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CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Tema 1 nome do tema Projeto Pós-graduação Curso Enfermagem do trabalho Disciplina Toxicologia Tema Toxicologia e Sistema Respiratório Professor João Luiz Coelho Ribas Introdução Você conhece as doenças ocupacionais que afetam o sistema respiratório? Sabe de que forma o ambiente pode afetar a saúde do trabalhador? O sistema respiratório é um dos maiores sistemas em contato direto com ambiente externo. A poluição ocupacional e ambiental na forma de poeiras, fumos, vapores e gases tóxicos são grandes fatores de risco para o desenvolvimento de patologias respiratórias de origem ocupacional. Por isso, este tema tem como objetivo apresentar as doenças respiratórias ocupacionais prevalecentes no universo do trabalho e a melhor forma de evitá-las, ou pelo menos, amenizar seu aparecimento. Antes de darmos início aos nossos estudos, analise no vídeo 1 no material on-line os assuntos que serão abordados neste tema. Problematização Problemas respiratórios podem estar associados a fatores genéticos, doenças respiratórias prévias, especialmente na infância, e tabagismo. Esses fatores podem determinar a qualidade da função respiratória e atuar como decisivos no desenvolvimento de patologias respiratórias. Problemas ocupacionais respiratórios também são muito comuns e saber identificar e tratá-los é essencial. Como identificar doenças resultantes de ação toxicolológica no sistema

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico

1

Tema 1 – nome do tema

Projeto Pós-graduação

Curso Enfermagem do trabalho

Disciplina Toxicologia

Tema Toxicologia e Sistema Respiratório

Professor João Luiz Coelho Ribas

Introdução

Você conhece as doenças ocupacionais que afetam o sistema

respiratório? Sabe de que forma o ambiente pode afetar a saúde do

trabalhador?

O sistema respiratório é um dos maiores sistemas em contato direto com

ambiente externo. A poluição ocupacional e ambiental na forma de poeiras,

fumos, vapores e gases tóxicos são grandes fatores de risco para o

desenvolvimento de patologias respiratórias de origem ocupacional.

Por isso, este tema tem como objetivo apresentar as doenças

respiratórias ocupacionais prevalecentes no universo do trabalho e a melhor

forma de evitá-las, ou pelo menos, amenizar seu aparecimento.

Antes de darmos início aos nossos estudos, analise no vídeo 1 no

material on-line os assuntos que serão abordados neste tema.

Problematização

Problemas respiratórios podem estar associados a fatores genéticos,

doenças respiratórias prévias, especialmente na infância, e tabagismo. Esses

fatores podem determinar a qualidade da função respiratória e atuar como

decisivos no desenvolvimento de patologias respiratórias.

Problemas ocupacionais respiratórios também são muito comuns e

saber identificar e tratá-los é essencial.

Como identificar doenças resultantes de ação toxicolológica no sistema

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respiratório?

Veja no vídeo no material on-line uma situação-problema que ilustra

isso.

Bons estudos!

Toxicologia e Sistema Respiratório

Analise no material on-line o que o professor João falará sobre os tipos

de ação toxicológica que afetam o sistema respiratório.

O sistema respiratório permite tanto a absorção quanto a deposição de

elementos presentes no ambiente do trabalho. Associadas a essa questão

estão a alta vascularização e a permeabilidade desse sistema, que facilitam o

processo de adoecimento.

A poluição do ar no ambiente do trabalho associa-se a uma extensa

gama de doenças do trato respiratório, que podem afetar desde o nariz até o

espaço pleural.

Uma característica essencial do nosso sistema respiratório, é que ele

possui muitos mecanismos, que são extremamente eficientes na filtração e no

impedimento de geração de patologias respiratórias, decorrentes dos poluentes

que ocorrem no ar.

Nosso sistema respiratório possui, por exemplo, um sistema de filtração

do nariz (pelos) e do trato respiratório superior (mucosa e cílios vibráteis) que

impedem que partículas grandes entrem em contato com o organismo e

atinjam os pulmões.

