tecnologias da produÇÃo de imagens: linguagens...

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Revista Científica UNAR (ISSN 1982-4920), Araras (SP), v.11, n.2, p.21-42, 2015. DOI: 10.18762/1982-4920.20150011 TECNOLOGIAS DA PRODUÇÃO DE IMAGENS: LINGUAGENS VIDEOGRÁFICAS Débora Martins de Souza 1 José Marta Filho 2 Maria de Lourdes Cardoso da Silva Santos 3 Robson Jovetta 4 Resumo A produção das imagens videográficas para a modalidade da educação a distância está ligada aos processos da criação de linguagens, a compreensão da elaboração semiótica da figuração e dos objetos; sendo que para isso, faz-se necessário a construção de uma metodologia de trabalho, alicerçada em fundamentos epistemológicos nos campos do conhecimento das Ciências, da Arte e das Práticas Profissionais. Palavras-Chave: Tecnologia. Linguagem Videográfica. Semiótica. Modelagem. Material Didático. Abstract The production of video images to the modality of distance education is linked to the processes of languages creation, understanding of the semiotics development of figuration and objects; and for that, it is necessary to build a methodology, based on epistemological foundations in the scientific knowledge fields of Art and Professional Practices. Keywords: Technology, Videographic Language, Semiotics, Modeling, Learning Materials. 1 Doutora na área de Ciências da Comunicação pela ECA/USP, Mestre na área de Políticas Educacionais pela Unicamp. Graduada em Letras e Pedagogia. Experiência como supervisora educacional no Município de Campinas e Coordenadora dos Cursos de Letras e Artes do UNAR Centro Universitário Dr. Edmundo Ulson (Educação a Distância e Presencial). 2 Engenheiro Civil, Doutor em Energia, Vice-Reitor do Centro Universitário de Araras Dr. Edmundo Ulson. 3 Possui graduação em História - Licenciatura pela Universidade de Sorocaba (1984), graduação em Pedagogia - Gestão Escolar - Faculdades Integradas de Amparo (1988), Mestrado em Educação (Política e Gestão) pela Universidade Metodista de Piracicaba (2001). Atualmente é professora do Centro Universitário de Araras Dr. Edmundo Ulson e Supervisora Educacional na Secretaria Municipal de Educação de Campinas. Tem experiência na Educação Básica (Docência, Coordenação, Gestão e Supervisão) e formação (inicial e continuada) de professores, atuando nos seguintes temas: História da Educação, Metodologia de Ensino de História, Currículo, Legislação e Política Educacional. 4 Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância pela Universidade Federal Fluminense, Brasil (2015) Coordenador Geral do EaD do Centro Universitário de Araras Dr. Edmundo Ulson , Brasil. Recebido em: 22/01/2015 Aceito para publicação em: 18/04/2015

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Revista Científica UNAR (ISSN 1982-4920), Araras (SP), v.11, n.2, p.21-42, 2015. DOI: 10.18762/1982-4920.20150011

TECNOLOGIAS DA PRODUÇÃO DE IMAGENS: LINGUAGENS VIDEOGRÁFICAS

Débora Martins de Souza1 José Marta Filho2

Maria de Lourdes Cardoso da Silva Santos3 Robson Jovetta4

Resumo A produção das imagens videográficas para a modalidade da educação a distância está ligada aos processos da criação de linguagens, a compreensão da elaboração semiótica da figuração e dos objetos; sendo que para isso, faz-se necessário a construção de uma metodologia de trabalho, alicerçada em fundamentos epistemológicos nos campos do conhecimento das Ciências, da Arte e das Práticas Profissionais.

Palavras-Chave: Tecnologia. Linguagem Videográfica. Semiótica. Modelagem. Material Didático.

Abstract The production of video images to the modality of distance education is linked to the processes of languages creation, understanding of the semiotics development of figuration and objects; and for that, it is necessary to build a methodology, based on epistemological foundations in the scientific knowledge fields of Art and Professional Practices.

Keywords: Technology, Videographic Language, Semiotics, Modeling, Learning Materials.

