 24da espécie Wistar outbred, adultos, machos, entre 90-120 dias e 250 e 350g, divididos emquatro grupos de seis por sorteio. PROCEDIMENTOS: No Grupo Operação Simulada (Sh),foi realizado isolamento da aorta, sem isquemia ou reperfusão. Após 30 minutos, realizamosinfusão de solução salina fisiológica a 0,9% e, uma hora depois, coletada amostra de san-gue para estudo sérico e realizada nefrectomia à esquerda para estudo histologico, seguidade eutanásia com dose anestésica letal. No Grupo Controle (Ct), realizou-se o procedimentocirúrgico normalmente e, após clampeamento da aorta supra-renal por 30 minutos, infundiu-se a solução de soro fisiológico a 0,9%. Passada uma hora, procedeu-se às coletas e eu-tanásia. No Grupo Pentoxifilina (Px), promoveu-se o mesmo trâmite do Grupo Ct, exceto pelainfusão de 40mg.Kg-1 de Pentoxifilina em substituição ao soro fisiológico. No Grupo de Pre-condicionamento Isquêmico (PCI), efetuou-se o PCI em 5 tempos (A-B-C-D-E) em que A, C eE corresponderam ao clampeamento da aorta supra-renal por 2 minutos e B e D equivalerama intervalos em que o clamp foi retirado por 2 minutos. Após E, deu-se início ao período dereperfusão de 1h. Em todos os ratos houve preparo cirúrgico pré-operatório e anestesia comCetamina e Xilazina.VARIÁVEL: Primária: a) Lesão histológica renal; Secundária: Analise bi-oquímica sérica, através da mensuração dos níveis Séricos de DLH, CPK, Lactato, Potássio,Cálcio, Uréia e Creatinina. MÉTODO ESTATÍSTICO: Análise de variância de Kruskal-Wallise o teste do qui-quadrado.(12) RESULTADOS: Na Análise Histológica não houve diferençaestatística entre os grupos Ct e Pentoxifilina (p=0,02). Entretanto houve menor manifestaçãoda SIR nos grupos Sham e PCI em relação aos grupos Ct e Px (Px=Ct>Sh=PCI)(p=0,033)entre as amostras com grau IV de dessaranjo e necrose tecidual. Os resultados de CPK(p=0,03), Lactato (p=0,012), Potassio(p=0,018) e Bicarbonato(p=0,044) foram significativa-mente mais altos após a Síndrome de isquemia e reperfusão no Grupo Ct em relação ao Gru-po Px, e deste em relação aos grupos Sham e PCI(p=0,036). CONCLUSÃO: O PrCI atenuouas repercussões histológicas e parte das bioquímicas em tecido renal de ratos submetidosao modelo experimental utilizado. Os efeitos protetores histológicos foram maiores no grupoPCI.DESCRITORES: Isquemia traumática por reperfusão; Isquemia; Pentoxifilina; Precondi-cionamento Isquêmico; Ratos; Rim.FONTES DE FOMENTO: LAVASF. Aprovação protocolo020.09 CEP-UNIVASF.CONFLITO DE INTERESSE: Nenhum.

TLO-024RASTREAMENTO DA DOENÇA CAROTÍDEA NA POPULAÇÃO IDOSA DACIDADE DE GUARAPARI – ES.DANIELA PONTES NOFAL, FANILDA SOUTO BARROS, SANDRA MARIA PONTES, CRISTIANONEGRI MODENESI, MARIA ALICE S.MONTEIRO TAYLOR ALMEIDA, CLÁUDIO DE MELOJACQUES, JOÃO LUIZ SANDRI, LEONARD HERMANN ROELKE; DANIELA SOUTO BARROS;FELIPE SOUTO BARROS; PIETRO ALMEIDA SANDRI

Angiolab – laboratório vascular –Vitória-ES.

CONTEXTO: A doença cerebrovascular apresenta altas taxas de incidência e morbimortalidade, sen-do a doença carotídea responsável por cerca de 20 a 30% dos eventos isquêmicos. Em pacientesassintomáticos a estenose carotídea representa 2 a 5% das causas de acidente vascular isquêmico.O tratamento cirúrgico da estenose carotídea maior que 60% em pacientes assintomáticos reduz orisco de isquemia cerebrovascular e sua letalidade.O rastreamento da doença carotídea é indicado em pacientes assintomáticos maiores de 60 anos,associados a fatores de risco cardiovascular, sopro cervical, ICC, aterosclerose periférica e no pré-operatório de revascularização miocárdica.Nosso estudo se propôs a rastrear pacientes maiores de 65 anos na população de Guarapari (ES) ecorrelacionar fatores de risco cardiovasculares com a prevalência da doença carotídea.OBJETIVO: Determinar a prevalência da doença carotídea na população idosa de Guarapari (ES) eassociar com possíveis fatores de risco.TIPO DE ESTUDO: Estudo de prevalência.LOCAL: Angiolab – laboratório vascular - filial Guarapari-ES. Instituição privada.AMOSTRA: Estudo de rastreamento, com amostragem aleatória simples para pacientes com mais de65 anos.PROCEDIMENTOS: --------VARIÁVEL: Variáveis primárias: graduação da estenose carotídea. Variáveis secundárias: hiper-tensão arterial, tabagismo, dislipidemia e diabetes. Dados complementares: idade e sexo.MÉTODO ESTATÍSTICO: Foram utilizadas as técnicas de estatística descritiva e análise inferencialusando o teste qui-quadrado (?2), para associação entre as variáveis primárias e secundárias.RESULTADOS: Foram examinados 409 pacientes no período do estudo, contabilizando 818 caró-tidas avaliadas. Dessas 319 estavam normais (prevalência de 39%), 469 apresentavam estenosemenor que 50% (57,3%), 17 tinham estenose entre 50 e 69% (2%), 6 lesões eram maior que 70%(0,73%), enquanto 1 carótida apresentava suboclusão (0,12%) e 5 estavam ocluídas (0,61%).Dos casos de estenose entre 50 e 69% 12 eram do sexo masculino (70,5%), enquanto as lesõesacima de 70% se apresentaram em 4 pacientes do sexo feminino (66,6%). O caso de suboclusão en-contrado foi em um paciente do sexo masculino (100%) e das cinco oclusões 3 foram em pacientesmasculinos (60%).Será realizado, ainda, um estudo bibliográfico com análise comparativa com nossos dados.CONCLUSÃO: A prevalência encontrada para a doença carotídea na cidade de Guarapari (ES) foide 57,3% para estenoses menores que 50%, 2% de estenoses entre 50 e 69%, 0,73% de estenosesmaiores que 70%, 0,12% de suboclusão e 0,61% de oclusões.DESCRITORES: diagnóstico, estenose, carótida, acidente cerebral vascular, endarterectomia.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA:

Temas Livres Orais J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLO-025RELAÇÃO ANÁTOMO-CIRÚRGICA SOBRE A FORMAÇÃO DA VEIA ÁZIGOS

ALVES, E.C., ROCHA, A.C., PORCIÚNCULA JÚNIOR, W.R.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS - UNCISAL

CONTEXTO: A Veia Ázigos é uma estrutura vascular de suma importância, pois drena o san-gue das paredes posteriores do tórax e do abdome, além de unir a veia cava superior à veiacava inferior. Sua formação é muito variável, inexistindo um padrão definido. Com o estudo,pretendeu-se coletar dados anatômicos que pudessem mostrar um padrão em sua formação.OBJETIVO: Fornecer dados anatômicos sobre a formação da veia ázigos a fim de subsidiaro procedimento de ligadura da veia cava inferior retro-hepática na cirurgia do trauma. TIPODE ESTUDO: Anatômico descritivo. LOCAL: Instituição pública – Anatômico da UNCISAL.AMOSTRA: O tamanho da amostra foi baseado em trabalhos anteriores. Foram dissecados30 cadáveres de indivíduos adultos, de ambos os sexos, brancos e não brancos, fixados emformol 10%, admitidos por morte clínica não reclamada, doados à UNCISAL. Fatores de in-clusão: cadáveres com período de óbito acima de 06 horas. Fatores de exclusão: cadáveresde gestantes, crianças, deformidades na parede abdominal anterior ou cirurgias abdominaisprévias, causa mortis associada a doenças infecto-contagiosas. PROCEDIMENTO: Realiza-da incisão biacromio-xifo-esterno-pubiana para acessar as cavidades torácica e abdominal,rebatidas as vísceras abdominais para acessar o retroperitônio. Prosseguiu-se à dissecaçãocom a identificação da origem da veia Ázigos e se observou as estruturas e o padrão deformação desta veia. Continuou-se rebatendo as vísceras torácicas e o músculo diafragmarespiratório para observar o trajeto e as relações anatômicas da veia ázigos até sua desem-bocadura na veia cava superior. VARIÁVEL: Tipo de formação e número de contribuiçõespara a formação da veia ázigos. RESULTADOS: A formação da veia ázigos é muito variável.Foram encontradas 11 formações diferentes, sendo 50% dos casos unirradicular, 36.67% bir-radicular e 13.33% trirradicular. Dos 30 casos, observou-se que em 13 (43.33%) havia so-mente a veia subcostal direita; em 7 (23.33%) as veias subcostal direita e contribuição daVCI; em 2 (6.66%) as veias subcostal direita e esquerda; em 1 (3.33%) as veias subcostaldireita, esquerda e contribuição da VCI; em 1 (3.33%) as veias subcostal direita, contribuiçãoda VCI e 1ª veia lombar direita; em 1 (3.33%) as veias subcostal direita, esquerda e renalacessória; em 1 (3.333%) a veia renal esquerda; em 1 (3.33%) as veias subcostal direita e1ª veia lombar; em 1 (3.33%) as veias subcostal direita, gonadal esquerda e contribuição daVCI; em 1 (3.33%) as veias subcostal direita e renal esquerda; e em 1 (3.33%) compostapela continuação da 11ª veia intercostal posterior. CONCLUSÃO: Com base nos resultadosencontrados, podemos concluir que em 13 casos (43.33%) a VCI ou um dos seus afluentesparticipam da formação da veia ázigos. Logo, em uma ligadura de VCI retro-hepática, a veiaázigos pode contribuir com o retorno venoso colateral em aproximadamente 43% das ligadu-ras pós-traumáticas. DESCRITORES: veia ázigos, ligadura pós-traumática, veia cava, veiasubcostal. COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Comitê de Ética em Pesquisa da UNCISAL,processo número 1157/2009.

TLO-026SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO – TRATAMENTO CIRÚRGICO

RICARDO AMARAL GURGEL, EDSON KOKEN TERUYA, MARCUS VINICIUS CAMPOSBITTENCOURT, VIVIAN TEIXEIRA MAFRA

HOSPITAL SAMARITANO SP

Síndrome do desfiladeiro torácico (SDT) é o termo genérico utilizado para definir diversos si-nais e sintomas causados pela compressão das estruturas neurovasculares em algum pontoentre o pescoço e a axila.Patologia incide em cerca de 1,5% da população, e pouco diagnosticada por desconhecimen-to, sendo tratado como tendinites e bursites, que normalmente cursam concomitantemente,fazendo parte da Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT).Esta patologia se manifesta por volta da 2ª-3ª década de vida, sendo muitas vezes desen-cadeada por movimentos repetitivos, hipertrofia muscular, pode ser causada por fibrose dem. escaleno devido à traumas, calos ósseos resultantes de fraturas de 1º arco costal e declavícula. Inicialmente de tratamento clínico e fisioterápico tendo indicação cirúrgica na falhadestes ou em manifestações vasculares (TVP de subclávia, ou complicações arteriais).Os sintomas neurológicos, causados por compressão do plexo, e presentes em cerca de 90%dos portadores da SDT são mais evidentes no território do nervo ulnar por sua posição sobrea 1ª costela.O diagnóstico é sugerido por história clínica, exame clínico com positividade em manobrasdeficitárias e ultra-som Doppler arterial, que mostra com grande sensibilidade compressõestotais ou parciais da artéria subclávia, mas com pouca especificidade quanto à localizaçãoda compressão. Se indicado a realização de angiografia com as manobras para SDT podelocalizar com precisão o local da compressão e inferir qual a estrutura que a está causando.Por encaminhamento dirigido e pré-triado, estamos acompanhando 121 pacientes, porémapenas 61 participam deste trabalho, sendo 85% do sexo feminino e 15% do sexo mascu-lino. Destes, 23 realizaram tratamento clínico e fisioterápico, em outros 38 pacientes foramrealizados 56 procedimentos cirúrgicos, 23 à direita, 9 à esquerda e 12 bilateral.Em 6 pacientes foi realizada escalenectomia, 3 no 1º tempo e 3 tardiamente por manutençãodos sintomas.Em 11 pacientes realizamos a ressecção do músculo subclávio, o que melhorou de sobre-maneira o resultado.Obtivemos 12,5% de resultados ruins em relação à sintomatologia, 16% de consideradosmédio, e 75% de bons resultados, avaliados após tratamento fisioterápico complementar, 90dias após a cirurgia. Como complicação verificamos 1 derrame linfático (quilotórax) contra-la-teral à escalenectomia, 1 parestesia ulnar que não reverteu, 1 tórax que necessitou de dre-nagem (hemo-pneumo tórax) e 1 trombose de artéria axilar.Um caso foi feito por toracoscopia (fratura de clavícula com calo ósseo exuberante) e um comcostela cervical rudimentar a qual não foi abordada e apresentou bom resultado pós-operató-rio.Concluímos que o tratamento cirúrgico bem indicado tem bom resultado e que a fisioterapiapós operatória é de grande importância.

TLO-027SUSTAINED BENEFIT AT 1 YEAR OF T4 SYMPATHECTOMY COMPARED WITHT3-T4 FOR ISOLATED AXILLARY HYPERHIDROSIS

MUNIA, M.A.S., WOLOSKER, N., KAUFFMAN, P., PUECH-LEÃO, P.

HOSPITAL DAS CLINICAS DA USP

Introduction:Level T4 video-assisted thoracoscopic sympathectomy revealed to be superior to the T3-T4treatment for controlling axillary hyperhidrosis during the initial follow-up of these patients andafter six months of follow-up.Objective: To compare the one year results from sympathectomy using two distinct levels fortreating axillary sudoresis: T3-T4 vs. T4 during one year of follow-up.Methods: 64 patients with axillary hyperhidrosis were prospectively randomized for denervati-on of T3-T4 or T4 alone. All patients were examined preoperatively and were followed up untilone year postoperatively. The axillary hyperhidrosis treatment, the presence, location and se-verity of compensatory hyperhidrosis and the quality of life were evaluated.Results: All the patients said that their axillary hyperhidrosis was successfully treated by thesurgery after one year. There was no treatment failure. Compensatory hyperhidrosis was pre-sent in 27 patients of the T3-T4 group (87.1%) and in 16 T4 patients (48.5%) after six months.After one year, all the T3-T4 patients presented some degree of compensatory hyperhidro-sis, versus 14 T4 patients (42.4%). The severity of the compensatory hyperhidrosis was al-so lower in the T4 patients (p<0,01). The quality of life was poor in both groups before thesurgery, and was improved in the two groups after six months and one year of follow-up(p=0.002). There was no mortality or significant postoperative complications, and no need forconversion to thoracotomy.Conclusion: Both techniques are effective for treating axillary hyperhidrosis, but the T4 grouppresented milder compensatory hyperhidrosis and a greater satisfaction rate at one year offollow-up.

TLO-028TÉCNICA DE APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA EM HIPERHIDROSEFRONTAL, AXILAR E PALMAR

FRANCISCHELLI NETO, M., FRANCISCHELLI, R.T., FRANCISCHELLI, C.T.,

HOSPITAL DE ENSINO DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA E CLÍNICANATURALE-SÃO PAULO

Objetivo: A Toxina Botulínica vem sendo utilizada com segurança em amplas indicações, en-tre elas o controle da Hiper-hidrose. Em 1998, apresentamos os primeiros casos no Brasil edesenvolvemos a Técnica de Multipontos. Material e Métodos: Anestesia : Axilar: BloqueioAnestésico com Lidocaina Tamponada ( 2 seringas de 20 ml:Lidocaína 2% 2,5ml, SF 17mle Bicarbonato de Sódio:0,3 ml) Anestesiamos o subcutâneo axilar, na região da pilosidade,com agulhas 7G/1/2. Mãos: ( 4 seringas:2 seringas Lidocaína 2ml, SF 2ml e Bicarbonato deSódio: 0,3 ml, utilizado para bloqueio ulnar e mediano. 2 seringas Lidocaína 1ml, SF 8ml eBicarbonato de Sódio: 0,2ml, utilizada para bloqueio radial ). Frontal: Bloqueio anestésico daregião frontal (ramos temporais e supra-orbital), com carpule e tubetes de Lidocaína tampo-nada. Diluição e Escolha da Toxina: Utilizamos Dysport ( 1 frasco com 500 unidades diluídopara 4,3ml de SF). Em seringas de 1ml, colocamos 24 unidades Dysport para 0,8ml de SF ) .Aplicamos de 6 a 8 seringas por axila ou por mão ou na região frontal . Técnica de Multipon-tos : Com agulhas 30G/1/2 aplicamos em toda a área a ser tratada, previamente anestesiada,multipontos intradérmicos da solução diluída de toxina botulínica. Os pontos são contíguos,procurando cobrir toda a área , na grandeza de 1 a 2,5 centenas de pontos por área. Nasmãos, a toxina foi aplicada nas palmas e dedos incluindo o dorso da falange distal Não énecessário teste do iôdo .Resultados: Aplicado em 156 áreas.Houve supressão da sudore-se por períodos de 7,33 meses (4-12) para as mãos e 9,23 meses ( 4-15) para a axila, emintensidade de 80 a 100%.Todas as regiões responderam ao tratamento.Houve resistênciaem 1 caso, axilar, em que a supressão foi de 50%.O resultado da região axilar tende a sermais prolongado do que nas outras regiões. Com a técnica de multipontos houve uma dimi-nuição do tempo para aparecimento dos resultados, de 10 a 14 dias para 3 a 5 dias. 61,5% referiram uma menor sudorese, quando cessavam os efeitos. 92% refeririam melhora daqualidade de vida. Um paciente apresentou parestesia em polegar, sem perda de força deapreensão,com remissão total em 15 dias, atribuída a trauma pela agulha durante o bloqueioneurológico do punho.Discussão: A Toxina de menor peso molecular (Dysport), associada aTécnica de Multipontos, difunde melhor o produto atingindo maior número de junções neuro-efetôras, acelerando início dos resultados e oferecendo maior regularidade da área tratada einfluencia na duração do bloqueio químico. A diminuição da sudorese após cessado o efeitodo bloqueio é atribuída a efeitos psicológicos favoráveis residuais (teoria do gatilho) . Con-clusão: A Toxina Botulínica é uma alternativa real de controle clínico da Hiper-hidrose, porser tratamento seguro, de técnica simples, ambulatorial, que não retira o paciente de suasatividades normais. com resultados previsíveis e principalmente porque não apresenta efei-tos colaterais importantes.

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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TLO-029TRATAMENTO DA CELULITE BASEADA NA HIPÓTESE DE UMA NOVAFISIOPATOLOGIA

GODOY, J.M.P., GODOY, M.F.G.

CLINICA GODOY, SÃO JOSE DO RIO PRETO-BRASIL

CONTEXTO: A celulite afeta em torno de 90% das mulheres, contudo não há uma forma efi-caz de tratamento estabelecida. OBJETIVO: objetivo do presente estudo é relatar uma no-va forma de tratamento da celulite baseada em uma nova hipótese fisiopatológica. TIPO DEESTUDO: Ensaio clínico, prospectivo e quantitativo. LOCAL: Clínica Godoy, São Jose do RioPreto. AMOSTRA: 14 mulheres com idades de 19 a 36, média 27.5 anos . O critério de in-clusão foi à presença de celulite por avaliação clinica. Os critérios de exclusão foram histó-ria de edema, obesidade e qualquer outra doença diagnosticada no momento da consulta.PROCEDIMENTO: No exame físico foi feita uma perimetria a cada 5 cm nos membros, pre-ga glútea e região abaixo da linha umbilical e 5 e 10 cm, fotografia padronizada e questi-onário de satisfação. As pacientes foram submetidas ao tratamento que consistiu: drenagemlinfática manual, mecânica e estimulação cervical técnica Godoy & Godoy por 1,5 horas/ diaadaptadas ao tratamento da celulite. Após 10 sessões seguidas durante duas semanas foramnovamente avaliadas. VARIAVEL: presença da celulite e eficácia de tratamento. ANALISEESTATISTICA: Para análise estatística foi utilizado teste t pareado, considerando erro alfade 5%. RESULTADOS: Detectou-se redução em todos os pontos avaliados 5 e 10 cm abaixoumbigo e dois pontos na coxa e prega glútea, teste t pareado valor p < 0.0001. CONCLUSÃO:Conclui-se que a técnica empregada de estimulação do sistema linfático é eficaz no trata-mento da celulite.DecS: Fisiopatologia, tratamentoCOMITE DE ETICA EM PESQUISA: Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto Pro-cesso: 086/2006CONFLITO DE INTERESSES: Os autores declaram que não há conflito de interesses

TLO-030TRATAMENTO INTENSIVO DA CELULITE BASEADO EM PRINCÍPIOSFISIOPATOLÓGICOS

GODOY, J.M.P., GODOY, M.F.G.

CLINICA GODOY, SÃO JOSE DO RIO PRETO-BRASIL

OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é relatar uma forma intensiva de tratamento dacelulite baseada em uma nova hipótese fisiopatológica. TIPO DE ESTUDO: Ensaio clínico,prospectivo e quantitativo. LOCAL: Clínica Godoy, São Jose do Rio Preto. AMOSTRA: Foiavaliada uma nova forma de tratamento da celulite em 10 pacientes com idades entre 25 a59, média de 35,6 anos. O critério de inclusão foi à presença de celulite por avaliação cli-nica grau IV. Os critérios de exclusão foram história de edema, obesidade e qualquer outradoença diagnosticada no momento da consulta. PROCEDIMENTO: No exame físico foi fei-ta avaliação perimétrica, prega glútea, dois pontos na região da coxa, 5,10 e 15 cm abaixoda linha umbilical e 5 cm acima, fotografia padronizada. As pacientes foram submetidas aotratamento que consistiu: drenagem linfática manual, mecânica e estimulação cervical técni-ca Godoy & Godoy por 4 horas/ dia adaptadas ao tratamento da celulite. Após 10 sessõesseguidas durante duas semanas foram novamente avaliadas. ANÁLISE ESTATìSTICA: Paraanálise estatística foi utilizado teste t pareado, considerando erro alfa de 5%. RESULTADOS:Detectou-se redução em todos os pontos avaliados 5,10 e 15 cm abaixo da linha umbilical edois pontos na região da região da coxa, prega glútea e 5 cm acima da linha umbilical, testet pareado valor p < 0.0001. As reduções médias foram em torno de entre 4,0 a 5,7 cms nospontos avaliados, porém mesmo com estas reduções perimétricas não ocorreu redução depeso corporal. CONCLUSÃO: Conclui-se que a técnica empregada de estimulação do siste-ma linfático é eficaz no tratamento da celulite.DeCS: Fisiopatologia, tratamentoCOMITE DE ETICA EM PESQUISA: Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto Pro-cesso: 086/2006CONFLITO DE INTERESSES: Os autores declaram que não há conflito de interesses

TLO-031USO DE PRÓTESES SINTÉTICAS COMO REMENDO NA ARTERIORRAFIA DEENDARTERECTOMIA CAROTIDEA.

CAMARGO JR., O., SIMOES, C.R.C., CRHISPIM, A.C.G., ABREU, G.C., MARCONDES,M.F., MEIRELLES, G.V., CAMARGO, J.L., ANDRADE, A.F., ARRUDA, V.C., CANCELA,A.M., FERREIRA, G.K., MURTA, G.B.

DEPARTAMENTO DE CIRURGIA VASCULAR DO HOSPITAL E MATERNIDADE CELSOPIERRO DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE

CONTEXTO: Apesar da rara incidência de complicações com a utilização de remendo na ar-teriorrafia carotídea, a infecção é um desfecho temido, principalmente quando se utiliza re-mendo de material sintético.OBJETIVO: Mostrar a incidência de infecção em remendos sintéticos na arteriorrafia carotí-dea, discutindo aspectos relacionados à sua escolha.TIPO DE ESTUDO: Análise retrospectiva dos casos de endarterctomia carotídea operadosde Janeiro de 2005 a maio de 2009.LOCAL: Hospital e Maternidade Celso Pierro da Pontifícia Universidade Católica de Campi-nas, hospital terciário de atendimento público e privado.AMOSTRA: levantamento retrospectivo 2006 a junho 2009 com 113 casos de endarterecto-mia carotídea, 77 homens, 36 mulheres, uso de remendo em 41 pacientes (36,2%)PROCEDIMENTOS: EM BRANCOVARIAVEL: Incidência de infecção com uso de remendo de PTFEMÉTODO ESTATÍSTICO: analise retrospectivaRESULTADOS: Não ocorreu caso de infecção em remendo protético (PTFE)CONCLUSÃO: O uso de remendo de PTFE em endartectomia carotídea é seguro e com bai-xo índice de infecção. Em comparação com a utilização de remendo de veia safena, acre-ditamos que o remendo de PTFE tem as vantagens de apresentar menor tempo cirúrgico, epreservar a veia safena como conduto para outras possíveis revascularizações em pacientearteriopata, e seguro com relação a infecção no pós operatório, sendo o material de escolhaem nosso serviçoDESCRITORES: carótida, aterosclerose, endarterctomiaFONTES DE FOMENTO: Próprios autoresCOMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Não houve consulta por se tratar de levantamento re-trospectivoCONFLITO DE INTERESSES: Não houve conflito de interesses

TLO-032EFEITOS DO EXTRATO DE COPAIBA NAS LESÕES RENAIS DE ISQUEMIA EREPERFUSÃO NO TECIDO RENAL: ESTUDO EXPERIMENTAL EM RATOS.

SOARES, B.L.F., FREITAS, M.A.L., SAAD, P.F., MOURA, J.C., NEVES, P.C.F., SAAD, K.R.,MEDEIROS, M.A., SEGUNDO, B.M.

LIGA ACADÊMICA VASCULAR DO VALE DO SÃO FRANCISCO – LAVASF / UNIV.FEDERAL DO VALE S. FRANCISCO

CONTEXTO: A reperfusão tecidual pode provocar sérios danos ao órgão isquêmico no queé conhecido como síndrome de isquemia e reperfusão(SIR). O uso preprocedural do extra-to de copaíba tem demonstrado em ensaios experimentais recentes potencial efeito citopro-tetor em modelos in vitro e in vivo no tecido renal. Decidimos estudar seus potenciais efei-tos num modelo transversal isquemia e reperfusão. OBJETIVO: Estudar os efeitos do ex-trato de copaíba num modelo de SIR no tecido renal de ratos. TIPO DE ESTUDO: EnsaioClínico Aleatório Prospectivo em Animais de Experimentação.LOCAL: Laboratório de Mor-fologia da UNIVASF.AMOSTRA: Dezoito ratos da espécie Wistar outbred, adultos, machos,entre 90-120 dias e 250 e 350g divididos em três grupos de seis. A amostragem foi porsorteio aleatório simples. Os procedimentos laboratoriais foram realizados sem o conhe-cimento de qual grupo era proveniente a amostra. PROCEDIMENTOS : Em todos os ra-tos houve preparo cirúrgico pré-operatório e anestesia com Cetamina e Xilazina . No Gru-po Sham foi realizada laparotomia com exposição da aorta por 90min. O Grupo Controleteve a aorta infra-renal clampeada por 30min, sendo então reperfundida por 1h. No Gru-po de Estudo realizou-se procedimento cirúrgico idêntico ao grupo controle, exceto pelainfusão de extrato de copaíba (0,67mg.kg) imediatamente antes da reperfusão. Sequen-cialmente foram colhidas amostras séricas para estudo bioquímico, seguindo-se nefrecto-mia esquerda para analise sob microscopia ótica simples e a eutanásia com dose anesté-sica letal.VARIÁVEL: Primárias: a)Lesão Histológica renal. Secundárias: Dosagens séricasde DLH,CPK,Lactato,potássio,cálcio,uréia e Creatinina. MÉTODO ESTATÍSTICO: Análisede variância de Kruskal-Wallis e teste de Mann-Whitney.RESULTADOS: Na Análise His-tológica não houve diferença estatística entre os grupos Estudo e Controle em relaçãoao Sham entre as amostras quanto ao grau de dessaranjo e necrose tecidual (Sh>Et=Ct(p=0.036)). Não houve diferença estatística nas variáveis secundarias no grupo estudo emrelação ao grupo controle(Et=Ct>Sh(p=0,586)).CONCLUSÃO: O uso do extrato de copaí-ba, na dose, via de administração e no modelo experimental utilizado não atenuou as re-percussões histológicas da SIR em tecido renal de ratos submetidos ao modelo experi-mental utilizado. Não houve beneficio do uso desta técnica quanto aos aspectos bioquí-micos. DESCRITORES: Isquemia e reperfusão; Ratos; Rim; precondicionamento isquêmi-co.FONTES DE FOMENTO: LAVASF.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Aprovação proto-colo 029.09 CEP-UNIVASF.CONFLITO DE INTERESSES: Nenhum

Temas Livres Orais J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLO-033EFEITOS DO PRECONDICIONAMENTO ISQUÊMICO COM CLAMPEAMENTOAORTICO INFRA-RENAL: MODELO EXPERIMENTAL EM RATOS.

SOARES, B.L.F., SEGUNDO, B.M., MEDEIROS, M.A., SILVA NETO, A.L., MENDONCA,H.S., SANTOS, H.A.S., SAAD, P.F., CREONCIO, S.C.E.

LIGA ACADÊMICA VASCULAR DO VALE DO SÃO FRANCISCO – LAVASF / UNIV.FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Sequencialmente foram colhidas amostras séricas para estudo bioquímico, seguindo-se ne-frectomia esquerda para analise sob microscopia ótica simples e a eutanásia com doseanestésica letal.VARIÁVEL: Primárias: a)Lesão Histológica renal. Secundárias: Dosagensséricas de DLH,CPK,Lactato,potássio,cálcio,uréia e Creatinina. MÉTODO ESTATÍSTICO:Análise de variância de Kruskal-Wallis e teste de Mann-Whitney.RESULTADOS: Na AnáliseHistológica houve diferença estatística entre os grupos Estudo e Sham em relação ao Contro-le entre as amostras com grau II e IV de dessaranjo e necrose tecidual (Ct>Et=Sh (p=0.028)).Não houve diferença estatística nas variáveis secundarias no grupo estudo em relação aogrupo controle(Et=Ct>Sh(p=0,766)).CONCLUSÃO: O Precondicionamento isquêmico atenu-ou as repercussões histológicas da SIR em tecido renal de ratos submetidos ao modeloexperimental utilizado. Não houve beneficio do uso desta técnica quanto aos aspectos bi-oquímicos.DESCRITORES: Isquemia e reperfusão; Ratos; Rim; precondicionamento isquê-mico.FONTES DE FOMENTO: LAVASF.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Aprovação pro-tocolo 027.09 CEP-UNIVASF.CONFLITO DE INTERESSE: Nenhum.

TLO-034ESTÍMULO CERVICAL TÉCNICA GODOY &AMP; GODOY NO TRATAMENTO DOLINFEDEMA PRIMÁRIO CONGÊNITO

GODOY, J.M.P., GODOY, M.F.G.

