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FICHA o EGREDO DA TERRA :V 39 ontono 2014 Director e CQordenador de Redllcl;iio: Anl6nio rrecht Redac\,8(J: Ant{mia Jorge Ferreira, Marque. Silvia Silva C olaboradores permanentcs: rtur Cri w\ ilo. Laura Torres Colahoram inda neste numero: Alejandro (aolerla, Alexandra Marta-Co la. . ntonio Marrciro ·. Eduard Martin, E t ao Game . Falima . Jaim Ferre,!" ... Joaa Rodrigue . ALe. cd , Jose Ca . Iro, Jose Catarin . Laura Torre Luj Tiberio. M' ITCl) AnrOnio. Marina CRr aino. Paulo Fernandes, Paulo Monleiro. Peuro,P:.cileco Grafi mo I.' Pagina'Oao: Alexandra Impressiio e Ac:abamento: Lidergraf - Artes GrMicss, :'.A Rua do Galbano 11" 15 (E.N. j 3) Arvore 4480-089 ila do Conde Propriedade: Edibio. l.da. I F: 505(57627) R. Emidio avarro.61 4550-(26 de Piliva Tel. l Fax: 2556 9812 cdibio@ sapo.pt http: //\ \\ w.Jacebook..:omiedihio Periodicidade: S me$tra! DepOsito Legal nO: t 7299102 International tandard Serial Numbe r (1 SN): 1645 - 5819 Tiragem: I OOf) exemplare-- Lege"da da capu: l),plora.;lio horucola de .Haria Gabriekl Pedrl'). kiN/ro. FflltIgrufia do "«po: Femando Serl'udQr A, \ Opiflii;e\ 11t's!a puNicCil;iw :,(jn .I" respolfsahilidadG do ,' lfIltOl'.JS f. 000 rejtectem llf(C'l'ss:Jriamltnte a vpinulo uu del [dibin, Ed' ,,:ves, LOu. artigos pub/kadO\' )'(10 j1l'Opriedadc cia I·.:dihw. Ecfii;nes. !.da; u. \'uu ;epm.Jw;{IO, colaJ ou I'arcial. pOI' qualqu<!I' meio. J J apos QlifOrizariin t:.\!,,.ita do dio"ectOl: - -- .- -_. -- o SEGREDO DA TERRA suMAruo Editorial • Tcma Central A AGRICULTURA BIOL6GICA E A AGRICULTURA FAMILIAR No ano intemacional da agriculmra familiar Agricultura familiar na Praia do Norte Agricultura familiar e a agricultura biol6gica Os pesticidas e a agricultura familiar Tudo 0 que eu quero fazer e ilegal! da natureza Boas praticas para conservar e restaurar habitats prioritdrios de montanha Floresta entre 0 fogo e a jloresta portuguesa Ecologia agdda As lennitas em agricultura: pragas ou auxiliares? Pecuaria biologica Serra verde - de ovos no MPB OlivicuJturaIVitkultura biologicas Esporiio investe na agriculnlra biologica Nlmla quinta hiologica Observar para decidir Apicultura biologica Permapicultura Eco-tudsmo Hotel quinta da serra (entrevisla) Trac;ao animal A paisagem da trafao animal: exemplo da Terra Fria transnwn- lana Urn ano mais do que positivo! Variedades tradicionais Os.agricultores do Algarve visitam as suas variedades tradicio- nQ1S • Iniciativas I Jornadas de agricultura biol6gica da ilha de S. Jorge Edi<;ao do livro de bolsa: Amigos desconhecidos do agricuhar- aracnideos, insectos e centopeias 5 8 10 11 15 17 22 26 27 29 30 32 38 41 45 47 49 50 o SEGREDO DA TERRA • 2014 3

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FICHA T~~C~IC o EGREDO DA TERRA :V 39 ontono 2014

Director e CQordenador de Redllcl;iio: Anl6nio rrecht

Redac\,8(J: Ant{mia ~trechl, Jorge Ferreira, Jos~ Marque. Silvia Silva

C olaboradores permanentcs: rtur Cri w\ ilo. Laura Torres

Colahoram inda neste numero: Alejandro (aolerla, Alexandra Marta-Co la. . ntonio Marrciro ·. Eduard Martin, E t ao Game . Falima Gon~ahe . Jaim Ferre,!" ... Joaa Rodrigue . .Iorg~ ALe. cd , Jose Ca . Iro, Jose Catarin . Laura Torre Luj Tiberio. M ' ITCl)

