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Terapia Cognitivo Comportamental TCC

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  • Terapia Cognitivo ComportamentalTCC

  • A TCC integra tcnicas e conceitos vindos de duas principais abordagens psicolgicas:COGNITIVACOMPORTAMENTAL

  • TERAPIA COMPORTAMENTALA terapia comportamental tem como base as teorias e princpios da aprendizagem que se desenvolveram a partir do incio do sculo XX, apoiando-se principalmente nos conceitos de:condicionamento clssico (Pavlov),condicionamento operante (Skinner) e,aprendizagem social (Bandura).

  • TERAPIA COGNITIVASistema de terapia cujo princpio bsico de que as cognies (pensamentos, crenas, interpretaes) de um indivduo frente a situaes influenciam suas emoes e comportamentos. O terapeuta atua sobre as cognies, a fim de alterar as emoes e comportamentos que as acompanham. Proposta inicialmente por Aaron T. Beck (1976) que observou a existncia de trs principais reas de distoro cognitiva na depresso (trade cognitiva): Viso negativa de si mesmo,Viso negativa do ambiente de vida e Viso negativa para o futuro.Beck props o uso de estratgias para corrigir tais distores, que se revelaram efetivas. Posteriormente a terapia cognitiva foi estendida para diversos outros transtornos.

  • Os modelos principais de disfuno no processamento de informaes so baseados em:Pensamentos automticos - so cognies que aparecem rapidamente em uma determinada situao e no esto sujeitos anlise racional, relacionados, geralmente, com base em uma lgica defeituosa (erros cognitivos);Crenas centrais (incorporadas aos esquemas) - incluem as regras bsicas para a seleo e codificao da informao no ambiente.Estas construes organizacionais so desenvolvidas atravs da experincia da infncia e influncias posteriores.As distores cognitivas resultam em comportamentos desajustados e que causam sofrimento psiquico.

  • CRENAS CENTRAISEm nossa experincia de vida, desde a infncia, possvel desenvolver idias negativas, distorcidas da realidade, equivocadas pela percepo que temos sobre os eventos da vida. Tais ideias se enraizam em nossa mente e so incorporadas como verdades absolutas e geram sofrimento psicolgico ao longo dos anos da idade adulta. Essas idias so chamadas, na Terapia Cognitiva, de crenas centrais. As crenas centrais podem ser: DESAMPARO - a pessoa tem uma certeza (irracional/inconsciente) de que incompetente e sempre ser um fracassado.Ex de PA: Sou inadequado, ineficiente, incompetente; Sou fraco e descontrolado; Eu no consigo mudar; Eu no tenho atitude; Sou uma vtima; Sou vulnervel, inferior, um fracasso, um perdedor; No sou igual aos outros.DESAMOR - a pessoa tem a certeza (irracional/inconsciente) de que ser rejeitada.Ex de PA: Sou diferente, indesejvel, feio, montono, no tenho nada a oferecer; No sou amado, querido, sou negligenciado; Sempre serei rejeitado, abandonado, sempre estarei sozinho; Sou diferente, imperfeito, no sou bom o suficiente para ser amado.DESVALOR - a pessoa acredita ser inaceitvel e sem importncia alguma.Ex de PA: Sou inaceitvel; Sou mau, louco, derrotado; Sou um nada, um lixo. Sou cruel, perigoso, maligno; No tenho valor, e no mereo viver.

  • Essas crenas podem ser:Em relao a si mesmo: citado acimaEm relao aos outros: Os outros so categorizados de maneira inflexvel. So vistos como desprezveis, frios, prejudiciais, ameaadores e manipuladores.Tambm possvel desenvolver uma crena positiva em relao aos outros e em detrimento a si mesmo: as pessoas so superiores, muito eficientes, amveis e teis (diferente de si mesmo)Em relao ao mundo: o mundo injusto, hostil, imprevisvel, incontrolvel, perigoso.As crenas centrais so contedos dos esquemas cognitivos mal adaptativos e agem como uma lente que afeta a Percepo, isto , a pessoa passa a ver a situao apenas de um ponto de vista (equivocado, distorcido, exagerado).Com essas ideias na mente, a pessoa vai criando Estratgias Compensatrias para lidar com o sofrimento. Tais estratgias podem ser desadaptativas trazendo desajustes emocionais.EXEMPLO:Crena central: Sou insignificanteEstratgia: melhor eu me isolar, evitar aproximao.Crena central: sou vulnervelEstratgia: Agir com firmeza, dominar, evitar qualquer possibilidade de ser prejudicado.

