tecnews 25/09/13

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25 | 09| 2013 www.grupoastral.com.br INTERNAUTA FLAGRA BARATA DENTRO DE PETISCO PEDIDO EM BAR DA PARAÍBA Fonte: G1 Uma internauta divulgou na noite de 15/09 uma foto que mostra uma barata em meio aos camarões que foram pedidos como aperitivo no bar Oficina do Camarão, localizado na Avenida Guarabira, no bairro de Manaíra, em João Pessoa. Karinine Cabral afirmou que procurou os res- ponsáveis pelo estabelecimento para resolver o problema, mas que, sem resposta, resolveu divulgar o aconte- cido na internet. A foto já foi compar- tilhada por mais de 800 pessoas. Daniel Cabral, proprietário do bar, argumentou que a denunciante não possui provas. “Ela voltou ao bar trinta minutos após levá-lo para casa, pe- dindo uma indenização aos garçons para que não divulgasse nas redes sociais ou levasse o caso para justiça. Qual a prova que ela tem de que esse inseto realmente estava dentro da quentinha?”. Segundo a administradora de empresas, ela ia no início da tarde para um churrasco e sugeriu que levasse o camarão do bar. Ela conta que o pedido foi feito por volta das 15h, e que levou o petisco em um recipiente utilizado pelo estabelecimento em pedidos para serem levados. “Chegando na casa do pessoal, transferi os camarões da quentinha para um refratário, até para facilitar que as visitas se servissem. Comemos muitos dos camarões do prato, já que não vimos a barata de imediato”. “Quando o prato foi esvaziando verificamos algo estranho no meio daqueles camarões, e custei a acreditar que tinha uma barata ali no meio. Foi um constrangimento com todos os convidados, pois eu que levei a comida. Além de todo o nojo que sentimos de ter comido aquela comida”, relata Karinine. Ela afirma que voltou ao bar para mostrar o que aconteceu, mas segundo ela ninguém que tives- se autonomia para se pronunciar estava presente. “Ligamos para o empresário, através do celular de um garçom. Ele se identificou, mas não demonstrou nenhum interesse em resolver o caso e também não foi até o nosso encontro. Durante a conversa, um funcionário jogou a comida com a barata fora, para nos impossibilitar de ficar com o material como prova. Mas já tínhamos tirado a foto”, relata.

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Informativo semanal com notícias sobre o mundo das pragas.

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INTERNAUTA FLAGRA BARATA DENTRO DE PETISCO PEDIDO EM BAR DA PARAÍBAFonte: G1

Uma internauta divulgou na noite de 15/09 uma foto que mostra uma barata em meio aos camarões que foram pedidos como aperitivo no bar Oficina do Camarão, localizado na Avenida Guarabira, no bairro de Manaíra, em João Pessoa. Karinine Cabral afirmou que procurou os res-ponsáveis pelo estabelecimento para resolver o problema, mas que, sem resposta, resolveu divulgar o aconte-cido na internet. A foto já foi compar-tilhada por mais de 800 pessoas.

Daniel Cabral, proprietário do bar, argumentou que a denunciante não possui provas. “Ela voltou ao bar trinta minutos após levá-lo para casa, pe-dindo uma indenização aos garçons para que não divulgasse nas redes sociais ou levasse o caso para justiça. Qual a prova que ela tem de que esse inseto realmente estava dentro da

quentinha?”.

Segundo a administradora de empresas, ela ia no início da tarde para um churrasco e sugeriu que levasse o camarão do bar. Ela conta que o pedido foi feito por volta das 15h, e que levou o petisco em um recipiente utilizado pelo estabelecimento em pedidos para serem levados. “Chegando na casa do pessoal, transferi os camarões da quentinha para um refratário, até para facilitar que as visitas se servissem. Comemos muitos dos camarões do prato, já que não vimos a barata de imediato”.

“Quando o prato foi esvaziando verificamos algo estranho no meio daqueles camarões, e custei a acreditar que tinha uma barata ali no meio. Foi um constrangimento com todos os convidados, pois eu que levei a comida. Além de todo o nojo que sentimos de ter comido aquela comida”, relata Karinine.

