tecnologia por trás do bb · 2009. 6. 16. · carta do predesiitorialdente ser do brasil é sua...

24
Ação Março/Abril 2009 | 1 R$ 105 milhões! Este foi o valor do retorno da ANABB para os associados em 2008. Confira os grandes números da Associação ANABBPrev é um sucesso Fundo de pensão instituído pela ANABB bateu recordes na previdência associativa Especiais Cassi e Previ Junto com esta edição, você recebe duas publicações que detalham tudo sobre as Caixas de Assistência e Previdência Tecnologia por trás do BB Nas últimas décadas, o Banco do Brasil sofreu grandes mudanças, principalmente devido à revolução tecnológica. Por trás de cálculos, códigos e máquinas, funcionários trabalham para cada dia inovar e trazer mais benefícios para funcionários e clientes. Veja o resultado desse importante trabalho ANO XXII - N O 203 - MARÇO/ABRIL 2009

Upload: others

Post on 20-Aug-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

Ação Março/Abril 2009 | 1

R$ 105 milhões!Este foi o valor do retorno

da ANABB para os associados em 2008. Confira os grandes

números da Associação

ANABBPrev é um sucessoFundo de pensão instituído

pela ANABB bateu recordes na previdência associativa

Especiais Cassi e PreviJunto com esta edição, você recebe

duas publicações que detalham tudo sobre as Caixas de Assistência

e Previdência

Tecnologia por trás do BBNas últimas décadas, o Banco do Brasil sofreu grandes mudanças, principalmente devido à revolução tecnológica. Por trás de cálculos, códigos e máquinas, funcionários trabalham para cada dia inovar e trazer mais benefícios para funcionários e clientes. Veja o resultado desse importante trabalho

ANO XXII - NO 203 - MARÇO/ABRIL 2009

Page 2: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

2 | Ação Março/Abril 2009

CARTAS

VITóRIA NA juSTIÇAÉ com grande satisfação que agradeço o belo trabalho efetuado pela ANABB, que co-roou com a vitória no Judiciário a obrigação da Caixa Econômica Federal (CEF) de pagar o valor complementar referente à ação de FGTS Planos Econômicos.Paulo Kenzo IwasheRio de janeiro – Rj

MANuAL de ORIeNTAÇãO FAMILIAR IO Jornal Ação mostra-se como publicação in-teligente, útil e de vasto conteúdo informati-vo. O de número 202 está excelente. Mas o grande presente da ANABB a seus associa-dos, agora, foi o MANUAL DE ORIENTAÇÃO FAMILIAR, precioso acervo de informações e orientações sobre diversos assuntos. A publicação será segura fonte de consulta e roteiro de procedimentos para todos os inte-ressados. Parabéns pela iniciativa.Antonio Augusto Sales FigueiredoFortaleza - Ce

MANuAL de ORIeNTAÇãO FAMILIAR IIRecebi o informativo Ação deste mês. Fantás-tico o trabalho desenvolvido e apresentado no encarte MANUAL DE ORIENTAÇÃO FAMI-LIAR. Um trabalho digno de elogio e respeito. Meu pai, funcionário aposentado do BB, me chama para conversar e diz: “Filho, se me acontecer alguma coisa ou com sua mãe, vá à minha gaveta de documentos e pegue este Manual que vou deixar lá. Vai ter tudo deta-lhado sobre quais os procedimentos a serem tomados.” A ANABB está de parabéns! Arre-pio-me sempre que lembro isso... Graças a Deus, não preciso do Manual por enquanto, mas é um TRABALHO EXEMPLAR.Sugiro que disponibilizem este Manual no site da ANABB, pois muitos associados o perdem ou “guardam” em lugares de que dificilmente os familiares vão se lembrar. Parabéns!Eduardo Queiroz - por e-mail

N.R.: Atendendo aos pedidos dos associa-dos, o Manual de Orientação Familiar está disponível no site www.anabb.org.br.

BB e PReVICongratulo-me com o colega Valmir Camilo pelo excelente e oportuno editorial de nú-mero 202 do Jornal Ação. Tomei posse no Banco do Brasil em 1964 e tive o privilé-gio de usufruir de todas as vantagens ofe-recidas pelo Banco aos seus respeitáveis funcionários, inclusive do prestígio com que as sociedades das cidades brasileiras

nos distinguiam. Éramos importantes para aquelas pessoas, mercê do nosso status de bancários e exemplo de comportamen-to social. Fiz carreira na empresa. A nossa perseguição foi iniciada por um “nosso co-lega” chamado Mailson da Nóbrega, quan-do exercia o cargo de Ministro da Fazenda, e seu benfeitor Camillo Calazans foi o pri-meiro a ser, por ele, defenestrado. Depois vieram os anos de terror implantados pelos citados Policaro e Lafayete Coutinho. Feliz-mente, tive a sorte de sair incólume quando me aposentei em outubro de 1993. Mas a sanha dos irresponsáveis continua. É com este estado de coisas que devemos nos preocupar e defender o patrimônio da Previ, que construímos durante esses longos anos com o suor de nosso trabalho. Nem o gover-no nem o Banco do Brasil têm o direito de intervir com o escopo de se apropriarem dos nossos haveres. Hoje, o maior beneficiário da Previ chama-se Banco do Brasil. A ANABB tem de permanecer sempre atenta para que o nosso patrimônio não sofra mais danos. José Neville PazFortaleza – Ce

BB 200 ANOS – e O FuNCIONALISMO?Com os 200 anos do Banco do Brasil, nós funcionários, que ajudamos a construir parte desta história – pelos menos eu, com quase 30 anos de casa –, repudiamos a arbitrarie-dade com que a instituição trata o seu corpo funcional. Todos os anos, temos de implorar para reivindicar direitos líquidos e certos de qualquer trabalhador organizado, que é a dignidade para “sobreviver” a cada mês do ano, com o reajuste justo do nosso salário.Tendo a oportunidade de ler o pioneirismo do Banco ao longo da sua história em diversos setores da economia, também me causam espanto alguns aspectos negativos.Fomos os pioneiros entre as estatais nos pro-gramas de demissão voluntária – em grande volume; implantamos modelo “nefasto” de PCC, de PCS, de Acordo de Trabalho, ou ATB para os íntimos; as metas absurdas sem direi-to à comissão sobre as vendas.Não adianta responsabilidade socioam-biental sem responsabilidade funcional. Os funcionários querem incentivos para ascen-der profissionalmente, mas querem, acima de tudo, “salário” digno no fim do mês, reconhecimento pelo seu esforço e, princi-palmente, MOTIVAÇÃO para continuar a dar lucro para a instituição por mais 200 anos.Luiz Cláudio Silva BarbosaNiterói – Rj

Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por questão de espaço e estilo, as cartas podem ser resumidas e editadas. Serão publicadas apenas correspondências selecionadas pelo Conselho Editorial da ANABB. As cartas que se referem a outras enti-dades, como Cassi e Previ, serão a elas encaminhadas. Se você quer enviar comentários, sugestões e reclamações envie um e-mail para [email protected] ou uma carta para o endereço SCRS 507, Bl. A, Lj.15 CEP: 70351-510 Brasília/DF

jornal Ação

ANABB - SCRS 507, bl. A, lj. 15 CEP: 70351-510 Brasília/DFAtendimento ao associado: (61) 3442.9696Site: www.anabb.org.br Redação: Ana Cristina Padilha, Priscila Mendes e Tatiane Lopes Anúncio: Fabiana Castro e-mail: [email protected] Revisão: Cida Taboza editoração: Raido Propaganda Foto da Capa: Photos to Go Tiragem: 150 milBanco de Imagem: AbleStock e Photos to GoImpressão: Gráfica Positiva Fotolito: Photoimage

dIReTORIA eXeCuTIVA

CONSeLHO deLIBeRATIVO

VALMIR CAMILOPresidente

WILLIAM jOSé ALVeS BeNTODiretor Administrativo e Financeiro

NILTON BRuNeLLI de AzeVedODiretor de Comunicação e Desenvolvimento

eMíLIO SANTIAgO RIBAS ROdRIgueSDiretor de Relações Funcionais, Aposentadoria e Previdência eLAINe MICHeLDiretora de Relações Externas e Parlamentares

Antonio gonçalves (Presidente)Alcir Augustinho Calliari Ana Lúcia Landin Antilhon Saraiva Armando César Ferreira dos SantosAugusto Carvalho Cecília Garcez Denise Vianna Douglas Scortegagna Élcio BuenoGenildo Ferreira dos ReisGraça MachadoInácio da Silva Mafra Isa Musa José Antônio Diniz de OliveiraJosé Branisso José Sampaio de Lacerda Júnior Luiz Antonio CareliMércia PimentelRomildo Gouveia Vitor Paulo Camargo Gonçalves

