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TEMA: A Política Externa dos Estados Unidos da América em relação à Angola (1960-1993) Uma das principais vertentes do estudo das Relações internacionais é consubstanciada a análise da Política externa

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Page 1: Tema a política externa dos estados unidos da américa em relação à angola (1960 1993)

TEMA: A Política Externa dos Estados Unidos da América em relação à Angola (1960-1993)

Uma das principais vertentes do estudo das Relações internacionais

é consubstanciada a análise da Política externa

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O desenvolvimento do referido estudo requer:

Bases teóricas adequadas e a selecção de factos históricos para pesquisa.

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Quanto a definição:

• A política externa é o conjunto de objetivos políticos que um determinado Estado almeja alcançar nas suas relações com os demais países do mundo.

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Outras definições

• De forma genéricaO estudo da Política

externa é voltada para a actuação do Estado no Plano internacional.

• A níveis conceptuaisO estudo da Política

externa podem pertencer a correntes distintas. Como sendo a realista e liberal.

OBS: Cada uma destas correntes possui uma definição própria do Poder e da importância das premissas sobre as quais elas apoiam se no sistema internacional pelo facto da GUERRA-FRIA propiciar novas discussões sobre essas definições.

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1.1. BREVE HISTÓRICO

Após o termo de 2ª GUERRA MUNDIAL, vários países encontravam-se arrasados e até mesmo ocupados pelo exércitos das Grandes potências vencedoras da referida guerra.

Os desníveis do poder das duas grandes potências em relação aos restantes países que compõe o mundo, era tão acentuados que veio resultar na constituição de um sistema bipolar. Sob a influência das duas doutrinas políticas antagónica característica atípica da época, o mundo foi dividido em dois pólos ou blocos. Os EUA defendia a economia capitalista, argumentando ser ela a representação da democracia e da liberdade. Em contrapartida a URSS enfatizava o socialismo como a solução dos problemas sociais.

Desta divisão bipolar a Europa e outros continentes foram também divididos em áreas de influências tal como: a Europa Central e Europa do Leste, América Central e América do Sul, Ásia Central e Ásia de Leste. Na Europa a Guerra-Fria era tão eminente de ocorrer, mas sem certeza de acção concreta.

“um momento de paz impossível e guerra improvável” Raymond Aron

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CAPÍTULO ll – PODER GLOBAL DOS EUA E SUA SUA POLÍTICA EM RELAÇÃO À AFRICA

2. 1. EXPANSÃO HEGEMÓNICA E PROJECTO IMPERIAL

Os EUA foram o primeiro Estado nacional que se formou fora da Europa. Mas a sua conquista e colonização foi uma obra do expansionismo europeu, assim como a sua guerra de independência foi uma “guerra europeia”.

O nascimento dos EUA foi um primeiro passo ao processo de universalização do sistema político internacional, inventado pelos europeus e que só veio a completar-se, no final do Século XX.

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ACÇÕES RELEVANTES DOS EUA

Expedições punitivas, de tipo colonial, em que os navios de guerra dos EUA bombardearam cidades como: As de Trípoli em 1801 e Argel em 1815.

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Um ano após os tratados de paz com a Grã-Bretanha em 1784. viam-se nos portos os primeiros navios comerciais norte-americanos e meio Século depois, os EUA com a Grã-Bretanha Potência económica europeia, assinavam e impunham Tratados comerciais, a China em 1844, e ao Japão em 1854.

Treaty of Paris by Benjamin West 1783Treaty of Paris by Benjamin West 1783Treaty of Paris by Benjamin West 1783Treaty of Paris by Benjamin West 1783Treaty of Paris by Benjamin West 1783

Tratado dos EUA com a Grã-bretanhaTreaty of Paris by Benjamin West 1783

                                 

 

The Kun Iam Temple, where the treaty was signed. Treaty of Wanghia Busto de Matthew Perry en Shimoda

tratado de Kanagawa

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Os EUA, 4 décadas após a sua independência:

Já achavam-se com direito a hegemonia exclusiva em todo o Continente americano. Assim executaram a sua doutrina Monroe, intervindo no San Domingo em 1861, México em 1864, Venezuela em 1887 e Brasil em 1893

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VITÓRIAS DOS EUA:

Teve vitórias quando da guerra com a Espanha, Cuba, Guam, Porto Rico e Filipinas.

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2.2. A Política dos EUA Em Relação à África

Este foi um tema relevante da política internacional desde vários anos, primeiro com as guerras coloniais, subsequentemente com os processos de descolonização, a Guerra-Fria, o fim do Apartheid, as intervenções externas e por último as guerras civis.