Ela afirma que voltou ao bar para mostrar o que aconteceu, mas segundo ela ninguém que tives-se autonomia para se pronunciar estava presente. “Ligamos para o empresário, através do celular de um garçom. Ele se identificou, mas não demonstrou nenhum interesse em resolver o caso e também não foi até o nosso encontro. Durante a conversa, um funcionário jogou a comida com a barata fora, para nos impossibilitar de ficar com o material como prova. Mas já tínhamos tirado a foto”, relata.

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TÉCNICA DESENVOLVIDA PELA USP SÃO CARLOS VISA MATAR LARVAS DA DENGUEFonte: G1

Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos(SP) desen-volveu uma técnica com um composto químico que reage à luz e pode ser alter-nativa no combate à dengue. O estudo, que ainda está em fase de testes, visa eliminar as larvas do mosquito transmis-sor da doença.

A técnica já é aplicada para combater outras doenças, como o câncer. “Nós fazemos uma molécula de uma subs-tância preparada para atingir o alvo que a gente quer eliminar. Uma vez que essa molécula chega ao alvo, sob a iluminação do sol, por exemplo, já causa uma reação que mata as larvas do mosquito”, explicou o orientador da pesqui-sa, o professor Vanderlei Bagnato.

A pesquisadora Larissa Marila de Souza, autora do projeto, mergulhou larvas em diferentes está-gios na solução química. Em um microscópio foi possível ver a ação do produto.

“O vermelho é a florescência do composto. Na imagem eu tenho certeza que o composto está localizado em todo o trato degestivo e nas glândulas salivares do Aedes aegypti”, afirmou.

Não poluente

A técnica ainda não pode ser aplicada em casa ou em rios e córregos. Um composto não poluen-te, de raiz de açafrão, ainda vai ser testado. “Estamos fazendo os primeiros pilotos dentro do labo-ratório. A próxima etapa é a gente evoluir a técnica para que ela seja seletiva o suficiente apenas para os mosquitos da malária e da dengue e que não envolvam pesticidas e essas substâncias muito agressivas ao meio ambiente”, destacou Bagnato.

Karinine foi com os amigos até uma delegacia registrar a ocorrência e ligou para a Vigilância Sanitária na manhã desta segunda-feira (16), para fazer a denúncia, pedindo que o local seja fiscalizado.

O gerente da Vigilância Sanitária de João Pessoa, Alberto José dos Santos, disse que o estabele-cimento será inspecionado. “A inspeção será feita, verificando as condições de funcionamento. Caso seja confirmando a não conformidade e o risco sanitário apresentado pelo local, pode receber uma advertência ou até mesmo uma interdição”.

Ele explica que não será verificado esse prato específico, já que foi jogado fora. “Faremos uma inspeção total. Se possui dedetização, quais as condições sanitárias e de higiene lá. Se foi um caso isolado, ele receberá uma notificação e um prazo para que as providências sejam tomadas. Se não for cumprido, existem advertências, multas e até a interdição”, concluiu o gerente.

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Embora a quantidade de casos confirmados de dengue no Distrito Federal tenha crescido 469% nos últimos dois anos, o número de agentes que atuam em campo para combatê-la caiu 28% no mesmo período. Foram 1.499 ocorrências da doença em 2011, contra 8.534 até setembro de 2013, incluindo os casos “importados” (quando a pessoa é contaminada fora da cidade onde reside). Já o total de servidores, de acordo com a Secretaria de Saúde, passou de 711 para 510. A pasta informou que aguarda a realização de concurso público para a área.

O total anterior de servidores, ainda em 2011, também não era considerado ideal. “O número de agentes no Distrito Federal é insuficiente inclusive para garantir que os imóveis sejam visitados a cada dois meses, como determina o Ministério da Saúde”, disse na época o então coordenador do Programa de Prevenção e Controle da Dengue, Ailton Domício.

Agora, a diretora de Vigilância Ambiental, Kênia Cristina Oliveira, explica que a situação se agra-vou. “Hoje em dia é pior ainda. A gente está com esse déficit de servidor. A gente precisaria ter em torno de mil agentes para conseguir um controle maior, até mesmo porque esses servidores lidam com outras doenças, como leishmaniose e leptospirose. Não é só dengue.”

Para ela, o fato de os servidores conseguirem passar em concursos “melhores” torna o cargo “bem rotativo”. Sem um quadro adequado, Kênia afirma que continua impossível realizar o mínimo de quatro visitas exigidas pelo governo federal em todas as localidades, assim como ter servidores que trabalhem exclusivamente com a dengue. “A gente foca nas áreas de risco”, diz.