AnrOnio. Marina CRr aino. Paulo Fernandes, Paulo Monleiro. Peuro,P:.cileco

Grafi mo I.' Pagina'Oao: Alexandra Coeho1l~1

Impressiio e Ac:abamento: Lidergraf - Artes GrMicss, :'.A Rua do Galbano 11" 15 (E.N. j 3) Arvore 4480-089 ila do Conde

Propriedade: Edibio. Edi~oe!t. l.da. ~N I F: 505(57627) R. Emidio avarro.61 4550-(26 Ca~telo de Piliva Tel. l Fax: 2556 9812 cdibio@ sapo.pt W\\w.~ibio.pl http://\ \\ w.Jacebook . .:omiedihio

Periodicidade: S me$tra!

DepOsito Legal nO: t 7299102

International tandard Serial Number (1 SN): 1645 - 5819

Tiragem: IOOf) exemplare--

Lege"da da capu: l),plora.;lio horucola de .Haria Gabriekl Rei.~ Pedrl'). kiN/ro.

FflltIgrufia do "«po: Femando Serl'udQr

A,\ Opiflii;e\ e(i',.e~.\dS 11t's!a puNicCil;iw :,(jn .I" respolfsahilidadG do ,' lfIltOl'.JS f. 000 rejtectem llf(C'l'ss:Jriamltnte a vpinulo uu orienw~ilo del [dibin, Ed',,:ves, LOu. O~ artigos pub/kadO\' )'(10 j1l'Opriedadc cia I·.:dihw. Ecfii;nes. !.da; u. \'uu ;epm.Jw;{IO, colaJ ou I'arcial. pOI' qualqu<!I' meio. J J p(ls~iv.:/ apos QlifOrizariin t:.\!,,.ita do dio"ectOl:

--- .--_. --

o SEGREDO DA TERRA suMAruo

• Editorial

• Tcma Central

A AGRICULTURA BIOL6GICA E A AGRICULTURA FAMILIAR

No ano intemacional da agriculmra familiar

Agricultura familiar na Praia do Norte

Agricultura familiar e a agricultura biol6gica

Os pesticidas e a agricultura familiar

Tudo 0 que eu quero fazer e ilegal!

• Sec~oes

Conserva~ao da natureza

Boas praticas para conservar e restaurar habitats prioritdrios de montanha

Floresta

Rela~6es entre 0 fogo e a jloresta portuguesa

Ecologia agdda

As lennitas em agricultura: pragas ou auxiliares?

Pecuaria biologica

Serra verde - produ~iio de ovos no MPB

OlivicuJturaIVitkultura biologicas

Esporiio investe na agriculnlra biologica

Nlmla quinta hiologica

Observar para decidir

Apicultura biologica

Permapicultura

Eco-tudsmo

Hotel quinta da serra (entrevisla)

Trac;ao animal

A paisagem da trafao animal: exemplo da Terra Fria transnwn­lana

Urn ano mais do que positivo!

Variedades tradicionais

Os.agricultores do Algarve visitam as suas variedades tradicio­nQ1S

• Iniciativas

I Jornadas de agricultura biol6gica da ilha de S. Jorge

Edi<;ao do livro de bolsa: Amigos desconhecidos do agricuhar­aracnideos , insectos e centopeias

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A PAISAGEM DA TRA~AO ANIMAL, EXEMPLO DA TERRA FRIA TRANSMONTANA

por Jose Castro ,.

Fig. J - A poisogem do Terra frjo Tronsmonlano conservo o;flda as $UOS principajs marca~ de ..,m possaao de olJ'o'Ssufjcj~nc'c com gesfdo por Ir~?jo animal: (lUreolos cqvrpolenciois de grande defalns B oderenclO 0: morlo/Qg,Q do len-eno & rBspec'JVQ redc h,drogr6fico.