Esse sistema, como dito, é muito eficiente e eficaz para partículas

grandes, no entanto, as partículas menores são as mais comumente

encontradas no ambiente de trabalho. Elas ultrapassam essas primeiras

barreiras e chegam ao pulmão, onde podem ser absorvidas (dependendo da

característica físico-química da molécula) ou podem causar danos localizados,

que, em última análise, são piores do que as substâncias absorvidas.

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Quando os pulmões estão expostos a concentrações elevadas de pós,

vapores, fumos de cigarro e/ou poluentes da atmosfera, os mecanismos de

filtração podem ficar sobrecarregados e sofrer danos.

É aí justamente que mora o perigo: uma vez sofrido o dano, é provável

que se desenvolva nos pulmões, além da patologia de base, diferentes tipos de

bactérias e vírus. Isso pode agravar cada vez mais a condição do trabalhador e

até mesmo, atrasar o diagnóstico correto da doença ocupacional. Em

consequência desse atraso, haverá uma piora progressiva na qualidade de

vida e de trabalho desse indivíduo.

De forma geral, pessoas que realizam tarefas em locais cheios de pó,

como mineiros de bauxita e carvão, engenhos de cana de açúcar, de amianto,

indústria química e indústria farmacêutica têm maior possibilidade de contrair

doenças respiratórias que trabalhadores de outras atividades.

Existem alguns tipos de classificação de doenças pulmonares

ocupacionais utilizadas. Segundo a Organização Internacional do Trabalho

(OIT), elas se classificam em 5 grupos principais:

Fonte: adaptado de http://www.oitbrasil.org.br/

Outra classificação amplamente aceita divide as doenças ocupacionais

pulmonares em agudas e crônicas. Nessa classificação temos as seguintes

doenças mais prevalentes: as agudas e as crônicas.

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AGUDAS

Trato respiratório alto Irritação/Inflamação de cavidades nasais e seios

da face, faringe e laringe, por inalação de gases,

partículas irritantes ou gases tóxicos.

Trato respiratório baixo Asma ocupacional incluindo bissinose e síndrome

de disfunção reativa das vias aéreas

Doenças do parênquima

pulmonar

Pneumonites por hipersensibilidade

Pneumonites tóxicas

Doenças pleurais Derrame pleural

CRÔNICAS

Trato respiratório alto Úlcera do Septo Nasal

Trato respiratório baixo Bronquite Crônica Ocupacional

Enfisema Pulmonar

Limitação Crônica ao Fluxo Aéreo

Doença do parênquima

pulmonar

Silicose

Asbestose

Pneumoconiose dos Trabalhadores do

Carvão

Doenças pleurais Fibrose Pleural (em placa ou difusa)

Carcinoma do trato

respiratório

Adenocarcinoma dos seios da face

Carcinoma Broncogênico

Mesotelioma

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Ações das Substâncias Agressoras

As substâncias agressoras presentes no ambiente do trabalho agem de forma

decisiva na constituição de patologias ocupacionais respiratórias. Elas atuam

no organismo de diferentes formas, de acordo com as suas dimensões e de

suas propriedades químicas.

Os agentes fortemente irritantes como, por exemplo, substâncias

alcalinas, ácidos fortes e sais de cromo e arsênico, agem principalmente nas

narinas e podem provocar inflamação crônica levando até à perfuração do

septo nasal.

Os cromatos, o níquel e as poeiras da madeira são conhecidos no meio

do trabalho por causarem neoplasias das cavidades nasal e paranasais. Os

gases e vapores, as fumaças irritantes e as poeiras pouco finas – 5 µm a 50

µm – atingem os brônquios, provocando bronquites crônicas no trabalhador

exposto a essas substâncias.

Já as substâncias proteicas e os compostos químicos sensibilizam a

mucosa brônquica e potencialmente desenvolvem a asma ocupacional. Além

disso, a exposição contínua a essas substâncias pode agravar gradativamente

o quadro, levando à evolução do enfisema pulmonar e à insuficiência

respiratória e cardíaca, caracterizada especialmente pelo aparecimento da cor

pulmonale crônico.

