tcc - josé bento da silva neto

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LIBERTAS - FACULDADES INTEGRADAS JOSÉ BENTO DA SILVA NETO Desktop Ypê - Personalização de Sistema Operacional Linux, otimizado às necessidades especificas dos Postos de Saúde de São Sebastião do Paraíso – MG. São Sebastião do Paraíso 2010

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Page 1: TCC - José Bento da Silva Neto

LIBERTAS - FACULDADES INTEGRADAS

JOSÉ BENTO DA SILVA NETO

Desktop Ypê - Personalização de Sistema Operacional Linux, otimizado às

necessidades especificas dos Postos de Saúde de São Sebastião do Paraíso – MG.

São Sebastião do Paraíso

2010

Page 2: TCC - José Bento da Silva Neto

JOSÉ BENTO DA SILVA NETO

Desktop Ypê - Personalização de Sistema Operacional Linux, otimizado às

necessidades especificas dos Postos de Saúde de São Sebastião do Paraíso – MG.

São Sebastião do Paraíso

2010

Trabalho apresentado ao Departamento de

Sistemas de Informação da Libertas –

Faculdades Integradas para obtenção do título

de Bacharel em Sistemas de Informação.

Orientador: Prof. Esp. Dorival Moreira

Machado Junior

Page 3: TCC - José Bento da Silva Neto

FOLHA DE APROVAÇÃO

José Bento da Silva Neto

Aprovado em:

Banca Examinadora

Prof.: Dorival Moreira Machado Junior Instituição: Libertas – Faculdades Integradas Assinatura: Prof..: Gustavo Poli Lameirão da Silva Instituição: Libertas – Faculdades Integradas Assinatura: Prof.: Mairum Geoldo Andrade Instituição: Libertas – Faculdades Integradas Assinatura:

Trabalho apresentado ao

Departamento de Sistemas de

Informação da Libertas – Faculdades

Integradas para obtenção do título de

Bacharel em Sistemas de Informação.

Page 4: TCC - José Bento da Silva Neto

Dedico este trabalho à minha esposa Thais, meu filho Rafael e minha mãe Marly,

com muito carinho, pelo apoio e compreensão durante todo o período de

desenvolvimento deste trabalho.

José Bento da Silva Neto

Page 5: TCC - José Bento da Silva Neto

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Prof. Esp. Dorival Moreira Machado Junior pela atenção e apoio

durante o desenvolvimento deste trabalho.

Page 6: TCC - José Bento da Silva Neto

RESUMO

BENTO, José da Silva Neto. Desktop Ypê - Personalização de Sistema Operacional Linux, otimizado às necessidades especificas dos Postos de Saúde de São Sebastião do Paraíso – MG. 2010, 67 p. Trabalho de Conclusão de

Curso (Graduação em Sistemas de Informação) – Departamento de Sistemas de

Informação, Libertas – Faculdades Integradas, São Sebastião do Paraíso – MG.

Atualmente estão disponíveis por diversas comunidades de desenvolvimento

espalhadas pelo mundo, acessíveis por meio da internet, uma grande variedade de

softwares que proporcionam uma infinidade de funcionalidades, que atendem às

necessidades de vários segmentos do mercado. E que em sua maioria são obtidos

gratuitamente. O desenvolvimento do Projeto “Desktop Ypê” visa utilizar-se desses

softwares para atender de forma especifica as necessidades das Unidades de

Saúde do município de São Sebastião do Paraíso – MG, onde se caracterizam num

ambiente onde são poucas as funcionalidades a serem atendidas, mas que o

Sistema Operacional utilizado atualmente, além de possuir custo para uso, não

consegue atender de forma satisfatória essas poucas funcionalidades, por consumir

demasiadamente os recursos de hardware disponíveis.

Palavras chaves: GNU/Linux, Personalização, Debian, Computadores antigos,

Software Open-Source, Software Livre

Page 7: TCC - José Bento da Silva Neto

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 Uso de Servidores WEB ........................................................................... 21

Figura 2.2 Evolução dos Sistemas Linux................................................................... 22

Figura 2.3 Sistemas Operacionais em uso nos supercomputadores ........................ 23

Figura 2.4 Comparação entre a evolução do Sistema UNIX e dos Sistema Linux .... 23

Figura 2.5 Pesquisa sobre Adoção de Linux 1 .......................................................... 24

Figura 2.6 Pesquisa sobre Adoção de Linux 2 .......................................................... 25

Figura 2.7 Orgãos Federais que utilizam soluções em Software Lvre ...................... 28

Figura 3.1 EAP (Estrutura Analítica do Projeto) ........................................................ 36

Figura 3.2 Partições criadas para o desenvolvimento ............................................... 40

Figura 3.3 Arquivo fstab.conf do sistema anfitrião ..................................................... 40

Figura 3.4 Uso do debootstrap .................................................................................. 41

Figura 3.5 Resumo dos comandos utilizados ............................................................ 44

Figura 3.6 Tela do Gerenciador de Boot – GRUB ..................................................... 45

Figura 3.7 Imagem exibida durante o boot ................................................................ 46

Figura 3.8 Tela de Autenticação de Usuário no Sistema........................................... 47

Figura 3.9 Desktop .................................................................................................... 48

Figura 3.10 Terminal Server Client ............................................................................ 49

Figura 3.11 Comparativo de desempenho entre os Sistemas ................................... 50

Figura 3.12 Processamento Desktop Ypê ................................................................. 51

Figura 3.13 Processamento Microsoft Windows ....................................................... 51

Figura 3.14 Desktop Microsoft Windows XP ............................................................. 52

Page 8: TCC - José Bento da Silva Neto

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ........................................................................ 10

1.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 10

1.3 OBJETIVOS DO PROJETO ......................................................................... 10

2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 12

2.1 SOFTWARE LIVRE ...................................................................................... 12

2.2 LINUX ........................................................................................................... 17

2.3 TENDÊNCIAS E INCENTIVOS À ADOÇÃO DE SOFTWARE LIVRE .......... 21

2.4 FERRAMENTAS PARA PERSONALIZAÇÃO .............................................. 29

3 METODOLOGIA................................................................................................. 35

3.1 ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO .................................................... 36

3.2 DICIONARIO DA ESTRUTURA ANALITICA DO PROJETO - EAP ............. 36

3.3 DESENVOLVIMENTO ................................................................................. 39

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................................................... 45

4.1 RESULTADOS DOS TESTES LÓGICOS .................................................... 45

4.2 RESULTADOS DOS TESTES FUNCIONAIS .............................................. 49

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 53

5.1 CONCLUSÃO............................................................................................... 53

5.2 LIMITAÇÕES DO PROJETO........................................................................... 54

5.3 TRABALHOS FUTUROS................................................................................. 54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 55

APÊNDICES .............................................................................................................. 59

Page 9: TCC - José Bento da Silva Neto

9 1 INTRODUÇÃO

A Prefeitura Municipal de São Sebastiao do Paraiso, MG, possui diversos

postos de atendimento em Saude em todo municipio. Aproximadamente são 25

postos, entre eles: Pronto Socorro, Ambulatorios, USFs (Unidades de Saúde da

Família) e Farmacia Municipal.

A recepção do paciente para qualquer procedimento (atendimento,

agendar consulta e etc) é feito através do sistema de Gestão de Saúde, que é

acessado remotamente a partir dos postos de atendimento ao servidor localizado do

prédio central na Prefeitura.

A unica função do computador nesses atendimentos é prover o recurso

necessário para acesso ao Sistema de Gestão em Saúde.

O parque computacional desses Postos, caracterizasse por computadores

adquiridos a quase 10 anos, onde não são possiveis upgrades. Os softwares

utilizados, Sistemas Operacionais e Antivirus são atualizados frequentemente e a

cada atualização mais recursos de hardware são consumidos.

Os recursos de hardware disponiveis, que já são escassos, são

consumidos quase que em totalidade para executar apenas o sistema operacional e

antivirus. Tornando o uso desses computadores inviavel ao ambiente ao qual estão

inseridos. Pois nesse ambiente a alta disponibilidade é fundamental.

Este trabalho visa desenvolver uma personalização do Sistema

Operacional Linux, que contenha somente aplicativos que realmente atendam às

necessidades destes postos de Saúde e que viabilizem o uso dos computadores

disponíveis.

No capitulo 2, está toda base teórica deste trabalho, onde foram

pesquisados temas essenciais aos objetivos do trabalho, como: Tipos de Licença de

Software, Distribuições Linux, Ferramentas que auxiliam da personalização de

sistemas operacionais Linux e Tendências à adoção de Sistemas Operacionais

Linux.

O capitulo 3, contempla todo o desenvolvimento do projeto, desde a

especificação das ferramentas utilizadas, a definição das fases do projeto e

desenvolvimento passo-a-passo.

Page 10: TCC - José Bento da Silva Neto

10

No capitulo 4, são demonstrados os resultados obtidos a partir dos testes

efetuados durante o desenvolvimento e a partir do uso do Desktop Ypê em ambiente

real.

O capítulo 5 contempla as considerações finais do projeto. Descrevendo a

conclusão, limitações do projeto e os projetos futuros.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Como manter em produção os computadores dos postos de saúde de

São Sebastião do Paraíso utilizando Sistema Operacional Livre, visando estabelecer

uma relação entre Usuários, Computadores e Prefeitura, na qual se alcance altos

graus de operabilidade, qualidade e eficiência dos serviços?

1.2 JUSTIFICATIVA

Economia na aquisição de novos computadores;

Economia na aquisição de licenças de softwares;

Prolongamento da vida útil do hardware envolvido, reduzindo a

emissão de "lixo eletrônico" ao meio-ambiente;

Substituição dos HDs por memórias flash, cd-rom e outras mídias de

armazenamento disponíveis.

Simplificação do uso operacional do computador;

Melhor uso dos recursos de hardware disponíveis;

1.3 OBJETIVOS DO PROJETO

Pesquisar os tipos de licença de Distribuição de software;

Pesquisar as ferramentas que automatizam a criação de Distribuições;

Pesquisar as Distribuições Linux e Aplicações disponíveis sob licenças

de distribuição livres;

Pesquisar sobre a adoção de soluções livres em órgãos públicos;

Page 11: TCC - José Bento da Silva Neto

11

Levantar aplicações de software utilizadas nos Postos de Saúde;

Definir aplicações que serão incorporadas à Distribuição a ser

desenvolvida;

O objetivo do projeto é desenvolver uma personalização do Sistema

Operacional Linux que possua todas as funcionalidades inerentes às atividades

praticadas no ambiente ao qual será implantada. E que seja otimizada ao hardware

disponível neste ambiente, proporcionando agilidade e facilidade no uso do sistema.

Tornando viável a continuidade do uso do hardware disponível.

O ambiente para o qual o projeto está sendo desenvolvido é composto

por diversas unidades de saúde do município de São Sebastião do Paraíso – MG.

Dentro de cada Unidade de Saúde, existem as recepções, que são responsáveis por

encaminhar os pacientes aos diversos serviços ambulatoriais fornecidos pela

administração pública municipal.

Page 12: TCC - José Bento da Silva Neto

12 2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 SOFTWARE LIVRE

2.1.1 Tipos de Licença de Software

O uso de qualquer tipo de software é condicionado por licenças, são

essas licenças responsáveis por determinar quais os direitos o usuário, enquanto

consumidor do produto: software, tem sobre ele, considerando não só a execução,

mas também a redistribuição, a modificação e sua atualização, segundo Silveira

(2004, p. 19) “... uma licença de software é um contrato que define as condições de

uso daquele programa.”