CONSeLHO FISCAL

Cláudio josé zucco (Presidente)Antônio José de Carvalho Saul Mário MatteiMaria do Céu BritoTereza Cristina Godoy Moreira Santos Vera Lúcia de Melo

dIReTOReS eSTAduAIS

Ivan Pita de Araújo (AL)Ângelo Raphael Celani Pereira (AM)Olivan de Souza Faustino (BA)Maria José Faheina de Oliveira (Mazé) (CE)Elias Kury (DF)Sebastião Ceschim (ES)Saulo Sartre Ubaldino (GO)Solonel Campos Drumond Júnior (MA)Ivan Demetri Silva (MT)Edson Trombine Leite (MS)Wagner Cardoso de Mesquita (MG)Fábio Gian Braga Pantoja (PA)Maria Aurinete Alves de Oliveira (PB)Moacir Finardi (PR)Carolina Maria de Godoy Matos (PE)Francisco Carvalho Matos (PI)Marcelo Antonio Quaresma (RJ)Hermínio Sobrinho (RN)Paulo Edgar Trapp (RS)Sidnei Celso da Silva (RO)Carlos Francisco Pamplona (Chico Pamplona) (SC)José Antônio Galvão Rosa (SP)Almir Souza Vieira (SE)Saulo Antônio de Matos (TO)

Page 3: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

Ação Março/Abril 2009 | 3

edITORIALCARTA dO PReSIdeNTe

SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL

Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com a justificativa de que as ordens para reduzir as taxas de juros não estavam sendo cumpridas, lançou dúvidas no mercado e até mesmo junto ao funcionalismo. Que o tal do mercado tivesse a reação que teve é perfeita-mente compreensível, mas nunca o funcionalismo. Não era isto que queríamos o tempo todo? Um banco verdadeira-mente público? Com taxas de juros civilizadas? Com foco na distribuição de crédito, para garantir a geração de em-prego e renda? Sim.

Até agora, o Banco do Brasil do Lula era igualzinho ao Banco do Brasil do FHC. Claro que em alguns aspectos so-freu mudanças, notadamente na relação com os próprios funcionários. Se não recuperamos os salários, achatados no governo FHC, pelo menos não houve perdas inflacionárias durante o governo Lula. Para resumir: a relação com os fun-cionários aconteceu em um patamar muito melhor no gover-no Lula que no governo FHC. Até greve o funcionalismo fez.

Resta saber se o novo Presidente do Banco do Brasil, o nosso colega Dida, vai conseguir avançar nas propostas que ele colocou para atender a demanda do governo, da socieda-de e, por que não dizer, do funcionalismo. Nos últimos anos, o nosso Banco automatizou o crédito, criando uma estrutura burocrática que olha cada cliente pelos números. Tudo até muito rápido, pela internet mesmo. Para tomar dinheiro em-prestado não é preciso nem falar com o gerente. Estão lá seu limite, suas linhas de crédito, as condições de pagamento e o limite de endividamento mensal. Simples.

Este tipo de crédito ajuda o país, mas não resolve o pro-blema do desenvolvimento. Só libera mais crédito para o consumidor que já está endividado. É claro que o BB deve avançar na área tecnológica, sendo pioneiro nesse setor, o que tem feito com muita competência, mas é preciso que o Banco gaste mais tempo examinando projetos e dando mais atenção aos clientes com potencial de alavancagem dos seus negócios. Créditos para investimento e com pra-zos médio e longo para pagamento. Hoje, os clientes estão correndo das agências, são jogados para os terminais ele-trônicos e quando são procurados por seu gerente de conta

ou atendimento é porque este tem uma meta para cumprir: vender seguro, títulos de capitalização, entre outros.

Ao longo destes mais de 200 anos de existência, o nos-so Banco do Brasil enfrentou muitos desafios. Junto com ele o funcionalismo, que jamais deixou de honrar seu compromisso de ser verdadeiramente o maior patrimônio da empresa. Hoje, o desafio mais importante é romper os paradigmas e buscar um novo modelo, que dê resposta à sociedade e ao mercado, praticando taxas de juros civiliza-das e remunerando o acionista corretamente. Mas este é assunto para outra carta.

Valmir CamiloPresidente da ANABB

Page 4: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

4 | Ação Março/Abril 2009

Investimentos em tecnologia trazem grandes resultados para o BB. Avanços tecnológicos já podem ser vistos em toda a estrutura da

Instituição e projetos são constantemente desenvolvidos por mais de dois mil funcionários de ponta

A TeCNOLOgIA AVANÇA

CAPAfo

to: A

BLES

TOCK

Page 5: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

Ação Março/Abril 2009 | 5 Ação Março/Abril 2009 | 5

“Na década de 1980, quando ingressei no Banco do Brasil, ainda existiam calculadoras movidas à manivela. Computador... nem pensar”, lembra a ex-funcionária do BB Alice Padilha, que in-gressou no Banco em Manhuaçu, Minas Gerais, e agora vive em Brasília. O que era realidade naquela época parece inadmissível hoje: um banco com calculadora à manivela! E não é só isso. Alice conta que, ao trabalhar na retaguarda − local por trás dos caixas −, tinha de separar documento por documento, anali-sando código por código. “Tudo com um prazo apertadíssimo. Era um sufoco. E os lançamentos! Todas as operações eram lançadas em uma ficha amarela, grande, uma para cada clien-te, em uma máquina chamada NCR31. Imagine a dificuldade para conferir item por item!”, completa.

De lá para cá, a tecnologia desenvolveu-se a passos largos. As NCR31 e as máquinas à manivela deram lugar a computa-dores e máquinas científicas. Os terminais de autoatendimento respondem por 50% das transações dos clientes do BB. Ao todo, canais como internet, celular e centrais de atendimento

são responsáveis por mais de 90% das transações realizadas pelos clientes.

Atualmente, o BB possui 47 milhões de clientes. E todos os produtos bancários têm interveniência da TI. “Em dez anos, multiplicamos por quatro nossa base de correntistas. Isso só foi possível pelos ganhos que o avanço tecnológico nos proporcionou”, explica o Vice-Presidente de Tecnologia e Logística do Banco do Brasil, José Luis Prola Salinas.

Tecnologia de ponTa, com funcionários de ponTa

Em 2008, o Banco do Brasil modernizou mais de sete mil terminais de autoatendimento – TAA. Para se ter ideia do ta-manho deste movimento, a compra de terminais que o BB fez no ano passado equivale a um parque inteiro de alguns bancos médios que atuam no Brasil. A situação deve se re-petir este ano, pois a Instituição pretende comprar outras nove mil máquinas para modernizar ainda mais o seu par-

Page 6: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

6 | Ação Março/Abril 2009

que, que é o maior da América Latina e tem 39 mil TAAs.Os novos terminais são dotados das mais modernas fer-

ramentas de segurança. Entre as opções que estas máqui-nas trazem está um dispositivo que avisa quando há tenta-tiva de violação do TAA e também teclados criptografados para a proteção contra tentativas das fraudes conhecidas como “chupa cabra”. Os novos equipamentos também es-tão adaptados para atender a deficientes visuais, possuin-do marcação tátil, plug para fone e controle de volume.

Para garantir a eficiência das transações, a Diretoria de Tecnologia do Banco do Brasil conta com mais de dois mil funcionários. E o trabalho deles tem dado resultado, uma vez que o índice de disponibilidade do canal de atendi-mento TAA, por exemplo, é de mais de 99%. Já o índice da internet muitas vezes chega a 100%. A estes profissio-nais somam-se outros mil contratados. São pessoas que trabalham no Complexo Central de Tecnologia do BB, em Brasília, para, além de garantir a eficiência dos sistemas do Banco, criar opções que atendam às necessidades dos clientes, auxiliem os funcionários e melhorem a vida de milhões de brasileiros.

Foi na área de Tecnologia do BB que se criou um progra-ma de adoção de software livre em larga escala que equi-pou quase todas as estações de trabalho das agências da Instituição com Linux e Br-Office, quando o mercado ainda

optava por software proprietário. Hoje, a iniciativa já é refe-rência mundial. Agora, o Banco do Brasil irá equipar seus terminais de autoatendimento com Linux e, além de eco-nomizar com o não pagamento de licenças, terá software mais atualizado, permitindo que o canal TAA ofereça uma série de novas opções para os clientes.

