técnicas de análise de Óleo

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SUMRIOProteces AnticorrosivasA importncia da certificao no sector das Proteces Anticorrosivas

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TribologiaAnlise de Partculas de desgaste

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Director: J. M. Dias Miranda Coordenao: Marta Miranda Secretariado: Dina Silva Nazar Almeida Redaco e Administrao: ISQ - Instituto Soldadura e Qualidade Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 33 TAGUSPARK - OEIRAS 2740 - 120 PORTO SALVO Tel. 214 228 100 Fax 214 228 120 Propriedade: ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade Concepo Grfica: SAR, Publicidade Paginao: Alexandre Rodrigues - ISQ Impresso: Britogrfica, Artes Grficas Lda. Periodicidade: Trimestral Tiragem: 3 000 exemplares Depsito Legal: 36 587/90 ISSN: 0871-5742

Estrutura MetlicasReabilitao das estruturas metlicas do contorno interior da praa de touros do Campo Pequeno

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TribologiaAnlise de lubrificantes em servio

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AmbienteEstimativa da corroso em chamins metlicas por cido clordrico 17

I&DThe RoHS Directive and the Role of SMEs in the Electrical Industries

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Estrutura MetlicasBreves notas sobre a reabilitao do Museu da Electricidade - Central Tejo em Belm

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FormaoProjecto ETIV - EMAS

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Homo AprehendisFormao Aberta e a Distncia Orientada

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TribologiaTcnicas de Anlise de leos

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AmbienteContaminao do ar interior por bioaerossis

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AmbienteGesto da gua em regies semi-ridas

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Gesto da ManutenoApoio deciso em Investimentos Tcnicos

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Notcias ISQ

EDITORIAL

Proteces AnticorrosivasA rea de Inspeco de Anticorroso e de Beto tem vindo a desenvolver a sua actividade nas inspeces tcnicas e fiscalizao de obras, especificidades das proteces anticorrosivas, isolamentos e construo civil em geral. Como o objectivo incide, essencialmente, sobre a Qualidade das construes, a nossa actividade insere-se na anlise dos materiais aplicados (ou a aplicar) em obras e nos processos construtivos. Assim, a oferta de servios do ISQ para o mercado, neste domnio, predominantemente uma actividade de consultoria, auditorias tcnicas, parcerias com outras entidades para a realizao de trabalhos referentes a inspeces tcnicas, fiscalizao, gesto e coordenao de obras e controlo de qualidade de materiais e processos de reconstruo. A experincia dos nossos tcnicos, assim como a qualidade dos J. M. Dias MirandaPresidente do Conselho de Administrao do ISQ

equipamentos e metodologias de suporte sua actividade, tem nos permitido desenvolver trabalhos em diversos pases, com particular destaque para Angola e Cuba.

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PROTECES ANTICORROSIVAS

Ana Maria Matos

A importncia da Certificao no sector das Proteces Anticorrosivas1. IntroduoO Sector de Proteces Anticorrosivas do ISQ um ncleo especializado, que se encontra preparado para actuar em qualquer projecto no mbito da proteco anticorrosiva, revestimentos e isolamentos. O seu campo de actuao muito variado e envolve: projecto, escolha de materiais, proteco das superfcies por pintura (anticorroso e proteco ao fogo), proteco catdica e alteraes do meio ambiente. Possui vrios colaboradores com certificaes emitidas por organismos estrangeiros com reconhecimento internacional. e formao e avaliao de pintores e processos de pintura. Para alm dos servios referidos, o nosso sector tem como preocupao atender s novas necessidades que os nossos clientes apresentem sempre que estas sejam da nossa competncia, renovando desta forma o leque de servios disponveis. Os tcnicos tm ao seu dispor, equipamentos de inspeco e controlo de qualidade de tecnologia actual para a realizao das aces de controlo de qualidade, inspeces e peritagens em revestimentos e isolamentos. O conhecimento das normas em vigor e especficas para as avaliaes e ensaios que efectuamos do-nos um acrescido valor. Os nossos inspectores tm ainda o apoio do nosso Laboratrio de proteces anticorrosivas, no qual so efectuados diversos ensaios para avaliao dos revestimentos anticorrosivos e determinao das suas caractersticas fsicas. Estabelecemos um acompanhamento da evoluo do mercado para as novas tecnologias e produtos utilizados no s para podermos oferecer garantias nos trabalhos que controlamos, como tambm para podermos elaborar especificaes de pintura com as melhores performances. O elevado grau de experincia dos nossos tcnicos foi obtido pela regularidade e oportunidade de actuao em grandes obras nos ltimos anos, tanto em Portugal como em outros pases dos quais destacamos Angola e Cuba. Alguns dos nossos clientes so: IEP; EDP; REFER; MAKRO; CARREFOUR; PORTUCEL; PETROGAL; KOCH; LISNAVE; SONANGOL; TRANSGS, etc. Esse facto proporcionou o reconhecimento que temos tido durante os vrios anos de existncia do nosso sector. Essa experincia revela a sensibilidade para os pormenores essenciais na obteno da qualidade de um revestimento.

Porqu apostar nas certificaes?Por tudo o que foi referido, poderamos dizer que os nossos objectivos esto conseguidos, mas queremos ir mais alm. nossa inteno aumentar o nosso quadro de tcnicos e especialistas com certificaes. O facto de possuirmos certificaes refora o valor do nosso desempenho e das nossas qualificaes porque entidades exteriores confirmam as nossas capacidades para a realizao de determinado trabalho. Os nossos clientes tm assim a garantia que, ao requisitarem os nossos servios, esto a tomar as medidas necessrias para obter um servio com a mais elevada qualidade e competncia.

2. A importncia da CertificaoDesde a sua criao, o nosso sector tem tido sempre como poltica fornecer servios de qualidade em qualquer trabalho que efectuamos. Outras empresas existentes no mercado disponibilizam alguns servios semelhantes, no entanto, conseguimos marcar a diferena por diversas razes: Diversidade de servios que disponibilizamos Equipamentos de tecnologia actual para apoio das inspeces e controlo de qualidade Laboratrio de Proteces Anticorrosivos para realizao de ensaios laboratoriais e apoio complementar aos servios de campo (inspeces, peritagens) Elevado grau de experincia dos nossos tcnicos Colaboradores certificados por entidades acreditadas e reconhecidas internacionalmente Relativamente s aces que desenvolvemos, estamos habilitados a realizar diversos servios tais como a fiscalizao de obras, execuo de inspeces tcnicas e peritagens, controlo de qualidade com ensaios de materiais e sistemas de proteco, anlise de falhas, consultoria tcnica, elaborao de especificaes tcnicas,

"A Certificao a prova escrita de que temos capacidade e conhecimentos para efectuar determinado servio"Por outro lado, a certificao permite-nos estar ao mesmo nvel dos outros pases nos quais na generalidade das vezes se tem a ideia que "os outros fazem melhor que ns", o que completamente errado. Para a obteno do certificado, o colaborador avaliado em termos de conhecimentos e de trabalhos realizados. A avaliao feita da mesma forma para todos os participantes, qualquer que seja o pas, independentemente se a lngua materna ou no o ingls. nossa inteno entrar em novos mercados e para isso muitas das vezes requerido a certificao nessas reas que comprove as habilitaes para efectuar determinado trabalho. Para determinadas obras como o caso de aces de inspeco de pintura em projectos de reparao de navios de armadores importantes (ex: 5

NATO) so requeridos inspectores certificados. As organizaes que emitem os certificados tm uma grande importncia em todo o Mundo, tendo reconhecimento internacional, da que a certificao nos fornece a possibilidade de competir com outros pases com as mesmas hipteses, isto , estamos em p de igualdade.

"A Certificao d-nos a possibilidade de podermos competir em p de igualdade com outros pases, em qualquer lugar do Mundo" 3. Certificaes dos colaboradores do Sector de Proteces Anticorrosivas do IABO quadro tcnico do sector de Proteces Anticorrosivas do IAB, j

da corroso e das tcnicas de controlo. Possui vrias reas de trabalho, nomeadamente a formao, contributo para a edio de normas, edio de livros e revistas da especialidade ("Material Performance" revista que editada mensalmente), entre outros. Actualmente possui inspectores certificados em todo o mundo, dos quais 5 so colaboradores do departamento do IAB do ISQ. Vale a pena salientar que no nosso pas so os nicos inspectores de pintura com certificao NACE. A obteno da certificao como inspector de pintura (certificao NACE que habilita o indivduo a poder efectuar e coordenar todo o tipo de controlo de qualidade em tratamentos anticorrosivos) passa pelo aproveitamento em exames prticos e tericos em 3 sesses (at ao ano de 2004, a certifiColaboradores em Colaboradores fase de certificao com certificao (2005 - 2006) 5 1 2 2 3 1 2 2

com a norma norueguesa NS 476. Os inspectores de pintura certificados por este organismo ficam habilitados a actuar como profissionais independentes e tecnicamente capazes em todos os aspectos relacionados com a inspeco de trabalhos de pintura. Essa certificao tem como base os mesmos princpios da NACE (formao na rea das proteces anticorrosivas e experincia profissional), sendo o seu reconhecimento mais forte no Continente Europeu, em especial nos pases nrdicos.

3.3. Certificao como especialista em proteces anticorrosivas (SSPC)A certificao SSPC ("The Society of Protective Coatings" - U.S.A.), tal como a NACE tem uma vasta gama de produtos e servios: Normas - algumas das quais elaboradas em conjunto com a NACE Publicaes tcnicas (livros, revistas, vdeos, ...) Formao e programas de certificao de indivduos e empresas Conferncias e exposies Um dos programas de certificao disponibilizado o PCS (Protective Coating Specialist), no qual necessrio obter aproveitamento nos cursos ministrados pela SSPC (curso C1 e C2), e aproveitamento no exame final exame (PCS), em conjunto com o reconhecimento da experincia profissional, no mnimo de 5 anos, na rea das proteces anticorrosivas. Com a obteno da certificao o indivduo reconhecido como tendo habilitaes e capacidade tcnica para: Avaliar sistemas anticorrosivos e procedimentos de pintura Desenvolver e seleccionar sistemas de pintura para novas cons-trues ou de manuteno, tendo em conta os regulamentos ambientais e de segurana O sector de Proteces Anticorrosivas, continuar a apostar na certificao do seu pessoal, sempre com o intuito de melhorar o desempenho nos servios que disponibiliza por forma a manter a preferncia e a satisfao dos seus clientes.