As licenças de software são definidas segundo o modelo de

desenvolvimento utilizado pelo autor, segundo Silveira (2004) podem ser definidos

dois modelos de desenvolvimento: o modelo proprietário e o modelo colaborativo. O

Modelo Proprietário de Desenvolvimento de Software é utilizado por empresas

comerciais cujo foco é obter lucro através da venda licenças que garantem todas as

funcionalidades do software. Como estratégia de mercado essas empresas impõem

diversas restrições quanto ao uso de seus softwares, visando uma forma de proteger

a tecnologia utilizada no seu desenvolvimento, perante aos concorrentes e criar um

certo tipo de dependência , perante aos usuários. Através dessas licenças restritivas

não é possível aos usuários: fazer cópias do software e compartilhar com outros

usuários, ter acesso ao código-fonte do software e a modificá-lo. A dependência ao

software proprietário é criada a partir do momento em que são lançadas pelo

Fabricante, atualizações de segurança, correções de bugs, novas funcionalidades e

novas versões, onde dependendo do contrato de Uso que foi feito, além do software

o usuário deverá pagar também por mais essas atualizações. (SILVEIRA, 2004)

O modelo Proprietário de Desenvolvimento foi definido por Raymond

(2001) como o modelo Catedral, onde o desenvolvimento de um software é

comparado ao processo de construção de uma Catedral, sendo esse

desenvolvimento isolado, centralizado, restrito a apenas um grupo de indivíduos e

divido em fases, onde todo conhecimento envolvido na construção ficará restrito aos

Page 13: TCC - José Bento da Silva Neto

13 engenheiros e conseqüentemente a resolução de problemas decorrentes ficará a

cargo deles.

O Modelo Colaborativo de Desenvolvimento é utilizado por

desenvolvedores geralmente organizados em comunidades locais ou

geograficamente distribuídos que se comunicam através da Internet. E esse modelo

não deixa de ser utilizado também por empresas comerciais, porém focadas na

obtenção de lucros na prestação de serviços e não na comercialização de licenças.

É caracterizado por permitir diversas liberdades ao usuário, principalmente o acesso

ao código fonte, podendo o usuário personalizá-lo ou modificá-lo segundo suas

necessidades. (SILVEIRA, 2004)

Raymond (2001) comparou o Modelo Colaborativo a um Bazar, onde

vários produtos são ofertados e existe uma grande efervescência nas trocas de

informações, onde afirma “... dados bastantes olhos, todos os erros são triviais.”

Demonstrando o quanto o modelo colaborativo é eficiente e rápido no

desenvolvimento de correções de bugs, atualizações e novas versões. Deixando

isso claro como uma vantagem do modelo Bazar sobre o Catedral.

Qualquer tipo de licença de software seja desenvolvido pelo modelo

Proprietário ou Colaborativo é assegurada pelas leis do Copyright, que para Saleh

(2004) garantem a autoridade do autor sobre a obra. Porém o copyright é utilizado

de forma diferente pelos dois modelos de desenvolvimento. Enquanto o modelo

proprietário o utiliza para garantir diversas restrições quanto ao uso do software, o

modelo colaborativo o utiliza de forma contraria, ou seja, assegura através dele as

liberdades de uso do software. Esse conceito de uso de copyright pelo modelo

colaborativo foi denominado como Copyleft. (GNU, 2010). Esse conceito, segundo

Raymond (2001), permite ao software “... possuir autores, mas não donos...”.

Para Toledo (2002), software proprietário é aquele cuja licença de uso

não permite acesso ou modificações ao código-fonte, livre distribuição e restringe a

execução do software mediante a aquisição da licença.

Para Hexsel (2002), existem ainda softwares proprietários do tipo

Freeware, Semi-livre e Shareware. O Sofware Freeware é aquele cuja a licença

permite a livre distribuição e execução, porém não permite o acesso e modificação

Page 14: TCC - José Bento da Silva Neto

14 no código fonte. Já o Software Semi-livre permite a distribuição, execução e

modificação no código fonte, porém não podendo ser utilizado para fins comerciais.

E o software Shareware, é aquele cuja licença permite sua livre sua distribuição,

porém sua execução é restrita a um período de tempo pré-estabelecido. Esse tipo

de licença permite ao usuário testar as funções do software.

“Existem vários estilos de licenças para a distribuição de software livre ,

que se distinguem pelo grau de liberdade outorgado ao usuário.” (HEXSEL, 2002, p.

5). Essas licenças podem ser do tipo GPL, BSD, Open Source, entre outras.

Para Saleh (2002), a licença GPL (GNU General Public License) foi a

primeira licença para software livre criada. Suas principais características são: a

liberdade de uso, acesso e modificação do código fonte, distribuição e redistribuição.

A GPL foi criada em 1984 por Richard Stalmann, através do Projeto GNU, cujo

objetivo era criar um Sistema Operacional totalmente livre. (GNU, 2010)

“Nossa Licença Pública Geral foi desenvolvida para garantir que você tenha a liberdade de distribuir cópias de software livre (e cobrar por isso, se quiser); que você receba o código-fonte ou tenha acesso a ele, se quiser; que você possa mudar o software ou utilizar partes dele em novos programas livres e gratuitos.” (GNU, 2010)

Para Toledo (2002, pag. 12), “... a GPL não tem como objetivo restringir

os direitos do usuário sobre o software, mas sim garantir uma série de liberdades...”

Sendo que para Aguiar et al. (2009, pag. 85), “[...] o sentido dado a palavra liberdade

não é o da ausência de regras”. A GPL está fundamentada em quatro liberdades.

“A liberdade para executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0); A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade nº 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade; A liberdade de redistribuir, inclusive vender, cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade nº 2); A liberdade de modificar o programa, e liberar estas modificações, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade nº 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.” (GNU, 2010)

A única restrição imposta pela GPL é que nenhum software dela derivado

poderá tornar-se um software proprietário, garantindo assim a perpetuação e

manutenção da licença. (SILVEIRA, 2004)

Para a GPL o ideal de software ser livre é motivado por questões

ideológicas pautadas por uma filosofia que prima pela liberdade. A licença OPEN

Page 15: TCC - José Bento da Silva Neto

15 SOURCE foi criada em 1997 com o intuito de se desvincular das questões

ideológicas adotadas pela GPL. Para o movimento OPEN SOURCE o modelo aberto

de desenvolvimento é motivado por questões técnicas e econômicas, onde acessos

ao código a modificações e distribuição permitem melhorias do software e

conseqüentemente sua evolução. (SALEH, 2002). Além de encorajar a adoção do

software no ambiente corporativo, abandonando de vez a falsa idéia de que

necessariamente um software livre deva ser distribuído gratuitamente. (TOLEDO,

2002)

Para Toledo (2002), o software open source difere-se do software livre

principalmente por não restringir a redistribuição do programa e de trabalhos

derivados, podendo utilizar softwares open source para criação de softwares

proprietários.

A licença BSD (Berkeley Software Distribution) é menos restritiva em

relação a licença GPL, podendo o software ser utilizado em qualquer tipo de

atividade, inclusive sua incorporação em softwares proprietários. As restrições

impostas pela licença BSD tangem quanto a identificação do autor, que deve ser

incluída no código fonte quando redistribuído junto com o software ou na

documentação do software, quando esse distribuído sem o código-fonte. (SALEH,

2002)

2.1.2 Vantagens da adoção de Software Livre

O fato de um software possuir seu código fonte aberto, garante aos seus

utilizadores uma série de vantagens sobre o uso de softwares proprietários. Tais

vantagens englobam aspectos econômicos, tecnológicos e sociais, e são

determinantes para a escolha do software livre como meta tecnológica. (COSTA;

ARAÚJO; LAUDOS, 2004)

Sob a óptica do governo federal e do Exercito Brasileiro, várias vantagens

podem ser enumeradas quanto a adoção de software livre e quanto às atividades

que serão desempenhadas com esses softwares. Para o Exercito Brasileiro, foram

identificadas várias vantagens, as quais se tornaram as razões para o

desenvolvimento do “Plano de Migração para Software Livre no Exercito Brasileiro”,

Exercito Brasileiro (2004).

Page 16: TCC - José Bento da Silva Neto

16

“ c. Principais razões para a Migração: 1) Economia de custos a médio e longo prazo com software proprietário. 2) Maior segurança proporcionada pelo SL. 3) Independência de Forncedores. 4) Independência tecnológica. 5) Desenvolvimento de conhecimento local. 6) Possibilidade de auditabilidade dos sistemas. 7) Independência de um único fornecedor.” Exército Brasileiro (2004)

Para Silveira (2004), a adoção de software livre como modelo de

desenvolvimento e uso em tecnologias de informação pelo governo federal do Brasil

são possíveis e viáveis sob 5 argumentos: macroeconômico, segurança, autonomia

tecnológica, independência de fornecedores e democratico.

Quanto a vantagem econômica de se adotar o Software Livre, para

Silveira (2004, p 39) “[...] permite reduzir drasticamente o envio de royalites pelo

pagamento de licenças de software, ...”. Uma vez que vários sistemas são

distribuídos sem custo através da internet, desde sistemas operacionais, como as

Distribuições Linux, aplicativos de escritório, como o OpenOffice e o BrOffice e

vários outros aplicativos. Por exemplo, o governo Brasileiro gastaria o equivalente a

300 milhões de dólares a cada dois anos somente com aquisição de licenças de

software para informatizar as principais 100 mil escolas do país, considerando que

seriam necessários três milhões de licenças para atender a trinta computadores por

escola e que a cada atualização de versão do software é necessário a aquisição de

novas licenças. (SILVEIRA, 2004)

Quanto a vantagem de alcançar altos níveis de Segurança com a adoção

de Software Livre, segundo Lemos Pitta (2009), com o acesso ao código fonte,

pode-se auditá-lo com precisão. As correções de bugs são mais ágeis devido o

grande número de colaboradores e existe a facilidade de se incorporar

algoritmos de segurança. Para Silveira (2004, p 40) “Também pode retirar rotinas

duvidosas que estariam presentes no software...”, que seria impossível de executar

no código fonte de qualquer software proprietário.

Quanto a vantagem da autonomia tecnológica, adquirida com a adoção

de Software Livre, para Silveira (2004, p 40) “ amplia as condições de autonomia e

capacitação tecnológica do país, uma vez que permite que usuários nacionais sejam

também desenvolvedores internacionais . . .”, como por exemplo o jovem brasileiro

Marcelo Tossati que com apenas 19 anos foi selecionado por Linus Torvalds, criador

do Kernel Linux, para ser o mantenedor mundial da versão 2.4 do kernel Linux. Para

Page 17: TCC - José Bento da Silva Neto

17 Lemos Pita (2009), é possível o desenvolvimento de soluções tecnológicas próprias,

no sentido de atender as necessidades especificas.

Quanto a vantagem da independência de fornecedores, o Exercito

Brasileiro (2007) enfatiza que são eliminadas as mudanças compulsórias no parque

tecnológico que os modelos proprietários impõem, periodicamente, aos seus

usuários, em virtude da descontinuidade de suporte a versões. Para Silveira (2004),

podem ser acrescentadas novas funcionalidades e melhorias no software sem a

obrigatoriedade de depender somente do autor para isso.

Considerando o mercado corporativo as vantagens descritas acima

podem ser consideradas como estratégicas. “Vantagem estratégica, segundo Porter, é toda aquela vantagem que possa reduzir o poder de um fornecedor, reduzir custos, diferenciar seus produtos ou serviços com relação à concorrência, ou oferecer maior segurança e confiabilidade an execução de processos.” (PORTER apud FERRAZ, 2002, p16)

Quanto a vantagem social, Silveira (2004, p42) enfatiza que: “As

tecnologias de informação e comunicação estão se consolidando como meios de

expressão do conhecimento, de expressão cultura e de transações econômicas”. E

conclui que o software é o meio de comunicação da sociedade da informação por

isso deve ser estar ao alcance de todos.

2.2 LINUX

2.2.1 O kernel Linux

Antes de se falar em Distribuições GNU / Linux é necessário definir

alguns conceitos que as envolvem como: Kernel e Sistema Operacional.

Para Tanenbaum (2002), embora a existência de sistema operacional

seja comum ao conhecimento dos usuários de computadores, é difícil definir

claramente o que venha ser um sistema operacional. “Parte do problema é que os

sistemas operacionais executam duas funções não-relacionais e dependendo de

quem está falando, você ouve mais coisa ou outra.” Tanenbaum (2002, pag). E a

partir dessas duas funções, o Sistema Operacional pode ser considerado como uma

Máquina Estendida ou como um gerenciador de recursos.

