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7/23/2019 TCC Pronto (Fabio) http://slidepdf.com/reader/full/tcc-pronto-fabio 1/39  UNIVERSIDADE VALE DO ACARAÚ DIANE BARBOSA BAIA FABIO RODRIGUES CASTELO JOANE COSTA DE SOUSA HERBÁRIO ESCOLAR COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE BOTÂNICA NA ESCOLA ESTADUAL JESUS DE NAZARÉ Macapá 2014

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UNIVERSIDADE VALE DO ACARAÚ

DIANE BARBOSA BAIA

FABIO RODRIGUES CASTELOJOANE COSTA DE SOUSA

HERBÁRIO ESCOLAR COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE

BOTÂNICA NA ESCOLA ESTADUAL JESUS DE NAZARÉ

Macapá2014

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DIANE BARBOSA BAIA

FABIO RODRIGUES CASTELO

JOANE COSTA DE SOUSA

HERBÁRIO ESCOLAR COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE

BOTÂNICA NA ESCOLA ESTADUAL JESUS DE NAZARÉ

Macapá2014

Trabalho de conclusão de cursoapresentado como requisito avaliativo do cursode Licenciatura Plena em Biologia daUniversidade Vale do Acaraú, orientado peloProf. Dr Fabiano Cesarino.

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DIANE BARBOSA BAIA

FABIO RODRIGUES CASTELO

JOANE COSTA DE SOUSA

HERBÁRIO ESCOLAR COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE

BOTÂNICA NA ESCOLA ESTADUAL JESUS DE NAZARÉ

Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora, comorequisito parcial à obtenção do grau de Licenciatura Plena em Biologia, daUniversidade Vale do Acaraú, 

BANCA EXAMINADORA

 ____________________________________Profº Dr. Fabiano Cesarino

(Prof. Orientador)

 ____________________________________Profª MSc.Tammya Pantoja

(Profª representante do curso de Biologia)

 ____________________________________Profª Esp. Greiccy Kelly Gomes da Silva

(Profª Convidada)

NOTA_____

DATA___/___/_____

Macapá2014

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Dedicamos este trabalho à

Deus por nos transmitir conhecimento, a

nossos familiares, por nos apoiarem, e

que nos momentos mais difíceis nos fez

seguir a diante, e aos colegas e

professores que nos incentivaram

desde de o princípio deste artigo.

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AGRADECIMENTOS 

 Agradecemos à todos os professores por nos proporcionar о conhecimento

não apenas racional, mas а manifestação de caráter е afetividade da educação noprocesso de formação profissional, por tanto qυе sе dedicaram а nós, nãо somente

pоr nos ensinarem, mаs por terem nos feito aprender. А palavra mestre, nunca fará

 justiça аоs professores dedicados аоs quais sеm nominar terão оs nossos eternos

agradecimentos.

 A esta instituição de ensino, sеυ corpo docente, direção е administração

qυе oportunizaram а janela qυе hoje vislumbramos υm horizonte superior, eivado pеlа

acendrada confiança nо mérito е ética aqui presentes, aos nossos pais, pelo amor,incentivo е apoio incondicional e a todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа

nossa formação, о nosso muito obrigado. 

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“Tão importante quanto o

que se ensina e se aprende, é como se

ensina e como se aprende”.

(Cesar Coll) 

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- visão aérea da Escola Estadual Jesus de Nazaré

Figura 2. Exsicata pronta para o processo de secagem

Figura 3. Exsicatas prontas

Figura 4. Alternativa da questão 1 obtida através do questionário fechado

aplicado aos alunos da Escola estadual Jesus de Nazaré: (a) Só estuda; (b)

Estuda e faz estágio; (c) Estuda e trabalha; (d) Outra

Figura 5.  Alternativa da questão 2 obtida através do questionário fechado

aplicado aos alunos da Escola estadual Jesus de Nazaré: (a) Não gosto de

Biologia; (b) Zoologia; (c) Botânica; (d) Citologia/Embriologia; (e) Genética e

EvoluçãoFigura 6. Alternativa da questão 3 obtida através do questionário fechado

aplicado aos alunos da Escola estadual Jesus de Nazaré: (a) Semanalmente;

(b) Mensalmente; (c) Eventualmente ocorre aula prática em minha escola; (d)

Dificilmente ocorre aula prática em minha escola.

Figura 7.  Alternativa da questão 4 obtida através do questionário fechado

aplicado aos alunos da Escola estadual Jesus de Nazaré: (a) Meramente

expositivas, com o professor falando sob a forma de palestra; (b) Aulasexpositivas com pesquisa em livro didático público; (c) Aulas expositivas com

uso do livro didático público e documentários em vídeo; (d) Aulas expositivas

com uso do livro didático público, mescladas com aulas práticas. 

Figura 8.  Alternativa da questão 5 obtida através do questionário fechado

aplicado aos alunos da Escola estadual Jesus de Nazaré: (a) Prejudicou-o em

seu trabalho; (b) Prejudicou-o em seu estudo; (c) Ajudou-o no seu

desenvolvimento nos estudos; (d) OutraFigura 9.  Alternativa da questão 6 obtida através do questionário fechado

aplicado aos alunos da Escola estadual Jesus de Nazaré: (a) Importante para

o aprendizado da Botânica; (b) Indiferente para o aprendizado da Botânica; (c)

Outra

Figura 10. Alternativa da questão 7 obtida através do questionário fechado

aplicado aos alunos da Escola estadual Jesus de Nazaré: (a) Sem importância

por não estar diretamente relacionado aos conteúdos de sala; (b) Indiferente

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para o estudo da Botânica no Ensino Médio; (c) Importante porque permite um

ensino voltado para situações Botânica do nosso convívio; (d) Outra

Figura 11.  Alternativa da questão 8 obtida através do questionário fechado

aplicado aos alunos da Escola estadual Jesus de Nazaré: (a) Facilitam o

aprendizado dos nomes complicados (termos técnicos) por permitirem o

envolvimento com os conteúdos de forma participativa; (b) Não contribuem para

o ensino da Botânica; (c) Outra

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LISTA DE SIGLAS

IEPA – Instituto de Estudos e Pesquisas Cientificas do Amapá

CGEN - Conselho de Gestão do Patrimônio Genético

MMA – Ministério do Meio Ambiente

HAMAB – Herbário Amapaense

FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

SAEB - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 12

1.1 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................... 13

1.1.1 O Ensino de Botânica ............................................................................................... 16

1.1.2 Herbário Didático ...................................................................................................... 17

2. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 19

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 23

3.1 ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS EDUCANDOS SOBRE O USO DO HERBÁRIO ....... 23

3.2 ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOCENTE SOBRE O USO DO HERBÁRIO ..................... 29

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 30

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 32

APÊNDICES ........................................................................................................................ 35 

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1Graduandos do Curso de Licenciatura Plena em Biologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA). Avenida Almirante Barroso, número 861, Bairro Santa Rita, CEP 68901-338, Macapá, Amapá,Brasil. Email: [email protected][email protected][email protected].