  • Eu sou incompetenteSe eu no entendo algo, ento eu sou burroIsso difcil demais... Eu jamais vou aprender...AULATRISTEZADESCONFORTOSAI DA SALA

  • Distores Cognitivas, exemplos:Inferncia Arbitrria concluir ao contrrio do que apontam as evidncias;Abstrao Seletiva (Filtro Mental) concluir baseando-se apenas em uma pequena parte de dados;Magnificao ou Minimizao avaliar distorcidamente a importncia relativa dos eventos, para mais ou para menos;Personalizao relacionar eventos externos a prpria pessoa quando no h indcios para tanto;Pensamento Dicotmico classificar as pessoas ou a si mesmo em categorias rgidas e estanques;Pensamento Catastrfico previso de um pior desfecho possvel, sem levar em conta as alternativas.

  • TERAPIA COGNIVO-COMPORTAMENTALNa dcada de 70 houve um grande desenvolvimento e reconhecimento da terapia comportamental devido ao surgimento de novas tcnicas, especialmente no tratamento de fobias, obsesses e disfunes sexuais.

    Foi nesta poca que Lang, Rachman e outros desenvolveram a ideia de que um problema psicolgico poderia ser compreendido sob trs enfoques diferentes (ou trs sistemas) ligados entre si, tais como: os sistemas comportamental, cognitivo/afetivo e fisiolgico. Esta ideia representou uma quebra com a viso unitria dos problemas psicolgicos que at ento existia.

  • A designao mais abrangente de terapia cognitivo-comportamental (TCC) a mais usual na atualidade, pois utiliza ao mesmo tempo intervenes tpicas do modelo cognitivo, como as tcnicas destinadas correo de crenas e pensamentos disfuncionais e incorpora tcnicas comportamentais da terapia comportamental, como a exposio e o uso de reforadores, entre outras. (KNAPP, 2008)

  • OBJETIVO DA TCCSeu objetivo compreender sistematicamente os processos que mantm a condio do sofrimento emocional, identificar as ideias, memrias, pensamentos e comportamentos que prejudicam a pessoa, refletindo sobre elas e, posteriormente, testando novos paradigmas de pensamento e comportamento para que seja possvel o desenvolvimento de uma vida mais saudvel e flexvel.

  • Modelo cognitivo comportamentalEVENTO(Prepara-se para ir a uma festa)COMPORTAMENTO(D uma desculpa e no vai a festa)EMOO(Tenso e ansiedade)AVALIAO COGNITIVA(Sou desajustado e no sei o que fazer...)

  • O PAPEL DO TERAPEUTA

    importante que o terapeuta se comporte de forma a minimizar o sofrimento do cliente. Para isso necessrio que ele apresente-se como uma audincia no-punitiva e como um agente reforador, trazendo um aumento da tolerncia do cliente para a exposio a emoes aversivas e maximizando as chances do cliente aceitar interpretaes, seguir instrues e atentar quaisquer intervenes que o terapeuta possa fazer.

  • Na TCC os terapeutas:Encorajam o reconhecimento e a identificao de pensamentos patolgicos em dois nveis de processamento de informaes relativamente autnomos:pensamentos automticos ecrenas centrais.Ensinam os pacientes a utilizar tcnicas para pensar sobre o pensamento a fim de atingir a meta de trazer as cognies autnomas ateno e ao controle consciente.

  • CARACTERSTICAS DA TCCConstitui um sistema de psicoterapia integrado, combinando o modelo cognitivo de personalidade e de psicopatologia a um modelo aplicado, que rene um conjunto de princpios, tcnicas e estratgias teraputicas fundamentado diretamente em seu modelo terico.Demonstra aplicabilidade eficaz, segundo estudos controlados, em reas diversas, por exemplo: educao, esporte, organizaes, tratamento de distrbios psquicos e orgnicos, etc. focal, requerendo uma definio concreta e especfica dos problemas do paciente e das metas teraputicas.