MAIS INOVAÇõeSE a tecnologia não para. Em alguns meses, os laboratórios

do Banco irão receber, para testes, terminais que se caracte-rizam por dispensar o envelope para depósitos e reaproveitar as cédulas depositadas para as opções de saques, gerando economia muito grande em transporte. O Banco também já desenvolveu e, em breve, irá colocar à disposição de seus clientes, opção de atendimento por meio da TV Digital. Outra contribuição da TI para a eficiência do BB está no processo de digitalização de todos os cartões de autógrafos dos clientes da Instituição e dos cheques emitidos. Além da vantagem de poder oferecer o serviço de consultar o che-que pela internet, a empresa está se preparando para que a compensação de cheques seja feita on-line, com grandes ganhos para depositantes e instituições financeiras.

O processo de digitalização não se resume aos cheques. Outros documentos necessários para a liberação de opera-ções de crédito estão sendo digitalizados, o que irá resultar

“em dez anos, multiplicamos por quatro nossa base de corren-tistas. Isso só foi possível pelos

ganhos que o avanço tecnológico nos proporcionou”

José Luis Prola Salinas - vice-presidente de Tecnologia e Logística do Banco do Brasil,

foto

: divu

lgaç

ão

6 | Ação Março/Abril 2009

Page 7: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

Ação Março/Abril 2009 | 7

wv

em ganhos de tempo de resposta ao cliente. Não haverá ne-cessidade do transporte físico dos documentos relativos a estas operações entre as diversas instâncias que compõem o processo de liberação do crédito.

NOVOS deSAFIOSUm dos maiores desafios que se apresentam à área de

tecnologia do BB atualmente é o processo de incorporação dos bancos. Sem contar a compra de 49% do Votorantim no mês de fevereiro, o BB adquiriu, nos últimos seis meses, os bancos estaduais de Santa Catarina, Piauí e São Paulo (BESC, BEP e Nossa Caixa).

Com essas incorporações vem a necessidade de adaptar inúmeros recursos tecnológicos para milhões de novos clien-tes. Segundo a Diretoria de Tecnologia, é preciso padronizar o ambiente de rede e de telecomunicações destes bancos, ajustar os recursos de automação bancária e do parque de TAA, além de absorver as bases de dados corporativas e dos clientes, que muitas vezes estão em estruturas tecnológicas diferentes. É preciso fazer as devidas adequações para o padrão de automação do BB, com o cuidado de que tudo transcorra com o menor impacto para os clientes e para a dinâmica operacional das instituições envolvidas. Somente para se ter ideia do volume do trabalho, os três bancos agre-gam quase sete milhões de correntistas à base do BB.

INVeSTIMeNTO TeCNOLógICOCom a tecnologia ganhando cada vez mais importância,

é preciso estar atento aos movimentos do mercado e ga-rantir sua eficácia para manter a competitividade. “Não é por acaso que estamos revendo nossa governança de TI”, garante Salinas.

De acordo com Salinas, a revisão do modelo de gover-nança de TI é fundamental para que a área esteja mais alinhada à estratégia de negócio e adequada aos novos desafios que o Banco deverá superar. “Ao avaliar o merca-do, percebemos que, nas empresas com governança de TI mais evoluída, a área de tecnologia deixa de ser apenas provedora de infraestrutura e de serviços para atuar como parceira estratégica, participando da concepção das so-luções com as áreas de negócio e, em alguns casos, po-dendo até apresentar alternativas que criam um potencial para seus clientes.”

E assim, investindo muito em tecnologia, gerenciando a TI com todo o cuidado que esta área estratégica necessi-ta e utilizando todos os recursos que ela oferece, o BB vai conquistando corações e mentes de milhões de brasileiros, uma tradição que se renova há 200 anos. “E nem por um segundo esquecendo que a tecnologia nos fornece as me-lhores ferramentas, mas quem faz a diferença são as pes-soas”, finaliza Salinas.

Ação Março/Abril 2009 | 7

foto

s: a

rqui

vo B

B

Page 8: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

8 | Ação Março/Abril 2009

Entrei no Banco do Brasil em 2003. Logo em minha pri-meira agência, aprendi a entrar antes e sair depois do meu horário. Trabalhar 10, 11, 12 horas por dia e só receber por seis. Vieram outras agências e a mesma situação se repetiu. Hoje, cinco anos depois, vejo que – sem ser pessimista, e sim realista – a situação para o bancário, pelo menos nas agências, está cada vez pior.

Passei por algumas “medidas de ajustes” da diretoria atual, como, por exemplo, o fim das substituições. Vi cole-gas “obrigados” a aderir aos planos de demissões, como o que ocorreu em 2007, e, mais recentemente, o corte nas horas extras. Para mim, foi o fim da picada. Decidi parar de trabalhar “de graça”, enfrentando ameaças e indiretas de superiores. Hoje, chego cinco minutos antes de registrar a entrada no SISBB e saio, no máximo, 20 minutos depois de registrada minha saída.

A cada reunião geral na agência saio mais cabisbaixo e frustrado, pois não consigo entender a “cegueira” de meus superiores. Um dos últimos comentários nesta tal reunião foi a de que “o nosso Banco é uma empresa capitalista e, assim sendo, precisa apresentar resultados positivos, focar nos negócios e nada mais”. Onde está a preocupação com o atendimento ao cliente, às suas reais necessidades, e não às necessidades apenas do Banco? Onde está o compromisso do Banco com o Brasil?

Chego a ter medo do futuro como bancário, pois, desde a era Collor até hoje, são más notícias. Imagino que em um futuro próximo poderão ser extintos o plano de saúde ou os tíquetes, já que tudo hoje se resume a corte de despesas administrativas.

Meu sonho e minha ilusão como bancário acabaram. Hoje, nas minhas horas vagas, estudo para outros concursos públicos na esperança de garantir minha vida e a da minha família com dignidade, e não com humilhação e exploração. A ideia de me aposentar, como meu pai, no Banco do Brasil, não existe mais.

Deixarei minha vaga para outro “sonhador” que em um futuro próximo estará frustrado como eu ou, então, se sujei-tando a humilhações em busca de uma comissão, enquanto especialistas em “puxar o saco” sobem rapidinho em direção às nuvens.

Um abraço e bons (ou maus) sonhos.

Adalberto *Entrou no Banco do Brasil em 2003

FRuSTRAÇãO NO MAIOR BANCO dO PAíSMeu sonho e minha ilusão como bancário acabaram. Hoje, nas minhas horas vagas, estudo para outros concursos públicos na esperança de garantir minha vida e a da minha família com dignidade, e não com humilhação e exploração

*Nome fictício.

BANCO dO BANCÁRIO

Page 9: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

Ação Março/Abril 2009 | 9

Ao tomar posse no Banco do Brasil, em 1983, na agência de Independência (CE), o setor de Recursos Humanos do Banco enviou à agência um documento para a necessária correção da informação em que figurava o meu grau de instru-ção como ANALFABETO

Não preciso relatar a gozação da qual fui vítima. Mas, como resposta, fiz os ver-sos que aqui transcrevo, ainda cheio de saudade daqueles velhos tempos, em que os funcionários do BB eram real-mente uma família.

RESPOSTA AO COMPUTADOR!IVinde aqui, Divina MusaInspirai-me um pouco maisFazei que eu seja capazDe estes versos escreverDai-me um poema completoDe boas rimas repletoDestas que um ANALFABETOJamais pensará fazer

IIDai-me, sim, Divina MusaDo Catulo a eloquência,Do Bilac a sapiênciaQue o verso seu extravasaA fim de que com maestriaBrincando com a poesiaEu responda a ironiaDo computador desta Casa

IIIE o faça sem desdém Mas com uma grande vontadeDe lhe provar a verdadeSem qualquer mágoa ou soluçoE em assim escrevendoEu, no verso, vou dizendoPra você ficar sabendoQue aqui estou por concurso!

IVE foi difícil, acrediteNão usei da informáticaMe esforcei na matemáticaE noutras mais pra vencerE pra me ver aprovadoFiz um esforço danadoJá que não sou programadoComo fizeram a você...!

VE nesta programaçãoÉ que desculpo a sua falhaÉ próprio de quem trabalhaUm lapso, seja qual forIsto até se compreendeMas o que ninguém entendeÉ que a um poeta não se ofendeCuidado, digitador!

Francisco*Aposentado do Banco do Brasil

ReSPOSTA AO COMPuTAdOR

*Nom

e fic

tício

.

PARTICIPE!Envie seu depoimento sobre sua relação com o BB. Mande um e-mail para [email protected] ou uma carta para SCRS 507, bl. A, lj. 15 CEP: 70351-510 Brasília/DF. O assunto deve ser Banco do Bancário.