HERBÁRIO ESCOLAR COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE

BOTÂNICA NA ESCOLA ESTADUAL JESUS DE NAZARÉ

BAIA, Diane Barbosa ¹; CASTELO, Fabio Rodrigues¹; SOUSA, Joane Costa ¹.

Resumo: O ensino de Biologia abraça um tema vital para a conservação da

biodiversidade, a Botânica. Apesar desta disciplina se dividir atuando em diferentes

tendências, encontra-se na maioria das escolas limitada à sala de aula e aos livros

didáticos, longe do cotidiano dos alunos. Pensando neste aspecto o presente trabalho

visa facilitar a fixação da teoria com objetivo de analisar a implantação de um herbário

didático. Este apresenta uma metodologia elaborada para as diversas condiçõesencontradas pelo docente nas instituições de ensino públicas e privadas. Desse modo,

a problemática concentrou-se na falta de desenvolvimento de atividades práticas

educacionais, motivando a elaboração de material voltado para o aproveitamento do

recurso pedagógico, sendo desenvolvido com grupos de alunos de duas turmas da 2ª

e 3ª Série do ensino médio do período vespertino, propiciando a articulação teórica e

prática, privilegiando o aprofundamento gradativo dos saberes disciplinares,

utilizando-se do Herbário Escolar para promover a compreensão da necessidade douso dos termos técnicos em aulas de Botânica empregando-se de metodologias de

ensino que despertem nos alunos o interesse pelo processo de construção de

conhecimento. Verificou-se que a falta de recursos didáticos e o número reduzido de

aulas práticas de Biologia, gera uma perda substancial no processo

ensino/aprendizagem. Portanto, torna-se fundamental para a práxis docente em

Biologia o uso do herbário como recurso didático, o qual é essencial para a

compreensão da Botânica no Ensino Médio.

Palavras-Chaves: Herbário, Botânica, recurso didático. 

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HERBARIUM SCHOOL TEACHING AS A RESOURCE FOR THE TEACHING OF

BOTANY AT ESCOLA ESTADUAL JESUS DE NAZARE.

Abstract:  Teaching of Biology embraces a vital issue for the conservation of

biodiversity, Botany. Although this course is divided into different operating trends, is

most limited to the classroom and textbooks, away from the daily life of students

schools. Thinking about this aspect this study aims to facilitate attachment of the theory

in order to analyze the implementation of a teaching herbarium. This herbal presents

a methodology developed for the various conditions encountered by teachers in public

and private educational institutions. Thus, the issue focused on the lack of

development of educational hands-on activities, motivating the development ofmaterial for used in the use of pedagogical school Herbarium, being developed with

groups of students from two afternoon classes of 2nd and 3rd series of high school

the, providing the theoretical and practical articulation, favoring the gradual deepening

of disciplinary knowledge, using the School Herbarium to promote understanding of

the need for the use of technical terms in botany lessons using teaching methodologies

that arouse in the interest us students in the construction of knowledge process.

Obtaining results in the lack of teaching resources and the small number of practicesBiology classes, which generates a great loss the teaching / learning process. Thus it

is fundamental to the teaching practice in Biology the use of the herbarium as a

teaching resource, which is essential for the understanding of botany in high school.

Keywords: Herbarium, Botany, teaching resource.

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1 INTRODUÇÃO

Coleções biológicas compõem a infraestrutura básica de suporte para o

desenvolvimento científico (NAPOLI, 2009) e junto com as coleções biológicasdidáticas representam material testemunho para estudo de um determinado grupo

animal, vegetal ou de microrganismos (PEIXOTO e BARBOSA, 2010).

Peixoto et al (2006) afirmam que no Brasil, a situação das coleções

biológicas está muito longe de ser considerada adequada. Muitas delas se, encontram

em condições precárias em decorrência de infraestrutura física inadequada e/ou da

falta de recursos humanos especializados. Se mantido o quadro atual, será muito

difícil para o País atender à demanda de conhecimento e de exploração sustentáveldo capital natural associado à diversidade de ecossistemas e à riqueza de recursos

genéticos e para os cientistas brasileiros, cumprir a missão de inventariar, descobrir e

descrever a diversidade de espécies brasileiras, além de analisar, sintetizar e

compartilhar o conhecimento, as informações e os dados primários oriundos desse

esforço em prol da ciência e da sociedade.

Segundo Peixoto e Morim (2003) mais da metade dos herbários brasileiros

apresenta menos de 20 mil exemplares de plantas; ainda 23 herbários têm mais de

50 mil exemplares. Contudo os seis maiores herbários apresentam entre 239 a 500

mil exemplares de plantas. Silva e colaboradores (2006) relatam que os herbários

brasileiros guardam um acervo de pouco mais de 5 milhões de espécimes, e que a

densidade de coleta média para o Brasil é de 0,62 espécime por km2. Este valor é

muito baixo quando comparado a valores estimados para alguns países de alta

diversidade na América Latina, como México e Colômbia (PEIXOTO e MORIM, 2003).

Segundo o mesmo autor as regiões Sul e Sudeste reúnem os maiores

números de herbários e concentrações de coletas. E o Norte e Nordeste, a maior área

territorial do país, sendo o primeiro aquele que concentra o maior contingente de terras

cobertas por ecossistemas naturais, e que apresenta os menores índices de coleta e

quantidade de herbários, mostrando a falta de investimentos científicos para essa

região.

O herbário da região norte, no estado do Amapá o HAMAB (Herbário

 Amapaense) fica no Centro de Pesquisas Zoobotânicas e Geológicas, mantêm em

suas estruturas a guarda das Coleções Científicas do IEPA (Instituto de Estudos e

Pesquisas Científicas do Amapá), que é a Instituição Fiel Depositária de amostras de

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componentes do Patrimônio Genético no Estado, junto ao Conselho de Gestão do

Patrimônio Genético – (CGEN), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente – (MMA).

O HAMAB está organizado segundo o Sistema de Classificação Botânica

de Engler/Dalla Torre. Os materiais botânicos são geralmente ramos de 30 a 40 cm

de comprimento férteis (com flor e/ou fruto), coletados de acordo com técnicas

convencionais em número de cinco amostras por indivíduo, que são identificados com

o número de coleta do pesquisador, acondicionados em folhas de jornais e prensados

para secagem em estufa. Após a desidratação, essas amostras seguem para a sala

de montagem, onde são identificadas e posteriormente confeccionadas as exsicatas,

que recebem uma etiqueta padrão que contém as principais informações do material,

como: nome do coletor, local, data, família, gênero e espécie. Essas exsicatas sãoregistradas em livro com numeração que localizará sua presença no herbário e em

seguida serão incorporados à coleção científica do HAMAB. (IEPA, 2014)

1.1 REVISÃO DA LITERATURA

 A sala de aula coloca os professores frente a uma série de questões sobre

o ensino. Essa prática do dia-a-dia é levada a reflexão sobre os conteúdos ensinados,

sobre o modo como se ensina e sobre o que se pretende enquanto educador, frentea jovens inseridos, na sua maioria, no contexto do mundo globalizado e sem

motivação para acompanhamento de aulas tradicionais (FAGUNDES, 2006).