Page 18: TCC - José Bento da Silva Neto

18

De forma direta, Stallings (2003, p 241) define sistema operacional: “ Um

sistema operacional é um programa que controla a execução de programas

aplicativos e age como uma interface entre o usuário e o hardware do computador”.

Sob o ponto de vista de Tanenbaum (2002, p 20), considerando o

Sistema Operacional como uma Máquina Estendida, o define como “o programa que

esconde do programador a verdade sobre o hardware e apresenta uma bela e

simples visão de nomes de arquivos que podem ser lidos e gravados [...]”. O que

para Stallings (2003, p 241) é uma conveniência, “ ... um sistema operacional visa

tornar o uso do computador mais conveniente”, uma vez que, as operações de

hardware são invisíveis aos olhos do usuário de computador, ficando o sistema

operacional responsável por executar, na prática, as tarefas solicitadas.

Sob outro ponto de vista expressado por Tanenbaum (2002,p 19),

considerando o sistema operacional como um gerenciador de recursos, “ ... o

trabalho do sistema operacional é oferecer uma alocação ordenada e controlada dos

processadores, das memórias e dos dispositivos de E/S entre os vários programas

que competem por eles”, e exemplifica: “... imagine o que aconteceria se tres

programas que executam em algum computador tentassem imprimir

simultaneamente na mesma impressora ...”. Neste exemplo o sistema operacional é

então responsável por ordenar recursos de impressão de forma atender

satisfatoriamente a requisição de impressões desses tres programas. O que para

Stalings (2003, p 241) é uma vantagem “... um sistema operacional permite uma

utilização mais eficiente dos recursos do sistema.”

Dentre os componentes que formam o sistema operacional, segundo

Morimoto (2009) “... embora o kernel seja o componente mais importante do

sistema, ele não é o único. Qualquer sistema operacional moderno é a combinação

de um enorme conjunto de drivers, bibliotecas, aplicativos e outros componentes.” “ O kernel é a peça fundamental do sistema, responsável por prover a infra-estrutura básica necessária para que os programas funcionem, além de ser o responsável por dar suporte aos mais diferentes periféricos: placas de rede, som e o que mais você tiver espetado no micro.” Morimoto (2009)

Em 1991 foi desenvolvido sob a lincença GPL (GNU General Public

License) pelo então estudante o finlandes Linux Torwals um kernel baseado no

Sistema UNIX, ao qual deu o nome de Linux. “ Linux is a free Unix-type operating

system originally created by Linus Torvalds with the assistance of developers around

the world. (LINUX.ORG, 2009)

Page 19: TCC - José Bento da Silva Neto

19

O fato de ter sido distribuído sob a licença GPL possibilitou ao

desenvolvimento do Linux a colaboração de desenvolvedores do mundo inteiro

através de contribuições, possíveis graças a rede de comunicação propiciada pela

Internet. (SILVEIRA, 2004)

A comunidade de desenvolvimento do projeto GNU, iniciado em 1983 cujo

objetivo era criar um sistema operacional totalmente livre, até o inicio dos anos de

1990, embora já tivessem desenvolvido uma série de aplicações para seu sistema

operacional, ainda não haviam terminado o desenvolvimento do seu kernel. E viram

no kernel Linux a possibilidade enfim de lançar um sistema operacional livre, o

GNU/LINUX. “ Surgia assim uma grande alternativa ao sistema operacional

proprietário, o sistema operacional GNU/Linux.” Silveira (2004, p 19)

2.2.2 Distribuições LINUX

Inicialmente, devido à complexidade de instalação de todo o sistema, o

uso de sistemas operacionais GNU/Linux era restrito à desenvolvedores e outros

usuários que possuíssem conhecimentos avançados,. Era disponibilizado apenas o

código fonte do kernel Linux, ficando a cargo do usuário, compilar esse código fonte,

combiná-lo a bibliotecas e aplicativos, para que se tivesse um sistema operacional

funcional. (MORIMOTO, 2009)

Com o objetivo de facilitar a instalação do Linux, foram criadas as

Distribuições Linux , que eram versões pré-compiladas, que possuiam o kernel

juntamente com outros aplicativos. O que representou uma nova forma de se

distribuir o sistema Linux. (MATOS, 2007) “ Uma distribuição é um pacote com uma versão atual do Kernel, junto com um grande número de programas, um instalador, ferramentas de configuração, etc. As distribuições variam de pequenos conjuntos de programas, destinados a alguma aplicação específica a pacotões com vários CDs, destinados ao uso geral.” Guiadohardware.net (2009)

De acordo com DistroWatch (2010) existem atualmente 312 distribuições

Linux em todo o mundo e de acordo com um ranking as mais populares são: Ubuntu,

Fedora, openSUSE, Debian GNU/Linux, Mandriva Linux, Linux Mint, PCLinuxOS,

Slackware Linux, Gentoo Linux e CentOS. Apesar da quantidade de distribuições

disponíveis, Morimoto (2009) afirma que ao menos 98% delas são desenvolvidas a

Page 20: TCC - José Bento da Silva Neto

20 partir da criação de personalizações de distribuições já existentes, as chamadas

distribuições “mãe”.

As distribuições “mãe”, segundo Morimoto (2009) são: Slackware, Debian

GNU/Linux, Red Hat e Gentoo, todas elas destinadas ao uso geral, ou seja se

encaixam em diversas atividades. A partir dessas distribuições mães foram

desenvolvidas várias outras distribuições, como por exemplo, a partir do Debian

GNU/Linux, foi desenvolvido o UBUNTU, sendo atualmente a distribuição mais

popular do mundo, a partir do Red Hat, foram desenvolvidas as distribuições Fedora,

CentOS, Mandrake , Suse Linux, Conectiva e outras.

O Slackware é a distribuição Linux mais antiga e ainda ativa, foi criada em

1993. É conhecida por possuir poucas ferramentas automatizadas de configuração

do sistema, obrigando o usuário a realizar diversas configurações editando

diretamente os arquivos de configuração. (MORIMOTO, 2009). A instalação de

aplicativos pode ser feita a partir de pacotes próprios, cuja extensão é PKG ou

através da compilação do código-fonte dos aplicativos. (CARMONA, 2005)

Segundo Morimoto (2009), a distribuição Red Hat foi criada em 1994. Sua

principal característica é facilitar o uso e administração do sistema operacional

através de ferramentas que automatizam diversas tarefas. Foi a primeira distribuição

a empacotar aplicativos, permitindo a instalação a partir de um único comando. É

mantida pela Red Hat. Deu origem às distribuições: Madrake, Conectiva, Fedora,

CentOS, Suse e outras.

A distribuição Debian GNU/LINUX, foi criada em 1993 e é mantida por

uma comunidade sem fins lucrativos. Possui a ferramenta APT que permite o

gerenciamento de pacotes. (MORIMOTO, 2009)

Segundo Debian.org (2010), a distribuição Debian GNU/LINUX é

conhecida pela estabilidade e quantidade dos pacotes disponíveis, atualmente são

25000 pacotes disponíveis. Quanto ao reconhecimento, segundo o Distrowatch.org

(2010), ocupa a 5º colocação no ranking de Distribuições Linux do portal

DistroWatch.org, além ser a base para as distribuições UBUNTU e MINT, que

ocupam o 1º e 3º lugares, respectivamente, no mesmo ranking. Ainda segundo

Debian.org (2010), o Debian é mantido por uma comunidade sem fins lucrativos, que

o disponibiliza sem custos. A distribuição Debian possui ainda diversas ferramentas

que facilitaram no processo de personalização, são elas:

Page 21: TCC - José Bento da Silva Neto

21

APT-GET, utilitário que automatiza a tarefa de instalação de

pacotes.

Pacotes pré-compilados do kernel Linux, fornece uma série de

versões do kernel Linux, para diferentes necessidades e que pode

podem ser instados através do utilitário APT-GET.

MAKE-KPKG, utilitário que automatiza a compilação e instalação

do kernel Linux.

No Brasil, a primeira distribuição desenvolvida de alcance nacional foi a

Conectiva Linux, que mais tarde se fundiu à francesa Mandrake, originando a

distribuição Mandriva. Outra distribuição que ficou bem conhecida foi o Kurumin,

porém o projeto foi descontinuado pelos desenvolvedores. Morimoto (2009)

2.3 TENDÊNCIAS E INCENTIVOS À ADOÇÃO DE SOFTWARE LIVRE

2.3.1 Tendência mundial à adoção de Software Livre

A adoção efetiva de software livre por empresas, pessoas e governos, em

algumas áreas já consegue superar alguns softwares proprietários. De acordo com o

NETCRAFT(2010), em pesquisa realizada durante o mês de Junho de 2010, no

mundo inteiro 54,02 % dos domínios de sites da internet utilizam o servidor web

livre Apache, conforme figura 2.1.

Figura 2.1 Uso de Servidores WEB

Segundo o IDC(2009), em pesquisa encomendada pela NOVELL

realizada durante o ano de 2009, recessões econômicas tendem a acelerar o

desenvolvimento de tecnologias emergentes, a adotar soluções eficientes e a punir

Page 22: TCC - José Bento da Silva Neto

22 soluções que economicamente não estão em sintonia com as tendências mundiais.

E essa pesquisa concluiu que, os usuários que adotaram o sistema operacional

LINUX estão efetivamente satisfeitos com sua escolha e que em tempos

econômicos difíceis é forte a tendência em evoluir a implantação e adoção de

sistemas operacionais LINUX.

A IDC (2009) comprova essa tendência apontada pelas suas conclusões,

citando a recessão econômica de 2001-2002, que embora estivesse levado a

redução de gastos nas empresas, não necessariamente reduziu as implantações

tecnológicas. Sendo essa recessão responsável, por exemplo, por acelerar a

mudança de plataforma tecnológica que estava ocorrendo naquele momento nas

estruturas de TI, quando os servidores baseados em RISC-UNIX estavam em

direção à arquitetura x86 da Intel. Esse cenário provocado pela recessão permitiu o

crescimento sustentado de soluções LINUX para servidores. (TOP500.ORG, 2010)

O site top500.org desde 1993 levanta e reúne informações acerca dos

500 supercomputadores do mundo que possuem maior poder de processamento de

dados.(TOP500, 2010). Com base nessas informações pode se comprovar a opinião

do IDC quanto a recessão de 2001-2002. Através da figura 2.2 é claramente

perceptível o crescimento do uso de Sistemas LINUX nos supercomputadores a

partir 2001.

Coun

t 199

3

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1

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9

050

100150200250300350400450500

Evolução dos Sistemas Linux

Figura 2.2 Evolução dos Sistemas Linux

E atualmente o uso de sistemas LINUX corresponde a 91,0 % nos 500

supercomputadores, conforme figura 2.3.

Page 23: TCC - José Bento da Silva Neto

23

Sistemas Operacionais em usonos supercomputadores

LinuxWindow sUnixBSD BasedMixed

Figura 2.3 Sistemas Operacionais em uso nos supercomputadores

Pode-se concluir também que a partir de 1998, quando os sistemas

LINUX começaram a ser utilizados, os sistemas UNIX começaram a cair em desuso

e em 2004 os sistemas LINUX ultrapassaram os Sistemas UNIX, conforme figura

2.4.

Coun

t 199

3

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90

100

200

300

400

500

600

Comparação entre a evolução do Sistema UNIX e dos Sistemas Linux

LinuxUnix

Figura 2.4 Comparação entre a evolução do Sistema UNIX e dos Sistema Linux

Ao contrário do que possa parecer e embora a adoção de software livre

impacte em reais reduções de custos em TI, para a maioria das empresas os

principais fatores considerados para determinar a escolha de Sistemas Operacionais

LINUX para Servidores, é a segurança e confiabilidade dos sistemas. Sendo os

fatores custos com suporte e custos com aquisição, como o 3º e 5º lugares

respectivamente a serem considerados, conforme figura 2.5. (IDC, 2009)

Page 24: TCC - José Bento da Silva Neto

24

Figura 2.5 Pesquisa sobre Adoção de Linux 1

Segundo o IDC (2009), considerando o clima da economia e a redução de

custos, pouco mais 70% das empresas consultadas em sua pesquisa já possuem

planos para adoção de sistemas operacionais LINUX ou estão estudando a

possibilidade de adoção. E quanto ao uso de sistemas operacionais LINUX em

Desktops um pouco menos de 70% das empresas consultadas já possuiam planos

para adoção ou estão estudando a possibilidade de adoção, conforme figura 2.6.