1Doutora na área de Ciências da Comunicação pela ECA/USP, Mestre na área de Políticas

Educacionais pela Unicamp. Graduada em Letras e Pedagogia. Experiência como supervisora educacional no Município de Campinas e Coordenadora dos Cursos de Letras e Artes do UNAR – Centro Universitário Dr. Edmundo Ulson (Educação a Distância e Presencial). 2 Engenheiro Civil, Doutor em Energia, Vice-Reitor do Centro Universitário de Araras Dr. Edmundo

Ulson. 3 Possui graduação em História - Licenciatura pela Universidade de Sorocaba (1984), graduação em

Pedagogia - Gestão Escolar - Faculdades Integradas de Amparo (1988), Mestrado em Educação (Política e Gestão) pela Universidade Metodista de Piracicaba (2001). Atualmente é professora do Centro Universitário de Araras Dr. Edmundo Ulson e Supervisora Educacional na Secretaria Municipal de Educação de Campinas. Tem experiência na Educação Básica (Docência, Coordenação, Gestão e Supervisão) e formação (inicial e continuada) de professores, atuando nos seguintes temas: História da Educação, Metodologia de Ensino de História, Currículo, Legislação e Política Educacional. 4Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância pela

Universidade Federal Fluminense, Brasil (2015) Coordenador Geral do EaD do Centro Universitário de Araras Dr. Edmundo Ulson , Brasil.

Recebido em: 22/01/2015 Aceito para publicação em: 18/04/2015

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O processo semiótico da construção histórica das imagens

A produção das imagens superpõe-se à realidade para descolar-se dela, a fim

de circunscrevê-la em outra temporalidade, onde se torna possível a ampliação do

próprio tempo. Por exemplo, os homens das cavernas ao representar os momentos

de uma caça na pintura rupestre, refletiam sobre a ação já realizada e ao mesmo

tempo projetava o futuro. O signo estava ligado à realidade imediata, mas ao mesmo

tempo desprendia-se dela para dimensionar a experiência humana. O legado

civilizatório foi elaborado na mediação entre as circunstâncias da vida e os

instrumentos produzidos para as intervenções que na era primitiva estava

intrinsicamente ligadas à sobrevivência diante da natureza hostil.

Códigos da escrita de alguns povos antigos como os hieróglifos do Egito, os

de Creta e os Maias possuem a imagem como referência, os ideogramas; os quais,

com o passar do tempo, foram ficando cada vez mais simplificados, distanciando-se

da imagem. Os sistemas de escrita ideográficos originaram-se na antiguidade,

antes mesmo do sistema alfabético, sendo esse último caracterizado pela

arbitrariedade, sem qualquer relação com as imagens.

Os instrumentos para a produção das imagens, ao longo do processo

civilizatório foram ficando cada vez mais complexos diante do avanço científico, os

quais passaram das mãos humanas para os instrumentos eletromecânicos,

posteriormente, digitais. A sofisticação da técnica para a produção das imagens é

engendrada atualmente a partir de programações que recuperam na máquina, a

inteligência humana (a inteligência artificial).

A produção das imagens, na modernidade, precisa ser considerada dentro do

próprio fortalecimento do sistema capitalista que na sua expansão e crises buscou

por soluções que estavam ligadas diretamente à expansão do mercado e à

competividade. Portanto, a imagens são tomadas como veículo estratégico para

propagações de ideologias e para formação de mentalidades consumistas. A

sagacidade do econômico influencia a supra estrutura social, emergindo uma cultura

ligada à valorização dos símbolos do status, das aparências, da sensualidade e dos

desejos. As imagens publicitárias, por exemplo, trabalham com modelos, impondo

regras para o comportamento das pessoas, reforçando cada vez mais a

padronização de hábitos em função dos interesses de uma elite.

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No século XIX, a invenção da fotografia alterou fundamentalmente a relação

do homem com o mundo. Ela viabilizou a documentação de acontecimentos

históricos e sociais, constituindo-se enquanto registros da memória coletiva e

individual. A fotografia também redimensionou o campo das artes visuais, pois a

pintura concebera padrões estéticos descolados da realidade dada imediatamente.