 A educação escolar no Brasil compõe-se de educação básica, formada pela

educação infantil, ensino fundamental e ensino médio e educação superior (lei nº

9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação nacional, artigo 21, capítulo 1). A

educação é dever do Estado e da família, e deve ser pautada em princípios de

liberdade e solidariedade e ter por finalidade o desenvolvimento do educando em umcidadão qualificado para o trabalho (BRASIL, 1996). Portanto, a preocupação com a

qualidade do ensino nos faz concluir que não devemos apenas centralizar as aulas

em conceitos teóricos, mas também nos cercar com práticas que façam os alunos

abstraírem do conteúdo e que possam ser interessantes para a sua construção

(ENGUITA, 2001).

 Atualmente, estamos vivenciando a era da informação através da

informatização, por isso, devemos considerar dentro deste panorama, quais as

consequências para a escola, os professores e os alunos, e também analisar qual o

papel da escola diante da mudança das perspectivas atuais da educação (GADOTTI,

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2000). Dessa forma, é necessário saber quais são as teorias e práticas educacionais

que devem ser adotadas para a abordagem com os alunos do ensino médio no cenário

da educação atual.

Inseridos neste cenário, nos deparamos com os novos atores sociais que

fazem parte de uma geração acostumada com a velocidade de informações

proporcionada pela tecnologia. Observa-se que muitos educadores se encontram

perplexos diante das mudanças de nossa sociedade, nos aspectos tecnológicos e

econômicos. Os docentes questionam o destino de suas profissões, sem diretrizes

concretas para acompanhar a velocidade dos acontecimentos diante dos recursos

disponíveis nas escolas para um ensino de qualidade e atualizado (GADOTTI, 2000).

 Alcançar uma educação de qualidade para o ensino médio faz parte da listados principais problemas da educação brasileira em seus diferentes graus (GUSMÃO,

2010). Esta busca se faz presente em todas as discussões a respeito da educação

desde as declarações de organismos internacionais, passando pelas conversas

informais, manifestações de autoridades educacionais, organizações de professores

e alunos e associações de pais.

Fala-se muito hoje em cenários possíveis para a educação, portanto, em

panoramas, representação de paisagens. Para se desenhar uma perspectiva épreciso distanciamento, isto é, é sempre um ponto de vista (GADOTTI, 2000).

Estas palavras entre aspas indicam um caminho possível a ser seguido, ou

pelo menos, uma visão do caminho a ser trilhar. Podem traduzir anseios e

expectativas. Diante de tantas possibilidades, frequentemente, o professor de Biologia

se questiona sobre qual caminho prosseguir, quais conteúdos priorizar, quais os

objetivos de aprendizagem a serem alcançados e como atingi-los (DIAS et al., 2010).

Para este professor resta o caminho do desafio. Este caminho deveproporcionar aos alunos meios para que eles se sintam capazes de alcançar, através

de suas próprias habilidades, a compreensão de seu papel como componentes da

natureza. Isto é importante para situar os alunos em temas que fazem parte de

discussões nos diferentes segmentos da sociedade, como, a conservação ambiental

e o uso sustentável da fauna e da flora (PEIXOTO e MORIM, 2003).

 Atuando de forma incentivadora, os professores de Biologia proporcionarão

aos alunos uma visão ampla da ciência. O questionamento deve ser mantido como

um componente que os estimulem e lhes proporcionem constante aprendizado, pois

as questões científicas são amplamente abertas e há várias para as quais a ciência

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não tem respostas precisas. Para tanto, é necessário mostrar ao aluno como a ciência

é feita, assim, as aulas práticas podem ser um bom instrumento para isto.

 Além disso, o processo de conhecimento pode ser abordado pelo menos

sob dois ângulos: a produção de conhecimento sobre o aprendizado de ciências e a

produção de conhecimento como resultado do ensino de ciências, o que se obtêm ao

fim de uma experimentação em aula prática (KRASILCHIK, 1988).

 A experimentação faz parte do dia a dia de todos nós. Assim, a ideia de

experimentação como atividade exclusiva das aulas de laboratório, onde os alunos

recebem uma receita a ser seguida nos mínimos detalhes e cujos resultados já são

previamente conhecidos, não condiz com a prática no ensino atual (BRASIL, 2006).

 A atividade prática pode proporcionar tanto para os alunos, quanto para oprofessor estímulos necessários para que sejam desenvolvidas habilidades

subjetivas. Não se trata somente de incorporar elementos da ciência em atividades

práticas, simplesmente, por conta de sua importância teórica (CARVALHO, 2004).

Trata-se de fornecer aos alunos condições para desenvolverem uma visão

de mundo atualizada, o que inclui uma compreensão mínima das técnicas e dos

princípios científicos em que se baseiam (CICILLINI, 1997).

 A complementação do ensino de Biologia através da prática é consideradapor muitos professores difícil de ser aplicada, muitas vezes por falta de estrutura e

também porque é necessário um trabalho em conjunto com outros colaboradores da

escola, disponibilidade de material, laboratório e de propostas diferentes da

modalidade tradicional. Desta forma as propostas de aulas que se diferenciam das

aulas expositivas de Biologia são em sua maioria aulas de laboratório com roteiros de

experimentos, como, tipagem sanguínea, aulas com casos investigativos, que se

baseiam em estudos de casos de temas relacionados com a Biologia ou aulasextraclasses relacionadas a conceitos gerais de educação ambiental. (LEPIENSKI e

PINHO, 2008).

 A falta de infraestrutura e orçamento das instituições de ensino para

oferecer aos alunos opções diferenciadas para as aulas de Biologia esbarra ainda no

que deveria ser um aliado: o livro didático. Este é o principal recurso de trabalho dos

professores do ensino médio, que baseiam suas aulas de Botânica nos livros por

comodidade ou por falta de domínio sobre o assunto (DIAS, 2010).

Por isso para muitos professores a justificativa para aulas expositivas é a

dificuldade na elaboração ou a falta de propostas disponíveis para a prática de

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Botânica, com uma linguagem simples e que ao mesmo tempo desperte a curiosidade

dos alunos (SANTOS, 2008).