Page 25: TCC - José Bento da Silva Neto

25

Figura 2.6 Pesquisa sobre Adoção de Linux 2

Outros incentivos para adoção de software livre estão partindo de

governos de vários países do mundo. Segundo o CENATIC (Centro de Competência

Nacional para Aplicação de Tecnologias Open Source), órgão criado pelo governo

da Espanha, o desenvolvimento de software de código aberto permite aos serviços

públicos flexibilidade, adaptabilidade e acessibilidade, tornando-os mais

convenientes e próximos do público em geral. (CENATIC, 2010)

2.3.2 Ações do governo federal brasileiro para incentivo à adoção de

Software Livre

O governo federal brasileiro através do DECRETO DE 18 DE OUTUBRO

DE 2000, cria o Comitê Executivo do Governo Eletrônico, cujas competências são:

“Art. 3º Compete ao Comitê: I - coordenar e articular a implantação de programas e projetos para a racionalização da aquisição e da utilização da infra-estrutura, dos serviços e

Page 26: TCC - José Bento da Silva Neto

26

das aplicações de tecnologia da informação e comunicações no âmbito da Administração Pública Federal; II - estabelecer as diretrizes para a formulação, pelos Ministérios, de plano anual de tecnologia da informação e comunicações; III - estabelecer diretrizes e estratégias para o planejamento da oferta de serviços e de informações por meio eletrônico, pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública Federal; IV - definir padrões de qualidade para as formas eletrônicas de interação; V - coordenar a implantação de mecanismos de racionalização de gastos e de apropriação de custos na aplicação de recursos em tecnologia da informação e comunicações, no âmbito da Administração Pública Federal; VI - estabelecer níveis de serviço para a prestação de serviços e informações por meio eletrônico; e VII - estabelecer diretrizes e orientações e manifestar-se, para fins de proposição e revisão dos projetos de lei do Plano Plurianual, de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Anual, sobre as propostas orçamentárias dos órgãos e das entidades da Administração Pública Federal, relacionadas com a aplicação de recursos em investimento e custeio na área de tecnologia da informação e comunicações.” Decreto de 18 de Outubro de 2000

No âmbito do governo federal brasileiro, segundo o Portal do governo

eletrônico no Brasil, o incentivo ao uso e desenvolvimento de software livre visa

estabelecer a plataforma tecnológica necessária para os programas de Governo

Eletrônico, que têm como princípio “ ... a utilização das modernas tecnologias de

informação e comunicação (TICs) para democratizar o acesso à informação, ampliar

discussões e dinamizar a prestação de serviços públicos com foco na eficiência e

efetividade das funções governamentais.”

O Comitê Executivo do Governo Eletrônico definiu através das Diretrizes

gerais para o governo eletrônico que “o software livre deve ser entendido como

opção tecnológica do governo federal. Onde possível, deve ser promovida sua

utilização ... “. Porém não sendo incentivada sua implantação considerando apenas

aspectos econômicos, mas também as possibilidades de otimização de recursos

tecnológicos e investimentos, promoção de conhecimento e estímulos ao

desenvolvimento colaborativo e aos softwares nacionais.

O governo federal, através do DECRETO DE 29 DE OUTUBRO DE 2003,

institui os Comitês Técnicos do Comitê Executivo do Governo Eletrônico, cujos

objetivos são:

“ ... Art. 1o- Ficam instituídos Comitês Técnicos, no âmbito do Comitê Executivo do Governo Eletrônico, criado pelo Decreto de 18 de outubro de 2000, com a finalidade de coordenar e articular o planejamento e a implementação de projetos e ações nas respectivas áreas de competência, com as seguintes denominações: I - Implementação do Software Livre; II - Inclusão Digital; III - Integração de Sistemas; IV - Sistemas Legados e Licenças de Software; V - Gestão de

Page 27: TCC - José Bento da Silva Neto

27

Sítios e Serviços On-line; VI - Infra-Estrutura de Rede; VII - Governo para Governo - G2G; e VIII - Gestão de Conhecimentos e Informação Estratégica ...”

DECRETO DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

O governo federal brasileiro, de acordo com sítio softwarelivre.gov.br,

trata o software livre a partir de 3 temas, são eles: o uso de padrões abertos, o

licenciamento livre dos softwares e a formação de comunidades de

desenvolvimento. Esses temas são tratados de forma parelela. O uso de padrões

abertos é definido através do e-Ping, Padrões de interoperabilidade do governo, que

definem padrões de interoperabilidade das tecnologias de informação e

comunicação do governo federal. Quanto ao licenciamento de software livre, a GPL,

Licença pública Geral, “...além de não afetar a Constituição, também não fere o

ordenamento jurídico brasileiro, podendo ser utilizada com o devido amparo legal -

inclusive para a liberação de softwares desenvolvidos pelo setor público”. E quanto à

formação de comunidades, foi criado o Comitê Técnico para Implementação de

Software Livre, cujas diretrizes são:

“ 1. Promover a utilização e desenvolvimento de Software Livre no Governo Federal; 2. Adotar soluções baseadas em Software Livre e padrões abertos, garantindo acessibilidade aos usuários e assegurando o direito de acesso aos serviços públicos federais, independente da plataforma adotada pelo cidadão; 3. Garantir a auditabilidade plena e a segurança dos sistemas, respeitando as necessidades específicas de sigilo e segurança do Governo Federal; 4. Adotar hardwares e soluções de TIC compatíveis com as plataformas livres; 5. Conter o crescimento e promover a migração de sistemas legados no âmbito do Governo Federal; 6. Promover capacitação/formação contínua do quadro de pessoal da administração pública federal para utilização de Software Livre; 7. Otimizar o investimento público de TIC do Governo Federal reinvestindo o valor economizado em licenças de uso; 8. Fortalecer e compartilhar as ações de Software Livre estimulando o desenvolvimento colaborativo de software, redes de colaboração e incentivando condições de mudança de cultura organizacional; 9. Fortalecer a adoção de modelos de negócios em TIC, baseados em Software Livre e que utilizem prioritariamente padrões abertos; 10. Utilizar Software Livre como base dos programas de inclusão digital; 11. Incentivar e fomentar, nas instituições de ensino e pesquisa, a adoção, desenvolvimento e pesquisa de sistemas baseados em Software Livre; 12. Adotar licenciamento para os softwares desenvolvidos pelo Governo Federal com licenças compatíveis com Software Livre; 13. Ampliar a divulgação de Softwares Livres; 14. Popularizar o uso de Software Livre na sociedade.” PLANEJAMENTO CISL 2010 - DIRETRIZES

Page 28: TCC - José Bento da Silva Neto

28

Em levantamento realizado pelo CISL, demonstrado no site

softwarelivre.gov.br, em 2010, 128 orgãos federais já utilizam de forma significativa

pelo menos um tipo de solução tecnológica baseada em software livre. Após coleta e

análise desses dados, é possível uma visão geral quanto a adoção de software livre

em orgãos federais, conforme figura 2.7. (SOFTWARELIVRE, 2010)

Correio Eletrônico Servidores de Internet Sistemas de Informação Desktops Suite de Escritório0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

Orgãos Federais que utilizam soluções em Software Livre

Uso Efetivo %Implantação %Sem uso %

Figura 2.7 Orgãos Federais que utilizam soluções em Software Lvre

Com base no gráfico acima pode-se concluir que soluções em software

livre são utilizadas em servidores, mas porém seu uso em desktops é crescente.

Outra ação de incentivo ao uso de software livre no Brasil, segundo o

Portal do Software Público, foi a criação, pelo Governo federal, do Portal do

Software Publico em http://www.softwarepublico.gov.br, que proporciona um

ambiente de desenvolvimento onde “... são compartilhadas soluções que podem ser

úteis aos diferentes órgãos públicos e também à sociedade”. Atualmente se

encontram disponíveis 38 soluções, organizadas em 38 comunidades. Dentre essas

soluções pode se encontrar sistemas de gestão para municípios e softwares na área

da saúde, educação, meio ambiente, gerenciamento de contratos e etc. Dentre as

comunidades se destaca a comunidade da solução CACIC (Configurador

Automático e Coletor de Informações Computacionais), desenvolvida inicialmente

pela DATAPREV (Empresa de Tecnologia de Informação da Previdencia) que foi

disponibilizada à comunidade, que conta com mais de 25000 membros. Outra

solução que se destaca também é o middleware GINGA, que foi adotado como

padrão para TV digital brasileira. (SOFTWARE PUBLICO, 2010)

Page 29: TCC - José Bento da Silva Neto

29 2.4 FERRAMENTAS PARA PERSONALIZAÇÃO

Segundo Carvalho (2009), a escolha do sistema operacional é mais que

uma escolha tecnológica, pois, uma vez escolhido, é o sistema operacional

responsável em definir o suporte ao hardware do computador e quais aplicativos

serão utilizados. Com sistemas GNU/LINUX são possíveis modificações que

definem o tipo de hardware suportado e quais aplicações estarão presentes por

padrão no sistema operacional. Sendo essa a principal diferença entre os sistemas

GNU/LINUX e outros sistemas operacionais.

A personalização do sistema operacional pode trazer várias vantagens,

segundo Beekmans (2005), é possivel a criação de sistemas compactos, mais

rápidos e que ocupam menos espaço no HD1. Para Tardim (2010), muitas vezes o

sistema operacional contém aplicativos ou dá suporte à dispositivos que nunca

serão utilizados pelo usuário, ou simplesmente o usuário prefere outros aplicativos

com relação aos aplicativos pré-instalados no sistema operacional. Por isso a

personalização permite ao usuário adequar o sistema operacional à sua

necessidade e gosto. O que é confirmado por Scaratti (2007): “Em muitos casos, o

usuário obtém uma distribuição Linux de sua preferência, mas os aplicativos nela

inclusos não atendem suas reais necessidades”. Com um enfoque empresarial, a 4

Linux (2010) define: “Fazer sua própria distribuição significa adequar o seu sistema

operacional diretamente para a sua necessidade, para que ele fique mais robusto,

com mais desempenho e que ele se encaixe exatamente no seu negócio.”

Para Scaratti (2007), existem três formas de se customizar uma

distribuição Linux, a primeira é desenvolvê-la a partir do zero, ou seja, não utilizar

como base nenhuma outra distribuição já existente. A segunda forma é modificar

uma distribuição já existente, alterando pacotes e personalizando configurações. E a

terceira forma é utilizar ferramentas que automatizam as etapas da customização.

Em ambos os casos, para Beekmans (2005), Scaratti (2007), Tardim (2010),

Morimoto (2006), o processo de customização é feito a partir de um sistema

anfitrião, ou seja, um sistema operacional instalado que proverá os todos as

ferramentas de desenvolvimento necessárias, como compiladores, bibliotecas,

aplicativos e scripts.

1 HD. Hard Disk, componente responsável por armazenar a informações em um computador.

Page 30: TCC - José Bento da Silva Neto

30

2.3.1 Desenvolvendo uma distribuição Linux do Zero

Para Beekmans (2005) desenvolver uma distruibuição Linux do zero

significa compilar cada pacote necessário ao funcionamento de todo o sistema. Para

Zilli (2003), o desenvolvimento de uma distribuição Linux a partir do zero permite ao

desenvolvedor conhecer todos os seus aspectos de funcionamento, garantindo

assim um maior controle e segurança sobre o sistema, através de customizações

mais precisas, de melhor qualidade e da instalação de pacotes realmente

necessários às necessidades.