Neste trobolho procuromos revelor alguns dos tro<;os que aindo hoje opresentam as nossos poisogens rurais mois Irodiciooois, relocionados com um pas-

soda relotivomenle recenle de gestoo por trobolho onimol. E uti­lizodo 0 exemple de umo poisogem, 0 T erro Frio T roosmonlono, indeJevelmenle ligoda 00 Ifobolho reolizodo par bovinos do ro<;a mirondesa. Para 101, clorificomos 0 conceilo de Poisogem aqui ulilizado e descrevemos 0 relo<;:oo dos principois componentes deslo paisogem com 0 Iro.;oo animal. Abordomos a suo evolu<;ao 00 longo do tempo recorrendo a elemenlos fornecidos pelos esla­lislicas ogricolas e reconhecimenlos aereos do segundo metode do seculo xx. T e rmino remos tecendo olgumos consideroc;:oes sabre 0 oportunidode que represento a Iro<;oo animol no futuro pare a conservo<;oo de um potrimonio identilario como soo as nossos poisogens Irodicionois, em consononcio com as necessido­des de redu<;50 dos consumos de energio e de suslentobilidode dos nossos sislemos produtivos.

A Paisagem da Terra Fria Transmontona: enti­dade e identidode

Desde os anos oilenlo do seculo passodo que a conceito de PAISAGEM se vem consubslonciondo enquonto um oivel especi­fico no orgonizo<;ao do mundo vivo, numa oproximo<;ao sistemico complementor 00 conceilo ote 01 preponderonle, de entidode fisico avislada, entendido e inlerprelodo pelo homem no seu quo­lidiono. Varios e imporlonles oulores vem coincidinda em definir

1 Naveh, Z , and A $. !lebe""an. 'londsCQp~ e«>logy' fheory ond application.' Spn'nger sene.s on e:n'.,l;'onmef)rol manogemell# (J 984) 2 Forman, Richerd rr, and Michel God"",. landscape e-cology. New York WUey and SOnS,

~1986), Tomer, Mon,ca Goigel -landscape ecology, Ihe efleet 01 palr<>rn on prO'f" . " Ann!lOl reyiew

01 ecology and ,ysremotiCl / 1989J; 17)·197 'E<e¢la $upe:ior Ag,o'l0, Jnsh/uto Polihicnrco de B,agon(:O. Compus Sto ApoJ6nlO, Aparrado 1 172, 530 1·855 8r09an~a. mzeea,/@ipb,pl

PA1SAGEM como oquele lerrilorio em que se verifico umo repeli­c;:ao sistemalica dos seus ecossislemos .1 2, 3. Esso repeli<;oo siste­

matico dever-se-6 0 inlerdependencio enlre esses mesmos ecossis­lemos, inlroduzindo recorrencio e, consequenlemenle, 0 previsibi­lidade responsavel pelo co racier idenlil6rio desse espoc;:o. 0 nivel PAISAGEM encontror-se-6 ossim, no hierarquio do orgonizoc;:50 dos sistemos biol6gicos, enlre 0 nivel do Ecossislema eo nivel do Regioo Biogeogr6lico.

Hoje em dio, e sobretudo nos lerritorios rurois mais Iroditio­nais e mais preservodos que podemos reconhecer poisagens com esle caracter mois acenluodo e preservado. A inlerdependencia enlre os diversos ecossislemos que 0 homem rurol de anligamenle explorovo no ambito do seu ocenlo de lovouro, delerminovo esso mesmo repeli~ao. Ao longo dos seculos, 0 homem do compo foi opurondo modelos de exploro<;50 do espoc;:o em fun<;ao do sua nolureza diversificodo, dos recursos lecnologicos de que dispunho e dos conhecimentos que vinhom sendo ocumulodos 00 1ongo de gero<;6es e 8ero<;oes de vivencio muHo proximo do nalureza e do seu /uncionamenlo Ifiguro 1).

Poro a conslruc;:ao e explorac;:ao das suos poisogens, sempre boseodo no experiencio ocumulada, 0 lovrodor conlou com 0

poderosa aiuda do gada de tra<;ao, bovinos, equinos, muores e osininos, criodos e selecionodos 00 longo dos lempos para se especiolizorem nos lorelos que eram devidos para a otimizoc;:oo do explora<;ao dos recursos locais. Ale meados do seculo pas­soda, eslo era 0 realidode no generalidode do espo<;o rural par­tugues. Nos comunidades rurois, como sistemos que erom quase fechodas 0 Irocas com 0 exlerior e circunscrilos quose sempre as oldeios e freguesios vizinhos, 0 disponibilidade de lor<;o de tro<;ao animol obedecia 0 equilibrios complexos com a natureza do lermo de coda oldeia e dos porcelas de coda exploro<;co. Esse equilibria requerio urna polencia de trabolho, Iroduzida em numero e especies de animais de Iro<;oo, que suprisse as necessi-