O paradigma estético da pintura focou-se nas subjetividades e nos procedimentos

técnicos singulares. Isso não significa dizer que a imagem fotográfica não estivesse

dentro das artes visuais, pois, ela, antes mesmo dos procedimentos técnicos,

passou por critérios estéticos, o ato de fotografar implica em escolhas, organizações

de fundo e de contiguidade, enfim, recorte dado na cena, a fim de configurar

esteticamente a imagem.

A percepção do movimento das imagens esteve presente desde a pintura

rupestre, nos pictogramas, na fotografia e, fundamentalmente, nas artes plásticas

modernas. O teatro de sombras no Oriente, por exemplo, elaborava o movimento

por meio do jogo de luzes, projetando silhuetas de atores em superfícies de papel ou

de pano.

Contudo, o avanço científico e tecnológico da modernidade elaborou técnicas

específicas para a criação perceptiva do movimento: a linguagem cinematográfica,

primeiramente, foi constituída por fotogramas em movimento, dados

sequencialmente. Portanto, os filmes eram feitos de modo linear que, aos poucos,

foram adquirindo uma gramática peculiar, aprimorada.

No século XX, após a experiência com a radiodifusão, a televisão inovou,

pois, viabilizou a transmissão de imagens a longa distância. Inicialmente, esse

deslocamento de sinais (transmissão e recepção) deu-se por meio da imagem

analógica, definida enquanto uma sequência sem cortes, contínua. A transmissão de

sinais é dada por um número ilimitado de cores, pois, entre as cores básicas, do

espectro luminoso, há infinitas nuances. Não há precisão na identificação do sinal.

O aprimoramento da imagem televisiva realizou-se mais tarde pela tecnologia

digital. A imagem digital é composta pelo sistema binário, descontinuo, os sinais são

"0" ou "1", não há nuanças intermediárias. Ela é composta de fragmentos. O sinal

durante o seu trajeto garante menos perda, sendo possível identificá-lo mais rápido

e com precisão, tornando a imagem menos difusa, perfeita.

As imagens televisivas, consideradas no campo do conhecimento

comunicacional, instituem-se enquanto signos, estabelecendo na relação emissor e

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receptor um campo semiótico, uma rede de sentidos, caracterizados enquanto

práticas sociais mediadas pela tecnologia e linguagens, as quais propiciam

ambientes para o entretenimento e a aprendizagem, sobretudo, pode estabelecer a

manipulação ideológica. As linguagens videográficas, assim definidas, são

estruturadas socialmente por gêneros, os quais são produções da interação sócio

histórica.

A classificação dos gêneros televisivos/vídeos, por exemplo, pode ser:

1. Telejornal – o documentário.

2. As telenovelas, as minisséries, os longas-metragens.

3. O humor.

4. Programas de entrevistas com auditório.

5. Programas esportivos.

6. Os musicais.

7. Vídeo Clip.

8. Publicidade.

Diante da diversidade de gêneros da linguagem videográfica, salientamos que

não existe nenhuma pureza ou definição clara para cada um deles, pois o que se

tem é uma mistura de traços, portanto, o que os caracteriza são os predominantes.

Os gêneros da linguagem videográficas situam as imagens nas condições de

produção histórico-sociais, dando a eles um contorno estético estabelecido na

relação com o público. As imagens televisivas dizem respeito ao cotidiano dos seus

telespectadores, mais ao mesmo tempo, descolam-se deles, realizando um filtro,

onde as experiências desagradáveis são reprimidas. Desse modo, as pessoas

projetam os seus desejos no protagonismo das imagens sem os conflitos, o que

empobrece, muitas vezes, a relação com a vida. Esse mecanismo sígnico constrói a

narratividade longe das suas condições reais de existência. Não podemos confundir

essa significação com os estereótipos, os quais são concebidos dentro de

determinados padrões morais rígidos.

Baudrillard, em sua obra, Simulacros e Simulação, discute a questão da

realidade e as imagens que a retrata. Ele afirma que toda sociedade procura, ao

continuar a produzir e a reproduzir, ressuscitar o real que lhe escapa. Por isso, que

para o autor, esta produção material é hiper-real. A produção das imagens está

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inserida dentro de um processo circular, não podendo mais localizar um primeiro

termo, isto é, um ponto de partida, do real para a hiper-realidade da comunicação e

do sentido ou vice-versa. Essa condição moderna da produção das imagens delimita

uma circularidade de sentidos, onde não é possível um referente estável. Como

consequência dessa condição, Baudrillard, p.105, afirma:

“Assim, tanto a comunicação como o social funcionam em circuito fechado,

como um logro – ao qual se liga a força de um mito. A crença, a fé na

informação agarra-se a esta prova tautológica que o sistema dá de si

próprio ao redobrar nos signos uma realidade impossível de encontrar.”