Os brônquios podem ainda ser agredidos por agentes cancerígenos,

como os asbestos, os cromatos, os gases radioativos e os hidrocarbonetos

policíclicos. Os compostos químicos irritantes e as poeiras de tamanho

inferior a 5 µm alcançam os bronquíolos e provocam um processo

inflamatório. Poeiras de diâmetro entre 0,5 µm e 5 µm, penetram nas paredes

dos bronquíolos, vão até o interstício pulmonar, acumulam-se no tecido

pulmonar, provocam alterações na estrutura e dão origem às pneumoconioses.

Alguns silicatos fibrosos e longos, como o asbesto, tem a capacidade

de penetrar no tecido pulmonar através dos alvéolos e provocar fibrose, que

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devido a sua característica de poder invadir o pulmão. Ele pode chegar até a

pleura, além de levar a um agravamento bastante importante, levando à

neoplasia, chamada caracteristicamente de mesotelioma.

Diferentemente, as exposições agudas a gases, vapores e fumaças

irritantes podem provocar lesões em nível alveolar com edema pulmonar.

Quando essa exposição, ao invés de aguda, é crônica, o que é bem mais

comum no universo do trabalho, tem como característica o desenvolvimento

de distúrbios na ventilação mecânica e nas trocas gasosas.

Outros dois detalhes de importância nesse contexto de agressores

pulmonares presentes no ambiente do trabalho são os antígenos1 produzidos

por fungos e alguns metais2 como o berílio e o cobalto.

Para você observar os principais agressores do aparelho respiratório e

as doenças que provocam, observe a tabela abaixo:

AGRESSORES DOENÇAS

Ácidos fortes, álcalis, sais de

cromo e arsênico

Inflamação crônica, perfuração

Cromatos, níquel carbônico e

algumas madeiras

Neoplasias

Gases, vapores, fumaças irritantes

e poeiras de 5 a 50m

Bronquites, infecções, sensibilização,

enfisema pulmonar, insuficiência

respiratória e cardíaca

Proteínas e compostos químicos Câncer

Asbestos, cromatos, gases

radioativos, hidrocarbonetos

policíclicos

Bronquiolite

Poeiras de tamanho inferior a 5m,

quartzo (sílica), carvão

Pneumoconiose

Antígenos de fungos, berílio,

cobalto

Alveolite alérgica extrínseca, fibrose

pulmonar

1 Antígenos produzidos por fungos podem levar ao desenvolvimento de Alveolite

alérgica extrínseca, que pode inevitavelmente evoluir para fibrose. 2 Metais como o berílio e o cobalto, podem gerar reações imunológicas bastante

importantes do tipo retardado, com lesões que também podem evoluir para a fibrose.

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Silicatos fibrosos (asbesto) Pneumoconiose, neoplasia

Além de todos esses fatores, outros estão presentes determinando o

desenvolvimento das doenças ocupacionais pulmonares. Entre esses outros

fatores podemos citar a eficiência ou não em eliminar a substância inalada,

potencialmente patogênica.

Para observar a eficiência que o organismo tem em eliminar a

substância inalada e a possibilidade de desenvolver doenças, acompanhe o

vídeo no material on-line.

Diagnóstico e Exames Complementares Mais Utilizados

A equipe da enfermagem do trabalho tem um papel importantíssimo nas

questões relativas às doenças ocupacionais: a coleta de dados para detectar

os locais de exposição, indicando a frequência desses e propiciando o

diagnóstico precoce. A chave de um tratamento de sucesso é prevenir o

aparecimento de novos casos.

Em se tratando da anamnese dos sintomas respiratórios, deve-se

levantar dados relativos a:

As provas de função respiratória devem estar em primeiro plano no

diagnóstico precoce das doenças que atingem os brônquios e os pulmões,

como broncopneumopatias tais

como alergias e asbestose.