Certificao Inspectores certificados (*) Inspectores certificados Especialistas em proteces anticorrosivas

Entidade Certificadora NACE FROSIO SSPC

Inspectores certifica- Grupo Espanhol dos em isolamentos Isover

(*) As certificaes NACE so em diversas reas: pintura, revestimentos especiais, "linings" (revestimentos de superfcies interiores), proteco catdica. Os 5 colaboradores certificados referidos possuem diversas certificaes NACE, sendo no entanto comum a todos a certificao em inspeco de pintura. possui vrios indivduos com certificao em diversas reas, tal como apresentado no quadro a seguir apresentado. O nosso objectivo duplicar o nmero de certificaes no prazo de 2 anos. As entidades internacionais mais relevantes que emitem os certificados de qualificao que os tcnicos e especialistas do IAB possuem so descritos a seguir. cao era obtida em 4 "nveis"), e pelo reconhecimento do trabalho efectuado nessa rea no mnimo de 2 anos. A NACE certifica indivduos no s em inspeco de pintura, mas tambm em reas mais especficas como o caso da proteco catdica, revestimentos especiais, entre outros.

3.1. Certificao de Inspector de Pintura (NACE)A NACE INTERNATIONAL ("National Association of Corrosion Engineers" E.U.A.) um organismo que est reconhecido internacionalmente no mbito 6

3.2. Certificao de Inspector de Pintura FROSIOA certificao FROSIO (Noruega) fornecida pela "The Norwegian Professional Council for Education and Certification of Inspectors for Surface Treatment", estando esta de acordo

TRIBOLOGIA

Tiago David

Anlise de Partculas de DesgasteIndependentemente de quo eficaz um programa de gesto de lubrificao possa ser, um componente ir, de uma forma ou de outra, comear a mostrar sinais de desgaste. As partculas de desgaste resultam da interaco superficial e so uma valiosa fonte de informao acerca dos mecanismos e modo de desgaste. A anlise de partculas de desgaste tem como objectivo determinar a condio das mquinas atravs da observao das partculas geradas pelos processos de desgaste. A anlise do desgaste pode ser feita com base na forma, textura e cor das partculas. A monitorizao do desgaste permite a identificao de mecanismos de falha, e consequentemente, evitar falhas catastrficas. venida pela Manuteno, caso contrrio, a deteriorao ir continuar a acelerar, normalmente causando danos secundrios a outras partes do sistema mecnico, podendo resultar numa falha do sistema completo. As caractersticas dos danos superficiais e as partculas de desgaste so aspectos muitas vezes observados quando se considera o modo e o mecanismo de desgaste. A forma, textura e outras propriedades das partculas, proporcionam informaes valiosas acerca do modo e mecanismo de desgaste, dando uma indicao da ocorrncia ou no de desgaste severo e, logo, da necessidade de reparao. Por esta razo, a anlise de partculas de desgaste tem atrado muita ateno na investigao actual em tribologia. identificao de tipos especficos de partculas que permitem formar uma opinio acerca da condio de desgaste do tribosistema.

3 MonitorizaoA monitorizao das partculas de desgaste pode dividir-se em sistemas off-line (fora de linha), e em sistemas inte-

1 Origem das partculas de desgasteNa figura 1. apresenta-se uma curva tpica de desgaste de um sistema tribolgico vs. tempo.

Figura 2 - Sistemas de monitorizao de partculas de desgaste

2 Classificao de partculasA anlise de partculas de desgaste baseia-se na anlise e compreenso da relao entre a morfologia das partculas, caractersticas de danos superficiais e o estado do lubrificante. A interpretao desta informao constitui um desafio porque o comportamento tribolgico e a morfologia das partculas de desgaste no esto claramente definidos e requerem percia na interpretao dos dados. As partculas de desgaste podem ser divididas em trs tipos morfolgicos principais: - Escorregamento; - Laminar; - Corte; - Fadiga - xidos de ferro escuros - xidos de ferro vermelhos. O termo morfologia normalmente indica as caractersticas das partculas, tais como a forma, textura, e cor obtidas a partir das suas imagens. A anlise destas imagens por observao daquelas caractersticas, permite a

grados, como indicado na figura 2.

3.1 Sistemas off-lineOs sistemas off-line podem ser instrumentos portteis ou instrumentos laboratoriais. Estes ltimos so normalmente utilizados em condies laboratoriais, utilizando amostragens peridicas e subsequente anlise. Um anlise laboratorial requer equipamentos dispendiosos e operadores qualificados. Um dos problemas associadas a estes mtodos o facto do tempo que medeia entre a amostragem e os resultados ser eventualmente longo. Os instrumentos portteis tm como vantagem poderem ser usados em campo. 3.1.1 Tecnologias As tecnologias dividem-se entre quantitativas, que do resultados numricos e as visuais/microscpicas, que fornecem anlises qualitativas. 3.1.1.1 Instrumentos quantitativos Os instrumentos quantitativos baseiam-se na medio de concentrao de partculas. As tecnologias mais utilizadas para sistemas off-line so, o quantificador de partculas PQ, o 7

Figura 1 - Curva tpica de desgaste de um sistema tribolgico vs. tempo

O desgaste pode ser dividido em trs estgios: Fase de arranque, a fase estacionria e a fase severa. A primeira fase relativamente curta. A segunda fase dever ocorrer ao longo de um perodo de tempo a uma taxa de desgaste moderada. O desgaste severo resulta de interaco superficial contnua ou degradao do lubrificante. A partir daqui, a concentrao e a taxa de formao de partculas de desgaste nos sistema fludo aumenta rapidamente. Esta fase deve ser evitada e pre-

ferrgrafo quantitativo, e a espectroscopia. Quantificador PQ O quantificador PQ determina a quantidade relativa de metais ferrosos pelo grau de distoro de um campo magntico causado por todas as partculas ferrosas na amostra. A quantidade de metais ferrososos, expressa por ndice PQ (PQI) pode ser correlacionada com os dados ferrogrficos ou espectromtricos. O PQI uma medida quantitativa adimensional que pode mostrar uma tendncia ao longo do tempo, sendo particularmente benfica para indicar o agravamento de situaes de desgaste. Ferrgrafo quantitativo O ferrgrafo quantitativo ou ferrgrafo de leitura directa (DRF) mede, atravs da densidade ptica, a concentrao relativa de partculas ferrosas acima e abaixo dos 5 micrmetros. A partir destes dados, pode-se determinar a concentrao total de partculas de desgaste (WPC) e a percentagem de grandes partculas (PLP). Tal como no mtodo anterior, esta tcnica possibilita o acompanhamento ao longo do tempo da tendncia de desgaste da mquina. Esta tcnica ser desenvolvida com mais pormenor num artigo a publicar sobre Ferrografia. Espectroscopia O leo aquecido a uma temperatura muito elevada, os tomos so excitados e emitem luz com frequncias caractersticas. A intensidade da luz emitida relacionada com a concentrao do elemento que emite luz a essa frequncia particular. Existem trs tipos de espectrmetros; Espectrmetro de Emisso por Plasma ICP, Espectrmetro de emisso por elctrodo rotativo (RDE) e Espectrmetro por Fluorescncia de Raio-X (XRF). A diferena entre eles situa-se fundamentalmente na forma como a amostra vaporizada, excitada e emite luz subsequentemente. No caso do ICP, a amostra aquecida por aco de um plasma de argon. No RDE, a amostra vaporizada e excitada pela descarga elctrica de alta voltagem entre um elctrodo e um disco de carbono rotativo. No XRF, a amostra bombeada 8

com raios-X, sendo excitada e emitindo radiao de raio-X. Existem outras diferenas importantes entre estes trs tipos de instrumentos, ao nvel do limite de deteco do tamanho de partculas. O ICP no consegue detectar partculas acima dos 5 micrmetros. O RDE tem como limite, partculas de 8-10 micrmetros. O XRF consegue detectar partculas acima dos 10 micrmetros, no entanto, pode no detectar partculas muito pequenas que emitem radiao abaixo do limite deste instrumento. Os dados de cada um destes instrumentos normalmente no se correlacionam, sendo, por isso, importante estudos de tendncia usando o mesmo instrumento. 3.1.1.2 Instrumentos analticos Os instrumentos analticos so basicamente usados para a aquisio de imagens de partculas. Os mais comuns so a microscopia electrnica, a microscopia ptica (Ferrografia Analtica) e o processamento de imagens atravs de uma rede neural (Classificador automtico de partculas). O mtodo ptico o mais utilizado. Microscopia electrnica de varrimento (SEM) Um microscpio electrnico de varrimento, para alm de permitir visualizar as estruturas das partculas com grande ampliao, o feixe de luz electrnico que emite, provoca a emisso de raios-X da amostra, o que permite quantificar a concentrao de individual de partculas metlicas por um processo semelhante ao da espectroscopia XRF. Ferrografia Analtica Este mtodo baseia-se na observao ao microscpio ptico de partculas depositadas num substrato chamado ferrograma. Com base na observao da forma, cor e textura, consegue-se fazer uma avaliao do mecanismo de desgaste. Este ensaio, apesar de ser bastante eficaz para o diagnstico de um problema de desgaste, tem as suas limitaes. O ensaio qualitativo, dependendo da qualificao e conhecimentos de um analista. A interpretao subjectiva e exige conhecimentos

detalhados para interpretao das partculas e sua correlao com a metalurgia da mquina. Alm disso, apesar da sua eficcia quando bem executada, morosa e dispendiosa. Esta tcnica ser mais desenvolvida num artigo a publicar. Classificador automtico de partculas O classificador automtico de partculas uma tecnologia recente que combina contagem de partculas e classificao de partculas. Este instrumento utiliza uma tcnica de captao de imagens por laser com a ajuda de um avanado software de processamento de imagens, para classificar as partculas em tipos de desgaste, com base no seu tamanho e forma. A amostra de leo bombeada atravs de uma clula ptica, que iluminada por um laser pulsado. A imagem da silhueta das partculas captada por uma cmera digital e armazenada num computador. Cada pulso de laser fornece uma imagem singular, sendo os resultados de combinaes de milhares dessas imagens analisados. A classificao das partculas feita recorrendo a uma rede neural artificial, onde foram pr-definidos tipos morfolgicos de partculas. Cada partcula diferenciada pela sua forma, cor e textura. Classifica partculas maiores que 20 micrmetros, em partculas de desgaste de escorregamento, de fadiga, de corte, xidos, fibras, bolhas de gua e de ar. Como contador de partculas, tem um maior limiar de contagem de partculas do que os contadores convencionais, permitindo contar com mais eficcia amostras contaminadas, uma vez que visualiza vrias partculas simultaneamente, em vez de medir a reteno de luz pela passagem de uma s partcula de cada vez. Este mtodo apresenta a vantagem de no sofrer da subjectividade da Ferrografia Analtica, ser bastante mais rpido, e no necessitar de um analista qualificado para a interpretao dos resultados. No entanto, no

Figura 3 - Sistemas integrados de monitorizao de partculas de desgaste

partculas, tipos de partculas detectadas, sensibilidade concentrao em massa das partculas e o mtodo pelo qual so instalados no sistema. Podem ser instalados in-line ou on-line (Figura 3). Os primeiros so instrumentos instalados directamente na linha principal do leo, ao passo que os ltimos so montados em linhas complementares.

partculas de desgaste est no uso de programas de computadores e tecnologias de software de inteligncia artificial para auxiliar na determinao da condio da mquina. O classificador automtico de partculas, e os detectores opto-magnticos integrados, so exemplos dalgumas destas tecnologias em desenvolvimento.