CLÍNICA GODOY E FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSE DO RIO PRETO-FAMERP-BRASIL

CONTEXTO: O linfedema afeta milhões de pessoas em todo mundo e permanece nesse no-vo milênio como mais um dos desafios a ser enfrentado pela medicina. Sua evolução pa-ra elefantíase constitui na forma mais grave da doença e as dificuldades no tratamento sãomaiores principalmente em países carentes. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é re-latar uma nova abordagem de tratamento clínico ambulatorial e intensivo do linfedema nasua forma elefantíase em população carente. TIPO DE ESTUDO: Ensaio clínico, prospectivoe quantitativo. LOCAL: Clinica Godoy e Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto-FAMERP. AMOSTRA: Foram avaliados aleatoriamente, 11 membros em 8 pacientes, grauIII- elefantíase, sendo 3 bilateral e 5 unilateral. Foram 3 do sexo masculino e 5 do femini-no com idades entre 28 e 66 anos. O diagnóstico do linfedema foi clínico. Critérios de in-clusão, linfedema grau III, sem presença de infecção, por ordem de chegada no centro detratamento onde todos foram convidados a participar. A exclusão foi linfedema grau I e II.PROCEDIMENTO: Foi realizada uma forma intensiva de tratamento com duração de 6 a 8horas diária em nível ambulatorial. O tratamento incluiu: drenagem linfática mecânica utili-zando RAGodoy® por período de 6 a 8 horas por dia associado a estimulo cervical técnicaGodoy & Godoy por período de 20 minutos por dia ,drenagem linfática manual técnica Godoy& Godoy por período de uma hora por dia e associado a mecanismo de contenção uma meiafeita artesanalmente com tecido de gorgurão, tecido de baixa elasticidade. A avaliação foi fei-ta pela perimetria e considerada as três maiores medidas antes e após um mês tratamento.ANÁLISE ESTATÍSTICA: Para análise estatística foi utilizado teste t pareado considerandoerro alfa de 5% . RESULTADOS: As reduções volumétricas foram significantes neste períodode tratamento, teste t pareado valor p=0.001. CONCLUSÃO: O tratamento intensivo ambula-torial do linfedema é uma opção em todos os tipos de linfedema, porém na forma elefantiasi-ca permite grandes perdas de volume em curto período de tempo.DeCS: Linfedema, tratamentoCOMITE DE ETICA EM PESQUISA: Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto Pro-cesso: 134/04CONFLITO DE INTERESSES: Os autores declaram que não há conflito de interesses.

TLO-035ESTUDO ANATÔMICO DA IRRIGAÇÃO DO ÂNGULO HEPÁTICO DO COLO

SILVA, L.M.T.P., GUSMÃO, L.C.B., PORCIÚNCULA, W.R.

UFAL/FAMED

INTRODUÇÃO: FARINA (1957), BROESIKE (1958), TESTUT & LATARGET (1965),HOLLINSHEAD (1966), EHRART (1973), CASTRO (1974), WOLF (1974), GARDNER etal (1975), GRAY & GOSS (1977), HAMILTON (1982), SNELL (1984), GUYTON (1997) eDANGELO & FATTINI (2002), referem que o ângulo hepático do colo é irrigado pela arcadaanastomótica formada pelo ramo ascendente da artéria cólica direita com o ramo direito daartéria cólica média.Quando a artéria cólica direita está ausente, seu território passa a ser irrigado pelo ramo as-cendente da artéria ileocólica, que então se anastomosa com o ramo direito da artéria cólicamédia, irrigando o ângulo, sendo tal fato relatado por WOODBURNE (1984) e mostrado porAGUR & LEE (1993).OSBURN & GARDNER (1971), referem que o ângulo hepático do colo é irrigado pela artériacólica direita.MOORE (2001) cita que o ângulo é nutrido pelas artérias ileocólica e cólica direita.MÉTODO: Foram realizadas dissecções em quarenta (40) peças anatômicas de cadávereshumanos fixados em fomaldeído a 10%, de ambos os sexos, pertencentes ao Departamentode Morfologia da Universidade Federal de Alagoas.OBJETIVO: Apresentar dados sobre a irrigação do ângulo hepático do colo, a fim de propor-cionar conhecimentos anatômicos mais detalhados a respeito deste tema.RESULTADOS: Observou-se que o ângulo hépatico do cólon apresentou-se na maior partedos casos (42,5%) sendo irrigado pela arcada anastomótica formada pelo ramo ascendenteda artéria cólica direita com o ramo direito da cólica média, seguindo-se estasticamente daanastomose entre o ramo direito da artéria cólica média e o ramo ascendente da artéria ile-ocólica em 27,5% dos casos. Os ramos ascendente e descendente da artériacólica direitanutriram o ângulo na porcentagemde 22,5%; já a anastomose entre os ramos dereito e es-querdo da artéria cólica irrigou o ângulo em 7,5% das peças estudadas.CONCLUSÕES: O ângulo hepático do colo apresentou-se como uma região que pode rece-ber irrigação a partir dos seguintes ramos da artéria mesentérica superior: artéria cólica mé-dia, artéria cólica direita e artéria ileocólica. Dentre estas, predomina a participação da artériacólica média, presente em 77,5% de todas as peças dissecadas. Já anastomose mais pre-valente ocorreu entre o ramo ascendente da artéria cólica direita e o ramo direito da artériacólica média.

TLO-036ESTUDO DO COMPORTAMENTO BIOLÓGICO DE ENXERTOS DE CARÓTIDASDESCELULARIZADOS COM DEOXICOLATO DE SÓDIO EM OVINOSCORAL, F.E., PATRIANI, A.H., VIEIRA, E.D., RODERJAN, J.G., MANTOVANI, L.M., COSTA, F.D.A.

PUC-PR

4) CONTEXTO: Doença arterial oclusiva aterosclerótica pode levar a incapacidade e perda de mem-bros. Na maioria destes pacientes há a necessidade de cirurgia vascular reconstrutiva. Os enxertosautólogos são os de primeira escolha, principalmente nas cirurgias em vasos de pequeno diâmetro(<6mm), mas estes nem sempre estão disponíveis. Na busca de um substituto vascular adequado foiintroduzido o processo de descelularização, formando-se um conduto vascular com matriz extracelu-lar viável, capaz de recelularização e com baixa antigenicidade.(5) OBJETIVO: Avaliar, comparativamente, o comportamento biológico de homoenxertos de carótida“a fresco” e descelularizado implantados em carótidas de carneiros.(6) TIPO DE ESTUDO: estudo experimental prospectivo(7) LOCAL: Hospital Veterinário da PUC-PR(8) AMOSTRA: 22 carneiros, com idade de 4,7 ± 0,7 meses e peso de 37,1 ± 1,3 Kg. Os animais fo-ram divididos em 02 grupos: 1)Grupo controle: 11 carneiros nos quais foram implantados homoenxer-tos de carótidas “a fresco”. 2) Grupo estudo: 11 carneiros nos quais foram implantados homoenxertosde carótidas descelularizados(9) PROCEDIMENTOS implante de homoenxertos de carótidas descelularizados e “a fresco” emcarótidas de ovinos(10) VARIÁVEL: análise macroscópica (sinais de infecção no sítio cirúrgico, aderências em torno doenxerto, consistência do enxerto através da palpação e presença de trombos intraluminais); microscó-pica (presença de células, organização da matriz extracelular, hiperplasia intimal, presença de cristaisde cálcio) e com eco-Doppler colorido (tipo de ondas, diâmetro do vaso, espessura da parede anteriore posterior, presença de sombra acústica e fluxometria) em 1, 4, 12 e 24 semanas pós implante(11) MÉTODO ESTATÍSTICO: descritivo(12) RESULTADOS: Na primeira semana, 3 animais de cada grupo, apresentavam enxertos ocluí-dos, sendo estes retirados do estudo. Não houve espessamento significativo da parede, dilatação,presença de sombra acústica e nem alteração de fluxo nas anastomoses e no interior dos enxertostanto nos descelularizados como nos “a fresco” avaliados com eco-Doppler colorido. No grupo con-trole e no grupo estudo haviam aderências nos enxertos bem como nas artérias nativas, sendo queintensas após 4,12 e 24 semanas e frouxas nos enxertos explantados após 1 semana. Não haviacoleções líquidas em torno dos enxertos explantados. Não havia sinais de calcificação à palpação enem trombos intraluminais no explante. Os enxertos descelularizados foram sendo repovoados comcélulas do receptor, enquanto os enxertos “a fresco” foram perdendo suas células, durante a avali-ação microscópica.(13) CONCLUSÃO: quanto à parte histológica, funcional e física, os dados obtidos sugerem que es-tes enxertos descelularizados tenham um potencial promissor. Os enxertos “a fresco” evoluíram comdesconfiguração estrutural e perda de suas células.(14) DESCRITORES: enxertos vasculares de pequeno diâmetro, descelularização, engenharia de te-cidos.(15) FONTES DE FOMENTO:(16) COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Comitê de Ética em Uso de Animais da PUC-PR, parecernúmero 179/07

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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TLO-037EXERCÍCIOS ATIVOS UTILIZANDO DISPOSITIVO FACILITADOR NOTRATAMENTO DO LINFEDEMA

GODOY, M.F.G., OLIANI, A.H., GODOY, J.M.P.

CLÍNICA GODOY E FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSE DO RIO PRETO-FAMERP-SP-BRASIL

CONTEXTO: Para o tratamento do linfedema não há uma terapia única de consenso, porémé recomendada a sua associação. Uma terapia sugerida são os exercícios, entretanto, umadas dificuldades quanto aos exercícios é o controle na sua execução, onde o desenvolvi-mento de dispositivos facilitadores pode facilitar este controle e estabelecer uma propos-ta especifica de exercícios ao paciente. OBJETIVO: Objetivo do presente estudo é avali-ar a redução do volume de linfedema de membro superior em pacientes pós-tratamento decâncer utilizando dispositivo facilitador. TIPO DE ESTUDO: Ensaio Clínico, prospectivo equantitativo. LOCAL: Clinica Godoy e Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto-FAMERP. AMOSTRA: Foram selecionadas de forma aleatória 21 mulheres com linfedemade membros superiores pós-tratamento cirúrgico e radioterápico de câncer de mama. Critéri-os de inclusão diagnostico de linfedema membro superior pós tratamento do câncer de ma-ma, sem presença de infecção, critérios de exclusão linfedema por outra causa e infecção.PROCEDIMENTO: A avaliação foi feita pela volumetria antes e imediatamente após cadaexperimento. As pacientes foram submetidas a uma série de exercício ativo com uso de dis-positivo facilitador durante doze minutos, com intervalos de três minutos no período de umahora em posição sentada com o alinhamento da coluna torácica. O membro linfedematosofoi mantido a contenção de gorgurão. O dispositivo ativo para o exercício é denominado debarra móvel de flexão, é fixo a uma base de metal de 30cm de altura e em uma bancada cujoa distância de 10 cm do corpo. ANALISE ESTATISTICA: Para analise estatística foi utilizadoo teste t pareado, considerando erro alfa de 5%. RESULTADOS: A média do volume inicialfoi de 2089,9 ml e a final de 2023,0 mL com perda média de 66,9 mL sendo significante es-tatisticamente com valor p<0,001. CONCLUSÃO: Conclui-se que exercícios ativos utilizandodispositivos facilitadores podem contribuir na redução do volume do membro com linfedema.DeCS: Linfedema, tratamento, exercícioCOMITE DE ETICA EM PESQUISA: Instituto de Biociências de São Jose do Rio Preto-UNESPProcesso: 11/07CONFLITO DE INTERESSES: Os autores declaram que não há conflito de interesses.

TLO-038FREQÜÊNCIA E PERFIL DAS AMPUTAÇÕES PRIMÁRIAS DECORRENTES DEINDICAÇÃO PÓS-TRAUMÁTICA.

SENEFONTE, F.R.A., COVRE, M.R., JAFAR, M.B., COMPARIN, M.L., ANDRADE, F.A.M.,ROSA, G.R.P.S., MALDONADO, G., SENEFONTE, F.R.A., BISPO, M.A.F., FELICIO, A.C.,CUNHA, G.A.N., PEREIRA, A.C., SAYD, W.C., HELEGDA, C., NASSER, E.A.

SERVIÇO DE ANGIOLOGIA, CIRURGIA VASCULAR E ENDOVASCULAR DA SANTACASA DE CAMPO GRANDE-MS.ANGIOCENTRO

CONTEXTO: Vivemos num período de epidemia do trauma. A amputação de indicaçãotraumática incide em uma população jovem e economicamente ativa com repercussão one-rosa no âmbito sócio-econômico, tornando-se um problema de saúde pública.OBJETIVO: Conhecer a casuística de amputações traumáticas realizadas na Santa Casa deCampo Grande, MS, entre 2005 e 2008.TIPO DE ESTUDO: Estudo de prevalência, descritivo longitudinal e retrospectivo.LOCAL: Estudo realizado na Santa Casa de Campo Grande-MS, em pacientes internadospelo SUS, hospital de nível terciário.AMOSTRA: Amostragem de conveniência, realizada com revisão sistemática de prontuáriosde pacientes submetidos a amputações de membros inferiores e/ou superiores cuja indi-cação foi trauma incompatível com reconstrução. Foram excluídas os pacientes que já che-garam amputados no pronto socorro.VARIÁVEIS: Avaliou-se nível de amputação, faixa etária, sexo e escala do sistema MESSpara indicação de amputação traumática.MÉTODO ESTATÍSITICO: Utilizou-se o teste qui-quadrado e o teste exato de Fisher consi-derando um intervalo de confiança de 95%.RESULTADOS: Foram realizadas 108 amputações no período, na faixa etária de dois mesesa 78 anos, com média de 36,7 ± 12 anos e mediana de 35 anos. Houve predomínio do sexomasculino com 72% da casuística e nível de amputação mais executado foi de amputaçõesmenores (pododáctilos e quirodáctilos). A causa mais freqüente foi lesão decorrente de aci-dente de trânsitoCONCLUSÕES: as amputações traumáticas atingiram uma população jovem e produtiva,conforme demonstrada na literatura, com predomínio dos acidentes de trânsito com lesõesortopédicas e neurológicas associadas.DESCRITORES: amputação, desarticulação, trauma.

TLO-039INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS NO MEMBRO SUBMETIDO Ä EXÉRESE DE VEIASAFENA MAGNA PARA REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

BERNARDI, W.H., BELCZAK, C.E.Q., TYSZKA, A.L., GODOY, J.M.P., RAMOS, R.N.,BELCZAK, S.Q., BERNARDI, W.H., CAFFARO, R.A.,

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO

OBJETIVO: Avaliar as intercorrências clínicas nos membros submetidos a retirada da veiasafena magna por técnica de incisões escalonadas para sua utilização como enxerto venosona revascularização do miocárdio.MÉTODOS: Selecionou-se aleatoriamente 44 pacientes submetidos a revascularização domiocárdio utilizando a veia safena magna retirada por incisões escalonadas há mais de 3meses. Critérios de exclusão: retirada da veia safena magna de ambos os lados; safenec-tomia prévia do membro contralateral; etiologias de edema de causas sistêmicas, tais comocardíacas, renais , tireoideanas, hepáticas e insuficiêncoia venosa nos membros inferiores,representada por varizes exuberantes com ou sem alterações tróficas. Foram avaliados asseguintes variáveis: idade, sexo, diabetes, tempo de cirurgia, presença de intercorrências,como edema, parestesias, infecção, linforréia, erisipela e trombose venosa profunda. A avali-ação foi clínica e o diagnóstico do diabete foi feito pelos exames do pré-operatório para cirur-gia. Para análise estatística foram empregados o teste qui-quadrado, teste exato de Fisher eteste t de Student, considerando erro alfa de 5%.RESULTADOS: O tempo entre avalização e cirurgia foi de 3 a 187 meses, com média 47,3+ ou - 42,5 meses. Detectou-se 25% de infecção no leito da safena, edema em 52,3% doscasos, parestesia em 29,5%, erisipela em 9,1%, linforréia em 4,5% e trombose venosa pro-funda em 2,3%. Não houve associação entre diabetes com as intercorrências.CONCLUSÃO: A exérese escalonada da veia safena magna para revascularização do mi-ocárdio não elimina as intercorrêncoias clínicas no leito da safena, como parestesias, in-fecção e edema.

TLO-040MORBIMORTALIDADE NA CIRURGIA DE ENDARTERECTOMIA DE CARÓTIDAWERNER LV, CÉSAR LAZG, MEGA LCF, MENECHINO NP, COLATRELI NP, PEREIRA MAE,COSTA PER, ALIOTI R.

Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular da Santa Casa de Ribeirão Preto-SP.

Contexto: Devido à grande incidência de AVC na população mundial e sendo esta doença uma dasmaiores causadoras de morte e invalidez na população, o estudo dos casos de pacientes submetidosà endarterectomia de carótida torna-se cada vez mais importante visto que 20 a 30% dos casos dadoença são causados pela obstrução da carótida extra-craniana. Através deste estudo, tentamos au-xiliar a literatura na avaliação das complicações e da mortalidade decorrentes deste procedimento nonosso serviço.Objetivo: Revisar os casos submetidos à endarterectomia de carótida unilateral e demonstrar a pre-valência das complicações nos 60 pacientes operados neste serviço entre o período de Janeiro de2007 e Abril de 2009.Tipo de Estudo: estudo de prevalência.Local: Hospital Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto; instituição terciária com atendimentopúblico e privado, na qual os pacientes estavam internados na enfermaria da especialidade.Amostra: Foram selecionados todos os casos de pacientes submetidos à endarterectomia de carótidaoperados no serviço, sendo que todos apresentavam obstrução unilateral da artéria carótida maiorque 60%, ou maior que 50% com sintomatologia relacionada à doença.Variável: Foi analisada apenas uma variável: complicações inerentes ao procedimento de endarte-rectomia de carótida. São estes: morte, episódios novos de AIT, AVC, crises hiertensivas, hiperfluxocerebral, rouquidão, disfagia, hematoma e infecção de ferida operatória.Resultados: A porcentagem de complicação nos 60 pacientes analisados foi: morte 1,66% (1 caso),AVCh 1,66% (1 caso), AVCi 0%, IAM 0%, AIT 1,66% (1 caso devido à hiperplasia intimal), hiperfluxocerebral 8,33% (5 casos), crise hipertensiva 15% (9 casos), rouquidão 10% (6 casos), disfagia 3,33%(2 casos), hematoma 11,66% (7 casos), infecção de ferida operatória 3,33% (2 casos).A causa do óbito no único caso ocorrido foi devido à AVCh, sendo computado nas estatísticas dasduas complicações. Também foram colocadas nas estastísticas de duas complicações 1 caso de he-matoma associado à infecção de ferida operatória, 1 caso de disfagia e rouquidão e 1 caso de hiper-fluxo cerebral e crise hipertensiva.Na avaliação geral das complicações decorrentes à cirurgia de endarterectomia de carótida, houve-ram 30 pacientes que tiveram complicações, ou seja, 50% dos pacientes operados. Ao ser analisadoa mortalidade em relação ao procedimento, observou-se a porcentagem de 1,66% de casos (1 paci-ente).Todos os pacientes mantiveram acompanhamento ambulatorial por no mínimo 6 meses após o pro-cedimento.Conclusão: Através dos dados coletados pelo nosso serviço, demonstramos a baixa mortalidade ine-rente ao procedimento, e que as demais complicações ocorridas são de baixa morbidade, sendo com-pensadas pelo grande favorecimento do paciente pelo procedimento.Descritores: endarterectomia, carótida, angioplastia.Fontes de Fomento: nenhuma

Temas Livres Orais J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLO-041OS EFEITOS DO ALPROSTADIL E DA PENTOXIFILINA NA SÍNDROME DEISQUEMIA E REPERFUSÃO NO TECIDO RENAL DE RATOS.SOARES, B.L.F., MEDEIROS, M.A., FREITAS, M.A.L., SAAD, P.F., SEGUNDO, B.M., SILVA NETO,A.L., PITTA, G.B.B., MIRANDA JÚNIOR, F.

LIGA ACADÊMICA VASCULAR DO VALE DO SÃO FRANCISCO – LAVASF / UNIV. FEDERAL DOVALE DO SÃO FRANCISCO

CONTEXTO: A isquemia e reperfusão renal(SIR) é um evento presente em cirurgias como o trata-mento cirúrgico dos aneurismas da aorta em nível supra-renal e os transplantes renais. Apesar doprogresso no conhecimento fisiopatológico sobre a SIR, pouco se progrediu no tratamento. Estudossugerem um efeito citoprotetor do uso do alprostadil e da pentoxifilina na SIR renal. OBJETIVO: Ave-riguar os efeitos do alprostadil e da Pentoxifilina na lesão de isquemia e reperfusão renal em ra-tos.TIPO DE ESTUDO: Ensaio clínico aleatório, prospectivo, intervencionista, em animais de expe-rimentação.LOCAL: Laboratório de Morfologia da UNIVASF.AMOSTRA: 30 ratos da espécie Wistar,adultos, machos, entre 90-120 dias e 250 e 350g, divididos em cinco grupos de seis por sorteio.PROCEDIMENTOS: No Grupo Operação Simulada (Sh), foi realizado isolamento da aorta, sem is-quemia ou reperfusão. Após 30 minutos, realizamos infusão de solução salina fisiológica a 0,9% e,uma hora depois, coletada amostra de sangue para estudo sérico e realizada nefrectomia à esquer-da para estudo histológico, seguida de eutanásia com dose anestésica letal. No Grupo Controle (Ct),realizou-se o procedimento cirúrgico normalmente e, após clampeamento da aorta supra-renal por 30minutos, infundiu-se a solução de soro fisiológico a 0,9%. Passada uma hora, procedeu-se às cole-tas e eutanásia. No Grupo Pentoxifilina (Px), promoveu-se o mesmo trâmite do Grupo Ct, exceto pelainfusão de 40mg.Kg-1 de Pentoxifilina em substituição ao soro fisiológico. No Grupo Alprostadil (Al),promoveram-se os mesmos trâmites dos Grupo Ct e Px, exceto pela infusão de 20mcg.Kg-1 de al-prostadil, após o que se deu início ao período de reperfusão de 1h. No grupo Al-Px, realizamos proce-dimento idêntico ao Ct, exceto pela infusão de alprostadil(20mcg.kg) e pentoxifilina (40mg.kg) imdeia-tamente antes da reperfusão. Após este período foram coletadas amostra de sangue e realizado ne-frectomia esquerda, após o que procedemos a eutanásia com dose anestésica letal. Em todos os ra-tos houve preparo cirúrgico pré-operatório e anestesia com Cetamina e Xilazina.VARIÁVEL: Primária:a) Lesão histológica renal; Secundária: Analise bioquímica sérica, através da mensuração dos níveisSéricos de DLH, CPK, Lactato, Potássio, Cálcio, Uréia e Creatinina. MÉTODO ESTATÍSTICO: Análi-se de variância de Kruskal-Wallis e o teste do qui-quadrado.(12) RESULTADOS: Na Análise Histoló-gica, houve atenuação das lesões teciduais nos grupos Al-Px e Al em relação aos demais grupos, en-tre as amostras com grau III e IV em comparação aos demais grupos (Ct=Px>Al-px=Al=Sh)(p=0,036).Os resultados de CPK (p=0,026), Lactato (p=0,034), Potassio(p=0,022) e Bicarbonato(p=0,044) foramsignificativamente mais altos após a Síndrome de isquemia e reperfusão no Grupo Ct e Px em relaçãoao Grupo Al, e deste em relação aos grupos Sham e PCI(p=0,013). Os dados do Grupo Al-Px nãotiveram significância estatística comparativa. CONCLUSÃO: O Alprostadil atenuou as repercussõeshistológicas e parte das bioquímicas em tecido renal de ratos. A associação do alprostadil com pento-xifilina não alterou os resultados histológicos.DESCRITORES: Isquemia e reperfusão; Isquemia; Pen-toxifilina; Precondicionamento Isquêmico; Ratos; Rim.FONTES DE FOMENTO: LAVASF. Aprovaçãoprotocolo 033.09 CEP-UNIVASF.CONFLITO DE INTERESSE: Nenhum.

TLO-042OS EFEITOS DO ALPROSTADIL E DO PRECONDICIONAMENTO ISQUEMICONA LESÃO DE ISQUEMIA E REPERFUSÃO EM TECIDO RENAL DE RATOSSOARES, B.L.F., MENDONCA, H.S., MEDEIROS, M.A., SEGUNDO, B.M., SILVA, A.L., FREITAS,M.A.L., SAAD, P.F., SANTOS, H.A.S.,

UNIVASF - UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SAO FRANCISCO

CONTEXTO: Sérios danos teciduais podem ser provocados ao órgão isquêmico através da reper-fusão. Tal fenômeno é conhecido como síndrome de isquemia e reperfusão (SIR). A despeito doprogresso no conhecimento fisiopatológico, pouco se progrediu no tratamento da SIR. O pré-con-dicionamento isquêmico (PrCI) parece atuar como fator de proteção na SIR. Decidimos estudar osefeitos do Alprostadil e do PrCI na SIR renal em ratos.OBJETIVO:Descrever os efeitos do Alpros-tadil num modelo experimental de pré-condicionamento isquêmico em tecido renal de ratos sub-metidos à clampeamento aórtico infra-renal.TIPO DE ESTUDO: Ensaio Clínico Aleatório Prospecti-vo em Animais de Experimentação.LOCAL: Laboratório de Morfologia da UNIVASF.AMOSTRA: Vin-te e quatro ratos Wistar outbred, adultos, machos, entre 90-120 dias e 250 e 350g divididos emquatro grupos de seis animais. O calculo da amostra foi arbitrado baseado em trabalhos seme-lhantes na literatura. A amostragem foi por sorteio aleatório simples. Os procedimentos laborato-riais foram realizados de forma aleatória simples. Os animais foram provenientes do biotério daUNIVASF.PROCEDIMENTOS: Em todos os grupos houve preparo cirúrgico pré-operatório e aneste-sia com Cetamina e Xilazina. No Grupo Sham foi realizada laparotomia com exposição da aorta por90min. O Grupo Controle foi realizado clampeamento aórtico infra-renal por 30min e reperfusão por60 minutos. No Grupo de Estudo PrCI realizou-se precondicionamento isquêmico num procedimentocom 5 tempos (A-B-C-D-E) onde A, C e E correspondem ao clampeamento da aorta infra-renal por2min e B e D a intervalos em que o clamp foi retirado por 2 min. Após E, foi realizado clampeamen-to aórtico infra-renal, dando início ao período de isquemia de 30 minutos. Em seguida, procedeu-sedesclampeamento e reperfusão por 60 minutos O Grupo de Estudo Alprostadil-PrCI foi submetidoa todo o procedimento cirúrgico do Grupo PrCI, porém anteriormente a reperfusão, infundiu-se Al-prostadil (20mcg.kg IV). Sequencialmente foram colhidas amostras séricas para estudo bioquímico,seguindo-se nefrectomia esquerda para analise sob microscopia ótica simples e a eutanásia com do-se anestésica letal.VARIÁVEL: Primárias: a)Lesão Histológica renal. Secundárias: Dosagens séricasde DLH,CPK,Lactato,potássio,cálcio,uréia e Creatinina. MÉTODO ESTATÍSTICO: Análise de variân-cia de Kruskal-Wallis e teste de Mann-Whitney.RESULTADOS: Não houve diferença estatística en-tre os resultados da análise bioquímica sérica, exceto pelos níveis de CPK e Potássio, que foramsignificativamente mais altos após a Síndrome de isquemia e reperfusão no Grupo Controle em re-lação aos Grupos Sham, PrCI e Alprostadil-PrCI(p=0,02) . Na Análise Histológica houve diferençaestatística entre os grupos Alprostadil e Alprostadil-PrCI e Controle entre as amostras com grau IVde dessaranjo e necrose tecidual (Ct>Al>Al-PrCI=Sh (p=0.032)).CONCLUSÃO:O Alprostadil e o PrCIatenuam as repercussões histológicas e parte das bioquímicas em tecido renal de ratos submetidosao modelo experimental utilizado. Os efeitos protetores histológicos foram maiores no grupo PrCI-al-prostadil.DESCRITORES: Isquemia e reperfusão; Alprostadil; Ratos; Rim; precondicionamento isquê-mico.FONTES DE FOMENTO: LAVASF.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Aprovação protocolo024.09 CEP-UNIVASF.CONFLITO DE INTERESSES: Nenhum.

TLO-043PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO NOMUNICÍPIO DE PETROLINA - PE

SOARES, B.L.F., MEDEIROS, M.A., FREITAS, M.A.L., MENDES, B., PEREIRA, E.V.,GALHARDO, A.M., MOURA, J.C.,

UNIVASF - UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SAO FRANCISCO

CONTEXTO: Eventos traumáticos no Brasil constituem-se na primeira causa de morte nasprimeiras quatro décadas de vida. Dentre os tipos de traumatismo, o cranioencefalicoconstitui-se num dos traumas associados a uma maior morbimortalidade. O pacto pela vida,movimento social encabeçado pelo ministério da saúde em conjunção com vários segmen-tos da saúde, busca estratégias para combater esta epidemia, dentre elas a produção deconhecimento regionalizado, com vistas a formulação de estratégias de combate específi-cos para cada região. Em recente estudo na Lituania observou-se que a população me-nos escolarizada apresentou entre 3,2 e 3,37 vezes mais eventos traumáticos se compa-rados com uma população com nível universitário o que reafirma a relação entre baixaescolaridade e o aumento do número de traumas. OBJETIVO: Determinar o perfil da es-colaridade dos pacientes que deram entrada no pronto-socorro da cidade de Petrolina/PEvítimas de trauma. TIPO DE ESTUDO: Estudo prospectivo de coorte transversal do tipoinquérito epidemiológico. LOCAL: Hospital Dom Malan, hospital terciário, publico, Petrolina-PE. AMOSTRA: Amostragem aleatória simples consecutiva de 1875 pacientes atendidos nopronto-socorro. PROCEDIMENTOS: aplicação de formulário com questionamento epidemi-ológicos de identificação, hábitos e atitudes de risco, exame físico na entrada do PS, evo-lução nas primeiras 24h e lesões identificadas e estratificadas de acordo com escore de trau-ma AIS (abreviated índex score) e ISS (injury severity score) VARIÁVEL: Primaria: presençade trauma crânioencefalico e grau de instrução Secundaria: uso de álcool, gravidade da lesão(AIS e ISS).MÉTODO ESTATÍSTICO: Teste de qui-quadrado para variáveis não-parametri-cas. RESULTADOS: Nos eventos por projetís de arma de fogo houve 66,1% dos pacien-tes com ensino fundamental incompleto (EFI), 8,47% com ensino superior completo (ESC).Nas agressões físicas 54,28% dos pacientes com EFI, 9,52% com ensino fundamental com-pleto(EFC), 11,4% com ensino médio completo (EMC), 9,5% com ensino médio incompleto(EMI). Acidentes familiares: 73% com EFI, 6,4% com EMC ; 6,8% com EMI. Nos acidentesautomobilísticos tem-se: 9,02% com EFC, 43,83% com EFI, 21,9% com EMC, 7,7% EMI e8,28% como SA. Nos acidentes de trabalho há: 9,28% com EFC, 48,57% com EFI, 17,14%com EMC, 10% com EMI e 8,57% como SA. Nos eventos com arma branca houve 56,41%com EFI, 10,25% com EFC e 11,53% como SA. Nos acidentes por quedas tem-se: 46,64%com EFI, 10,05% com EMC e 27,31% como SA. CONCLUSÃO: Os resultados reafirmaram arelação entre baixa escolaridade e aumento da incidência de trauma. DESCRITORES: TCE;trauma; politraumatismo; trauma cranioencefalico. FONTES DE FOMENTO: os pesquisado-res. COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: CEP UNIVASF, processo n° 12/2004. CONFLITODE INTERESSES: Nenhum.

