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Apresentaçao do balanço sobre os 3 anos de actividade da Loja Ond@Jovem da Quinta do Conde.

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Page 1: Ond@Jovem Retrospectiva

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Ficha Técnica:Investigação: Paulo PiresRevisão de texto: Pedro CoelhoFotografia: Banco de imagens AnimeDesign gráfico: Fernando PintoTécnicos da Loja: Ana Ribeiro e António Martins Apoio: Câmara Municipal de Sesimbra - Sector da JuventudeISBN: 978-989-96098-6-0

ÍndiceÍndiceI. EnquadramentoI. Enquadramento

II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico

III. MemóriasIII. Memórias

IntroduçãoJuventude: um conceito em mutaçãoIntervenção psicopedagógica em espaços de juventudeUma população em rejuvenescimentoO conceito da Loja Ond@JovemObjetivos da Loja Ond@JovemLocalização

Objetivo do EstudoMetodologiaAmostraPerfil dos jovens frequentadores dos espaçosMotivaçõesEstar informado é uma condição entre paresPró-atividade procura-seCom o que se preocupam os jovensComo desenvolver as abordagens informaisInteragir com os técnicos de juventudeReflexõesProtagonismo juvenilEducação para os valoresCultura de trabalho

Aventura & Natureza (gráficos & galeria)Workshops (gráficos & galeria)Performances (gráficos & galeria)Artes (gráficos & galeria)ColaboradoresFactos & DadosFrequênciasN.º de utilizações por nacionalidadesO que pensas desta Loja?Participações no Ond@Palco em 2008, 2009 e 2010

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28IV. Referências Bibliográficas

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No contexto das sociedades contemporâneas, a juventude tem vindo a ganhar crescentes foros de cidadania, graças à afirmação de

uma cultura que cada vez mais se diferencia e autonomiza da cultura oficial ou da cultura de dominância social. A juventude não é um segmento que se limita a reprodu-zir os modelos herdados de uma geração anterior, assume antes um papel de transformação social em numerosos domínios.

É absolutamente crucial aproximar os jovens das instituições, e vice-versa, sob pena de estarmos a cavar um fosso sóciomoral que, mais tarde, poderá

ser responsável por um acentuado “défice democrático juvenil”. O ensino de hoje não pode ficar apenas confinado à escola, independentemente da sua excelência científica, a partilha de valores e princípios, nomeadamente cívicos e democráticos, também opera a outro nível menos formal e menos institucional: família, associativismo, grupos infor-mais, círculos de reflexão, etc. Com efeito, é sobretudo em cenários de educação não formal e informal que os jovens desenvolvem e consolidam os traços da sua personali-dade.

Os jovens constituem uma das vanguardas do progresso socioeconómico, político e cultural, pelo que é preciso incentivar a sua contribui-

ção intelectual, estimulando um grau de inovação. Sendo que na Freguesia da Quinta do Conde, dado a sua demo-grafia maioritáriamente jovem, não só é imperativo investir, como desenvolvem este grande potencial.

Introdução

I. EnquadramentoI. Enquadramento

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Juventude: um conceito em mutação

A juventude não é um conceito universal e imutá-vel, com significados equivalentes em todas as culturas e épocas. É antes uma construção histó-

rica que corresponde a diferentes concepções em momen-tos distintos de acordo com o contexto político, social, cul-tural e económico. No século XIX, a juventude enquanto conceito, praticamente não existia, na medida em que o passo da infância à idade adulta era quase imediato. Com a consolidação das sociedades industriais o próprio conceito de juventude ganha peso e corpo, é então entendido como uma mera etapa de transição para a vida adulta. A globa-lização e a modernização têm determinado o desenvolvi-mento de novas subjetividades na condição juvenil, parti-cularmente visíveis na ampliação dos seus “limites”, tanto no sentido ascendente como descendente. Por outro lado, a condição juvenil, para além de se dilatar, diversificou-se bastante. Há muitas, e cada vez mais, maneiras de se ser “jovem”, ainda que se possam reconhecer traços comuns, tanto no plano social como no plano simbólico, nessa fase do ciclo de vida (Ferreira, 2006). Torna-se assim hoje sim-plista, irreal e incompleta a consideração da juventude apenas como uma etapa de transição. A nova condição juvenil define-se como uma etapa da vida que tem sentido em si mesma, e que, portanto, se deve viver na plenitude.