O processo semiótico da construção das imagens na modernidade não

depreende de um objeto ou fenômeno social “verdadeiro” que o constitua como uma

referência estável na produção das imagens videográficas, pois, esse processo é

dado na circularidade de um sistema de comunicação ideologicamente estabelecido,

onde os sentidos circulam por caminhos já traçados.

A pergunta que se elabora é a seguinte: Na produção de imagens

videográficas de cunho científico-acadêmico, onde se localiza a referência estável

na produção imagética, de modo a garantir a fidedignidade aos fenômenos

científicos estudados? E para a produção das imagens videográficas artísticas,

como definir as questões técnicas para a configuração estética?

Objeto: A produção de imagens na organização curricular acadêmica

A produção de imagens sempre esteve mediada por algum instrumento, seja

ele simples ou complexo, sendo, portanto, o resultado das condições tecnológicas. A

linguagem videográfica também se torna fruto da experiência social e histórica dos

sujeitos, os gêneros significam a expressão mais acabada desse processo.

Ao situarmos a produção das imagens no currículo escolar, no entanto, nos

deparamos com alguns problemas, a saber:

1. A organização do trabalho acadêmico ou escolar.

2. Dificuldades para inovar.

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O universo acadêmico supõe uma reestruturação na organização curricular

para aperfeiçoar e viabilizar o trabalho com as imagens, dadas às condições dos

avanços tecnológicos e a necessidade de garantir um perfil profissional condizente

com o mundo do trabalho. A desenvoltura e a flexibilidade, assim como a capacidade

para antecipar e diagnosticar problemas torna-se essencial. Por isso a leitura e a

interpretação de imagens precisam ser inseridas na dinâmica curricular, sejam elas

expressas por simulações, simulacros, vídeos dentre outras.

As dificuldades para inovar são a falta de pressupostos epistemológicos para

o trabalho didático-científico na produção das imagens enquanto objetos semióticos .

O ensino acadêmico preza pela produção científica do conhecimento; mas, ao

mesmo tempo, por sua divulgação e implicações sociais. Logo, a organização do

trabalho com as imagens requer a mobilização de três campos do conhecimento: a

ciência – a arte – as práticas comunicacionais e educacionais.

Observe a figura a seguir:

Ciência Arte

Práticas comunicacionais e educacionais

Fig. 01 – Campo epistemológico da produção do objeto semiótico - imagem

Decorrente desse campo epistemológico poder-se-á organizar a produção

dos vídeos com a seguinte proposta, tendo como base os gêneros videográficos, já

consagrados pelas práticas sociais:

1. Científica/documental (Telejornal, Documentários; Programas de entrevistas

com auditório; Programas esportivos).

2. Artística (As telenovelas, as minisséries, os longas-metragens; Humor;

Musicais; Vídeo Clip, Publicitário).

3. Práticas Profissionais.

Esse projeto considera o campo epistemológico delimitado para organizar a

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produção dos objetos semióticos – os vídeos na seguinte organização do trabalho, a

saber:

1. A produção científico-didático dos objetos semióticos- os vídeos no Studio da

Instituição Educacional do Ensino Superior.

2. A produção e organização de vídeos no Laboratório de Línguas (Inglês e

Espanhol)

3. Catalogação dos vídeos na Biblioteca da Instituição Educacional do Ensino

Superior.

O Laboratório de Línguas (Português/Inglês) poderia estar organizado com a

seguinte estrutura didática:

Language Lab

Teaching structure

1. Lesson.

2. Soundscape (Soundscape expression by Murray Schafer from Simon Fraser

University - Canada).

