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  • 7/24/2019 TCC Matriz1 27Revisado Para PDF

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    RESUMO

    A pesquisa visa identificar quais os riscos ocupacionais a que esto expostos os

    trabalhadores da rea da sade. Neste sentido, foi avaliado para saber at que ponto os

    trabalhadores da rea de sade, identificam os agentes propiciadores de riscos

    ocupacionais no ambiente hospitalar, analisados a relao de trabalho hospitalar com os

    riscos ocupacionais na qual est submetido e identificado a importncia do controle e da

    preveno de infeco entre profissionais da rea da sade. A pesquisa foi de cunho

    bibliogrfico retrospectiva de nature!a explorat"ria reali!ada por levantamento de dados

    de literatura, interpretao de livro e de artigos referentes #s problemticas propostas,

    onde o critrio de seleo foi de estudos sobre o tema trabalho hospitalar, cu$o enfoque

    fosse sobre o campo da sade do trabalhador. %oram revisadas as produ&es cient'ficas

    locali!adas nas reas da sade pblica, sade coletiva, medicina social, ergonomia e

    meio ambiente que contemplassem o contedo interveno em espaos de ateno para

    o trabalho em sade e em hospital. (dentificamos que os profissionais de sade

    enfrentam vrios riscos nos seus estabelecimentos de trabalho e muitos desses riscos so

    ignorados e pouco feito para que no se repitam. ) por fim recomendamos que asprticas em servios de sade do trabalhador requerem formula&es e prescri&es com

    interdisciplinaridade, metodologias de investigao e mtodos de interveno com

    pro$eto e plane$amento integrados.

    *alavras+have- trabalhadores da rea de sade, riscos ocupacionais, ambiente

    hospitalar.

    ABSTRACT

    he research aims to identif/ occupational ha!ards to 0hich 0or1ers are

    exposed health care. (n this sense, 0as evaluated to determine the extent to 0hich health

    care 0or1ers, officials identif/ enablers of occupational ha!ards in hospitals, anal/!ed

    the relationship of hospital 0or1 0ith occupational ha!ards to 0hich it is submitted and

    identified the importance of control and prevention of infection among health

    professionals. he bibliographical research 0as an explorator/ retrospective surve/conducted b/ the literature data, the interpretation of boo1s and articles concerning the

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    issues proposed, 0here the selection criterion 0as the sub$ect of studies of hospital

    0or1, 0hose focus 0as on the field of 0or1er2s health. 3e revie0ed the scientific

    production in locali!ed areas of public health, public health, social medicine,

    ergonomics and environmental content to contemplate intervention in areas of attention

    for 0or1 in health and hospital. 3e identified that health professionals face man/ ris1s

    in their establishments and 0or1 man/ of these ris1s are ignored and little is done so as

    not to repeat. %inall/ 0e recommend that the practices in occupational health services

    and prescriptions require formulations 0ith interdisciplinar/, research methodologies

    and methods of intervention 0ith integrated design and planning.

    4e/0ords- health care 0or1ers, occupational ris1s, the hospital environment.

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    5(6A 7) A89):(A;9A6 ) 6(ncia Nacional e :igilncia em 6ade

    8(9)?) = 8iblioteca 9egional de ?edicina

    )9)6 + entro de 9eferencia de 6ade do rabalhador

    5 = onsolidao da 5ei rabalhista

    ))AN = )scola de )nfermagem Anna Ner/

    )N6* = )scola Nacional de 6ade *blica

    )*( = )quipamento de *roteo (ndividual

    %)N% = %aculdade de )nfermagem %ederal

    %(@9; = %undao @s0aldo ru!

    B8 = Bepatite 8

    B(: = :'rus da (munodefici>ncia Bumana

    (8

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    6()5@ = 6cientific )lectronic 5ibrar/ @nline

    SUMRIO

    E. (N9@7;FG@.............................................................................................12

    E.E. %@9?;5FG@ 7@ *9@85)?A....................................................................14

    E.H. B(*I)6)................................................................................................14

    H. @8D)(:@6.................................................................................................15

    H.E. @b$etivo

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    1. INTRODUO

    Neste trabalho buscamos desenvolver uma anlise que levasse a compreenso da

    dinmica da relao trabalhoSsade dos trabalhadores da rea da sade hospitalar,revelando aspectos dessa relao e dando uma maior visibilidade # problemtica da

    relao sadeStrabalho atravs de um estudo de vis qualitativo, procurando estar #

    escuta da dinmica que a' se estabelece, entendendo como o trabalho no ambiente

    hospitalar contribui para a produo de adoecimento nos que l trabalham e ainda

    identificando como se defendem da nocividade do ambiente de trabalho e convivem

    com esta situao.

    @ estudo desta temtica, integrado de pesquisa, revelou a problemtica das

    condi&es precrias de trabalho no que di! respeito aos seus efeitos sobre o quadro de

    sadeSdoena dos trabalhadores da rea hospitalar e o ambiente de risco no qual estes

    trabalhadores esto inseridos.