  • Possui um carter didtico, em que o objetivo no unicamente ajudar o paciente com seus problemas, mas dot-lo de um novo instrumento cognitivo e comportamental, a fim de que ele possa perceber e responder ao real de forma funcional.As sesses, bem como o processo teraputico, so semiestruturadas, envolvendo tarefas entre as sesses. colaborativa, ou seja, reflete um processo em que ambos, terapeuta e paciente, tm um papel ativo, ou seja, as intervenes so explcitas, envolvendo feedback recproco entre o terapeuta e o paciente. um processo teraputico de tempo curto e limitado, podendo sua aplicao variar entre aproximadamente de 10 a 20 sesses.Mostra-se eficaz para diferentes populaes, independente da cultura e nveis socioeconmicos ou educacionais.

  • FASES DA PSICOTERAPIAPrimeira Fase enfatiza-se a definio da estratgia de interveno, ou seja, a conceitualizao cognitiva do paciente e de seus problemas, a definio das metas teraputicas e do planejamento do processo de interveno;Segunda Fase o terapeuta objetiva a normalizao das emoes do paciente para promover a motivao do paciente para o trabalho teraputico e sua vinculao ao processo. Terceira Fase o terapeuta enfatiza a interveno em nvel estrutural, ou seja, o desafio das crenas e esquemas disfuncionais, objetivando promover a reestruturao cognitiva.Quarta Fase onde promove-se, atravs de vrias tcnicas, a assimilao e generalizao dos ganhos teraputicos, bem como a preveno de recadas;

  • Trmino: A terapia em seu formato semanal deve ser encerrada quando a maioria dos sintomas tiver sua intensidade reduzida significativamente, causando interferncia mnima na rotina de vida do paciente. Nessa fase, faz-se a reviso das tcnicas aprendidas e orienta-se para a prtica contnua das mesmas, visando-se assim, a manuteno da melhora clnica. Deve-se tambm atentar para a recadas e seus potenciais desencadeantes. Finalmente, as consultas podem ser espaadas ao longo de um perodo, at a alta propriamente dita.

  • DepressoTranstornos de AnsiedadeTranstornos AlimentaresAbuso de Substncias e de lcoolTranstornos de PersonalidadeTranstorno Psictico (Esquizofrenia, transtorno delirante).Transtorno BipolarTranstorno de Dficit de Ateno com HiperatividadeDor CrnicaTRANSTORNOS INDICADOS

  • Doena mental orgnica, que implique comprometimento cognitivo (Demncia).Retardo Mental.Pouca capacidade para trabalhar introspectivamente (incapacidade de identificar pensamentos, emoes, crenas e express-los em palavras).Psicose aguda.Patologia grave do carter borderline ou antissocial.Ausncia de Motivao.CASOS CONTRAINDICADOS

  • O terapeuta e o paciente trabalham juntos para identificar crenas que a pessoa tem de si e utilizam tcnicas que incluem: Identificao e Registro de Pensamentos Automticos Disfuncionais (RPD) e Distores Cognitivas (ABC);

    TCNICAS COGNITIVAS COMPORTAMENTAISDia/horaSituaoPensamento AutomticoEmooResposta adaptativaResultado

  • Reestruturao Cognitiva:Inicia-se pela identificao e pelo registro de pensamentos automticos e crenas disfuncionais.Subsequentemente, feita uma anlise dos erros de lgica inerentes s interpretaes catastrficas. Para isso, importante que o paciente considere tais pensamentos como meras hipteses, e no como fatos.A forma mais usual de corrigir esses erros de lgica o chamado questionamento socrtico. Nessa tcnica, o paciente, juntamente com o terapeuta, faz um exame das evidncias que apoiam o seu pensamento e das evidncias que so contrrias, a fim de descobrir formas alternativas de interpretar suas sensaes fsicas.Aps a anlise das probabilidades, elaboram-se novas alternativas, que so chamadas de lembretes (por exemplo: estou tendo um ataque que no mata nem enlouquece.