Page 10: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

10 | Ação Março/Abril 2009

Em 2008, centenas de associados foram beneficiados com os produtos e os serviços da Associação. Considerando as recuperações conquistadas com as ações judiciais, os benefícios do OdontoANABB, dos convênios e dos seguros pagos, mais de R$ 105 milhões foram distribuídos entre os associados por Tatiane Lopes

ANABB eM gRANdeS NúMeROS

A crise financeira está em evidência. Tem sido manchete dos principais veículos de comunicação, pauta das reuniões empre-sariais, vem movimentando negativamente as Bolsas de Valo-res, motivou a pausa em muitas negociações e chegou às con-versas em rodas de amigos. Atenta ao que está acontecendo no Brasil e no mundo, a ANABB, que em 2009 está completan-do 23 anos de existência, segue firme com seu propósito e não perde o foco em defesa do funcionalismo do Banco do Brasil.

Prova disso foi que em 2008 a ANABB conseguiu melhorar o atendimento aos associados, captando suas necessidades e criando produtos que refletem o desejo do corpo social. As esta-tísticas comprovam este crescimento. No ano passado, a Asso-ciação atingiu a marca histórica de mais de 100 mil associados, sendo considerada a maior entidade representativa de uma única categoria de trabalhadores da América Latina. Número que se torna bem superior quando somados os dependentes, que também são beneficiados com os serviços da ANABB. “Se considerarmos os sócios dependentes da ANABB, o universo de associados já ultrapassou os 120 mil. Com a possibilidade da mudança estatutária, o contingente de associados pode chegar a mais de um milhão de pessoas“, completa o Presidente da ANABB, Valmir Camilo.

Verificando os grandes números que compõem o balanço fi-nanceiro da Associação, o dinheiro pago pelos associados com as mensalidades retorna integralmente a eles em forma de pro-dutos e serviços. Para se ter ideia, a Associação paga, em mé-dia, R$ 8,6 milhões por mês aos associados que ganham ações judiciais. Só neste caso, o pagamento de ações é quatro vezes maior que toda a arrecadação anual da ANABB. Isso sem falar em seguros, OdontoANABB, Coop-ANABB, entre outros. No caso

do Seguro Decesso, mais de R$ 1 milhão foi pago aos familia-res de dependentes e associados que faleceram em 2008. Por isso, um dos principais méritos que a ANABB carrega ao longo de sua história é a transparência na gestão dos recursos.

A atuação da ANABB na busca por melhores benefícios e fa-cilidades também se confirma com os convênios. Os associados ganham descontos e facilidades em inúmeros produtos e servi-ços do mercado em todo o Brasil. Isso porque os convênios são locais, estaduais e nacionais, o que confere maior abrangência. A parceria entre a ANABB e entidades comerciais, prestadores de serviços e profissionais já rendeu mais de 1.200 convênios.

Uma das preocupações da Associação é a constante reno-vação e melhoria dos convênios, priorizando a indicação de empresas pelos associados. A rede de convênios ANABB inclui faculdades e demais instituições de ensino, hotéis, academias, salões de beleza e estética, locação de carros, consultorias, far-mácias, lojas de roupas, produtos para festas, decoração, esco-las de idiomas e muito mais.

A última novidade da ANABB foi a criação do plano de pre-vidência associativa, ANABBPrev. Lançado em dezembro de 2008, bateu recordes históricos na Secretaria de Previdência Complementar (SPC) – veja matéria completa na página 14.

Para Valmir Camilo, o Banco do Brasil não deve se preo-cupar se a ANABBPrev é concorrente ou não. “Nosso mer-cado é muito pequeno se comparado com o mercado que o BB atua”. E ressalva a base do trabalho da Associação. “O funcionalismo mostrou sua força. Isso prova que o compro-misso está presente na história da ANABB. Atravessamos governos e a Entidade se mostrou firme no propósito de lutar pelos funcionários do BB”.

ANABB

Page 11: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

Ação Março/Abril 2009 | 11

Associação paga, em média, R$ 8 milhões por mês aos associados que ganham ações judiciais. Só neste caso, o pagamen-to de ações é quatro vezes maior que toda a arrecada-ção anual da ANABB. Isso sem falar em seguros, OdontoANABB, Coop-ANABB, convênios, entre outros

Page 12: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

12 | Ação Março/Abril 2009

OdONTOANABB AMPLIAdOEm 2008, o plano odontológico da ANABB,

OdontoANABB, superou todas as expectativas. Além de ter suprido carência dos associados que não possuíam plano dentário, aumentou o universo de pessoas assistidas pela ANABB.

Após um ano de criação, o plano evoluiu de tal forma que atingiu números grandiosos. Aproximada-mente 3.100 funcionários não-sócios se filiaram à Associa-ção em virtude do OdontoANABB. Este número mais que duplica com a inserção de filhos e cônjuges. Foram 8.151 dependentes filiados à ANABB.

São inúmeros fatores que conferem credibilidade ao Odonto-ANABB. O primeiro deles é que os associados não pagam para ter o plano. É um serviço que a ANABB oferece. O plano atende associados de todo o Brasil, reúne mais de 14 mil profissionais credenciados no país, e o associado pode indicar dentistas e in-cluir dependentes pelo valor de R$ 9,90 − por mês. Além disso, possui ampla lista de serviços oferecidos: consultas, diagnósti-cos, emergências, dentística, endodontia, periodontia, radiolo-gia, prevenção, prótese, entre outros.

“A ANABB não vende plano odontológico. Se tantas pes-soas aderiram em 2008, é porque perceberam que o ser-viço prestado é de qualidade e trouxeram os depedentes”, enfatiza Valmir Camilo.

ASSeSSORIA juRídICATão importante quanto o plano odontológico é o serviço

de assessoria jurídica prestado aos associados da ANABB. Até 2008, a ANABB conquistou R$ 1,2 bilhão em ações judiciais e beneficiou mais de 40 mil associados. Só em

2008, 2.764 associados receberam a quantia de mais de R$ 103 milhões.

Uma das ações da ANABB, que teve reconhecimento na-cional, foi a isenção de IR sobre venda de férias, licença-prêmio, abono etc.

No início deste ano, a Receita Federal divulgou, no Diário Ofi-cial da União, a Solução de Divergência no 1/2009, comunican-do que os valores referentes à venda de férias estão isentos da retenção de IR. Este direito já foi reconhecido aos associados da ANABB desde 1995. Só agora, foi regulamentada pelo Governo Federal. Há 14 anos, os associados da ANABB deixaram de pagar o IR incidente sobre venda de férias, licenças-prêmio e abonos, em razão de mandado de segurança coletivo impetrado pela As-sociação. O processo foi finalizado com êxito, beneficiando todos os funcionários do Banco do Brasil e abrindo precedente para as demais categorias de trabalhadores buscarem a Justiça.

“Essa é uma conquista da ANABB alcançada a partir de ação co-letiva que beneficiou, em um primeiro momento, 83 mil pessoas e distribuiu R$ 246 milhões”, destaca o Presidente da Associação.

A ANABB acompanha diariamente os principais assuntos de interesse do funcionalismo e, por meio das ações judiciais, faz valer o direito dos associados. Com ações judiciais, a Associa-ção paga, em média, R$ 8 milhões por mês aos associados. Em muitos casos, alguns associados chegam a receber quantia equivalente a R$ 300 mil.

Ações JudiciaisAções: 716

Sócios: 2.764Total pago: R$ 103.558.239,76

Prêmio PontualidadeSócios: 41

Total pago: R$ 123.000,00

OdontoANABBTitulares que se filiaram: 3.113

Dependentes: 8.151

Seguro DecessoSeguros pagos: 449

Total pago: R$ 1.338.561,15

ASSOCiADOS BENEFiCiADOS Em 2008

Valores referentes a 2008.

12 | Ação Março/Abril 2009

Page 13: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

Ação Março/Abril 2009 | 13

Uma das novidades é a ação coletiva impetrada pela ANABB que determina a isenção de Imposto de Renda sobre a verba de ressarcimento de despesas por utilização de carro próprio em serviço. O processo está a caminho de ganhar bom desfe-cho - transitou em julgado no STJ e foi remetido ao TRF da 1a

Região. Neste momento, aguarda-se a remessa do processo à vara de origem, onde os valores depositados em conta judicial serão revertidos aos associados. Em janeiro de 2009, o saldo era de R$ 87,5 milhões.