    @ trabalho teve como ob$etivo geral identificar quais os principais riscos

    ocupacionais aos quais esto expostos os trabalhadores da rea de sade no ambiente

    hospitalar. endo como ob$etivos espec'ficos avaliar at que ponto os trabalhadores da

    rea de sade identificam os agentes propiciadores de riscos ocupacionais no ambiente

    hospitalarT analisar a relao de trabalho hospitalar com os riscos ocupacionais na qual

    esto submetidos e identificar a importncia do controle e da preveno de infeco

    entre profissionais da rea da sade.

    *ara o desenvolvimento deste trabalho lanamos mo de uma pesquisa

    bibliogrfica retrospectiva de nature!a explorat"ria reali!ada por levantamento de dados

    de literatura, interpretao de livro e de artigos referentes #s problemticas propostas.

    9essaltamos que esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros,

    revistas, $ornais, teses disserta&es e anais de eventos cient'ficos.

    @ trabalho depois de finali!ado ficou dividido em @b$etivo

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    Mu'micos, *sicossociais, )rgonmicos. @ item rabalhador Bospitalar mostra que

    dentro dos espaos de interveno e ateno # sade do trabalhador eles executam

    atribui&es, normas e rotinas prescritas durante a formao profissional e agem em

    conformidade com as diretri!es, protocolos institucionais, lei do exerc'cio profissional e

    construtos profissionais aprendidos. 7entro deste contexto foi escrito um t"pico

    constando a )xposio aos 9iscos do rabalhador Bospitalar. As 7iretri!es

    ?etodol"gicas vieram di!er o tipo de estudo, o universo bibliogrfico, instrumentos e

    procedimentos de coleta dos dados. *ara finali!ar apresentamos 7iscusso e as

    onsidera&es %inais.

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    1.1. FORMULO DO PROBLEMA

    Ao reali!ar visita em uma unidade hospitalar para cumprimento das atividades

    do curso de especiali!ao, pudemos perceber que os trabalhadores das unidades

    hospitalares esto vulnerveis a diversos fatores que podem comprometer seu estado de

    sade ou at mesmo suas vidas. *artindo dessa problemtica que despertou+nos o

    interesse sobre o assunto e que surgiram as seguintes indaga&es-

    At que ponto os trabalhadores da rea de sade, identificam os agentes

    propiciadores de riscos ocupacionais no ambiente hospitalarU

    Mual a relao de trabalho hospitalar com os riscos ocupacionais na qual esto

    submetidosU

    Mual a importncia do controle e da preveno de infeco entre profissionais da

    rea da sadeU

    1.2. HIPTESE

    @s riscos ocupacionais prevalentes nos prontos socorros, so identificados e

    preven'veis pelos trabalhadores do nosocmio, contudo, nossa hip"tese levam+nos a

    crer que, embora o profissional de sade promova o cuidado ao indiv'duo doente, pouco

    sabe a respeito de cuidar de sua pr"pria sade profissional, pois a preocupao destes

    trabalhadores com sua sade genrica, na relao sade + trabalho + doena.

    V importante aprofundar o estudo desta problemtica, pois se espera que esse

    trabalho possa conscienti!ar e estimular os gestores e os profissionais da rede hospitalar

    quanto a adoo de uma postura preventiva quanto # sade do trabalhador, ampliar a

    discusso sobre qualidade de vida no mbito institucional e comunitrio e formar

    cidado mais conscientes de seu papel e seu valor no seu local de trabalho e para a

    sociedade.

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    2. OBJETIVOS

    2.1. Objet!" #e$%&

    + (dentificar quais os principais riscos ocupacionais aos quais esto expostos os

    trabalhadores da rea de sade no ambiente hospitalar.

    2.2. Objet!"' E'(e)*+)"'

    + Avaliar at que ponto os trabalhadores da rea de sade, identificam os agentes

    propiciadores de riscos ocupacionais no ambiente hospitalarT+ Analisar a relao de trabalho hospitalar com os riscos ocupacionais na qual

    esto submetidosT

    + (dentificar a importncia do controle e da preveno de infeco entre

    profissionais da rea da sade.

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    ,. METODOLO#IA

    ,.1. T(" -e E't-"

    rata+se de uma pesquisa bibliogrfica retrospectiva de nature!a explorat"riareali!ada por levantamento de dados de literatura, interpretao de livro e de artigos

    referentes #s problemticas propostas.

    onsoante

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    utili!ando as palavras chaves trabalho hospitalar, sade do trabalhador, sade

    ocupacional, acidente de trabalho.

    Nesse escopo esto- artigosT livrosT anais de eventos cient'ficosT disserta&es de

    mestradoT teses de doutoradoT relat"rios tcnicosT manuais e produo cient'fica on+lineTem busca dos estudos originais nas bases de dados dos sites cient'ficos de acesso livre

    do entro 5atino+Americano e do aribe de (nforma&es em i>ncias da 6ade

    W8(9)?)Y + W5(5A6, ?)75(N), @B9AN), 6()5@YT via acesso mico e bibliotecas virtuais W)N6*, 8(9)?)Y.

    %oram tambm pesquisadas as produ&es das seguintes bibliotecas universitrias

    pblicas- %aculdade de )nfermagem W%)N%Y e (nstituto de ?edicina 6ocial W(?6Y,

    ambas da ;)9DT )scola de )nfermagem Anna Ner/, da ;niversidade %ederal do 9io de

    Daneiro W))ANS;%9DYT e do entro de )studos em 6ade do rabalhador e )cologia

    Bumana da )N6*S%(@9;. As tr>s institui&es possuem linhas de pesquisa emsade

    do trabalhador, fornecendo assim contedos pontuais.