“Em sua forma mais genérica, a estrutura do Sistema Operacional pode

ser visualizada em camadas hierárquicas, onde a camada mais interna corresponde

ao hardware e dá suporte a todas as outras camadas de software.” Zilli (2003, p.1)

As camadas hierárquicas apresentadas por Zilli (2003), correspondem a:

Hardware, Kernel, Utilitários do Sistema e Aplicativos de Usuário. A camada de

Hardware corresponde a todos dispositivos físicos presentes no computador, como

processador central, memoria, HD e outros. A camada Kernel corresponde ao

componente do sistema operacional responsável por manter a relação entre

hardware e os processos do usuário. A camada Utilitários do Sistema, corresponde

aos aplicativos típicos do Sistema Operacional, tais como: interpretador de

comandos, bibliotecas, compiladores e outros. E finalmente a camada Aplicativos do

Usuário, corresponde à aplicações utilizadas diretamente pelo usuário, como

navegadores de internet, processadores de texto, editores de imagens e etc. Para a

construção da distribuição linux a partir do zero, o desenvolvimento deve ser

concentrado nas camadas Kernel e Utilitários do Sistema.

O segundo o LFS (2010), o projeto Linux from Scratch têm como objetivo

oferecer instruções e ferramentas necessárias para o desenvolvimento de sistemas

Linux a partir zero, ou seja, a partir do código fonte, sob vários aspectos. Cada

aspecto é tratado em subprojetos:

LFS (Linux from Scratch): é o projeto principal, organizado na forma de

um livro, no qual estão reunidas as instruções de desenvolvimento de

sistema Linux básico. Atualmente está na versão 6.6.

BLFS, Beyond Linux from Scratch, reúne instruções sobre como

adaptar o sistema básico criado a partir do Linux from Scratch à

necessidades específicas.

Page 31: TCC - José Bento da Silva Neto

31

ALFS, Automated Linux From Scratch, fornece ferramentas que

automatizam os processos de desenvolvimento descritos no LFS.

CLFS, Cross Linux from Scratch, fornece instruções necessárias para

se criar sistemas linux para arquiteturas diferentes.

HLFS, Hardened Linux From Scratch, fornece instruções necessárias

para s criação de Sistemas Linux com enfase em segurança.

Hints, são pequenos documentos que auxiliam no entendimento dos

livros LFS e BLFS.

LiveCD, é sistema criado pelo projeto que contém todos pacotes

necessários para servir de sistema anfitrião para o desenvolvimento da

distribuição.

Patches, é um repositório que contem todos os pacotes de

desenvolvimento.

Segundo o projeto LFS (2005), o desenvolvimento de um sistema Linux,

passa por três etapas fundamentais a partir do preenchimento dos requisitos

mínimos. O requisito mínimo é um sistema anfitrião, que pode ser qualquer

distribuição Linux executado um kernel na versão 2.6.2 ou superior compilado com o

GCC 3.0 ou superior, uma alternativa seria o uso do LiveCD do projeto LFS, que já

contém todas as ferramentas de desenvolvimento necessárias. A primeira etapa é a

preparação da partição onde o sistema será desenvolvido e a obtenção dos pacotes

necessários de desenvolvimento. A segunda etapa é a preparação de um ambiente

de desenvolvimento a partir dos pacotes obtidos na primeira etapa, o qual proverá

as ferramentas necessárias para compilação dos códigos fonte independente do

sistema anfitrião. A terceira etapa é a construção propriamente dita do sistema, na

qual todos os pacotes serão compilados, será instalado o kernel, configurados os

scripts de inicialização, o boot loader e finalmente gerada uma imagem ISO.

2.3.2 Ferramentas para personalização

A construção de personalizações a partir de distribuições Linux já

existentes pode ser feita a partir de várias ferramentas, podendo ser de dois tipos:

que automatizam todo o processo de construção ou que fornecem apenas o

ambiente básico necessário para que a personalização seja feita diretamente a partir

de comandos manuais.

Page 32: TCC - José Bento da Silva Neto

32

A aplicação Remastersys é uma ferramenta desenvolvida para

distribuições baseadas no Debian GNU/LINUX que tem dois objetivos, o primeiro é

de fazer um backup do sistema instalado e gerar um liveCD. O segundo objetivo é a

geração de uma distribuição personalizada a partir do atual estado do sistema

operacional. A personalização é feita da seguinte maneira, com o sistema

operacional instalado no computador, o desenvolvedor faz todas as configurações

necessárias, instala e desinstala programas, enfim deixa o sistema a seu “gosto”. O

próximo passo é a instalação do Remastersys, que pode ser feita a partir do

comando apt-get install remasterys. O remastersys possui a interface em modo

gráfico e em modo texto, ambas com as mesmas funções. Basicamente possui duas

opções, a primeira é remasterys backup, a qual é gerada uma imagem de todo o

sistema operacional instalado, inclusive dos dados pessoais do usuário. A segunda

opção é remasterys dist, a qual gera uma imagem de todo sistema instalado, porém

sem os dados pessoais do usuario. (Remastersys Backup, 2010).

Similar ao Remastersys, o Reconstructor, é capaz de automatizar a

criação de distribuições baseadas nas versões liveCDs da Distribuição UBUNTU,

sem a necessidade de estarem instaladas, fornecendo opções de personalização,

geração e gravação da imagem. O Reconstrutor fornece uma interface gráfica de

configuração que permite ao desenvolvedor, navegar pelas configurações possíveis

de serem modificadas, entre elas: Boot Screem, na qual pode ser alterada a tela de

boot; Gnome, podem ser alterados vários parâmetros do gerenciador de anelas,

como papel de parede, temas, sons, fontes e etc. Na opção APT, podem ser

alterados os repositórios. Na opção Live-CD é cadastrado nome de usuário, senha e

nome de host. E finalizando a personalização a opção Modules, na qual é possível a

instalação e remoção de aplicativos. Passadas todas as opções, é definido o nome

do arquivo a ser gerado, o nome do projeto e definida a arquitetura de hardware.

Após isso é gerada a imagem, a qual pode ser gravada imediatamente em midia .

(UFMG, 2010)

Outra ferramenta que se destaca como nova de forma de se personalizar

uma distribuição é o portal susestudio.org, que fornece um serviço web capaz de

criar versões personalizadas da distribuição SUSE Linux em apenas alguns clicks,

ao total gosto do usuário. (SUSESTUDIO.ORG, 2010). Segundo a Novell (2010), em

2009 foram construídos mais 400.000 personalizações utilizando o Linux

SuseStudio, com mais de 3 milhões de downloads.

Page 33: TCC - José Bento da Silva Neto

33

O processo de personalização é simples, “ ... bastando seguir a

sequencia de passos apresentada pelo site e o sucesso é certo.” (ROHLING, 2009,

p. 35). O acesso ao site é feito mediante cadastro, a personalização inicia-se

escolhendo a base para o projeto, que podem ser as versões do Suse Linux 11.1 ou

Suse Linux Enterprise 10 ou 11. São escolhidos ainda qual o objetivo do projeto,

servidor, Just Enough OS (Sistema Minimalista) ou estação de trabalho. A partir

dessas escolhas, o usuário terá acesso a um wizard que conterá várias

propriedades para personalização, são elas: General, onde são feitas configurações

de linguagem, teclado e rede; Personalizalise, onde são alterados papeis de parede

e logos; Startup, onde é configurado o tipo de inicialização do sistema, em ambiente

gráfico ou modo texto; Server, onde são alteradas as propriedades de servidores,

Desktop, onde são feitas configurações de usuários do sistema; Scripts, onde

podem ser criadas tarefas automatizadas a serem executadas pelo sistema. O Suse

Studio, fornece ainda uma maquina virtual online que testa o sistema criado, a opção

Storage e Memory define qual a capacidade de HD e memoria RAM da maquina

virtual. Passadas essas opções é feito upload de arquivos definidos pelo usuário a

serem adicionados. Após isso a personalização é construída a partir da opção

BUILD, após gerada a imagem, pode ser feito o download ou testá-la, a partir da

opção test-drive. (ROHLING, 2009)

Existem ainda ferramentas que embora permitam a personalização, não

automatizam todas as tarefas necessárias, ficando a cargo do desenvolvedor

utilizar-se de todos os comandos necessários e disponíveis no processo de

personalização. Esse tipo de personalização é possível a partir de duas ferramentas,

o debootstrap e o chroot. O Debootstrap é uma ferramenta que permite instalar a

base de um sistema Debian num subdiretorio de um sistema já instalado (DEBIAN,

2010b). E o Chroot permite criação de um ambiente virtual onde determinada pasta

do sistema torna-se raiz do sistema, a partir são possíveis uma série de

procedimentos que permitem a construção de uma nova personalização.

(MORIMOTO, 2006).

Tardim (2010) descreve todo o processo necessário para a construção de

uma personalização de uma distribuição já existente utilizando os comandos

Debootstrap e Chroot. O processo é feito da seguinte maneira: inicialmente é

preparado o sistema anfitrião, com a instalação dos pacotes: debootstrap, syslinux,

squashfs-tools, enisoimage, sbm e casper. Em seguida deve ser criado um diretório

Page 34: TCC - José Bento da Silva Neto

34 base, que irá armazenar todos os arquivos e pastas do projeto. A partir disso é

executado o Debootstrap para que seja feito o download dos arquivos base da

distribuição a ser personalizada. Após este processo, nota-se que dentro do diretório

base estará criada toda estrutura padrão de diretórios do sistema Linux. O comando

chroot será utilizado nesse momento para tornar a pasta base raiz do sistema. Com

isso todos os comandos executados serão aplicados no sistema de arquivos do

diretório base e não no sistema anfitrião, podendo iniciar a partir desse momento a

personalização do sistema, baixando e instalando pacotes, desinstalando aplicativos

desnecessários ao objetivo do projeto, editando diretamente os arquivos de

configuração, enfim deverão ser feitas todas as alterações necessárias. Para tornar

o sistema inicializável deverá ser configurado também o gerenciador de boot.

Finalizados os procedimentos de personalização, o desenvolvedor deverá sair do

ambiente chroot executando o comando exit. A partir do sistema anfitrião deverá ser

gerada uma imagem do diretório base, para que o sistema criado possa ser testado

e utilizado em outros computadores, finalizando o processo de personalização.

Page 35: TCC - José Bento da Silva Neto

35

3 METODOLOGIA

O gerenciamento dos serviços ambulatoriais é feito através do Sistema de

Gestão de Saúde, que está instalado no prédio central da Prefeitura, de onde é

acessado pelas Unidades de Saúde via protocolo rdp (remote desktop protocol).

A função do computador nas recepções é apenas fornecer a estrutura

básica necessária para que o usuário acesse o Sistema de Gestão de Saúde. Todo

o processamento é feito no servidor e não no computador cliente. Porém, o Sistema

Operacional atualmente utilizado juntamente com o Software Anti-virus, estão

sobrecarregando os computadores devido ao alto consumo de recursos de

hardware. Isso se deve a constantes atualizações as quais esses softwares são

submetidos.

O desenvolvimento da personalização do Sistema Operacional Linux, se

dará a partir do Sistema Operacional DEBIAN GNU/LINUX em sua versão 5.0,

codinome Lenny, tanto como sistema anfitrião, quanto distribuição Linux base para o

desenvolvimento.

As personalizações serão feitas a partir da instalação de pacotes e

alterações nos arquivos de configuração da distribuição. A instalação de pacotes

será feita utilizando o recurso APT-GET, disponibilizado pela própria distribuição

escolhida, que automatizará todo processo de instalação, obtendo e instalando os

pacotes necessários. A alteração dos arquivos de configuração será feita editando-

os diretamente através do editor de textos VI, também disponibilizado pela

distribuição escolhida.

O ambiente de desenvolvimento será provido pelo software ORACLE VM

VIRTUAL BOX, em sua versão 3.2.6. O software ORACLE VM VIRTUAL BOX tem

como objetivo proporcionar o recurso de virtualização para computadores, por isso

proporcionará ao desenvolvedor todas as ferramentas necessárias para o

desenvolvimento e testes.