Em março deste ano, os associados da ANABB ganharam em definitivo o processo que trata da isenção do INSS sobre as conversões em espécie de licenças-prêmio, abonos-assidui-dade, folgas e férias, pagas pelo Banco do Brasil. Desde 2002, quando a ANABB entrou com mandado de segurança, o asso-ciado parou de recolher o imposto.

A liminar foi concedida em 05/03/2002 determinando que o Diretor/Superintendente de Arrecadação e Fiscalização do INSS se abstivesse de recolher os valores da contribuição pre-videnciária do empregado, a título de conversão em pecúnia de licenças-prêmio, abonos-assiduidade, folgas e férias.

Como a liminar foi concedida apenas em caráter preventivo, não houve depósito judicial de valores. O objetivo era cessar o recolhimento, o que passou a ocorrer desde março de 2002.

SeguROS: IMPORTANTeS quANTIASNa área de seguros, a ANABB oferece o Seguro Decesso Au-

tomático, o Decesso Complementar e o Decesso Complemen-tar Master. Apenas com o Seguro Decesso Automático, ofere-cido gratuitamente a todos os associados, R$ 1,34 milhão foi pago em 2008.

Já o Prêmio Pontualidade, que premia os associados que es-tiverem em dia com suas mensalidades, pagou aos associados R$ 123 mil. No ano passado, 41 associados foram sorteados e receberam a boa notícia de que o valor de R$ 3 mil havia sido depositado em conta.

SONHO CONSTRuídOA Cooperativa Habitacional da ANABB (Coop-ANABB) tam-

bém fez jus aos compromissos em 2008. No ano passado, entregou o segundo prédio em Brasília, o empreendimento Jar-dim dos Ipês, em Águas Claras.

Também ampliou seu alcance e construiu o primeiro em-preendimento em Salvador. Foi o Jardim Bela Vista, situado no parque Bela Vista, próximo ao Shopping Iguatemi. O edifício ofe-rece área de lazer com piscina, salão de festas, salão de jogos e quadra poliesportiva. São 92 apartamentos, quatro por andar.

Para 2009, a Coop-ANABB está à frente de dois empreen-dimentos. Um no Rio de Janeiro, localizado próximo ao Autó-dromo de Jacarepaguá, o edifício Jardim da Barra, e outro no Jardim das Paineiras, em Samambaia, no Distrito Federal.

Ação Março/Abril 2009 | 13

Page 14: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

14 | Ação Março/Abril 2009

Em menos de dois meses, o plano de previdência instituído pela ANABB recebeu aproximadamente 1.000 adesões. Sucesso se deve à confiança do associado na ANABB

ANABBPrev BATe TOdOS OS ReCORdeS

Após quatro meses de criação da ANABBPrev, o plano de previdência instituído pela ANABB tem muito o que comemorar. Só nos primeiros dois meses do plano de previdência, o fundo de pensão bateu todos os recordes. Foram aproximadamente 1.000 adesões realizadas por associados de todo o Brasil. O re-corde anterior, da OABPrev-SP, era de 500 adesões em 180 dias. O fato rendeu elogios por parte do Secretário de Previdência Complementar, Ricardo Pena, que, no dia 30 de dezembro de 2008, ligou para o Presidente da ANABBPrev, Valmir Camilo, parabenizando-o pelo sucesso do plano de previdência.

Para atingir essa marca histórica, a ANABB desenvolveu inten-so trabalho de comunicação com os associados. E comprovou que a ANABBPrev representa mais que um novo plano de previ-dência. É a mais nova entidade do funcionalismo do BB que reú-ne as forças dos associados de todo o Brasil. Foi por este motivo

que inúmeras pessoas acreditaram e se uniram com a intenção de engrandecer ainda mais a marca Banco do Brasil.

“Sempre acreditei no sucesso da ANABBPrev, mas esse resultado me surpreendeu. Isso prova que o BB vai continuar sendo um dos maiores, a Previ e a Cassi vão continuar sen-do exemplos, as entidades continuarão firmes e a ANABB-Prev estará forte, construindo um país melhor e um futuro melhor”, ressaltou Valmir Camilo.

TRABALHO ÁRduOUma novidade do lançamento da ANABBPrev é que com ela

se inaugurou composição inédita no cenário da previdência brasileira. “Nasce um novo pilar, pois a principal classe desse plano (funcionários do Banco do Brasil) já possui o pilar básico (INSS), o complementar (Previ) e terá agora o suplementar, fei-

por Tatiane Lopes fotos Telmo Ximenes

ANABBPrev

14 | Ação Março/Abril 2009

Page 15: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

Ação Março/Abril 2009 | 15

to pelo vínculo associativo. Isso coloca a ANABB em posição de vanguarda da previdência complementar. Além disso, a opor-tunidade de ampliar a seguridade para os familiares de até quarto grau garante maior renda familiar na aposentadoria”, explica Bernardo Queima, da Apoena Investimentos, consulto-ria responsável pela formatação e implantação da ANABBPrev. A ampliação do plano para parentes até quarto grau se dará após aprovação da reforma do estatudo da ANABB.

Para Valmir Camilo, é preciso investir em previdência quando o assunto é um futuro tranquilo e com qualidade de vida. “A complementação da Previ não é o suficiente para que o empregado mantenha o mesmo padrão salarial da ati-va. Alguns fatores contribuem para a perda financeira, entre eles, a política salarial adotada pelas empresas com benefí-cios não incorporados ao salário, como auxílio-alimentação, PLR e abonos”, explica o Presidente da ANABB, que também acumulou o cargo de Presidente da ANABBPrev.

De acordo com a Diretora de Benefícios, Elaine Michel, a trans-parência no processo de criação da ANABBPrev trouxe seguran-

ça aos associados. Ela garante que este será o caminho para o futuro. “O plano foi formado de maneira transparente para que as pessoas tivessem confiança, tranquilidade e segurança com os produtos e os serviços da ANABB”. O Diretor Administrativo e Financeiro, Armando César Ferreira dos Santos, destaca: “os par-ceiros foram escolhidos com bastante critério, tanto na parte de risco e investimento quanto no gerenciamento dos passivos”.

PReSTígIO dA ANABBPrev“A decisão da ANABB é de quem enxerga longe.” Assim pro-

nunciou o Secretário de Previdência Complementar, Ricardo Pena, sobre a ANABBPrev. Ele destacou a importância de se pensar em previdência e como isso pode mudar o futuro do país. O Secretário afirmou que a “ANABB pensa no futuro do Brasil porque pensa em previdência” e acrescentou que a Associação escolheu “o melhor time da previdência complementar”.

Para o Secretário Executivo do BB Hayton da Rocha, que es-teve presente no lançamento do plano, a criação da ANABBPrev foi o sinal de que os funcionários são capazes de novas conquis-tas. “A ANABB é a casa do funcionário do Banco e ela contribui para a vida do funcionalismo e do cliente.”

Valmir Camilo relembra a trajetória de sucesso da ANABB e a credibilidade que a Associação conquistou durante estes 23 anos de existência. “Não paramos de crescer durante es-tes anos. Esta é a força que vem do funcionalismo e que gera segurança.” O Presidente acrescentou que os funcionários do Banco já vivem uma cultura previdenciária e que o sistema apresentado na ANABBPrev é um sistema complementar que está dando certo no mundo. “As metas são ambiciosas. Mas no BB é assim: ser o melhor e o maior.”

Cerimônia de lançamento da ANABBPrev - da esquerda para a direita: Helder Molina, Antonio gonçalves, Ricardo Pena, Valmir Camilo, Hayton da Rocha, Augusto Carvalho, Paulo Stockler e Carlos garcia.

“A confiança na ANABB e a certeza de que é seguro e eficiente. A legitimidade da ANABB é fundamental para o sucesso do plano. Nós confiamos em qualquer produto que venha com o selo da ANABB, gera confiabili-dade. Aderi também como uma maneira de tornar a ANABB mais presente, não apenas como defensora dos nossos direitos”Yasmin Lessa Felippi, aposentada – Lençóis (BA)

Page 16: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

16 | Ação Março/Abril 2009

COMO AdeRIR à ANABBPrev

Assim como em todos os produtos e os serviços ofereci-dos pela ANABB, a criação da ANABBPrev foi amparada em estudos de mercado e na experiência em previdência dos di-rigentes da Associação. Atenta ao crescimento deste nicho, tanto no Brasil como no mundo, a ANABB percebeu que o au-mento da expectativa de vida e da qualidade de vida durante a aposentadoria implica necessidade de poupar. Estudou a previdência associativa, conheceu modelos que deram certo no mundo e criou a ANABBPrev, um fundo de pensão multi-

patrocinado, sem fins lucrativos, em que o associado pode administrar seus recursos apoiado por especialistas em in-vestimentos de longo prazo.