1.1.1 O Ensino de Botânica

O Ensino de Botânica, a partir da análise da Sociedade de Botânica do

Brasil, revela-se de forma mais acentuada como sendo tecnicista e tradicional,

constituindo um currículo também tradicional e com concepções de ensino e

aprendizagem ainda voltadas para um excesso de teoria. Por outro lado, por conta da

História da Botânica, o tecnicismo fez com que fossem produzidas muitas e diferentes

formas de ensino que podem ser lidas nos resumos dos Congressos Nacionais deBotânica, na Sessão de Ensino (REINHOLD, 2006).

 A Botânica adquire uma complexidade ainda maior, uma vez que o ensino

meramente descritivo não atende aos interesses de uma classe estudantil que esbarra

em continuas mudanças e avanços tecnológicos, chegando a causar aversão e quase

total desinteresse por grande parte dos alunos, inseridos numa realidade globalizada.

Segundo Krasilchik (2005), os alunos não acompanham as aulas, porque

são usadas palavras desconhecidas, ou porque eles atribuem aos termos significados

diferentes dos atribuídos pelo professor. Da mesma forma, o excesso de vocabulário

técnico que o professor usa em suas aulas leva muitos alunos a pensar que a Biologia

é só um conjunto de nomes de plantas, animais, órgãos, tecidos e substâncias que

devem ser memorizados.

O ensino de Biologia no nível fundamental e médio tem-se caracterizado

pela valorização dos aspectos ligados aos conteúdos, conceitos e classificações. O

conhecimento cientifico biológico exige imensa capacidade de abstração dos alunos

para compreensão das teorias, hipóteses, conceitos e observações dos seres vivos

divulgados pelos livros didáticos (PARANÁ, 2008).

Verificou-se que a Botânica no ensino médio é uma problemática em que a

linguagem empregada pelos termos técnicos da área biológica dificulta a

compreensão dos alunos, e em Biologia, não há como contornar, é preciso abordar

os conteúdos utilizando-se dos termos.

Portanto, porque não permitir que se direcione um aprendizado

diferenciado que possibilite um novo paradigma, e neste caso, não se trata de querer

“reinventar a roda”, mas sim, aproveitar-se de tudo de bom já desenvolvido e aplicado

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por outros educadores e que seja pertinente para o sucesso centrado na formação de

alunos críticos para o exercício da cidadania, motivados ativamente ao processo de

construção do conhecimento (NOGUEIRA, 2000).

Levando-se em conta a experiência de sala de aula e as considerações dos

teóricos da área acerca do assunto ensino-aprendizagem, surge então a ideia da

criação e uso de um herbário, no qual busque investigar em que essa forma

metodológica interfere no processo de aquisição de conhecimentos dos alunos e

verificar a aprendizagem de conceitos de Biologia na área de Botânica, utilizando a

proposta de intervenção pedagógica descrita na forma de Herbário Escolar,

(PARANÁ, 2008).

1.1.2 Herbário Didático

Um herbário deve ser considerado como um excelente meio de

documentação cientifica de espécies vegetais, tem por finalidade o estudo e a

catalogação das inúmeras espécies de plantas que habitam o nosso planeta Terra. O

tipo de estudo que se pretende fazer e que orienta o método de como devemos coletar

e herborizar um determinado exemplar, embora a técnica de herborização

praticamente não sofra grandes modificações (REINHOLD, 2006). Pode-se estudar a

morfologia externa, a taxonomia e sistemática de classificação dos vegetais, a

distribuição ecológica das espécies vegetais e outras. Por outro lado, essa atividade

cientifica é muito valiosa do ponto de vista de tornar ao aluno um bom observador e

permitir um encontro efetivo e real com a natureza.

 As coleções de herbário constituem uma poderosa ferramenta para o

conhecimento sistemático e o entendimento das relações evolutivas e fitogeográficas

da flora de uma determinada área, região ou continente. Permitem a documentação

permanente da composição florística de áreas que se modificam ao longo do tempo,

seja pela ação antrópica ou por efeito de eventos e perturbações naturais que alteram

irremediavelmente a cobertura vegetal (FAGUNDES, 2009).

Um herbário também é um forte instrumento didático para o treinamento de

estudantes e técnicos no reconhecimento da flora de um determinado local ou região.

Serve ainda como referência para o desenvolvimento de pesquisas, teses,

dissertações e monografias sobre os mais variados aspectos da Botânica, como

sistemática, morfologia, taxonomia, evolução e fitogeografia (FAGUNDES, 2009).

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 A criação de propostas que integrem o conhecimento biológico com

atividades capazes de valorizar esse saber proporciona uma nova perspectiva para o

ensino de Botânica, introduzindo uma dinâmica diferenciada de aulas teóricas. O

Herbário Escolar, sob o ponto de vista didático, é um recurso que permitirá ao

professor fazer todas as adaptações necessárias ao suprimento da sua

particularidade ou necessidade local, sendo um fio condutor para engrenar a proposta

pedagógica (SOUZA, 2000).

Por outro lado, cabe ressaltar que a preocupação excessiva com

metodologia faz com que, em detrimento disso, faltem investigações no Brasil sobre

os processos de aprendizagem, interação entre os sujeitos da aprendizagem e sobre

as perspectivas curriculares deste ensino (REINHOLD, 2006). Assim, a interação entre professores e alunos num envolvimento

pedagógico, é fundamental para o êxito na aprendizagem dos alunos e na

metodologia aplicada pelo educador, portanto, efetivar uma prática pedagógica

diferenciada, promovendo o atendimento as diferentes necessidades dos alunos

(PIMENTA, 1999).

Por isso a utilização de técnicas e instrumentos de avaliação da

aprendizagem, podem promover mais liberdade aos alunos para revelarem seusavanços e suas dificuldades e, consequentemente, reorientar e implementar o

processo didático; estabelecem pequenas metas a serem alcançadas. Diante disso a

relevância de um estudo que seja motivador para os nossos jovens alunos do ensino

médio, converge para a problemática em questão, pois as atividades necessárias

previstas para um herbário escolar conseguem aliar o conhecimento cientifico como

estratégia de envolvimento pedagógico, numa forma de iniciação cientifica integradora

da pesquisa, sem o intuito ou a preocupação em formar pesquisadores (FAGUNDESe GONZÁLEZ, 2006).

Como afirma Borges (1996), a perspectiva do professor investigador rejeita

a concepção do professor como técnico, consumidor, receptor, transmissor e

implementador do conhecimento de outras pessoas, e assume que o seu papel é

como intelectual, produtor de conhecimento, investigador e até, em alguns casos,

como crítico e teórico em matérias educativas e sociais.

Para Duran (1999) o professor deveria focar a relação do conteúdo com a

experiência de vida, com os sistemas cotidianos com os quais os educando têm a ver,

para refinar e alargar essas experiências. Isso evita que os alunos vivam em dois

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mundos separados  – o da escola, dos livros e das lições, e o da sua vida fora da

escola.