  • Tcnicas de RelaxamentoA ansiedade uma resposta de proteo, que prepara o organismo para atacar ou fugir de perigos reais ou no. O relaxamento um processo psicofisiolgico, de aprendizagem das respostas biolgicas de relaxamento e inclui: Exerccios de respirao treino em padres de baixas taxas de respirao, inspirao-expirao profundas e amplas e respiraes diafragmticas. Esse treino distrai o paciente, dando-lhe sensao de controle sobre o organismo. Relaxamento muscular progressivo tensionar e relaxar diferentes grupos musculares para obteno de um estado de conforto e bem-estar.

  • Dessensibilizao SistemticaO paciente, durante um estado de relaxamento fsico, vai imaginar uma hierarquia de situaes que lhe provocam ansiedade, com o objetivo de familiarizar-se com elas e, ao mesmo tempo, com a finalidade de reduzir as respostas ansiosas. Uma das principais tcnicas utilizadas no tratamento da fobia social e especfica e sndrome do pnico.

  • Treino de AssertividadeOrienta-se o paciente a emitir respostas adequadas em situaes especficas ou pelo ensaio comportamental (procedimento para o treino da assertividade). uma tcnica eficaz no tratamento da fobia e da ansiedade social.

    Role-PlayingTerapeuta e cliente se comportam imitando o comportamento de alguma pessoa relevante no ambiente natural do sujeito ou fazendo uma representao do comportamento do prprio sujeito em alguma situao social. Serve para treinar o paciente a interagir adequadamente em situaes sociais.

  • Parada do Pensamento uma tcnica de autocontrole, que consiste em formular um pensamento indesejado e com um comando de pare em voz alta, impedir a evoluo do pensamento. Essa tcnica muito til porque a presena de pensamentos incmodos favorece a ocorrncia de comportamentos indesejveis. Muito utilizada no tratamento do estresse ps-traumtico. Auto-instruo Consiste em ensinar ao paciente a desenvolver pensamentos adequados situao temida e realsticos quanto s possveis consequncias do comportamento.O que mais poderia acontecer?

  • Inoculao do EstresseConsiste em treinar o paciente na vivncia de uma situao estressante, para que ele desenvolva recursos de enfrentamento a serem utilizados na situao temida real. Muito utilizada no tratamento do pnico, fobias especficas, transtorno do estresse ps-traumtico, ansiedade generalizada, alcoolismo, entre outros. O treinamento programado conforme a queixa, as caractersticas e as necessidades de cada paciente e realizado em trs etapas:Preparao: o terapeuta informa e educa o paciente com relao ao conceito e a causa da ansiedade e do medo. Treino em habilidade bsicas: o paciente, inicialmente, antecipa a situao crtica e descreve o evento estressante. Aprende e ensaia respostas adequadas de autoinstruo para enfrentamento dessas situaes.Confronto: o paciente colocado com situaes reais, reconhecidas como estressantes, nas quais ter a oportunidade de aplicar suas habilidades. Iniciando com situaes de dificuldade mdia, orientado a confrontar cada situao e analisar suas respostas de enfrentamento.

  • Reconhecer e descrever o problema, apontando suas especificidades. Determinar os objetivos e propor possveis estratgias viveis de ao ao alcance da realidade pessoal do paciente.Ponderar sobre possveis consequncias de cada estratgia proposta, analisando ganhos e perdas a curto e mdio prazo. Avaliar se a alternativa selecionada esta conduzindo ao resultado desejado.Soluo de ProblemasExposioConsiste em expor o paciente, repetidamente, ao vivo ou na imaginao, diretamente a situao temida, que so evitadas por desencadearem ansiedade. Muito apropriada para tratamento de fobias.

  • Vdeo sobre a Prtica do Psiclogo de TCC

  • OBRIGADA!Grupo:Erika Barbosa de AraujoErmelinda Piedade Mathias OliveiraGlaucia Lima de Magalhes Theophilo