    ,.,. I/'t$e/t"'3 P$")e-e/t"' -e C"&et% -"' D%-"'

    A pesquisa se desenvolveu com carter de busca e compreenso dos fenmenos

    sociais relacionados # prtica do trabalho em sade, bem como das interfaces que se

    sobrep&em ao cotidiano e modos de olhar e observar os servios de ateno # sade dotrabalhador. A fase explorat"ria representa o esforo de apreender as dimens&es do

    fenmeno estudado.

    @ critrio de seleo foi de estudos sobre o tema trabalho hospitalar, cu$o

    enfoque fosse sobre o campo da sade do trabalhador. %oram revisadas as produ&es

    cient'ficas locali!adas nas reas da sade pblica, sade coletiva, medicina social,

    ergonomia e meio ambiente que contemplassem o contedo interveno em espaos de

    ateno para o trabalho em sade e em hospital.

    @s contedos te"ricos foram organi!ados a partir do referencial te"rico e

    mapeamento sistemtico das produ&es cient'ficas. )les so apresentados pelos

    seguintes t"picos- conceitos, hist"rico da ateno a sade do trabalhador, a sade do

    trabalhador no 8rasil, dos trabalhadores hospitalares, epidemiologia e os riscos

    hospitalares.

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    4. REFERENCIAL TERICO

    4.1. B$e!e H't5$)" -% Ate/67" 8 S%9-e -" T$%b%&:%-"$.

    *ara que consigamos entender a estrutura do trabalho de sade hospitalar e

    chegarmos especificamente #s condi&es de trabalho e riscos que da' advm, precisamos

    fundamentar historicamente a condio deste trabalho na sociedade capitalista.

    7e acordo com %oucault WEZ[HY, com o desenvolvimento do capitalismo em fins

    do sculo \:((( e in'cio do sculo \(\, ocorre # sociali!ao do corpo enquanto fora

    de produo, sendo investido pol'tica e socialmente como fora de trabalho.

    Num primeiro momento, no foi o corpo como fora de produo que foi

    atingido pelo poder mdico na evoluo da medicina social. ]%oi somente em ltimo

    lugar, na segunda metade do sculo \(\, que se colocou o problema do corpo, da sade

    e do n'vel da fora produtiva dos indiv'duos] W%oucault, EZ[H, p.[XY.

    )ntretanto, a preocupao com o estado de sade da populao em um clima

    pol'tico, econmico e cient'fico comum em todas as na&es do mundo europeu desde

    o final do sculo \:( e comeo do sculo \:((, no per'odo dominado pelo

    mercantilismo.

    9ama!!ini WEZ[LY, foi um mdico italiano que se dedicou a descrever doenasocupacionais, relatou que movimentos violentos e irregulares, bem como posturas

    inadequadas durante o trabalho provocavam srios danos # mquina vital. V a partir do

    sculo \:((, com 9ama!!ini, que surgem as quest&es relativas # temtica sade e

    trabalho, ele escreve um tratado sobre as doenas dos operrios, revelando um primeiro

    olhar sobre essa questo, onde apontam que certas atividades ocupacionais exigem das

    pessoas posturas, esforos f'sicos e mentais que podem produ!ir doenas.

    5aca! WEZZPY aponta que a partir do sculo passado, na 6ade *blica+?edicinaW*reventivaY 6ocial, surge # preocupao de lidar com o impacto do advento do

    capitalismo e da 9evoluo (ndustrial sobre a sade das popula&es urbanas. *assa a

    ser, ento, funo do )stado moderno proteger e promover a sade e o bem+estar dos

    cidados, representando a consubstanciao de uma srie de considera&es pol'ticas,

    econmicas, sociais e ticas.

    6egundo 6ilva WEZZ[Y, a situao entre o trabalho e a sadeSdoena = constatada

    desde a antiguidade e exacerbada a partir da 9evoluo (ndustrial = nem sempre se

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    constituiu em foco de ateno. Afinal, no trabalho escravo ou no regime servil, inexistia

    a preocupao em preservar a sade dos que eram submetidos ao trabalho.

    )ntende+se por trabalho uma atividade coordenada, de carter f'sico eSou

    intelectual, necessria # reali!ao de qualquer tarefa, servio ou empreendimentoW%)99)(9A, HXXEY. ^V a aplicao das atividades f'sicas e intelectuaisT servio,

    esforo..._ W9@BA *(9)6, HXXXY.

    ^7oena, a falta de sade, molstia ou enfermidade_ W9@BA ` *(9)6,

    HXXXY. Bistoricamente, foi entendida e interpretada de vrias maneiras, com o passar

    dos anos e diante da multiplicidade de diferenas culturais.

    5ima WHXXJY salienta que a 6ade do rabalhador definida como ^um con$unto

    de atividades que se destina a prevenir e proteger o trabalhador dos riscos de doenas

    pr"prias de ambientes de trabalho, bem como recuperar sua sade quando submetida a

    qualquer agravo ocasionado pelo trabalho, mediante o estabelecimento de normas de

    sade e segurana_.