TLO-044REATIVIDADE MICROVASCULAR EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUSTIPO 1

PEREIRA, T.C.A., HAUSEN, M.A., MANSANO-MARQUES, C.M., HALFOUN, V.L.R.C.,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE3 JANEIRO

Objetivo: Avaliar se há diferença de resposta microcirculatória à isquemia induzida pela vide-ocapilaroscopia dinâmica (VCD), por meio da análise de medida da área do segmento trans-verso capilar (ASTC) em pacientes com diabetes melito tipo 1 (DMT1). Métodos: A reativi-dade vascular do ASTC foi estudada pela VCD usando o teste de hiperemia reativa em 61voluntários, sendo 31 controles sadios sem história familiar de diabetes (Grupo 1) e 30 pa-cientes com DMT1, sem complicações (Grupo 2). As imagens foram capturadas a cada doissegundos, durante a reperfusão após um minuto de isquemia induzida, e analisadas peloprograma Studio Version 8 e Motic Image Plus. O segmento transverso pré-isquemia (áreabasal, AB), a área máxima pós-isquemia (área máxima, AM) e o tempo para alcançá-la fo-ram medidos durante a reperfusão, e o percentual de incremento foi estimado. Resultados:As principais diferenças entre os grupos foram avaliadas pelo teste t. As médias comparati-vas entre os grupos foram avaliadas pelo teste Mann-Whitney. Não houve diferença na áreabasal entre os dois grupos. O percentual de incremento foi significativamente menor entre ospacientes diabéticos e houve um aumento significativo no ASTC entre os pacientes do Grupo2 quando comparados com o Grupo 1. Conclusões: Os dados sugerem que o diabetes tipo1 provoca disfunção endotelial precoce, antes mesmo de complicações degenerativas seremdetectadas clinicamente. Os fatores que levam a estas alterações necessitam de estudosadicionais.

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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TLO-045USO DA TERMOGRAFIA DIGITAL POR RAIOS INFRAVERMELHOS NOMONITORAMENTO E ACOMPANHAMENTO DE COMPLICAÇÕES INFECCIOSASNOS PÉS DE PACIENTES DIABÉTICOS.FREITAS, M.A.S., BRIOSCHI, M.L., JULIÃO, M.C.C.

CENTRO DE TERMOLOGIA CLÍNICA ETHOS/INFRAREDMED

CONTEXTO: A neuropatia dos membros inferiores que acompanha a evolução dos pacientes di-abéticos pode determinar modificações na arquitetura muscular e no arranjo osteoarticular dos pés,tornando-os mais planos e com pontos de pressão plantar vulneráveis às ulcerações. A sensibilidadedolorosa dos pés e as respostas vasomotoras cutâneas também são afetadas, prejudicando a per-cepção da dor e do eritema. A temperatura é um bom indicador para a infecção nos pés, entretanto,o limite térmico de percepção de variações de térmicas pela mão humana oscila por volta de 2º C.Pelas dificuldades descritas, infecções como celulites, linfangites e osteomielites podem passar des-percebidas ou não valorizadas adequadamente pelo examinador, retardando a antibioticoterapia e/oua indicação cirúrgica. A termografia digital por infravermelhos é um método extremamente sensívelàs modificações de temperatura, sem interferência do contato direto, que reproduz imagens anatômi-cas e avalia pequenas modificações na temperatura cutânea, na ordem de 0,1º C ou menos. Assim,o exame pode, por mudanças térmicas sutis, indicar a presença de infecções nos pés dos pacientesdiabéticos em fases iniciais.OBJETIVO: Apresentar um método para obter imagens térmicas sem contato e em tempo real pormeio da captura e processamento da radiação infravermelha emitidas pelos pés de pacientes diabé-ticos, visando o diagnóstico e o acompanhamento de lesões infecciosas.TIPO DE ESTUDO: Estudo de casos, prospectivo, não randomizado.LOCAL: Trabalho realizado em instituição privada em regime ambulatorial.AMOSTRA: Foram examinados com termografia digital por infravermelhos os pés de 10 (dez) paci-entes diabéticos com suspeita de complicações infecciosas iniciais localizadas.VARIÁVEIS: Foram avaliadas a morfologia, o diferencial térmico e a extensão das lesões suspeitasnos pés dos pacientes diabéticos, comparando-as ao membro contralateral, tanto para o diagnósticocomo para o acompanhamento. Os exames ocorreram antes do tratamento e, seqüencialmente, maisduas vezes após 15 e 45 dias. O RX simples dos pés foi obtido em todos os pacientes do estudo,bem como a análise microbiológica de fragmentos teciduais intra-operatórios.RESULTADOS: O diagnóstico foi feito e os tratamentos iniciados quando as imagens mostraram di-ferencial térmico maior ou igual a 1º C, ou mudanças morfológica muito importantes. Nenhum doscasos avaliados e tratados necessitou de amputações maiores. Foram submetidos à amputação me-nor e ressecção de ossos do pé 05 (cinco) pacientes por suspeita de osteomielite (50%) onde trêsdestes apresentaram confirmação de flora microbiana ativa nos fragmentos teciduais intra-operatórios(60%). No seguimento pós-operatório de 03 e 06 meses, nenhum dos pacientes operados apresentouosteomielite residual ou recidiva da infeccção.CONCLUSÕES: A identificação de complicações infecciosas nos pés dos pacientes diabéticos é mui-to importante para se evitar descompensações metabólicas, septicemias ou amputações maiores.A termografia digital por raios infravermelhos demonstrou ser muito sensível e específica para o di-agnóstico precoce e o acompanhamento terapêutico deste grupo de pacientes.DESCRITORES: termografia, raios infravermelhos, diabetes mellitus, osteomielite, pé diabéticoFONTES DE FOMENTO: nãoCONFLITO DE INTERESSES: não

TLO-046COMPARAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA AMPUTAÇÕES MAIORES EMENORES EM PACIENTES DIABÉTICOS DE UM PROGRAMA DE SAÚDE DAFAMÍLIALYRA, L.C.B., ASSUMPÇÃO, E.C., MACEDO, A.C.L., MENDONÇA, G.B., ALBUQUERQUE, L.C.A.,LYRA, L.C.B., ARRUDA, L.S.M., TIMBÓ, R.M., PITTA, G.B.B., BUARQUE, T.L.L.

UNCISAL

CONTEXTO: As complicações decorrentes do pé diabético, principalmente, as amputações de mem-bros inferiores, são causas importantes de internações hospitalares de pacientes diabéticos. A insu-ficiência vascular periférica ocorre mais precocemente nesses pacientes. A coexistência de neuropa-tia, isquemia, e imunodeficiência favorece o desenvolvimento de infecções nos membros inferiores,que, se não tratadas adequadamente, podem levar a amputações e até a morte.OBJETIVO: Avaliar a ocorrência e os fatores de risco para amputações maiores e menores em paci-entes diabéticos de uma Comunidade de baixa renda.TIPO DE ESTUDO: Transversal e descritivo.LOCAL: Unidade de Programa de Saúde da Família Virgem dos Pobres III, localizado na Avenida RuiPalmeira, Trapiche da Barra, Maceió-AL.AMOSTRA: 93 pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipos I ou II cadastrados no Programa deSaúde da Família Virgem dos Pobres III. Foram excluídos pacientes menores de 18 anos, gestantes,índios e aqueles com distúrbios psiquiátricos.PROCEDIMENTOS: Foram examinados 93 pacientes com o diagnóstico de diabetes melito, sendoavaliada a realização ou não de amputações de membros inferiores. As variáveis analisadas foram:sexo, idade, tipo do diabetes, pressão arterial, amputação prévia (se maiores ou menores), alteraçõesdermatológicas, alterações de pulsos arteriais pedioso e tibial posterior, deformidades e neuropatia, eforam classificados de acordo com a classificação de Wagner e de Texas.VARIÁVEL: Variáveis primárias - Amputações maiores e menores em pacientes portadores de Dia-betes Mellitus. Variáveis secundárias: Sexo, faixa etária.MÉTODO ESTATÍSTICO: Para avaliar a interdependência entre as variáveis citadas, utilizou-se oteste de Fisher. A decisão estatística foi feita com base no valor descritivo do teste (valor de p). Naanálise multivariada utilizou-se o odds ratio (OR) como medida de associação.RESULTADOS: Do total de 93 pacientes, 4,30% (4/93) evoluíram para algum tipo de amputação demembros inferiores, sendo que desses 75% (3/4) foram do sexo feminino, 25% (1/4), do sexo mascu-lino. A média de idade dos pacientes submetidos à amputação foi de 61,75 anos. O relato de ampu-tação prévia foi verificado em 50% (2/4). Do total de amputações 50% foram amputações maiores e50% a amputações menores. 3,2% (3/93) apresentaram história de úlcera prévia. Na avaliação der-matológica dos pés, apenas 16,1%(15/93) não apresentavam alterações dermatológicas; enquantoque 83,9%(78/93) tinham algum tipo de alteração.CONCLUSÃO: Evidenciou-se que a neuropatia, a ocorrência de úlcera prévia e a doença arterial pe-riférica são fatores de risco para amputações, e que essas amputações ocorrem mais freqüentementeem pacientes diabéticos com idade superior a 60 anos. Além disso, percebeu-se a importância daatenção adequada à saúde exercendo fator decisivo, reduzindo o impacto previsto da doença.DESCRITORES: Amputações maiores e menores; Pé diabético; Diabetes Mellitus.FONTES DE FOMENTO: Não houveCOMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Comitê de Ética em Pesquisa da UNCISA, processo número895.CONFLITO DE INTERESSES: Não há conflitos de interesses.

TLO-047PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ACOMETIDOS POR PÉDIABÉTICO NA ASSOCIAÇÃO DOS DIABÉTICOS DE ITABUNA – ASDITA

CAMPELO, R.C., SANTOS, I.A.S., ROCHA, R.M., PINTO, L.R.M., ARAÚJO, M.,

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

RESUMO: O Diabetes Melittus (DM) é uma doença que possui diversas complicações e co-morbidades no seu curso natural. A condição do pé diabético ocorre, em média, após 10anos da doença e é grande responsável pelas amputações nos portadores de DM. Diver-sos fatores de risco envolvidos nas complicações do paciente diabético foram pesquisadosneste estudo de prevalência através da busca de 214 prontuários da Associação dos Diabé-ticos de Itabuna, entidade com cerca de 1000 pacientes atendidos desde a sua criação, em1980, com o objetivo de conhecer a freqüência com que ocorrem. Os resultados mostrarammaior prevalência para a hipertensão arterial (64%), infecções (32,7%) e neuropatia (21%).INTRODUÇÃO: A condição de pé diabético é caracterizada pela presença de ulceração einfecção ou destruição dos tecidos profundos associadas a anormalidades neurológicas e avários graus de doença vascular periférica nos membros inferiores de pacientes diabéticos.A neuropatia, a isquemia e a disfunção da microcirculação são componentes da gênese dopé diabético. Em países que realizam a prevenção primária, a prevalência de úlceras no pégira em torno de 2 a 7%. Existem evidências suficientes de que a assistência ao diabéticodeve estar contextualizada de acordo com os fatores de risco do paciente e focada semprena prevenção, seja ela primária ou secundária. Este trabalho tem como objetivo identificar edescrever a freqüência das principais alterações envolvidas com o pé diabético. MÉTODO:Foi realizado um estudo do tipo descritivo, retrospectivo, com coleta dos dados nos prontuá-rios da instituição no período entre setembro de 2007 a agosto de 2008. A ASDITA possuiaproximadamente 1000 pacientes cadastrados. Após o cálculo do tamanho da amostra, fo-ram recrutados, aleatoriamente, 214 prontuários de pacientes diabéticos que foram analisa-dos integralmente. Os diversos dados foram colhidos seguindo um formulário padronizadoe consolidados em planilhas eletrônicas do programa Microsoft Excel® e depois submeti-dos à estatística descritiva com cálculo de médias e desvio-padrão. RESULTADOS: Dentreos 214 prontuários coletados, 136 (63,55%) pertenciam a pacientes do sexo feminino comtempo médio de acompanhamento na instituição de 5,55 anos (±4,66). Os pacientes apre-sentaram uma idade média de 63 anos (±13,18) com tempo médio de diagnóstico do diabe-tes de 10,84 anos (±7,63). Duzentos e quatro pacientes (95,33%) eram portadores de dia-betes tipo II. O grau de escolaridade dos pacientes foi avaliado e apresentou os seguintesnúmeros: 66 (30,84%) analfabetos; 77 (35,98%) possuíam apenas o ensino fundamental; 13(6,07%) possuíam ensino médio; 3 (1,40%) possuíam ensino superior e; em 55 prontuários(25,70%) a informação sobre escolaridade estava indisponível. Os fatores de risco pesqui-sados apresentaram as seguintes freqüências: hipertensão arterial, 64,02%; acometimentorenal, 16,36%; história de infecção, 32,71%; história de trauma, 9,35%; neuropatia, 21,03%;isquemia, 6,07%; úlceras, 12,62%; amputação, 5,14%; deformidades, 4,67%; e calosidades,7,48%. CONCLUSÃO: A hipertensão arterial, as infecções e a neuropatia são as comorbida-des mais prevalentes entre os pacientes atendidos na ASDITA.

TLO-048O USO DO ALPROSTADIL EM PACIENTES DIABÉTICOS COM ISQUEMIACRÍTICA.MAIALU RODRIGUES AMBROSIO, JACKSON SILVEIRA CAIAFA, BRUNO MIANA CAIAFA.

EsPÉcial Clínica dos Pés.

CONTEXTO: A Diretriz da SBACV sobre Pé Diabético diz: “Entende-se como pé diabético a presença de pe-lo menos uma das alterações neurológicas, vasculares e infecciosas que podem ocorrer no pé do pacienteportador de diabetes.”A Microangiopatia e a Polineuropatia Sensitivo-Motora Distal do diabético são os fatores etiopatogênicos maisimportantes no desenvolvimento das lesões tróficas, respondendo com a infecção, por até 85% das ampu-tações. Isso limita o papel das revascularizações aos casos de isquemia clinicamente significativa – cerca de20% dos diabéticos, tornando o papel do tratamento clínico/ medicamentoso fundamental, onde o uso de umvasodilatador potente e eficaz é, muitas vezes, decisivo no salvamento dos pés desses pacientes.OBJETIVO: Mostrar a eficácia do Alprostadil e sua importância como adjuvante no tratamento cirúrgico, e suaeficácia no tratamento clínico, em pacientes sem condições de revascularização, nefropatas e, principalmen-te, sua ação na microangiopatia diabética.TIPO DE ESTUDO: Relato de 3 casos.LOCAL: Instituições Privadas - Terciárias.DESCRIÇÃO DOS CASOS: Caso 1: Masculino, 77 anos, diabético, com cianose súbita em 3º pododáctilodireito. Negava trauma ou dor.Exame físico: pulsos femoral D 4+/6, E 3+/6, poplíteo D 3+/6, demais pulsos ausentes, bilateralmente. Extre-midades aquecidas. Cianose não fixa do 3º pododáctilo D.Comorbidades: Coronariopata, Nefropatia e Neuropatia Sensitiva Diabética, DAOP.Internado emrgencialmente para uso de Alprostadil - 80 microgramas/dia, por 16 dias. Alta hospitalar com re-solução completa, sem intercorrências.Caso 2: Masculino, 48 anos, diabético, atendido com gangrena do hálux E. Iniciou a lesão após traumatismoem hálux, que infectou e não respondeu aos antibióticos evoluindo com gangrena do dedo e infecção ascen-dente para ante-pé.Exame físico: pulsos femorais 6+/6, poplíteo D 5+/6, E 4-5+/6, tibiais posteriores 3+/6, pediosos 1-2+/6. Gan-grena úmida do hálux direito, infecção ascendente para dorso e região anterior plantar, odor fétido e secreçãopurulenta.Comorbidades: HAS, DAOP.Submetido emergencialmente a amputação do hálux e debridamento com drenagem do abscesso. Iniciou usode Alprostadil - 80 microgramas/dia, por 28 dias. Evoluindo com melhora da perfusão local, vasodilatação,aceleração da granulação e cobertura óssea, sem intercorrências hemodinâmicas. Apresentou flebite super-ficial discreta.Caso 3: Masculino, 63 anos, diabético, apresentando lesão em terceiro pododáctilo D, infecção ascendentepara ante-pé e secreção purulenta, iniciada por provável trauma.Exame físico: pulsos femorais 5+/6, poplíteo D3+/6, E 4+/6, tibial posterior D 2+/6, E 3+/6, pediosos ausentes.Claudicante para 150m. Terceiro pododáctilo direito com edema, hiperemia, drenando secreção purulenta.Comorbidades: Coronariopata, Nefropatia Diabética, DAOPSubmetido emergencialmente a amputação do terceiro pododáctilo e metatarso D, com drenagem de se-creção purulenta, e tratado com Alprostadil 80 mcg/dia, por 7 dias, com melhora da perfusão local, vasodila-tação, aceleração da granulação e cobertura óssea, sem intercorrências.DESCRITORES: LILACS, MEDLINE, ADOLEC.FONTES DE FOMENTO: Não.CONFLITO DE INTERESSES: Sem conflito de interesses.

Temas Livres Orais J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLO-049RESULTADO DOS EXAMES DOS PÉS DE DIABÉTICOS REALIZADOS NO IFÓRUM DE APOIO AO DIABÉTICO

ARAÚJO, L.P.N., MELO, D.J.S., LEUTENEGGER, I.A., FERNANDES, L.A., GOMES, M.A.,MELO, D.F.C., LIMA, L.V.S., CHAVES, G.T., FLORES, G.É.C.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

O Diabetes Mellitus é uma doença de amplitude mundial; estima-se que existam cerca de 11milhões de diabéticos no Brasil e 90 mil em Alagoas. Diversas complicações estão associ-adas a essa doença, as principais são: cegueira, doença renal terminal e amputação não-traumática de membros, esta aparecendo com freqüência de até dez vezes maior em diabé-ticos do que em não-diabéticos. Segundo a OMS, pé diabético é a infecção, ulceração outambém destruição dos tecidos profundos dos pés, associada a anormalidades neurológicase vários graus de doença vascular periférica. Esta complicação pode ser detectada precoce-mente, sendo, por isso, essenciais as medidas de atenção primária aos pacientes portadoresde Diabetes Mellitus. Diante da relevância do tema, objetivou-se realizar triagem de pés di-abéticos em risco, executada durante o “Fórum de Apoio ao Diabético”, evento esse organi-zado pela Liga Acadêmica de Diabetes da UFAL (LADUFAL), o qual aconteceu por ocasiãodo Dia Mundial do Diabetes do ano 2008, no Hospital Universitário Professor Alberto Antu-nes (HUPAA) da UFAL. O atendimento ambulatorial para a triagem ocorreu por demandaespontânea dos diabéticos participantes do Fórum, sendo excluídos os pacientes com am-putação bilateral. Neste evento utilizou-se ficha de triagem para avaliação clínica do pé di-abético, adaptada do Consenso Internacional sobre Pé Diabético, a partir da qual, quaisquerdos itens que se mostrassem presentes na avaliação indicariam pé em risco. Os itens pes-quisados foram: presença de deformidade ou proeminência óssea, úlceras, neuropatia, calo,calçado inadequado, perda da mobilidade articular, pulsação das artérias dos pés, palidezà elevação do membro e amputação. Além desses, foram coletados outros dados comple-mentares, como idade, sexo e tempo de diagnóstico de Diabetes Mellitus. Dos 27 pacientesavaliados, 20 eram do sexo feminino (74,1%) e 7 do sexo masculino (25,9%), sendo a médiade idade de 57 anos. Indagados sobre o tempo de diagnóstico de diabetes mellitus, 11 pa-cientes (40,7%) se localizaram no intervalo de 4 meses a 5 anos concluídos , 7 (25,9%) node 6 a 10 anos concluídos e 7 (40,7%) com mais de 10 anos de diagnóstico, sendo o tempomáximo de 25 anos; 2 pacientes (7,4%) não souberam informar o dado. Ao exame dos mem-bros inferiores, o pulso pedioso não foi palpável em 7 pacientes (25,9%) e o tibial posterior,em 4 (14,8%); 15 (55,6%) apresentaram sensibilidade diminuída ao diapasão. Identificaram-se calosidades em 6 pacientes (22,2%) e 7 (25,9%) relataram úlcera prévia. Portanto, foramidentificados os pés diabéticos em risco evidenciando-se a importância da triagem periódicana rede de atenção primária à saúde para a prevenção de tais complicações. Descritores: PéDiabético; Diabetes Mellitus; Atenção Primária à Saúde; Programas de Rastreamento.

TLO-050PERFIL BACTERIOLÓGICO E SENSIBILIDADE ANTIMICROBIANA DEPACIENTES COM LESÃO DO TIPO PÉ DIABÉTICO INFECTADO OU MISTO,SUBMETIDOS À DESBRIDAMENTO CIRÚRGICO E/OU AMPUTAÇÃONASSAR FILHO, A., CRIVELLARO, M.A.C., BRIGIDIO, E.A., PEREZ, S.T., CHAHESTIAN, C.,MARQUEZ, C.Q., CASTRO, C.H.A., CAVALCANTI, A.B.B.D.A., LIMA, A.P.M., MANTOVAN, T.C.,MYAMORA, F.,

SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DO CONJUNTO HOSPITALAR DO MANDAQUI – SP

Contexto: Lesões do tipo pé diabético são causa de grandes incapacitações e de motivos de consul-ta em pronto-socorros principalmente em populações mais carentes, sendo responsáveis por grandenumero de internações e procedimentos cirúrgicos nos grandes centros médicos.Objetivo: análise do perfil bacteriológico dos pacientes portadores de lesão do tipo pé diabético infec-tado submetido à desbridamento cirúrgico e/ou amputação e determinação de sensibilidade antimi-crobiana, no período de fevereiro de 2008 a abril de 2009 no Conjunto Hospitalar do MandaquiTipo de estudo: retrospectivo transversalLocal: Conjunto Hospitalar do Mandaqui, Hospital Público de atendimento Terciário, referencia da Zo-na Norte da cidade de São Paulo-SP.Amostra: Pacientes submetidos a desbridamento cirúrgico ou amputação de membro devido lesão dotipo pé diabético infectadoProcedimento:Variavel: estratificados pacientes que tiveram resultado de cultura de material colhido durante proce-dimento cirúrgico, com crescimento bacterianoMétodo estatístico: distribuição percentualResultados: de fevereiro de 2008 a abril de 2009, 50 pacientes foram submetidos à desbridamentocirúrgico e/ou amputação devido lesões do tipo pé diabético com diagnostico posterior de infecçãobacteriana no Conjunto Hospitalar do Mandaqui. Desses, 66% eram do sexo masculino e 34% eramdo sexo feminino. Associado à diabetes, 54% eram hipertensos, 22% tabagistas, 8% ex-tabagistase 10% portadores de DAOP. Foram colhidos amostras (secreção ou tecido) durante procedimentocirúrgico conforme técnicas preconizadas, tendo como resultado presença de flora mista em 30% doscasos. Os microrganismos encontrados mais frequentemente foram Enterococcus faecalis (21,21%),Staphylococcus aureus (16,66%), Escherichia coli (10,6%), Pseudomonas aeruginosa (7,57%), En-terobacter sp (7,57%). Demais microrganismos totalizaram 36,39% das infecções. Observamos umalto índice de resistência aos antibióticos usados como terapia inicial nas lesões suspeitas de in-fecção, como ampicilina (50% de resistência), ciprofloxacina (39,39%), cefalexinas de primeira ge-ração (28,78%), penicilina (27,27%).Conclusão: Tais resultados, apesar de preliminares, demonstram necessidade de revisão quanto aotratamento inicial com antibióticos de lesões infectadas do tipo pé diabético, alem da necessidade decampanhas informativas quanto à importância da vigilância e higiene de feridas em extremidades emembros em portadores de diabetes.Descritores: Pé Diabético / agentes antibacterianos/ isolamento & purificação de bactérias / Compli-cações Diabéticas VascularesFontes de fomento: nenhumaCOMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Em conformidade com a COREME e Centro de Estudos do Con-junto Hospitalar do Mandaqui.Conflito de interesses: nenhum

TLO-051CLACS GUIADO PELO VEINVIEWER: NOVA TERAPIA PARA TRATAMENTOESTÉTICO VENOSO DOS MEMBROS INFERIORES (EXPERIÊNCIA DE 4 ANOS)

KIKUCHI R, DUARTE FH, OBA CM, MIYAKE RK.

CLÍNICA MIYAKE

INTRODUÇÃO: A maior preocupação dos procedimentos estéticos é a segurança. O custoeconômico e social de uma complicação causada por um procedimento estético é incalculá-vel. Nosso grupo tem associado o laser à escleroterapia desde 1995 e, hoje, novos equipa-mentos de laser transdérmico são capazes de realizar fototermolise seletiva. Desde 2005,estudamos a realidade aumentada (VeinViewer) aplicada à flebologia. Observamos que amaioria das telangiectasias têm no mínimo uma veia nutrícia, muitas vezes não visível. A es-cleroterapia pode ocluir uma veia nutrícia não visível através de sua conexão com uma veiavisível. Entretanto, o laser transdérmico tem um efeito focal nas veia nutrícias que é potenci-alizado pelo uso da realidade aumentada.OBJETIVO: Descrever e discutir uma novo tratamento para veias varicosas com auxilio darealidade aumentada. A escleroterapia é realizada sem agentes que possam causar emboliaou anafilaxia.MÉTODO: As sessões de Cryo-Laser e Cryo-Sclerotherapy (CLaCS) iniciam-se com docu-mentação fotográfica. A princípio as veias nutrícias são identificadas pelo VeinViewer e tra-tadas do seguinte modo: 1064nm Nd:YAG (novo Harmony – Alma lasers), 6mm diâmetro dospot, duraçao de pulso de 40msec e 100 a 140J/cm2 de fluencia (ao menos um disparo acada 5mm). As telangiectasias são tratadas com o mesmo método. Veias nutrícias que per-manecem pérvias à realidade aumentada, após a sessão de laser, recebem uma segundapassada. As sessões são de 50 a 350 disparos de laser. Após cada sessão de laser, todasas veias tratadas são remapeadas com o VeinViewer. Segmentos não colapsados recebeminjeção de glicose. Todas as aplicações são realizadas com resfriamento da pele antes, du-rante e após aplicação.RESULTADO: A indicação de tratamento realizado imediatamente na primeira consulta au-mentou 35%; houve redução de 26% no número de sessões com o uso do Vein Viewer (me-dia de 3 sessões); aumento da satisfação dos pacientes; ausência de risco de anafilaxia;ausência de complicações como embolia, úlceras, crostas ou queimaduras de pele; aumentona referências de pacientes em 20%.CONCLUSION: CLaCS é um método seguro e efetivo. A presença de veias nutrícias é umpossível viés que deve ser considerado nas pesquisas com laser transdérmico. Na verdade,o uso do laser transdérmico (agora com auxilio da realidade aumentada) deve ser considera-do como mais uma opção terapêutica na flebologia.Descritores: Varizes, excleroterapia, telangiectasias, laser transdérmico

TLO-052VEIAS RETICULARES DA FACE: EXPERIÊNCIA DE SETE ANOS DETRATAMENTO.

DUARTE FH, KIKUCHI R, OBA CM, MIYAKE RK.

CLÍNICA MIYAKE

Introdução e Objetivo: Veias reticulares são um problema cosmético quando visíveis na face.Muitos médicos e pacientes não têm conhecimento que atualmente é possível realizar foto-termolise seletiva com os lasers transdérmicos. Os novos equipamentos de laser têm com-primento de onda de 1064 nm, pulsos de duração mais longo, spot de maiores diâmetros e,quando adequadamente regulado, não traz danos à pele. As veias faciais maiores têm pare-de fina, baixa pressão e a pele facial tem baixa absorção do laser. Além disso, a injeção deesclerosantes pode trazer complicaçõe. As veias reticulares da face requerem grande volu-me de esclerosante e, como não possuem válvulas e comunicam-se com o sistema venosointracraniano, hipoteticamente podem causar trombose do seio cavernoso. O objetivo destetrabalho é expor nossa experiência no tratamento a laser das veias faciais (2 a 3 mm).Materiais e Métodos: Todos os paciente foram fotografados ou filmados antes do tratamen-to. O equipamento de laser utilizado foi Nd:YAG 1064nm (Vasculight até 2002, Quantum até2005 ,e Harmony atualmente). A maioria das sessões foram realizadas com uma seqüênciade 6mm, 100j/cm2 com resfriamento da pele antes, durante e após as aplicações. Foram re-alizadas sessões intervaladas geralmente a cada duas semanas. Nenhum medicamento foiutilizado, eventualmente utilizamos gel.Resultados: Nosso serviço geralmente é procurado para o tratamento de afecções venosasdos membros inferiores. Em torno de 10% dos pacientes têm veias faciais que requerem tra-tamento. O maior tempo de seguimento é de cinco anos. Neste caso, clareamento completofoi obtido com duas sessões, sem recorrência. Equimoses ocorreram em menos de 2% dospacientes, e crostas na pele foram observadas em menos de 1% dos casos.Conclusão: O laser transdérmico é uma boa opção para o tratamento das veias reticularesda face.Descritores: laser transdérmico, veias reticulares, medicina estética.

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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TLO-053ANÁLISE DOS PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO CIRÚRGICOELETIVO PARA CORREÇÃO DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL INFRA-RENAL NO HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL.

MELO, R.C., NEVES JÚNIOR, M.A., SANCHES, B.C.F., ALMEIDA, C.C., FERNANDES,A.R., MORAES, F.R., MANZIONI, R., PETNYS, A., JACQUES, N.M.P., YWASAKI, M.L.S.,QUEDA, F.M., RABBONI, E.,

HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL

Contexto: O Aneurisma de Aorta Abdominal (AAA) é uma doença importante na prática doCirurgião Vascular, atingindo 2 a 4% da população em geral, numa proporção de 5 homenspara cada mulher.A mortalidade desses pacientes pode estar relacionada à ruptura do AAA,atingindo taxas entre 23 e 63%, enquanto a mortalidade operatória eletiva situa-se entre 1,6e 12%. Assim, essa doença deve ser tratada de forma eletiva antes que a ruptura aconteça.Objetivo: Analisar o tratamento cirúrgico do aneurisma de aorta abdominal infra-renal bemcomo as complicações precoces relacionadas ao procedimento cirúrgico e taxa de mortalida-de, de modo a melhorar o preparo pré-operatório destes pacientes.Tipo de estudo: Retrospectivo por análise de prontuárioLocal: Hospital do Servidor Público MunicipalAmostra: Pacientes internados no Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital doServidor Público Municipal com diagnóstico de Aneurisma de Aorta Abdominal infra-renal esubmetidos à correção cirúrgica no período de janeiro/2005 a dezembro/2008.Resultados: Do total de 20 pacientes operados, 17 (85%) eram homens e 3 (15%) mulheres.Destes, os principais fatores de risco foram hipertensão, tabagismo e dislipidemia (90%, 75%e 45% respectivamente). Cardiopatia prévia foi observada em 30% dos pacientes. Oito paci-entes (40%) utilizavam beta-bloqueador no período pré-operatório. Segundo a classificaçãode ASA e Goldman, 65% eram ASA 2 e 35% ASA 3; 40% Goldman 1, 55% Goldman 2 e 5%Goldman 3. A taxa de mortalidade foi de 10% (2 pacientes), sendo um por tromboemboliapulmonar e um por inafarto agudo do miocárdio.Conclusão: O aneurisma de aorta abdominal infra-renal é uma doença que necessita trata-mento com indicação adequada e execução precisa e cuidadosa para obtenção de bons re-sultados. Com este estudo reconhecemos as causas de complicações e mortalidade preco-ce dos pacientes submetidos à correção eletiva de aneurisma de aorta abdominal infra-renaloperados no Hospital do Servidor Público Municipal.Descritores: aneurisma de aorta abdominal, correção cirúrgica do aneurisma de aorta, mor-talidade peri-operatória.Fontes de Fomento: Não há financiamentoConflito de interesses: Não há conflito de interesses

TLO-054ANÁLISE RETROSPECTIVA DE TRATAMENTO ENDOVASCULAR DEANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL

GIOVANNA AZE ROCHA; ARMANDO LOBATO; SIDNEI GALEGO; DINO COLLI JÚNIOR;ANA PAULA RODRIGUES; KELLER SILVA; ALEXANDRE ZOPPI; ROBERT GUIMARÃES;HENRIQUE WESTEIN; TIAGO NOBRE; DUMITIU SAUCEDO

SERIÇO DE CIRURGIA VASCULAR E ENDOVASCULAR ARMANDO LOBATO

Análise retrospectiva do tratamento do Aneurisma de Aorta Abdominal no Instituto de Cirur-gia Vascular e Endovascular no período de 2006 a 2008.Galego SJ;; Rocha GA; Cunha AZ: Guimarães R; Santos KS;; Brito HW; Nobre T; RodriguesAP; Colli DF; Rodrigues AP; Lobato ACNeste trabalho foram analisados retrospectivamentoos aspectos técnicos e os resultados ini-ciais do tratramento do Aneurisma de Aorta Abdominal. Foram realizados 36 cirurgias sendo31 de modo endovascular e 5 de modo convencional.As indicações foram em pacientes assintomáticos 27 casos, em 2 casos por aneurisma rotoe 2 casos por aneurisma em expansãoForam realizadas de modo retroperitoneal em 2 casos , transperitoneal 2 casos. Os restantespreenchiam critérios técnicos e foram tratados por colocação de endoprótese .Foram inseridas 22.58% Talent, 22.58% Excluder, 16.12% Nano endoluminal, 3.22% Braile,9.67% Zenith, outros 25.80%.Houve sucesso técnico inicial em todos os casos de cirurgia convencional eletivo e óbito pre-coce ( < 7 dias) nos casos rotos. O tempo médio de hospitalização foi de 7 a 14 dias.A taxa de presença de vazamento foi de 11,1%, sendo 1 caso por tipo IB , corrigido comextensão distal e 3 com vazamento tipo II, sendo necessário apenas 1 caso com correçãoendovascular (utilização de material embolizante)Conclui-se que o tratamento do AAA nesta instituição independentemente da tática utilizadatêm-se mostrado resultados aceitáveis.