A incorporação na “sociedade adulta” não é homogénea. É um processo descontínuo, reversível, incerto, condicionado pela escassa relação entre os estudos e o emprego, pela precariedade laboral dos jovens, pela dificuldade em obter habitação própria, etc.

Desta forma, não se concebe um enquadramento nor-mativo. A juventude é uma conceção, representação ou criação simbólica, fabricada pelos grupos sociais ou pelos próprios indivíduos tidos como jovens, para significar uma série de comportamentos e atitudes a ela atribuídos. Não se trata apenas de limites etários pretensamente naturais e objetivos, mas também, e principalmente, de represen-tações simbólicas e situações sociais com as suas próprias formas e conteúdos, que têm uma influência importante nas sociedades modernas.

Pode-se afirmar que as diversas teorias sociológicas a respeito da juventude se agrupam em duas principais cor-rentes:

i) a corrente geracional, que concebe a juventude como um ciclo/etapa cronológica de passagem para a vida adulta, e que reforça a noção de unidade da condição juvenil;

ii) a corrente classista, que reconhece as diferenças decorrentes dos fatores sociais, económicos, étnicos e de género, que resultam na perspetiva da juventude como um

I. EnquadramentoI. Enquadramento

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Uma população em rejuvenescimento

Intervenção psicopedagógicaem espaços de juventude

É neste contexto que as autarquias e instituições públicas desenvolvem diversos projetos de apoio aos tempos livres e iniciativas dos jovens, nomea-

damente através da criação de espaços de encontro e de serviços destinados à juventude. Estes espaços, de uma forma ou outra, são espaços que promovem o encontro dos jovens, que disponibilizam serviços de caráter mais ou menos pedagógico e lúdico, e são muitas vezes pensados sem ter em conta as reais necessidades e interesses das cul-turas juvenis a eles associados, e principalmente não tendo em conta que a juventude é um espaço de mudança per-manente e de paradoxos constantes. Como tal, os conceitos e as ações a desenvolver nestes espaços devem estar inti-mamente ligados ao devir das necessidades em mutação das várias “culturas juvenis” e fundamentadas em estudos sobre as populações alvo.

“Quando olhamos para os seus traços comuns, as culturas juvenis são, na sua essência,

culturas de lazer, por questões de ordem prática e ideológica; de ordem prática porque a afirmação dos jovens não pode deixar de se fazer sentir num domínio - o do lazer, onde a participação juvenil parece ser geracionalmente mais integrativa. Por motivos de ordem ideológica, porque nas representações comuns, designadamente ao nível dos mass media, o mito da juventude homogénea é principalmente alimentado pelos fenómenos que no domínio do lazer, como a música, mais parecem aproximar os jovens.”

(Pais, 1993).

I. EnquadramentoI. Enquadramento

A leitura que emerge dos dados disponíveis, cedi-dos pela Câmara Municipal de Sesimbra, permi-tem-nos reter alguns aspetos tendo em atenção o

Concelho, em particular a Freguesia da Quinta do Conde.De acordo com as projeções de crescimento da popula-

ção, em 2011 os indivíduos entre os 10 e os 30 anos irão representar 30% da população do concelho. No entanto na Freguesia da Quinta do Conde o número poderá atingir os 33,5%.

É também nesta Freguesia que os fatores associados a potenciais aumentos da natalidade e das migrações de população mais jovem travam o processo generalizado de envelhecimento global da população residente.

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�I. EnquadramentoI. Enquadramento

O conceito da Loja Ond@Jovem

É um espaço dedicado à Juventude, bastante dinâ-mica e multifuncional. Nela podemos encontrar serviços de atendimento personalizados nas mais

variadas áreas: futuro profissional, carreira escolar, adoles-cência, sexualidade e muitas outras.