 As aulas experimentais podem significar uma crítica ao ensino com ênfase

exclusiva na divulgação dos resultados do processo de produção do conhecimento

cientifico, e apontar soluções que permitam a construção racional em sala de aula,

sem dissociar as implicações deste para o homem (LIBÂNEO, 1983).

O autor ainda ressalta que a aula assim concebida deve introduzir

momentos de reflexão teórica com base na exposição dialogada, bem como a

experimentação como possibilidade de superar o modelo tradicional das aulas

práticas dissociadas das teóricas.

 As aulas práticas passam a fazer parte de um processo de ensino pensadoe estruturado pelo professor, repensando-se inclusive, o local onde possam

acontecer, não ficando restritas ao espaço de laboratório (PARANÁ, 2008).

Desse modo, os conhecimentos biológicos, se compreendidos como

produtos históricos indispensáveis a compreensão da prática social, podem contribuir

para revelar a realidade concreta de forma crítica e explicitar as possibilidades de

atuação dos sujeitos no processo de transformação desta realidade (LIBANEO, 1983).

O professor e o aluno comportam-se como sujeitos sócio históricossituados numa classe social. Entretanto, ao professor compete direcionar o processo

pedagógico, interferir e criar condições necessárias a apropriação do conhecimento

pelo aluno como especificidade de seu papel social na relação pedagógica

(REINHOLD, 2006).

Diante disso este trabalho de pesquisa torna-se importante para o

desenvolvimento do educando, pode caracterizar-se como uma valiosa estratégia

para desenvolver conceitos de Biologia a partir da manipulação de plantas e suasestruturas de forma a tornar a aprendizagem mais envolvente e instigante. 

2 MATERIAIS E MÉTODOS

 A Escola Estadual Jesus de Nazaré, unidade escolar da rede pública

estadual de ensino, foi criada pela portaria nº 0030, de 28 de janeiro de 1988, da

secretaria de Estado da Educação, e regulamentada pela Resolução nº 046, de 22 de

abril do ano de 2009, do Conselho Estadual de Educação. Localizada na Av. Princesa

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Isabel, sem número, a escola homenageia o bairro Jesus de Nazaré, atribuindo-lhe o

nome (PPP, 2014)

 A escola oferece à comunidade o atendimento aos segmentos e

modalidades de ensino, distribuídos em fundamental II regular (5ª a 8ª série), Ensino

Médio Regular e Educação de Jovens e Adultos administrados nos três turnos.

Inicialmente, a estrutura física da escola contava apenas com oito salas de

aula, distribuídas em dois blocos. Em 12 de agosto de 1994, houve a conclusão de

uma pequena reforma e ampliação da unidade de ensino, beneficiando, assim, a

comunidade com mais um bloco, que corresponde a quatro salas, uma quadra de

esportes com cobertura. Em 1997, a escola ganhou dois ambientes pedagógicos: uma

biblioteca e a instalação da Sala da TV escola (PPP, 2014).

 Atualmente esta instituição é composta com 12 salas de aula, três salas

onde funciona as secretarias, uma sala do serviço técnico pedagógico, um refeitório

amplo que também serve para as respectivas comemorações escolares, quatro

almoxarifados, uma cozinha, um deposito de alimentos, uma biblioteca, uma TV

Escola, uma sala de leitura, uma quadra de esporte, oito banheiros ativos e outras

dependências com vias adequadas a alunos com necessidades especiais de

locomoção (PPP 2014).

 A escola disponibiliza para os seus alunos os recursos didáticos como:

computadores, retroprojetor, Datashow, televisões e DVD. São esses os recursos que

o professor incentiva os seus alunos à aprendizagem. A sua localização é de fácil

acesso, para que os alunos possam se deslocar até a mesma, sendo a maioria dos

educando moradores do próprio bairro. Atualmente a escola atende alunos do ensino

fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) (PPP,2014).

Figura 1- Visão aérea da Escola Estadual Jesus de Nazaré

   F  o  n   t  e  :   G  o  o  g   l  e   E  a  r   t   h ,

   2   0   1

   4

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21

O quadro docente da Escola Estadual Jesus de Nazaré é composto por

75% do sexo feminino, e o mesmo percentual também, compõe o quadro de

funcionários públicos estaduais; 80% estão na faixa de 30 a 40 anos de idade; 60%

tem entre 3 a 7 anos de experiência no magistério, 40% com mais de 7 anos, o que

retrata um quadro de professores em início de carreira. Os funcionários não docentes

é composto na sua maioria (60%) por funcionários com mais de 50 anos de idade,

15% entre 41 a 50 anos e 25% com idade entre 20 a 30 anos, moram no mesmo bairro

(65%) onde está localizada a escola, os demais residem em bairros adjacentes (PPP,

2014).

De acordo com o projeto político pedagógico da escola, pelos níveis da

educação básica que a mesma oferece (5ª a 8ª série do ensino fundamental e ensinomédio) requer uma formação docente que atenda a legislação educacional, por isso

75% são graduados e 25% possuem especialização.

 As turmas de ensino médio são divididas nos períodos vespertino com seis

turmas, e no período noturno com três, o número de alunos do ensino médio são de

aproximadamente 230 matriculados, mais devido a evasão escolar, o número de

discentes atualmente é de aproximadamente 163 frequentadores.

 A Escola objetiva sua ação educativa, fundamentada nos princípios dauniversalização de igualdade de acesso, permanência e sucesso, da obrigatoriedade

da Educação Básica e da gratuidade escolar, onde sua proposta propõe uma escola

de qualidade, democrática, participativa e comunitária, como espaço cultural de

socialização e desenvolvimento do/a educando/a, visando também prepará-lo/a para

o exercício da cidadania através da prática e cumprimento de direitos e deveres (PPP,

2014)

Sua metodologia é concebida como procedimentos, estratégias utilizadaspara ensinar, que prevalece na prática pedagógica dos professores da escola.

O espaço físico está relacionado com o elevado número de alunos na sala

de aula, o que dificulta a utilização de outras metodologias, além da não

disponibilidade de horários livres, por parte do professor e dos coordenadores para

utilizar os espaços da telessala, da biblioteca e da sala de leitura. A carência de

recursos didáticos também colabora para a prevalência da aula expositiva, os que a

escola possui não atende as necessidades dos docentes.

Este artigo pauta-se em uma pesquisa bibliográfica e de aula prática, com

enfoque na abordagem quali-quantitativa.

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 A aula prática é através de observação direta e indireta, assim como

aplicação de questionários semi-estruturados, com educandos da 2ª e 3ª série do

Ensino Médio da Escola Estadual Jesus de Nazaré.