    4.2. A S%9-e -" T$%b%&:%-"$ /" B$%'&.

    No que se refere # sade, a onstituio %ederal 8rasileira de EZ[[, expressa no

    seu artigo EZO, que ^a sade direito de todos e dever do )stado, garantido mediante

    pol'ticas sociais e econmicas que visem # reduo do risco de doena e de outrosagravos e ao acesso universal e igualitrio #s a&es e servios para sua promoo,

    proteo e recuperao_ W89A6(5, EZ[[Y.

    Apesar das mudanas estabelecidas na legislao trabalhista, referentes #

    obrigatoriedade de equipes tcnicas multidisciplinares nos locais de trabalho, a

    avaliao quantitativa de riscos ambientais e adoo de ]limites de tolerncia], entre

    outras, ]foram mantidas na legislao previdenciriaSacidentria as caracter'sticas

    bsicas de uma prtica medicali!ada, de cunho individual, e voltada exclusivamente

    para os trabalhadores enga$ados no setor formal de trabalho] W?)N7)6 ` 7(A6,EZZEY.

    6egundo ?endes e 7ias WEZZEY a sade ocupacional no atingiu os ob$etivos

    propostos porque manteve o mesmo referencial da medicina do trabalho firmado no

    mecanicismoT ainda relatam que a sade do trabalhador, no pensamento clssico da

    medicina ocupacional, era entendida como relacionada apenas ao ambiente f'sico, na

    medida em que o trabalhador est em contato com agentes qu'micos, f'sicos e

    biol"gicos que lhe causem acidentes e enfermidades.

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    mundo ocidental. )sse novo enfoque expressou+se nas discuss&es da :((( onfer>ncia

    Nacional de 6ade, na reali!ao da ( onfer>ncia Nacional de 6ade dos

    rabalhadores, e foi decisivo para a mudana estabelecida na nova onstituio %ederal

    de EZ[[.

    4.,. S%9-e -"' T$%b%&:%-"$e' H"'(t%&%$e'

    A preocupao com a questo da sade dos trabalhadores hospitalares no 8rasil

    iniciou+se na dcada de PX, quando pesquisadores da ;niversidade de 6o *aulo

    enfocaram a sade ocupacional em trabalhadores hospitalares.

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    @ ?inistrio da 6ade define trabalhadores como pessoas de ambos os sexos

    que exercem atividades laborais para seu pr"prio sustento eSou dos seus dependentes,

    se$a ele no setor formal ou informal da economia. Aqui esto inclu'dos indiv'duos que

    trabalham ou que trabalharam como empregados assalariados, trabalhadoresdomsticos, avulsos, rurais, autnomos, temporrios, servidores pblicos, trabalhadores

    de cooperativas e empregadores, particularmente os proprietrios de micro e pequenas

    unidades de produo e servios, entre outros W89A6(5, HXXKY.

    D o (nstituto 8rasileiro de

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    4.;. F%t"$e' -e R')" % S%9-e

    @s profissionais de sade enfrentam vrios riscos nos seus estabelecimentos de

    trabalho e muitos desses riscos so ignorados e pouco feito para que no se repitam,

    pois, esses profissionais muitas ve!es trabalham sem a utili!ao de equipamentos de

    proteo individual W)*(Y. )ntre eles encontram+se os riscos biol"gicos, f'sicos,

    qu'micos, psicossociais e ergonmicos. A conviv>ncia com tais perigos predisp&e os

    trabalhadores a se tornarem enfermos e a sofrerem acidentes de trabalho, quando no

    adotadas medidas de segurana.

    @ ?inistrio do rabalho entende por servios de sade, de acordo com as

    Normas 9egulamentadoras JH, ^qualquer edificao destinada # prestao de assist>ncia

    # sade da populao, e todas as a&es de promoo, recuperao, assist>ncia, pesquisa

    e ensino em sade em qualquer n'vel de complexidade_.

    No 8rasil, a legislao sobre 6ade e 6egurana do rabalho descrita atravs

    da Norma 9egulamentadora contida na *ortaria n JHEK de X[SXOSP[ W89A6(5, HXXPY.

    9isco ocupacional toda situao encontrada no ambiente de trabalho, que

    representa perigo a integridade f'sica eSou mental dos trabalhadores W:ieira, EZZOY.

    A Norma 9egulamentadora WN9Y L, elaborada e divulgada pelo ?inistrio do

    rabalho e )mprego, estabelecem que estes riscos constituem+se em todas as situa&es

    que podem tra!er ou ocasionar danos a sade do trabalhador no ambiente de trabalho,

    podendo tra!er consequ>ncias em curto, mdio e longo pra!o, ou se$a, provocar vrios

    tipos de sequelas, desde as imediatas, denominadas agudas, at as tardias chamadas

    crnicas W89A6(5, HXXPY.