TLO-055ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL INFECTADO – DESAFIO DIAGNÓSTICO EPROPOSTA DE NOVA TÉCNICA CIRÚRGICA

MOREIRA, R.C.R., MIYAMOTTO, M., TRISTÃO, F.R., DIAS, A.P.

SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR E ENDOVASCULAR PROF DR ELIAS ABRÃO DECURITIBA-PR.

INTRODUÇÃO: Os aneurismas infectados são raros e a origem da infecção muitas vezesnão é identificada. A sua apresentação clínica inicial é geralmente inespecífica o que leva aoatraso no diagnóstico e consequentemente na indicação do tratamento. Os autores relatamum caso de aneurisma de aorta infectado com diagnóstico intraoperatório e descrevem umanova proposta de correção cirúrgicaRELATO DO CASO: L.O.A., 72 anos, sexo feminino. Paciente com quadro intermitente dedor abdominal inespecífica, vômitos e evacuações pastosas, com duração de duas semanas.Ao exame geral apresentava-se com os sinais vitais inalterados (afebril) e hipocorada +/4.Os exames de sangue evidenciaram elevação das provas de atividade inflamatória. A ultras-sonografia mostrou um aneurisma da aorta abdominal infra-renal além de esteatose hepáti-ca. A tomografia confirmou a presença do aneurisma, porém, sem evidências de ruptura. Apaciente foi submetida à laparoscopia para descartar isquemia mesentérica. Com suspeitade aneurisma inflamatório da aorta abdominal, a paciente foi submetida à exploração cirúrgi-ca, onde foi evidenciada a presença de infecção do aneurisma. Optou-se pela mudança daestratégia inicial com ressecção do aneurisma e revascularização extra-anatômica num se-gundo tempo. A técnica da derivação extra-anatômica utilizada foi confecção de uma ponteáxilo-unifemoral e anastomose das artérias ilíacas comuns de forma término-terminal, comligadura da aorta infrarenal. A paciente foi mantida sob antibioticoterapia prolongada especí-fica para Salmonella sp. e recebeu alta em boas condições.CONCLUSÃO: A necessidade de uma correção extra-anatômica para aneurismas de aortainfectados é bem estabelecida. A nova técnica foi desenvolvida em nosso serviço e apresen-ta algumas vantagens:- a abordagem a apenas uma das virilhas diminui significativamente o risco de complicaçõesde incisão, especialmente o risco de infecção, importante pela presença de um enxerto sinté-tico no local.- a perfusão do membro contralateral permanece dependente de artérias nativas, não sendonecessário o implante de um enxerto sintético adicional em configuração femoro-femoral.

TLO-056AVALIAÇÃO DA ESCALA DE PONTUAÇÃO EPASS COMO PREDITOR DEMORBIMORTALIDADE EM CIRURGIA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL.

MENEZES, F.H., SOUZA, V.M.G., FRANÇA, R.P.,

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP

Introdução: O aneurisma de aorta abdominal (AAA) tem apresentado aumento em sua pre-valência, principalmente na população mais idosa. A correção eletiva visa prevenir a rupturaque tem mortalidade superior a 78%. O cirurgião deve perseguir bons resultados quando indi-ca a cirurgia, uma vez que o objetivo da correção é o aumento da sobrevida em longo prazo.Um bom resultado depende da elegibilidade do paciente. Esta pode ser avaliada por esca-las padronizadas como o E-PASS, método de destaque na literatura atual por sua relativasimplicidade dos dados, ampla possibilidade de utilização no dia-a-dia do cirurgião vasculare a sua capacidade de avaliação do paciente no pré-operatório. Este escore é composto poravaliação do status fisiológico do paciente (PRS), do estresse cirúrgico (SSS) e de um índiceque pondera ambos (CRS). Nosso objetivo foi avaliar o método E-PASS nos doentes ope-rados no HC-UNICAMP, verificando se há significância nos dados fornecidos pelo escore eprocurando obter um valor para PRS, SSS e CRS que tenha boa sensibilidade e especificida-de na avaliação de risco de morbidade e mortalidade do doente, permitindo um planejamentoterapêutico que conduza aos melhores resultados.Materiais e Métodos: Levantamento de dados retrospectivo em prontuários daqueles subme-tidos a correção aberta de AAA entre 2000 e 2004 para aplicação do escore E-PASS. Em umsegundo momento foi feita análise dos dados com medidas de freqüência, estatísticas des-critivas e elaboração de curvas ROC para PRS, SSS e CRS versus mortalidade e morbidadepara obtenção dos pontos com maior sensibilidade (S) e especificidade (E).Resultados: Foram operados 138 pacientes eletivos, nenhum foi excluído. Destes 84% eramhomens e a idade mediana foi de 68 anos. O PRS médio de todos os pacientes que morre-ram foi de 0,94 e o CRS de 1,56, ao passo que os sobreviventes apresentaram 0,58 e 1,06respectivamente (teste t com p<0,01). Nas curvas ROC o ponto de corte para mortalidadecom maior S e E foi de 0,74 para o PRS e 1,23 para o CRS (S: 80%, E: 78%) e para morbi-dade 0,69 e 1,21 respectivamente (S: 76%, E: 70%).Conclusões: O E-PASS é um método eficaz para avaliação de risco cirúrgico de pacientessubmetidos à correção de AAA com pontos de corte com S e E altas. O PRS é uma ferra-menta capaz de prever boa ou má evolução do paciente ainda no pré-operatório colaborandona escolha da terapêutica mais conveniente.

Temas Livres Orais J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLO-057AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL E MORTALIDADE NO REPAROENDOVASCULAR DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL (EVAR)

SANTOS, M.R.G.A., LINHARES, C., JOVILIANO, E.E., PICCINATO, C.E.,

DIVISÃO DE CIRURGIA VASCULAR E ENDOVASCULAR DA FACULDADE DE MEDICINADE RIBEIRÃO PRETO - USP

INTRODUÇÃO: O reparo endovascular de aneurismaa de aorta abdominal é menos invasivoe tem menor mortalidade peri-operatória do que a cirurgia convencional. Uma relação entrea função renal e seguimento após reparo aberto de aneurisma já foi investigado mas há pou-cos trabalhos que avaliam a função renal após EVAR. Existem revisões que relatam menordano da função renal após EVAR, mas \Aa incidência de diálise são semelhantes à cirurgiaaberta.OBJETIVO: Avaliar alterações da função renal nos pacientes submetidos ao reparo endovas-cular de aneurisma de aorta abdominal.MATERIAS E MÉTODOS: Estudo descritivo, retrospectivo de todos os pacientes submetidosa procedimento de colocação de endoprótese vascular para correção de aneurisma de aor-ta abdominal e ilíacas no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2008 avaliando funçãorenal (dosagem sérica de creatinina e estimativa do clearance) no pós operatório imediato, 6meses e anualmente após a cirurgia.RESULTADOS: Foram estudados 44 pacientes com idade média de 71 anos (SD: 3,4). 36homens e 6 mulheres. 39 pacientes apresentavam função renal normal (Clearance maior que90). 6 pacientes apresentavam insuficiência renal leve (Clearance < 90 e maior que 75). 1 pa-ciente apresentava insuficiência renal moderada (Clearance < 50 e > 35). 2 pacientes apre-sentavam insuficiência renal pré-dialítica (Cl < 15). Todos os pacientes com alteração renalforam avaliados pela equipe da nefrologia e submetidos ao procedimento endovascular comdoses mínimas de contraste e medidas de proteção renal. Os 3 pacientes com insuficiênciarenal moderada e pré-dialíticos evoluíram para diálise durante a internação com piora agudada função renal mas com exames de imagem comprovando artérias renais pérveas. Um paci-ente com função renal normal evoluiu para insuficiência renal aguda com exame de imagemcomprovando migração da prótese e oclusão das renais. Mortalidade dos quatro pacientesdurante a internação secundária à pneumonia e choque séptico. Os pacientes com funçãorenal normal não apresentaram alteração da função renal e os pacientes com insuficiênciarenal leve também não apresentaram modificação da função renal.CONCLUSÕES: O reparo endovascular de aneurisma de aorta abdominal se consolida comouma alternativa adequada .Pacientes com alterações moderadas a graves na função renaltem sua evolução para diálise acelerada e a mortalidade é altíssima (durante a internação).A possibilidade de oclusão das renais com a endoprótese também é uma complicação possí-vel. Os pacientes que apresentaram função renal normal ou alterações leves, a médio prazo(3 anos) a deterioração da função renal foi semelhante a população com os mesmos fatoresde risco.Não há conflito de interessesPalavras chave: aneurisma aorta abdominal (AAA), endovascular, clearance de creatinina,insuficiência renal aguda (IRA).

TLO-058AVALIAÇÃO DE COMPLICAÇÕES PRIMÁRIAS E SEGUIMENTO NO REPAROENDOVASCULAR DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL (EVAR) -SEGUIMENTO DE 3 ANOS

LINHARES, C., SANTOS, M.R.G.A., PICCINATO, C.E., JOVILIANO, E.E., STORINO NETO,H.,

DIVISÃO DE CIRURGIA VASCULAR E ENDOVASCULAR DA FACULDADE DE MEDICINADE RIBEIRÃO PRETO - USP

INTRODUÇÃO: Desde que Parodi e colaboradores iniciaram há 15 anos sua experiênciacom reparo endovascular de aneurisma (EVAR), esta opção de tratamento ganhou aceitaçãoe aplicação como um método menos invasivo, sendo uma alternativa ao reparo de aneuris-mas de aorta abdominal. O reparo endovascular de aneurisma de aorta abdominal é realiza-do nesta instituição desde 2003 como casos isolados, mas à partir de 2006 este procedimen-to foi sistematizado.OBJETIVO: Uma revisão da experiência em três anos (2006 a 2008) no reparo endovascularde aneurisma de aorta abdominal no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ri-beirão Preto – USP.MATERIAS E MÉTODOS: Estudo descritivo retrospectivo (série de casos) de todos os paci-entes submetidos a procedimento de colocação de endoprótese vascular para correção deaneurisma de aorta abdominal e ilíacas no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2008para avaliar complicações primárias, endoleaks e mortalidade.RESULTADOS: Foram estudados 44 pacientes com idade média de 71 anos (SD: 3,4). 36homens e 6 mulheres. Os territórios acometidos foram: 21% com aneurisma de ilíaca, 58%com aneurisma de aorta e 21% com aneurisma aorta ilíaco. Foram utilizadas 3 tipos de próte-se Excluder (35) ,Talent (6) e Zenith (3). Reintervenção imediata foi realizada em 3 pacientes.1 apresentou endoleak tipo 1 (distal e proximal) corrigido via endovascular sem alteraçõesnas tomografias controle (6 meses e 1 ano). 2 pacientes foram submetidos a ponte femuro-femoral cruzado devido a impossibilidade de cateterizar a perna contralateral e oclusão deum dos ramos respectivamente. Seguimento de 2 anos com enxertos patentes e sem en-doleak. Um quarto paciente apresentou endoleak tipo 2 com programação de ligadura dashipogástricas em um segundo tempo. Óbito em 2 semanas devido à insuficiência renal agu-da. 3 pacientes (10%) tiveram endoleak tipo 2 na tomografia de 6 meses. Um foi submetidoa ligadura retroperitoneal da hipogástrica esquerda sem outros endoleaks (seguimento de 2anos) e 2 pacientes seguem em observação (octogenários com manutenção do diâmetro dosaco aneurismático). Na tomografia de 12 meses, 1 paciente (3%) apresentou endoleak tipo2, submetido a embolização da hipogástrica esquerda complementada com extensão. Houve3 óbitos internados (IRA + pneumonia) e 3 óbitos em 1 ano (pneumonia e Infarto agudo domiocárdio). Mortalidade de 15% em 3 anos. Não houve nenhum rompimento de aneurismasdeste pacientes submetidos a EVAR. CONCLUSÕES: Com a sistematização do método eseguimento adequado, o reparo endovascular firma como método de tratamento para aneu-rismas de aorta abdominal.Não há conflito de interessesPalavras chave: aneurisma aorta abdominal (AAA), endovascular, endoleak.

TLO-059DOENÇA ARTERIAL OCLUSIVA PERIFÉRICA COMO PREDITOR DECOMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS EM PACIENTES PORTADORES DEANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL

ALMIRO VIEIRA DE MELLO, FRANCINE C.DE CARVALHO, MARCELO KURZ SIQUEIRA,BONNO VAN BELLEN, CRISTIANO NUNES AGUIAR, JOÃO RICARDO MOREIRA;ANTÔNIO CARLOS DE ALENCAR JÚNIOR, WOLFGANG G.W. ZORN

Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo

CONTEXTO: A aterosclerose é a causa principal da doença arterial obstrutiva periférica(DAOP) e está associada à doença degenerativa do aneurisma da aorta abdominal (AAA).Vários estudos tentaram demonstrar a relação existente entre essas duas patologias, con-tudo não há trabalhos comparativos focalizando os fatores de risco relacionados com o tra-tamento cirúrgico de pacientes com doença aneurismática isolada e os com doença aneu-rismática e obstrutiva associada, tampouco avaliando a incidência de complicações da inter-venção terapêutica a curto e médio prazo.OBJETIVO: Estabelecer correlação da doença arterial oclusiva periférica como preditor decomplicações pós-operatórias em pacientes portadores de aneurisma de aorta abdominalTIPO DE ESTUDO: Retrospectivo.LOCAL: Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São PauloAMOSTRA: Foram avaliados os pacientes submetidos a correção cirúrgica do AAA no perío-do de Janeiro de 2001 a Setembro de 2005. Os pacientes foram reunidos em dois grupos:Grupo A (pacientes portadores de AAA) e grupo B (pacientes portadores de AAA e DAOP).VARIÁVEL:primária : doença arterial oclusiva periférica , aneurisma de aorta abdominal.secundária: idade, gênero e fatores de risco.RESULTADO: O grupo A, portadores de AAA, reuniu 76 pacientes e o grupo B, portadoresde AAA associado a DAOP, reuniu 24 pacientes. Os grupos eram comparáveis quanto à ida-de média, o gênero e os fatores de risco. Não houve diferença significante entre as com-plicações apresentadas no período intra-hospitalar: 16 (21,1%) no grupo A e 3 (12,5%) nogrupo B (p = 0,551). Contudo, os pacientes com DAOP apresentaram maior média de tempode internação: 13,38 ± 6,88 dias vs 10,04 ± 4,39 dias, respectivamente (p = 0,006). O tempomédio de seguimento extra-hospitalar, em meses, foi semelhante entre o grupo A e o grupoB: 27,86 ± 15,30 meses vs 26,29 ± 16,12 meses, respectivamente (p = 0,686). Os pacientescom DAOP apresentaram maior incidência de síndrome coronariana aguda: 5 (20,26%) paci-entes no grupo B vs 4 (6,5%) pacientes no grupo A (p = 0,039) e uma mortalidade por infartoagudo do miocárdio (p = 0,014).CONCLUSÃO: Os pacientes portadores de DAOP e AAA apresentam maior número de even-tos coronarianos e morte por IAM quando comparados aos pacientes com AAA apenas. Poreste motivo, os que apresentam doença associada representam um subgrupo com carac-terísticas clínicas especiais que deve ter uma avaliação pré-operatória mais cautelosa e umcontrole rigoroso dos fatores de risco a longo prazo.DESCRITORES: aterosclerose, aneurisma, complicações operatórias.FONTES DE FOMENTO: Nenhuma.COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA: Isento - pesquisa de banco de dados.CONFLITO DE INTERESSES: Nenhum.

TLO-060OCLUSÃO TARDIA DE RAMO DA PRÓTESE APÓS TRATAMENTOENDOVASCULAR DE ANEURISMAS DE AORTA ABDOMINAL INFRA-RENAIS

ESTEVES, F.P., RAZUK, Á., MARQUES, C.G., KAWAI, D.S., COSTA, R., NOVAES, G.,TELLES, G.J.P., PARK, J.H., FIORANELLI, A., FONSECA, C.F., KARAKHANIAN, W.K.,CAFFARO, R.A.,

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

CONTEXTO: O tratamento endovascular dos aneurismas de aorta abdominal infra-renaisvem se tornando uma realidade em nosso meio, com estudos demonstrando menor mortali-dade cirúrgica mesmo em pacientes de baixo risco. Nesse contexto uma das complicaçõesque se observa no seguimento desses pacientes é a oclusão de um dos ramos da prótese.OBJETIVO: Demonstrar a incidência e fatores relacionados à oclusão de ramo da endópró-tese no seguimento de pacientes submetido a a tratamento endovascular de aneurisma deaorta abdominal infra-renal.TIPO DE ESTUDO: estudo retrospectivo de análise de casosLOCAL: Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia de São PauloAMOSTRA: 154 pacientes operados entre 2004 e 2008VARIÁVEL: oclusão de ramo da próteseMÉTODO ESTATÍSTICO: não empregadoRESULTADOS: Em nossa experiência 11 (7%) pacientes evoluíram com oclusão de ramo daprótese, sendo que 6 desses foram tratados apenas com medidas clínicas, 3 foram submeti-dos a enxerto fêmoro-femoral cruzado e 2 casos foi tentada recanalização com angioplastiado ramo da prótese, esta não obtendo sucesso em um deles, com posterior realização deenxerto fêmoro-femoral cruzado. Pudemos verificar que os fatores de risco mais envolvidosna oclusão de ramo da prótese foram sexo feminino (provavelmente devido menor calibre daartéria) e embolização de ilíaca intrna com colocação de extensão para artéria ilíaca externa.ONCLUSÕES: A oclusão de ramo da prótese é uma complicação tardia do tratamento en-dovascular dos aneurismas de aorta abdominal infra-renais que tem incidência relativamentebaixa, podendo apresentar diferentes formas de resolução. Sexo feminino (devido menor diâ-metro das artérias) e oclusão de ilíaca interna com colocação de extensão para Ilíaca externasão fatores de risco que devem sempre ser levados em conta para o aparecimento dessacomplicação.DESCRITORES: Aneurisma de aorta, oclusão de ramo, endopróteseFONTES DE FOMENTO: Sem fontes de fomento.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Comitê de ética da Santa Casa de São PauloCONFLITO DE INTERESSES: Sem conflito de interesses.

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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TLO-061TRATAMENTO CIRURGICO CONVENCIONAL DO AAA – EXPERIENCIA DE 10ANOS

GUEDES, R.A.A., AGUIAR NETO, J.N.F., SOHSTEN, W.J.F.V., KOBAYASHI, A.R.,TEIXEIRA, F.R., SILVA, I.C.C., AGUIAR, D.C.P.,

HOSPITAL AGAMENOM MAGALHAES

Introdução: Os aneurismas de aorta abdominal (AAA) são os mais encontrados na praticaclinica, cerca de 70% dos pacientes são assintomáticos no momento do diagnostico, resul-tando em um numero elevado de rupturas de aneurismas e, conseqüente, mortalidade.No entanto, quando ocorre o diagnostico do AAA, mesmo que acidental, o tratamento cirúr-gico convencional proporciona elevados índices de sucesso com poucas complicações.Objetivo: Apresentar a experiência do serviço de cirurgia vascular do Hospital Agamenon Ma-galhães no tratamento desta patologia, ao longo dos últimos 10 anos, discutindo os resulta-dos, complicações e comparando com a literatura.Métodos e Resultados: De janeiro de 1999 a dezembro de 2008, todas as correções cirur-gicas convencionais de AAA realizadas serviço de cirurgia vascular do Hospital AgamenonMagalhães, foram analisadas as variaveis sexo, idade , comorbidades, sintomatologia e ta-manho do aneurisma no momento do diagnostico, o tipo de procedimento realizado, o peri-odo de internamento - avaliando o tempo medio de preparacao pré-operatoria, o periodo deUTI e o periodo pós-operatorio - alem das complicações que ocorreram para traçar o perfildesta patologia na nossa instituição.Conclusão: Os autores concluem que o tratamento convencional do AAA permanece sendouma opção devido aos bons resultados e baixa mortalidade que ocorrem nos serviços capa-citados a sua realização.

TLO-062TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ANEURISMA DE ARTÉRIA ILÍACAINTERNA EM PACIENTE LÚPICO: RELATO DE CASO.

JAMIL VICTOR DE OLIVEIRA MARIÚBA, ANDRÉA DE FÁTIMA GRACIO, RICARDODANIEL DE SOUZA, MARCONE LIMA SOBREIRA, REGINA MOURA, DANIEL CÉSARMAGALHÃES FERNANDES

Faculdade de Medicina de Botucatu – Universidade Estadual Paulista (UNESP)

CONTEXTO: Os aneurismas isolados da artéria ilíaca interna (AII) são condições incomuns,graves e de difícil diagnóstico. São assintomáticos em 50% dos casos e geralmente são de-tectados em exames de imagens para avaliar outras queixas como urológicas, ginecológicase gastrointestinais. Clinicamente pode haver sintomas devido a compressão de outras estru-turas, gerando sintomas inespecíficos, encontrando-se frequentemente rotos quando diag-nosticados. A etiologia mais comum é aterosclerótica (degenerativa). Outras causas inclueminfecção, trauma, lesão iatrogênica, doenças do conjuntivo como síndrome de Marfan e deEhlers–Danlos, vasculites como Kawasaki e Behcet e a gravidez.O tratamento cirúrgico é difícil e a mortalidade operatória é elevada (33% a 50% nas cirurgiasde urgência), constituído-se num desafio mesmo para cirurgiões experientes.OBJETIVO: O objetivo deste relato é descrever um caso de correlação de Lúpus EritematosoSistêmico(LES) com aneurisma de AII e mostrar que o procedimento endovascular pode seruma boa opção na correção dessas lesões diminuindo assim a morbimortalidade.TIPO DE ESTUDO: Relato de casoLOCAL: Enfermaria do Hospital das Clínicas - UNESPDESCRIÇÃO DO CASO: Paciente masculino, 42 anos, deu entrada no HC-UNESP comhistória de há uma semana dor com aumento progressivo em região lombar e em membroinferior esquerdo, acompanhado de paresia e resfriamento do membro. Como antecedentespessoais referia hipertensão arterial sistêmica, quadro de compressão neurológica à esquer-da secundário à hérnia discal há 5 anos e trombose venosa profunda no membro inferioresquerdo há 1 ano. Realizada angiotomografia de abdome que mostrou aneurisma sacularde artéria ilíaca interna esquerda e edema importante do músculo íleo-psoas. Realizado ar-teriografia que evidenciou grande aneurisma de artéria ilíaca interna esquerda. Foi optadopelo tratamento endovascular. Primeiramente foi embolizado com molas o saco aneurismá-tico sem sucesso. Realizada embolização com cola de fibrina(BERIPLAST) no interior dosaco aneurismático e após implante de endoprótese revestida(TALENT) nas artérias ilíacascomum e externa a esquerda com oclusão da AII e exclusão do aneurisma. Durante a in-ternação, foi feita a hipótese de doença auto-imune, sendo confirmado laboratorial e clinica-mente o LES. Apresentou quadro de bacteremia e parestesia de membro superior esquerdoe face à esquerda, sendo feita hipótese de vasculite secundária ao LES. Recebeu alta e estáem tratamento clínico do LES.DESCRITORES: Lúpus eritematoso sistêmico, ruptura, artéria ilíaca, aneurisma, cateterismoperiférico

TLO-063TRATAMENTO ENDOVASCULAR DO ANEURISMA AORTO-ILÍACO EMSERVIÇO DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO PARANÁ

CONSTANTINO MIGUEL NETO, JOSÉ F.MACEDO, RAFAEL P.DEL CLARO, MARCELOTIZZOT MIGUEL, THIAGO MICHAELIS, ADALBERTO G.NETO, ANNA PAULAWEINHARDT BAPTISTA, RICARDO M.PEREIRA, RODRIGO A.C.MACEDO, GABRIELA.DE MIRANDA

ORIENTADOR: Wilson Michaelis

Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, Curitiba/PRINTRODUÇÃO: Estudos recentes têm demonstrado que o tratamento endovascular do aneu-risma de aorta abdominal está relacionado a menor tempo de permanência em unidade in-tensiva e menor tempo de recuperação pós-procedimento, em relação ao tratamento conven-cional.OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo analisar a casuística e os resultados a cur-to e médio prazo do tratamento endovascular do aneurisma da aorta abdominal e ilíaca emserviço de referência no estado do Paraná.MATERIAL E MÉTODO: Durante o período de março de 2004 a Junho de 2009 foram tra-tados no Serviço de Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital UniversitárioEvangélico de Curitiba, 85 pacientes com aneurisma no território aorto-ilíaco. Os critérios pa-ra indicação de tratamento endovascular foram: elevado risco cirúrgico pelo método conven-cional e/ ou abdome hostil. Em todos os pacientes foi realizada dissecção das artérias femo-rais bilateralmente, sob anestesia peridural. O tempo médio de permanência na UTI foi de 24horas.Foram utilizadas próteses bifurcadas e próteses cônicas: Apolo®, Ella®, Excluder® e Ze-nith®. Quando se utilizaram as próteses cônicas foram realizados bypass fêmoro-femoralcruzado concomitantemente.RESULTADOS: Houve predomínio do sexo masculino (81%), com idade média de 72anos.Dentre as comorbidades encontramos: HAS (90%), Tabagismo (68%), DM (13%), DPOC(49%), hipercolesterolemia (58%), Insuficiência Renal Crônica (6%) e Coronariopatia (18%).Em todos os pacientes foram realizadas angiotomografias pré-procedimento para o estudoda anatomia do aneurisma e definição da prótese a ser usada. O seguimento foi de 01, 06,12, 24 e 36 meses, com auxílio de ecodoppler e angiotomografia.Observamos como principais complicações: 3 casos de oclusão arterial aguda, 3 casos dehematomas em região inguinal, 2 casos de conversão para cirurgia convencional, 2 casos deInsuficiência Renal Aguda, 7 casos de endoleak e 5 óbitos .CONCLUSÃO: Com esta experiência inicial, percebemos que o tratamento endovascular éuma boa alternativa para tratamento de aneurismas do território aorto-ilíaco pois apresentamenor risco cirúrgico e alta taxa de sucesso terapêutico.DESCRITORES: aneurisma aorto-ilíaco, endoprótese aorta, tratamento endovascular aortaCONFLITO DE INTERESSES: não houve

TLO-064TRATAMENTO ENDOVASCULAR DO ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL

TINOCO, ECA; AZEVEDO, MN; HORTA, LA; NUSS, PM; LOURES, LL.

Hospital São José do Avaí, Itaperuna – RJ.

Introdução: O aneurisma de aorta abdominal (AAA) é causado por um processo degenerati-vo não específico (comumente considerado aterosclerótico) em 95% dos pacientes, podendoser sintomáticos ou não. O tratamento endovascular das doenças da aorta representa umanova alternativa à cirurgia convencional, sendo menos invasiva, principalmente para pacien-tes de alto risco cirúrgico, apresentando menor morbi-mortalidade.Métodos: Estudo prospectivo, com objetivo de avaliar a morbi-mortalidade em 30 dias, reali-zado de janeiro-2007 à janeiro-2009 onde setenta e dois pacientes com AAA foram tratadospela técnica endovascular. O sexo feminino foi acometido por nove porcento e o sexo mas-culino por noventa e um porcento, com idade variando de 54 a 86 anos. Os pacientes foramsubmetidos a AngioTC de 40 canais, visando o diagnóstico e medidas para o implante daendoprótese. Em todos pacientes foi utilizado endoprótese ZENITH, sendo em 02 casos uti-lizada monoilíaca e bypass fêmoro-femoral cruzado, e 70 casos a endoprótese bifurcada.Resultado: Não houve óbito nesta série, 01 caso de falha na liberação de endoprótese corri-gida com conversão, 01 caso de endoleak tipo II via artérias lombares acompanhado clinica-mente com angio-TC seriado, 02 casos de febre sem causa no pós operatório imediato, 01caso de oclusão arterial aguda de extensão de ilíaca no 3° dia de tratamento endovascular,corrigido com by pass femoro-femoral cruzado, 03 casos de oclusão de artéria renal corrigi-dos com angioplastia com stent por acesso braquial.Conclusão: A técnica endovascular apresenta-se como uma boa alternativa no tratamento doAAA.

Temas Livres Orais J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLO-065CLASSIFICAÇÃO ESTÉTICO-FUNCIONAL DAS VARIZES PRIMÁRIAS: ESTUDOCOMPARATIVO ENTRE PACIENTES DO SISTEMA PÚBLICO E SISTEMAPRIVADO

FRANCISCHELLI NETO, M., SILVA, R.B., BOSNARDO, C.A.F., FRANCISCHELLI, C.T.,FRANCISCHELLI, R.T.

HOSPITAL DE ENSINO DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA

Introdução :Podemos identificar na DVCP aspectos estéticos e patológicos delineáveis emsuas interações psíquicas e funcionais que são contemplados na Classificação Estético Fun-cional de Francischelli ¹ ² ³ assim definida: Tipo1-Telangiectasias e veias reticulares assin-tomáticas e sem risco potencial de complicações em curto prazo,que causam desconfortopsíquico e atingem a auto-estima do paciente,sem que haja a presença concomitante de va-rizes de maior calibre.Tipo 2:Varizes de médio e grande calibre,sem a presença de compli-cações,com desconforto na esfera psíquica que atinge a auto-estima do paciente,associadasou não a telangiectasias e veias reticulares.Tipo 3: Varizes,sem a presença de sintomas ecomplicações e sem desconforto na esfera psíquica .Tipo 4:Varizes com a presença de umou mais sintomas ou complicações. Existe dificuldade em delimitar e definir as questões queenvolvem o tratamento de varizes onde o estético e funcional se confundem para muitos pa-cientes e mesmo para muitos médicos que cuidam desses problemas.Objetivo : Compararos pacientes do sistema público e privado aplicando a classificação estético-funcional . Ca-suística e métodos : Foram comparados por questionário 100 pacientes de cada grupo, SUSe CLÍNICA PRIVADA , entrevistados de forma consecutiva, avaliando aspectos estéticos efuncionais . Resultados : No grupo SUS mulheres foram maioria em 85 %. Principal faixa etá-ria de 50 a 70 anos (52 %) . Preocupação estética em 71 %. Tipo 1: 26%, Tipo 2:18%. Tipo3: 11% e Tipo 4: 45% . No grupo CLÍNICA PRIVADA , 89% eram mulheres, na maioria en-tre 20 e 40 anos ( 48 % ) e Preocupação estética em 81%, sendo que foram classificadasem Tipo 1: 52% , Tipo 2: 25%, Tipo 3 :10% e Tipo 4 : 13% . Mesmo pacientes tipo 4 podemapresentar preocupação estética: 30,8% no grupo CLÍNICA PRIVADA e 19 % no grupo SUS.Discussão: A questão estética está fortemente presente em várias apresentações da DVCP,mais frequentemente em mulheres, mas também em homens. Manifesta-se em vários grupossocioeconômicos e etários. Os termos “varizes sintomáticas e estéticas” habitualmente utili-zados são inapropriados. Não podemos assegurar que um paciente do sexo masculino ou fe-minino portador de varizes de grosso calibre não esteja também,de maneira explicita ou nãopreocupado com a questão estética.E não devemos nos esquecer que telangiectasias queevoluem por muitos anos,não tão raramente podem ser responsáveis por varicorragias. Asclassificações de DVCP habitualmente usadas, inclusive a CEAP não contemplam o aspectoestético que deveria ser considerado. Conclusão: A questão estética é muito prevalente emvárias apresentações da doença venosa tanto nos pacientes SUS quanto na clínica privada.Deve ser considerada na proposta de tratamento em qualquer grupo socioeconômico e etá-rio. A classificação estético funcional é útil e pode ser uma alternativa na avaliação clínica eprogramação cirúrgica desses pacientes.