 A aplicação do questionários com alunos totalizou 98 entrevistas, com 8

questões enfocando os seguintes temas: interesse pela disciplina de Biologia,

conhecimento sobre o herbário, frequência das aulas práticas e a contribuição do

herbário para o ensino de Botânica. (Apêndice 1)

Para o docente da disciplina de Biologia questionou-se sobre: aulas

práticas, o uso do herbário como recurso didático, disponibilização de recursos

didáticos pela escola e a percepção do docente sobre a utilização do herbário.

(Apêndice 2)Paralelamente as entrevistas buscou-se a construção do herbário os quais

foram levados plantas à sala de aula, sendo selecionadas as que possuíam folhas,

flores e sementes, onde se podou a partir do caule, o que facilitará as identificações

posteriores em aulas práticas de Botânica.

 Após a seleção das plantas se realizou o processo inicial de secagem do

herbário, colocando-as dentro de jornais dobrados, já na posição definitiva da

exsicata, deixando o lado superior das folhas e a maioria voltada para cima, e outrasfolhas viradas para baixo. Em seguida foram fotografadas e borrifadas com álcool para

evitar a proliferação de fungos e de insetos, logo depois foram colocadas em uma

caixa de papelão e expostas ao sol para o processo de secagem. Durante a noite

colocava-se uma lâmpada para dar um ar quente e seco ajudando na secagem das

exsicatas.

Figura 2. Exsicata pronta para o processo de secagem

Este processo durou em torno de oito dias consecutivos, em seguida,

iniciou-se uma nova etapa da construção do herbário, que consistiu em colar a

amostra da planta seca na cartolina padronizada, juntamente com uma ficha que

   F  o  n   t  e  :   C  a  s   t  e   l  o ,   2

   0   1   4

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consta as informações sobre a planta (nome científico, família a que pertence,

coletores), data de coleta, local de coleta, nome do determinador (a pessoa que

identificou a amostra), e outras observações que o coletor fez por ocasião da coleta

(informações de campo).

Figura 3. Exsicatas prontas

Todas as exsicatas produzidas ao final do processo foram para a escola,

onde foram guardadas em uma sala fechada e com isso servir de amostras para osdiscentes.

Para análise de dados utilizou o software Excel (2010), para a tabulação,

assim como análise estatística descritiva dos resultados obtidos.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS EDUCANDOS SOBRE O USO DO HERBÁRIO

Questionados quanto à rotina diária a maioria dos participantes, embora

seja alunos matriculados regularmente no período vespertino, destinado

preferencialmente aos alunos que buscam o seu 1º emprego (estagio), 55,1% são

apenas estudantes que nunca tiveram a oportunidade do 1ª emprego e que de fato

apenas estudam; 27,6% são estudantes que cumprem estágio em empresas e 17,3%

são alunos que estudam e trabalham, sem informar o regime de trabalho. Percebe-se

a quantidade de discentes que usam seu horário vago, para a busca de uma atividade

remunerada (Figura 4). Esses adolescentes que trabalham mais de duas horas por

   F  o  n   t  e

  :   B  a  r   b  o  s  a ,

   2   0   1   4

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24

Porcentagem

%

dia apresentam prejuízo no desempenho escolar. Depois disso, a perda de

rendimento cresce a cada hora adicional de trabalho. Os estudantes que apenas

frequentam a escola obtém um rendimento maior de aprendizagem do que os alunos

que estudam e trabalham

Essas são conclusões de pesquisa feita pelo economista Márcio Eduardo

Bezerra, em declaração à Agência FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do

Estado de São Paulo), Bezerra cita que as atividades extracurriculares que ocupam

até duas horas por dia, não chegam a competir com os estudos. Segundo ele, é o tipo

de atividade voltada para disciplinar a criança/adolescente por meio de atividades

socioeducativas.

O pesquisador utilizou dados do Sistema Nacional de Avaliação daEducação Básica (Saeb), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

(Inep).

Figura 4. Alternativa da questão 1 obtida através do questionário fechado aplicado aos alunos daEscola estadual Jesus de Nazaré: (a) Só estuda; (b) Estuda e faz estágio; (c) Estuda e trabalha; (d)Outra.

Quando questionado aos alunos quanto ao ramo da Biologia que mais

desperta a curiosidade para o estudo, tem-se que a Genética e evolução foi

declaradamente uma das áreas menos atraente com 11,2%, ficando muito inferior ao

estudo da Botânica que obteve 36,7% dos entrevistados (Figura 5). Segundo cool

(1994) para aprender um determinado assunto, o aluno deve estar motivado a isso.

Para ele, aprendizagem significativa é aquela em que o assunto tratado não é confuso

e nem arbitrário, isto é, tem vínculo com o que o aluno já sabe. Além disso, o aluno

tem a possibilidade de relacionar os novos conhecimentos com aqueles que já

possuía.

55,1%

27,6%

17,3%

0,0%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

a b c d

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Figura 5. Alternativa da questão 2 obtida através do questionário fechado aplicado aos alunos daEscola estadual Jesus de Nazaré: (a) Não gosto de Biologia;  (b) Zoologia; (c) Botânica; (d)Citologia/Histologia/Embriologia; (e) Genética e Evolução.

Conforme observação da 3ª questão, 29,6 % dos alunos apontaram uma

frequência eventual, sendo que a maioria com 70,4%, informaram que dificilmente

participaram de aulas práticas em sua escola (Figura 6.) As aulas práticas podem

ajudar no desenvolvimento de conceitos científicos, além de permitir que os

estudantes aprendam como abordar objetivamente o seu mundo e como desenvolver

soluções para problemas complexos (LUNETA, 1991).

 Além disso, as aulas práticas servem de estratégia e podem auxiliar o

professor a retomar um assunto já abordado, construindo com seus alunos uma nova

visão sobre um mesmo tema. Quando compreende um conteúdo trabalhado em sala

de aula, o aluno amplia sua reflexão sobre os fenômenos que acontecem à sua volta

e isso pode gerar, consequentemente, discussões durante as aulas fazendo com que

os alunos, além de exporem suas ideias, aprendam a respeitar as opiniões de seus

colegas de sala.

Segundo Hodson (1998) afirma que as atividades práticas também podem

ser feitas através de trabalhos de campo, computadores e estudos em museus. No

Herbário, a própria sala de aula se torna um ambiente de pratica, através do

deslocamento de materiais para a mesma. Isso faz, muitas vezes, com que o professor

considere dispensável o uso do laboratório.

16,3%

25,5%

36,7%

10,2% 11,2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

a b c d e

Porcentagem

%

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26

Porcentagem

%

Porcentagem

%

Figura 6. Alternativa da questão 3 obtida através do questionário fechado aplicado aos alunos daEscola estadual Jesus de Nazaré: (a) Semanalmente; (b) Mensalmente; (c) Eventualmente ocorreaula prática em minha escola; (d) Dificilmente ocorre aula prática em minha escola.