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'-:~~:c~~:~(/~~'~:~~:~,,",,,~:,:~:~:~,~:~,:, ,~~~~:~,~,,~~~~:~:~~,~::~:~,::~a,~,':,~~o~m der 0 potencial forrageiro do termo necessorio 00 suslento da a existencia de arvoredo, nomeadamente de Ireixos, suscetiveis elelivo. Assim, a superficie agricola deverio equilibror-se entre de beneficiar a dinomica hidrica do postogem como tombem de oquelo necessaria os postagens e forrogens para 0 alimentoc;oo promover a ulilizoC;60 do sua biomosso onuol, romos e folhas, do godo de Irabolho e oquela dedicodo 005 cuhivos pora con- para completar a diela dos animais nos momentos de carenda do sumo humano. produ~ao herbocea.

Pelos suas necessidodes hidricas, os superficies dedicados o pastagem e produc;ao de forragens deveriom ser as mois prO. ximos do rede hidrogrofico, com um perfil recolec/or concavo, gerolmenle aluvioes, evenlualmenle beneficiodos por eslruturos construidas poro ormozenamenlo. distribuic;:60 espaciol e repar­ti<;:ao no lempo da oguo disponfvel para irrigoc;:ao.

Dependendo do seu potencial produlivo e do sua prox,ml­dade ao cosorio, esles espac;:os erom geddos de forma diferenle. Quando pr6ximos dos casas e com disponibilidades constanles de 6gua, a biomosso dos chomodas ·regadas" era recolhido para ser fomecida em verde aos onimois nos eslobulos. Estes espa~os assumiam um popel importante, se noo critico. no Outono pela abundoncio de trabalho dos animois com a preporo<;oo do lerra pora os sementeiras e com as colheilas.

o of as tom en to do aldelo e a menor disponibilidade impunha uma gestoo desles espoc;os forrogeiros diferente, balanceada estre 0 postoreio direto e a numero de corles do biomas50 para feno~oo. Nestos siluao;oes, quando 0 disponibilidode de 6gua 0

permitio, as "Iameiros" erom fenados no finol do primavera e no final do oulono, reduzindo 0 tempo de pasloreio direlo. Para 101, ero fundamental a "rego de lima" que dislribuio e prolongavo a suo irriga9ao (figura 3).

Por oulro lado, a escossez de agua e um contexte mais afas­lado implicavo umo gestao dos "secodois" apenos com um corte no final do primavera para (enac;oo, e 0 seu posloreio direto no

Fig.2- 0 pOlencioi prod",;"o do< eco"""emo, lotrage/ro, do Ten'a Fr,o Tron,monfono, d.penderole do preClpilo<;iio e do p:,,!vodidode do t% , delerminor'o 0 genero do boyino de 'robolho (I.",mino no. co.o, moil produlivos para cria~"o e prodv~do de leile) e " localizo· ,00 do. feiro< de godo para venda de godo de Irobalho para ree(lO ('£Olonho 900 milimeiro.).

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Tombem a dimensoo, dislribuic;:oo e conliguro~oo dos espac;:os dedicados aos cultivos para olimenla~oo humana, anuais e per­manentes, devedam ler em conta a circunstoncio de serem Iroba­Ihados par tro<;oo animal. Assim, as culturos aouais, rotat;oes bia­nuais cereol/pousio ou trianuais cereal/pousio/forragem, enlre oulros casas mois porticulares, implicovom sempre mais lavouros. semenleiros e correio de estrumes, semenles e colheilas, do que os culturas permonentes, menos exigenles e mois optativos em lermos deslas operoc;oes. Desse modo, priorizavam-se para 101 as terre­nos mais pr6ximos 00 nucleo do oldeia para as culturas anuois e guordavom-se as mais of as tad os pora os culturas permonentes. imediatomente antes do matriz lIoreslol de matas e motos que envolveria 0 molriz ogricolo no maioria dos casos.