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O diagnóstico das alergias respiratórias profissionais é outro fator

importante, para fazê-lo, devemos empregar provas cutâneas e uma pesquisa

de anticorpos específicos, para posteriormente demonstrar a existência de

sensibilização, mesmo em trabalhadores que ainda não apresentam

sintomatologia respiratória aparente. Porém, quando é necessário avaliar a

extensão de lesões ou até mesmo a sua localização precisa, faz-se necessário

a utilização de tomografia computadorizada e a ressonância magnética.

Outro ponto em comum é o exame radiológico, que não tem importância

para o diagnóstico precoce das síndromes obstrutivas e do enfisema pulmonar

inicial por serem praticamente invisíveis na radiografia. No entanto, quando

falamos no diagnóstico de pneumoconioses, as radiografias são fundamentais

e, portanto, obtém um poder diagnóstico e de acompanhamento bastante

grande.

Além disso, na anamnese ocupacional, deve-se coletar dados relativos à

profissão e às condições ambientais nas quais ela é exercida.

Medidas de Proteção e Prevenção da Exposição aos Fatores De

Risco

No vídeo do material on-line note como o ambiente é um fator muito

importante a ser analisado para medir os ricos ocupacionais.

Quando falamos em medidas de proteção à saúde, estamos pensando

basicamente na qualidade de vida do trabalhador e na sua proteção do

trabalho e saúde. Entre essas principais orientações que podem ser dadas,

podemos citar:

Substituição de tecnologias de produção por outras com menor risco à

saúde;

Isolamento do agente/substância ou enclausuramento do processo;

• Medidas rigorosas de higiene e segurança do trabalho;

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Adoção de sistemas de ventilação local e geral adequados e eficientes;

Utilização de capelas de exaustão;

Manutenção corretiva e preventiva das máquinas e equipamentos;

Monitoramento ambiental sistemático;

Adoção de sistemas operacionais e de transporte, classificação e

rotulagem das substâncias químicas segundo propriedades

toxicológicas;

Redução do tempo de exposição e do número de trabalhadores

expostos;

Fornecimento de EPIs adequados, de modo complementar às medidas

de proteção coletiva.

Em relação às principais patologias respiratórias ocupacionais, que

necessitam de medidas de proteção e prevenção e que vamos estudar em

maiores detalhes está a pneumoconiose.

Ela é caracterizada por reações teciduais crônicas à presença de

poeiras nos sacos alveolares e alvéolos. Anatomo-patologicamente, ela pode

ser classificadas como colágenas3 e não colágenas4.

A pneumoconiose mais prevalente no Brasil é a pneumoconiose por

sílica, também chamada de silicose5. Como característica, os sintomas iniciais

somente aparecem após 10 a 20 de anos de exposição. Lembre-se que aqui

3 As colágenas, por conseguinte mais graves, são caracterizadas por alterarem

permanentemente ou destruírem a estrutura alveolar; Causarem uma reação colágena do estroma vai de grau médio até máximo; ocorrerem em um estado cicatricial permanente nos pulmões.

4 As não colágenas são caracterizadas por serem aquelas vindas de poeiras não-

fibrogênicas; elas não alterarem a estrutura alveolar; a reação do estroma pulmonar é mínima e consiste de fibras de reticulina; a reação à poeira é potencialmente reversível.

5 A Silicose é causada por inalação de poeira de sílica livre cristalina denominada

quartzo. Devido a isso, caracteriza-se por um processo de fibrose, com formação de nódulos isolados nos estágios iniciais e nódulos conglomerados e disfunção respiratória nos estágios avançados.

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estamos falando dos primeiros sintomas, mas com certeza o desenvolvimento

da doença começou muito tempo antes, provavelmente desde os primeiros

contatos com a sílica.

A silicose é uma das poucas doenças ocupacionais de fato restrita ao

trabalho. São praticamente inexistentes casos de silicose sem estarem

associados a ambientes profissionais, como:

Indústria Extrativa Mineral: mineração subterrânea e de superfície.