TLO-066INVESTIGANDO AS VARIZES NA GRAVIDEZ

KALIL, J.A., JOVINO, M.A., LIMA, M.A., PAPAIORDANOU, F., SANTO, M.K., KAHHALE, S.

HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO LUIZ

OBJETIVOS:Avaliar incidência e localização de varizes que surgem durante a gravidez; alterações graví-dicas de varizes pré existentes e o grau de regressão pós parto.MATERIAL E MÉTODOSForam analisadas 232 gestantes pela equipe de Cirurgia Vascular no Hospital e MaternidadeSão Luiz (HMSL) em conjunto com as equipes de ginecologia e obstetrícia, de maio de 2007a dezembro de 2008. Neste período foram realizados 10.361 partos no HMSL.Foram realizados 70 diagnósticos clínicos de varizes (30,2% das gestantes), segundo classi-ficação CEAP zero a quatro, em 232 gestantes com idade entre 18 e 44 anos, confirmadospor Duplex Scan Venoso.RESULTADOSDas 70 pacientes portadoras de varizes, 22 eram primigestas (três gemelares, duas por fe-cundação in vitro), quarenta secundigestas, sete tercigestas e uma quintigesta. Em seis pa-cientes, a IVC ocorreu no primeiro trimestre da gestação (8,5%); em 19, no segundo trimes-tre (27,2%); em 45, no terceiro trimestre (64,3%). Dos 70 casos, 24 (34,2%) apresentaramrefluxo de safena magna,13 (18,5 %) tinham varizes vulvoperineais e uma tromboflebite desafena .Três pacientes foram tratadas clinicamente devido varicotromboflebiteDas 70 pacientes portadoras de IVC, 43( 61,5% ), referiam varizes pré existentes à gravidezcom piora (edema, dor, desconforto, aumento do calibre e quantidade de varizes) durante agestação.Vinte e sete gestantes (11,6%) sem antecedentes de varizes, desenvolveram a doença du-rante a gravidez, principalmente durante o segundo e terceiro trimestre.A cesariana foi realizada em 88 % dos casos, parto normal em 10% e fórceps em 2 % . Cin-quenta e três puérperas foram consultadas até o terceiro mes pós parto, a fim de avaliar aregressão da insuficiência venosa. Em 49 ( 92,5%) examinadas, houve melhora da dor e doedema, em 34( 48,5% ) houve regressão parcial ou total das varizes CEAP 1 ( veias reticu-lares / telangectasias) e naquelas CEAP 2, 3 e 4 a regressão foi significativa em relação aorefluxo da safena ( 50% ) , porém não significativa em relação à necessidade do tratamentocirurgico. Houve indicação cirúrgica em 35 pacientes ( 15% das grávidas ) e 21 % das ges-tantes portadoras de varizesCONCLUSÃOA gravidez é condição agravante da insuficiência venosa crônicaAs varizes pré existentes à gestação devem ser tratadas profilaticamente com terapia ade-quada.Os sintomas e as complicações da IVC podem tornar a gravidez desconfortável, colocandoem risco a saúde materno fetal.

TLO-067RECIDIVA DE VARIZES DE MEMBROS INFERIORES : SAFENECTOMIA XSAFENAS PRESERVADASKALIL, J.A., JOVINO, M.A., LIMA, M.A., SANTO, M.K., PAPAIORDANOU, F.

HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO LUIZ

OBJETIVOSOs autores fornecem a incidência de recidiva no acompanhamento das varizes de membros inferio-res em pacientes submetidos a safenectomia magna parcial ou radical contra aqueles que não foramrealizadas safenectomiaMATERIAL E MÉTODOSTrata-se de estudo prospectivo que soma 14.486 cirurgias de varizes de membros inferiores,entre fe-vereiro de 1980 a novembro de 2008Somente foram consideradas varizes recidivadas aquelas que não existiam no momento da cirurgiarealizada. Assim, distinguimos das varizes residuais.Investigamos 180 pacientes operados ,com idade entre 21 a 67 anos,151 mulheres e 29 homens, amaioria no Hospital São Luiz. Avaliamos o grau de recidiva até cinco anos pós operatório.Dividimos os 180 pacientes, 292 membros em dois subgrupos :1) Submetidos a safenectomia magna radical ou parcial= 90 pacientes, sendo 73 mulheres e 17 ho-mens3) Não safenectomizados.= 90 pacientes,sendo 84 mulheres e 6 homensA recidiva foi pesquisada mediante anamnese,exame físico e Duplex Scan Venoso comprobatório.RESULTADOSA recidiva incidiu em 44 pacientes (24,4%),predominando membro inferior esquerdo com 20casos (46,3 % ) contra 15 no membro inferior direito(34,1 %) e 9 bilateral (19,6%).Entre os fatores predisponentes da recorrência os mais frequentes foram :gestação em 9 pacientes (20,4%) , obesidade em 12 (27,3%), ortostatismo prolongado em 5 (11,4%),insuficiência venosa profunda em 3 (6,8 %) e múltiplas causas em 12 (27,3%).Houve recidiva em 19 pacientes(10,5 %) submetidos a safenectomia magna total ou segmentar (gru-po 1) eem 23 pacientes (13,9%) submetidos a cirurgia de varizes com preservação da safena magna.Todas(os) pacientes estiveram na classificação CEAP 2 a CEAP 4 para recidiva.Nas recorrência,o Duplex demonstrou coto residual em dois pacientes submetidos a safenectomiae nos outros 17 o Duplex não detectou coto residual de croça.Refluxo de perfurantes de Hunter e de Cocket esteve presente na maioria dos casos de recidiva.CONCLUSÃONão foram observadas diferenças significativas nas taxas de recidiva entre os pacientes submetidosa cirurgias de fleboextração seletiva e naqueles submetidos a safenectomia radical ou segmentar.A safenectomia não oferece a segurança que evita a recidiva das varizes.O consenso sobre a importancia da preservação da safena magna para cirurgias cardiovascularesdeve ser considerada.O acompanhamento periódico de pacientes tratados cirurgicamente faz-se necessário, uma vez queo tratamento não tem fim.

TLO-068USO DA TERMOGRAFIA DIGITAL POR RAIOS INFRAVERMELHOS NO PRÉ EPÓS-OPERATÓRIO PARA O PLANEJAMENTO E O ACOMPANHAMENTO DACIRURGIA DE VARIZES NOS MEMBROS INFERIORES.FREITAS, M.A.S., BRIOSCHI, M.L., JULIÃO, M.C.C., JURADO, S.R.

CENTRO DE TERMOLOGIA CLÍNICA ETHOS/INFRAREDMED

CONTEXTO: A cirurgia de varizes nos membros inferiores é praticada com segurança há décadas,entretanto, a recidiva precoce ou a presença de varizes residuais são complicações relativamentefreqüentes no pós-operatório deste grupo de doença. Quando ocorrem, determinam cobranças egrande insatisfação por parte do paciente bem como intranqüilidade e risco profissional para o cirur-gião que executou o procedimento. A utilização da ecografia vascular colorida (EVC) no pré-operató-rio diminuiu estas complicações, especialmente por localizar as origens do refluxo que mantém asvarizes e permitir o “mapeamento” venoso pré-operatório. Entretanto, a rede venosa superficial dosmembros inferiores apresenta variações anatômicas e grande complexidade morfológica. Assim, tra-jetos despercebidos ao exame clínico podem ocorrer por dificuldades técnicas no exame clínico ouEVC (edema, obesidade, calcificações em varizes). A utilização das imagens da radiação infraverme-lha já é utilizada em diagnósticos de doenças mamárias, neurológicas e osteoarticulares. Com ajustese o desenvolvimento de softwares específicos, foi possível adaptar o método para a avaliação veno-sa superficial, tornando este exame um valioso aliado para os diagnósticos de varizes dos membrosinferiores, complementando a EVC no planejamento pré-operatório e no acompanhamento pós-ope-ratório desta doença.OBJETIVO: Apresentar uma nova metodologia de avaliação complementar para o pré e pós-operató-rio do sistema venoso superficial por meio da captura da radiação infravermelha emitida pelos mem-bros inferiores.TIPO DE ESTUDO: Estudo de casos, prospectivo, não randomizado.LOCAL: Trabalho realizado em instituição privada em regime ambulatorial.AMOSTRA: Foram examinados com termografia digital por infravermelhos no pré e pós-operatório04 (quatro) pacientes que apresentavam varizes sintomáticas de membros inferiores com indicaçãocirúrgica confirmada pela EVC.VARIÁVEIS: Foram avaliadas a morfologia e a extensão das varizes e redes venosas superficiais di-latadas nos membros inferiores no pré-operatório com termografia digital por infravermelhos. A mar-cação pré-operatória de varizes foi orientada por estas imagens. Após 30 dias da cirurgia o exame foirepetido, e por imagens comparativas foi avaliada a presença de veias residuais e/ou trajetos suges-tivos de recidiva precoce nas regiões operadas. Todos os pacientes foram avaliados com EVC apósa realização das termografias digitais.RESULTADOS: As imagens capturadas produzem um “mapa” pré-operatório das regiões a seremoperadas e permitem o estudo comparativo posteriormente. Não foram observados trajetos residuaisimportantes no pós-operatório em nenhum dos quatro pacientes avaliados. Um dos pacientes apre-sentou pequeno redirecionamento de fluxo venoso em veias da região poplítea, podendo sugerir re-cidiva precoce.CONCLUSÕES: A identificação pré-operatória dos trajetos de varizes nos membros inferiores pelatermografia digital por infravermelhos é precisa e mostra as distribuições anatômicas próprias de cadapaciente, oferecendo segurança na identificação dos vasos a serem removidos. O exame pós-ope-ratório demonstrou ser útil para complementar a avaliação da cirurgia realizada, sendo possível visu-alizar os trajetos removidos, recidiva precoce ou presença de vasos residuais.DESCRITORES: termografia, raios infravermelhos, cirurgia de varizes, pré-operatório, pós-operatórioFONTES DE FOMENTO: nãoCONFLITO DE INTERESSES: não

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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TLO-069ANGIOPLASTIAS COM CUTTING-BALLOON PARA SALVAMENTO DEFÍSTULAS DE DIÁLISE

COELHO, D.O., CALIFANI, R., AZULAY, R.M., SILVA, S.G.J., SILVA, M.A.M., BIAGIONE,R., TONIAL, T., INOGUTI, R., BARROS, O., CALIL, M., NASSER, F., INGRUND, J.C.,NESER, A.,

SERVIÇO DE ANGIOLOGIA, CIRURGIA VASCULAR E ANGIORRADIOLOGIA DOHOSPITAL SANTA MARCELINA

CONTEXTO: A diálise é o principal tratamento dos pacientes com insuficiência renal termi-nal e o acesso vascular é responsável direto no sucesso desta terapêutica. As complicaçõescom acesso podem chegar a 25% das internações hospitalares, com elevados custos e altamorbi-mortalidade. A presença de estenose é responsável por 90% do mau funcionamentoou trombose dos acessos, geralmente por hiperplasia neo-intimal nas áreas de punções oupós-anastomóticas. O tratamento endovascular vem se consolidando, com importância nomanejo e salvamento de acessos vasculares para diálise. Essas estenoses são geralmenterefratárias aos balões convencionais. Este dispositivo tem aumentado o arsenal terapêuticopara salvamento de fístulas artério-venosas refratárias aos tratamentos convencionais.OBJETIVO: Analisar o perfil e evolução de 24 pacientes submetidos à angioplastia para sal-vamento de fístulas nativas.TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo de um período de 3 anos.LOCAL: Casa de Saúde Santa Marcelina, instituição de ensino, Filantrópica de nível terciárioem ambiente de Enfermaria e Pronto Socorro Cirúrgico.AMOSTRA: 24 casos de lesões fístulas nativas, submetidas ao tratamento endovascular emcaráter eletivo no Hospital Santa Marcelina no período de julho/2006 a março/2009.VARIÁVEIS: Idade, sexo, fatores de risco associados, extensão e diâmetro das estenosesdas fístulas, sintomas, topografias das fístulas e as complicações pós-operatórias - infartoagudo do miocárdio (IAM), edema agudo de pulmão(EAP), hematomas, dor.RESULTADOS: O sucesso técnico foi alcançado em 100% dos casos. A perviedade primá-ria em 30 e 200 dias foi de 100% e 55,6%, respectivamente. A Melhora clínica do frêmito edo fluxo na máquina foram os critérios de sucesso, que não foram observados em apenas2 pacientes, os quais tinham lesões estenóticas mais graves. As fístulas proximais (bráquio-cefálica, bráquio-basílica) apresentaram perviedades semelhantes às fístulas distais (rádio-cefálicas).CONCLUSÃO: As angioplastias de lesões em fístulas artério-venosas com cutting-balloonapresentam um ótimo sucesso técnico, com taxa de perviedade primária aceitável. Devemosconsiderar tal procedimento para salvamento de fístulas, principalmente para os casos re-fratários ou que não melhoram com as técnicas convencionaisDESCRITORES: Diálise, fístulas, cutting-balloonCOMITE DE ÉTICA E PESQUISA: Comite de ética e pesquisa do Hospital Santa MarcelinaCONFLITO DE INTERESSES: Sem conflito de interesse

TLO-070FATORES PREDITIVOS DE FALHA NA CONFECÇÃO DE FAV AUTÓGENA

SANTOS, F.M., MATIELO, M.F., CURY, M.V., SANDRI, G.A., SANTOS, F.M., YAMADA,M.H., PIRES, A.P.M., SOARES, R.A., NAKANO, K., GODOY, M.R., NAKANO, M.S.,SACILOTTO, R.,

SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DO HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUALDE SÃO PAULO - SP

Contexto: Em pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica (IRC), as fístulas artério-venosas (FAV) apresentam taxas de perviedade variáveis na literatura.Objetivos: Avaliar os resultados de fístulas artério-venosas realizadas no HSPE, identificandofatores associados a falha.Tipo de estudo: Estudo retrospectivo.Local: Hospital público, terciário, atendimento ambulatorial e enfermaria.Amostra: No período de março de 2007 a março de 2009, foram realizadas 180 FAV’s em140 pacientes (61,4% sexo masculino), com média de idade 62,9 anos ± 13,8.Variáveis: Primárias: Perviedade secundária, taxa de oclusão precoce e estimativa de falên-cia de maturação ; Secundárias: Comorbidades, uso do duplex pré-operatório, uso de antia-gregante plaquetário e qualidade dos vasosMétodo estatístico: Análise somente de FAV’s autógenas quanto a perviedades por curvasKaplan-Meier utilizando SPSS v.13.0Resultados: A prevalência de hipertensão arterial sistêmica foi 91,4%, diabetes 45,7% e ta-bagismo 15,8%. A maior parte dos pacientes apresentava-se em Insuficiência Renal Crônicadialítica (52,1 %). Foram realizadas 171 FAV’s autógenas (57,7% distal e 42,3% proximal) e9 próteses. Com relação às características das veias, 15,5 % apresentavam diâmetro inferi-or a 3,0 mm. A FAV rádio-cefálica distal foi a mais realizada (41,1%). Em 1 ano, a estima-tiva de perviedade primária global foi 54,1% (EP < 0,1), ocorrendo taxa de oclusão ou falhade maturação em 30 dias de 17,4%. Excluídas as oclusões precoces, obtivemos perviedadeprimária de 78,3% (EP<0,1). Quanto a perviedade primária, nos sub-grupos analisados, hou-ve diferença estatisticamente significativa no grupo submetido a avaliação pré-operatória porduplex-scan (65,3% x 45% ; p<0,05) e no grupo que fazia uso de antiagregante plaquetário(57,3% x 51,2%; p<0,05). Não identificamos diferença estatisticamente significativa quantoao tipo de FAV realizada, diâmetro da veia e doentes em diálise.Conclusão: Neste estudo observamos estatisticamente uma melhor taxa de função para do-entes com uso de AP e avaliados no pré-operatório por duplex-scan, com estimativa de falên-cia primária no grupo total aceitável. Diante dos resultados, quando possível, indicamos autilização do antiagregante e mapeamento com duplex pré-operatório.Descritores: FAV; Ultrassonografia com Doppler a cores; Perviedade; Hemodiálise.Fomento: Não houve.Comitê de Ética em Pesquisa: Não.Conflito de interesses: Não há.

TLO-071FISTULA ARTERIOVENOSA COM SUPERFICIALIZACAO DA VEIA BASÍLICAPARA HEMODIÁLISE.ALMEIDA, G.L., NESER, A., INGRUND, J.C., NASSER, F., BURIHAN, M.C., BARROS, O.C.,INOGUTI, R., BIAGIONE, R.B., MORAES, M.A., SILVA, S.G.J., TONIAL, T.P., BRUNO, B.N., ASSIS,F.A.,

HOSPITAL SANTA MARCELINA; SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR, ANGIOLOGIA EANGIORRADIOLOGIA.

CONTEXTO: A longevidade crescente da população e a ampliação da capacidade dos médicos tra-tarem doenças renais terminais tornaram a criação de um acesso vascular um procedimento comu-mente realizado pelo cirurgião vascular. As fistulas autólogas são preferidas em razão das suas altastaxas de perviedade. Entretanto o paciente nefropata com freqüência não apresenta veias superficiaisadequadas para a sua confecção ou apresenta múltiplas FAV previas que já ocluíram.OBJETIVO: Demonstrar a utilização da fístula braquio-basílica com superficializacao da veia basílicacomo opção de acesso autólogo para pacientes com dificuldades na realização e ou oclusão das fís-tulas convencionais.TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo através de revisão de prontuários de 95 pacientes submeti-dos à FAV com superficializacao da veia basílica no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2008.LOCAL: Hospital Santa Marcelina, instituição privada-filantropica, de nível quaternário, em enfermariae ambulatório.AMOSTRA: Incluidos os pacientes submetidos à FAV com superficializacao da veia basílica no perío-do e submetidos à flebografia ascendente dos membros superiores no pré-operatório.VARIAVEL: A taxa de perviedade das FAV foi avaliada para as variáveis: faixa etária, ocorrência decomplicações, HAS, DM e tabagismo.METODO ESTATISTICO: Utilizou-se para Calculo estatístico o Teste de regressão de Cox para ava-liar os fatores de risco e de Kaplan-Meier para a perviedade (intervalo de confiança = 95%).RESULTADOS: Dos procedimentos realizados, 84,2% foram após falha ou oclusão de FAV previa;17,89% das FAV foram realizadas como única opção ou após tentativa sem sucesso de confecçãoprevia de outra FAV. Durante o período de acompanhamento, 5,3% das FAV ocluiram nos primeiros30 dias; 77,8% das FAV estavam pérvias em 6 meses e 73% em um ano. Complicações maiores(oclusão precoce, infecção e roubo) ocorreram em 15,8% dos procedimentos; complicações meno-res (hematoma, dor e edema) em 14,7%, totalizando 30,5% dos procedimentos. A presença de HAS,DM e Tab não estiveram associadas com piora da perviedade (p=0,867, p=0,382 e p=0,986 respec-tivamente). A ocorrência de complicações provocou uma tendência para pior perviedade das FAV,porem sem significância estatística (necessidade de tromboembolectomia RR=3,4 e p=0,253; hema-toma RR=2,7 e p=0,284, infecção RR=3,0 e p=0,419). O único fator que teve influencia na perviedadefoi idade maior que 65 anos (RR=3,2 e p=0,029)CONCLUSAO: As fistulas braquio-basilicas com superficializacao da veia basílica demonstraram serum acesso para hemodiálise satisfatório com bons índices de perviedade, apesar de taxas de compli-cações importantes.DESCRITORES: fistula arterio-venosa, basílica, perviedadeFONTES DE FOMENTO: não houveCOMITE DE ETICA EM PESQUISA: Comite de ética em pesquisa do Hospital Santa MarcelinaCONFLITO DE INTERESSES: Não houve.

TLO-072FÍSTULA ARTERIOVENOSA: EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE CIRURGIAVASCULAR DA SANTA CASA DE RIBEIRÃO PRETO - SPPEREIRA, M.A.E., ALIOTI, R., MEGA, L.C.F., COSTA, P.E.R., PRADO, R., WERNER, L.V., ALIOTI,M.H.F.A., COLATRELI, N.P., MENECHINO, N.P., CÉSAR, L.A.Z.G., PEREIRA, M.A.E.,

SANTA CASA DE RIBEIRÃO PRETO

TÍTULO: Fístula Arteriovenosa: experiência do Serviço de Cirurgia Vascular da Santa Casa de Ri-beirão Preto - SPAUTORES: Alioti R.; Pereira, M. A. E.; Colatreli, N. P.; Mega, L.C. F.; Menechino N. P.; Werner, L.;César, L. A. Z. G.; Rahme, P. E.; Prado R. F.; Alioti M. H.F.A.Serviço de Cirurgia Vascular da Santa Casa de Ribeirão Preto-SPCONTEXTO: realizado para auxilio da literatura médica com relação a cirurgia de confecção de fístulaarteriovenosa, uma das mais comuns feitas pelo cirurgião vascular.OBJETIVO: estudo epidemiológico dos pacientes submetidos à confecção de fístula arteriovenosa edas complicações cirúrgicas do procedimento. Apresenta analise dos procedimentos realizados paratratamento das complicações cirúrgicas locais.TIPO DE ESTUDO: epidemiológicoLOCAL: Hospital Santa Casa de Ribeirão Preto (instituição terciária) com atendimento público e priva-do. O paciente foi internado apenas nas cirurgias que necessitavam de acompanhamento do serviçode anestesia.AMOSTRA: Foi considerado apto para o estudo o paciente com insuficiência renal crônica terminalcom necessidade de terapia de substituição renal por hemodiálise atendidos no Hospital Santa Casade Ribeirão Preto. Elaborado ficha contendo dados sobre a identificação pessoal, o tipo de fístula rea-lizada, o membro realizada e as complicações do procedimento. Esta ficha foi preenchida com dadosdos prontuários.VARIAVEIS: estudadas as características demográficas dos pacientes (idade e sexo), tipo de fístulaconfeccionada, braço em que foi realizada, a utilização ou não de prótese, as complicações locais doprocedimento cirúrgico e a análise da correção das complicações.RESULTADOS: confeccionadas 301 fístulas, a idade média dos pacientes foi de 56,83. 55% dos pa-cientes eram provenientes da própria cidade de Ribeirão Preto, os demais da Grande Ribeirão. 57%dos pacientes eram homens. A principal fístula realizada foi a Radio cefálica (51,8%), seguida pe-la Braquio cefálica (22,6%), Superficialização de basílica (18,6%), Cubital (4,7%), Implante de próte-se PTFE braquio-axilar (0,7%), Prótese PTFE braquio jugular interna (0,7%), Basílica mediana radial(0,7%) e Superficialização de veia femoral (0,3%). A principal complicação foi a formação de psudo-aneurisma em 24 pacientes, seguido por baixo fluxo em 14 fístulas com perda imediata da mesma,síndrome do roubo em 5 pacientes, trombose durante o acompanhamento em 3 e necrose de pele,estenose de anastomose, edema e sangramento em 1 pacientes cada. Devido as complicações foinecessário ligar 24 fístulas; ligar apenas ramos para tratar recirculação no acesso em 6 fístulas, foramnecessários realizar 4 procedimentos de sercagem para tratar síndrome do roubo. Foram necessárias3 trombectomias, 2 reanastomoses e 1 correção de pseudoaneurisma; uma prótese foi retirada porinfecção.CONCLUSÃO: durante o período de 1998 a 2008 foram feitas 301 fístulas no hospital Santa Casa deRibeirão Preto. A fístula mais realizada foi a Radiocefalica no membro não dominante e foram atendi-das 46 complicações sendo a mais comum o baixo fluxo da fístula após a sua confecção.DESCRITORES: fístula arteriovenosa/ insuficiência renal crônica/ hemodiáliseFONTES DE FOMENTO: nenhuma.

Temas Livres Orais J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLO-073TRATAMENTO DE COMPLICAÇÕES DE FISTULAS ARTERIO-VENOSASALMEIDA, G.L., NESER, A., INGRUND, J.C., NASSER, F., BURIHAN, M.C., BARROS, O.C.,INOGUTI, R., BIAGIONE, R.B., SILVA, S.G.J., MORAES, M.A., TONIAL, T.P., BRUNO, B.N., ASSIS,F.A.,

HOSPITAL SANTA MARCELINA; SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR, ANGIOLOGIA EANGIORRADIOLOGIA.

CONTEXTO: Para um paciente em hemodiálise, o acesso vascular e um aspecto essencial de seubem-estar e sobrevivência. Tecnicamente, a criação desses acessos podem ser simples, mas suafunção a longo prazo e ameaçada pelas diversas e freqüentes complicações. Lidar com estes proble-mas e desafiador e requer conhecimento no manejo de complicações vasculares, bom julgamento,criatividade e técnica. A perviedade a longo prazo pode ser alcançada pelo adequado tratamento dascomplicações esperadas.OBJETIVO: Avaliar as complicações das fistulas arteriovenosas que motivaram intervenções cirúrgi-cas convencionais e endovasculares, traçar um perfil das principais complicações, reconhecer fatoresde risco e avaliar aqueles procedimentos que permitiram a maior perviedade secundaria.TIPO DE ESTUDO: Foram avaliados retrospectivamente através de revisão de prontuários 477 fistu-las confeccionadas no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2008.VARIA VEL: Foram estudadas as variáveis sexo, localização proximal ou distal, HAS e DM e sua in-fluencia na ocorrencia de complicações e as diversas intervenções foram avaliadas quanto a pervie-dade secundaria.METODO ESTATISTICO: Utilizou-se para Calculo estatístico o Teste do Qui-quadrado para avaliaros fatores de risco e de Kaplan-Meier para a perviedade.RESULTADOS: Do total de casos, 53% eram do sexo masculino, sendo 48% fistulas radiocefalicas e34% de fistulas braquiocefalicas.Foram analisadas 103 (21,5%) complicacoes que motivaram 115 in-tervencoes. As intervenções foram angioplastias de veia subclávia (15,6%), de veia cefálica (19,1%),de veia basílica (3,5%), de veia braquiocefalica (10,4%), de anastomose (0,8%) e de artéria radial(0,8%); as ligaduras de FAV corresponderam a 36,5%, as tromboembolectomias de fistula foram 3,5%e as ligaduras de tributarias de veia cefálica corresponderam a 10,5%. Outras intervenções como res-secção de aneurisma e revisao de hemostasia corresponderam a 1,7%. Do total de complicações ,64% ocorreram no sexo masculino, 33% ocorreram em FAV braquiocefalicas, 51,4% em fistulas radi-ocefalicas. As principais complicações que motivaram intervenções foram edema (14,5%), baixo fluxo(47,5%) e pseudoaneurisma (15,5%).CONCLUSAO: A localizacao proximal ou distal da fistula não influenciou na taxa de complicações,não houve também influencia estatisticamente significante quando avaliada a variável sexo. A pre-sença de HAS e DM também não estiveram associadas com aumento na taxa de complicações. Aintervencao que apresentou maior taxa de perviedade secundaria foi as angioplastias de veia central.DESCRITORES: fistula arterio-venosa, complicações, angioplastiaFONTES DE FOMENTO: não houveCOMITE DE ETICA EM PESQUISA: Comite de ética em pesquisa do Hospital Santa MarcelinaCONFLITO DE INTERESSES: não houve

TLO-074TRATAMENTO ENDOVASCULAR DOS ANEURISMAS DA AORTA E DASARTÉRIAS ILÍACAS

EDUARDO LICHTENFELS, MARCO AURÉLIO CARDOZO, CLAUDIA BIANCO

Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular da ISCMPA

Contexto: O tratamento endovascular dos aneurismas da aorta abdominal torno-se um trata-mento bem estabelecido e com resultados comprovados a curto e medio prazo, sendo cadavez mais utilizado.Objetivo: Avaliar a experiência dos autores no tratamento dos aneurismas da aorta e dasartérias ilíacas com endoprótese vascular.Tipo de estudo: série de casos.Local: ISCMPA.Amostra: No período de agosto de 2004 até março de 2009, foi indicado o tratamento pormeio de implante de endoprótese vascular em 44 pacientes portadores de 31 aneurismas daaorta abdominal infra-renal, 7 aneurismas da aorta torácica descendente e 6 aneurismas dasartérias ilíacas.Procedimentos: A idade dos pacientes variou entre 49 e 88 anos (média = 72,8 anos), sen-do 34 do sexo masculino e 10 do sexo feminino. Quarenta e três pacientes apresentavamaneurismas de origem aterosclerótica e um paciente era portador de pseudo-aneurisma daaorta torácica descendente pós-trauma. A indicação de tratamento baseou-se no diâmetro,nos sintomas e no tipo morfológico dos aneurismas. A opção pela terapêutica endovascularlevou em consideração as comorbidades associadas, o alto risco cirúrgico e a anatomia fa-vorável. RX simples de abdômen e angiotomografia multi-slice foram realizados em 30 dias,6 meses e uma vez a cada ano após o procedimento.Resultados: Foram implantadas 33 endopróteses Excluder®-Gore, 2 Zenith-Cook, 1 Talent®-Medtronic , 2 Endofit®-EndoMed e 7 endopróteses torácicas Tag®-Gore. Ocorreram 5 va-zamentos tipo I, sendo 3 proximais e dois distais. Todos os casos foram resolvidos no tran-soperatório. Quatro pacientes permaneceram na CTI por mais de 24 horas. Três pacientesapresentaram infarto do miocárdio, no pós-operatório, com evolução favorável. Um pacienteevoluiu para o óbito no quarto dia de pós-operatório devido a complicações respiratórias. Operíodo de acompanhamento variou de 2 a 55 meses. Um paciente apresentou vazamentodistal tipo I 15 meses após correção de aneurisma da aorta torácica descendente.Conclusões: A terapêutica endovascular, nesta série de pacientes, demonstrou ser efetiva ede morbidade aceitável. As principais complicações pós-operatórias foram relacionadas àsco-morbidades prévias dos pacientes.Descritores: aneurisma, aorta abdominal, cirurgia.Conflito de interesses: não há.

TLO-075VISCERAL ARTERY ANEURYSMS: CHANGING THE STANDARD TOENDOVASCULAR REPAIR AND ADDRESSING TECHNICAL CHALLENGES.