    7e acordo com a @rgani!ao (nternacional do rabalho WEZ[LY, os riscos a que

    esto expostos os trabalhadores de servios mdicos e de sade so- f'sicos, qu'micos, a

    doenas transmiss'veis, acidentes e les&es, riscos ergonmicos e de manipulao manual

    e psicossociais.@ ?inistrio da 6ade W89A6(5, HXXPY, classifica os fatores de riscos para a

    sade e segurana dos trabalhadores relacionados com o trabalho, em cinco grandes

    grupos, %'sicos, Mu'micos, 8iol"gicos, )rgonmicos e *sicossociais, ?ecnicos e

    Acidentes.

    @s riscos ficam melhores compreendidos quando so acrescentados alguns

    vocbulos que produ!em especificamente a nature!a do risco, exemplificando os

    choques eltricos Wrisco f'sicoY risco de inc>ndio Wqu'micoY, risco de queda WmecnicoYrisco de contaminao pela hepatite 8 e B(: Wriscos biol"gicosY WAN:(6AY.

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    6egundo a Ag>ncia Nacional de :igilncia, os acidentes nos ambientes

    hospitalares fato. @s principais envolvidos so os profissionais da rea da sade, alm

    do que no podemos descartar a ocorr>ncia desses acidentes com pacientes, visitantes,

    instala&es e equipamentos. ?uitos acidentes acarretam vrios tipos de pre$u'!os, sendoque destes, alguns do origem a a&es legais movidas entre os envolvidos. )ssa situao

    tem ocorrido e sido registrada, com frequ>ncia, em pa'ses desenvolvidos WAN:(6AY.

    V de suma importncia que os gestores, constantemente, possam reforar aos

    seus trabalhadores quanto #s regras e regulamentos de seguranas, estarem atento a

    identificar prticas e condi&es inseguras no ambiente de trabalho, mediante atitudes

    apropriadas que busquem corrigir as irregularidades, bem como, que busque

    proporcionar condi&es adequadas de seguranas e aderir a preveno de acidentes

    como uma prtica normal de suas atividades rotineiras WAN:(6AY.

    4.;.1. R')"' B"&50)"'

    7amasceno WHXXOY chama ateno ao que se referem a risco biol"gico, os micro+

    organismo como v'rus, bactrias e fungos, esto amplamente distribu'dos em uma

    instituio de sade, e a todo o momento sofrem varia&es proporcionais aos seus

    contatos intensos e direto com os pacientes, principalmente quando h o envolvimento

    de secre&es, flu'dos corp"reos, e sangue.onforme

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    para os trabalhadores da rea da sade que ficam expostos a microorganismos

    patog>nicos, sendo a hepatite 8 a doena de maior incid>ncia entre esses trabalhadores.

    7e acordo com ?6 WHXXXY, em publicao no ?anual de ondutas em

    )xposio @cupacional # ?aterial 8iol"gico- Bepatite e B(:, onde se afirma que orisco mdio de se adquirir o B(: de, aproximadamente, X,J ap"s exposio

    percutnea e de X,XZ ap"s exposio mucocutnea. A probabilidade de infeco pelo

    v'rus da hepatite 8 ap"s exposio percutnea significativamente maior do que a

    probabilidade de infeco pelo B(:, podendo atingir at KX em exposi&es onde o

    paciente+fonte apresente sorologia B8 e Ag positiva. )ntretanto, para o v'rus da hepatite

    , o risco mdio de E.[. 7ependendo do teste utili!ado para diagn"stico de hepatite

    , o risco pode variar de E a EX.

    4.;.2. R')"' F*')"'

    8ulh&es WEZZ[Y corrobora com a AN:(6A quando enfati!a o calor, ru'dos,

    radia&es ioni!antes, radia&es no ioni!antes e press&es anormais, como os principais

    agentes f'sicos encontrados no ambiente hospitalar. )mbora os n'veis de iluminao

    se$am relacionados diretamente a problemas de sade, sua anlise feita por estar

    relacionada a todas as atividades de trabalho.

    4.;.,.

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    4.;.;. E$0"/=)"'

    Ara$o WHXXKY afirma que a ergonomia a ci>ncia que estuda a adaptao do ser

    humano ao trabalho procurando adaptar as condi&es de trabalho #s caracter'sticas

    f'sicas e limita&es individuais do ser humano. ) afirma que as pessoas so diferentes

    em altura, estruturas "sseas e musculares, algumas so mais fortes e com capacidade

    diferenciada para suportar o stress f'sico e mental.

    *ara Dansen WEZZPY os fatores ergonmicos so aqueles que incidem na

    adaptao entre o trabalho+trabalhador. 6o eles o desenho dos equipamentos, do posto

    de trabalho, a maneira como o trabalho desenvolvido, comunicao e o meio

    ambiente.

    @ freqente levantamento de peso para movimentao e transporte de pacientes

    e equipamentos, a postura inadequada e flex&es de coluna vertebral em atividades de

    organi!ao e assist>ncia podem causar problemas # sade do trabalhador, tais como

    fraturas, lombalgias e vari!es e esto relacionados a agentes ergonmicos W6(5:A,

    EZZ[Y.

    ;. O TRABALHO HOSPITALAR

    @ hospital uma organi!ao social constru'da nas cidades, $untamente com as

    transforma&es tecnol"gicas do mundo do trabalho. V uma organi!ao com cenrios de

    negocia&es, trocas com conforma&es de diferentes representantes grupos humanosT

    saiu do dom'nio da religiosidade para o da racionalidade cient'fica e tem nas suas

    rela&es resqu'cios de padr&es de comportamentos e de disciplina.