Antes de iniciar o desenvolvimento serão necessárias visitas às unidades

de saúde para levantar o hardware disponível e as funcionalidades necessárias ao

Sistema Operacional. De posse dessas informações o processo de desenvolvimento

será focado em otimizações de hardware, funcionalidades e espaço em disco.

Page 36: TCC - José Bento da Silva Neto

36

Com o intuito de facilitar e criar uma métrica de desenvolvido, todo o

processo de desenvolvimento estará dividido em 4 etapas distintas: Análise,

Especificações, Desenvolvimento e Avaliação.

A fase de Análise, contemplará o levantamento de todas as

funcionalidades que o Sistema deverá possuir e o tipo do hardware para o qual o

projeto será otimizado.

Na fase de Especificações, serão determinados: o ambiente gráfico, a

versão do kernel Linux e quais pacotes serão instalados, visando atender as

funcionalidades e ao escopo do projeto.

Na fase de Desenvolvimento, serão obtidos diretórios base da distribuição

escolhida, instalados o kernel Linux e os pacotes dos aplicativos, editados arquivos

de configuração e gerada uma imagem do sistema.

Na última fase, Avaliação, serão verificados a conformidade do sistema

desenvolvido com o escopo do projeto e o funcionamento do sistema em ambiente

real, a partir daí serão obtidos os resultados do projeto.

3.1 ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO

A partir da identificação de todas as fases de desenvolvimento, visando

uma melhor organização do projeto, este foi dividido em etapas, conforme a figura

3.1.

Figura 3.1 EAP (Estrutura Analítica do Projeto)

3.2 DICIONARIO DA ESTRUTURA ANALITICA DO PROJETO - EAP

Page 37: TCC - José Bento da Silva Neto

37

3.2.1 Análise 3.2.1.1 Requisitos do Sistema

Nesta etapa foram levantadas, analisadas e definidas todas as

características e funcionalidades que o sistema a ser desenvolvido deverá possuir.

Além de levantar as especificações de todo o recurso de hardware disponível. Essa

etapa foi concluída em 5 dias.

3.2.2 Especificação 3.2.2.1 Interface Gráfica

Nesta etapa foi especificada qual interface gráfica deverá ser utilizada no

sistema a ser desenvolvido. A interface gráfica é o principal meio de comunicação

entre o usuário e o Sistema, por isso foi especificada considerando: facilidade de

uso e consumo de recursos de hardware. A conclusão dessa etapa se deu em 2

dias.

3.2.2.2 Kernel e módulos

Nesta etapa foi definida qual a versão do kernel Linux atenderá de forma

satisfatória aos objetivos do projeto. Considerando a necessidade ou não de se fazer

personalizações em seu código através da recompilação. Além de definir também

qual método será utilizado para sua instalação. Esta etapa foi concluída em 3 dias.

3.2.2.3 Aplicativos

Com base nas funcionalidades que o sistema deverá possuir, definidas na

Fase de Análise, foram selecionados nesta etapa todos os aplicativos que deverão

ser incorporados ao sistema. Nesta fase, também serão levantadas todas as

bibliotecas e dependências que deverão ser instaladas para garantir o

funcionamento dos aplicativos. Além de definir qual método de instalação de pacotes

será utilizado. A conclusão desta etapa se deu em 5 dias

Page 38: TCC - José Bento da Silva Neto

38

3.2.3 Desenvolvimento 3.2.3.1 Instalação do Kernel

Nesta etapa deverá ser feita a instalação do kernel Linux através do

método de instalação escolhido, de acordo com as definições estabelecidas na fase

de Especificação. Esta etapa deverá ter a duração de 2 dias.

3.2.3.2 Instalação de Aplicativos

Nesta etapa serão obtidos e instalados todos os aplicativos e suas

respectivas dependências e bibliotecas, através do método de instalação definido. A

conclusão se dará em 5 dias.

3.2.3.3 Configuração do Sistema

Nesta etapa serão feitas diversas configurações no Sistema, editando

diretamente os arquivos de configuração. Serão configurados interface de rede e

impressoras. Serão feitas também configurações nos aplicativos instalados. Esta

etapa terá a duração de 4 dias.

3.2.4 Avaliação

3.2.4.1 Testes lógicos

Os testes lógicos do sistema serão realizados simultaneamente ao

desenvolvimento pelo próprio desenvolvedor. A cada nova instalação de aplicativos

ou configurações realizadas, serão executados testes para garantir a conformidade

com o escopo, além de se identificar possíveis erros. Os testes serão realizados de

maneira cumulativa, tendo duração correspondente a três dias.

3.2.4.2 Testes funcionais

Page 39: TCC - José Bento da Silva Neto

39

Os testes funcionais serão realizados por terceiros, no próprio ambiente

para qual o sistema está sendo desenvolvido. O objetivo dos testes funcionais será

avaliar o funcionamento do sistema em ambiente real e obter os resultados do

desenvolvimento. Esta etapa terá duração de 2 dias.

3.3 DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento inicia-se a partir da preparação do sistema anfitrião,

que deverá fornecer todos os recursos necessários para a construção da

personalização do Sistema Operacional.

O sistema operacional utilizado como sistema anfitrião é a Distribuição

Debian GNU/LINUX, em sua atual versão estável (Lenny). Deverá estar configurado

o acesso a internet, instalado o pacote debootstrap, disponível o aplicativo chroot e

ainda deverá possuir um diretório onde será montado o sistema de arquivos do

sistema a ser desenvolvido.

Foi utilizado o software ORACLE VM VIRTUAL BOX versão 3.2.6, para

criar uma maquina virtual com as seguintes configurações: 512 megabytes de

memória RAM e 10 gigabytes de HD. Nesta maquina virtual foi feita a instalação do

Debian GNU/LINUX, a partir do DVD oficial de instalação obtido no site oficial. A

instalação foi feita seguindo os passos sugeridos pelo utilitário de instalação em

modo texto, onde foram escolhidas várias configurações que ao final do processo

resultaram num sistema funcional.

Ao final da instalação, ainda foi necessária a instalação do pacote

debootstrap, pois o pacote por padrão não vem instalado na distribuição, além de

executar a atualização dos repositórios do APT-GET, utilitário utilizado para a

instalação de pacotes.

Para a construção do novo sistema foi criado um novo HD na mesma

máquina virtual, utilizando o gerenciador de discos do ORACLE VM VIRTUAL BOX,

onde todos os arquivos e diretórios do novo sistema serão armazenados.

Considerando a possibilidade de instalação do sistema em memórias flash, prevista

nos objetivos deste projeto, o HD foi criado com 1500 megabytes de capacidade de

armazenamento.

Page 40: TCC - José Bento da Silva Neto

40

O HD recém criado foi reconhecido pelo sistema anfitrião como hda,

porém para sua utilização era necessário particioná-lo e definir um ponto de

montagem. O particionamento foi feito utilizando o fdisk, ferramenta disponível no

sistema anfitrião, da seguinte forma: foram criadas duas partições, uma para

armazenar todos os arquivos, diretórios e aplicativos do novo sistema, a qual foi

formatada utilizando o sistema de arquivos EXT3 (Extended File System 3),

utilizando o comando: mkfs.ext3 /dev/hda1. E a outra partição foi reservada para

memória virtual (SWAP). Conforme a figura 3.2.

Figura 3.2 Partições criadas para o desenvolvimento

Com essas modificações, o HD continuou sendo reconhecido pelo

sistema anfitrião como hda. E as partições criadas foram reconhecidas como hda1,

onde estarão armazenados os arquivos e diretórios resultantes da personalização, e

hda2, reservada para memória virtual.

Para acesso à partição hda1, foi necessário criar um ponto de montagem

no sistema anfitrião através da criação do diretório projetoYpeTcc, dentro do

diretório /mnt. Para facilitar a montagem da partição foi editado o arquivo /etc/fstab,

para que a partição fosse montada a cada inicialização do sistema anfitrião.

Conforme figura 3.3.

Figura 3.3 Arquivo fstab.conf do sistema anfitrião

O próximo passo foi obter o sistema que servirá de base para o

desenvolvimento da personalização. O sistema escolhido foi a própria distribuição

Page 41: TCC - José Bento da Silva Neto

41 DEBIAN GNU/LINUX, que também é utilizada no sistema anfitrião. O debian possui

o utilitário debootstrap, que obtém o sistema base do sistema Operacional a partir

dos repositórios oficiais. O debootstrap foi executado utilizando os seguintes

parametros: debootstrap lenny /mnt/projetoYpeTcc http://ftp.br.debian.org/debian.

Onde debootstrap é a própria indicação do comando a ser utilizado, o parâmetro

lenny indicar qual versão do DEBIAN GNU/LINUX será obtida, o parâmetro

/mnt/projetoYpeTcc, indica o diretório onde os arquivos serão salvos, e

http://ftp.br.debian.org/debian, indica o endereço eletrônico que disponibillizará os

arquvos. Conforme Figura 3.4.

Figura 3.4 Uso do debootstrap

Após obter o sistema base inicia-se o processo de construção da

personalização. Este processo é possível a partir do uso do comando chroot, que

cria um ambiente virtual no qual o diretório /mnt/projetoYpeTcc torna-se a raiz do

sistema, /, onde todo comando executado implicará em alterações dentro do

diretório projetoYpeTcc e não no sistema anfitrião. O comando foi utilizado da

seguinte maneira: #chroot /mnt/projetoYpeTcc.

Para que se tenha acesso aos dispositivos de hardware reconhecidos

pelo sistema anfitrião, é necessário, antes de acessar o ambiente virtual através do

chroot , montar o diretório /dev do sistema anfitrião no diretório /dev dentro do

diretório projetoYpeTcc. Para isso foi utilizado o comando: mount --bind /dev

/mnt/projetoYpeTcc.

Após executar o chroot é necessário ainda montar o diretório /proc para

que não surjam erros durante a instalação dos aplicativos. O diretório foi montado

com o seguinte comando: mount -t proc none proc.

A instalação de pacotes foi divida em duas partes, na primeira parte foram

feitas a instalação do kernel Linux, do gerenciador de boot e o ambiente gráfico. Na

segunda parte foram instalados os aplicativos do usuário.

Para prosseguir o processo de instalação de pacotes, foi necessária a

configuração das interfaces de rede, editando diretamente o arquivo de configuração

/etc/network/interfaces.

Page 42: TCC - José Bento da Silva Neto

42

Segundo o levantamento de hardware feito nas Unidades de Saúde, os

computadores se apresentam em várias configurações, nas quais se destacam dois

grupos. O primeiro em maior quantidade de computadores, possue como

configuração: processadores AMD Duron, 256 megabytes de memória RAM e 10

gigabytes de HD. E o segundo possuem como configuração: processadores Intel

Celeron, 512 megabytes de memória RAM e 40 gigabytes de HD.

Com base nesse levantamento foi escolhida a versão 2.6.26-2-686 do

kernel Linux a ser adotada no novo sistema. Essa versão foi desenvolvida pelos

próprios desenvolvedores da distribuição DEBIAN GNU/LINUX e possui otimizações

para os processadores Intel e AMD, além de várias outras otimizações de hardware

e ainda dá suporte a uma infinidade de dispositivos de hardware. Com essa versão

do kernel esperasse não encontrar problemas de incompatibilidade de hardware.

Ainda com base no levantamento de hardware, o ambiente de gráfico

escolhido foi o LXDE (Lightweight X11 Desktop Environment), que tem como

principal característica o baixo consumo de recursos de hardware e ainda possui

interface agradável e funcional com o usuário.

A instalação do kernel Linux foi feita a partir do pacote linux-image-2.6.26-

2-686, utilizando o aplicativo APT-GET, que foi utilizado da seguinte forma: apt-get

install linux-image-2.6.26-2-686. O APT-GET procurou por dependências, obteve os

pacotes e efetuou a instalação.

A partir deste momento já era possível inicializar o novo sistema,

utilizando o GRUB do sistema anfitrião, o que foi feito várias vezes para que fossem

executados testes de funcionamento.