3. Videographic Picture.

4. Interaction.

O sucesso na elaboração e na utilização dos vídeos está ligado diretamente

ao modo como acontece a organização do trabalho na Instituição, a otimização dos

esforços e a agilidade dos profissionais. Com relação, especificamente, a

elaboração das linguagens videográficas, faz-se necessário implantar um programa

de formação continuada, focando o caráter híbrido dessa linguagem, tomando-o

como resultados das ações de pesquisa. Os pontos teóricos principais para essa

formação podem ser gerados em função de eixos de pesquisa que nascem deste

projeto, podendo integrar neles pesquisadores dos cursos de Comunicação Social;

Publicidade e Propaganda; Artes Visuais; Letras; História; Sociologia; Pedagogia,

Teologia e Engenharias.

Os eixos de pesquisa e de formação continuada são:

1. Educação para os meios e as mediações.

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2. O paradigma científico na produção de imagens.

3. A comunicação midiática e os procedimentos técnicos da produção de

imagens.

4. A configuração estética da imagem.

5. Linguagens, imagem e movimento.

6. O processo da criação e a expressividade artística.

7. A narratividade natural versus a narratividade artificial.

8. Procedimentos técnicos de modelagem de objetos semióticos.

Na maioria das vezes, não é a falta de equipamentos que sucumbe às

experiências com as linguagens videográficas, mas a organização do trabalho e a

falta de uma metodologia apropriada na produção, circulação e recepção das

imagens. Como já salientamos, a produção das imagens acontece no Studio, no

entanto, as imagens circulam numa determinada plataforma ou outro meio

comunicacional, e elas chegam aos alunos, delimitada por um ambiente de

aprendizagem. Todos esses fatores contribuem para o sucesso acadêmico do aluno.

Justificativa: Interação, conhecimento e subjetividade

A interação social, no nosso cotidiano, está pautada pela comunicação

interpessoal e pela comunicação mediada tecnologicamente. Ambas são

constitutivas da convivência social, das relações de trabalho, modo de funcionar a

produção e o fluxo da informação. Até mesmo tornam-se estruturante das relações

de intimidade. A relação mediada interfere na relação interpessoal e vice versa, fica

difícil demarcar os efeitos de uma sobre a outra. Doravante, é importante justificar o

projeto em razão da condição humana na pós-modernidade, da problemática e

implicações das novas sociabilidades para a produção do conhecimento e formação

da subjetividade.

A relação triangular: novas sociabilidades, conhecimento e sujeito nos

desafiam a pensar na produção das imagens e suas repercussões para a

aprendizagem acadêmica.

O capitalismo apropriou-se rapidamente das tecnologias das produções de

imagem, com o objetivo de aquecer e de ampliar o consumo. Essa produção está

catalogada no repertório das empresas, das fundações e até mesmo da ocupação

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das pessoas no espaço público.

No Brasil, por exemplo, o espaço público sofre os efeitos ambientais: entulhos

são jogados pelas ruas e rios, sem qualquer constrangimento por parte da

população e de empresas. A educação não conseguirá reverter a “imagem do lixo”

sem uma conscientização permanente instalada pelos meios de comunicação. As

propagandas não possuem qualquer código de ética nesse sentido. O espaço é

invadido, não pensamos sobre isso, porque não reconhecemos o público como

nosso.

Refletir sobre a produção videográfica significa, necessariamente, implicá-la

nas relações com o ambiente onde estamos, seja ele presencial ou virtual. A

produção das imagens enquanto objetos semióticos é constitutiva de um

ecossistema natural. Vivenciamos, no entanto, a dicotomia entre o ecossistema

natural e o mundo dos artefatos. Esquecemos que integramos a natureza e ao seu

equilíbrio para preservar a espécie humana e a si mesmo. Infelizmente os interesses

econômicos e a mentalidade descartável boicotam a possibilidade de alcançarmos o

bem estar, a saúde e a longevidade.