Para aderir ao plano, é muito simples. Basta comprovar vínculo associativo com a ANABB e preencher o formulário de adesão ao plano, em que serão definidos: contribuição para a aposentadoria, prazo para a aposentadoria, contribuição para riscos de morte e invalidez (opcional) e Declaração Pessoal de Saúde, regime tributário (tabela progressiva ou regressiva), beneficiários e modo de pagamento. Solicite já sua consulta através do e-mail [email protected]. Para conhe-cer mais sobre o plano, acesse www.anabbprev.org.br.

VejA OuTRAS CARACTeRíSTICAS dA ANABBPrev1. Vínculo associativo – é um plano de previdência as-

sociativo constituído pela ANABB. É feito pela classe e será gerido pela classe.

2. Transparência – o participante pode acessar seus in-vestimentos pela internet, 24 horas por dia, e por uma cen-tral de atendimento, em horário comercial, e ainda receberá extratos mensais e anuais. Isso possibilita o controle direto dos participantes sobre seus investimentos. A política, defini-da anualmente, será divulgada para todos os participantes.

3. Dedução do IR – todo o dinheiro investido na ANABB-Prev, até 12% da renda bruta anual do participante, pode ser deduzido do Imposto de Renda. Para isso, basta que o asso-ciado o declare na sua contribuição anual de IR e também faça parte do regime geral de previdência (INSS).

4. Parceiros de sucesso – foram escolhidas empresas que possuem certificado de experiência em investimentos de lon-go prazo (Mongeral Aegon e Icatu Hartford). Estes profissio-nais vão administrar os recursos de forma a garantir que o plano alcance excelente rentabilidade com baixo custo para os participantes.

5. Inclusão de beneficiários – o associado pode escolher livremente seus beneficiários. Em caso de falecimento, os re-cursos não passam por inventário. Na inscrição, o associado indica as pessoas que quer beneficiar e pode alterar os no-mes a qualquer momento, definindo, inclusive, o percentual destinado a cada uma das partes.

6. Flexibilidade – o participante pode realizar investimentos no plano por meio de duas formas de contribuição: eventual e mensal. A aplicação pode ser feita por débito em conta corren-te, boleto bancário ou desconto em folha para os funcionários aposentados do BB. As contribuições podem ser suspensas a qualquer momento, sem cancelamento do plano ou perda de rendimentos. O participante pode solicitar a transferência do seu atual plano de previdência para a ANABBPrev sem a ocorrência do IR e vice-versa. A data de vencimento mensal da opção débito em conta corrente é o dia 20.

Diretoria Executiva da ANABBPrev: Armando César Ferreira dos Santos, Elaine Michel e Valmir Camilo

Conselheiros Deliberativos da ANABBPrev: Cecília Garcez, Graça Machado, Mércia Pimentel, Isa Musa, Célia Larichia, Inácio Mafra, Luiz Carlos Teixeira, Antonio Gonçalves, Romildo Gouveia, William Bento, José Sampaio de Lacerda Júnior, Francisco Alves e Silva (Xixico), Emílio Ribas Rodrigues e Nilton Brunelli

Conselheiros Fiscais da ANABBPrev: Antônio José de Carvalho, Vera Lúcia Melo, Saul Mário Mattei, Maria do Céu Brito e Cláudio Zucco

Page 17: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

Ação Março/Abril 2009 | 17

Page 18: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

18 | Ação Março/Abril 2009

Na visão dos associados, o Congresso Nacional anda em baixa. Em enquete publicada no site da ANABB na primeira semana de abril, a Associação pergun-tou o que mais envergonha o Brasil atu-almente. Dos 749 entrevistados, 79% votaram no Congresso Nacional como motivo de vergonha para os brasileiros. Os outros votos foram para violência (13%), pedofilia (6%), desemprego (1%) e seleção brasileira de futebol (1%).

zeRO e dez

CONgREssO EM BAIxA

PARCERIA ENTRE FuNCIONáRIOs E FuNdAçãO BANCO dO BRAsIL PROMOVE ALFABETIzAçãO dE AduLTOs

A Associação do Comitê Elos da Cidada-nia de Funcionários do Banco do Brasil e Amigos realizou cerimônia de conclusão de mais um curso de alfabetização de adultos em convênio com a Fundação Banco do Brasil no Programa BB Educar. O evento aconteceu no dia 23 de abril no Rio de Janeiro. No curso, 118 alunos e 21 alfabetizadores se formaram. O co-mitê atua desde 2004 neste trabalho.

ExTRATO dO INss EM CINCO sEguNdOsO segurado do INSS que quiser tirar extrato de contribuições, inclusive com informações sobre o tempo de contribuição ainda necessário para a aposentadoria, poderá fazê-lo nos cai-xas eletrônicos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal em cinco segundos. A Previdência Social colo-cou o serviço em prática desde o dia 1o de maio. Antes, o contribuinte que precisa de um extrato e informações sobre a aposentadoria deve agendar atendimento nas agências da Previ-dência Social.Desde o início deste ano, as agências da Previdência estão trabalhando com o reconhecimento automático de direitos aos segurados para a conces-são de aposentadorias por tempo de contribuição e do salário-maternidade em até 30 minutos. A partir de junho, a ideia é estender a rapidez à conces-são de aposentadorias por idade para os trabalhadores rurais.Jornal de Brasília, com adaptações

sERVIdOREs dO JudICIáRIO POdERãO RECEBER ACIMA dO TETO CONsTITuCIONALUma modificação na Resolução no

14, de 2006, que dispõe sobre apli-cação do teto remuneratório consti-tucional para os servidores do Poder Judiciário, garantiu aos servidores que acumulam legalmente cargos no setor público o direito de receber os seus vencimentos, ainda que o valor supere o limite constitucional, atualmente de R$ 24,5 mil.Até então, a Resolução permitia ape-nas aos magistrados que acumu-lavam legalmente cargos no setor público receber proventos acima do limite do teto constitucional. Ficam

excluídas do teto constitucional as acumulações de dois cargos de pro-fessor; de um cargo de professor com outro, técnico ou científico; e a de dois cargos ou empregos privati-vos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.Agência Brasil

O PEsO dE uM PARLAMENTARPara quem gosta de fazer compara-ções: um senador brasileiro custa, por ano, aos cofres públicos, incluin-do todos os gastos, R$ 33 milhões e um deputado federal custa, também por ano, R$ 11,8 milhões. Na Itália, um parlamentar custa por ano R$ 3,8 milhões; na França, R$ 2,9 milhões; na Espanha, R$ 850 mil; e na vizinha Argentina, R$ 1,3 milhão.Site Giba Um

COLLOR ARREPENdIdOSe o ex-presidente e atual senador Fer-nando Collor de Mello (PTB-AL) pudesse voltar a 1990, não bloquearia os recur-sos na poupança, medida que adotou para conter a inflação. “Não faria, jamais, um programa econômico que causasse tanto desassossego como causou”, dis-se ele durante entrevista à TV Brasil.Em tom de penitência, culpou o seu “equívoco” à ânsia de fazer as coisas se resolverem de forma rápida, por meio de medidas provisórias, como aconteceu no caso do Plano Collor. No entanto, não classificou sua providência como confis-co, argumentando que isso pressupõe “tomar de alguém e não devolver”. “O que houve foi um bloqueio dos ativos, atingimos inclusive as contas corren-tes de pessoas.” Na época, o governo permitiu o saque, de conta corrente ou poupança, apenas do equivalente a US$ 1.300 (cerca de R$ 2.700 hoje).Folha News, com adaptações

BRASIL

Ação Abril/Maio 2009 | 18

Page 19: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

Ação Março/Abril 2009 | 19

CAssI CONquIsTA PRêMIO NA CATEgORIA AuTOgEsTãOA Cassi foi premiada na categoria autogestão do troféu Top Hospitalar 2008, concedido a empresas que se destacaram na área de saúde. Para se tornar finalista na categoria, foram levados em consideração os investimentos realizados pelas em-presas em 2008, posicionamento de mercado e relação com clientes e prestadores de serviços. A vence-dora se deu por meio de votação na internet, dos assinantes da Newslet-ter do Portal Saúde Bussiness Web e das revistas Fornecedores Hospi-talares e Saúde Business.Cassi, com adaptações

NOTíCIA quENTINHAEm 1996, a ANABB lançou o seu Clip-ping. Eram enviados, aos diretores esta-duais e aos representantes da Associa-ção, recortes com o noticiário da grande imprensa sobre o BB. Os anos se pas-saram, a comunicação ficou mais ágil e dinâmica. Hoje, a Associação envia, gra-tuitamente, para o e-mail dos associa-

dos, o resumo das principais notícias de jornais de todo o Brasil. Atualmente, o Clipping é enviado diariamente para 27 mil e-mails. Para o associado que tem interesse em receber as notícias dos principais jornais de grande circulação do país, basta entrar no site da ANABB, no link autoatendimento, e solicitar o re-cebimento do Clipping.