Beneficiamento de Minerais: corte de pedras, britagem, moagem e

lapidação.

Indústria de Transformação: cerâmicas, fundições (que utilizam areia no

processo), vidro, abrasivos, marmorarias, corte e polimento de granito,

cosméticos.

Atividades Mistas: protéticos, cavadores de poços, jateadores de areia

(apesar dessa atividade ser proibida, ainda muito se pratica em nosso

país).

Em termos gerais, os fatores desencadeantes e agravantes da silicose

são:

Concentração da poeira em suspensão

Número de partículas em suspensão

Teor de sílica na partícula

Tamanho das partículas

Mas, como a silicose se desenvolve?

Saiba a resposta a essa pergunta no vídeo do material on-line.

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Em relação aos sintomas, em termos gerais temos nos quadros iniciais:

E nos quadros avançados:

É interessante notar, que nessa fase, em termos radiológicos, podemos

verificar micronodulações disseminadas, às vezes com áreas de fibrose com

aglomeração de nódulos.

Para aprofundamento sobre silicose, acesse os ícones abaixo.

<http://saude.culturamix.com/doencas/silicose-caracteristicas-gerais>

<http://cerestrio.files.wordpress.com/2010/12/img003.jpg>

<http://www.scielo.br/pdf/tce/v21n4/15.pdf>

<http://www.jornaldepneumologia.com.br/PDF/2000_26_3_2_portugues.

pdf>

Outra pneumoconiose de caráter progressivo e irreversível que pode se

manifestar mesmo anos após cessada a exposição, é a asbestose, conhecida

como pneumoconiose pelo asbesto. Saiba mais sobre ela no vídeo a seguir.

O asbesto, conhecido como amianto é utilizado na fabricação de

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produtos de cimento amianto, materiais de fricção como pastilhas de freios,

materiais de vedação, piso e produtos têxteis, como mantas e tecidos

resistentes ao fogo, por exemplo.

Os principais sintomas associados à asbestose são:

As figuras ao lado mostram corpos de asbestos que encontrados em

espaços aéreos terminais. Repare que frequentemente estão próximos a, ou

fagocitados por macrófagos.

Para aprofundamento no assunto, recomendo a leitura de disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/jpneu/v27n4/9195.pdf>

<http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v30n6/a07v30n6.pdf>

Pneumopatias Causadas por Metais Pesados

Muitos são os metais utilizados na indústria, aos quais os trabalhadores

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estão expostos. Essa exposição vai desde a extração desses metais até a

industrialização.

A variabilidade de agentes metálicos presentes na poeira e fumos das

minas e indústrias expõe os trabalhadores a substâncias tóxicas. Por exemplo,

o ferro, o estanho, o bário, o antimônio, o cério, o zircônio e o titânio provocam

pneumopatia benigna, praticamente com ausência de sintomas, com imagem

radiológica exuberante que, de forma geral, regride quando cessa a exposição.

Já o alumínio metálico, o óxido de alumínio e as ligas de ferro, cromo e

manganês provocam reação do tipo esclerogênica com fibrose pulmonar

difusa.

Alguns exemplos dessas pneumopatias causadas por metais pesados

são a Siderossilicose6 a Beriliose7 e o Enfisema do Cádmio8.

Alergias Respiratórias de Origem Ocupacional

As alergias respiratórias de origem ocupacional são numerosas e têm

maior importância epidemiológica do que clínica, pois na maioria das vezes são

brandas e com tratamento adequado são contornadas facilmente.

6 É uma pneumoconiose provocada por poeiras mistas que contêm ferro, aço, óxido de

ferro e sílica livre em proporções variáveis. Ocorre mais comumente em mineradores de ferro, em trabalhadores de fundição de gusa e de aço, nos polidores de metais e nos trituradores de terra de ocre (variedade de terra usada como pigmento).