SALES, K.P.F., RAMAIAH, V., RODRIGUEZ-LOPEZ, J., NAMANNY, M., PAGAN, P.,DIETHRICH, E.B.,

ARIZONA HEART INSITUTE - PHOENIX-AZ

Introduction. Visceral aneurysms are rare, some autopsy studies however have shown splan-chnic aneurysms to be more frequent than abdominal aortic aneurysms. Furthermore, theseaneurysms present a mortality rate of about 25%. The aim of the study presented here is toreview our experience in the treatment of visceral artery aneurysms and also elaborate on thecurrent technological tools available for endovascular repair. Methods. A retrospective revi-ew of medical records of 22 patients diagnosed with visceral aneurysms were evaluated from2002 through 2009. Clinical presentation, diagnostic methods, treatment and discharge da-ta were analyzed. Mean follow-up of 14 months (range 1 - 51mo) was completed using CTscans and ultrasound. Results. Twenty four aneurysms in 22 patients (10 men, 12 women)with a mean age 67,4 (43 - 87y) were treated. There were 8 aneurysms of the splenic ar-tery, 8 of a renal artery, 4 of celiac artery, 3 of the superior mesenteric artery and 1 of thehepatic artery. Eight patients (34,8%) underwent coil embolization only; 4 aneurysms (17,4%)were treated with coil embolization and covered stent; 4 were excluded with a covered stent(17,4%). Two (8,7%) underwent open surgery - 1 emergency splenectomy and 1 elective rightnephrectomy. The most commonly used endovascular access was via the common femoralartery (86,3%). The average hospital stay was 2.7 days for the endovascular repair and 12.5days for the open intervention to manage a type 1 endoleak. Two patients (10%) in the en-dovascular group had a secondary endovascular procedure. Total exclusion of the aneurysmwas achieved in all patients treated with no mortality. Morbidity was limited to 2 patients (9%),and included a segmental renal pole infarction and a transient transaminase elevation. Con-clusion. Current endovascular techniques for treatment of visceral aneurysms are effectiveand safe. Our experience and long-term follow-up of these patients confirms that endovascu-lar approach should be considered as the primary modality of treatment. Although, there arestill some challenges in endovascular intervention, these can be addressed with new techni-ques and also new devices.

TLO-076MALFORMAÇÃO VASCULAR EM ARTÉRIA TEMPORAL SUPERFICIAL :RELATO DE CASO

BARROS, R.A.V., ARAÚJO, G.R., MACHADO, M.T.O., MAGALHÃES, E., MORAES, G.,SILVA, T.O., MELO, W.,

HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL

CONTEXTO:Malformação arteriovenosa em ramos da artéria carótida externa com repercus-são clínica são raras.OBJETIVO:Descrever a conduta diagnóstica e terapêutica em um caso de malfomação arte-riovenosa em territótio de temporal superficial esquerdaTIPO DE ESTUDO:Relato de casoLOCAL: Hospital de Base do Distrito FederalDESCRIÇÃO DO CASO: Paciente de 56 anos , masculino , com queixa de zumbidos perió-dicos associado a sensação de peso e aumento de volume de partes moles em região pre-auricular esquerda há 10 anos com piora há 03 meses.Tem telangiectasias difusas peque-nas.Sem co-morbidades clínicas ou cirúrgicas.EcoDoppler mostrou dilatação aneurismáticalocal 8,0 x 4,0 cm com fluxo bifásico. Arteriografia mostrou fístulas arteriovenosas drenandopara jugular externa esquerda.Feito incisão na linha de implantação capilar através da qualfoi ligado comunicações arteriovenosas e ressecado dilatação aneurismática juntamente comsegmento de artéria temporal superficial esquerda. Na imunohistoquímica foi descartado vas-culites. A evolução foi boa com regressão dos simtomas.DESCRITORES: Malformação Vascular , Artéria Temporal, Fistula ArteriovenosaFONTES DE FOMENTO: não háCONFLITO DE INTERESSE: não há

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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TLO-076ANGIODISPLASIA DE PANTURRILHA DIREITA ASSOCIADA À NEOPLASIA DEPELE

SANTOS, L.A., ALVES, E.C., PITTA, G.B.B.

HOSPITAL MEMORIAL ARTHUR RAMOS

CONTEXTO: Angiodisplasia é um conjunto denso anormal de pequenos vasos sangüíneosdilatados que podem ocorrer na pele ou em órgãos internos. Os tipos mais comuns envolvemcapilares e veias. Pode ocorrer em qualquer lugar do corpo, mas é freqüentemente mais ob-servado na pele e tela subcutânea. OBJETIVO: Relatar caso de paciente com Tumor Vascu-lar. TIPO DE ESTUDO: Relato de caso. LOCAL: Ambulatório de clínica privada – Medangio.DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente de 88 anos, sexo feminino, procura dermatologista pararetirada de Nevo em panturrilha direita onde foi realizada aplicação de nitrogênio líquido lo-cal, com posterior queda. Após a mesma, não houve cicatrização plena, apresentando lesãoulcerosa e necrotizante. Retornou ao dermatologista, e este afirmou que era só fazer curati-vos. Passaram-se dois anos fazendo e refazendo curativos, motivo pelo qual procurou outroespecialista – um angiologista. Este prescreveu analgésicos e realizou uma “raspagem”, masnão houve melhora no quadro, e decidiu realizar outra raspagem. Inconformada, a pacientese negou a um novo procedimento e procurou um clínico geral, pois estava apresentandoclaudicação, motivo pelo qual foi encaminhada ao neurologista, que solicitou uma TomografiaComputadorizada de crânio e uma Ecografia com Doppler colorido do sistema venoso super-ficial e profundo dos membros inferiores, sem alterações, descartando assim qualquer hipó-tese relacionada ao sistema neuro-vascular. Paciente resolve procurar outra opinião com umAngiologista e Cirurgião Vascular que realizou angiografia de membro inferior direito pré-em-bolização de angiodisplasia, demonstrando tumoração vascular de panturrilha direita. Foi re-alizado cateterismo seletivo de ramo nutriente da artéria tibial posterior direita que vasculari-zava a tumoração vascular sendo realizada embolização com substância de ônix (Etileno Vi-nil Álcool) com oclusão de vascularização do tumor. Após o procedimento, foi solicitada umaEcografia com Doppler colorido da panturrilha direita que evidenciou volumosa coleção líqui-da heterogênea. Posteriormente, executou-se exérese da tumoração vascular e foram envia-dos dois fragmentos para análise anatomopatológica, um cutâneo e o outro do próprio tumor.A análise do fragmento cutâneo evidenciou carcinoma espino-celular bem diferenciado commargens cirúrgicas livres (neoplasia de pele). E o fragmento tumoral, processo inflamatóriocrônico em atividade, com reação a corpo estranho pigmentado. Devido ao o resultado doanatomopatológico, realizou-se rafia da panturrilha direita. DESCRITORES: angiodisplasia,embolização, tumor vascular, neoplasia de pele.

TLO-077EMBOLIZAÇÃO DE MÁ-FORMAÇÕES ARTERIOVENOSAS PERIFÉRICAS:EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR E ENDOVASCULAR DOHOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃOPRETO DA USP

BORGES, R.D.B.S., JOVILIANO, E.E., PICCINATO, C.E., MORIYA, T., RIBEIRO, M.S.,ARAUJO, P.V., STORINO, H., MENDES, A.A.G.P., PINTO, P.L.

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DAUNIVERSIDADE DE SÃO PAULOIntrodução: Má-formações vasculares (MAV) periféricas são algumas das lesões mais difíceisde diagnosticas e tratar. Exerese cirúrgica completa do nidus raramente é possível, muitasvezes com perda sanguínea, alterações cosméticas e funcionais proibitivas. A embolizaçãosurge como alternativa mais segura, diminuindo a morbidade tradicionalmente associada aotratamento cirúrgico das MAV’s. Esse trabalho tem por objetivo mostrar a experiência recen-te do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital das Clinicas da Faculdade deMedicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.Métodos: No período de janeiro de 2008 a maio de 2009, foram tratados por embolização umtotal de 9 pacientes, sendo 7 mulheres e 2 homens, com média de idade de 29 anos (19-52anos). Dos nove pacientes, cinco possuíam MAV estágio II pela classificação de Schobingere 4 possuíam MAV estágio III, sendo as queixas mais freqüentes de dor persistente, sangra-mentos de repetição e massa pulsátil. Quanto às localizações: 5 em membro inferior, 1 emregião cervical, 2 em face e 1 em membro superior. Todos os pacientes realizaram USG ouRNM e arteriografia para diagnóstico e planejamento terapêutico. A embolização foi realizadaexclusivamente com molas fibradas em 1 paciente; com micropartículas em 1 paciente e mi-cropartículas com Onyx em 7 pacientes, através da utilização de microguias e microcateteresnos últimos sete pacientes. Tempo médio de seguimento pós-operatório foi de 6,9 meses.Resultados: Todos os pacientes apresentaram diminuição do volume da MAV e perda do frê-mito ou do caráter pulsátil. A exceção de um paciente, todos relataram melhora dos sinto-mas, cessando os episódios de sangramento e dor persistente. Das complicações pós-ope-ratórias, 01 paciente evoluiu com rebaixamento do nível de consciência (Glasgow 10) pósembolização de MAV tireocervical estágio II com micropartículas, porém com reversão totaldo quadro no 3ºPO; 01 paciente apresentou isquemia cutânea leve pós embolização de MAVestágio II em antebraço esquerdo; 01 paciente evoluiu com isquemia leve do 4º pododáctilodireito pós embolização de MAV estágio III em face anterolateral do pé direito.Conclusões: Apesar das complicações pós embolização e do pequeno número de pacientesdo trabalho, notamos que os resultados foram satisfatórios, particularmente no que se refereao controle dos sintomas e redução das lesões. As técnicas de embolização com micro-cate-teres e micro-guias aumentaram significativamente a eficiência e a segurança no tratamentodas MAVs periféricas e devem fazer parte do arsenal terapêutico do cirurgião endovascular.

TLO-078EXPERIÊNCIA COM LASER NO TRATAMENTO DE MALFORMAÇÕESVASCULARES NA INFÂNCIA

SIQUEIRA, J.J.P., ABAGGE, K.T., SIQUEIRA, E.B.D., SANTIN, A.A., SIQUEIRA, L.C.D.,MARINONI, L.P., SIQUEIRA, D.E.D.,

INTRALASER- INSTITUTO DE TRATAMENTO A LASER – CURITIBA, PARANÁ

INTRODUÇÃO: As alterações vasculares na infância têm importante impacto na integridadefísica e psicológica dos pacientes acometidos. Essas alterações procedem de erro na mor-fogênese, não havendo proliferação de células endoteliais. A alteração tende a prosseguirpor toda a vida, com crescimento proporcional ao do indivíduo. Elas podem ser divididas emduas categorias: de alto ou baixo fluxo. O diagnóstico é clínico na maioria dos casos, estudosradiológicos são benéficos para delimitar a malformação e definir terapia a ser utilizada. OLASER tem se mostrado uma opção terapêutica eficaz na infância em situações específicas.OBJETIVO: Estabelecer perfil clínico das alterações vasculares na infância, tratadas comLASER, em um centro de referência no Sul do país – Instituto de Tratamento a Laser. Avaliarcomplicações e resultados desta opção terapêutica.MÉTODOS: Análise observacional, descritiva, longitudinal e retrospectiva. Amostra formadapor pacientes de 0 a 17 anos completos, portadores de alteração vascular, tratados comLASER, com Nd-YAG 532nm e Nd-YAG 1064nm.RESULTADOS: Foram estudados 50 pacientes, nos quais encontraram-se duas entidadesdentre as alterações vasculares, o Hemangioma Ulcerado (HU) e a Mancha Vinho do Porto(MVP). Dos HU (n = 17), 53% obtiveram cicatrização da úlcera após a primeira sessão,23,5% após a segunda sessão e 23,5% após a terceira sessão. Quanto a MVP (n = 33) amédia de sessões aplicadas foram 3 sendo que 39,4% obtiveram clareamento da lesão de 0a 40%, 45,4% clareamento de 41-80% e 15,2% clareamento acima de 81%. Quanto as com-plicações 9% dos pacientes com MVP tiveram complicações sendo 6% (n = 2) alterações decor ou textura da pele e 3% (n = 1) com infecções secundárias.CONCLUSÕES: O tratamento a LASER tanto em HU quanto em MVP, faixa etária pediátrica,mostrou-se, neste estudo, efetivo e com baixa incidência de complicação. O tratamento deveser o mais precoce possível, uma vez que crianças geralmente necessitam de menor númerode sessões e apresentam resultado terapêutico mais favorável.

TLO-080MALFORMAÇÕES VASCULARES DE MEMBRO SUPERIOR: RELATO DE CINCOCASOS.

KUHNEN, J.O., AHOUAGI, L.B., MORTATI, B.D., CARVALHO, T., FONTES, D.C., LEITE,J.M., AZEVEDO, A., COSTA, R.F.B., JR, N.F., BOLANHO, E.,

HOSPITAL HELIÓPOLIS – SÃO PAULO – SP – BRASIL

CONTEXTO: As MAVs são defeitos congênitos na diferenciação dos vasos, podendo apare-cer durante a infância ou na vida adulta, com discreta prevalência no sexo feminino (1,5:1).Nos membros superiores respondem por menos de 1% dos tumores vasculares.OBJETIVO: Apresentar cinco casos de malformações vasculares de membro superioratravés de imagens arteriográficas.TIPO DE ESTUDO: Relato de caso de cinco pacientes.LOCAL: Serviço de Hemodinâmica da Cirurgia Vascular do Hospital Heliópolis – SP (SUS –Estadual - Terciário).DESCRIÇÃO DO CASO: CASO 1: Feminino, 46a, antecedentes: hipertensão arterial sistê-mica (HAS), tabagismo e etilismo. QP: há oito dias iniciou dor em 2° e 3° quirodáctilos es-querdos (QDE), cianose e diminuição de temperatura. Pulsos ulnar e radial +4/4. Arteriografiademonstrando retardo de enchimento das artérias dos 2° e 3° QDE, retenção de contraste(blusch) em 1°, 4° e 5° QDE, reenchimento precoce das veias da mão esquerda. MAV dasartérias do arco palmar e interdigitais. CASO 2: Feminino, 52a, antecedentes: HAS e embo-lização de MAV de mão direita há 15 dias. QP: dor e cianose de mão direita há dois anos.Pulso radial +4/4 e ulnar +2/4. Lesões tróficas em 3° e 4° QDD. Arteriografia com artérias bra-quial e radial de calibre aumentado, arco palmar contrastado somente pela art. radial, MAVem região metacarpiana e 3° e 4° QDD, onde se observa fístula arteriovenosa (FAV) de altofluxo. CASO 3: Feminina, 43a, antecedentes: HAS. QP: tumoração pulsátil em 4° e 5° QDDcom aumento de volume nos últimos seis meses. Pulsos +4/4. Arteriografia com porção distalde artérias radial e ulnar apresentando entortilhamento com ectasia em múltiplos segmentos,retenção de contraste, identificação de vários nidus e opacificação precoce do sistema veno-so caracterizando presença de comunicação A-V sugestivo de doença microfistular. CASO4: Feminina, 13a, antecedentes: nega comorbidades. QP: dilatações venosas em antebraçodireito há cinco anos, sem queixas álgicas, com prejuízo estético. Ao exame, pulsos radial eulnar 4+/4 sem frêmito palpável, e sem lesões tróficas. Arteriografia: artérias de aspecto habi-tual. Venografia: ramos de veia basílica e cefálica formando lagos venosos com retenção decontraste e presença de veias de drenagem para sistema venoso superficial. CASO 5: Femi-nina, 39a, antecedentes:nega comorbidades. QP:dilatação venosa em dorso da mão direita,associado a dor local. Nega trauma, cirurgia prévia ou punção venosa local. Ao exame físico,pulsos radial e ulnar 4+/4 sem frêmitos e sem lesões tróficas. Venografia de MSD realizadapor punção direta da malformação venosa com técnica de duplo garrote, com presença delago venoso e retenção de contraste com drenagem venosa tardia para sistema venoso su-perficial de antebraço. Arteriografia de aspecto habitual.DESCRITOES: Mão; Angiografia; Malformações Arteriovenosas; MãoFONTES DE FOMENTO: não há fonte de financiamento.CONFLITO DE INTERESSES: não há conflito de interesses.

Temas Livres Orais J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLO-081TRATAMENTO CIRÚRGICO DE HEMANGIOMA ULCERADO: RELATO DE CASO.

ROSAMARIA RODRIGUES GOMES, GUILHERME BENJAMIN BRANDÃO PITTA.

Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), Maceió-AL.

CONTEXTO: O hemangioma é o tumor vascular mais presente nas crianças até um ano deidade. Geralmente, sua involução é espontânea, sendo por isso recomendada uma condutaexpectante. Ulceração e infecção secundária, seguidas de hemorragia, são as complicaçõesmais freqüentes dos hemangiomas. Estima-se que apenas 10 a 20% dos hemangiomas pre-cisem ser tratados. A cirurgia é indicada nos casos de emergência, naqueles em que não háresposta aos tratamentos sistêmicos ou por razões estéticas.OBJETIVO: Relatar um caso de tratamento cirúrgico de hemangioma ulcerado.TIPO DE ESTUDO: Relato de caso.LOCAL: Hospital Memorial Arthur Ramos, Maceió-AL (instituição privada de atenção terciá-ria).DESCRIÇÃO DO CASO: Criança, 8 meses, portadora de lesão ulcerada em pavilhão auri-cular esquerdo, foi admitida no hospital com queixa de “sangramento na orelha”. Ao exame:lesão bem delimitada, nodular, de cor vermelho-vivo, com telangiectasias na superfície, ulce-rada, sangrante na região posterior do pavilhão auricular esquerdo no lobo inferior com abau-lamento no interior da orelha. Sobreposto à lesão, havia formação de abscesso local. Hajavisto o diagnóstico ser eminentemente clínico, não foram solicitados exames complementa-res e foi indicada cirurgia para exérese total do tumor vascular. O exame anátomo-patológicorevelou uma proliferação de vasos revestidos por endotélio típico em meio a tecido conjuntivofrouxo, com infiltrado mononuclear de permeio, confirmando o diagnóstico de hemangiomacavernoso. Para a maior parte dos hemangiomas, o tratamento é conservador e inclui corti-coterapia (sistêmica, tópica e injeção local), interferon alfa, laser, embolização, crioterapia eradiação. A cirurgia é indicada nos casos de emergência, quando não há resposta aos trata-mentos sistêmicos ou por razões estéticas, pode ser empregada sob forma de embolização,ligação arterial seletiva ou exérese simples, com ou sem reconstrução plástica.DESCRITORES: Hemangioma. Neoplasias de Tecido Vascular. Cirurgia.FONTES DE FOMENTO: Nenhuma.CONFLITO DE INTERESSES: Nenhum.

TLO-082“USO DO PROPRANOLOL NO TRATAMENTO DO HEMANGIOENDOTELIOMAKAPOSIFORME NA INFÂNCIA”

RIBEIRO A.J.A; NÓBREGA L.P.S., BARROS R.A.V.; OLIVEIRA W.M.; MAGALHÃES M.A.S.

Unidade de Cirurgia Vascular e Angiologia do Hospital de Base do Distrito Federal – Brasília– DF e Unidade de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Base do Distrito Federal – Brasília - DF

CONTEXTO: Avaliar a resposta terapêutica ao propranolol no tratamento de caso de heman-gioendotelioma Kaposiforme, que é um raro tumor maligno de origem vascular da infância ,cuja resposta a outras terapêuticas é insatisfatória na maioria dos casos.OBJETIVO: descrever os resultados iniciais pela avaliação clínica e pela ecografia vascularcom Doppler do tratamento com propranolol para o Hemangioendotelioma Kaposiforme comhistórico de síndrome de Kasabach-Merrit em criança com 2 anos e 4 meses de idade.TIPO DE ESTUDO: relato de caso.LOCAL: Hospital de Base do Distrito Federal, Instituição Terciária, Pública, Ambulatório deAngiologia e Cirurgia VascularDESCRIÇÃO DO CASO: Menina, atualmente com 2 anos e 4 meses de idade, com tumo-ração envolvendo aproximadamente quase a circunferência total da perna direita distal; comhistórico de ter nascido com tumoração em perna direita evoluindo rapidamente nos primei-ros dias de vida com aumento de tamanho da tumoração, coagulopatia de consumo e quedado estado geral.Foi iniciado corticoterapia oral sem resposta importante, sendo iniciado quimiotrapia com Vin-cristina com boa resposta clínica com aumento significativo das plaquetas.Permaneceu com a referida tumoração em perna direita, que apresenta tamanho significativoem relação ao restante dos membros, aumento de temperatura local e desconforto estéticoimportante.Diante da falta de opções terapêuticas, idade do paciente e os relatos recentes em várias ar-tigos de boa resposta dos hemangiomas proliferativos com o uso de propranolol; os autorespropuseram e iniciaram o uso de propranolol na dose de 1mg/Kg/dose de 12 em 12 horas eavaliaram a evolução da resposta ao tratamento, através do relato dos familiares, avaliaçãoclínica (anamnese e exame físico) e com ecografia vascular com Doppler.DESCRITORES: Hemangioendotelioma Kaposiforme; Propranolol; Tumor vascularFONTES DE FOMENTO: Não há fonte de fomento.CONFLITOS DE INTERESSE: Não há conflito de interesse.

TLO-083A FREQUÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DE PROFILAXIA PARA TROMBOSE VENOSAPROFUNDA EM PACIENTES CLÍNICOS HOSPITALIZADOS

ROSAMARIA RODRIGUES GOMES, GUILHERME BENJAMIN BRANDÃO PITTA,ALDEMAR ARAUJO CASTRO, WENDEL GUIMARÃES MARTINS.

Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), Maceió, AL.

CONTEXTO: A profilaxia para trombose venosa profunda (TVP) está sendo subutilizada, ain-da que esta seja descrita como a causa mais comum de mortalidade hospitalar passível deprevenção. Assim, é relevante responder a pergunta de pesquisa: qual a frequência da utili-zação de profilaxia para trombose venosa profunda em pacientes clínicos hospitalizados?OBJETIVO: Determinar a frequência da utilização de profilaxia para trombose venosa profun-da em pacientes clínicos hospitalizados. A hipótese foi que a frequência era de 20%.TIPO DE ESTUDO: Estudo transversal de frequência.LOCAL: Hospital Geral do Estado Dr. Osvaldo Brandão Vilela, Maceió-AL (Hospital geral epronto-socorro, de gestão dupla, unidade auxiliar de ensino).AMOSTRA: Foram incluídos os pacientes clínicos hospitalizados. Foram excluídos os meno-res de 18 anos, as gestantes e os pacientes hospitalizados há menos de 72 horas. Amostranão-proabilística por conveniência.VARIÁVEIS: Primária: frequência da utilização de profilaxia. Secundárias: frequência da utili-zação de métodos físicos e de métodos farmacológicos. Dados complementares: média dasidades e dias de internamento; frequência de homens, do tipo de alojamento, de pacientespor especialista responsável pelo internamento, de pacientes com baixo, médio e alto riscopara desenvolvimento de trombose venosa profunda, de pacientes com contraindicação parao uso de heparina.MÉTODO ESTATÍSTICO: O tamanho da amostra foi de 246 indivíduos (p=20%; vari-ação=5%; significância=5%). Utilizou-se o Qui-quadrado e o intervalo de confiança de 95%.(11) RESULTADOS: Os homens eram 43% (107/246; IC95% 37 a 50). A média das idadesfoi 57 anos (IC95% 55 a 59; mín 21, máx 94); a média dos dias de internamento foi 8 dias(IC95% 7 a 9; mín 3, máx 77). A frequência de pacientes hospitalizados em enfermaria foi92% (226/246; IC95% 88 a 95); da clínica médica 56% (137/246; IC95% 49 a 62). A frequên-cia de baixo risco de desenvolvimento de TVP foi 21% (51/246; IC95% 16 a 26); médio risco43% (107/246; IC95% 37 a 50); alto risco 36% (88/246; IC95% 30 a 42); com contraindicaçãopara o uso de heparina foi 24% (59/246; IC95% 19 a 29). A frequência da utilização de profi-laxia foi 33% (80/246; IC95% 27 a 38); utilização de métodos físicos 17% (41/246; IC95% 12a 21) e métodos farmacológicos 26% (64/246; IC95% 21 a 31).CONCLUSÃO: A frequência da utilização de profilaxia para trombose venosa profunda empacientes clínicos hospitalizados foi de 33%.DESCRITORES: Trombose de Veia Profunda. Prevenção de Doenças. Heparina.FONTES DE FOMENTO: UNCISAL e FAPEAL (processo no2002.11.023-5), Maceió-AL.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Processo 918/2008, CEP–UNCISAL.CONFLITO DE INTERESSES: Nenhum.

TLO-084ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO E DO USO DE PROFILAXIA PARA TEV EMHOSPITAL PÚBLICO DE ATENÇÃO TERCIÁRIA EM SÃO LUÍS (MA)RODRIGO ARTUR SOUZA DE OLIVEIRA, JAIRO MEDEIROS DO LAGO, SEBASTIÃO BARRETODE BRITO FILHO, GUSTAVO MARINELLI, DIOGO ARAÚJO RIBEIRO, KARLLA FERNNANDACUSTÓDIA SILVA LEAL, IGOR TOBIAS COSTA CASTRO, RICARDO AMARO NOLETO ARAÚJO,LUIZ FELIPE ALVES GUERRA; VIRGÍNIA TRAVASSOS TEIXEIRA; MÁRCIO SÁ SERRA

UFMA

CONTEXTO: A maioria dos casos de TEV parece estar associada a fatores de risco bem definidos.Apesar disso, vários estudos mostram grande variabilidade na utilização de profilaxia de TEV, sendofrequente a inobservância às orientações dos consensos internacionais.OBJETIVO: Avaliar fatores de risco para o desenvolvimento de TEV e a utilização ou não da profilaxiaem pacientes clínicos internados.TIPO DE ESTUDO: Estudo observacional, de coorte transversal. Os dados foram coletados em trêsdias de Junho de 2009, contando-se com 4 investigadores, com acesso aos prontuários de pacientesinternados nos leitos de clínica médica do hospital.LOCAL: Hospital público de atenção terciária em São Luís (MA).AMOSTRA: 41 pacientes internados do setor de clínica médica, com tempo de internação superior a3 dias. Foram excluídos pacientes que tiveram internação nos dias das triagens.PROCEDIMENTOS: Estudo baseado em questionário padronizado para coleta de dados a partir dosprontuários e entrevistas com os pacientes.VARIÁVEL: Sexo, idade, uso de heparina, tempo de internação, diagnóstico principal, co-morbidades,fatores de risco para TEV, contra indicações para o uso de heparina..MÉTODO ESTATÍSTICO: As variáveis quantitativas foram comparadas usando o teste t de Student.RESULTADOS: Amostra estudada abrangeu 41 pacientes: 24 (58,5%) do sexo feminino, com faixasetárias predominante entre 40 e 59 anos e superior a 60 anos. O tempo de internação era inferior a30 dias (53,6%). Dentre as co-morbidades, HAS e DM foram mais prevalentes.A heparina foi utilizada em 10 pacientes (24,4%), dose de 5000 U 2x/dia em 9 oportunidades (22,0%)e 1x/dia em situação isolada. Houve um episódio de associação com anticoagulante oral. 17 fatoresde risco foram observados entre os pacientes, merecendo destaque infecção (39,0%), doença respi-ratória grave, ICC classe III ou IV e obesidade, 17,1% de prevalência, cada.A heparinização foi mais frequente nos pacientes internados a mais de um mês e menos de 3 meses,com 44,4%. Fizeram profilaxia com heparina 25% dos infectados, 85,7% dos portadores de ICC, ne-nhum dos pneumopatas graves e 28,6% dos obesos.Quanto às contra-indicações, foram registradas: sangramento ativo e coagulopatia (4,9%), não sendoregistrado uso em tais situações; e insuficiência renal com clearance de creatinina abaixo de 30ml/min (9,8%).CONCLUSÃO: Fatores de risco para TEV são extremamente frequentes em pacientes clínicos hospi-talizados e, muitas vezes, há subutilização de profilaxia. Apenas a minoria dos candidatos a profilaxiarecebem prescrição adequada.DESCRITORES: TEV; profilaxia; fatores de risco.FONTES DE FOMENTO: Não se aplica.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: CEP da UFMA, processo nº 1190/2008.CONFLITO DE INTERESSES: Não há.

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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TLO-085AVALIAÇÃO DA PROFILAXIA DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA NACLÍNICA CIRÚRGICA DE UM HOSPITAL DE ENSINODUARTE, V.R.M., MEIRA, M.R.L., PAES, A.S., ROCHA, V.E.S.

HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO – HSE – PE

CONTEXTO: A trombose venosa profunda (TVP) é uma entidade frequente e grave, doença de ocorrênciamultidisciplinar, está presente, como complicação da internação hospitalar, em praticamente todas as especi-alidades clínicas ou cirúrgicas. Os cuidados inerentes à profilaxia da TVP, diagnóstico precoce e tratamentocorreto e imediato devem estar sempre vívidos no pensamento diário de todo médico, qualquer que seja suaárea de atuação.A TVP é a terceira causa mortis de doença cardiovascular nos EUA, ocorrendo, anualmente, em 1% da po-pulação.A embolia pulmonar é a principal causa de óbitos evitáveis em hospitais.OBJETIVO: Verificar se a profilaxia da trombose venosa profunda está sendo utilizada de maneira correta erotineira na Clínica Cirúrgica do HSE – PE (Hospital de Ensino).TIPO DE ESTUDO: Estudo transversal retrospectivo descritivoLOCAL: Clínica Cirúrgica do Hospital dos Servidores do Estado de Pernambuco.AMOSTRA: O tamanho da amostra, definida por conveniência, foi de 100 pacientes todos submetidos a trata-mento cirúrgico eletivo pela equipe de Cirurgia Geral e Coloproctologia no período de setembro a dezembrode 2008 no HSE-PE.VARIÁVEIS ESTUDADAS: Os prontuários foram analisados através da aplicação do Protocolo de Profilaxiada TVP para pacientes cirúrgicos, segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Angiologia e Ci-rurgia Vascular - SBACV. Foi estratificado o risco e avaliada a profilaxia de cada paciente de acordo com ogrupo de risco.MÉTODO ESTATÍSTICO: Na amostra deste estudo foram utilizados porcentagens simples e números abso-lutos. Os dados foram armazenados numa base de dados informatizada, Epi-Info versão 6,04, de forma aresguardar os direitos dos pacientes envolvidos ao sigilo, privacidade e a não estigmatização.RESULTADOS: Foram analisados 100 pacientes, 36 (36%)homens e 64 (64%) mulheres. A média de idadefoi de 54,8 anos, compreendida entre 19 e 85 anos. Desses, 32 (32%) eram de baixo risco, 62 (62%) era demédio risco e 06 (6%) eram de alto risco, 21 (21%). Apenas 25 casos (25%) foi realizada profilaxia de formaadequada e não receberam nenhum tipo de profilaxia. Dos 68 pacientes que apresentavam indicação parareceber profilaxia medicamentosa, apenas 12 (17,6%) a receberam e a droga de escolha foi a heparina debaixo peso molecular. A profilaxia medicamentosa foi corretamente empregada em somente 05 (7,3%) dospacientes.A Compressão Pneumática Intermitente não foi utilizada em nenhum paciente.Não foram prescritas meias elásticas.A profilaxia mais utilizada foi a deambulação precoce, sendo efetuada em 76 pacientes.CONCLUSÃO: Apesar da eficácia da profilaxia da TVP já ter sido comprovada em diversos estudos, continuasendo subutilizada em nosso meio.A profilaxia não está sendo utilizada adequadamente em pacientes com risco potencial de desenvolver trom-bose venosa profunda.No HSE foi utilizada alguma forma de profilaxia para TVP na maioria dos pacientes cirúrgicos. A maior partenão foi realizada adequadamente segundo a recomendação da SBACV.Apenas 25% dos pacientes foram submetidos à profilaxia adequada.DESCRITORES: 1. Trombose venosa profunda. 2. Profilaxia.3. Tromboembolismo. 4. Prevenção.FONTES DE FOMENTO: Não houve.

TLO-086DETERMINAÇÃO DO TEMPO PARA A ANTICOAGULAÇÃO EFETIVA COMVARFARINA EM TROMBOSE VENOSA PROFUNDACRISTIANO NUNES AGUIAR; JOÃO RICARDO MOREIRA; ANTÔNIO CARLOS DE ALENCARJÚNIOR; ARNALDO TAKAHAMA; FERNANDO A.BACALHAU; ADILSON F.PASCHÔA; WOLFGANGG.W.ZORN; BONNO VAN BELLEN

Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo-Hospital São Joaquim.