A instalação do ambiente gráfico foi feito a partir do pacote lxde-core, que

que tem um tamanho um pouco menor que o pacote lxde, o que economizará

espaço em disco. A instalação foi feita a partir do comando: apt-get install lxde-core.

Para tornar a partição em que estava armazenada o sistema inicializável,

foi necessária a instalação do gerenciador de boot GRUB. A instalação do aplicativo

foi feita a partir do pacote grub, através do comando apt-get install grub. Para

configuração do grub na partição em questão foi utilizado o comando: grub install

/dev/hda. E em seguida o comando: grub update.

Para configurar o idioma portugues do Brasil no sistema, foi necessário

instalar o pacote locales. Através do comando: apt-get install locales. E após a

Page 43: TCC - José Bento da Silva Neto

43 instalação o utilitário de configuração auxilia o desenvolvedor na definição do idioma

padrão do sistema.

Para configurar o layout do teclado como abnt2, foi necessária a

instalação do pacote console-data. Através do comando: apt-get install console-data.

Para carregar a configuração do teclado foi necessário executar o comando:

loadkeys /usr/share/keymaps/i386/qwerty/BR-abnt2.kmap.gz.

Segundo o levantamento feito nas unidades de saúde, os aplicativos

necessários aos usuários teriam que disponibilizar acesso a internet (navegador),

acesso ao servidor RDP onde roda o Sistema de Gestão de Saúde. Além ser

possível a instalação de impressoras.

O software escolhido para acessar conteúdo web, foi o ICEWEASEL,

desenvolvido pela MOZILLA, foi instalado com o comando: apt-get install iceweasel.

O software escolhido para acessar o servidor RDP, foi o TSCLIENT

(Terminal Service Client), obtido através do pacote tsclient. Foi instalado com o

comando: apt-get install tsclient.

Para facilitar a manutenção e suporte do sistema, foi instalado o servidor

SSH que permite o acesso ao sistema via rede, a partir do pacote openssh-server.

Foi instalado através do comando apt-get install openssh-server.

Para atender a necessidade de se instalar impressoras no Desktop Ype,

foi instalado o software cups, que é largamente utilizado em sistemas operacioanais

Linux para suporte a impressão e impressoras. Foi instalado através do comando:

apt-get install cups.

Com intuito de tornar o sistema atraente ao usuário, foi criada uma

imagem para esconder dos olhos do usuário, o processo de inicialização do sistema.

Para isto foi instalado o pacote splashy, através do comando apt-get install splashy.

Para o funcionamento foi necessário editar o arquivo /boot/grub/menu.lst, e

acrescentar na linha KERNEL /boot/vmlinuz-2.6.26-2-686 root=/dev/hda1 ro quiet,

vga=791 splash.

Quanto às configurações feitas editando diretamente os arquivos de

configuração do sistema, foram editados os arquivos: /etc/fstab, /etc/issue,

/etc/hostname, /etc/resolv.conf, /etc/apt/sources.list e /etc/network/interfaces.

No arquivo /etc/fstab, foram configurados os pontos de montagem do

sistema. A partição /dev/hda1 como raiz do sistema e a partição /dev/hda2 como

SWAP.

Page 44: TCC - José Bento da Silva Neto

44

No arquivo /etc/issue, foi adicionada mensagem de boas vindas quando

acessado o sistema via modo texto.

No arquivo /etc/hostname, foi configurado o nome do computador.

No arquivo/etc/resolv.conf, foram configurados o servidores de nomes

(DNS) e nome do domínio primário.

No arquivo /etc/apt/sources.list, foram configurados os repositórios para

obtenção dos pacotes de instalação e atualização.

Finalizadas as configurações, foi executado o comando apt-get clean,

para liberar espaço no HD. Para sair do ambiente chroot foi necessário desmontar o

diretório /proc, com o comando umount /proc. Em seguida foi executado o comando

exit. E após sair do chroot, ainda foi necessário desmontar o diretório

/mnt/projetoYpeTcc/dev, executando o comando umount /mnt/projetoYpeTcc/dev.

Ao final do desenvolvimento foi criada uma imagem do hda para que

fosse possível a instalação do Desktop Ypê em outros computadores. Para isto foi

utilizado o aplicativo dd, através do comando dd if=/dev/hda of=/root/desktopYpeTcc-

imagem.iso. Com esse comando foi feita uma cópia idêntica de todo conteúdo do

hda no arquivo desktopYpeTcc-imagem.iso

A figura 3.5 demonstra em resumo os principais comandos utilizandos

durante o desenvolvimento. E no apêndice B está a lista de todos os pacotes

instalados no Desktop Ypê, considerando os aplicativos e suas dependências.

Figura 3.5 Resumo dos comandos utilizados

Page 45: TCC - José Bento da Silva Neto

45 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Neste capitulo abordarei os resultados obtidos a partir do

desenvolvimento do sistema. Serão abordados de duas maneiras, a primeira é a

partir dos resultados obtidos durante os testes lógicos, que foram aplicados após as

principais configurações do sistema, com o objetivo de diagnostificar possíveis

problemas. A segunda maneira, serão mostrados os resultados obtidos a partir dos

testes funcionais, obtidos ao colocar o Desktop em funcionamento em ambiente real.

4.1 RESULTADOS DOS TESTES LÓGICOS

Com a instalação e configuração do gerenciador de boot GRUB, foi

disponibilizado ao usuário um menu de inicialização do sistema, onde são

disponibilizadas duas opções de boot, a primeira dá inicio a execução do sistema

completo. Na segunda opção, o sistema é executado em modo monousuário, que

permite acesso ao sistema a fim de efetuar suporte e manutenções.

Ainda no gerenciador de boot, foi definido um tempo padrão de exibição

do menu de 3 segundos, caso não haja interferência do usuário. E também foi

definida a primeira opção do menu como opção padrão de boot, caso sejam

ultrapassados os 3 segundos de espera do sistema.

O menu de inicialização ficou com a seguinte aparência, conforme figura

3.6.

Figura 3.6 Tela do Gerenciador de Boot – GRUB

Page 46: TCC - José Bento da Silva Neto

46

A imagem exibida pelo Splashy, oculta as mensagens de texto exibidas

durante o processo de boot do Desktop Ypê. Essa imagem pode ser modificada ou

substituída de acordo com a necessidade e com isso foi criado um tema exclusivo

para o Desktop Ypê. E além da imagem é exibida ainda uma barra de progresso que

indica o andamento do processo de boot. Após a instalação do aplicativo Splashy e

criação do tema, o processo de boot do Desktop Ypê ficou com a seguinte

aparência, conforme figura 3.7.

Figura 3.7 Imagem exibida durante o boot

Finalizado o processo de boot do Desktop Ypê, a próxima imagem exibida

é a tela de autenticação do usuário, onde o usuário deverá digitar seu login e senha

para acesso ao sistema. Essa funcionalidade é proporcionada pelo aplicativo gdm. A

imagem exibida pode ser modificada ou substituída de acordo com a necessidade,

por isso foi criado uma tela exclusiva para uso no Desktop Ypê. Na tela ainda são

Page 47: TCC - José Bento da Silva Neto

47 exibidas as opções: Idioma, Sessão e Ações, alem de exibir a data e hora atuais,

conforme figura 3.8.

Na opção Idioma, são exibidos os idiomas disponíveis para o ambiente

gráfico. No caso do Desktop Ypê, está disponível apenas o idioma Português do

Brasil.

Na opção Sessão, são exibidas os tipos de sessões disponíveis, como a

sessão padrão do sistema, o ambiente gráfico LXDE e a sessão em que é disponível

acesso ao sistema através do terminal em modo texto.

Na opção Ações, estão disponíveis as opções referentes a desligamento,

reinicializarão e hibernação do computador, além da opção de configuração do gdm,

disponível somente para o administrador.

Figura 3.8 Tela de Autenticação de Usuário no Sistema

Após a autenticação do usuário, é exibido o desktop do usuário. A

aparência do desktop foi configurada de forma a torná-lo simples e intuitivo,

deixando-o o mais funcional possível. Os componentes que fazem parte do desktop

Page 48: TCC - José Bento da Silva Neto

48 são: a imagem de fundo, os ícones dos aplicativos e a barra de tarefas, conforme

figura 3.9.

A imagem de fundo pode ser alterada somente pelo administrador do

sistema e pode ser personalizada de acordo com a necessidade.

Os ícones disponibilizados no desktop representam os aplicativos

disponíveis aos usuários. Os aplicativos disponíveis são: Iceweseal e o tsclient. O

Iceweasel é o navegador de internet, responsável por acessar conteúdos web. O

tsclient é o aplicativo responsável pela conexão via rdp ao Servidor de Gestão de

Saúde, ele está identificado como Cliente do Terminal Server.

Na barra de tarefas também estão disponíveis o acesso aos aplicativos

Iceweasel e tsclient. Além de disponíveis os ícones referentes às seguintes funções:

de minimizar todas as janelas ativas, de gerenciar entre dois desktops e de logout do

sistema . E ainda mostra um relógio.

O ícone de logout disponibiliza as seguintes opções de: desligar e

reiniciar o computador. E ainda as opções de: logout e troca rápida de usuários.

Figura 3.9 Desktop

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49

O aplicativo tsclient proverá a principal funcionalidade do Desktop, após

sua execução, o usuário somente terá que clicar no botão conectar, para acesso ao

Sistema de Gestão de Saúde, conforme Figura 3.10.

Figura 3.10 Terminal Server Client

4.2 RESULTADOS DOS TESTES FUNCIONAIS

O ambiente real disponível para aplicação dos testes funcionais foi a

Farmácia Municipal de São Sebastião do Paraíso. A Farmácia Municipal é

responsável por disponibilizar aos cidadãos diversos tipos de medicações de forma

gratuita. Todo o gerenciamento do medicamento desde o estoque à entrega ao

cidadão é feito pelo módulo Farmácia do Sistema de Gestão de Saúde.

Para se conseguir a medicação, o cidadão deve ir até a sede da farmácia

com a prescrição do medicamento. O atendente recepciona o cidadão e verifica no

Page 50: TCC - José Bento da Silva Neto

50 Sistema, a disponibilidade do medicamento no estoque e o cadastro do paciente no

sistema. Se a medicação está disponível, é cadastrado no sistema o atendimento

feito, constando qual medicação, quantidade e o nome do paciente. Após isso a

medicação é entregue ao cidadão. Para este procedimento não são emitidos recibos

impressos, mas o atendente registra no receituário com carimbo próprio que foi

efetuado o atendimento.

A Farmácia Municipal faz em média 450 atendimentos diários. Os testes

foram efetuados durante um dia, neste dia os atendimentos chegaram a 518.

A Farmácia possui dois computadores para atendimento. Os testes

consistiram em substituir um dos computadores, por outro inferior em relação a

recursos de hardware, com o Desktop Ypê instalado, disponibilizá-lo ao uso e

acompanhar seu funcionamento. Foi utilizado um computador com processador Amd

Duron 800 mhz, com 512 megabytes de memória RAM e HD de 10 gigabytes. Os

outros computadores utilizados no local, possuem processador Intel Celeron 2.2 ghz,

512 megabytes de memória RAM e HD de 40 gb e o sistema operacional Microsoft

Windows XP.

Após a instalação do computador, o sistema inicializou normalmente,

reconhecendo todo hardware disponível. Sendo que foi necessária a configuração

manual da rede, editando diretamente o arquivo de configuração, pois no local ainda

não possui servidor DHCP.

Foi passado ao usuário, algumas orientações quanto a diferença de

acesso ao sistema, utilizando o Desktop Ypê com relação ao Sistema Operacional já

utilizado. O usuário foi capaz de fazer login no sistema com o usuário e senha,

disponibilizados, e localizar no desktop o ícone referente ao aplicativo por acessar o

sistema de Gestão de Saúde.

Durante o uso do Desktop Ypê, foi verificado o consumo de memória e

processador dos computadores. Após a verificação foi feito um comparativo entre o

desempenho geral, conforme a figura 3.11.