7 Provocada pelo Berílio, metal altamente irritante, que é encontrado em trabalhadores

expostos e seus contatos, e em pessoas que vivem nas proximidades das fábricas que o utilizam como matéria-prima.

A beriliose tem como característica a lesão pulmonar que se desenvolve lentamente e pode regredir, estacionar ou progredir, sendo possível curá-la com a administração de anti-inflamatórios esteroidais.

Os trabalhadores mais expostos são os da manufatura de lâmpadas fluorescentes e equipamentos eletrônicos

8 O enfisema do Cádmio é uma pneumopatia que gera, além do enfisema pulmonar,

uma proteinúria seguida de insuficiência renal e nefrolitíase, e também lesões ósseas do tipo osteomalácia.

Os trabalhadores expostos são os da galvanoplastia (cadmiação em metais), eletrônica, refrigeração e fabricação de próteses, mísseis espaciais e acumuladores. A recente produção de um metal duro à base de tungstênio e cobalto vem provocando fibrose intersticial ou alveolite e fibrose progressiva.

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Os alérgenos presentes no ambiente de trabalho resultam dos

processos industriais, de impurezas químicas, de bactérias, de fungos ou de

parasitas. A frequência e a intensidade da reação alérgica dependem do poder

sensibilizante do alérgeno, da duração e intensidade da exposição (ou

inalação) e da reação imunológica dos indivíduos expostos.

Na anamnese ocupacional, analisa-se o relato cronológico da

manifestação da doença e da atividade no trabalho. Posteriormente,

fundamenta-se na demonstração de sensibilização por meio de prova

intradérmica e de reação sorológica de precipitação. As provas de função

respiratória são úteis para investigar o comprometimento pulmonar.

No entanto uma parcela pequena das alergias respiratórias ocupacionais

podem se agravar a ponto de ser necessário o abandono do local de

exposição. Essas alergias respiratórias graves são especialmente a Asma

Brônquica Alérgica Ocupacional, a Alveolite Alérgica Extrínseca Ocupacional e

a Bissinose.

Revendo a Problematização

a. Asma ocupacional. A orientação é sempre a utilizar os EPIs,

especialmente a máscara, e fazer a troca desta frequentemente (no

máximo a cada 6 horas), dependendo do ritmo de trabalho. Além disso,

orientação de higiene no trabalho e de adaptação do ambiente, tais

como instalação de janelas, de exaustores e até mesmo de aspersores

de água para reduzir drasticamente a quantidade de poeira a ser

inalada.

b. Adenocarcinoma pulmonar. As orientações básicas aqui seriam a

utilização frequente e correta dos EPIs, especialmente máscara e a

adoção de medidas coletivas de higiene do trabalho.

c. Pneumoconiose por sílica. A orientação é o uso dos EPIs adequados,

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sempre e a instalação de medidas que reduzam a quantidade de poeira

circulante no local de corte, como a adaptação de janelas, a implantação

de exaustores e de aspersores de água. E a orientação de sempre,

independente da circunstância, usar corretamente e realizar a troca

constantemente da máscara para reduzir ao máximo possível a inalação

da poeira.

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Feedbacks

a. Até poderia se tratar de asma ocupacional, especialmente se o

trabalhador fosse alérgico a algo contido na poeira inalada. No entanto,

dois detalhes poderiam descartar essa ideia. O primeiro é o fato de ele

estar trabalhando em uma marmoraria e a incidência de silicose em

termos epidemiológicos é muito maior do que a chance desenvolvimento

de asma ocupacional. Segundo é o fato dele mesmo com as faltas e

períodos longe do trabalho, não melhoravam seus sintomas, ao contrário

parecia que nada fazia efeito e somente “piorava”. Fica claro que tanto a

asma quanto a silicose podem estar presentes concomitantemente,

agravando o quadro respiratório do trabalhador e atrapalhando muitas

vezes o diagnóstico correto e preciso da patologia.