É um espaço onde se pode conviver, divertir, des-frutando das multiatividades que oferece tais como: Música, Filmes, Jogos, atividades de Ciên-

cia, Astronomia, Aventura, Performances e Formação. Neste espaço pode-se ainda usufruir de Internet e de um espaço de exposição temporário, onde vários artistas podem expor os seus trabalhos.

Um espaço sempre em constante mudança como uma verdadeira Ond@, vocacionado para o valor e para o encon-tro entre os jovens.

Este espaço visa cumprir quatro funções distintas:

Função preventiva que possibilita a implementação de programas de combate à exclusão social, de promoção e preservação da saúde juvenil.

Função educativa, consideradas as necessidades de apoiar a família, as escolas e as associações a desenvolver os seus projetos de formação juvenil.

Função participativa, tendo em consideração a neces-sidade da prática efetiva de um relacionamento com pes-soas e grupos para a construção de quadros de referência conceptual e alargamento dos domínios do pensamento, de acordo com os princípios de uma sociedade democrá-tica e com os valores de uma cidadania ativa e responsável, através do exercício concreto de competências que promo-vam a ligação do mundo juvenil às realidades de natureza cívica a nível local, nacional e internacional, promoção do associativismo juvenil, etc.

Função criativa / expressiva que criará condições para o desenvolvimento de projetos juvenis em áreas importan-tes para a sua formação, como a arte em geral, o desporto, a ocupação de tempos livres, a educação e o ambiente, tanto ao nível da criação como ao nível da fruição.

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Objetivos da Loja Ond@Jovem

Através da realização destas funções podemos dizer que a Loja Ond@Jovem tem os seguintes objetivos:

Despertar nos jovens o gosto pela aquisição de novos saberes, tendo em vista o seu desenvolvimento e realização pessoal;

Direcionar a disponibilidade dos jovens para uma ocupa-ção útil dos seus tempos livres, motivando-os para a aqui-sição de novos conhecimentos;

Potenciar futuras atividades relacionadas com as novas tecnologias e com a investigação científica;

Contribuir para o processo de educação não formal dos jovens;

Incentivar a criação artística e a cativação de novos públi-cos e audiências.

Possibilitar o encontro e o convívio entre jovens.

Localização

I. EnquadramentoI. Enquadramento

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Investigação e Intervenção Psicopedagógica em populações juvenis

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Objetivo do Estudo

Neste estudo de caso pretendeu-se conhecer e perceber que tipo de população frequenta este espaço, permitindo identificar o perfil

deste público. O modelo de análise deste projeto teve como finalidade potencializar o desenho de uma interven-ção psicopedagógica em função das realidades presentes e futuras de um determinado agregado populacional juve-nil em ações de educação não formais nos tempos livres, nomeadamente nos espaços frequentados por jovens.

Assentou na análise dos resultados obtidos da aplicação direta de um questionário semi-estruturado.

Metodologia

Amostra

Com idades compreendidas entre os 6 e os 30 anos, fre-quentadores da Loja Ond@Jovem da Quinta do Conde sita no Concelho de Sesimbra. O método de seleção da amostra foi aleatório e teve como variável instrumental a Loja Ond@Jovem. Os questionários foram preenchidos durante o mês junho e julho de 2008.

67,4% 32,6%m

asculin

os

femin

ino

s

II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico

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Os dados indicam-nos que, em primeiro lugar, os jovens procuram estes espaços para conviver. A Internet é o segundo aspeto que os leva a

estes espaços, seguida dos jogos de consola e computa-dor, sendo que esta última motivação é mais notada na população do sexo masculino. As atividades desenvolvi-das nas lojas são outra das motivações, ainda que não seja muito significativa. Os trabalhos escolares, por sua vez, não são uma motivação partilhada por um grande número de jovens para a frequência destes espaços.

Frequentadores assíduos com mais de dois dias por semana, com idade compreendida entre os 13 e os 16 anos, maioritariamente do sexo masculino, fortemente motivados para o convívio e para a utilização das TIC, essencialmente por motivos de comunicação.