Bibliografia:- N. Myshkin, L. Markova, A. Grigoriev, "Conditions Monitoring and Prdictive Analysis of Tribosystems by Wear Debris", Practicing Oil Analysis, Maro 2005. - Alistair Geach, "Detecting particles in oil (Part 2)", Wearcheck Technical Bulletin, Setembro 2002. - Mark Barnes, "Wear Analysis", Practicing Oil Analysis, Maro 2002. - R. Dalley, "Lubricant/Wear Particle Analysis", Predict, Cleveland, Ohio. - J. S. Evans, T. M. Hunt, "The Oil Analysis Handbook", Coxmoor Publishing Companys, 1st ed., 2003. - Larry A. Toms, "Machinery Oil Analysis, Methods, Automation & Benefits", Coastal Skillings, 2nd ed. 1998. - Mark Smith, "Oil Analysis vs. Microscopic Debris Analysis: When and Why to choose", Practicing Oil Analysis, Maio 2004. - Mark Barnes, "Elemental Analysis", Practicing Oil Analysis, Janeiro 2001. - J. Reintjes, J. Tucker, A. Schultz and C. Lu, etc. "LASERNET Machinery Monitoring Technology", Symposium on Condition Based Maintenance for Highly Engineered Systems, Pisa, Italy, Sept. 25-27, 2000 - Sabrin Gebarin, "On-line and In-line Wear Debris Detectors: What's Out There?", Practicing Oil Analysis, Setembro 2003. - A. Aranzabe, J. Terradillos, etc., "Application of Micro-technologies in on-line condition monitoring of lubricants", Congresso Tribology and Lubrication Engineering, Stuttgart/Ostfildern, Germany, January 13-15, 2004. 9

to rigoroso nem completo como a Ferrografia Analtica, uma vez que se baseia na silhueta de partculas e respectiva classificao por comparao com imagens pr-definidas, e no por observao directa das partculas. 3.1.1.3 Analisadores combinados Os analisadores combinados so kits que analisam simultaneamente a qumica do leo, a contaminao e o desgaste. Existem vrios kits no mercado, sendo normalmente portteis e destinados a pequenos laboratrios instalados nas empresas industriais. A ttulo de exemplo, enumeram-se alguns; O Oilview 5200 Trivector (Emerson CSI), o Oilab (Oilab lubrication), e o ON-Site Oil Analyzer (Lubetrak). Apesar destes instrumentos no fornecerem normalmente todo o conjunto de parmetros que algumas situaes requerem, so tecnologias que proporcionam informao crtica imediata, tal como a contaminao do fludo e a presena de partculas de desgaste ferrosas.

No caso de sensores on-line, poder haver o problema da amostra no ser representativa do sistema, por ser muito pequena. No entanto, algumas das vantagens associadas a este tipo de tecnologia o facto dos resultados serem imediatos e geralmente no sofrerem influncias exteriores. Os custos de amostragem tambm so evitados. A principal vantagem das ferramentas integradas de anlise de partculas de desgaste fornecerem resultados em tempo real e, portanto, permitirem detectar mudanas na condio da mquina imediatamente, podendo evitar com mais eficcia a ocorrncia de falhas catastrficas.

4 ConclusoOs sistemas de manuteno preditiva e condicionada existem h mais de trs dcadas, mas ainda no so capazes de diagnosticar todos os problemas que afectam os componentes mecnicos. 70% das avarias nas mquinas devem-se degradao superficial. Entre elas, 50% so devidas a desgaste mecnico. Assim, o estabelecimento de ensaios apropriados para detectar e analisar as partculas de desgaste, permite reconhecer com eficcia o incio de um problema de desgaste e providenciar as aces correctivas, antes daquele atingir uma fase crtica. Existem vrias tcnicas para detectar e medir as partculas de desgaste, tendo todas limitaes especficas. O futuro da monitorizao condicionada de

3.2 Sistemas integradosEstes sistemas permitem a monitorizao da condio da mquina em tempo real. Existem trs tipos de instrumentos para a monitorizao integrada: Sensores magnticos, que usam um campo magntico para detectar o metal alvo, sensores dielctricos que usam um campo electrosttico em vez de electromagntico, e que podem detectar partculas no metlicas e, sensores pticos, onde uma unidade de deteco reage quantidade de luz recebida. Os aparelhos diferem uns dos outros pela gama de deteco de

ESTRUTURAS METLICAS

Alcides Alves

Reabilitao das estruturas metlicas do contorno interior da praa de touros do Campo PequenoIntroduoA Sociedade de Renovao Urbana do Campo Pequeno, promotora do projecto de reabilitao da praa de touros do Campo Pequeno (da autoria do gabinete de Arquitectura do Arquiteto Jos Brushy) requereu, atravs da PL Planeamento e Gesto de Projectos (realiza a gesto e fiscalizao da obra), ao ISQ servios de consultoria e inspeco. Os servios solicitados so referentes aos aspectos relacionados com a reabilitao e proteco anticorrosiva de elementos metlicos estruturais e ornamentais do anel interior da praa de touros.Imagem 1 - Aspecto de perfis paralelos de viga de bordadura aps remoo de entulho da rea interior e demolio de laje de zona adjacente

Neste mbito foi efectuada numa primeira fase a reabilitao das superfcies metlicas das coberturas em cpula. Numa 2 fase foi solicitada a inspeco de avaliao do estado de conservao e anlise de possibilidades de reabilitao das estruturas metlicas, de suporte da laje de cobertura sobre bancadas e anel estrutural interior com pilares e motivos ornamentais em ferro fundido. Este artigo aborda em particular as actividades desenvolvidas pelo ISQ na 2 fase da obra.

Avaliao de EstadoInicialmente foi efectuada inspeco para avaliao do estado da laje e estruturas do anel estrutural interior; para o efeito, foram definidos junto da fiscalizao locais de abertura ou demolio de laje em abobadas de tijolo, e limpeza de alvenarias entre perfis metlicos, para melhor observao do estados das superfcies metlicas. Foi ento, realizada inspeco visual para avaliao do estado das estruturas.

Imagem 2 - Perfil de viga de bordadura com deteriorao por perda de espessura total

10

A laje em abboda de tijolo e perfis metlicos suportada por uma estrutura principal de viga (viga de bordadura) constituda por dois perfis do tipo IEP com ligaes aparafusadas entre si na zona dos pilares de suporte. Nestas vigas so ligados os perfis secundrios de suporte da laje em abbada. Por inspeco visual foram observadas as estruturas metlicas da laje embebidas, concluindo-se sobre a sua quase completa deteriorao por corroso em zonas bem definidas causadas por infiltraes de gua locali-zadas. Nas restantes reas estas vigas apresentavam um estado de conservao aceitvel. Verificou-se, no entanto, a fissurao e fractura de grande parte dos elementos de ligao com deslocamentos, entre estrutura primria (viga de bordadura) e os perfis embebidos em laje (estrutura secundria). Na viga de bordadura constituda por dois perfis IEP em paralelo, e aps limpeza do espao interior entre os perfis, foi efectuada tambm inspeco visual pormenorizada. observada ao longo do permetro da viga, no espao interior posta a descoberto, corroso severa na alma e banzo dos perfis (ver imagem 3) com perda de espessura quase uniforme bastante significativa. Nal-gumas zonas localizadas verificamos degradao por corroso com perfurao completa de perfis (alma e banzos) de viga principal de bordadura e de chapas de ligao entre estas, tambm observada deteriorao completa por corroso de parafusos ou pernos de ligao entre perfis da viga de bordadura. Nota: O espao entre perfis da viga de bordadura do anel interior encontravase completamente preenchido, em todo o permetro da viga de bordadura, com materiais de enchimento no regulares (argamassas, terras, areias, cacos, etc ) que absorvem e retm guas pluviais que se infiltram na laje e que permanecem assim em contacto com os perfis metlicos confinantes. Objectivamente, a observao efectua-

Imagem 3 - Substituio de troos de ao da viga de bordadura em progresso

Imagem 4 - Aspecto da viga de bordadura e colunas aps finalizao dos trabalhos de pintura

da permitiu-nos concluir pela perda de capacidade resistente da estrutura metlica de suporte de laje. Algumas reas foram consideradas em situao de corroso crtica, dos perfis metlicos de suporte da laje. Esta situao punha em causa a resistncia mecnica e eficincia da laje e assim a segurana de equipamentos ou pessoas.

Definio de procedimento de reabilitaoNesta condio, duas alternativas deveriam ser consideradas: a demolio da laje e reconstruo de uma nova com materiais actuais, ou a recuperao da laje preservando o mtodo construtivo. A possibilidade de recuperao da laje foi discutida em reunio com o projec11

Imagem 5 - Pormenor de coluna em ferro fundido com ocos ou "chochos" existentes

de soldaduras, de acordo com indicaes da inspeco; Decapagem ao grau Sa2 das zonas de reparao; Aplicao da demo de primrio das zonas de reparao; Aplicao de uma demo de intermdio epoxy de alta espessura; Enchimento com beto C25 do espao entre vigas de bordadura e parte de laje demolida; Aplicao de uma demo de tinta de acabamento de poliuretano. O primrio escolhido tambm o indicado para aplicao sobre superfcies de ferro fundido, que constituem as colunas ou pilares e elementos ornamentais.

tista de estruturas metlicas, em obra: Eng. Jos Camara, e julgada exequvel. Foi ento definido que para reabilitao da laje dever-se-ia proceder demolio das partes em tijolo burro da laje numa faixa adjacente viga de bordadura de cerca de 30 cm e remoo de "entulho" da zona entre perfis consti-

registar a correcta interpretao por parte das diversas partes intervenientes dos defeitos ou anomalias registados pela inspeco assim como a pronta disponibilidade para fazer a necessria correco de defeitos ou execuo de novos procedimentos de acordo com as necessidades da obra. Particularmente, devemos realar nesta fase a resoluo de anomalia notada aps a decapagem, nos elementos de ferro fundido: verificao da presena de ocos ou "chochos", vulgares em elementos de ferro fundido. Foi definido, aps aplicao de primrio nestes elementos, o preenchimento destes ocos com produto de enchimento de base epoxy, seguido da aplicao de restante esquema de pintura. Aps aprovao pelo dono da obra este procedimento foi imediatamente aplicado.