Os interesses dos EUA para África, justifica-se pelo facto de o continente africano possuir uma base de recursos indispensáveis que têm servido toda a humanidade ao longo de muitos séculos.

No caso específico de Angola, o seu sucesso e fracasso dá-se pelo facto de ter passado quase trinta anos de guerra e paz, por fim a democracia multipartidária. Tudo isto tinha como consequência a estabilidade no abastecimento de petróleo aos EUA e para a estabilização da África Austral e Central.

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Dois dos vários problemas que caraterizam o não desenvolvimento de África, a magnitude dos problemas e a sua complexidade. Os EUA não estariam correntes face as suas tradições e valores democráticos, no que diz respeito a proteção dos direitos humanos e o estado de direito nos países africanos.

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CAPITULO III- Política externa dos EUA em relação à Angola

• 3.1. Antecedentes da agressão imperial contra AngolaA partir de 1960, os EUA começaram a preparar-se para a futura independência de Angola. Para o efeito, muito cedo, os EUA trataram de criar grupos títeres para quando da chegada a libertação possuir forças internas capazes de defender os seus interesses. Assim, sendo, Washington como sombra, soube continuar seu trabalho de penetração e em nome dos chamados “valores ocidentais” e do anticolonialismo, multiplicou as suas declarações formais em apoio a independência de África.

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John F. Kennedy

Kennedy, quando em 1962 expressou publicamente que Portugal não podia manter o controlo sobre as colónias africanas e que devia se estabelecer contactos com os futuros lideres revolucionários. Assim começou os preparativos dos EUA para a ofensiva africana em particular as ex-colónias portuguesas, utilizando variantes que lhes permitiam conservar os seus interesses e aumentar a sua penetração.

JOHN F. KENNEDYMandato: 1961-1963

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Paralelamente a toda esta problemática os EUA por um lado apoia Portugal, e do outro, tratava do estabelecimento de contactos que o possibilitasse controlar os nascentes movimentos de libertação nacional.

O Secretário de Estado de Washington Menmen Williams, em 1963 visitou a cidade de Leopoldville actual Kinshasa, Congo ex-bélga. Conscidentemente mesmo ano que foi expulso o MPLA da referida cidade face as manobras políticas na arena internacional da época com realce a nível da Organização da Unidade Africana. As manobras realizavam-se com o objetivo de reconhecer para ampliação dos vínculos com o chamado Governo Revolucionário de Angola no Exílio, presidido por Álvaro Holden Roberto, líder da FNLA.

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3.2. Portugal e África do Sul em relação aos interesses dos EUA

Em 1969 os EUA passaram a criar em Angola condições para que uma vez a chegada a independência, o poder do novo Estado, fosse assumido pelos grupos criados e financiados por eles.

Na reunião da ONU em Dezembro de 1969, o Embaixador americano na ONU faz balanço da situação na África Austral, determinando a manutenção do status quo. Com realce ao apoio irrestrito as posições da África do Sul, Rodésia e Portugal.

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A partir desta data Menmen Williams estabeleceu que os maiores interesses dos EUA na África Austral estavam em Angola com realce para a importância dos EUA na estratégia imperial para a zona.

A Revolução dos Cravos, no dia 25 de Abril de 1974 em Portugal, e o processo de descolonização empreendido pelos oficiais portugueses nas suas colónias africanas. Sendo que a partir desse momento as relações dos EUA, abandonaram a tese de “Justiça social” e o diálogo com a África do Sul, para a modificação do regime segregacionista na África do Sul, pelas posições de apoio que reforçaram a situação internacional e interna do seu principal aliado da região

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Maio de 1974 o Comandante do Estado Maior da SADEF no encontro com o seu homólogo discutiram sobre os problemas da consolidação da cooperação militar entre os dois países, no marco do Atlântico Sul e da zona do Índico, a par da nova situação criada na África Austral depois da revolução de Abril em Portugal. Naquela altura as considerações estratégicas militares tiveram uma importância fundamental na elaboração da política externa dos EUA para a África Austral. Tudo porque à África do Sul ocupava um lugar central na estratégia da OTAN e que veio a se focar a nível militar, o poder do imperialismo permitiu-lhe o controlo de importantes vias marítimas para o transporte de Matérias-Primas, com realce ao petróleo proveniente do Golfo Pérsico.

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Reunião de Nixon e Spínola

Em 19 de Julho de 1974, Nixon e Spínola reuniram-se com a finalidade de completarem estratégias imperialistas contra a independência de Angola. Tentaram criar um Estado a seus domínios, que mantivesse intacto ou resguardados todos os seus interesses. Visto que o campo político estar ameaçado pela possível vitória do MPLA, ao poder em Angola.