Do estudo efetuado pode-se concluir que os jovens que frequentam estes espaços de juventude o fazem com alguma regularidade, sendo que os que indicam fazê-lo todos os dias ou aos fins de semana são 65% do total da amostra. De realçar ainda que um grupo substancial fre-quenta para situações pontuais como espetáculos, ativida-des ou exposições (18%), e neste grupo os elementos do sexo feminino são maioritários. Outro aspeto a reter reside no facto de serem os rapazes que mais procuram estes espaços, com 67% do total da amostra.

Perfil dos jovens frequentadores dos espaços

II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico

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O convívio entre pares é a moti-vação mais

evidenciada, seguido da utilização da internet e do uso dos vídeo jogos. De salientar a fraca motivação apresentada para o desenvolvimento dos trabalhos escolares nestes espaços, ou seja, estes espaços estão asso-ciados às suas relações de liberdade de escolha e de informalidade.

II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico

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13II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico

Os j o v e n s d i z e m - s e informados

sobre o que se passa na Loja Ond@Jovem. Na sua grande maioria afirmam que essa informação lhes chega através dos amigos. As agendas e a informação dos técnicos da Loja têm uma expres-sividade menor.

Não demonstram grande apetência para a consulta de agendas ou de outros meios de informação escrita. No entanto, é de salientar o papel dos técnicos, nomeadamente junto das camadas mais novas que frequentam estes espaços.

Estar informado é uma condição entre pares

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Pró-atividade procura-se

Os jovens demonstram ter uma pró-ati-vidade reduzida. A grande maioria dos que procuram e frequentam este

espaço fazem-no para desenvolver as mesmas ati-vidades, não procurando por si próprios fazer coisas diferentes. Ainda assim, são os elementos do sexo feminino que mais contrariam esta tendência, ou seja, que mais pró-atividade evidenciam.

A participação dos jovens incide maioritariamente dentro daquilo que cada um elege como sendo aquilo que mais gosta de fazer, sendo pequena a tendência de procurar novas atividades. Por outro lado, talvez exista uma diferença significativa entre a intenção de fazer coisas novas e a sua prática, como se pretendesse dar uma imagem de motivação e interesse em fazer, mas que, na realidade, nunca ou quase nunca seja realmente feita.

II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico

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Com o que se preocupam os jovens

No que se refere às temáti-cas e assuntos sobre os quais os jovens maior

interesse demonstram, surgem o desporto e a música como primeiras escolhas. Praticar desporto deixou de residir apenas em fatores como o bem-estar ou a boa forma. As principais motivações são a «diversão, expressão e procura de adrenalina».

A adolescência e o futuro profissional são também aspetos importantes, ou seja o momento atual em que vivem e o seu horizonte futuro estão na mira dos interesses quotidianos dos jovens alvo deste estudo.

II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico

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Neste tipo de contexto particular que são as lojas dedicadas

aos jovens, eles demonstram ter maior apetência para aborda-gens práticas com periodicidade semanal e efetuadas de forma coletiva, o que pode evidenciar uma boa identificação com estes espaços e o desejo de uma maior interatividade de cada um com os seus pares.

Como desenvolver as abordagens informais

II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico

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Interagir com os técnicos de juventude

Neste estudo, os jovens evidenciam ter uma relação muito boa ou boa com os técnicos destes espaços, nomeada-

mente os pertencentes às faixas etárias mais novas, o que pode facultar uma melhor intervenção junto deste público, possibilitando o desenho estratégico de intervenções ao longo das várias etapas de desenvolvimento juvenil. Por outro lado, aumenta a responsabilidade dos recursos humanos especia-lizados, informados e com a formação adequada para desenvolver esse trabalho de confiança.

Os resultados da pesquisa, ao ilustrarem o poten-cial de autonomia protagonizado pelas culturas juvenis, devem ser tidos em conta como base para a elaboração de políticas públicas que, no entanto, longe de potenciar essa mesma autonomia, criam por vezes uma tutela social sobre esses espaços.