b. Poderíamos sim estar em frente a um adenocarcinoma pulmonar,

especialmente porque em muitas vezes ele está associado a

pneumoconioses. No entanto pela progressão, a doença de base é sim

uma pneumoconiose. Nada impede, porém, o desenvolvimento,

secundariamente, de um adenocarcinoma pulmonar. As orientações

quanto à utilização correta dos EPIs são essenciais e devem ser

seguidas pelos trabalhadores, assim como a adoção de medidas

coletivas, para que menos poeira entre com contato com o trabalhador e

seja aspirada.

c. De fato estamos frente a uma pneumoconiose por sílica ou

simplesmente silicose. Sabemos que esses casos, mesmo com a

utilização correta dos EPIs e com as medidas coletivas de higiene do

trabalho não podem ser evitados, no entanto se reduz a números

extremamente baixos e que com um bom acompanhamento da equipe

de saúde do trabalho, especialmente aqui do enfermeiro do trabalho,

pode pegar esses casos logo no início (se existirem) e encaminhar ao

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tratamento adequando, inclusive na grande maioria das vezes treinando

e readaptando esse trabalhador a uma função diferente.

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Síntese

Nesta aula você percebeu que fatores ambientais (como excesso de

pós, vapores e outros poluentes) podem interferir diretamente na saúde do

trabalhador. E que é necessário que se faça um esforço em evitar, ou pelo

menos diminuir, a exposição do trabalhador a tais fatores.

Hoje você também pereceu que, por estar em contato direto com o

ambiente, o sistema respiratório pode ser afetado com mais facilidade por

fatores poluentes.

No vídeo do material on-line, veja a síntese deste tema que o professor

João fará.

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REFERÊNCIAS

KLAASSEN, C. D.; Watkins III, J. B. Fundamentos em Toxicologia

de Casarett e Doull. 2 ed. São Paulo: Artmed, 2012.

LARINI, L. Toxicologia. São Paulo: Manole Ltda.

OGA, S. Fundamentos de Toxicologia. 3 ed. São Paulo: Atheneu,

2008

MICHEL, O. da R. Toxicologia Ocupacional. São Paulo: Revinter.

2001.

Sites Consultados

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)

<www.anvisa.gov.br>.

Biblioteca Virtual em Saúde Toxicologia Brasil –

<http://br.storescompared.net/search/biblioteca+virtual/>.

Centro de Controle de Doenças (CDC) <www.cdc.gov>.

LIBBS Farmacêutica – < http://www.libbs.com.br>.

Manual Merck <http://www.manualmerck.net>.

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

<http://portal.mte.gov.br/portal-mte/>.

Organização Internacional do Trabalho – <http://www.oitbrasil.org.br>.

Sistema Nacional de informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX)

<www.fiocruz.br>.

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Questões

1. As pneumoconioses podem ser definidas como:

a. Reações teciduais agudas à presença de poeiras nos sacos

alveolares.

b. Reações devido a presença de metais nos brônquios.

c. Reações teciduais crônicas à presença de poeiras nos sacos

alveolares e alvéolos.

d. Reações pulmonares devido a alérgenos presentes no ambiente do

trabalho

2. A Pneumoconiose mais prevalente no Brasil é:

a. A asbestose.

b. A pneumoconiose ocasionada por carvão.

c. A pneumoconiose ocasionada pelo pó da madeira.

d. A silicose.

3. Entre as medidas de proteção e prevenção da exposição nas doenças

ocupacionais do sistema respiratório, podemos citar:

a. Somente manutenção corretiva das máquinas e equipamentos.

b. Medidas rigorosas de higiene e segurança do trabalho.

c. Sempre optar por utilizar as mesmas tecnologias de produção,

independente do risco que ela possa trazer à saúde do trabalhador.

d. Monitoramento ambiental aleatório e esparso.

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4. Em relação da necessidade do exame radiológico, ele tem alta

importância diagnóstica e clínica:

a. Na pneumoconiose.

b. Nas síndromes obstrutivas pulmonares.

c. No enfisema pulmonar inicial.

d. Tanto na Síndrome Obstrutiva quanto no Enfisema Inicial.