InspecoNa fase de execuo, os tcnicos do ISQ efectuaram aces de inspeco de avaliao de estado e controlo de processo de execuo. Foi nesta fase efectuada inspeco de acompanhamento de preparao de superfcies para pintura seguida da avaliao de estado, incluindo determinao de espessuras de ao, e assinalados os elementos metlicos a substituir ou a reforar, de acordo com critrio definido pelo projectista: substituio de elementos com deteriorao e perda de espessura completa ou reforo em zonas com perda de espessura at um mnimo de 5 mm. Foi, ento, feito acompanhamento de trabalhos de: reparao metalomecnica com controlo de soldaduras, e obteno de proteco anticorrosiva. Os trabalhos de reabilitao estiveram a cargo da empresa S.L.M. Sociedade Lisbonense de Metalizao. Apraz-nos

Imagem 6 - Pormenor de enchimento de chochos em coluna de ferro fundido com mastique

Imagem 7 - Pormenor de capitel de coluna aps finalizao dos trabalhos de pintura

tuintes da viga de bordadura. Avaliao detalhada de estado por inspeco visual e medio de perda de espessura do ao de todas as estruturas e ligaes postas vista. Substituio ou reforo de elementos metlicos deteriorados. Foi proposto o seguinte procedimento de reabilitao recondicionamento das proteces anticorrosivas das estruturas metlicas: Decapagem das superfcies por jacto abrasivo ao grau Sa2; Aplicao de uma demo de primrio epoxi aprovado para soldadura; Trabalhos de reparao do ao com substituies de elementos de ligao, troos de perfis de vigas e reforos localizados, com execuo 12

ConclusoA possibilidade que foi dada ao ISQ para intervir neste projecto, em aspectos relacionados com consultoria e inspeco, assim como o envolvimento de todos os intervenientes neste projecto desde uma fase de diagnstico de estado ou condio dos elementos a reabilitar, permitiu assegurar a boa execuo dos trabalhos realizados.

Imagem 8 - Aspecto de elementos ornamentais (em ferro fundido) com pintura completa

TRIBOLOGIA

Tiago David

Anlise de lubrificantes em servioA anlise de leos uma das mais eficientes ferramentas de manuteno preditiva que existe, tendo como principais objectivos evitar avarias e reduzir custos de manuteno. As tcnicas de anlise de leos so utilizadas para monitorizar a condio da mquina e a condio do leo, a partir das propriedades fsicas e qumicas do lubrificante, da presena de contaminantes e hoje se vem obrigadas a implementar, devido a custos crescentes de manuteno. de modo a garantir que este continue a desempenhar os requisitos especificados e, por outro, lado necessrio acompanhar as partculas de desgaste libertadas pelas mquinas, a fim de detectar antecipadamente um modo especfico de falha em progresso. A anlise de leos engloba, portanto, trs reas (Figura 2): 1. Estado do leo 2. Contaminao 3. Partculas de desgaste A anlise de leos pode ser comparada anlise mdica ao sangue, uma vez que, tal como este, o leo contm uma grande quantidade de informao acerca do sistema onde circula, o que permite detectar os sintomas de falhas correspondentes a cada uma daquelas reas, da seguinte maneira: - Quantificao e identificao de contaminantes; - Determinao das propriedades qumicas e fsicas do lubrificante; - Quantificao e identificao de partculas metlicas resultantes do desgaste. A monitorizao destes sintomas do domnio da manuteno preditiva, tendo como principal objectivo tomar medidas correctivas para evitar grandes falhas. A monitorizao e controlo das causas raiz da falha pertence manuteno proactiva, e passa nomeadamente por, descobrir a eliminar a origem da contaminao, usar melhor filtrao, procedimentos de

1 IntroduoA metodologia da anlise de leos pode ser resumido ao esquema representado na figura 1.

Figura 1 - Procedimento da anlise de leos

de metais de desgaste. Com este controlo, aumenta-se a fiabilidade do equipamento e minimiza-se tanto as falhas inesperadas como os tempos de paragem, reduzem-se os "stocks" de leo e optimiza-se o intervalo de mudana de leo. Para alm disto, um programa de anlise de leos permite estudar, ao longo do tempo, tendncias que proporcionam indicaes de prticas operacionais e de manuteno incorrectas. A monitorizao condicionada por anlise de lubrificantes , assim, um elemento crucial na manuteno preditiva e na manuteno centrada na fiabilidade (RCM), que muitas indstrias de 14

O leo lubrificante consiste numa mistura de leo base e substncias aditivas, combinados para lubrificar um tipo particular de mquina numa aplicao particular. Durante o processo de lubrificao dos vrios componentes, o leo sujeito a altas temperaturas e presses que afectam o leo base e consomem os aditivos. Simultaneamente, o leo recolhe vrios sub-produtos, metais de desgaste e outros contaminantes. Resumindo, o leo passa por um processo de degradao e contaminao que continua at ser removido da mquina. Consequentemente, apesar das boas prticas de lubrificao e de manuteno, necessrio monitorizar a condio do lubrificante,

Figura 2 - As trs reas da anlise de leos

amostragem correctos, frascos de amostra limpos, estabelecimento de valores limites alvo de contaminao e garantia que estes no so atingidos, e tem como objectivos reduzir custos em diferentes reas de manuteno, no trabalho, na disponibilidade e fiabilidade dos equipamentos, no consumo, e nos tempos de paragem de produo.

como consequncias a deteriorao das propriedades do leo base (capacidade de lubrificao e viscosidade) e a formao de produtos cidos corrosivos, resinas e lamas.

3 Anlise do estado da mquinaA anlise do estado da mquina consiste em determinar o estado mecnico dos componentes da mquina, atravs da anlise de partculas de desgaste, de modo a que se possam tomar medidas de manuteno correctivas antes da ocorrncia de grandes danos ou falhas. O desgaste a consequncia inevitvel do contacto superficial de partes da mquina, mesmo em sistemas adequadamente lubrificados e, portanto, durante o seu funcionamento, as mquinas geram partculas oriundas dos mltiplos rgos que constituem o equipamento que so despositadas nos sistema de lubrificao. As partculas maiores so retidas nos filtros e as mais pequenas ficam em suspenso no leo. Por muito eficiente que seja um programa de lubrificao proactivo, um componente apresenta sempre desgaste (figura 3), o qual pode ser acelerado por problemas relacionados com o prprio lubrificante (degradao e contaminao) e por problemas de desalinhamento, desequilbrio, sobrecargas ou sobreaquecimento. No incio, quando uma mquina nova, existe uma tendncia para se produzirem concentraes maiores de partculas. Aps este perodo, numa situao de desgaste normal, os metais de desgaste so produzidos a uma taxa aproximadamente constante. Durante este perodo de "boa sade" as partculas geradas exibem tamanhos e caractersticas classificadas como normais para a mquina. medida que estas partcu-

2 Anlise do estado do lubrificanteA anlise do estado do lubrificante efectuada por meio de ensaios fsicos e qumicos que tm como objectivo verificar se aquele mantm as suas propriedades originais, i.e., se cumpre os requisitos de lubrificao exigidos pela mquina, ou se necessita de ser substitudo ou recuperado. Consiste numa anlise peridica para determinar a vida til remanescente do leo e a sua deteriorao fsica (contaminao) e qumica (degradao). A primeira est directamente relacionada com a capacidade anti-oxidante que possui, ou seja, a sua establidade oxidao. A oxidao do leo nefasta, pois no s aumenta a viscosidade do leo, como tambm conduz formao de compostos cidos e de oxidao que podem ser corrosivos e que podem fomentar a formao de depsitos que bloqueiam vlvulas e prejudicam o funcionamento dos equipamentos. A deteriorao fsica refere-se contaminao externa, como por ex. poeiras e lquidos (gua, mistura com outros leos, atesto de leo inadequado) e impurezas do processo. A contaminao promove a oxidao, pela presena de partculas catalisadoras da reaco de oxidao e contribui para o desgaste dos equipamentos, podendo tambm, no caso de contaminao por lquidos (gua ou outro leo), causar uma diminuio da viscosidade. A deteriorao qumica diz respeito a todas as formas de degradao do leo, i.e., oxidao, hidrlise, degradao trmica (polimerizao) e evaporao, dando-se em anlise de leos em servio, mais enfoque ao problema da oxidao. Todos estes mecanismos so promovidos pela entrada de ar, condensao ou entrada de gua, elevada temperatura, contaminao, consumo de aditivos inibidores da oxidao e, tem

las so continuamente produzidas, necessrio control-las de modo a que se detectem situaes de desgaste anormal, em que tanto a taxa de desgaste como a quantidade de partculas produzidas aumenta significativamente. Esta condio tipicamente acompanhada pela presena de partculas maiores, com caractersticas classificadas como anormais. Se uma situao de desgaste anormal for detectada, a vida til da mquina ser drasticamente reduzida, havendo uma grande probabilidade de vir a ocorrer uma falha catastrfica. Uma vez que as partculas de desgaste so constitudas pelo mesmo material das superfcies que lhes deram origem, a deteco, quantificao e caracterizao destas partculas providencia uma informao directa sobre o estado de desgaste do equipamento.

4 VantagensAs vantagens de um programa de anlise de leos situam-se a trs nveis: Utilizao: - Aumento da segurana das operaes - Aumento da disponiblidade dos equipamentos atravs da diminuio de paragens - Aumento da vida til dos componentes - Diminuio de consumo de leo Manuteno: - Identificao e medio da contaminao e desgaste dos componentes - Eliminao de inspeces e paragens para manuteno - Reduo de falhas e de reparaes - Estabelecimento de intervalos de mudana de leo adequados Gesto: - Melhoria da avaliao de custos e do controlo de equipamento, trabalho e materiais - Melhoria da manuteno de registos de equipamentos - Avaliao do design de equipamentos e aplicaes - Deteco de prticas operacionais incorrectas 15

Figura 3 - Concentrao de metais de desgaste Vs. Horas de funcionamento

5 Mtodos de anliseNa tabela seguinte apresentam-se os testes laboratoriais mais utilizados em anlise de leos, a descrio dos quais ser dada com mais pormenor num artigo posterior.