A intensidode e frequencia do trabolho - lovouros, semenlei­ros, entre oulros - associado oos espao;os das rola~oes Irianuois cereal/pousio/forragem, sempre mois exigenles em termos de solo, 69uas, e geslao, exigiom porcelas em locoliza<;oes mais proximos oos acenlos de lovouros, 00 casario e esl6bulos dos animois. Por outro lado, a concenlro~oo do espo<;o dedicado (, roloc;oo bianual cereol/pousio em duos "folhos de poo", equipo­lenciais e segundo 0 maior gradiente mesoclim6lico, conlribuia lombem para a suslentobilidode do sistema produlivo. A equlpo­tendolidade dos dois espo~os tentava manler conslonle 0 produ­~oo inleranual de cereol. 0 alorgamenlo do gradiente ombientol permilio eslender 0 periodo dos Irabolhos - lavouros, sementei­r~s, entre oulras - olimizando a moo-de-obra disponivel sempre muilo limilado nestes periodos. A Iocalizot;ao e configuro<;oo deslos "folhas de pao", geralmente mois afaslada do centro do oldeia do que os parcelas das rolo~oes Irianuais, lombem flesles casas, 0 tra~ao animal sairio beneficiada em term os de carreios e desloco~oes enlre porcelos pelo contiguidade do espa~o ocu­podo no termo do aldeio .

T 01 como no caso dos espo~os forrageiros e de pasloreio, 0

exislencia de orvoredo em posi~6es limitrofes as porcelos ogri­colas serio essencial como espa~o de abrigo dos inlemperies no inverno e do insolo<;oo no veroo tonlo para homens como para animais, bem como 0p0rlunidade forrogeira em tempos de escossez de pasto e oz6foma de lovouras e carrejos. Este aNa­redo representoria importonle interface do matriz agricola onuol e perene envolvente 00 casario. e os espoc;:os naturais e semi­-noturois do molriz floreslol que representavom as malos, motos e monte~ .

Os espo<;os de agricultura perene. composlos sobreludo par soutos, mos ainda lambem par algum olival au vinha, flcoriam ossim relegodos para segundo plano em termos de escolha do sua locolizoc;oo pelo menor frequencio e intensidode dos opera­c;:oes que implicovom, lombem em lermos de Iro~oo animal.

Assim, a poisogem do Terra Fria T ronsmonlono foi sendo conslruida 00 longo dos lempos medianle 0 suo orgonizac;oo em "oureolasH au ucoroas" equipolenciais relalivos a codo aldeio, tolhodos no lerreno segundo 0 morfologio e disponibilidode de 6guo do lerra e a suo acessibilidode desde 0 hobitat dos homens e dos onimais que Irabolhovam esso. Eslo paisogem, pela sua

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Fi~. 3 - A .... Ie!f'J de: JrrlJo"'/ C"Oncis abertos 0 CUTYO de nlvel qtle perm/rem esrender e dis.triou;r as 09uos de rego 1'10 verao, OSSlm como evito( 0 geio e a neve no jnvemo, oumentom 0 potencial de

pm:fOflHo cJ05 "'/omeiros".

proprio nalureza e inerente escola, ainda hoje apresenlo essas marcos bem visiveis.

Uma marco territorial de oulroro bastanle significativa e reve­ladora do imporloncio dos animais de trobolho e 0 localiza~oo das antigas feiros de gada, feiras estos frequentes e importanles para 0 fornecimenlo de animois dos suas regioes do recria 005

seus destinos de Irabalho. No coso do paisagem do Terra Frio Transmonlano, as mais imporlanles feiras de gado siluar-se-iam sabre a isolinho dos 900 milimelros de precipilat;:ao (figura 3) . Esle limite aponla-nos a valor acima do quol a lerrilorio possuia recursos hidricos para suportor animois que para alem do Iroba­

Iho, poderiam ainda reproduzir e olimenlor crios que seriom mois larde vendidos e levodos para Irabolho ogricola noulros ponlos do dislrilo e do Pais_ Nesse senlido, vorios oulores coincidem no imporloncia que 0 gada bovino mirondes leve como animal de trabalho em lodo a inlerior do lerrilorio nacionol que se eslendio desde esle seu solor ate ao Alenlej0 5,6. Nas silua<;oes mais fovore­cidas, como seriam as terril6rios siluodos enlre as serras do Coroo e de Monlesinho, os bovinos do ra<;o mirandesa, para olem da criac;:oo chegovom a produzir leile com bose no qual se fobricavo e oboslecio de monleiga a cidode de Brogonc;:o. A harmonia da ulilizayoo do animal com a sua poisogem era lotal, e 0 caso do Irabolho dos bovinos do roc;:o mirondesa que oqui referimos e openos um exemplo. Muitos mois examplos de rac;:os e especies poderiam desanhor lodo umo geografia zoolecnica Iradicionol Ironsmonlano de elevoda complexidade e diversidade_