II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico

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Para desenhar um modelo de intervenção psico-pedagógica em espaços de juventude, tendo por base que se tratam de espaços não formais

e informais, parece que em primeiro lugar devem ser tidos em conta os seguintes aspetos:

a) Conhecer os jovens, saber quem são e o que andam a fazer;

b) Respeitar e valorizar as suas ações e os seus parado-xos;

c) Entrar em contacto com o seu “íntimo”, com as suas ambições, de forma a conhecer parte da sua existência;

d) Procurar contribuir para a criação de um processo iden-titário, consubstanciado no reforço dos valores da família e da comunidade.

Nesta perspetiva, apontam-se dois pontos de reflexão que deverão estar na base de todo o planeamento e inter-venção psicopedagógica interdisciplinar em espaços de juventude.

Em primeiro lugar, questionar por completo o tradicional conceito da adolescência. Perceber que muitas ideias sobre este período são baseadas em observações de técnicos nos seus gabinetes, em presença de jovens que os procuram porque estão perturbados (ou porque pais e professores assim o entendem). Quando entrevistamos os jovens no seu ambiente natural, depressa constatamos que a grande

maioria se entende bem com pais e irmãos, gosta da escola e respeita os professores, não está dependente de drogas nem de álcool nem usa a violência por sistema. A preocupa-ção em tratar os adolescentes perturbados teve ainda como consequência o abandono de uma abordagem global da questão: na ânsia de compreendermos uma minoria, aban-donámos a tentativa de compreensão de todos.

Devemos de igual modo, contestar a ideia de que a ado-lescência é uma etapa de transição entre a infância e a idade adulta. Talvez seja mais difícil ultrapassar este ponto de vista, mas parece ser fundamental. Quando definimos como sendo uma transição o período que se inicia na puberdade e termina com a formação da personalidade, estamos desde logo a desresponsabilizar os adolescentes. Se quem quer assumir compromissos for classificado, a todo o momento, como irreverente, irresponsável, na idade da mudança, ou sem capacidade para tomar decisões pelo facto de ainda não ser adulto, como poderá fazê-lo? O que é comum a todos os adolescentes são as alterações bioló-gicas da puberdade e o crescimento físico que daí resulta; a dimensão psicossocial depende das características de cada um, é verdade, mas é sobretudo determinada pelo modo como os adultos consideram este período.

Reflexões

II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico

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Do nosso ponto de vista, a noção tão divulgada de que a adolescência é uma espécie de transporte de ligação entre o ponto de par-

tida, que é o “mundo maravilhoso” das crianças, e o “porto definitivo” da vida adulta, apenas serve para adiar a reso-lução do problema, para que “passe com a idade” sem que tenhamos muito a ver com isso. Contestemos, pois, esta ideia da adolescência como um autocarro que transporta os jovens desde crianças até à idade adulta, um transporte onde poderão fazer todos os disparates só porque estão na “idade difícil” e no qual os mais velhos precisam de aguen-tar a “viagem”. Precisamos de desenvolver um novo con-ceito que considere os adolescentes como jovens adultos que, embora inexperientes, são capazes de tomar decisões sobre muitos assuntos (sobretudo acerca dos que lhes dizem respeito) e de assumir as consequências das suas ações.

O objetivo dos espaços de juventude é construir com os jovens espaços e condições para que eles possam desen-volver plenamente os seus potenciais como pessoas, cida-dãos e futuros profissionais com base no que deve ser feito, e não no que deve ser evitado.

Propõe-se assim um desenho interdisciplinar que tenha por base um modelo que se baseie em competências.

II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico II. Estudo EmpíricoII. Estudo Empírico

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Aventura & Natureza

Neste âmbito incluímos as atividades radicais, tais como escalada e verticais, passeios pedestres que podem ter vários objetivos subjacentes, como por exemplo: a limpeza das matas; observação, identificação e recolha de dados relacionados com a biodiversidade; o exercício físico; o convívio e educação ambiental, astronomia, entre outros.