6 ConclusesA anlise de leos a ferramenta de diagnstico mais eficiente que existe na indstria. Quando usada juntamente com outras tcnicas de manuteno condicionada, como por exemplo a anlise vibracional e termografia, conseguem-se redues enormes de custos que podem chegar a traduzir-se em retornos de investimento de 37:1. Tcnica Viscosidade cinemtica Ferrografia Espectrometria Espectofotometria de infravermelhos (FTIR) Teor de gua ndice alcalino (TBN) ndice cido (TAN) Contagem de partculas

Bibliografia:Filipe Didelet, Jos Carlos Viegas, Manuteno, Escola Superior de Tecnologia de Setbal, 2001/2002. Alistair Geach, Detecting particles in oil (Part 1), Wearcheck Technical Bulletin. Larry A. Toms, Machinery Oil Analysis, Methods, Automation & Benefits, Coastal Skillings, 2nd ed. 1998. Lana Robin, Utilizing Oil Analysis for Machine Condition Monitoring, PdMA Corporation Mark Barnes, Wear Analysis, Practicing Oil Analysis, 2002. Joint Oil Analysis Program Manual Introduction, Theory, benefits, customer sampling procedures, programs and reports, 1999. Ray Dalley, Oil/Wear Particle Analysis. A predictive Maintenance Tool, Predict USA. Michael P. Barrett, Getting the most from Lube Oil Analysis, Insight Services. Basics of Oil Analysis, Analysts, Inc, 2001. John S. Evans & Trevor M. Hunt, The Oil Analysis Handbook, 1st ed, 2003.

Condio Degradao do leo Estado da mquina Estado da mquina Contaminao Degradao do leo Contaminao Degradao do leo Contaminao Degradao do leo Degradao do leo Estado da mquina Contaminao

Tipo de anlise Anlise fsica Anlise de partculas Anlise qumica

Anlise qumica Anlise qumica Anlise qumica Anlise qumica Anlise de partculas

pub britogrfica

AMBIENTE

Joo Gomes

Estimativa da corroso em chamins metlicas por cido clordricoEste trabalho descreve um mtodo simples de estimar a possibilidade da ocorrncia de corroso em chamins metlicas devido condensao de cido clordrico, baseado na determinao do teor de HCl e na temperatura dos gases.

1. Apresentao do problemaNum artigo anterior [1], o autor analisou a possibilidade da ocorrncia de corroso em chamins metlicas devido condensao de cido sulfrico a partir dos efluentes gasosos emitidos por sistemas tradicionais de combusto como sejam as caldeiras e os geradores de vapor e guas quentes. Contudo, em outros sistemas de combusto, como sejam os incineradores de resduos urbanos e perigosos, podem formar-se, nos respectivos efluentes gasosos, outras espcies cidas, como o cido clordrico. Esta ltima espcie pode, em determinadas circunstncias, levar, igualmente, corroso de superfcies metlicas caso se d a condensao nas mesmas, o que far perigar a integridade mecnica dessas mesmas superfcies. Assim como para o cido sulfrico, este problema poder ser minimizado se a temperatura dos efluentes gasosos for mantida acima do ponto de orvalho desses mesmos gases. Por estas razes, torna-se extremamente importante poder determinar essa temperatura por forma a garantir uma operao adequada dos equipamentos.

Os dados de equilbrio para esse sistema foram medidos por diversos autores e foram compilados por Perry [2], de forma tabular, mostrando a variao da presso parcial de cido clordrico, como funo da temperatura, para diversas percentagens de HCl em solues aquosas de HCl. Estes dados experimentais tabelados, permitiram que fossem deduzidas equaes de correlao com a seguinte frmula geral: log PHCl = A - (B / T) Eq. (1) em que PHCl a presso parcial de HCl, expressa em mmHg e T a correspondente temperatura do gs em K. Contudo, Perry [2] refere que a preciso destas correlaes varia entre 15 e 30% entre 0 e 100 C para solues contendo 2% em HCl. Para solues contendo mais do que 30% em HCl, a preciso de cerca de 5% para a gama de temperaturas mais baixa e de cerca de 15% para as temperaturas mais elevadas. Nestas condies, Perry [2] recomenda que se utilizem os dados tabelados em vez dessas correlaes assim desenvolvidas, j que a preciso ser sempre superior. Note-se que, os dados tabelados no incluem, numa nica correlao, as 3 variveis envolvidas nos fenmenos do equilbrio e que so, PHCl, a temperatura do gs T e ainda a o teor em HCl, uma vez que PHCl foi medida para vrias temperaturas e tambm para vrios teores de HCl.

Figura 1 - Representao grfica da equao 3

Em vez de se desenvolver uma correlao a 3 parmetros, que iria certamente resultar num decrscimo de preciso, optou-se por desenvolver correlaes numricas dos dados tabelados da temperatura dos gs como funo de PHCl, para cada teor de HCl, cuja frmula geral : T = A log(PHCl) + B Eq. (2) Na figura 1, representa-se o ajustamento obtido para %HCl = 2%. Neste caso particular, a correlao obtida foi: T = 22,718 log(PHCl) + 390,5 Eq. (3) Sendo o coeficiente de correlao R2 = 0,9933. Obtiveram-se correlaes anlogas para outros teores de HCl e os coeficientes de correlao relativos equao geral do tipo (2) apresentamse na tabela 1. Pode verificar-se que as correlaes obtidas representam bons ajustamentos dos dados experimentais, em que os coeficientes de correlao R2 so de cerca de 0,99, apenas com um de 17

2. Consideraes tericasNaturalmente, que a base terica deste problema est relacionada com o equilbrio lquido-vapor para o sistema cido clordrico-gua.

%HCl 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44

A 22,718 23,163 24,634 25,315 26,54 27,575 28,53 29,491 30,726 31,957 33,079 34,544 36,099 37,893 38,999 40,034 39,985 40,532 42,333 43,913 45,316 46,145

B 390,65 377,34 370,47 363,64 357,24 350,11 342,33 333,96 324,97 315,42 305,01 293,61 281,4 267,49 253,54 238,96 225,89 211,92 195,51 179,38 163,82 148,06

R2 0,9933 0,9910 0,9911 0,9877 0,9911 0,9914 0,9912 0,9912 0,9910 0,9910 0,9911 0,9910 0,9912 0,9912 0,9922 0,9932 0,9954 0,9965 0,9976 0,9976 0,9992 0,9999

molecular mdio e humidade do gs segundo os mtodos US EPA 2, 3 e 4 [3]. No que diz respeito determinao de HCl, colhe-se uma amostra isocinticamente de acordo com o mtodo US EPA 26 [3], aps o que se determina o teor em cido, laboratorialmente, por titulao. Utilizando os dados medidos pelos mtodos anteriormente indicados, podem calcular-se os seguintes parmetros necessrios para resolver uma equao do tipo (2), como segue: a) teor em HCl: % HCl = CHCl x 1,268x10-6 x 100 Eq. (4) b) presso parcial de HCl: PHCl = (% HCl/100) Pg x 760 Eq. (5) em que: CHCl = concentrao de HCl, expressa em mg/m3 % HCl = percentagem molar de HCl Pg = presso do gs, expressa em atm, 1,268 = densidade do HCl

A temperatura do ponto de orvalho assim estimada pode, agora, ser comparada com a temperatura do gs medida, tg, no interior da chamin. Agora, a avaliao da probabilidade da ocorrncia de corroso pode ser efectuada simplesmente [1] tendo em considerao que, se a temperatura do gs, tg, for mantida acima do ponto de orvalho, no dever haver corroso. Contudo, quando se efectua esta anlise, deve ter-se em considerao que este modelo foi desenvolvido para estimar o ponto de orvalho do vapor de cido clordrico, supondo que o cido clordrico a nica espcie cida que pode condensar a partir do efluente gasoso, o que razovel admitir para o caso de incineradores. Se estiverem presentes outras espcies cidas, tais como cido sulfrico, o ponto de orvalho do cido clordrico ir, certamente, ser afectado. Para situaes deste tipo, o ponto de orvalho de cada espcie cida pode ser estimado pelo mtodo aqui descrito, para o cido clordrico, e pelo mtodo descrito em [1] para o cido sulfrico. Nestas condies, o melhor modo de operar a instalao ser manter a temperatura dos gases acima do mais elevado dos pontos de orvalho cidos determinados.

Tabela 1 - Coeficientes de correlao obtidos para as equaes do tipo (2)

cerca de 0,98. Isto indica que se obtiveram correlaes aceitveis com uma preciso entre 2 e 5%.

3. Determinaes experimentaisA estimativa do ponto de orvalho segundo uma equao do tipo (2) requer a determinao da presso parcial de HCl e tambm o teor em HCl no efluente gasoso. Ao realizar anlises de verificao de conformidade com os respectivos limites de emisso, h que determinar as emisses de HCl, no caso dos incineradores. Para efectuar essas determinaes utiliza-se, correntemente, o mtodo US EPA [3] que um mtodo de referncia. Trata-se de um mtodo extractivo isocintico que considera tambm a determinao dos parmetros de escoamento como sejam a temperatura, presso, velocidade, peso 18

4. Estimativa do ponto de orvalhoA partir dos valores obtidos pelas equaes (4) e (5), pode agora determinar-se a temperatura do ponto de orvalho dos gases, seguindo este procedimento: 1) calcular %HCl utilizando a equao (4) 2) calcular PHCl utilizando a equao (5) 3) escolher a equao do tipo (2) que esteja mais prxima de %HCl determinado anteriormente 4) calcular T utilizando a equao do tipo (2) previamente seleccionada.