A Paisagem da Terra Fria Transmontana: evolu~ao e transforma~ao

Apesor da generolizoyoo da Iroc;:oo meconica a que assisti­mos nos dias de hoje, noo devemos esquecer que foram seculos de experiencios, lentolivos e erros, do homem com os seus animais de Irobolho que deram forma e funyoo a muilas dos poisagens que hoje opreciomos e valorizamos como nosse palrimonio iden­fila rio. Foi desta forma, a cusla de Iroyoo animo I que a homem

A Castro, Jose. "'E$'ruch./fa y diflom;co de lo~ etf?men/o.s y relictJJo$ orb6reos eo el paisoje ruml Icodicionol (TroS<ls.Monl@s, POrTugal): (2004). S Tobordo. V"9,11O. AI~c TrOS<ls-Monles. estuda geogrdlico. ImprenUJ do Unwersrdod" de Coi",btO. (2011), 6 Souso, fernando RUNo de, ond [uc,ano Sanch .. z Garcio. 'Mirande,a .• (2009) . 7 http://www.ruro!porlugo!.ics.ul.pl/r8cursos/ •• ol.slko!

monleve ao longo dos tempos, a suo poisogem mois produfivo, m suos horlas e linhares, as suas lerras de olqueive, vinhas, soulos e ol;vois, areas de molos e matas, 0 monte, enlre muilos oulros

espoc;:os que compoe oindo hoje a nosso paisogem rural.

Um elemenlo voliose para 0 esludo e compreensoo do impor­loneio da Irac;:ao animal sao sem duvido, as eslotlslicos agrfcolas exislenles e publicodos 00 longo do seculo passodo. Eras revelom a dimensao mas lombem a evolut;:ao desto focela no atividode agricola nos ultimos selenlo onos.

Dalom de 19.43 os primeiros dodos nos quais e possivel dis­!inguir os custos diferenciados para junlos de bois, de vacos, de jumentos e de mulos, discriminados pelo lipo de Irobalho reali­zodo - Iovouro, semenleiro, debulha e correlo - e desdobrados ainda, lodos esles quontilolivos, segundo eSlejo incluida ou noo o suo olimentoc;:oo 7. Trolo-se de dodos par dislTilo e obtidos onll­almenle, 0 que alendando (, epoca a que se referem, resultoriom certamente do urn esforyo grande para a suo obten<;:60, compilo­t;:ao e publicoc;:oo (figura 5).

Estes dodos revelom que entre 1943 e 1952, no dislrilo de Brogan<;:a e para 0 Irobolho de lovouro de umo junla de bois sem alimenlo<;:60, a suo coloc;oo duplicou. Esles aumenlos, opesor de noo terem sido 100 significotivos para as reslanles animois e ope­ro<;:oes, forom generalizodos, indicondo uma procura acrescido por esle falor de produ<;:oo, essenciol para a incremenlo do area

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IQ'O . . 18.6 78 II 70,5 8',0 73,0 72,6 T!,O '1&,5 43,11 . u,o '0.0 .s.o 40.0 8B,& 63,5 ~".O 1~. . 18,0 78.0 70'(, 85,5 74.0 7a,S ?3,1! 7U 46.11 .'.0 M>.O 411.11 6Vi 11M 01>.0 1)9.6 lUl, , . 8Z,6 au .. 110.0 87.5 8~,6 .. .r,o ",<I ".0 ,. U,' eo,s 110,6 .. 11.0 lflS2 , au au .. 87.11 70,0 " 112,0 .. 81.5 . U,O 111.& 10,0 1i8..0 69,6 n.1I 68.0 a.~

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e produ~oo ogricolo. Segunda as mesmos eslotlsticas, em 1943 e a nivel nocionol, 0 numero de ap61ices de seguro conslitufdas para Irotores noD chegorio 00 meio milhor enquonlo a efetivo bovino, s6 este, ultropossoriam os 750 000 cobe~os! Passados dez onos, em 1952, 0 dislrilo de Brogon<;:o registovo apenos 14 m6quinos e olfoios ogricolos enquonto 0 efetivo onimol de Irac;oo se siluovo em mois 67 000 cabec;:os, mois de metode consliluldo par bovinos, um ter~o por asininos, sendo 0 efetivo equino e muor mais reduzido, eom poueo mais de 10 000 cobec;:os.