MeMóRIA

BANCO dO BRASIL

LICENçA-MATERNIdAdEAMPLIAdAO Conselho de Administração do Ban-co do Brasil decidiu ampliar a licença-maternidade de quatro para seis me-ses. Pelos termos da lei sancionada pelo Presidente Lula no ano passado, o Banco tinha prazo até 2010 para conceder a ampliação. A decisão do BB tem efeito retroativo a 25 de no-vembro de 2008, contemplando as mulheres que usufruíram do benefício a partir deste período. As bancárias interessadas deverão fazer a solicita-ção do benefício, uma vez que ele não é concedido automaticamente.Sindicato dos Bancários de Brasília

1,2 BI PARA ExECuTIVOsEm 2008, foram pagos pelas dez empre-sas mais bem negociadas na Bolsa de Valores brasileira 1,2 bi para seus mais altos executivos e conselheiros. O Ban-co do Brasil foi a única que informou os rendimentos individuais do seu presiden-te: R$ 37.469,40 mensais, sem bônus e ações. O Banco Itaú Unibanco não diz quanto ganha Roberto Setubal, seu prin-cipal executivo, mas tem um dos balanços mais completos entre as empresas da Bovespa. É possível saber que os admi-nistradores receberam R$ 310,3 milhões em salários, R$ 97,281 milhões em parti-cipações nos lucros e R$ 102 milhões em ações. A Comissão de Valores Mobiliários, xerife do mercado de ações, quer mudar a prática das empresas no país e já colo-cou em consulta pública uma norma que pretende exigir das grandes empresas informações sobre pagamentos individu-alizados aos executivos. No Brasil, a lei obriga apenas que a empresa informe o total gasto para remunerar dirigentes e conselheiros. Folha de S.Paulo, com adaptações

19 | Ação Março/Abril 2009

Page 20: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

20 | Ação Março/Abril 2009

Na edição de 22 de abril de 2009 da revista Veja, à página 76, li uma matéria produzida pelo ex-ministro Mailson da Nóbrega com o título em epígrafe; mante-nho-o aqui para fomento ao debate.

Tomo essa liberdade de debate por ter participado da discussão de privatização dos bancos públicos brasi-leiros, por meio da análise de relatórios elaborados por consultorias internacionais, com o apoio de analistas brasileiros, os quais propunham a privatização do BB. Estes relatórios continham erros conceituais, erros de cálculo e afirmações equivocadas, sendo por mim com-pletamente desacreditados.

A POLíTICA MONeTÁRIA NO BRASILO mercado financeiro brasileiro, ainda na atualidade, é for-

temente influenciado pelas ações do Plano Real, de 1994. Na-quele ano, para reduzir a taxa de inflação vigente no Brasil, con-sequência da forte emissão monetária realizada pelo governo federal, passou-se, em seu lugar, a fazer-se a emissão de títulos da dívida pública brasileira para cobertura dos déficits fiscais.

Para evitar o colapso do sistema financeiro brasileiro, as autoridades monetárias resolveram aumentar substancial-mente as taxas de juros reais, tanto básicas quanto nas ope-rações de crédito, em substituição às receitas de floating. Ainda hoje, as instituições financeiras são altamente depen-dentes do resultado de tesouraria. Por esta razão, quedas sensíveis das taxas de juros são inviáveis (ver quadro 1).

Assim, a afirmação do Mailson de que “(...) já não existe falha de mercado (...)” é inadequada aos fatos. Existe uma enorme falha de mercado fomentada por políticas monetá-rias, exercidas nas últimas décadas no Brasil, de forma com-pletamente equivocada, que geraram a atual dependência do setor bancário brasileiro a elevadas taxas de juros.

Portanto, a enorme falha de mercado exige a participa-ção ativa de instituições públicas no fomento do mercado de crédito e de capitais, ou podemos imaginar que os bancos

privados venham a reduzir suas taxas de juros sem ações públicas? A atual crise econômica internacional é um claro exemplo desta exigência. Basta pensar o que seria dos atu-ais tomadores de recursos financeiros sem a participação do Banco do Brasil e dos demais bancos públicos. Em setembro de 2008, a participação do Banco do Brasil no mercado de crédito bancário era de 17,55% e em dezembro de 2008 foi de 18,26%. Ou seja, quando o mercado parou, a instituição que manteve a economia funcionando foi o BB.

O MeRCAdO de CRédITOTambém em decorrência da equivocada política econô-

mica, implantada há décadas neste país, temos um dos menores níveis de crédito sobre o PIB, atualmente em 42% contra níveis superiores a 100% na maioria dos países de-senvolvidos e emergentes. Grande parte da pobreza deste país advém, assim, da baixa oferta do mercado de crédito. O desenvolvimento do Brasil depende do crescimento do mercado de crédito. Esta é uma enorme falha de mercado. E será corrigida sem a participação do Banco do Brasil e dos bancos públicos?

O mercado de crédito em dezembro de 1994 apresentava um montante de R$ 453 bilhões, a valores de fevereiro de 2009, e em fevereiro de 2009 era de R$ 1,2 trilhão, com crescimento real de 266% (ver quadro 2).

é HORA de PRIVATIzAR O BANCO dO BRASIL?Prof. Dr. Alberto Borges Matias*

BANCO dO BRASIL

20 | Ação Março/Abril 2009

quAdRO 2

Page 21: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

Ação Março/Abril 2009 | 21

*Professor titular e pesquisador na área de Finanças Bancárias da FEA-RP/USP.

quAdRO 1

O desenvolvimento econômico e social do Brasil depende de queda das taxas de juros, a cerca de um terço do que é hoje, com simultânea expansão do volume de crédito, cerca de três vezes o que é hoje, nada além do já observado em pa-íses desenvolvidos e emergentes, há décadas. E isto somente é possível de ser realizado a longo prazo, sob pena de colapso na economia brasileira.

CONCLuSãOO maior problema que vejo no texto do ex-ministro é o pres-

suposto de que os bancos públicos são úteis somente para sa-nar falhas de mercado. Depois de aproximadamente 30 anos trabalhando quase que exclusivamente no setor, permito-me discordar. Bancos mistos, como é caso do BB, não servem ape-nas para regular falhas. Estes bancos assumem funções não relegadas pelos bancos comerciais e múltiplos privados.

Para citar apenas um exemplo, o volume de investimentos do BB nas ações de DRS chegaram, em 2008, a quase R$ 5 bi-lhões, atendendo a 1,2 milhão de famílias - desconheço ações de outros bancos destinadas a este tipo de atendimento.

Alguém pode dizer: “mas isso não é função de um banco”; ocorre que se esta ação for realizada exclusivamente como po-lítica pública não dignifica o cidadão, não o inclui socialmente,

não gera movimento econômico e tão pouco desenvolvimento.Consideremos um banco misto que gere um resultado que pode ser aplicado em funções de desenvolvimento; esta ação não one-ra o erário com a necessidade de destinação de recurso especial nem tão pouco prejudica o resultado do banco que, por ser misto e não exclusivamente orientado ao lucro, pode operar, em algu-mas situações, com rentabilidade menor.

A discussão que se apresentou, com a indicação de que o governo pretende utilizar o BB e a Caixa Econômica Federal para reduzir os juros do sistema bancário, ganha um ar des-necessariamente policialesco, pois todo o sistema financeiro mundial está trabalhando nesta linha e não se trata de uma medida popular, mas de instrumentalização para ampliar o cré-dito, fonte geradora de movimento econômico e estabilização da economia, com consequente redução das taxas de juros.

Mais do que sanar falhas de mercado, os bancos mistos têm a função de mostrar caminhos, estabelecer tendên-cias, indicar e construir a direção que pode ser perseguida pelas demais instituições. Sua presença na economia não é apenas necessária, mas vital. Não é hora de privatizar o BB, e talvez possamos dizer que esta hora não vai chegar, pois o Brasil precisa de desenvolvimento econômico e cres-cimento do bem-estar social.