III. Memórias

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Workshops

Neste espaço os jovens desenvolvem competências, ouvindo, fazendo e partilhando novos saberes.

III. Memórias

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Performances

A Art Performance ou Performance Artistica é uma moda-lidade de manifestação artistica interdisciplinar que pode combinar teatro, música, dança, magia, moda, artes circen-ces, entre outras.

Aqui os jovens têm a possibilidade de se expressarem e de executarem os seus trabalhos de forma a mostrarem publicamente os seus saberes e aptidões.

III. Memórias

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Artes

Espaço dedicado a novos talentos em exposições de pintura, escultura, fotografia e mostras associativas.

III. Memórias

PARTICIPAÇÕES NAS EXPOSIÇÕES

Fátima ParaizoMaria do Céu DiasIdalina Ferreira BarrosFernando PintoAna Patrícia ReisIsabel Maria Barra SantosCarina ArsénioAna Maria GodinhoAlice e Ana MariaMaria do Carmo BernardoCarina Esteves

Peter PetersonCristina Ramalho e Mª Adelaide FonsecaVera CorreiaTânia Raquel Trindade da SilvaEduardo PatarrãoAna Teresa CanasDiamantino RibeiroAnabela Pombinho e SandraJoão Marco OliveiraJosé dos Santos DiasConceição Marcos

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ANIME - Projecto de Animação e FormaçãoAssociação de Escoteiros de Portugal - Grupo 232Centro Comunitário da Quinta do CondeCercizimbraEcos d’Art - Associação CulturalELEVA-TE - Associação Cívico-CulturalEscola 2,3+S Michel GiacomettiFASCP - Fundo de Apoio Social de Cabo-Verdianos em PortugalGRES Batuque do CondeGRES Bota no RegoGrupo de Jovens da Igreja Evangélica - Assembleia de DeusIgreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos DiasIPJ - Instituto Português da JuventudeMG BOOS - Associação Desportiva, Cultural e Social da Quinta do CondeNECA - Nucleo de Espeleologia da Costa AzulPIPA - Projecto de Inclusão Pela ArteSurf Clube de Sesimbra

ORGANIZAÇÕES ENVOLVIDAS

Colaboradores

III. Memórias

Daiane Apolinário - E.S.E. - Escola Superior de Educação de Setúbal - Curso de Animação Sociocultural José Vitor - Escola 2,3+s Michel Giacometti - Curso de Marketing e Publicidade

ESTÁGIOS

André GarçãoAndreia RodriguesCatarina MendesJessica FigueiredoMaria JoãoMarisa Vemba

VOLUNTÁRIOS PROGRAMA OTL - IPJ

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Factos & Dados

III. Memórias

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Factos & Dados

III. Memórias

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Ferreira, V. (2006) A condição Juvenil Portuguesa na Viragem do Milénio, IPJ

Sprinthall, N. A. (2003) Psicologia do Adolescente - Lisboa: Fundação Calouste

GulbenkianPais, J. M. (1987) Uso do Tempo e Espaços de Lazer, Colecção Juventude Portuguesa: Situações. Problemas e Aspirações, n.º 5, ICS / IPJ

Pais, J.M. (1993) Culturas Juvenis - Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda

Ribeiro, A. (1988), Brincar, Sonhar e Criar: Para uma psicopedagogia da Criatividade - Porto: FPCE-UP

Almeida, E.M. (1989), Valor Educativo dos Tempos livres. M.E.S.S – Direcção Geral da Família

Sampaio, Daniel (2007), Lavrar o Mar - Editorial Caminho

Câmara Municipal de Sesimbra – “Carta Educativa do Concelho de Sesimbra”

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Onde nos pode contactar?

www.animepaf.orge-mail: [email protected].: +351 210809669 tlm.: +351 962517700fax: +351 210874655Mercado Jovem - Mercado Municipal da Quinta do CondeHorário de funcionamento: de 3.ª feira a sábado, das 10h00 às 13h00. telef.: +351 211818093Pode contribuir para o desenvolvimento deste projeto, dando o seu donativo para o NIB: 0035 0141 00091516930 95