Enlre 1952 & 1962. 0 numero de trotores no distrilo de Bra­gonc;a leve um oumento espetaculor, multiplicondo por vlnte 0

seu quantilativo, cifrondo-se em 340. A imporloncio ocrescido do Iroc;oo meeanico, oiode que espetaculor, noo teria umo expres-500 generalizodo, nem quolquer inAuencio sobre a poisogem, 101

como e posslvel ovolior por fotogro~o oere08. Os processos de

obondono de lerras e simplifica~oo dos parcelas que soo passf­veis de discernir teroo sido sobretudo consequencio de processos migrolorios relocionodos com din6micos de industrializo~Cio nos

8 Coslro, J Ol e . "E$ltutlwQ y dinomrca de los efemenros y reticu/o5 arborcos ct) cI pOI:!iOJC ( LifO'

trodicionol (TrOs-os-Monte~ Porlvgolj . . (2004 ). 9 Y;Ww ine.pl 10 www.ne .pl

I I Sol. Antoo,o Go,.,.%, ond Jo,e Monu.1 d. M'9"d ·O"."idod y luncoO'loi,dod d. 10' 1f2" oles ogro"o, tradjC,onol., • to dN~IS,dod b,oi6g,ro de Espaila P' .n/ice Holt 2002.

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principais cidodes do litorol, bem como da retirodo e sujeis:oo 00

regime florestol do moior porte do espas:o comunitorio no terra frio Iransmonlono.

Entre 1968 e 1979, 0 numero de Irolores no distrito de Bro­gons:a volta a multiplicor-se, deslo feilo sete vezes, 0 que otesto bem 0 processo de meconizo<;oo ocelerada a que esteve sujeito esla regioo. Mais recentemente, segundo os ultimos censos dispo­niveis (2009), 0 numero de trolores no dislrito cifrovo-se em 14 856, lendo aumenlodo 00 ritmo oproximodo de 4 100 vekulos nos duos decadas anteriores. A tilulo indicaliva refira-se que pora o mesmo perfodo, 0 efetivo bovina decoiu em cereD de 5 000 animois por decada, cifrondo-se em 27488 animois, eo superfi. cie agricola ulil decaiu iguolmente cereD de 50000 hectares por decodo, cifrando-se em 218 613 heclores9 .

o extroordinorio oumento do meeaniz0900 no distrilo e oindo passivel de ovalior pelo discriminac;oo de dodos: em 1952, 14 maquinas indiferenciodos a par do eoloc;oo do tra<;oo onimol dis­criminada para coda especie, Irobalho e olimenl0900; em ape­nos 35 anos, em 1989, 6 604 Irotores diferenciodos pelo sua potencio e combustivel, entre muilo outra maquinaria, a par do indico<;:ao do efelivo sem quolquer outro referenda a sua func;Cio que noD sejo a produc;:oo de corne e leile 'o.

Aluolmente, emboro residual e sem referencio nas aluais eslo­tisticas ogrfcolos, a Iros:ao animol oindo e, poro certas operoc;oes,

L~~ .. . . .. _ ...Tr'!'-??'!'!i"!'!! l ~ culturos e lugores, a uoico Opt;OO no contexto flsico e socioecono- U M ANO MAl S DO QUE !

mico (figura 5). A especializo<;oo e escolo dos monoculturos impli­carom 0 meconizo<;oo desso otividode mas deixou oindo que em muitos oulros culturas de auloobaslec.imenlo, como por exemplo a batota, as operoc;:oes com recurso a trot;oo animal seiom uma

reolidode inconlorn6vel.

A Paisagem pela tra~ao animal, desafios e opar­tunidades

As nossos paisogens mais Iradicionois e conservodos olro­vessom tempos de grande incertezo relolivamenle 0 suo suslen­

tobilidade. A suo descorocleriz0900 e hoje ameac;odo par v6rias circunslancias. A mecanizac;:oo focil e ocessivel mediante uma subsidiarizacoo artificial e insensato conduzir6, no longo prazo, 00 abondo~a dos porcelos conjunturolmente "menos produlivos" e a intensificac;:oo e exouslao dos porcelas, iguolmente apenas "mois produlivos" canjunturalmente. A simplificoc;:ao dos seus

processos de funcionamento traduzir-se-a, no longo prozo, numa reduc;:oo do sua diversidade bial6gico e cultural II. Par um lodo,

o diversidode bial6gico ver-se-ia ofelodo pelo reduc;:oo drastica do interface enlre as sistemas e porcelas ogricolos, e os espo­c;:os nolurais e seminalurois dos matos, moles e monle. Por oulro lodo, a opc;:ao par ume monocultura conjunlurolmente mois ren-16vel implico quose sempre a abdicar do sober, dos elementos e dos estruluros nos quais se opoiavom as complexos inler-reloc;:oes enlre as diversos culturos, e eolre estos e 0 seu meio ambiente.