Referncias:1. Gomes, J.F.P., "Avaliao da Possibilidade de Ocorrncia de Corroso em chamins Metlicas Provocada por Efluentes Gasosos cidos", Corroso e Proteco de Materiais, 21(4), 15/17 (2002) 2. Chemical Engineers' Handbook, Perry, R.H. and Green, D. Eds., 7th Edition, McGraw-Hill 3. EPA Stationary Source Sampling Methods, Rules and Regulations, Federal Register August 18, 1977

INVESTIGAO & DESENVOLVIMENTO

The RoHS Directive and the Role of SMEs in the Electrical IndustriesAbstractThe electronics industry in Europe is about to experience one of the biggest single changes since it started around 1960. The combination of the Waste Electronic & Electrical Equipments (WEEE) and Restriction of Hazardous Substances Directives (RoHS) due to be effective on 1st July 2006 will mean that the industry will have to change from the tin/lead solder used to join the electronic components to the PCB to a lead-free solder (LFS). The new alloys and fluxes with their consequential higher soldering temperature and wetting characteristics will mean that process parameters, quality and product reliability data generated over many years will no longer be relevant. This will result in immense challenges to European manufacturers, especially SMEs as nearly all research in this area has been conducted by and for large volume manufacturing companies. Solutions for SMEs will be significantly different as they will not have budgets for large research programmes or new equipment, and their production profiles tend to be more flexible, with small batch quantities and manual assembly. Of particular concern to SMEs in supply chains is the potential of their customers imposing extremely rapid changeover times (e.g. 6 months) for conversion to lead-free soldering. In a recent survey carried out within the electronic sector in the European Union, it was found that no plans or targets for conversion to lead-free Technology were in place in 46% of the electronic companies who responded. This survey covered large companies and SMEs, so it is expected that in the case of SMEs, the proportion of companies not prepared for LFS would be higher. Recently, a survey of the UK electronics industry find how ready it is to make the transition from tin/lead solders to lead-free solders, and to leadfree components. Many contract manufacturers in the UK, mostly small or medium sized companies, know little about the implications of the "Restriction of use of certain Hazardous Substances" (RoHS) directive and know even less about the problems that can occur with lead-free soldering. The results emphasized that only three per cent of companies have developed lead-free products, nine per cent of companies have started trials with lead-free solders and 50 %of companies admit they don't understand the impact of banning leadbased solders. on 13th February 2003, and is applicable to companies in the electronic sector. According to this directive, the use of lead, mercury, hexavalent chromium, cadmium and bromidebased flame-retardants will be banned from 1st July 2006. The new alloys and fluxes with their consequential higher soldering temperature and wetting characteristics will mean that process parameters, quality and product reliability data generated over many years will no longer be relevant. This will result in immense challenges to European manufacturers, especially SMEs as nearly all research in this area has been conducted by and for large volume manufacturing companies. Solutions for SME's will be significantly different as they will not have budgets for large research programmes or new equipment, and their production profiles tend to be more flexible, with small batch quantities and manual assembly. Of particular concern to SME's in supply chains is the potential of their customers imposing extremely rapid changeover times (e.g. 6 months) for conversion to lead-free soldering.

1. IntroductionThe electronics industry in Europe is about to experience one of the biggest single changes since it started around 1960. The combination of the Waste Electronic & Electrical Equipments (WEEE) and Restriction of Hazardous Substances Directives (RoHS) due to be effective on 1st July 2006 will mean that the industry will have to change from the tin/lead solder used to join the electronic components to the PCB to a lead-free solder (LFS). This change has now been formalised in European Directive 2002/95/EC RoHS (Removal of Hazardous Substances) [1] that came into force

2. State of the artThere have been a number of programmes working on the selection of alternative lead-free solder alloys and their metallurgical and physical properties but no significant work on the practical applications and the implementation in small to medium volume PCB assembly. Over recent years solder manufactur19

ers have developed viable lead-free solders, fluxes and solder pastes which meet the general requirements of the PCB industry. However they also stressed the need for improved soldering equipment specifications. These are required because the increased soldering temperatures of lead-free solders are very close to the maximum temperatures tolerated by many electronic components, thus creating a reduced process window. This is of particular concern to SMEs in the electronics industry who may not be able to buy new higher specification soldering systems. These can be helped by researching the many combinations of lead-free materials and developing more robust soldering processes. Recent surveys of the PCB Assembly industry in Europe have shown that very few companies have changed their production to lead-free solder. The main reasons given were the lack of a definite implementation date for the Restriction of Hazardous Substances directive (RoHS), the lack of a complete range of lead-free electronic components and insufficient understanding of the lead-free soldering process. The data presented in a recent survey [2] stresses the fact that the European industrial companies are still far from achieving the requested skills to implement Lead-free soldering technology. Individual national evaluation of the SMEs situation face to LFS carried out by each of the involved RTD as well as information provided by different organisations indicates a very deficient situation regarding the implementation of lead free solders specially by small volume production SMEs. We are aware of reflow, wave and hand soldering technologies being used by larger companies. These firms have the resource and research capability to trial new materials and process settings, and are able to transfer their internal findings to pro20

duction. Often, suppliers to these companies are notified of the new requirements without actually receiving technical assistance. For the SME with restricted resource and less adaptable equipment, the barrier for making the technical changes is therefore relatively higher, as they have less ability to create or leverage internal knowledge for their own benefit. The largest problem SMEs face is the modifications to their production to give high yield assembly processes. In many cases these processes will be particular to the SME, because of the type of equipment, production volumes and specific requirements from customers, and so it is very difficult for small companies to pick off-the-shelf solutions that are a match for their existing facilities and staff. For most electronics assembly SMEs, a the current state of the art is tin-lead soldering with conventional processes and materials. A need for the implementation of projects, will guide SMEs in the use of appropriate materials, recommend process window settings/tolerances, show how the changes affect inspection and product reliability, and in general give SMEs the confidence to implement the technology with the minimum detrimental effects for their competitiveness. By the end of 2006, SME assemblers will need lead-free soldering with appropriate processes, materials and expertise. In related projects that have been performed or at the moment are running in the field of Lead-free, the major part of them are focused on procuring new solders without Lead but less than 10% of these projects are involved in dissemination to companies. At the moment there are some projects related to removal of lead from solders used in electronics. Some of them are [4]. IMECAT, IMEC (Belgium), Evaluation of lead-free soldering for different applications,

DESREL, Univ. of Limerick, (Ireland), National Project: Design for Reliability of Lead-Free Solders Interconnects for Portable/Wearable Applications. NORDISK INDUSTRIFOND, IVF, (Sweden), Nordic Lead-Free Project, Networking for Nordic Country SMEs, BLEI-FREIE ELECTRONIK, Technolab GmbH, (Germany), implementation of lead-free soldering, COST 531, Vienna University, University based European Leadfree soldering network, EUREKA LEADFREE, EMPA, Switzerland, reliability of lead-free solder joints, EFSOT, Fraunhofer IZM (Germany), basic lead-free technology linked to work in progress in Japan and Korea with emphasis on environmental aspects PROTIN, Philips Lead.Free/Halogen free packaging for semiconductor devices, involving 3 major component manufacturers. INNOLOT (Germany) - Environmental solutions for the application of new solders, supported by larger companies like BOSCH. LFS for SMEs - Lead-free Soldering also for Small and Medium sized Entreprises CRAFT, TNO, Netherlands ELFNET Network, ITRI (UK) European Lead-free Soldering Network GREENROSE-Removal Hazardous Substances Electronics, ABELIA (NO) of in

LEADOUT-Low Cost Lead-Free Soldering Technology to Improve Competitiveness of European

SMEs, ISQ (P), TWI (UK) All these projects are related to leadfree soldering technology and include developing, testing of solders and some implementation and dissemination in companies. Although some SMEs are included in dissemination plans of some projects, most of them are not specifically oriented to SMEs. In addition, these projects are focused to Western Europe and Nordic Countries and only some includes countries from the less developed area of Europe, that is South and East countries (ten countries from East Europe has just join the EU in 2004, that is, before the requirement for lead-free products comes into effect). A cooperative CRAFT Project Leadfree for European SMEs, has recently started (5th Framework Programme) - April 2003, focused on Lead-free technology for SMEs. This project aims to develop cost-efficient methods and alternative processes (vapour phase and laser) to adjust typical SME production processes to the necessary lead-free materials. Although this project seems to be a starting point towards SME lead-free soldering implementation, the results are restricted to the project consortium. ELFNET - the European Lead-Free Soldering Network began in 2000 and is a large consortium of organisations, Research Institutes and Industrial companies who aims to exchange technical information, to provide support to national industry regarding implementation. ISQ in Portugal and INASMET in Spain are members of this network and National Focal Points for Lead-Free implementation in their countries. The International Conference "Towards Implementation of the RHS Directive" held last year in Brussels [5] has presented a very update information about the latest research on Leadfree technology around the world. All the technical work presented has been carried out by large European compa-

nies (Valeo, Philips), American (AIM, HP) and Japanese (Panasonic). Although there is still a lot of issues to be researched (e.g. Temperature sensitivity, compatibility of lead-free solders with components and board finishing, process atmosphere in particular for the case of wave soldering, intermetallics characterisation and influence, NDT assessment in particular equipment- x-ray equipment reconfiguration, components lead replacement coatings, environment assessment during production, testing and standards, etc.) and developed (process yield, process window, quality criteria) the technical implementation still requires a large amount of attention. The process management and process window are still a great concern within PCB assembly. Celestica (UK), an electronic manufacturing service provider, has presented an Inhouse programme on implementation of Lead-free assembly [6] in their production, covering technical and processing aspects as well as qualification and training issues. HP (USA) presented a case study of in-house LFS implementation [7]. Once again, small scale PCB assembly was not covered neither issues related with soldering repair with exception of an Collective project [8], which main objectives and consortium was presented. Two recent technical projects dedicated to SMEs are being started, GREENROSE and LEADOUT. These projects leadership by Industrial Associations are focussed in support European SMEs in the implementation of LFS technology.

goods, and many others). The 2002/95/EC Directive is applied to the entire electronic sector, and whilst large, multinational companies have their own R&D resources to overcome any problems, the majority of SMEs do not have effective mechanisms for dealing with the legislation relating to lead free solders. In a recent survey carried out within the electronic sector [2], in the European Union, it was found that no plans or targets for conversion to leadfree Technology were in place in 46% of the electronic companies who responded. This survey covered large companies and SMEs, so it is expected that in the case of SMEs, the proportion of companies not prepared for LFS would be higher. ERA Technology carried out a survey of the UK electronics industry [3] find how ready it is to make the transition from tin/lead solders to lead-free solders, and to lead-free components. Many contract manufacturers in the UK, mostly small or medium sized companies, know little about the implications of the "Restriction of use of certain Hazardous Substances" (RoHS) directive and know even less about the problems that can occur with lead-free soldering. The results can be quantified as follows: Only three per cent of companies have developed lead-free products Only nine per cent of companies have started trials with lead-free solders 50 % of companies admit they don't understand the impact of banning lead-based solders Many companies use sub-contractors for their printed circuit boards (PCBs), and are relying on them to find solutions. A few PCB manufacturers have carried out limited trials with lead-free solders, but most have not. Some have even been told by solder suppliers that 21

3. Status and Relevance to SME's in EUThe ban on lead-free solder has a direct effect on electronic industry and indirectly on all other sectors that use electronic items in their products (automotive industry, white and brown

"drop-in" solder replacements are available. This is simply not true and may give a false sense of security both to them and their customers. Moreover, some companies in the supply chain feels that the change of technology will not affect them, and do not realise that, unless their own supplier can supply lead free compatibles products, the majority of their stocks will be illegal within a three years time. Therefore the supply chain lead free compatibility is extremely relevant within the technology transition process. The results from this study carried out by ERA Technology in UK, can be extrapolated to other European countries with similar or less understanding on Lead-free transition. In the changeover to lead-free soldering SMEs will face a range of specific problems including: Potential technical problems for SMEs in terms of assembly technology, procedures, joint reliability and quality assurance; Locating data relevant to small scale production (most information relates to large volume); Determining how to utilise manual and low volume equipment on leadfree alloys and impact on service reliability is very limited; Data on the cost and resource issues relating to a process/material changeover for SMEs is very limited; Little research has been carried out on small to medium-scale processes and associated reliability issues; Potential need for very rapid change to lead-free soldering in order to ensure continuity of pro22Figure 1 - Consumer electronic market variation in Europe [Source: European Industry Association - EICTA]

duction due to customer procurement requirements; Relatively limited financial and labour resources for data gathering, research and new equipment. The implementation of LFS is a common demand for a specific sector. This situation has a widespread impact on European SMEs because of the European dimension of the Directive. To date, large companies have carried out most LFS research and dissemination to SMEs is very limited. As this is a problem of a whole sector, it is essential to take advantage of the role of industrial associations of SMEs in electronics which can play an active role in the awareness of such scenario resulted from the prohibition of lead in electronics. Such associations must be actively involved in order to reach as many SMEs from around Europe as possible within the relatively short timeframe available before the Directive takes effect. Removal of lead from electronic products is essential not only because of the European Directive, but it is also a question of answering to the increasing demand of "green" products and also of competitiveness in the global

market, a major market influence in the electronic consumer field. Several Japanese companies are about to put on the market products using leadfree technology. Support for European SMEs in particular, is necessary if they are to effectively compete with these companies.