Foi possível constatar nesta pesquisa que as aulas de Biologia têm sido

trabalhadas mais com exposição dos conteúdos pelo professor, do que com aulas

práticas, desse modo o livro didático é o material mais utilizado como recurso para o

ensino (Figura 7). Segundo Bizo (2007) a utilização de materiais deve ser feita de

maneira que possa se constituir em um apoio efetivo, oferecendo informações

corretas, apresentadas de forma adequada à realidade dos alunos.

Figura 7. Alternativa da questão 4 obtida através do questionário fechado aplicado aos alunos daEscola estadual Jesus de Nazaré: (a) Meramente expositivas, com o professor falando sob a formade palestra; (b) Aulas expositivas com pesquisa em livro didático público; (c) Aulas expositivas comuso do livro didático público e documentários em vídeo; (d) Aulas expositivas com uso do livrodidático público, mescladas com aulas práticas.

Questionados se a participação individual no projeto causou alguma

interferência no trabalho ou no estudo, grande parte dos alunos informaram que a

participação permitiu o seu desenvolvimento nos estudos, sem nenhuma crítica

negativa (figura 8) segundo Pereira e Souza (2004) o herbário é um recurso que só

29,6%

44,9%

23,5%

2,0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

a b c d

0,0% 0,0%

29,6%

70,4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

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a b c d

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27

Porcentagem

%

P

orcentagem

%

tem a enriquecer o aprendizado do aluno dando-lhes liberdade para que eles revelem

seus avanços e suas dificuldades.

Figura 8. Alternativa da questão 5 obtida através do questionário fechado aplicado aos alunos daEscola estadual Jesus de Nazaré: (a) Prejudicou-o em seu trabalho; (b) Prejudicou-o em seu estudo;(c) Ajudou-o no seu desenvolvimento nos estudos; (d) Outra.

Em relação à questão 6, a maioria dos alunos consideram importante as

atividades desenvolvidas na proposta didática do Herbário para o aprendizado de

Botânica, segundo Souza e Silva (2000) estudos dirigidos por meio de Herbário

Escolar, são recursos que podem facilitar essa percepção da mesma forma que outras

atividades lúdicas (Figura 9).

Figura 9. Alternativa da questão 6 obtida através do questionário fechado aplicado aos alunos daEscola estadual Jesus de Nazaré: (a) Importante para o aprendizado da Botânica; (b) Indiferentepara o aprendizado da Botânica; (c) Outra.

Sobre a produção de exsicatas para a montagem do acervo temático,

grande partes dos educandos consideraram importante por permitir um ensino voltado

para situação botânica do nosso convívio (Figura 10). 

 A fixação dos conteúdos tem as

aulas práticas como essenciais para uma melhor compreensão, servindo como

0,0%3,1%

80,6%

16,3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

a b c d

92,9%

5,1%2,0%

0%

10%20%

30%

40%

50%

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80%

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a b c

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Porcentagem

%

ferramenta metodológica trazendo o dinamismo para sala de aula incluindo o aluno

na construção do conhecimento cognitivo (FAGUNDES e GONZÁLEZ, 2006). Peixoto

(2003) ressalta que quando se trabalha com o assunto vegetal a atividade de estímulo

pode ser o uso e manutenção da exsicata.

Figura 10. Alternativa da questão 7 obtida através do questionário fechado aplicado aos alunos daEscola estadual Jesus de Nazaré: (a) Sem importância por não estar diretamente relacionado aosconteúdos de sala; (b) Indiferente para o estudo da Botânica no Ensino Médio; (c) Importante porquepermite um ensino voltado para situações Botânica do nosso convívio; (d) Outra.

Considerando-se o aspecto geral das atividades propostas na Unidade

Didática do Herbário Escolar, a opinião apresentada foi que 85,7% atribuíram que a

atividade facilita o aprendizado dos termos técnicos por permitir o envolvimento com

os conteúdos de forma participativa e 4,1% opinaram que o herbário escolar não

contribui para o ensino da Botânica (Figura 11). Segundo Fagundes (2009) o Herbário,

sob o ponto de vista didático, é um recurso que permitirá ao professor fazer todas as

adaptações necessárias ao suprimento da sua particularidade ou necessidade local.

O mesmo autor também afirma que torna-se um excelente instrumento de

ensino, pois, colabora para o conhecimento de técnicas de coleta, montagem de

exsicatas, sistemática, estudos morfológicos e taxonômicos, além da elaboração de

chaves interativas para a identificação dos grupos Botânicos.

9,2% 9,2%

72,4%

9,2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

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a b c d

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Porcentagem

%

Figura 11.  Alternativa da questão 8 obtida através do questionário fechado aplicado aos alunos daEscola estadual Jesus de Nazaré: (a) Facilitam o aprendizado dos nomes complicados (termos

técnicos) por permitirem o envolvimento com os conteúdos de forma participativa; (b) Não contribuempara o ensino da Botânica; (c) Outra.

3.2 ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOCENTE SOBRE O USO DO HERBÁRIO 

 A educadora nos descreve que possibilita aulas práticas de Botânica com

as suas turmas, mas a mesma justifica que devido ao programa da disciplina Biologia

ser muito extenso, estratégia de aulas práticas é utilizada poucas vezes o que acaba

prejudicando diretamente o seu desempenho profissional. O que mostra a realidadeque os professores enfrentam para realizar uma aula boa e dinâmica para os seus

alunos. Como ressalta Saviani (1997), o método da prática social, decorre das

relações dialéticas entre conteúdo de ensino e concepção de mundo.

 Ao ser questionada sobre a utilização do herbário como recurso didático

nas aulas de Botânica, a mesma respondeu que ainda não teve oportunidade de

apresentá-lo as suas turma, porém admite que o herbário didático é uma estratégia

de ensino fantástico para facilitar o ensino e principalmente aproximar o aluno do

conteúdo.

Desta maneira cabe dizer que a escola não oferece aos professores

recursos didáticos para as suas aulas práticas, assim dificultando o trabalhos dos

educadores e o ensino dos educandos.

Perguntada se a escola oferecia recursos didáticos para as aulas práticas,

a mesma respondeu que não, justificando que teria que arcar com os custos.

Freire (2002) afirma que isso nos revela a atual realidade da maioria das

escolas públicas brasileiras, em que os professores são limitados pela a estrutura que

85,7%

4,1%10,2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

a b c

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lhe é oferecida, o que acaba frustrando os seus anseios e influenciando

negativamente no processo de transferência de conhecimento

Segundo a professora entrevistada, o conhecimento acerca dos processos

de montagem de um herbário é de seu pleno conhecimento, porém pelos motivos já

citados nas questões anteriores como a falta de recurso didático, a mesma acaba

tendo que optar por uma aula mais teórica para poder vencer o conteúdo programático

da disciplina.