Ação Março/Abril 2009 | 21

“Também em decorrência da equivocada política econômica, implantada há décadas neste país, temos um dos menores níveis de crédito sobre o PIB, atualmente em 42% contra níveis superiores a 100% na maioria dos países desenvolvidos e emergentes”

Prof. Dr. Alberto Borges Matias

Page 22: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

22 | Ação Março/Abril 2009

NOTAS

CASSI TeM NOVO PReSIdeNTeAntonio Sérgio Riede, ex-diretor de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil, assumiu a

presidência da Cassi. Ele ocupa o cargo no lugar de Carlos Néri, nomeado para a Diretoria de Relações com Funcionários e Responsabilidade Socioambiental do BB.

Riede afirmou que o trabalho será constante e que pretende manter a solidez econômi-ca e financeira conquistada pela Caixa. Também ressaltou a importância da parceria com a ANABB. “Quero manter a ANABB como uma parceira e mobilizadora nos momentos im-portantes. A Associação tem maturidade. A chave da gestão é a negociação, é a busca da harmonia. Hoje os eleitos na Cassi têm origem na ANABB. Sinto uma relação de respeito e não de submissão ou conivência. São pessoas que sabem enfrentar as diferenças e isso foi fator decisivo para eu aceitar o cargo na Caixa”, destaca Riede.

VejA A COMPOSIÇãO dO NOVO CONSeLHOdIReTOR dO BBPresidente - Aldemir Bendine - DidaVice- Presidências • Agronegócios - Luís Carlos Guedes Pinto • Cartões e Novos Negócios de Varejo - Paulo Rogério Caffarelli • Crédito, Controladoria e Risco global - Ricardo José

da Costa Flores • Finanças, Merc. de Capitais e Rel. com Investidores -

Ivan de Souza Monteiro• gestão de Pessoas e Resp. Socioambiental - Robson Rocha • governo - Ricardo Antonio de Oliveira • Negócios Internacionais e Atacado - Allan Simões Toledo • Tecnologia e Logística - José Luís Prola Salinas • Varejo e distribuição - Alexandre Abreu diretorias • Agronegócios - José Carlos Vaz • Cartões - Denilson Gonçalves Molina • Comercial - vago• Comércio exterior - Nilo José Panazzolo • Controladoria - Renato Donatello Ribeiro • Controles Internos - Paulo Roberto Evangelista de Lima • Crédito - Walter Malieni Júnior • distribuição e Canais de Varejo - Danilo Angst • estratégia e Organização - Marco Antonio Ascoli Mastroeni • Finanças - vago • gestão de Pessoas - Amauri Sebastião Niehues • gestão de Riscos - Renê Sanda • gestão de Segurança - Edson de Araújo Lobo • governo - Sérgio Ricardo Miranda Nazaré • Internacional - Sandro Kohler Marcondes • jurídica - Joaquim Portes de Cerqueira César • Logística - Clara da Cunha Lopes • Marketing e Comunicação - Dan Antônio Marinho Conrado • Menor Renda - Izabela Campos Alcântara Lemos • Mercado de Capitais e Investimentos - Francisco Cláudio Duda • Micro e Pequenas empresas - Ary Joel de Abreu Lanzarin • Novos Negócios de Varejo - Nilson Martiniano Moreira • Reestruturação de Ativos Operacionais - Luiz Carlos

Silva de Azevedo • Relações com Funcionários e Responsabilidade

Socioambiental - Carlos Eduardo Leal Neri • Seguros, Previdência e Capitalização - Marco Antônio

da Silva Barros • Tecnologia - José Francisco Alvarez Raya • Varejo - Geraldo Afonso Dezena da Silva

unidades • Alta Renda - Jânio Carlos Endo Macedo • Aquisições e Incorporações - Guilherme André Frantz • Auditoria Interna - Egídio Otmar Ames • Contadoria - Eduardo César Pasa • desenvolvimento de Aplicativos - Antônio Luiz Foschini • gestão Previdenciária - Expedito Afonso Veloso • Infraestrutura Tecnológica - vago • Integração de Negócios Banco Votorantim - Paulo Sérgio Navarro • Relações com Investidores - Marco Geovanne Tobias da Silva • Secretaria executiva - Hayton Jurema da Rocha • Suporte Operacional - Sebastião Antônio Bueno Brandão

COMISSãO dO SeNAdO APROVA PROPOSTA de ISeNÇãO de IR A PARTIR dOS 66 ANOS

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou propos-ta para conceder isenção progressiva do Imposto de Renda para aposentados, pensionistas ou reformados, a partir dos 66 anos de idade. Nesta faixa, o desconto previsto é de 20% do montante, aumentando progressivamente até 100%, para contribuintes de 70 anos de idade. A isenção se aplica até o limite de R$ 3,8 mil mensais.

Durante a reunião, o senador Efraim Morais (DEM-PB), autor do PLS 421/07, disse que a proposta alivia a tributação dos apo-sentados, pensionistas e militares da reserva, porque o Estado tem o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua par-ticipação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar e garantindo-lhes o direito à vida.

O relator, senador Jayme Campos (DEM-MT), apresentou pa-recer favorável, com uma emenda que preserva os contribuintes com remuneração mensal até R$ 1.372,81 que já são beneficia-dos de isenção total de IR, pessoa física, independentemente de sua idade. Ele apresentou uma segunda emenda para fixar um teto mensal de R$ 3.800,00 para a aplicação do desconto sobre a tributação do IR. O projeto e as emendas foram aprovados e vão à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde podem ser votados em decisão terminativa.

Fonte: Dipar - ANABB

Page 23: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

Ação Março/Abril 2009 | 23

Page 24: Tecnologia por trás do BB · 2009. 6. 16. · CARTA dO PRedeSIITORIALdeNTe SeR dO BRASIL é SuA RAzãO SOCIAL Quando o Presidente Lula demitiu o Presidente do Banco do Brasil, com

24 | Ação Março/Abril 2009

OPINIãO

Públicos e A crise dos PrivAdos

Uma crise financeira é normalmente desencadeada quan-do há, em determinada nação, maior número de agentes pes-simistas em relação aos demais. Suas principais consequên-cias são a desvalorização de ativos financeiros e a iliquidez de diversas instituições, ou seja, a confirmação e o agravamento dos motivos que geraram o pessimismo inicial.

Em períodos normais, o número de agentes otimistas e pessimistas permanece praticamente equilibrado. São eles que definem o valor dos ativos por meio das operações de oferta e procura por cada um deles. Nestes períodos, o va-lor médio dos ativos tende a manter-se estável, senão com gradativas elevações ao longo do tempo. Quando é chegada a crise, a média tende a refletir desvalorização generalizada dos ativos financeiros.

Observa-se que a oferta e a procura de cada ativo é sempre definida com base em expectativas futuras. Quan-do as expectativas são extremamente otimistas, além do que deveriam ser, observamos o surgimento de período de boom ou de “bolha” especulativa. Tais períodos não po-dem ser explicados pelo comportamento da economia real e acredita-se que sua causa está no prazer que os seres humanos têm de correr riscos. Quando a “bolha” estoura, desencadeia-se profunda crise que chega a afetar a econo-mia real. Nunca se sabe o momento em que acontecerá a conversão do boom em crise.

Por fim, a crise gera o conhecido “efeito dominó” no merca-

do financeiro, que tende a causar grandes estragos nos agen-tes produtivos, a não ser que a autoridade monetária tome alguma providência.

Ouvimos de analistas de mercado que “nenhum banco corre o risco de quebrar no Brasil”.

Providências? “Quem poderá nos salvar?”, entram em campo os bancos oficiais, a Medida Provisória no 443/2008 autoriza a Caixa e o Banco do Brasil a adquirirem participa-ções em instituições financeiras no país sem a necessidade de licitação. A MP permite que a negociação ocorra de forma direta ou por meio de subsidiárias. Assim, o governo pode-rá estatizar instituições financeiras brasileiras de qualquer tipo – seguradoras, instituições previdenciárias, empresas de capitalização, por exemplo – que estejam em dificulda-de. As aquisições poderão ocorrer por meio de incorporação societária, incorporação de ações, aquisição e alienação de controle acionário ou qualquer outra forma de participação societária prevista em lei. Iniciativa aplaudida pelos bancos privados, pois quem detém a plena credibilidade são, sem dúvida, os bancos oficiais.

Quem entende de crises atendendo a classes desassisti-das, menos favorecidas da sociedade, cujas movimentações “dão pouco lucro” às instituições financeiras, saberá sempre enfrentar e conduzir crises maiores e aí estão os bancos esta-tais, à frente está um veterano forte, experiente e que muitas vezes foi “agredido” durante os seus 200 anos de existência.

emílio S. Ribas RodriguesDiretor de Relações Funcionais, Aposentadoria e Previdência - [email protected]