4. Economic ImpactThe electronic market can be divided in three large electronic branches: Consumer Electronics (e.g. Audio TVC, Video), Electronic Components (e.g. Components, antennas, subcontracting) and Professional Electronics and Telecommunications (e.g instrumentation, industrial electronics, radiodifusion). The engineered products are used in a variety of industrial sectors: telecommunications, automotive, aerospace, household appliances and personnel computers. In general terms, Electronics industry worth around 275 billion and employs 2 million workers in Europe. It is dominated by SMEs with the majority of manufacturers employing fewer than 100 people. In Europe around 8.000 SMEs employs around 200.000 people, representing a total of 15 billion euros . The market in Europe for PCBs alone is 25.2 billion Euro, over 36% of the

world market of which cheaper manufacturers from outside the EU are supplying an estimated 30%. The PCB manufacturing industry employs around 1.2 million in the EU; Figure 1 presents the Electronic Consumer Market in Europe. The UK has 3500 SMEs in electromanufacturing employing around 35.000 people. In addition to the above industries, the industry sustains employment in the supplier base (polymer manufacturers, component manufacturers, electronic designers, etc), estimated to be 3.6 million people. 75% of the industry and the supplier base comprises of SMEs.). The electronic sector in Spain moves about 71.000 Million of Euros annually and employs 133.660 people. In Portugal the electronic market includes more than 115 companies. It worth about 4.670 million of Euros and employs around 39.000 persons. A rough estimation of the European share number of SMEs involved in medium volume electronic production is presented in the table 1. In addition to the economic pressures in the Electronic market resulted from the negative World Economy evolution forecast within the sector these companies are directly threatened not only by the inability to comply with the Directive but most of all by their inability to forthcoming customer demands in due time.

the 1st July 2006 all SMEs in the sector will have to remove lead from their products. This is clearly a problem of a European dimension. There is a Directive that foresees the banishment of the use of lead in electronics and this logically needs a common effort at European level, more than an individual effort in each country, region or even in each company. The European electronics industry is very diverse in size and industry sectors. It has some of the very largest multi-national manufacturing companies but also many thousands of SMEs. Products vary from safety critical aerospace systems to electronic toys and large telecommunication systems to the smallest mobile phones. Yet the basic design still involves soldering standard electronic components to a PCB, even though the operating system of the resulting assembly may be vastly different. There is still little information available to SMEs in Europe on lead-free PCB process conditions and assembly yields because there has been insufficient work conducted on low and medium volume assembly using equipment suitable for SMEs. The result is that most SMEs are ill prepared for the changeover to leadfree materials and may have technical problems making the transition. The changeover to lead-free is not only a result of the EC Directive but should also be faced as a step forward to the European Sustainable Development and Competitiveness towards other markets.E. Dias Lopes M. Margarida Pinto

References:[1] Directive 2002/95/EC of the European Parliament and Council on the restrictions of the use of certain hazardous substances in electric and electronic equipment (RHS). [2] K. Nimmo; "Second European LeadFree Soldering Technology Roadmap"; February 2003; Soldertec at Tin Technology. [3] Electronic Talk; ERA Newsletter, UK, August 2003 [4] ELFNET- European Lead Free Network; SOLDERTEC; 2nd meeting; Brussels, Oct 2002 [5] International Conference on Lead Free Electronics; "Towards Implementation of the RHS Directive"; Organised by IPC (USA) and SOLDERTEC (UK); Brussels, 11,12 June 2003 [6] Horsley, Rob (Celestica, UK); "Development and Implementation of Lead Free Assembly by and Electronics Manufacturing Service Provider"; Proced. International Conference on Lead Free Electronics; Brussels, 11,12 June 2003; pp. 128-139 [7] Hernandez-Sosa, E (Hewlett-Packard, USA).; "Development of a Lead Free Surface Mount Manufacturing Process for High Complexity Electronic Assemblies"; Proced. International Conference on Lead Free Electronics; Brussels, 11,12 June 2003; pp. 222232 [8] Zuber, K (IZM, Germany); "Removal of Harzardous Substances inElectronics";Proced. International Conference on Lead Free Electronics; Brussels, 11,12 June 2003; pp.143-152 [9] Directive 2002/96/EC of the European Parliament and Council on Waste Electrical and Electronic equipment (WEEE) [10] Data from European Foundation for the improvement of Living and Working Conditions [11] Graa L; III-Health and Workplace Absenteeism in Portugal: initiatives for prevention; 1995 23

5. ConclusionsLead removal affects all the European Electronic Sector and on EC Country SME Number UK 450 Germany 2.000

France 1.500

Italy 1.800

Rest Europe 3.300

Table 1 - (Source: Smart Group)

ESTRUTURAS METLICAS

Breves notas sobre a reabilitao do Museu da Electricidade - Central Tejo em BelmA Central Tejo em Belm, actual Museu da Electricidade (Edifcio classificado como imvel de interesse pblico) constituda por um conjunto de edifcios com estrutura em ferro rebitado, paramentos com revestimento a tijolo vermelho e, janeles de vidro transparente. Trata-se de um excepcional exemplar da arquitectura do ferro, marcado pelo seu carcter industrial em que a sua funo industrial dominante sobre quaisquer preocupaes simblico-formais. sobretudo no seu interior que se conjuga a riqueza plstica da articulao do emprego do ferro, nas estruturas e no equipamento industrial, em que a funcionalidade ganha toda a importncia. Em 2000, a EDP, proprietria da Central Tejo, convidou o ISQ (Instituto de Soldadura e Qualidade) para efectuar uma inspeco tcnica ao conjunto edificado, com vista elaborao de um Caderno de Encargos para a sua reabilitao. Essa inspeco tcnica procurou sistematizar e identificar as patologias e demais fenmenos e causas de alterao material, tanto a nvel estrutural, como dos equipamentos exteriores ligados ao funcionamento da prpria central. Todo o conjunto de edifcios, nomeadamente Edifcio das Caldeiras de Alta Presso, Edifcio das Caldeiras de Baixa Presso, Sala das Mquinas, Edifcio da Tremonha do Carvo e Edifcio da Tremonha das Cinzas, apresentavam uma degradao significativa, tanto dos materiais de revestimento como das prprias estruturas, podendo referir-se a seguintes patologias: 1. Ferro Elevado grau de corroso de elementos exteriores com perda de seco e formao de fissuras nos panos de tijolo de revestimento das fachadas, destacamento da pintura de revestimento em estruturas metlicas exteriores e interiores; 2. Tijolo de Revestimento O revestimento apresentava uma associao de factores que conduziram desagregao do tijolo por, pulverulncia, escamao e elevado grau de eroso predominante nos alados voltados a Sul e Oeste devido salinidade, vento, guas pluviais, nevoeiros e condensaes. Alguns destes elementos apresentavam tambm a formao de crostas negras formadas pela deposio de partculas de carvo concrecionadas, por carbonato e sulfato de clcio, originados pelo facto de a central ter utilizado carvo mineral na produo de energia elctrica; 3. Beto armado Abaixamento do pH e elevado teor de salinidade conduziram oxidao das armaduras com delaminao e destacamentos do beto, deixando a armadura a descoberto; 4. Coberturas Rotura dos esquemas de impermeabi24 lizao adoptados nos terraos dos edifcios e, deslocao e fractura de telhas, provocando em ambos os casos graves infiltraes de guas pluviais no interior dos edifcios; 5. Agentes externos identificados, comuns a todos os edifcios Aco erosiva do vento, exposio solar diferenciada dos vrios planos de fachada, lixiviao dos constituintes pela aco de guas pluviais, formao de eflorescncias salinas e poluio com emisso de dixido de enxofre provocada pela queima de carvo mineral.

Tomando como referncia as patologias identificadas e as novas exigncias funcionais dos edifcios, o ISQ elaborou um Caderno de Encargos com procedimentos e metodologias de recuperao a serem executadas, definindo e quantificando reas de interveno. Foi com base nessas aces de inspeco, registo tcnico e conhecimento profundo da interveno e da reabilitao a ser efectuada que a EDP convidou igualmente o ISQ para Fiscalizao da obra. O projecto, coordenado pela prpria EDP com conhecimento do IPPAR (Instituto Portugus do Patrimnio Arquitectnico), foi concebido no sentido de recuperar o excepcional exemplar da arquitectura industrial dotando-o de um conjunto de infra-estruturas que possibilitem a sua museografia.