    @ perfil epidemiol"gico, a construo de protocolos, normas e rotinas tra!em ao

    processo de trabalho uma organi!ao prescrita da atividade, favorecendo a

    identificao de responsabilidades e de hierarquias de fun&es. @ investimento em

    equipamentos, recursos humanos, a insero e direitos dos usurios como cidado, o

    arcabouo legislativo em prol das interven&es e a regulao $unto aos servios so

    gradativamente crescentes, sobretudo para o servio do tipo hospitalar.

    ?achado e orrea WHXXXY relatam que as rela&es e interfaces entre a sade, a

    produo, os trabalhadores e a identificao anal'tica das especificidades do processo de

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    trabalho no setor de servios de sade e no hospital sabidamente recente nas pesquisas

    sobre o tema.

    onsoante ?erh/ et Al WHXXOY o processo de trabalho hospitalar definido como

    sendo do tipo ^complexo e mltiplo, pouco articulado, com diferenciao e hierarquiaentre os grupos profissionais envolvidos no processamento do trabalho e pelo discurso

    mdico+hospitalar dominante sobre as parte do corpo_.

    ?erh/ et al. WHXXOY salientam ainda que o trabalho em sade constitu'do de

    atos de cuidar nas esferas individual, coletiva e social, relacionando+se aos meios, aos

    lugares e #s coisas em que este$a inserido na busca da construo da categoria sade.

    5ogo, o processo de trabalho hospitalar caracteri!a+se por marcada interao

    humana. As atividades e tarefas so desempenhadas pelo trabalho humano de forma

    rec'proca e interdependente, dando ampliada problemati!aro para o carter coletivo da

    relao sade e trabalho.

    @s profissionais de sade executam atribui&es, normas e rotinas prescritas

    durante a formao profissional e agem em conformidade com as diretri!es, protocolos

    institucionais, lei do exerc'cio profissional e construtos profissionais internali!ados. @

    conhecimento em sade no pela determinao da organi!ao in loco, h um ente

    superior a ela, que a instituio e a categoria profissional a que se pertence.

    ?erh/ WHXXLY afirma que aos trabalhadores das atividades indiretas do cuidado

    so exigidos conhecimentos gerais aplicados os ambientes de trabalho, que podem ser

    utili!ados para as especificidades organi!acionais hospitalares. 9elata ainda que a

    formao espec'fica aos conhecimentos de sade recente para o con$unto de

    trabalhadores que no lidam diretamente com o cuidado. )ntretanto, ?erh/ WHXXLY

    salienta que os trabalhadores das atividades diretas do cuidado desenvolvem seus atos

    de cuidar e providenciam os instrumentos tcnicos e cient'ficos para seus processos

    produtivos, integrando+os no agir humano e no ato produtivo com marcada importncia

    e destaque em funo da autonomia e valorao profissional.

    ?achado et al. WHXXOY nos di! que a municipali!ao que se iniciou na dcada de

    EZZX e a integrao dos hospitais universitrios ao 6;6 favoreceram o

    redirecionamento do financiamento do sistema de sade brasileiro, permitindo

    ampliao da rede de cuidados e de acesso a servios especiali!ados com o crescimento

    da assist>ncia hospitalar e das redes pblica e privada em servios de sade para o

    territ"rio nacional.

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    6egundo o ?6 WHXXPY, postos e centros de sade, cl'nicas, centros de assist>ncia

    # sade, pronto socorros, unidades mistas, hospitais, complementao diagn"stica e

    terap>utica, cl'nicas de reabilitao e laborat"rios de anlise cl'nica, formam um

    con$unto de estabelecimentos de servios de sade, esto distribu'dos de acordo comuma dada localidade. Neles podemos identificar indicadores de sade sobre a demanda

    de pessoas que frequentam um determinado local de acordo com a especificidade do seu

    problema de sade.

    (sto tra! implica&es no somente para as organi!a&es, mas, sobretudo, para os

    processos de trabalho e para as rela&es de v'nculo e de gesto da produo. Ao

    processo de trabalho acrescentaram+se novos profissionais, que no somente o mdico e

    a equipe de enfermagem. al fato trouxe novos conceitos e interao disciplinar para o

    desenvolvimento das atividades relacionadas a este sistema. A recriao de estratgias

    de espaos e papis a serem desempenhados aumentou o acirramento das defesas das

    hegemonias clssicas de poder, aguada pelo surgimento de atividades profissionais

    complementares aos processos clssicos do cuidado hospitalar.

    As dificuldades em lidar com as assimetrias de conhecimentos assistenciais

    tornaram+se mais presentes, por requerem coordena&es de processos de trabalho em

    uma dinmica de necessria autonomia profissional mergulhada em fatores

    interdependentes e interdisciplinares. @ que marcante ho$e, tanto no trabalho em sade

    quanto nos hospitais, so os lcus precrios de vinculao #s institui&es que, entre

    outros fatores, gera baixo grau de responsabili!ao e de envolvimento + com frgil

    construo de rela&es de trabalho.