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3.3.1. Governo de KennedyDe facto, só foi após a penetração soviética no hemisférico ocidental através do estabelecimento de um regime comunista em Cuba, que a América deu então conta do envolvimento da URSS, na sua esfera de influência e acima de tudo a sua natural consequência noutras partes do mundo, conforme veio a se comprovar em África.

Sem esquecer os problemas de ordem interna nos EUA, no que diz respeito aos problemas raciais, levaram Kennedy a colocar em primeiro plano as questões africanas entre as suas principais prioridades políticas.

Kennedy era diferente com relação ao seu antecessor Eisenhower que era indiferente com relação aos assuntos que diziam respeito aos movimentos de Libertação de África.

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É verdade que as administrações anteriores a de Kennedy à África Austral não figurava nas principais preocupações dos EUA e dai a ausência de diretivas e de programas significativos da Casa Branca dirigida à África Austral. Em suma, não havia uma política específica dirigida para à África no geral.

O otimismo que prevaleceu em redor do Governo de Kennedy no que tange as questões africanas foi, no entanto, um tanto quanto dividida quando os EUA tiveram de atuar face a Revolução Angolana que eclodiu em conflito em 1961.

As opiniões dos EUA nos anos 1960 face as questões africanas era dividida em duas facões e de bastante influência durante toda aquela década:

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- a fação que considerava a perspetival «Europa em Primeiro Plano» principal mentor o Senador George Ball,

- a fação que considerava favoráveis as relações com o Continente africano «africanistas», concentradas nos grupos liberais anticolonialistas e anti-racistas, onde Menmen Willians preponderava.

Face a toda estas duas correntes, Kennedy predispois se de grandes de grandes afinidades pelas posições de Menmen Willians em relação aos governos da África do Sul, de Portugal e da Rodésia. E também refletiu sobre a evolução da situação colonial numa perspectiva de ordem internacional geral, com a Europa no principal cerne da questão.

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3.3.2. Governo de Johnson

Lyndon B. Johnson

MANDATO: 1963-1969

Após a trágica morte de Kennedy, substituiu-lhe Lyndon Johnson. De acordo com o trabalho de Thomas Noer, Johnson herdou um mundo conturbado com a ameaça do holocausto nuclear, na sequência da concorrência EUA VS URSS, com o agravamento da violência entre as etnias do Congo-Zaire, com a instabilidade no Corno de África e por último o domínio da África Austral pelas potências coloniais europeias.

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Naquela altura os EUA estavam envolvidos no conflito com o Vietname ao rubro, sendo que Johnson e os seus colaboradores não estavam preparados para ocuparem-se dos problemas africano. E assim, não conseguiu fazer melhor trabalho com relação ao seu antecessor.

Em 1966, Johnson tentou a decisão de efetivar um programa de assistência económica aos países africanos com base a componente da política externa geral do seu governo com relação ao comunismo e em especial ao conflito Oeste VS Leste.

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3.3.3. Os Governos de Nixon e Ford

RECHARD NIXONMANDATO:1969-1974

GERALD FORDMANDATO:1974-

1977

De 1969 até princípio de 1977, Richard Nixon e Gerald Ford, foram eleitos chefes do executivo americano, sendo ambos pertencentes ao Partido Republicano. Este governo exerceu papel relevante na condução dos assuntos referentes as relações externas dos EUA, na pessoa de Henry Kissinger.

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A estratégia dos EUA para África Austral:

Passou de “baixa intensidade para alta intensidade” pelas ocorrências de factos como em Portugal em 1974 e quando em 1976 na cidade de Joanesburgo (Soweto), registaram actos de grandes violências, onde vem resultar na morte de Jovens e crianças negras manifestantes. Resultando como um grande marco contra o regime da época.

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Em1974, Nixon demite-se do cargo na sequência do conhecido escândalo “the Water gate” sucedido por Gerald Ford. Coincidiu com a Abrilada em Portugal e com o início do processo de descolonização das províncias ultramarina portuguesa, com maior significado as independências de Angola e Moçambique.

A evolução do processo de transição de Angola, suscitou por um cuidado específico, por este território ter vivenciado ofensiva da União Soviética através de envio de soldados cubanos.

Sobre os avanços comunistas na África Austral, Kissinger decidiu proceder a evolução da “escala do conflito” em Angola, o que fez com que a URSS aumentasse o seu apoio ao MPLA.