A trayaO animol, recuperodo sobre boses cientfficas e com tEknicos otuoJizadas, permitiria susler e recuperor oqueles espo­c;:os do nosso paisogem que possuindo um elevodo potencial, forom sendo inviabilizodos pela subsidiorizo<;oo de umo !rac;oo meconico irracionol de elevada palencia e elevodo consumo energetico. Impodo no entonto que a viobilizo~oo do Ir0900 oni­mol noo se concretize de forma arli/icial lambem, mas antes que saibo evoluir de forma suslentodo e assim, duradouro no lempo. Para tal ontevemos dois grandes desafios: a educoc;:oo do sode­dade e a pressCio dos inleresses dos energios renovaveis.

A urbaniza~ao acelerodo do nossa sociedode, para olem do seu afastamento do natureza, vern-se traduzindo, entre oulros reolidades. lambem numa reloc;:ao diferenle do individuo com 0

animal, nomeadomente de companhio, reolidade esto muilo a/as­lada doquelo que ero 00 tempo em que esse animal era compo­nente util e indispens6vel 0 vivencio do meio rural. H6 ossim que esclorecer e educor sabre a verdadeira origem, evoJuC;ao e sele­<;00, de muito dos animalS dilos ogara "de companhia" au "de recreio" pora ossim entender que 0 trabolho par eles reolizodo e a suo rozoo de existencia, tal como a sobrevivendo do suo ro<;a de iS50 dependerci. Sem 101, permaneceroo os mol-entendidos sobre a trobolho de Ir0900 aoimal realizodo por equin~s, muores, asininos e bovinos.

Par outro lodo, os poderes inslitucionolizodos vern resistindo a considerar a tro<;:oo animal como componente importonle do quadro que e a diversificoC;oo dos olternotivos e sustent6veis as energias fosseis 12. Eslomos convictos que tal resistencio noo sera possivel par muito mois tempo mos a sua anlecipac;:oo sero sempre tempo gonha no odoptoc;oo a uma sociedade mois equilibrodo com as suos disponibilidodes energelices Com tal gonhoremos lodos, e sobre tudo a nosso paisogem, ossim seia enleodido como ume das nossos maiores riquezos que e, au seia, nosso proprio idenlidade.

POSITIVO! por Jooo Rodrigues"

fjg.l- Trohalho com lro~oo animol em ombjen'e /IoreooJ duran'e 0 workshop rea/izodo em S,n/ro.

D epois de um primeiro ano muito interessante, 00 seu segundo 000 de actividade a Associo<;oo Portuguesa de Trac<;oo Animal (APTRAN) tern vindo 0 desenvolver

umo serie de actividodes de coracler educativo. hknico e cientl­fico, cuio principal objectivo lem sida a divulgoc;:oo e 0 valoriza­coo de novas formos de utilizoc;oo do Irocc;oo animal nos mais diversos 6mbilos. numo perspectivo maderna e actual, incorpo­rondo e odoplando novas conhecimentos.

De salientar, a organizo90o coniunla enlre a APTRAN. a Ordem dos Medicos Veterinarios, a Parques de Sintra e a eM

lisboo do evento Treccco Animol no Seculo XXI : Impodo Ecola­gico, Econamrco e Socr~l, que decorreu no possado mes de Junho entre lisboa e Sintro, onde orodores naciorlois e internacionois abordoram a utilizocoo do troccoo animal moderna lonlo em meia urbano como n~ gestao Ao;eslol de uma forma muilo claro e sempre lendo como bose bans exemplos que coda vez mais flo­rescem em loda 0 Europa (figura 1). 0 workshop pr6/ico inserido nesto adividade permitiu oos parliciponles um conloclo real com

• Pr~"de<lle do A"ocio¢o Porrugue,o de Troc¢<. Ammal /APTRAN)

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