A produção do conhecimento, no que tange à pesquisa e ao ensino, trabalha

com a linguagem verbal e não verbal. Segundo Aguiar, a imagem vem antes da

palavra. As experiências históricas dos sujeitos, as quais se constituem pré-

requisitos para a aprendizagem, são dados na memória por meio de imagens que

lhe são significativas. No entanto, a aprendizagem sistematizada, científica e

acadêmica é estruturada eminentemente pelo verbal, a qual é organizada na base

da linguagem articulada da Língua. Logo, a produção do conhecimento deve

acontecer nessa polarização onde o verbal organiza e sistematiza os sentidos

(dimensão científica dos sentidos) e a imagem constitui-se enquanto base de

sentidos que localiza o corpo e a experiência dos sujeitos no mundo e na memória

individual ou coletiva (dimensão perceptiva dos sentidos).

Metodologia: Técnicas de modelagem e Interatividade

As técnicas de modelagem para a produção videográfica, os objetos

semióticos, terão como fundamentos e pressupostos teóricos as duas dimensões de

produção de sentidos consideradas anteriormente: a verbal (cunho científico) e a

não verbal (cunho perceptivo). A primeira dimensão foca a estabilidade dos sentidos,

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os procedimentos científicos para estudos de fenômenos, e a segunda a

instabilidade, a multiplicidade dos sentidos estéticos, poéticos e artísticos que fazem

parte da percepção do próprio corpo, situando-o no tempo e no espaço, requisito

essencial para se planejar a interatividade nos processos de aprendizagem.

Os processos de figuração, incluindo o protagonismo nos vídeos, devem

refletir a autonomia e o movimento do próprio corpo, transparecendo a sensibilidade

e a inteligência ao mesmo tempo. A arte da produção do corpo na figuração deve

estabelecer o diálogo com o público, envolvendo as expressões corporais e falas

articuladas ou até mesmo o silêncio, a pausa.

O movimento na estética digital, por exemplo, é resultado de um cálculo da

máquina, a fim de alcançar a qualidade da experiência, tendo, necessariamente, que

considerá-lo a partir da técnica e do paradigma estético.

A produção da imagem videográfica deve considerar a recepção, elaborando

um protagonismo entre a produção artística e a leitura da obra, de modo a garantir a

completude da narratividade em função do público, o que legitima a existência do

próprio objeto semiótico, atribuindo-lhe, portanto, performatividade .

Procedimentos na organização do trabalho para a produção videográfica no

Studio:

1. Estudo temático: desenvolvimento procedimentos da pesquisa científica, a

análise documental, bibliográfica etc.

2. Pesquisa de imagens pré-existentes – os acervos, atendendo aos direitos

autorais (legislação).

3. Estruturação da argumentação científica, histórica, jurídica ou literária em

função do tempo (minutagem).

4. Apresentação de um roteiro para a produção (podendo ser científico ou

literário).

5. Domínio dos procedimentos técnicos e estéticos da filmagem (os ensaios,

gravação e editoração das imagens etc.)

6. Avaliação – critérios em função da performatividade do objeto semiótico

produzido.

Resultados:

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Produção de vídeos

Catalogação dos vídeos na Biblioteca da Instituição Educacional Superior.

Implantação do Laboratório de Línguas.

Implantação do Studio de Produção.

Ações:

Desenvolvimento do grupo de pesquisa: leituras e estudos da bibliografia e

exigência dos projetos dos integrantes (retomando os eixos de pesquisa, por ora

apresentados).

Distribuição de tarefas de pesquisa em função do modo de organização no

trabalho, discutido neste projeto.

Implantação dos eixos de pesquisa e formação continuada, a saber:

1. Educação para os meios e as mediações.

2. O paradigma científico na produção de imagens.

3. A comunicação midiática e os procedimentos técnicos da produção de

imagens.

4. A configuração estética da imagem.

5. Linguagens, imagem e movimento.

6. O processo da criação e a expressividade artística.

7. A narratividade natural versus a narratividade artificial.

8. Procedimentos técnicos de modelagem de objetos semióticos.

Detalhamento metodológico do funcionamento didático do Laboratório de

Línguas.

Produção de uma teoria semiótica para desenvolvimento da técnica de

modelagem dos vídeos.

Produção de artigos em Revistas.

Considerações Finais

O presente estudo visou à elaboração de uma temática de pesquisa, tendo

como objeto – as linguagens videográficas. A proposta envolve o desenvolvimento

de técnicas de modelagem, onde o objeto estético e o conteúdo epistêmico são

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concebidos de modo interativo.

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