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3.3.4. O Governo de Cárter

Em Janeiro de 1977 dá início a uma administração cujo lema era os Direitos do Homem e a Igualdade Racial.

Cárter preocupou-se mais com os aspectos idealistas dos Direitos Humanos em África, duque com as consequências da sua política nos destinos da comunidade branca da África Austral, resultando na deterioração das relações americanas com o governo sul-africano e a melhoria substancial da credibilidade dos EUA face a comunidade negra.

Mandato1977-1981

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A administração um tanto quanto tranquila com as suas explorações de Petróleo na África em particular em Angola, não deu um passo para reconhecer o governo instalado em Angola desde a proclamação da independência em 11 de Novembro de 1975.Tudo porque o governo era apoiado pela União Soviética, decidida a expandir-se na região Austral e consequentemente, a obstruir os desígnios americanos.

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3.3.5. O Governo de Ronald Reagan

Quando o presidente Ronald Reagan chegou ao poder nos EUA, encontrou em África a União Soviética com vantagens face aos EUA, Porque a democracia era uma coisa rara na maior parte dos países africanos, onde era usual os povos em acreditar no sistema «um homem/ um voto» mas apenas uma única vez.

Mandato 1981-1989

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As iniciativas políticas de Reagan, eram jizadas em função do perigo soviético na região e, que as consequências do apartheid eram tais que podiam por si criar condições favoráveis ao surgimento de situações revolucionárias susceptíveis a ponto de propiciar a intervenção progressiva contra aquela politica radical.

Para Reagan, à África Austral tinha a sua raiz na política externa geral de confrontação entre os dois blocos.

Em suma a política externa de Reagan significou em termos da África Austral, o regresso a estratégia americana de contenção a União Soviética e a preponderância do seu principal estratega para as questões africanas, “Chester Crocker.”

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Crocker reconheceu haver três objectivos-base das políticas americanas no que se refere à África do Sul, agrupadas em:

I-Solução negociada para o problema da Namíbia;

II- Uma nova ordem política não-racial na África do Sul;

III- Desenvolvimento da África Austral para o alcance de política e economia estável, robusta e livre de conflitos e intervenções externas.

O compromisso construtivo, exigia uma política de Linkage entre a retirada das tropas cubanas de Angola. A implementação da resolução 435/78 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Uma das implicações do compromisso construtivo era o não reconhecimento diplomático de Angola. Até a retirada total das tropas cubanas de Angola.

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3.3.6. Governo de Bush e de Clinton

3.3.1. Presidente Bush

Com a tomada de posse em 1989, a independência da Namíbia e a retirada das Tropas cubanas de angola, consequentemente, a saída dos sul-africanos da Namíbia, vieram demonstrar negociações e não necessariamente pela força das armas. Mas tal acto só foi comprovado quando os EUA e a URSS que estabeleceram entre si uma nova relação na cena política internacional, resultante da queda do comunismo soviético. Sendo que a partir desta, foi possível gerir os confrontos ideológicos na África Austral numa nova perspetival.

Mandato1989–1993

Mandato1993- 2001

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Com a entrada do Presidente Clinton na chefia da Casa Branca em 1993, sobressaíram dois factores primordiais da política dos EUA:

I- a democracia;II- a economia de mercado.

Os EUA dirigiram a sua política no sentido de reforçar a atenção a dar as questões internas (as que visaram a melhoria do bem-estar social do povo americano). Mostrando maior interesse para dentro de si mesmo, como de isolacionismo, trata-se parecendo as dos anos 30.

3.3.6.2. BILL CLINTON

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Terminada a “Guerra-Fria”, Bill Clinton anunciou que o quadro da situação política já não se tratava de problema de “contenção” mas o de “ampliação” ou “alargamento” do sistema democrático.

Porém, a pesar de reconhecer a independência de algumas antigas colónias portuguesas, o Governo dos EUA não reconheceram o Governo de Angola declarado pelo MPLA, a 11 de Novembro de 1975. Tudo pela preocupação da presença continua das tropas cubanas em Angola e o envolvimento do último em conflitos regionais.

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Após 16 anos de guerra civil, isto é desde a proclamação da independência até 1992, em que se viu realizar as primeiras eleições multipartidárias, e que prosseguiu-se com uma crise armada que durou cerca de 10 anos. As Nações Unidas consideraram as eleições como sendo decorridas de formas livres e justas.

O Presidente José Eduardo dos Santos, dirigiu pessoalmente a intensa atividade diplomática que culminou com o reconhecimento do Governo angolano pelos EUA, em 19 de Maio de 1993.