    @s modelos de cooperativas t>m crescido muito nos ltimos anos, criadas como

    prestadoras de servios a clinicas e hospitais. Dustifica+se tal crescimento a reduo do

    nmero de contrata&es de trabalhadores como pessoas f'sicas pelos "rgos

    governamentais WN)@, HXXPY.

    A terceiri!ao dos profissionais, visando redu!ir os custos, e a compra de

    atividades consideradas no+especiali!adas, com contratao de empresas que oferecem

    mo+de+obra terceiri!ada dos seus trabalhadores, aparece nos setores dos servios de

    limpe!a, lavanderia, copaSco!inha e segurana.

    )ste panorama dos servios do tipo hospitalar no cenrio brasileiro reflete parte

    dos desafios a ser considerado na concepo dos espaos de interveno e ateno #

    sade do trabalhador que visem a atend>+lo e que, sobretudo, tem a necessidade de

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    aprender a lidar com a coordenao diante de um trabalho autnomo e integrado das

    rela&es de produo e de vida.

    ;.1. E>("'67" %"' R')"' -" T$%b%&:%-"$ H"'(t%&%$

    @ exerc'cio de atividades laborais consome boa parte da vida produtiva das

    pessoas, no entanto, essa relao homemStrabalho pode se tornar nociva, diante da maior

    probabilidade de ocorr>ncia da exposio do trabalhador a fatores de risco em seu

    processo de trabalho, ocasionando transforma&es na sua sade f'sica e mental,

    conforme afirmao de arrasco WEZ[ZY apud ?orais WHXXZY.

    Nesse contexto, destacam+se alguns grupos com maior vulnerabilidade e de

    elevado risco para a ocorr>ncia de acidente e de doenas laborais. 6egundo avalcante

    et al. WHXXOY o grupo com maior risco corresponde ao dos profissionais de sade,principalmente aqueles que atuam em unidades hospitalares, por estarem em constante

    contato com diversos fatores de riscos ocupacionais, expondo+se mais do que outros

    grupos de trabalhadores.

    ?endes WEZZLYT 8ulh&es WEZZKYT Alves WEZ[[YT ?ar!iale ` 9o!estraten WEZZLYT

    Alexandre ` Angerami WEZZLYT ?achado `

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    levantamento e transporte manual de peso, postura inadequada, trabalho

    noturno, situa&es causadoras de estresse ps'quico, na maioria das ve!es

    arran$o f'sico inadequado, materiais inadequados ou defeituosos,

    iluminao inadequadaT *essoal de co!inha e copa- exposio ao calor, trabalho noturno,

    mquinas e equipamentos sem proteo, arran$o f'sico inadequado,

    materiais inadequados ou defeituosos, probabilidade de inc>ndio ou

    explosoT

    Auxiliares de costura- postura inadequada, monotonia e repetitividade,

    iluminao inadequadaT

    Auxiliar de farmcia e almoxarifado- levantamento de peso, posturainadequada, arran$o f'sico inadequadoT

    6ervios de escrit"rio Wrecepcionista, secretria, auxiliar de escrit"rio,

    digitador, office+bo/, escriturrio, etc.Y- iluminao deficiente, postura

    inadequada, les&es por esforos repetitivos + 5.).9., monotonia e

    repetitividadeT

    cnicos de 9\- exposio a radiao.

    :isto que existe uma gama de fatores relacionados diretamente aos riscosocupacionais, percebe+se que a adoo de medidas preventivas de grande importncia

    no sentido de inibir a ocorr>ncia de acidentes no ambiente hospitalar. )ntendemos como

    profissionais de sade hospitalar aqueles citados anteriormente. B outros ainda que no

    foram, como por exemplo os mdicos,

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    %risamos que a precari!ao do trabalho est ligada a uma precari!ao da sade

    como apontam :ieira e Arau$o WHXXJY. Nesse contexto a concepo de sade, tradu! um

    campo de lutas no qual o su$eito constr"i o seu destino, reagindo aos diversos

    obstculos com os quais confrontado no cotidiano da vida e particularmente dotrabalho.

    B que se considerar os processos de trabalho como um conceito a ser priori!ado

    durante as observa&es, pois este propiciador da deteco de elementos concretos da

    realidade dos trabalhadores e dos modos de ser dos processos produtivos e da sua

    determinao sobre a relao sade+trabalho.

    A organi!ao do trabalho corrobora os estreitamentos dessas rela&es,

    apontando passos para a proposio de prticas investigativas e de metodologias de

    interveno. )stas devero ser capa!es de reunir os aspectos hist"ricos e sociais do

    mundo do trabalho, propiciando crescimento e empreendimento por parte dos atores

    envolvidos nos programas, ncleos, departamentos, divis&es e servios de ateno aos

    trabalhadores.

    @ universo metodol"gico do campo deve transcender #s categorias profissionais,

    uma ve! que a consolidao de uma equipe integrada permite a aplicao das avalia&es

    #s situa&es e cenrios de trabalho.

    ;m pro$eto nico com a integralidade das a&es de interveno para o estudo da

    relao sade+trabalho propicia as informa&es de indicadores em sade do trabalhador

    com vistas # construo de diretivas de interven&es coletivas a serem aplicadas aos

    cenrios reais dos processos de trabalho.