5. Em relação ao diâmetro das partículas, está correta a afirmação:

a. Poeiras pouco finas – 5 µm a 50 µm – atingem os bronquíolos e

levam à inflamação.

b. Os compostos químicos irritantes e as poeiras de tamanho superior a

50 µm alcançam os bronquíolos e provocam um processo

inflamatório.

c. Compostos com 20 µm podem chegar ao interstício e provocar

pneumoconioses.

d. Poeiras de diâmetro entre 0,5 µm e 5 µm, penetram nas paredes dos

bronquíolos, vão até o interstício pulmonar, acumulam-se no tecido

pulmonar, provocam alterações na estrutura e dão origem às

pneumoconioses.

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Feedbacks

Alternativa correta é a letra c. 1.

a) Errado. A peneumoconiose é caracterizada por reação tecidual

crônica e não aguda.

b) Errado. Pneumoconiose é a presença de poeira e não metais nos

sacos alveolares. Nessa poeira até pode conter metais, mas a principal

característica é a presença de poeira.

c) Certo. De fato, as Pneumoconioses são reações teciduais crônica

à presença de poeira nos sacos alveolares.

d) Errado. Reação devido a alérgenos não são caracterizados como

pneumoconioses, mas são exemplo de asma e bronquite ocupacional.

Alternativa correta é a letra d. 2.

a) Errado. No Brasil temos vários casos de asbestose, mas a mais

prevalente é a pneumoconiose causada por sílica.

b) Errado. Em algumas regiões as pneumoconioses causadas pelo

carvão são altamente prevalentes, mas considerando o Brasil como um todo,

não é essa a mais prevalente em nosso meio.

c) Errado. Apesar de gravidade relativa, não é a principal

pneumoconiose brasileira.

d) Certo. De fato, a pneumoconiose mais prevalente no Brasil é a

ocasionada por sílica, ou seja, a silicose.

Alternativa correta é a letra b. 3.

a) Errado. Existe a necessidade, além da manutenção corretiva, a

manutenção preventiva das máquinas e equipamentos.

b) Certo. De fato, são medidas que necessitam ser implementadas,

e ao serem adotadas no ambiente do trabalho, conseguem reduzir de forma

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significativa as patologias respiratórias ocupacionais.

c) Errado. Sempre o ideal é fazer a substituição de tecnologias de

produção por outras com menor risco à saúde.

d) Errado. Existe a necessidade de monitoramento ambiental

sistemático.

Alternativa correta é a letra a. 4.

a) Certo. As radiografias são fundamentais no diagnóstico de

pneumoconioses, além do seu poder de acompanhamento da doença.

b) Errado. Nas síndromes obstrutivas pulmonares, as alterações

presentes são poucos ou praticamente invisíveis na radiografia.

c) Errado. No enfisema pulmonar inicial, as alterações presentes são

poucos ou praticamente invisíveis na radiografia.

d) Errado. Tanto nas síndromes obstrutivas pulmonares, quanto no

enfisema pulmonar inicial, as alterações presentes são poucos ou praticamente

invisíveis na radiografia.

Alternativa correta é a letra d. 5.

a) Errado. Poeiras pouco finas – 5 µm a 50 µm – atingem os

brônquios, provocando bronquites crônicas no trabalhador exposto a essas

substâncias.

b) Errado. Os compostos químicos irritantes e as poeiras de

tamanho inferior a 5 µm alcançam os bronquíolos e provocam um processo

inflamatório.

c) Errado. Pneumoconiose pode ser provocada por poeira de

diâmetro entre 0,5 µm e 5 µm.

d) Certo. Poeiras de diâmetro entre 0,5 µm e 5 µm, penetram nas

paredes dos bronquíolos, vão até o interstício pulmonar, acumulam-se no

tecido pulmonar, provocam alterações na estrutura e dão origem às

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pneumoconioses.