Essa resposta revela um grande problema da educação brasileira, pois às

vezes se tem um profissional qualificado e atualizado, porém o mesmo esbarra em

uma barreira difícil de ultrapassar, o que gera uma frustração pessoal e profissional,

influenciando diretamente no seu desempenho e, por conseguinte na aprendizagemdos educando (TARDIFF 1999)

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 A importância deste trabalho foi mostrar que o herbário é uma fonte de

pesquisa bastante rica em conteúdo, pois as informações das plantas estão inseridas

nele como: o tipo de folha, flor e fruto, para o desenvolvimento do conhecimento dos

alunos serem mais compreensível, onde o presente estudo demonstra a necessidade

de se pensar a prática do professor em sua regência, pois se percebe uma sinalização

para a organização de propostas pedagógicas no ensino da Botânica que privilegiem

a construção do conhecimento de forma mais participativa.

 Após os resultados da aplicação do questionário observou-se que as

constatações preliminares indicam a falta de oportunidade de aulas experimentais ou

de práticas opostas a dinâmica tradicional, sem desconsiderar toda a importância a

que se remete, e que se desenvolvam, no mínimo, vinculadas a estas, pois a maioria

dos entrevistados declararam que dificilmente tiveram aulas práticas durante o seu

ensino de Biologia.

Grande parte dos alunos participantes declararam que as ações realizadas

a partir da Unidade Didática Herbário Escolar, condicionaram um importante

aprendizado, admitiram que tornam o ensino de Botânica mais envolvente, porque

possibilita a associação entre a teoria e a prática; sobre o preparo de exsicatas para

estudos de fundamentos teóricos aplicados no reconhecimento de características

básicas do Reino Vegetal, notou-se que muitos alunos consideraram a atividade

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importante para o aprendizado da Botânica por propiciar a articulação teoria/prática,

privilegiando o aprofundamento gradativo dos saberes disciplinares, utilizando-se do

Herbário Escolar como forma de exploração para promover a compreensão da

necessidade do uso dos termos técnicos em aulas de Botânica no Ensino Médio.

Outro ponto a se destacar é que os participantes consideraram que

aplicação do herbário foi importante para o aprendizado da Botânica, e que deve ser

trabalhado com mais frequência.

Por fim, pode-se dizer que as atividades oferecidas na proposta do Herbário

Escolar contribuem para o processo de compreensão e aprendizado da Botânica no

Ensino Médio, podendo ser desenvolvido de forma paralela aos conteúdos de sala,

estimulando nos alunos a observação da natureza e das relações entre os seres vivose que sua aplicação é direcionada diretamente aos conteúdos programáticos do

professor.

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 APÊNDICES

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Apêndice 1.  Estudo do caso: Herbário escolar como recurso didático para o ensino de

Botânica na escola estadual Jesus de Nazaré

Este questionário destina-se a coletas de dados para a elaboração do Artigo necessário à conclusão

de curso de Biologia da Universidade Vale do Acaraú (UVA). Os dados coletados serão divulgados no

trabalho, contudo o nome e a identificação dos entrevistados serão mantidos em SIGILO. Caros alunos

(as), por favor, responda TODAS  as questões, e escolham uma ÚNICA ALTERNATIVA  em cada

questão como resposta. Qualquer dúvida dirigir aos ENTREVISTADORES.

QUESTIONÁRIO

Sexo: ( ) M ( ) F

Idade:____

Série: _______

Questão 1: Quanto a sua rotina diária você:a) - (__) – Só estuda.b) - (__) – Estuda e faz estágio.c) - (__) – Estuda e trabalha.d) - (__) – Outra: ____________________________.

Questão 2  – Qual parte da Biologia te desperta mais a curiosidade para o estudo?a) - (__) – Não gosto de Biologiab) - (__) – Zoologia.c) - (__) – Botânica.d) - (__) – Citologia/Histologia/Embriologia.e) - (__) – Genética e Evolução.

Questão 3  – Com que frequências são realizadas as aulas práticas em Biologia na sua escola?a) - (__) Semanalmente.b) - (__) Mensalmente.c) - (__) Eventualmente ocorre aula pratica em minha escola.

d) - (__) Dificilmente ocorre aula pratica em minha escola.

Questão 4  – Como tem sido as aulas de Biologia em sua escola?a) - (__) – Meramente expositivas, com o professor falando sob a forma de palestra.b) - (__) – Aulas expositivas com pesquisa em livro didático público.c) - (__) – Aulas expositivas com uso do livro didático público e documentários em vídeo.d) - (__) – Aulas expositivas com uso do livro didático público, mescladas com aulas práticas.

Questão 5: A sua participação no Herbário Escolar:a) - (__) – Prejudicou-o em seu trabalho.b) - (__) – Prejudicou-o em seu estudo.c) - (__) – Ajudou-o no seu desenvolvimento nos estudos.d) - (__) – Outra: ____________________________.

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Questão 6: Você considera as atividades desenvolvidas na proposta da Didática do Herbário Escolar:a) - (__) – Importante para o aprendizado da Botânica.b) - (__) – Indiferente para o aprendizado da Botânica.

c) - (__) – Outra: ____________________________.

Questão 7: Sobre a produção de exsicatas para a montagem do acervo temático (plantas usadas nopaisagismo urbano, para fins medicinais, ornamentais, etc.), você considera:

a) (__) – Sem importância por não estar diretamente relacionado aos conteúdos de sala.b) (__) – Indiferente para o estudo da Botânica no Ensino Médio.c) (__)  –  Importante porque permite um ensino voltado para situações Botânica do nosso

convívio.d) (__) – Outra: ____________________________.

Questão 8: A partir de um aspecto geral, as atividades propostas na Didática do Herbário Escolar, emsua opinião:

a) - (__) – Facilitam o aprendizado dos nomes complicados (termos técnicos) por permitirem oenvolvimento com os conteúdos de forma participativa.

b) - (__) – Não contribuem para o ensino da Botânica.c) - (__) - Outra: ____________________________.

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Apêndice 2. Estudo do caso: Herbário escolar como recurso didático para o ensino de Botânica na

escola estadual Jesus de Nazaré

Este questionário destina-se a coletas de dados para a elaboração do Artigo necessário à conclusão

de curso de Biologia da Universidade Vale do Acaraú (UVA). Os dados coletados serão divulgados no

trabalho, contudo o nome e a identificação do (a) entrevistado (a) será mantido em SIGILO.

Questão 1  – Você possibilita aulas práticas de Botânica para seus alunos?

 _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 

 _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________

Questão 2  – Você já utilizou o Herbário escolar como recurso didático nas aulas de Biologia?

 _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________

Questão 3  – A escola oferece recursos didáticos para aulas práticas?

 _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________

Questão 4  – Você tem conhecimento sobre o processo de montagem de um herbário?

 _________________________________________________________________________________ 

 _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________  _________________________________________________________________________________