A interveno tem, assim, como principal objectivo, a recuperao dos edifcios da Central Tejo, atravs de um conjunto de medidas de valorizao e de apresentao, em que paralelamente foram decorrendo trabalhos inerentes ao projecto de musealizao dos edifcios. A Coordenao da Fiscalizao da designada "Empreitada de Reabilitao dos Edifcios das Caldeiras de Alta Presso, Caldeiras de Baixa Presso, Sala das Mquinas e Tremonha do Carvo", iniciada em Julho de 2003 e, ainda em curso, encontra-se a cargo do Sector de Construo Civil e Obras de Arte do ISQ, estando envolvidas tambm as reas de Proteco Anticorrosiva, Electricidade e Segurana e Sade. s funes de Fiscalizao esto associadas as de Controlo

de Qualidade, Gesto e Coordenao da Obra. A reabilitao de edifcios, por si s, uma tarefa com caractersticas prprias que se destinguem das obras correntes. A recuperao de edifcios classificados e com especificidades prprias inerentes sua funo e poca em que foram construdos, uma tarefa de restauro, devendo ser encarada como tal. So obras em que existe a necessidade constante de articular de forma adequada tcnicas e materiais modernos com materiais e processos de construo antigos. Por esta razo os tcnicos que intervm nestas obras devem ter um conhecimento profundo dos edifcios, procurando conhecer as tcnicas pelas quais foram construdos e adapt-las aos dias de hoje, sem desvios ao seu valor histrico e arquitectnico. Esta a forma de entender a reabilitao pelo Sector de Construo Civil do ISQ e que tem sido aplicada nesta obra do Museu da Electricidade, cuja participao se reflecte de uma forma bastante activa e interveniente.Pedro Matos Fernandes

FORMAO

Projecto ETIV - EMAS Technocal Implementation and VerificationEsto disponveis os resultados do projecto "ETIV - EMAS Technical Implemen-tation and Verification", coordenado pelo ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade e financiado pela Comisso Europeia no mbito do programa Leonardo da Vinci. Com uma durao de trinta meses, este projecto envolveu organizaes de onze pases (Portugal, Espanha, Itlia, Alemanha, Reino Unido, Polnia, Grcia, Dinamarca, Finlndia, Hungria e Repblica Checa) e teve como objectivos principais o desenvolvimento ferramentas de formao para estimular, promover e apoiar a implementao do EMAS (sistema comunitrio de ecogesto e auditoria), a promoo e o desenvolvimento de materiais de formao inovadores e a divulgao e disseminao dos produtos desenvolvidos. Os principais resultados deste projecto so mdulos de formao e casos de estudo referentes aplicao do EMAS em diversos sectores de actividade e um software de apoio implementao do EMAS, que tem como objectivo proporcionar um mtodo de avaliao sistemtico dos conhecimentos adquiridos a partir dos mdulos de formao desenvolvidos. Os resultados do projecto foram compilados num CD-ROM, que se encontra disponvel ao pblico. Para tal, todos os interessados devero contactar o ISQ e solicitar o envio de CDROM, atravs do e-mail: [email protected] ou da pgina de Internet do projecto: http://idec.gr/etiv/. Apresenta-se em seguida uma descrio das varias ferramentas disponveis no CD-ROM. 26

Mdulos de formaoEncontram-se disponveis mdulos de formao que incidem sobre os seguintes temas: Noes Bsicas de Ambiente; Legislao Nacional e Europeia; Directiva IPPC; EMAS - Sistema Comunitrio de Ecogesto e Auditoria; EMAS - Sistema Comunitrio de Ecogesto e Auditoria para PME; Auditorias Internas e Verificao no EMAS; Diagnstico Ambiental; Tecnologias Ambientais; Formao e Comunicao. Cada mdulo de formao composto por um manual de formao e por um conjunto de slides para apresentao dos respectivos contedos programticos. Cada manual inclui ainda uma srie de questes para avaliao dos conhecimentos adquiridos.

Organizaes de I&D; Indstria de processamento de peixe; Indstria cermica; Municpios; Instituies pblicas; Indstria metalrgica; Sector turstico; Indstria de produo de plsticos; Indstria de produtos de limpeza.

Software "EMAS 2001"O software "EMAS 2001", ter como objectivo proporcionar um mtodo de avaliao sistemtica dos conhecimentos adquiridos a partir dos mdulos de formao desenvolvidos, fornecendo simultaneamente a informao necessria correco dos conceitos no compreendidos. Tendo em conta os contedos dos mdulos de formao, so colocadas questes de avaliao de conhecimentos, que sero utilizadas para verificar os conhecimentos adquiridos, para diversos perfis de utilizadores do software (Auditores e Verificadores Ambientais, Responsveis do sistema de gesto ambiental, Gesto de Topo e Formadores). Para divulgao do projecto e dos seus resultados, realizaram-se seminrios internacionais de divulgao, em cinco pases europeus: Portugal; Espanha; Itlia; Grcia e Polnia.

Casos de estudoOs casos de estudo abrangem diversos sectores de actividade e incluem exemplos prticos de aplicao do EMAS no sector. Todos os casos de estudo, iro incluir, alm do manual de formao, slides para apresentao dos contedos, bem como uma concluso, no que se refere s principais dificuldades da implementao do EMAS, aos benefcios ambientais associados e experincia obtida no caso de estudo seleccionado. Encontram-se disponveis casos de estudo de implementao do EMAS nos seguintes sectores de actividade:

Mais informaesNa pgina de Internet http://idec.gr/etiv/ encontra-se disponvel informao adicional acerca deste projecto.

HOMO APREHENDIS

Margarida Nunes

No ano de 2001, em Oeiras, vrias organizaes uniram-se num desafio comum... A nossa primeira misso, foi formar os formadores que iriam mediatizar o processo de aprendizagem junto do pblico com baixas qualificaes escolares e profissionais, transformando o e-Learning num processo de aprendizagem universal.:: O F@DONo ano de 2001, em Oeiras, vrias organizaes uniram-se num desafio comum... ... Construir uma Metodologia de Formao a Distncia - Blended Learning - ajustada s caractersticas sociais e cognitivas de pessoas com baixas qualificaes escolares e profissionais, residentes ou trabalhadoras no Concelho de Oeiras. Esta metodologia pretendia responder ao apelo lanado pela Nova Europa do Conhecimento e da Sociedade da Informao no sentido de unir esforos nacionais que permitissem a literacia digital da populao bem como o aumento da sua empregabilidade e a motivao para processos de aprendizagem ao longo da vida. O ISQ, o INOFOR, a AERLIS, o INETI e a CMO, articularam vontades e competncias no sentido de tornar possvel este projecto desenvolvido no mbito da Iniciativa EQUAL. Foram desafiadas 22 organizaes locais e empresas, 15 formadores e 30 cidados no sentido de, em sobre o Curso e-Tutores que venho partilhar algumas linhas convosco.

:: No incio foi assim...O desenho do Curso e-Tutores comeou com uma auscultao aos principais operadores nacionais de eLearning com o foco da pesquisa na figura do e-Tutor, caractersticas, valncias, aspectos-chave da sua prtica. Aps analisar a informao compilada das entrevistas presenciais e o suporte documental recolhido em pesquisas, foi desenhado o Perfil do eTutor e validado internamente com indivduos com prtica de Tutoria em ambientes de aprendizagem com suporte on-line.

Figura 1 - Aspecto Grfico do Ambiente de Aprendizagem - Edifcio Aprender

comum, e com a participao activa de TODOS, se poderem construir ambientes de aprendizagem, contedos, instrumentos de avaliao, exerccios, actividades interactivas, e circuitos eficazes de trabalho em rede, por forma a garantir que a metodologia de formao fosse til e adequada a TODOS os envolvidos - empresrios e tutores on-job, organizaes e mediadores locais, formadores, formandos e suas famlias. A nossa primeira misso, foi formar os formadores que iriam mediatizar o processo de aprendizagem junto do pblico com baixas qualificaes escolares e profissionais, transformando o e-Learning num processo de aprendizagem universal.

Figura 2 - Aspecto Grfico da Entrada no Edifcio Aprender

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E agora, o desenho do Curso...

Tcnico-Pedaggicos Associados ao CursoAps uma cuidada anlise do pblicoalvo do Curso, foi desenhado o ambiente de aprendizagem associado componente virtual. A metfora associada ao Curso on-line teve como base o contexto e interesses dos formandos. Deste modo, foi desenhado um ambiente que integrava um Edifcio Virtual onde cada piso do edifcio correspondia a um Mdulo Temtico do Curso. Os princpios da construo da Metfora de Aprendizagem, foram: Motivao: Utilizao de um tema de interesse geral, com o contedo inserido de forma ldica, despertando o interesse do e-Formando. Pedaggico: Alinhamento dos contedos com as caractersticas da Metfora seleccionada, proporcionando referncias com um assunto que o Formando j conhece, ajudando-o, desta forma, na construo do seu conhecimento.

:: O Desenho do Curso...Aps definir e enquadrar o pblico alvo e os objectivos de formao, procedeu-se ao desenho do curso, seguindo os seguintes passos:

Seleco da Abordagem PedaggicaSeguiu-se uma Abordagem Construtivista, onde o formando convidado a explorar os contedos assumindo uma postura activa perante os mesmos recorrendo, com este fim, interactividade facultada pela utilizao das Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC) ao servio da formao.

Figura 3 - Aspecto Grfico do Ambiente onde foi introduzido uma Actividade de Quebra-Gelo Virtual

Definio da Metodologia de Avaliao da AprendizagemDefinio da Metodologia em 3 valncias: Avaliao Diagnstica Inicial Explorando o Perfil dos Formandos ao Nvel Tcnico (conhecimento da Temtica do Curso), Pedaggico-Comportamental (conhecimento dos Estilos de Aprendizagem), Motivacional (conhecimento das motivaes para a aprendizagem) e Tecnolgico (conhecimentos informticos) Avaliao Contnua/ Formativa Promovendo a auto-avaliao do Formando (e a motivao para a aprendizagem), explorando o progresso no processo de ensinoaprendizagem e diagnosticando, atempadamente, eventuais desvios no mesmo Avaliao Final - Promovendo a aplicao prtica e partilha do conhecimento e competncias adquiridas, transferidos para um projecto aplicativo final.

Definio da Metodologia de FormaoUtilizou-se uma Metodologia de Formao Mista - Blended-Learning - integrando momentos presenciais para reforo de conhecimentos e trabalho da vertente comunicacional do Curso e momentos a distncia suportados por um Sistema Estruturado de Tutoria.

Desenho do Contedo Programtico do CursoEnfoque na explorao pedaggica/ dinamizao dos recursos suportados pelas TIC e nas especificidades dos pblicos com baixas qualificaes escolares/ profissionais - o objectivo ltimo do Curso Formao para e-Tutores era formar os formadores que iriam monitorizar o Curso para pblicos com baixas qualificaes.

Figura 4 - Aspecto Grfico da Actividade de Quebra-Gelo de introduo ao Curso

Definio do Itinerrio Pedaggico do CursoCom os contedos segmentados em pequenas Unidades Formativas (Estrutura Modular) e especificaes associadas ao acesso aos mdulos (por exemplo: Existncia de precedncias na Navegao entre Mdulos), de forma a assegurar uma sequncia na aprendizagem. 28

Definio dos Meios de DistribuioDefinio da opo tecnolgica de acordo com as especificidades da aco - no presente Curso foi utilizado o Sistema IBM - Learning Management System.

Estruturao e Desenvolvimento dos Recursos Pedaggicos associados ao CursoProduo de materiais preparados para visualizao on-line (produzidos de acordo com os parmetros normativos - SCORM -, perspectivando a possibilidade de reutilizao dos mesmos) e recu