CONTEXTO: O tromboembolismo venoso (TEV) é uma doença de alta prevalência, especialmenteem doentes hospitalizados. A profilaxia secundária com a varfarina é uma conduta terapêutica efici-ente cujo objetivo é evitar a recorrência. Todavia, o manejo da dose ideal da varfarina é dificultadapois, além de ser individualizada, é sujeita a interferência de vários fatores.OBJETIVO: Procurou-se definir o tempo necessário para a anticoagulação efetiva num grupo de do-entes internados por TEV e correlacioná-lo a algumas variáveis.TIPO DE ESTUDO: Prospectivo.LOCAL: Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo-Hospital São Joa-quimAMOSTRA: Foram estudados 61 doentes no período de janeiro a outubro de 2008, todos com di-agnóstico confirmado de trombose venosa profunda pelo ultra-som vascular.VARIÁVEL:Variável primária : tempo de anticoagulação.Variável secundária: idade, sexo, IMC, drogas associadas.MÉTODO ESTATÍSTICO: Teste não-paramétrico de Mann-Whitney , coeficiente de correlação deSpearman7 .RESULTADO: O tempo médio de anticoagulação foi de 6,6 dias; 54,1% dos doentes apresentarama anticoagulação efetiva entre o terceiro e quinto dia e 83,6% entre o terceiro e nono dia. Não foramencontradas diferenças estatisticamente significantes na comparação das variáveis estudadas com otempo necessário para anticoagulação.CONCLUSÃO: O tempo necessário para a ação efetiva da varfarina não sofreu interferência do sexo,IMC, faixa etária ou do uso de drogas que poderiam alterar o mecanismo de anticoagulação. O tempomédio para anticoagulação efetiva foi de 6,6 dias, porém, mesmo uma amostra reduzida de doentes,confirma que esse tempo está sujeito a grande variabilidade, o que implica na monitorização rigorosado tempo de protrombina.DESCRITORES: Trombose, anticoagulação, membros inferiores.FONTES DE FOMENTO: Nenhuma.COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA: Isento - pesquisa de banco de dados.CONFLITO DE INTERESSES: Nenhum.

TLO-087FILTRO DE VEIA CAVA INFERIOR: RESULTADOS A MÉDIO PRAZOSOARES, R.A., NAKAMURA, E.T., TIOSSI, S.R., SOARES, R.A., MATIELO, M.F., NAKANO, K.,DAUDT, R.A., PIRES, A.P.M., SANTOS, F.M., YAMADA, M.H., SACILOTTO, R.,

SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DO HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - SP

Contexto: Existem poucos estudos na literatura sobre a perviedade primária dos implantes de filtrode veia cava inferior e as taxas de prevenção de tromboembolismo pulmonar fatal nos pacientes comtrombose venosa profunda. A incidência de trombose venosa profunda em pacientes de alto risco ehospitalizados pode chegar a 40% e a embolia pulmonar fatal em até 7% dos casos. A trombose daveia cava inferior após implante de filtro pode chegar a 30% dos casos e é associada a morbidadesignificativa.Objetivo: Avaliar os implantes de filtros de veia cava inferior quanto a suas complicações, mortalidadeperioperatória e perviedade dos dispositivos, no período 36 meses.Tipo de Estudo: estudo retrospectivo, transversal de análise de freqüências das variáveis apresenta-das.Local: Hospital público terciário de atendimento ambulatório e enfermaria.Amostra: Foram incluídos 19 pacientes com trombose venosa profunda recentes com indicação deimplante de filtro de veia cava inferior por acesso femoral no período de março de 2005 a fevereiro de2009.Variáveis: Primária: perviedade primária da veia cava inferior. Secundárias: complicações, óbitos ecomorbidades.Métodos: Foi utilizado o método descritivo através de análise das freqüências pelo programa SPSSfor Windows 13.0.Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 69 anos (40-87). A maior parte dos pacientesfoi do sexo masculino (78,9%). As principais comorbidades clínicas foram: HAS (68,4%), neoplasia(42,1%) e diabetes mellitus (36,8%). A principal indicação para o implante de filtro de veia cava inferiorfoi contraindicação ao uso de anticoagulantes (89,5%). As comorbidades clínicas de maior incidênciaque contraindicaram a anticoagulação foram hemorragia digestiva alta (26,3%) e acidente vascularencefálico hemorrágico (15,8%).O tipo de dispositivo mais utilizado foi o Venatech (42,1%) seguido pelo Gunther Tulip (36,8%).Não houve complicações graves no perioperatório de implante de filtro de veia cava inferior. Os óbitoscorresponderam a 42,1% dos casos, na sua maioria tardios em decorrência das graves comorbida-des clínicas dos pacientes.Todos os pacientes foram acompanhados ambulatorialmente no segmento e 7 realizaram duplex ve-noso da veia cava inferior em 2009 demonstrando perviedade em 100% dos casos. A média de per-viedade primária foi de 24 meses. Houve um caso de oclusão da veia cava inferior infra-renal no se-guimento ambulatorial.Conclusão: Pode-se concluir que a taxa de perviedade primária da veia cava inferior foi de 100% nos7 pacientes avaliados com duplex e 1 caso de oclusão no seguimento ambulatorial. A média de per-viedade primária foi de 24 meses. Os pacientes apresentam alta taxa de mortalidade (42,1%), prin-cipalmente devido as graves comorbidades associadas, muitos deles com neoplasia avançada. Nãohouve complicação grave após implante dos filtros de veia cava inferior, demonstrando a segurançado procedimento e sua eficácia na prevenção de eventos tromboembólicos sintomáticos.Descritores: trombose venosa, anticoagulantes, filtro de veia cava inferior.Fontes de Fomento: não houve.Comitê de ética em pesquisa: não houve

TLO-088FILTROS DE VEIA CAVA INFERIOR – EXPERIÊNCIA DA FACULDADE DEMEDICINA DO ABC

PEREIRA, V.A., BORDINHON, T.S., CENTONFANTI, G., BUENO, A.N., FUJII, E.Y.,FONSECA, D.V., BORTOLINI, E., RAUTENFELD, M.V., BRUNETTI, K., FIORETTI, A.C.,DIAS, M.C.C.P.O., ARAÚJO, M.B., CORRÊA, J.A., GALEGO, S.J., KAFEJIAN, O.,

FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

Contexto: A trombose venosa profunda é uma entidade freqüente, com alto potencial de com-plicações, ocorrendo principalmente como conseqüência de outras afecções clínicas ou cirúr-gicas. A embolia pulmonar é a principal complicação, apresentando elevadas taxas de morbi-mortalidade, principalmente em caso de diagnóstico tardio. O tromboembolismo venoso é emgeral adequadamente tratado com anticoagulação, porém, em grupo selecionado de pacien-tes, está indicada interrupção mecânica com implante de filtro de veia cava.Objetivo: Analisar as indicações, tipos e aspectos técnicos do implante de filtros de veia cavainferior.Tipo de estudo: Retrospectivo por análise de prontuárioLocal: Hospital de Ensino - FUABCAmostra: Pacientes submetidos a implante de filtro de veia cava no Hospital de Ensino daFaculdade de Medicina do ABC.Resultados: No período do estudo foram implantados 61 filtros de veia cava inferior, commaior prevalência de mulheres (52,5%) e idade média de 57,7 anos. A principal indicaçãopara implante do filtro de veia cava foi contra-indicação à anticoagulação (37%), alto risco detromboembolia pulmonar (26%) e realização de cirurgia de grande porte (15%). O tipo de fil-tro mais utilizado foi o Trap-ease (45,9%); seguido pelo Braile (27,9 %), Green-field (21,3%)e Günther Tulip (4,9%). A taxa de sucesso inicial foi de 96,72%, sendo um caso com impos-sibilidade de implante do filtro por tumor abdominal comprimindo sistema venoso. Desde aimplantação destes dispositivos, durante o período de acompanhamento desses pacientes,não foi diagnosticado nenhum caso de fenômeno trombo-embólico pulmonar.Conclusão: O implante de filtros de veia cava mostrou-se método eficaz para prevenção defenômenos trombo-embólicos. Quando os rigores técnicos endovasculares são observados,o índice de complicações relacionadas à colocação transvenosa do dispositivo é baixo, per-mitindo que este procedimento seja realizado inclusive em pacientes de alto risco.Descritores: trombose venosa profunda, filtro de veia cava inferior, embolia pulmonarFontes de Fomento: Não há financiamentoConflito de interesses: Não há conflito de interesses

Temas Livres Orais J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLO-089INVESTIGANDO A TROMBOSE VENOSA NA GRAVIDEZ

KALIL, J.A., JOVINO, M.A.C., LIMA, M.A., MAGLIARI, M.E.R., SANTO, M.,PAPAIORDANOU, F.,

HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO LUIZ – SÃO PAULO - BRASIL

Introdução: A trombose venosa profunda (TVP) na gravidez é fator determinante no aumen-to da morbidade e mortalidade materno-fetal. Pode ocorrer na presença de trombofilias, porcompressão da veia cava inferior, estase venosa ou alterações hormonais.Objetivos: A meta deste trabalho é analisar pacientes grávidas e no pós parto imediato, por-tadoras de TVP em membros inferiores e pesquisar as possíveis causas de trombofilia e re-visão de literatura.Métodos: Foram analisadas gestantes e puérperas encaminhadas por ginecologistas e obs-tetras com quadro clinico suspeito de TVP de janeiro de 2004 a novembro de 2006, períodoem que foram realizados 24.437 partos, no Hospital e Maternidade São Luiz, sendo 89% ce-sarianas, 7.5% partos normais e 3.5% fórceps. Do total de pacientes encaminhadas com qua-dro clinico sugestivo, foram realizados 42 diagnósticos clínicos de TVP, em gestantes comidade entre 21 e 39 anos, confirmados por Duplex Scan Venoso.Imediatamente antes da introdução da terapia anticoagulante, foram colhidos exames parapesquisa de trombofilia, que foram repetidos após o período de tratamento.Resultados: Das 42 pacientes portadoras de TVP, 32 eram primigestas (03 gemelares semalterações trombofílicas, 02 por fecundação in vitro), 08 secundigestas e 02 tercigestas. Emquatro pacientes, a TVP ocorreu no primeiro trimestre da gestação (9,5%), onze no segundotrimestre (26,2%) e vinte e sete no terceiro trimestre da gestação (64,3%). Das 42 pacientescom diagnóstico de TVP, 18 (42,8%) ocorreram nas veias infra-patelares. Houve um caso detromboembolismo pulmonar (TEP) em paciente de 37 anos, que havia realizado fecundação“in vitro”, com gestação gemelar e diagnosticada TVP (ausência de trombofília) após cesaria-na. Das 42 pacientes, 16 (38,1%) tiveram a causa da TVP estabelecida, com prevalência demutação heterozigótica do fator V de Lieden em seis pacientes (14,2%), seguida pela Síndro-me de Fosfolípides e outras. A maioria das pacientes foi tratada com heparina de baixo pesomolecular.Conclusão: A TVP na gravidez apesar de baixa freqüência aumenta consideravelmente amorbidade materno-fetal. A pesquisa de trombofilia deve ser realizada em casos seleciona-dos tais como antecedentes pessoais ou familiares de fenômenos trombóticos e/ou trombofi-lia. A gestação gemelar, a cesariana e a inseminação artificial, também foram fatores predis-ponentes para a ocorrência de TVP.

TLO-090PREVALÊNCIA DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM PACIENTES COMFORAME OVAL PÉRVIO QUE EVOLUIRAM COM EMBOLIA PARADOXAL

FERNANDO GUIRADO NETO, FERNANDA SANCHES SABION GUIRADO, LAÍSNICOLIELO, EMERSON CIORLIN, JOSÉ DALMO DE ARAÚJO FILHO, JOSÉ DALMO DEARAÚJO.

Instituto de Moléstias Cardiovasculares de São José do Rio Preto.

CONTEXTO: Chamar a atenção para a investigação de forame oval pérvio e trombose ve-nosa naqueles pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico onde não foi detectadouma fonte convincente para tal quadro clínico.Objetivo: Mostrar a prevalência de trombose venosa profunda nos pacientes com acidentevascular encefálico isquêmico onde a embolia paradoxal possa ser o agente etiológico.TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo de revisão de prontuários.MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva dos prontuários de paci-entes que realizaram ecocardiograma transesofágico em nosso serviço a procura de fontesembolígenas quando sofreram um acidente vascular encefálico isquêmico. Analisamos a pre-valência de forame oval pérvio associado a trombose venosa profunda dos membros inferi-ores (TVP - Avaliados com eco Doppler colorido), tentando confirmar a suspeita de emboliaparadoxal nestes casos.RESULTADOS: De todos os ecocardiogramas transesofágicos realizados em nosso serviçoentre 2002 a 2008 foi detectado forame oval pérvio em 19,6% dos pacientes. Encontramosseis pacientes com acidente vascular encefálico isquêmico onde existia forame oval pérvio.Detectamos trombose venosa profunda nas veias dos membros inferiores em dois pacientesdeste grupo (33%). As co-morbidades nestes pacientes foi tabagismo 3, hipertensão arterial2 e um diabético.CONCLUSÃO: É de extrema importância a pesquisa de trombose venosa profunda nos pa-cientes com quadro clínico de acidente vascular encefalico isquêmico e que apresentam fo-rame oval pérvio, visto que em nossa estatística a prevalência de forame oval pérvio é alta(19,6%) e, a associação com trombose venosa ocorre em 33% destes pacientes.DESCRITORES: acidente vascular encefálico, forame oval, embolia paradoxal, trombose ve-nosa.

TLO-091PROFILAXIA DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) EM UM HOSPITALESCOLA: LIÇÕES APRENDIDAS.

PATRIANI, A.H., ENGELHORN, C.A., ENGELHORN, A.L.D.V., CORAL, N.C.J.E., CORAL,F.E., PATRIANI, A.H., VÉRDI, D.X.F., MAURO, F.O., COLATUSSO, R.P., MANTOVANI,L.M., MEDEIROS, B., MARTINS, V.E.,

IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA

INTRODUÇÃO: A trombose venosa profunda é uma entidade freqüente e grave, que podelevar à embolia pulmonar e à síndrome pós-trombótica. Apesar de os protocolos para a suaprevenção estarem à disposição de todos os profissionais da área médica, muitos pacientesnão estão recebendo a profilaxia rotineiramente.OBJETIVO: Verificar se a profilaxia para a TVP está sendo utilizada de maneira rotineira ecorreta em um hospital escola comparando com um estudo semelhante realizado há 8 anosnesta mesma instituição.TIPO DE ESTUDO: Estudo transversal.LOCAL: Enfermaria da Santa Casa de Curitiba, instituição de atendimento terciário e privado.AMOSTRA: - critérios de inclusão: pacientes internados neste hospital nas especialidades deClínica Médica, Ortopedia, Cirurgia Geral, Ginecologia, Urologia e Cirurgia Vascular com arespectiva autorização dos chefes de serviços de cada especialidades- critérios de exclusão: pacientes ambulatoriais e internados neste hospital em outras especi-alidades não incluídas no estudo ou sem a autorização dos chefes de serviço- técnica de amostragem: totalVARIÁVEL: Estratificação de risco de TVP para cada paciente de acordo com a diretriz reco-mendada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).MÉTODO ESTATÍSTICO: Descritivo.RESULTADOS: Foram analisados 355 pacientes, 46 eram de baixo risco para o desenvol-vimento de trombose venosa profunda, 190 eram de médio risco e 119 eram de alto risco.Cento e oitenta (50,7%) pacientes não receberam tratamento profilático para trombose veno-sa e 175 (49,3%) receberam. A profilaxia foi realizada em 39,47% dos pacientes com riscomoderado e em 74,8% dos pacientes com alto risco.CONCLUSÃO: Apesar de ter sua eficácia comprovada e difundida, a profilaxia para a trom-bose venosa profunda não está sendo utilizada em pacientes com risco potencial para de-senvolver trombose venosa profunda. Porém comparando com o trabalho prévio ocorreu me-lhora importante da prescrição da profilaxia de TVP nesta instituição.DESCRITORES: Trombose venosa, profilaxia, embolia pulmonar.FONTES DE FOMENTO: Custos foram de responsabilidade dos pesquisadores.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universida-de Católica de CuritibaCONFLITO DE INTERESSES: nenhum

TLO-092A IMPORTÂNCIA DO DUPLEX SCAN NA VIGILÂNCIA DE ENXERTOS INFRA-INGUINAISHELEN CRISTIAN PESSONI, FELIPE FAGUNDES, CRISTINA RIBEIRO RIGUETTI; CARLOSEDUARDO VIRGINI MAGALHÃES; CRISTIANE ARAÚJO; CRISTINA RIBEIRO RIGUETTI PINTO;LUIS EDMUNDO OLIVEIRA RODRIGUES; CARLOS FELIPE SILVA DELGADO; MONICAROCHEDO MAYALL; GISELE DA FONSECA CORDEIRO; DANIEL MARCOS SILVEIRABARLETTA; CARINA BRANDÃO; FÁBIO KLAINCHOT

HOSPITAL UNIVERSITARIO PEDRO ERNESTO

Contexto: O duplex scan é um método diagnóstico não invasivo, capaz de nos dar informações im-portantes sobre o funcionamento hemodinâmico das pontes infra-inguinais e orientar quanto à neces-sidade de reintervenção.Objetivos: Avaliar a importância do duplex scan no pós-operatório imediato e no acompanhamento depacientes submetidos à revascularização infra-inguinal no Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJnos períodos de 2000-2008Tipo de Estudo: Análise retrospectiva de prontuários de pacientes acompanhados no ambulatório derevascularização infra-inguinal nos períodos de 2000-2008Local: Ambulatório de Patologias Infra-Inguinais, Disciplina de Cirurgia Vascular - UERJAmostra: Pacientes submetidos à revascularização infra-inguinal e também a realização de duplexscan dentro das referências do protocolo do trabalhoVariável: Alterações ao duplex scan em pacientes com enxertos infra-inguinais, a necessidade dereintervenção, o sucesso técnico e perviedadeMétodos: Em noventa e nove pacientes submetidos à revascularização infra-inguinal foram realiza-dos os exames de duplex scan no pós-operatório imediato e 1, 3, 6, 9, 12, 18 e 24 meses. Eramregistrados dados sobre a velocidade de fluxo no enxerto, ratio, condições da anastomose proximal edistal, corpo do enxerto e deságüe distal. Os pacientes que apresentavam estenoses acima de 70%,velocidade de pico sistólica acima de 300 cm/seg e/ou ratio acima de 3 eram então encaminhadospara angiografia. Os casos em que a velocidade, ratio e/ou estenoses apresentavam valores inferio-res eram acompanhados mensalmente com duplex scan e exame clínico vascular.Resultados: Durante o acompanhamento ambulatorial foram detectadas alterações em 8,1%, 9,1%,4,0%, 5,0%, 2,0%, 3,0%, 2,0%, 3,0% nos períodos de pós-operatório imediato, 1, 3, 6, 9, 12, 18, 24meses, respectivamente. Dos 99 pacientes revascularizados submetidos ao duplex foram encontra-das alterações em 33,3%. Destes pacientes, dez (10,1%) apresentaram alterações significativas eforam submetidos à reintervenção imediata. Neste grupo, houve sucesso técnico com manutençãoda perviedade em 80% dos casos, com uma oclusão imediata e uma oclusão tardia. Dezessete pa-cientes (51,5%) com alterações ao duplex foram acompanhados clinicamente. Destes, dez (58,8%)evoluíram satisfatoriamente, mantendo a perviedade do enxerto; um (5,9%) evoluiu com oclusão ime-diata; e seis pacientes (35,3%) evoluíram com oclusão tardia.Conclusão: O duplex é um exame importante na avaliação hemodinâmica do paciente submetido àrevascularização distal de membros, pois é capaz de detectar precocemente as alterações no enxer-to, mesmo antes do paciente se tornar sintomático, permitindo que a intervenção seja realizada antesque ocorra a oclusão.Descritores: aterosclerose obliterante, enxerto autólogo, pontes, ecocardiografia Doppler em cores,angioplastia com balão.Não há fontes de fomento e nem conflito de interesses

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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TLO-093DOENÇAS VASCULARES EM HEMODIALISADOS: ASSOCIAÇÃO ENTREACHADOS RADIOLÓGICOS, ULTRASSONOGRÁFICOS E CLÍNICO-LABORATORIAIS

MIGUEL, S.J.B., MIGUEL, J.B., MIGUEL, C.M.S., SAMPAIO, E.A., LUGON, J.R.,

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Doenças vasculares em hemodialisados: associação entre achados radiológicos, ultrassono-gráficos e clínico-laboratoriaisIntrodução: A presença de calcificação vascular em pacientes hemodialisados associa-seà doença arterial oclusiva periférica (DAOP) e ao aumento no risco de morte por causascardiovasculares. Objetivos: Correlacionar a DAOP (diagnosticado como índice pressóricotornozelo-braço, IPTB, alterado) com alterações vasculares à ultrassonografia e radiografiasimples; comparar a acuidade da ultra-sonografia com a radiografia no diagnóstico de calcifi-cação vascular; determinar as condições clínico-laboratoriais associadas à DAOP. Métodos:Estudo transversal envolvendo 76 pacientes hemodialisados. Utilizou-se a ultrassonográficaem modo B para determinação da espessura médio-intimal das carótidas e da presença decalcificações arteriais (artérias carótidas internas e comuns e femorais). A presença de cal-cificações arteriais também foi avaliada através de radiografias simples de quadril. Empre-gando regressão logística, correlacionou-se a presença de um IPTB baixo com variáveis in-dependentes: idade (décadas), gênero, tempo em diálise, tabagismo, diabetes melito, hiper-tensão arterial, uso de calcitriol e níveis séricos de PCR ultra-sensível, cálcio iônico, fósforoe PTH intacto. Resultados: A idade média dos pacientes era 52±13 anos, 57% eram masculi-nos e 16% diabéticos. A radiografia foi mais sensível no diagnóstico de calcificação vasculardo que a ultrassonografia (64% vs. 48%, P=0,0023). Na regressão logística, somente calci-ficações à ultra-sonografia (P=0.002, OR=12.09) associaram-se ao IPTB baixo, o que nãoocorreu em relação ao espessamento médio-intimal de carótidas (P=0,998, OR=0,00) e àscalcificações vasculares à radiografia (P=0.118, OR=5.65). Dentre as condições clínico-labo-ratoriais, apenas a idade (em décadas) apresentou associação estatisticamente significativacom IPTB baixo (P<0,001, OR=5,65). Conclusões: Somente calcificações arteriais à ultra-so-nografia associaram-se a IPTB baixo. A radiografia de quadril foi mais sensível na detecçãode calcificação vascular que a ultra-sonografia. Das condições clínico-laboratoriais analisa-das, apenas a idade apresentou associação significativa com IPTB baixo.Descritores: aterosclerose, diálise renal, ultra-sonografia, isquemia.Fontes de fomento: recursos próprios.Comitê de Ética em Pesquisa: CEP- CMM- HUAP número 066/06 ---- 12/11/2006.

TLO-094ESTUDO DOS FATORES DE RISCO EM PACIENTES PORTADORES DEDOENÇA ARTERIAL OCLUSIVA PERIFÉRICA

FRANCO, R.L., VALLE, C.E.D., MOREIRA, R.C.R., FRANCO, R.L., DIAS, A.P., TRISTÃO,F.R., RAYMUNDO, C.L.,

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU

Introdução: Pacientes com doença arterial periférica apresentam múltiplos fatores de riscopara doença aterosclerótica difusa. Isso confere um alto risco de morte por eventos cardio-vasculares. A identificação e o controle desses fatores de risco são essenciais na redução damorbimortalidade dos pacientes portadores de doença aterosclerótica.Materiais e métodos: Foram analisados os dados de pacientes portadores de doença arte-rial obstrutiva periférica tratados em nosso serviço no período de janeiro de 2009 a junhode 2009. Foram avaliados dados demográficos, presença de doenças associadas, dosagensséricas de glicose, colesterol e triglicerídeos e terapêutica farmacológica e de estilo de vidapropostos. Os dados foram protocolados e avaliados estatisticamente.Resultados: Foram identificados 43 pacientes, sendo 62% masculinos e 38% femininos. Aidade média foi de 67,9 anos. O diagnóstico inicial foi de isquemia crítica em 53,5%, claudi-cação intermitente em 37,2% e pé diabético em 9,3%. Hipertensão arterial estava presenteem 86% dos pacientes e 62,8 % eram tabagistas. Diabetes Melitus foi observado em 53,5%dos pacientes, com uma taxa média de glicemia de jejum de 166,7mg/Dl. Dislipidemia estevepresente em 65,1% dos pacientes com taxa média de colesterol total de 204,04mg/dL e LDLde 121,3mg/dL. O tratamento com inibidores da ECA para hipertensão arterial era feito em94,6% dos pacientes, diabetes melitus era tratado de forma inadequada em 56,5% dos paci-entes, o uso de estatinas esteve presente em apenas 39,3% dos pacientes com dislipidemiae nenhum paciente tabagista foi submetido a terapias para abandonar o fumo.Conclusão: A maioria dos pacientes portadores de doenças vasculares são subtratados emrelação à modificação dos fatores de risco para aterosclerose. Portanto, o diagnóstico da do-ença deve promover a otimização do tratamento clínico para prevenção secundária de novoseventos cardiovasculares.

TLO-095ESTUDO SOBRE A RESISTÊNCIA BACTERIANA E EPIDEMIOLOGIA DASINFECÇÕES DE FERIDA OPERATÓRIA EM CIRURGIA VASCULAR PERIFÉRICA.EDUARDO LICHTENFELS, PEDRO ALVES D’AZEVEDO, AIRTON D.FRANKINI, JONAS PALUDO.

Serviço de Cirurgia Vascular da ISCMPA. Departamento de Microbiologia da UFCSPA. Programa dePós-graduação em Patologia da UFCSPA.

CONTEXTO: A infecção de sítio cirúrgico é uma complicação grave da cirurgia vascular periférica. Orecente aparecimento de microorganismos resistentes e agressivos gera uma nova preocupação comrelação ao manejo dessas infecções.OBJETIVO: Verificar a prevalência de resistência bacteriana, a epidemiologia, os possíveis fatoresassociados e o padrão de resistência nas infecções de ferida operatória das cirurgias arteriais perifé-ricas.TIPO DE ESTUDO: Estudo de prevalência.LOCAL: Irmandade Santa Casa de Porto Alegre (hospital terceário de ensino).AMOSTRA: Amostra consecutiva composta por 40 pacientes portadores de infecção da ferida ope-ratória e submetidos à cirurgia de revascularização arterial periférica no período de janeiro de 2007a maio de 2008. Critérios de inclusão: idade maior que 18 anos; diagnóstico clínico de infecção deFO (até 30 dias após a cirurgia) e/ou prótese (até 1 ano após a cirurgia); confirmação laboratorial dainfecção (cultura); realização de profilaxia antimicrobiana cirúrgica (cefazolina 1-2 g); e presença deinfecção definida como hospitalar (diagnosticada após 72 h de internação e relacionada ao procedi-mento) e consentimento informado.PROCEDIMENTOS:VARIÁVEL: Variável dependente: presença de resistência bacteriana aos antimicrobianos. Variáveisindependentes: idade, sexo, comorbidades, tempo de internação pré-operatória, antibioticoterapiaprévia, tipo de cirurgia, utilização de prótese vascular, local da infecção, tipo de infecção (profundida-de), patógeno isolado (exame cultural) e padrão de resistência bacteriana.MÉTODO ESTATÍSTICO: estatística descritiva com a distribuição de freqüências simples e relativa,através de tabelas de contingência. Para a investigação de possível associação entre o fator em es-tudo (resistência bacteriana aos antimicrobianos) e as variáveis qualitativas, em tabelas 2 x 2, foi uti-lizado o teste exato de Fisher. Nível de significância (alfa) de 5%.RESULTADOS: Participaram do estudo pacientes com média de idade de 64,2 anos, predominante-mente do sexo masculino (70%). A prevalência geral de resistência bacteriana foi 72,5%, e de multir-resistência, 60%. O microorganismo mais freqüentemente isolado foi o Staphylococcus aureus (40%),sendo 11 das 16 culturas (68,7%) resistentes à oxacilina. As taxas de resistência aos principais an-timicrobianos testados foram: ampicilina, 85,7%; cefalosporina, 76,9%; oxacilina, 65%; e ciprofloxaci-na, 62,5%. Não foi identificada resistência à vancomicina e ao imipenem.CONCLUSÕES: Os achados deste estudo sugerem que a resistência bacteriana é um problema atuale muito prevalente nas cirurgias arteriais periféricas. O Staphylococcus aureus segue sendo o prin-cipal patógeno envolvido, demonstrando altas taxas de resistência. A vancomicina e o imipenem se-guem sendo as principais opções terapêuticas para esse tipo de infecção.DESCRITORES: Infecção de ferida operatória, resistência a medicamentos, cirurgia.FONTES DE FOMENTO: CAPES.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: CEP ISCMPA (Parecer 409/06).CONFLITO DE INTERESSE: Não.