    Assim, podemos refletir que o trabalho produ! valores e tambm os su$eitos que

    produ!em tais valores, ou se$a, esse procedimento se desdobra na produo de

    sub$etividades, que por sua ve! interferem e transformam o processo de trabalho

    A manuteno dos conceitos, pressupostos e possibilidades metodol"gicas

    flex'veis e estimuladoras que visem # integrao da equipe promotora parece+nos ser o

    modo de coordenar e de desenvolver ateno para o trabalhador.

    No trabalho em sade e para o cenrio hospitalar, h que se considerar o

    destaque para os aspectos das especificidades dos processos de trabalho. (sto requer

    aprimoramentos e refinamentos que abarquem a complexidade e as dimens&es humanas

    deste trabalho. )sta caracter'stica pontual da organi!ao produtiva hospitalar tem em si

    mesma, a pressuposio de uma exig>ncia metodol"gica que apreenda as dimens&essub$etivas e do trabalho negociado.

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    7esse modo, com o ob$etivo de investigar e de problemati!ar as quest&es da

    relao sade+trabalho hospitalar, o caminho metodol"gico ir requerer o

    estabelecimento de discuss&es sobre o setor de servios e de sade. A observao do

    instrumento metodol"gico pode vir a$udar a tradu!ir as verdades sobre as reaiscondi&es de trabalho.

    onstruir o plane$amento das a&es em sade do trabalhador a partir dos

    diferentes n'veis de aprofundamento metodol"gicos para o conhecimento, a

    investigao e a interveno concebem poss'veis modos de se fa!er ateno. )ntretanto,

    para o desenvolvimento de quaisquer modos de interveno e ateno, h que se

    considerar a previso e proviso dos recursos que deveram ser disponibili!ados para o

    servio, a baixa implementao dos recursos metodol"gicos do plane$amento e do saber

    da gesto em servios de sade tem gerado fragilidade estrutural e demonstrado o

    m'nimo alcance de >xito e de satisfao sobre a execuo dos pro$etos de ateno em

    sade do trabalhador.

    7eve+se ter a maturidade de reconhecer, por intermdio da avaliao continuada

    do pro$eto coordenado de trabalho, se houve e se h a car>ncia de ob$etivos, metas de

    a&es e de defini&es das atividades dos processos de trabalho.

    @s modos a serem empregados na construo das a&es durante as fases do

    plane$amento coletivo sobre o desenvolvimento do pro$eto de trabalho pode se d por

    meio do reconhecimento das reas de atuao, identificando seus componentes e eixos

    que iro compor o plano de ao. @ dilogo com todos os espaos e interlocu&es so

    aspectos que devero estar presentes e, quando no, devero ser alcanados. 7esse

    modo, o plane$amento dever atender # observncia dos desafios com estruturao de

    ob$etivos, expresso dos resultados e vontades por metas e construir de a&es passo+a

    passo, seguido da qualificao e capacitao dos envolvidos no plane$ar, implementar e

    avaliar.

    @s ob$etivos estratgicos devem ser freqentemente avaliados e reavaliados para

    o favorecimento de constru&es de metas e de desafios seguidos das observa&es dos

    cenrios e as anlises situacionais, estabelecimento da cont'nua identificao e

    avaliao dos pontos fortes e assertivos, bem como dos pontos fracos e desafiadores.

    )ssa forma de entendimento e aplicao do plane$amento + que pode ser

    estratgico e situacional + permitir a reorgani!ao das atividades com o

    estabelecimento de medidas adequadas # superao dos desafios identificados. abe

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    ressaltar que as a&es em sade do trabalhador so elementos constitutivos e integrantes

    das atividades que comp&em os processos de trabalho.

    @. CONCLUSO

    onclui+se que os trabalhadores de sade conhecem os riscos # sua sade de

    uma forma genrica. Na literatura pesquisada, percebe+se que o conhecimento

    demonstrado fruto da prtica cotidiana e no oriundo da exist>ncia de um servio de

    sade ocupacional. )sse conhecimento, entretanto, no se transforma numa ao segura

    de preveno de acidentes e doenas ocupacionais, o que aponta para a necessidade de

    uma atuao que venha a modificar essa situao.

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    @ trabalhador que presta assist>ncia em sade, direta ou indiretamente, demonstra

    preocupar+se muito com o cuidado do cliente e pouco com os riscos a que est exposto ao

    prestar este cuidado. )ntendendo que o trabalhador na rea da sade hospitalar fica exposto a

    diversos riscos ambientais, f'sicos e mentais.

    7entro deste contexto percebe+se que esta temtica representa um esforo de

    compreenso deste processo + como e porque ocorre +. abe, aos gestores de sade,

    provid>ncias no sentido de desenvolver alternativas de interveno que levem a

    transformao em direo # apropriao pelos trabalhadores da dimenso humana do

    trabalho. Mue os avanos citados com relao # ateno a sade dos trabalhadores saiam

    definitivamente do papel e se$am incorporados, de fato, ao cotidiano dos trabalhadores

    de um modo geral e em particular dos trabalhadores da sade. *ois se entende que

    invivel um lugar que deveria promover a sade acaba produ!indo adoecimento.

    REFERNCIAS BIBLIO#RFICAS

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