A autorização para a realização do concurso para a área, prevendo preenchimento de 460 vagas, foi anunciada pelo GDF no início de maio. Mas, segundo a Secretaria de Administração, o pro-cesso não foi regularizado por causa das questões jurídicas que envolvem os cargos de agentes comunitários.

O presidente da Associação dos Agentes Comunitários, Uziel Melo, afirma que o trabalho da categoria é essencial na prevenção de doenças. “O agente de vigilância ambiental vai onde está o problema e resolve. Se está em falta, o serviço fica comprometido. E a função dele é salutar”, garante.

Melo explicou que o sindicato tem trabalhado em uma proposta, que vai ser encaminhada à Câ-mara Legislativa, para reestruturar a carreira e mudar o regime de contratação dos agentes. “Não pode haver concurso se não há a previsão do cargo. E é o tipo de coisa que precisa ser resolvido. Porque no caso da dengue, por exemplo, tem ano que dá um boom. Agora, se der uma epide-mia a coisa vai ficar séria, porque falta gente.”

A dengue é causada pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti contaminada por um dos quatro tipos de vírus causadores da doença. Os sintomas, que podem ser confundidos com os resfriado ou gripe, são febre alta, dores nas articulações e prostração. Em geral, eles costumam se manifestar entre três e 15 dias após o contágio - chamado período de incubação.

Os tipos mais comuns no DF são 1 e 4 e um mesmo paciente pode adquirir todos ao longo da vida. A dengue hemorrágica é um quadro grave da doença, que pode ser causado por todos eles. Pessoas que têm diabetes, asma e hipertensão ou que já se contagiaram anteriormente estão mais vulneráveis a essa situação.

EM 2 ANOS, DENGUE CRESCE 469% NO DF, MAS NÚMERO DE AGENTES CAI 28%Fonte: G1

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Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais aponta que o mosquito tem hábitos diurnos, geralmente atacando entre 7h30 e 10h e entre 15h30 e 19h, e que não gosta muito de calor. O Aedes Aegypti voa baixo - em média, 1,2 metro de altura, picando principalmente até a altura do joelho.

O ciclo do inseto possui quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. As larvas se desenvolvem em água parada. Por isso, a melhor forma de evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água e retirar o lixo.

“Surto”

De acordo com a subsecretária de Vigilância à Saúde, Marília Coelho Cunha, ainda não é possível falar em epidemia da doença, mas o atual estágio de dengue no DF já é considerado surto. Até 16 de setembro, a Secretaria de Saúde contabilizou 8.534 casos da doença, sendo que 2.030 foram de contaminações em outros estados. Nove pessoas morreram.

O número de casos deste ano, que equivale a uma média de quase 33 pessoas contaminadas por dia, representa aumento de 1.191% em relação a todo 2012, quando 661 moradores da capital do país ficaram doentes.

O último ano em que houve epidemia no DF foi 2010. Marília disse que é comum que a dengue tenha picos de três em três anos, de acordo com o ciclo da própria doença. Ela informou ainda que os ovos do mosquito podem sobreviver por até 500 dias.

Conscientização

O GDF lançou na manhã desta quinta-feira (19) uma campanha para combater novos casos de dengue e evitar uma epidemia da doença. Serão distribuídos 100 mil kits educativos para estudantes entre 8 e 11 anos, além de reforçadas as operações de limpeza nas regiões adminis-trativas do DF.

Dados da secretaria indicam que 87% dos focos estão em área particular, como casas, escritórios e restaurantes. A pasta conseguiu neste ano autorização judicial para entrar nestes espaços e eliminar os riscos de transmissão mesmo sem a presença do dono.

“É preciso entender que a dengue é um problema coletivo”, explicou a subsecretária Marília Cunha. “Todo mundo tem que fazer a sua parte, e a da população é muito importante. É real-mente um trabalho que começa em casa.”

De acordo com o levantamento da pasta, as cinco regiões com maior proliferação de dengue no DF são Sobradinho II, Planaltina, Brazlândia, Sobradinho e SIA/Estrutural. A capital do país é considerada como tendo alto risco de transmissão da doença.