TLO-096O VALOR DA ARTERIOGRAFIA NA DEFINIÇÃO DA RESISTÊNCIA DO LEITORECEPTOR DO ENXERTO

ROSSI, F.H., LEÃO, P.P., OLIVEIRA, L.A.V., ALMEIDA, B.L., OLIVEIRA, E.S.J.,MONTEIRO, R.B., KAMBARA, A.M., BARRETO, R.B.M., SALEH, M.H., IZUKAWA, N.M.,

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP / FACULDADE DE MEDICINADAS USP

Contexto: A arteriografia é muitas vezes utilizada como único método pré-operatório para adefinição da conduta terapêutica na revascularização do membro isquêmico, seja ela realiza-da através da angioplastia transluminal ou cirurgia convencional. Ainda hoje sua utilização éassunto de debate.Objetivo: Comparar um método de classificação arteriográfica simples com estudos hemo-dinâmicos pré e intra-operatórios do leito arterial isquêmico a ser revascularizado, com o ob-jetivo de verificar seu poder em definir a resistência desse leito arterial.Método: Foram analisadas prospectivamente 68 cirurgias de revascularização de membrosinferiores isquêmicos realizadas no período de julho de 1999 a julho de 2004, no Setor deCirurgia Vascular do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. As características do leitoarterial receptor do enxerto foram estudadas e comparadas através de método de classifi-cação arteriográfica pré-operatória proposta pelos autores, análise hemodinâmica pré-ope-ratória por eco-Doppler colorido, e intra-operatória por medidas diretas de vazão, pressão eresistência.Resultados: Foram observados índices de correlação de Spearman positivos (p<0,05) entre osistema de classificação arteriográfica pré-operatória proposta e as medidas hemodinâmicasultrassonográficas pré-operatória de volume de fluxo sanguíneo (p=0,035) e medidas diretasintra-operatórias de vazão (p=0,006), pressão (p=0,037) e resistência (p=0,006).Conclusão: O método de classificação arteriográfica pré-operatória proposto pode definir aresistência do leito arterial a ser revascularizado e auxiliar na definição da conduta e doprognóstico da revascularização do membro inferior isquêmico.Palavras-chave: Angiografia, isquemia, extremidade inferior,Duplex scan

Temas Livres Orais J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLO-097PREVALÊNCIA DA ESTENOSE CAROTÍDEA EM PORTADORES DECLAUDICAÇÃO INTERMITENTECORDEIRO, G.F., MAYALL, M.R., BARLETTA, D.M.S., DELGADO, C.F.S., BARBOSA, C.B.,ZULUAGA, S.X., SALVADORI, R.A.M., FAGUNDES, F.B., GOMES, C.F.A., PESSONI, H.C., PINTO,C.R.R., NISHIO, R., VIRGINI-MAGALLHÃES, C.E.,

SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR E ENDOVASCULAR, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDROERNESTO (HUPE-UERJ)

CONTEXTO: A prevalência da estenose carotídea, apesar de baixa na população geral, pode chegara 50% entre portadores de doença arterial obstrutiva periférica. A triagem da doença cérebro vascularem grandes populações depende da identificação de subgrupos populacionais que se beneficiem dapesquisa sistemática de forma custo-efetiva.OBJETIVO: determinar a prevalência da estenose carotídea e avaliar possíveis fatores preditivos emuma população de pacientes portadores de claudicação intermitente dos membros inferiores.TIPO DE ESTUDO: estudo de prevalência.LOCAL: Ambulatório de Claudicação – Policlínica Piquet Carneiro, Serviço de Cirurgia Vascular e En-dovascular, Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJAMOSTRA: Um grupo de 219 indivíduos com diagnóstico de claudicação intermitente dos membrosinferiores foi submetido consecutivamente à avaliação com Eco-Doppler de carótidas no início doacompanhamento de cada paciente no Ambulatório de Claudicação do Serviço de Cirurgia Vasculare Endovascular – UERJ entre ago/03 e dez/08PROCEDIMENTOS: realização de Eco-Doppler de carótidas como teste de triagem de pacientes comdiagnóstico de claudicação intermitente de membros inferioresVARIÁVEL: estenose carotídea, idade, sexo, tempo de claudicação intermitente nos membros inferi-ores, índice tornozelo-braço, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, tabagismo, hipercoles-terolemia, doença coronariana, história prévia de sintomas cérebro vasculares e presença de soprocarotídeoMÉTODO ESTATÍSTICO: Análise dos possíveis fatores preditivos para a estenose carotídea signifi-cativa (= 50%) utilizando-se o teste de diferença de proporções. Foram calculados ainda a sensibilida-de, especificidade, valores preditivos e a acurácia da identificação do sopro cervical ao exame físicotendo como padrão ouro o duplex-scan.RESULTADOS: Apenas 24% das avaliações com duplex-scan foram consideradas normais (n=53).Lesões obstrutivas <50% foram identificadas em 45% (n=101) dos pacientes. A prevalência de este-nose carotídea =50% foi de 36% da população estudada (n=80), com estenoses entre 50-69% em 44pacientes (n=44) e 15% dos indivíduos (n=35) com lesões =70%. O sopro cervical não foi identificado(n=170) ou não foi pesquisado (n=9) em 82% dos pacientes.CONCLUSÃO: A alta prevalência de estenose carotídea, associada aos baixos valores de sensibili-dade do sopro cervical ao exame físico na pesquisa de estenose carotídea = 50% entre os pacientesestudados justifica, na opinião dos autores, a triagem sistemática com duplex-scan dos indivíduoscom claudicação intermitente.DESCRITORES: estenose de carótida, doença arterial obstrutiva periférica, claudicação, eco-Dop-pler.FONTES DE FOMENTO: não há.CONFLITO DE INTERESSES: nenhum

TLO-098PREVALÊNCIA DE DOENÇA CAROTÍDEA EM PACIENTES COM DOENÇAVASCULAR PERIFÉRICA

CRISTIANO NUNES AGUIAR; JOÃO RICARDO MOREIRA; ANTÔNIO CARLOS DEALENCAR JÚNIOR; WOLFGANG G.W.ZORN; BONNO VAN BELLEN; FRANCINEC.CARVALHO

Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo-Hospital São Joa-quim.

CONTEXTO: É grande a importância de conhecermos a associação entre doença vascularperiférica e vasculopatia do território carotídeo extra-craniano, visto que os fundamentos fisi-opatológicos de ambas doenças é o mesmo: a arteriopatia aterosclerótica.OBJETIVO: Avaliar a associação entre doença vascular periférica e doença ateroscleróticado sistema carotídeo extra-craniano.LOCAL: Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo-HospitalSão JoaquimAMOSTRA: 128 pacientes internados com doença arterial periférica com algum dado nahistória ou no exame físico que fizesse suspeitar de doença carotídea foram submetidos aexame comprobatório (duplex, angio-ressonância ou angiografia convencional). As doençasque motivaram a internação dos pacientes foram doença obstrutiva aorto-ilíaca, doença obs-trutiva fêmoro-poplítea, doença obstrutiva aorto-ilíaca e fêmoro-poplítea associadas, doençaaneurismática de aorta abdominal e doença aneurismática periférica.VARIÁVEL:Variável primária :doença vascular periférica, doença carotídea.RESULTADO: 5,5% dos pacientes eram portadores de doença obstrutiva aorto-ilíaca, 24,2%tinham doença obstrutiva fêmoro-poplítea, 41,4% tinham doença obstrutiva aorto-ilíaca efêmoro-poplítea associadas, 34,4% tinham doença aneurismática de aorta abdominal e 2,3%doença aneurismática de artérias periféricas. Quanto à doença cérebro-vascular 18% tinhamhistória prévia de acidente vascular cerebral isquêmico e 7% tinham sofrido ataque isquêmi-co transitório. Estenose significativa de pelo menos uma das artérias carótidas internas foidetectada em 54 pacientes, ou seja, em 42,2%. Não foi encontrada associação significativaentre a presença de doença carotídea significativa e qualquer das variantes de arteriopatiaperiférica ou algum dos fatores de risco considerados. Houve somente associação significati-va entre a presença de doença carotídea severa e antecedente de ataque isquêmico cerebraltransitório ou achado de exame físico sugestivo de presença de doença carotídea.CONCLUSÃO: Os resultados demonstram um alto índice de estenose significativa de artériacarótida em pacientes atualmente assintomáticos do ponto de vista cerebrovascular, poden-do ser justificada a investigação sistemática de doença oclusiva carotídea em pacientes comdoença vascular obstrutiva periférica.DESCRITORES: doença carotídea, doença vascular periférica, arteriosclerose.FONTES DE FOMENTO: Nenhuma.COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA: Isento - pesquisa de banco de dados.CONFLITO DE INTERESSES: Nenhum.

TLO-099PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DA DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICASINTOMÁTICA E ASSINTOMÁTICA, EM HOSPITAL TERCIÁRIO. RJ, BRASIL.MARILIA PANICO, ETHEL SPICHLER, MARIO NEVES, LIANA PINTO, CARMEN PORTO, MÁRCIARIBEIRO, LEANDRO RODRIGUES, MARCOS ROSA, ELAINE TAVARES, JULIANA VIEIRA, JEANMIILLER, DAVID SPICHLER.

Disciplina Angiologia FCM/HUPE/UERJ & UNIRIO.

CONTEXTO: A Doença Arterial Periférica (DAP), abrange processos ateroscleróticos e tromboembó-licos, alterando a estrutura da aorta, seus ramos viscerais e artérias dos MMII, englobando esteno-ses, oclusões, aneurismas da aorta e seus ramos, excluindo artérias coronarianas. Afeta elevada pro-porção da população adulta, dependente de fatores demográficos e da metodologia aplicada, comprevalência nos Estados Unidos, variando de 4,3% acima de 40 anos, correspondendo a aproxima-damente 5 milhões de indivíduos e a 4,5 - 20%, nos acima de 70 anos, sem diferença entre os sexos.É caracterizada pelo índice tornozelo-braquial (ITB) < 0,90.OBJETIVO: Detectar a prevalência de DAP assintomática e sintomática, com introdução do ITB, as-sociada a fatores de risco demarcados.TIPO DE ESTUDO: Estudo coorte descritivo.LOCAL: Ambulatório de Angiologia, HUPE.AMOSTRA: 407 pacientes, idade = 30 anos, de dezembro 2006 a dezembro 2007.PROCEDIMENTOS: ITB < 0,90 e questionário padronizado, definiu DAP sintomática com claudi-cação, e assintomática com ausência de claudicação, ambas comparadas aos sem DAP (ITB 0,90 -1,30).VARIÁVEL: Patologias pregressas, como IAM, AVE, e fatores de risco, como idade, sexo, obesidade,tabagismo, DM, hipertensão sistólica e diastólica, tanto auto-referidos como confirmados, foram ana-lisados associados à prevalência.MÉTODO ESTATÍSTICO: A análise estatística utilizou programa SPSS, com significância de p< 0,05,sendo univariada, multivariada, com regressão logística. Odds Ratio e Razão de Risco foram aplica-dos.RESULTADOS: Dos 407 pacientes, 248 apresentaram DAP, 52,2% sexo feminino, média de idade70,1±10,2 anos. p< 0,005. A prevalência de 60,9% (IC 95% 56 - 66), foi subdividida: sintomática,89,9% (IC 95% 86,2 - 93,7), isquemia crítica, 32,2% (IC 95% 26,4 - 38,1), e assintomática 10,1% (IC95% 6,3-13,8). Ajustada por sexo e idade, aumenta significativamente entre 55-74 anos, com pre-domínio do feminino (1,35:1) nos acima de 74 anos. A prevalência dos sintomáticos e assintomáticosfoi influenciada pelo tabagismo, hipertensão e diabéticos auto-referidos e confirmados, sobrepeso,IAM e AVE. p<0,005. A média do ITB foi mais baixa nos sintomáticos (0,57 ± 0,17). p< 0,005.CONCLUSÃO: O ITB detectou a DAP com graus de gravidade associada a fatores de risco, identifi-cando os sintomáticos, e assintomáticos não claudicantes em unidade terciária.DESCRITORES: E01; E05.318.308.985.525.750; E05.318.740.600.800.725; C14.907.137.126.669.FONTES DE FOMENTO: Recursos e exames foram realizados no HUPE.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Trabalho submetido e aprovado em Novembro de 2005 pelo Co-mitê de ética em pesquisa do HUPE - FCM, UERJ.CONFLITO DE INTERESSES: Autores negam conflito de interesses.

TLO-100PUNÇÃO ANTERÓGRADA DE ARTÉRIA FEMORAL COMUM: VARIAÇÃOTÉCNICA

SENEFONTE, F.R.A., COVRE, M.R., JAFAR, M.B., FELICIO, A.C., SENEFONTE, F.R.A.,BISPO, M.A.F., CUNHA, G.A.N., ROSA, G.R.P.S., COMPARIN, M.L., ANDRADE, F.A.M.,MALDONADO, G., PEREIRA, A.C., SAYD, W.C., HELEGDA, C., NASSER, E.A.,

SERVIÇO DE ANGIOLOGIA, CIRURGIA VASCULAR E ENDOVASCULAR DA SANTACASA DE CAMPO GRANDE-MS.ANGIOCENTRO

CONTEXTO: É sabido que o manuseio das doenças arteriais periféricas infra-inguinais, so-bretudo as infra-geniculares, pode ser realizado através da punção anterógrada da artériafemoral comum. No entanto, é comum que o fio guia entre preferencialmente na artéria fe-moral profunda acarretando prolongamento e complicações do ato operatório. Pretendemoscomprovar maior efetividade na cateterização seletiva da artéria femoral superficial atravésde uma pequena variação técnica.OBJETIVO: Comprovar a efetividade da variação técnica para punção primária da artéria fe-moral superficial quando comparada a casos controle.TIPO DE ESTUDO: Estudo randomizado tipo caso controleLOCAL: Estudo realizado na Santa Casa de Campo Grande-MS, em pacientes internadospelo SUS.AMOSTRA: Incluídos pacientes com doença arterial isquêmica que foram submetidos à ar-teriografia ou angioplastia com punção anterógrada ipsilateral à lesão. Excluídos pacientesque tiveram acesso pelo lado contralateral. A punção foi realizada pelo mesmo cirurgião.VARIÁVEIS: Foi analisado o ângulo formado para maior efetividade da punção, a altura dapunção, o número de tentativas de punção em cada paciente e o tempo operatório.RESULTADOS: foram avaliados 60 pacientes submetidos a procedimento endovascular noperíodo de fevereiro a maio de 2009, separados em dois grupos: 30 pacientes com a pernado membro puncionado em posição anatômica (grupo 1), e 30 pacientes com a perna emposição de “perna de sapo” (grupo 2). A efetividade da punção da artéria femoral superficial(AFS) foi maior no grupo 2, chegando a 90%. O número de punções a fim de cateterizar aAFS foi menor no grupo 2 (média de 2 punções).CONCLUSÃO: A variação técnica, colocando o paciente em posição de “perna de sapo”,mostrou-se mais eficaz na cateterização seletiva da AFS, diminuindo também o tempo ope-ratório e as complicações.DESCRITORES: Artéria femoral, cateterismo, angioplastia.

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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TLO-101RELAÇÕES ENTRE ÍNDICE TORNOZELO-BRAÇO, ÍNDICE DE MASSACORPÓREA, GLICEMIA DE JEJUM E DISLIPIDEMIA EM IDOSOS DO VALE DORIO DO PEIXE, SC, BRASILAGAMENON HÜLSE DE BITTENCOURT, DANIELA VIANNA DALLANORA, MAURÍCIO DE MARCO,FERNANDO PINHO ESTEVES, ROBERTO AUGUSTO CAFFARO

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

CONTEXTO: condutas terapêuticas em todo o mundo são tomadas com base em consensos das di-versas especialidades. Essas condutas surgem de estudos com populações que nem sempre tem asmesmas características dos pacientes a serem tratados. Populações geográfica e etnicamente delimi-tadas, como as deste trabalho, podem ter relações entre aterosclerose e fatores de risco que diferemda literatura.OBJETIVO: determinar a prevalência de DAOP (doença aterosclerótica obstrutiva periférica) avaliadapelo ITB (índice tornozelo-braço) e estabelecer associações com os fatores de risco: índice de massacorporal (IMC), glicemia de jejum e dislipidemia.TIPO DE ESTUDO: de prevalência, transversal.LOCAL: Vale do Rio do Peixe, SC, Brasil.AMOSTRA: 429 voluntários idosos. Somente a recusa em participar foi critério de exclusão.PROCEDIMENTOS: aferição de ITB, peso, altura, coleta de sangue para dosagem de lipídeos séri-cos e glicemia e questionário de saúde.VARIÁVEIS: ITB, IMC, glicemia de jejum e lipídeos séricosMÉTODO ESTATÍSTICO: dados expressos em frequências foram comparados e correlacionadoscom a aplicação da Prova do Qui-quadrado; informações expressas em médias e desvios-padrão fo-ram analisadas com a aplicação do Teste t de Student. Adotou-se probabilidade de ocorrência dofenômeno de 95%, para um p < 0,05.RESULTADOS: prevalência de DAOP foi 24,2%. Não houve diferença na comparação do IMC médiodos idosos com (27,0+5,0 kg/m2) e sem (27,3+4,6 kg/m2) DAOP. Entre os 104 idosos com DAOP, amaioria deles apresentou resultados laboratoriais normais de glicose, HDL-colesterol e LDL-coleste-rol. Não houve associação entre a presença de DAOP e as concentrações de glicose, HDL-coleste-rol, triglicerídeos e LDL-colesterol. Indivíduos com concentrações normais de colesterol apresentaramDAOP com frequência maior (p=0,0057) (32,6%) do que aqueles cujos resultados laboratoriais semostraram alterados (20,0%). A prevalência de DAOP (17 casos) entre os hiperglicêmicos medicados(40,0%) foi maior (p=0,0081) do que entre os não medicados. A diferença na prevalência de DAOPentre os pacientes dislipidêmicos medicados foi de 35,7%, maior (p=0,0500) do que entre aquelesque não estavam sob medicação (20,6%). A dislipidemia não estava controlada em 80% dos indiví-duos com DAOP e em 66% dos sem DAOP (p=0,5776).CONCLUSÕES: a prevalência de DAOP foi 24,2%. Não houve diferença na prevalência de DAOPquando comparados indivíduos que se declararam ou não diabéticos A prevalência de DAOP entreos hiperglicêmicos medicados foi maior do que entre os hiperglicêmicos não medicados. Não houverelação entre o IMC médio e DAOP. Não houve associação entre DAOP e dislipidemia na populaçãoestudada, somente com colesterol.DESCRITORES: aterosclerose, idoso, fatores de riscoFONTES DE FOMENTO: não houveCOMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: UNOESC 264-2005CONFLITO DE INTERESSES: não há

TLO-102RESULTADOS A CURTO PRAZO DA ANGIOPLASTIA TRANSLUMINALPERCUTÂNEA INFRAINGUINAL GUIADA POR DUPLEX SCAN.

PIRES, A.P.M., DAUDT, R.A., GODOY, M.R., BROCHADO, F.C., MATIELO, M.F.,SACILOTTO, R., NAKAMURA, E.T., COSTA, V.S., PIRES, A.P.M., SOARES, R.A., SANTOS,F.M., YAMADA, M.H.,

SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR- HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUALDE SAO PAULO

Publicações recentes mostram que a angioplastia transluminal percutânea (ATP) guiada peloduplex scan (DS) é um método factível e diminui o uso de radiação e contraste, benefician-do a equipe (radiação) e o paciente (radiação, nefrotoxidade e alergias). Tivemos por obje-tivo comentar sobre a técnica e mostrar resultados a curto prazo. Entre período de julho de2008 e abril de 2009 foram realizados 14 ATP em 9 pacientes com doença arterial obstrutivacrônica (DAOC) no tratamento de ATP guiado pelo DS. A idade média foi de 67,1 a, 85,7%apresentavam Diabetes, 57% Insuficiência Renal Crônica. TASC A em 7 casos, B em 3, Cem 2 e D em 2. Foi realizado DS pré procedimento para aferição de todas as medidas develocidade, extensão e diâmetro da lesão. As punções foram monitoradas pelo DS com eacompanhamento do fio guia até ultrapassar o local da angioplastia. Após a angioplastia erarealizado novo DS com novas medidas para comparação. Nas 14 angioplastias realizadasobtivemos apenas um insucesso técnico (TASC D). Apenas dois casos foram complementa-dos com contraste e radioscopia. Houve melhora da média do índice tornozelo braço de 0,56pré procedimento para 0,81 pós procedimento. Nesta experiência inicial a ATP guiada peloDuplex Scan foi uma boa opção no tratamento da DAOC. A ATP por DS é um método pro-missor que exige boa experiência da equipe com resultados a curto prazos satisfatórios.

TLO-103RETORNO À FUNÇÃO SOCIAL DOS PACIENTES SUBMETIDOS ÀREVASCULARIZAÇÃO E À GRANDE AMPUTAÇÃO PRIMÁRIA POR ISQUEMIACRÍTICA

SASSAKI NETO, P.I., ROMITI, M., BROCHADO, F.C., LUCCIA, N., MATIELO, M., KIKUCHI,M., NASCIMENTO, G.T., SOUZA, N.L., TORRES, T.S.D.,

ANGIOCORPORE - INSTITUTO DE MOLESTIAS CARDIOVASCULARES

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: No tratamento da isquemia crítica, a revascularização pro-move melhor resultado final em termos físicos, psíquicos e sociais. Neste sentido avaliamoso retorno à função social dos doentes submetidos à revascularização e à grande amputação.MÉTODO: Realizamos um estudo prospectivo de 138 derivações arteriais e retrospectivo de38 grandes amputações primárias, coletados de 2004 a 2006, e analisadas por dois anos.No total, a população foi composta por 106 homens e 68 mulheres com média de idade de68 anos. Os fatores de risco não foram estatisticamente significantes entre os grupos. A in-dicação das cirurgias foi isquemia crítica por DAOP. As causas para as amputações primá-rias foram: limitação clínica ou gangrena extensa com membro inviável. Os pacientes foramclassificados quanto à função social como: dependente, semi-dependente ou independente(índice de Barthel). A análise dos resultados foi feita pela Kaplan-Meier e comparados peloLog-Rank test (SPSS 13.0).RESULTADOS: Nos revascularizados, a perviedade secundária, o salvamento do membroe a sobrevida em dois anos foram, respectivamente, 76,3%, 83,9% e 76,5%, todos com EP<0,1. Dos 38 amputados, 14 morreram nos primeiros 90 dias, 5 apresentaram limitações clí-nicas, 5 perderam o seguimento e 14 foram encaminhados para reabilitação visando proteti-zação. Destes, apenas três foram protetizados no período de 21 meses (5 não protetizarampor dificuldades sócio-econômicas do doente e deficiência institucional – acesso a fisiotera-pia/fisiatria, compra da prótese, transporte; 4 por desinteresse do doente; e em 2 casos afamília não soube informar). A sobrevida nos amputados foi de 37,7%, sendo que, nos quealcançaram a protetização, não houve óbito. Observamos então que o retorno à função social(independentes), no grupo dos revascularizados (83,9%), foi superior à observada no grupodos amputados (28,5% - 3 protetizados e um com muleta). O tempo médio de deambulaçãofoi de 60 dias para os revascularizados e 530 para os amputados.CONCLUSÃO: Este estudo mostrou maiores estimativas de sobrevida e independência nosrevascularizados e nos amputados protetizados.DESCRITORES: Arteriopatias Oclusivas, Oclusão de Enxerto Vascular, Doenças VascularesPeriféricas, AmputaçãoREFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1) Belkin M et al. Femorotibial bypass for claudication:do results justify an aggressive approach? J Vasc Surg. 1995 Jun;21(6):873-80. 2) Houghtonet al.Success rates for rehabilitation of vascular amputees: Implications for preoperative as-sessment and amputation level (p.753-755)

TLO-104REVASCULARIZAÇÃO E AMPUTAÇÃO EM OCTAGENÁRIOSSANTOS, F.M., MATIELO, M.F., PECEGO, C.S., BROCHADO, F.C., SANTOS, F.M., SOARES, R.A.,YAMADA, M.H., PIRES, A.P.M., TIOSSI, S.R., GODOY, M.R., SACILOTTO, R.,

SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DO HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃOPAULO

Contexto: Pacientes octagenários com DAOP candidatos à revascularização são de difícil manejo, pois apre-sentam diversas comorbidades, devendo analisar relação custo-beneficio, em função de submetê-los a pro-cedimento com altas taxas de mortalidade e morbidade. Porém, com o avanço da expectativa de vida destafaixa etária, deve-se dispor de procedimentos de revascularização, melhorando a qualidade de vida e sobre-vida.Objetivo: Avaliar nas revascularizações a função primária, secundária e taxa de salvamento de membro. Ava-liar nas revascularizações e amputações mortalidade operatória, sobrevida e o grau de dependência físicapré e pós-operatório.Tipo de estudo: estudo clínico, retrospectivo, coorte .Local: Instituição pública, terciária, e atendimento ambulatorial e enfermaria.Amostra: Foram incluídos 113 pacientes revascularizados (angioplastias, derivações com substitutos veno-sos, endarterectomias e embolectomias) e 78 pacientes submetidos a amputações maiores no período dejaneiro de 2000 à dezembro de 2008.Variáveis: Primárias: Funções primárias e secundárias das revascularizações . Secundárias: comorbidades,sobrevida, óbitos e grau de dependência física pré e pós-operatória.Método estatístico: Utilizado método descritivo através de análise das freqüências, curva de função e sobre-vida pelo método de Kaplan-Meier,utilizando o programa SPSS 13.0.Resultados: A média de idade dos pacientes revascularizados foi 83,3 anos (80-95). A maior parte do sexomasculino (50,4%) e suas principais comorbidades foram HAS (81,4%), tabagismo (55,8%), DM (48,7%),ICC (25,7%), IRC (22,1%) e arritmias (9,7%). A média de idade dos amputados foi 85,2 anos (80-99). Amaior parte do sexo feminino (60,3%) e suas principais comorbidades foram HAS (69,2%), DM (55,1%),ICC (33,3%), IRC (33,3%), tabagismo (21,8%), ICO (7,7%) e arritmia (3,8%). Nos revascularizados a funçãoprimária foi 31,1% em 47 meses (EP = 8,0), função secundária foi 31,9% em 47 meses (EP=8,2), salvamen-to de membro de 61,9% com 51 meses (EP=8,9), mortalidade operatória de 25,7% e sobrevida 11,2% em99 meses (EP=8,4). Não houve diferença estaticamente significativa em relação aos fatores de risco estuda-dos na função da revascularização. Nos pacientes amputados a amputação transfemoral foi a mais freqüen-te (88,5%). Neste grupo a mortalidade operatória foi 48,7% e a sobrevida de 11,6% até os 80 meses(EP4,1). Foram avaliados o grau de dependência em 90 pacientes revascularizados, 78,9% eram independentes,17,8% semidependentes e 3,3% dependentes no período pré-operatório; já no pós operatório 43,3% continu-aram independentes, 25,6% semidependentes e 31,1% dependentes. Nos 39 pacientes amputados em quepudemos coletar os dados, 46,2% eram independentes, 20,5% eram semidependentes e 33,3% dependentesno período pré-operatório; No pós-operatório apenas 2,2% e 7,7% continuaram independentes e semidepen-dentes, respectivamente, sendo que a grande maioria (89,7%) se tornaram dependentes.Conclusão: Concluímos que as taxas de função e preservação do membro são aceitáveis para pacientes oc-tagenários. Quando esses pacientes apresentam condições clínicas aceitáveis deve-se sempre tentar a re-vascularização, pois mantém melhores resultados de independência e semidependência do que nos pacien-tes amputados.Descritores: Perviedade Vascular, Amputação, Revascularização, octagénarios.Fomento: não houve.Comitê de Ética e Pesquisa: Não.Conflito de interesse: Não.

Temas Livres Orais J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLO-105USO DA TERMOGRAFIA DIGITAL POR RAIOS INFRAVERMELHOS PARA ODIAGNÓSTICO E O MONITORAMENTO TERAPÊUTICO DA OBSTRUÇÕESARTERIAIS PERIFÉRICAS DISTAIS.FREITAS, M.A.S., BRIOSCHI, M.L., JULIÃO, M.C.C.,

CENTRO DE TERMOLOGIA CLÍNICA ETHOS/INFRAREDMED

CONTEXTO: As obstruções arteriais periféricas agudas caracterizam eventos dramáticos e de altorisco que, dependendo da localização e o calibre dos vasos envolvidos, pode determinar a perdacompleta do membro ou mesmo a morte. Entretanto, uma situação particular neste grupo de doençaspode não causar efeitos tão drásticos, mas, os sintomas podem ser extremamente dolorosos e limi-tantes. Trata-se das obstruções arteriais distais, comprometendo os dedos dos membros superioresou inferiores. Podem ocorrer por trauma, embolia de fragmentos de placas de ateroma, deslocamen-to de pequenos trombos proximais ou arterites. O diagnóstico pela ecografia vascular colorida po-de ser difícil por envolver vasos de pequeno calibre na região e a confirmação pode necessitar dearteriografias por subtração digital. A parte isquêmica apresenta-se com redução da temperatura ea termografia digital por infravermelhos é um método extremamente sensível a estas modificações,sem a interferência do contato direto, com imagens anatômicas precisas, onde capta modificações natemperatura cutânea na ordem de 0,1º C ou menos. Assim, este exame pode avaliar de forma nãoinvasiva a presença de oclusões arteriais em vasos de pequeno calibre, confirmar o diagnóstico emonitorar respostas terapêuticas.OBJETIVO: Apresentar um método não invasivo para o diagnóstico precoce e o acompanhamentoterapêutico de obstruções arteriais agudas em artérias periféricas distais de pequeno calibre por meioda captura e processamento da radiação infravermelha.TIPO DE ESTUDO: Estudo de casos, prospectivo, não randomizado.LOCAL: Trabalho realizado em instituição privada em regime ambulatorial.AMOSTRA: Foram examinados com termografia digital por infravermelhos as extremidades de 04 pa-cientes, dois com suspeita de lesão em membros inferiores e dois em membros superiores.VARIÁVEIS: Foi avaliada a morfologia, a extensão e o diferencial térmico das áreas suspeitas,comparando-as topograficamente ao membro contralateral, tanto para o diagnóstico como para o mo-nitoramento terapêutico. Os exames ocorreram antes do tratamento e, seqüencialmente, mais duasvezes após 15 e 45 dias.RESULTADOS: O diagnóstico foi confirmado pelo diferencial térmico igual ou > que 2º C. Apósinstituírem-se os tratamentos, foram avaliadas as modificações morfológicas e térmicas locais, quenos casos em vista foram muito importantes. Nenhum dos pacientes avaliados e tratados necessitoude amputações ou ficou com dor de repouso residual.CONCLUSÕES: A identificação precoce de obstruções arteriais distais pode impedir a perda da partepor necrose como poupar o paciente de dores limitantes e até da instalação de síndromes dolorosascrônicas em decorrência das lesões. A termografia digital por raios infravermelhos demonstrou sermuito sensível e específica para o diagnóstico inicial e o monitoramento terapêutico deste grupo depacientes.DESCRITORES: termografia, raios infravermelhos, obstrução arterial, isquemia crítica, dor de repou-so, arterite.FONTES DE FOMENTO: nãoCONFLITO DE INTERESSES: não

TLO-106VIAS DE ACESSO UTILIZADAS EM PROCEDIMENTOS ENDOVASCULARES NOHOSPITAL MUNICIPAL SOUZA AGUIARROBERTA DE SOUZA ALVES, GLÁUCIA MOREIRA BARBOSA DA SILVA, RENATA VILLAS BÔAS,PAULA MARQUES DOS SANTOS, ALDÊNIO AMORIM DE LIMA, RAFAELA FONSECACASTRICINI, GUILHERME FARM D’AMOEDO, RITA DE CÁSSIA PROVIETT CURY, ROSSIMURILO DA SILVA.

Hospital Municipal Souza Aguiar

Contexto: Várias técnicas são utilizadas na obtenção de acesso vascular durante procedimento en-dovascular periférico. A escolha de uma via de acesso individualizada baseada na história, examefísico do paciente e conhecimento da anatomia influenciará diretamente na segurança e sucesso dotratamento.A obtenção de acesso percutâneo na doença arterial de membros inferiores inclui as vias anterógradae retrógrada, além da técnica de abordagem contra-lateral (crossover) durante a punção da artéria fe-moral comum. Outras técnicas incluem a utilização das vias radial, braquial, axilar e, menos freqüen-tes, acessos retrógrados através da artéria poplítea, pediosa e tibiais.Dissecção arterial, trombose, hematoma e sangramento do local de punção são possíveis compli-cações decorrentes da realização de um procedimento endovascular.Objetivo: Relatar as vias de acesso utilizadas nos procedimentos endovasculares, discutindo suasprincipais complicações.Tipo de estudo: Estudo de prevalênciaLocal: Unidade pública terciária de atendimento de emergênciaAmostra: Vinte pacientes portadores de doença arterial obstrutiva periférica internados no período defevereiro a agosto de 2009.Resultados: Foram realizados 23 procedimentos endovasculares, que incluíram: angioplastia distal(39%), recanalização de a. femoral superficial com stent (35%), angioplastia de Aa. ilíaca comum(13%) e ilíaca externa com stent (13%). Em 3 casos houve a combinação de dois procedimentos cita-dos e, em um paciente, foi realizada angioplastia associada a by-pass. A via anterógrada foi utilizadaem 52% dos casos e a punção ipsilateral, em 65%.A maioria (62,5%) das recanalizações de a. femoral superficial foi realizada através de punção ipsila-teral anterógrada, enquanto em 37,2%, a via foi contra-lateral retrógrada.Em 67% das angioplastias de ilíaca comum foi realizada punção contra-lateral retrógrada e, em 33%foi obtido acesso de a.femoral comum sob visão direta (ipsilateral retrógrada).Na maioria das angioplastias distais (78%) utilizou-se a via ipsilateral anterógrada.Em 67% das angioplastias de ilíaca externa, a via de acesso foi ipsilateral retrógrada (um deles porvisão direta) e, em 33%, contralateral retrógrada.Não houve complicações relacionadas a punção nos casos estudados.Conclusão: O acesso retrógrado permite abordagem direta das lesões de aorta distal e a.ilíaca ipsi-lateral, porém não é apropriado para lesões distais ipsilaterais ou de a. femoral comum. A técnica decross-over apresenta menor risco de sangramento em relação à via anterógrada. Pode ser de difícilrealização em bifurcações aorto-ilíacas com angulação acentuada.A via anterógrada é útil na abordagem de lesões não-ostiais de a. femoral superficial e distais, comsustentação adequada. Entretanto, tem suas limitações em pacientes obesos e apresenta maior riscode complicações.Embora a punção retrógrada seja a mais utilizada nos procedimentos endovasculares, por apresentarmenor índice de complicações, a via aterógrada se comportou como método seguro nos pacientes denossa instituição.

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Orais

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