Desktop Ypê Microsoft Windows XP

Consumo do Processador 15% 100%

Consumo de Memória RAM 100 megabytes 250 megabytes

Figura 3.11 Comparativo de desempenho entre os Sistemas

Page 51: TCC - José Bento da Silva Neto

51

Verificou-se que o consumo do processador no Desktop Ypê, raramente

ultrapassava 15% e que a memória RAM consumida chegou a 100 megabytes,

aproximadamente, conforme figura 3.12. Enquanto que o computador do local

apresentava varias oscilações de processamento, chegando a picos de quase 100%

de consumo, confome figura 3.13. Quanto ao uso de memória RAM, o consumo

ultrapassava ao dobro do consumo do Desktop Ypê, além de utilizar o recurso de

memória virtual, o que não foi utilizado pelo Desktop Ypê.

Figura 3.12 Processamento Desktop Ypê

Figura 3.13 Processamento Microsoft Windows

A figura 3.14 mostra a quantidade de ícones e funcionalidades disponíveis

aos usuários no Sistema Operacional atualmente em uso.

Page 52: TCC - José Bento da Silva Neto

52

Figura 3.14 Desktop Microsoft Windows XP

Quanto a estabilidade, o Desktop Ypê não apresentou travamentos ou

lentidão durante o período de testes. E em geral seu desempenho foi superior em

relação ao Sistema Operacional já utilizado no local. Por isso, quanto ao usuário não

houve resistências em utilizar o Desktop Ypê, embora não tivesse conhecimento

algum sobre quaisquer tipos de Sistema Operacionais Linux.

Page 53: TCC - José Bento da Silva Neto

53 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

5.1 CONCLUSÃO

Após o Testes funcionais ficou claro que foi possível otimizar as

funcionalidades do Sistema Operacional. A partir da análise das necessidades de

software das Unidades de Saúde foram identificadas três funcionalidades

essenciais. Que foram atendidas a partir da instalação, somente, dos softwares que

atendessem a essas funcionalidades. Com relação ao Sistema Operacional, já em

uso, que oferecia muitas funcionalidades que não eram utilizadas, o Desktop

ofereceu somente as funcionalidades necessárias.

Quanto a otimização de uso de recursos de hardware, principalmente

processador e memória, o objetivo foi alcançado a partir da adoção do ambiente

gráfico LXDE e o kernel linux. O LXDE proporcionou ao usuário um ambiente gráfico

funcional e atraente, sem pesar no desempenho geral do computador. E o kernel

linux proporcionou a utilização do sistema em hardware diferentes, sem a

necessidade de configurações especificas de hardware. O que possibilitou a

execução e uso do sistema em computadores antigos, o que poderá estender a vida

útil desses equipamentos.

Quanto a redução de custos, todos os aplicativos, bilbliotecas e kernel,

foram obtidos sem custos, o que era previsto em suas licenças de uso. Que ao final

do desenvolvimento foi gerado um sistema totalmente sem custos de aquisição. Que

poderá ser utilizado também sem custos.

Quanto a instalação do sistema em memórias flash compactas, o objetivo

foi atendido, pois é possível a instalação do sistema em mídias com capacidade

mínima de armazenamento de 1,5 gigabytes.

Considerando satisfatórios os resultados obtidos com o desenvolvimento

do projeto, espera-se que o projeto seja adotado pela Prefeitura Munipal de São

Sebastião do Paraíso.

Concluo, a partir do desenvolvimento de todo o trabalho, que são

possíveis várias e várias maneiras de ser resolver o problema proposto neste

trabalho a partir da grande variedade de softwares open-source e livres disponíveis.

Page 54: TCC - José Bento da Silva Neto

54 Liderados pelo Kernel Linux, cada vez mais, esses softwares alcançam altos níveis

de maturidade e qualidade e se mostram como uma real alternativa em relação a

comparações com softwares proprietários.

5.2 LIMITAÇÕES DO PROJETO

Dentre as limitações do projeto, o Desktop Ypê, ao contrário de outras

distribuições Linux, não foi desenvolvido num ambiente de comunidade, o que

poderá acarretar em dificuldades de suporte e atualizações. E ainda, não foram

criados repositórios próprios do projeto para atualização e instalação de pacotes.

5.3 TRABALHOS FUTUROS

Considerando a grande quantidade de Distribuições Linux disponíveis e a

qualidade de ferramentas desenvolvidas de forma exclusiva para cada uma delas

por suas respectivas comunidades, destaco a Distribuição Gentoo, que possui o

gerenciador de pacotes Portage. O Portage, assim como o APT-GET do Debian

GNU/LINUX, automatiza a instalação de pacotes no sistema, porém com uma

diferença bastante significativa, enquanto o APT-GET faz a instalação de pacotes

pré-compilados, o Portage obtém e compila o código-fonte dos pacotes para o

hardware, sendo possíveis várias otimizações que resultam em ganhos de

desempenho. Com isso, seria relevante o desenvolvimento deste trabalho tomando

como base a Distribuição Gentoo, para que fossem comparados os resultados

obtidos.

E ainda, a partir da divulgação deste trabalho, espera-se que o

desenvolvimento do Desktop Ypê permaneça constante. E que a partir do interesse

de novos desenvolvedores, seja criada uma comunidade de desenvolvimento dentro

do ambiente acadêmico.

Page 55: TCC - José Bento da Silva Neto

55

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Page 59: TCC - José Bento da Silva Neto

59

APÊNDICES

Page 60: TCC - José Bento da Silva Neto

60

APENDICE A – Arquivos de configuração

Arquivo de condiguração dos pontos de montagem - /etc/fstab

Arquivo de Configuração das Interfaces de Rede - /etc/interfaces

Arquivo de configuração da mensagem de boas vindas para acesso em modo texto - /etc/issue

Arquivo de Configuração no menu de inicialização do sistema - /boot/grub/menu.lst

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61 APENDICE B – Listas de pacotes instalados no sistema

ii adduser 3.110 add and remove users and groups ii apt 0.7.20.2+lenny2 Advanced front-end for dpkg ii apt-utils 0.7.20.2+lenny2 APT utility programs ii aptitude 0.4.11.11-1~lenny1 terminal-based package manager ii aspell 0.60.6-1 GNU Aspell spell-checker ii aspell-en 6.0-0-5.1 English dictionary for GNU Aspell ii base-files 5lenny7 Debian base system miscellaneous files ii base-passwd 3.5.20 Debian base system master password and group ii bash 3.2-4 The GNU Bourne Again SHell ii bsdmainutils 6.1.10 collection of more utilities from FreeBSD ii bsdutils 1:2.13.1.1-1 Basic utilities from 4.4BSD-Lite ii busybox 1:1.10.2-2 Tiny utilities for small and embedded system ii console-common 0.7.80 basic infrastructure for text console config ii console-data 2:1.07-11 keymaps, fonts, charset maps, fallback table ii coreutils 6.10-6 The GNU core utilities ii cpio 2.9-13lenny1 GNU cpio -- a program to manage archives of ii cpp 4:4.3.2-2 The GNU C preprocessor (cpp) ii cpp-4.3 4.3.2-1.1 The GNU C preprocessor ii cron 3.0pl1-105 management of regular background processing ii dbus 1.2.1-5+lenny1 simple interprocess messaging system ii dbus-x11 1.2.1-5+lenny1 simple interprocess messaging system (X11 de ii debconf 1.5.24 Debian configuration management system ii debconf-i18n 1.5.24 full internationalization support for debcon ii debian-archive-keyring 2010.08.28~lenny1 GnuPG archive keys of the Debian archive ii debian-installer 20090123lenny7 Debian installer ii debianutils 2.30 Miscellaneous utilities specific to Debian ii deborphan 1.7.27 program that can find unused packages, e.g. ii defoma 0.11.10-0.2 Debian Font Manager -- automatic font config ii desktop-file-utils 0.15-1 Utilities for .desktop files ii dhcp3-client 3.1.1-6+lenny4 DHCP client ii dhcp3-common 3.1.1-6+lenny4 common files used by all the dhcp3* packages ii dialog 1.1-20080316-1 Displays user-friendly dialog boxes from she ii dictionaries-common 0.98.12 Common utilities for spelling dictionary too ii diff 2.8.1-12 File comparison utilities ii dmidecode 2.9-1 Dump Desktop Management Interface data ii docbook-xml 4.5-6 standard XML documentation system, for softw ii dpkg 1.14.29 Debian package management system ii e2fslibs 1.41.3-1 ext2 filesystem libraries ii e2fsprogs 1.41.3-1 ext2/ext3/ext4 file system utilities ii ed 0.7-3 The classic unix line editor ii eject 2.1.5+deb1-4 ejects CDs and operates CD-Changers under Li ii esound-clients 0.2.36-3 Enlightened Sound Daemon - clients ii esound-common 0.2.36-3 Enlightened Sound Daemon - Common files ii file 4.26-1 Determines file type using "magic" numbers ii findutils 4.4.0-2 utilities for finding files--find, xargs ii fontconfig 2.6.0-3 generic font configuration library - support ii fontconfig-config 2.6.0-3 generic font configuration library - configu ii gamin 0.1.9-2 File and directory monitoring system ii gcc-4.2-base 4.2.4-6 The GNU Compiler Collection (base package) ii gcc-4.3-base 4.3.2-1.1 The GNU Compiler Collection (base package) ii gconf2 2.22.0-1 GNOME configuration database system (support ii gconf2-common 2.22.0-1 GNOME configuration database system (common ii gdm 2.20.7-4lenny1 GNOME Display Manager ii gdm-themes 0.6.1 Themes for the GNOME Display Manager ii gettext-base 0.17-4 GNU Internationalization utilities for the b ii gksu 2.0.0-8 graphical frontend to su ii gnome-icon-theme 2.22.0-1 GNOME Desktop icon theme ii gnome-keyring 2.22.3-2 GNOME keyring services (daemon and tools) ii gnome-mime-data 2.18.0-1 base MIME and Application database for GNOME ii gnome-mount 0.7-2 wrapper for (un)mounting and ejecting storag ii gnupg 1.4.9-3+lenny1 GNU privacy guard - a free PGP replacement ii gpgv 1.4.9-3+lenny1 GNU privacy guard - signature verification t

Page 62: TCC - José Bento da Silva Neto

62 ii grep 2.5.3~dfsg-6 GNU grep, egrep and fgrep ii groff-base 1.18.1.1-21 GNU troff text-formatting system (base syste ii grub 0.97-47lenny2 GRand Unified Bootloader (Legacy version) ii grub-common 1.96+20080724-16 GRand Unified Bootloader, version 2 (common ii gtk2-engines 1:2.14.3-2 theme engines for GTK+ 2.x ii gzip 1.3.12-6+lenny1 The GNU compression utility ii hal 0.5.11-8 Hardware Abstraction Layer ii hal-info 20080508+git20080601-1 Hardware Abstraction Layer - fdi files ii hicolor-icon-theme 0.10-1 default fallback theme for FreeDesktop.org i ii hostname 2.95 utility to set/show the host name or domain ii iceweasel 3.0.6-3 lightweight web browser based on Mozilla ii ifupdown 0.6.8+nmu1 high level tools to configure network interf ii info 4.11.dfsg.1-4 Standalone GNU Info documentation browser ii initramfs-tools 0.92o tools for generating an initramfs ii initscripts 2.86.ds1-61 Scripts for initializing and shutting down t ii iproute 20080725-2 networking and traffic control tools ii iptables 1.4.2-6 administration tools for packet filtering an ii iputils-ping 3:20071127-1+lenny1 Tools to test the reachability of network ho ii kbd 1.14.1-4 Linux console font and keytable utilities ii klibc-utils 1.5.12-2 small utilities built with klibc for early b ii libacl1 2.2.47-2 Access control list shared library ii libart-2.0-2 2.3.20-2 Library of functions for 2D graphics - runti ii libasound2 1.0.16-2 ALSA library ii libaspell15 0.60.6-1 GNU Aspell spell-checker runtime library ii libatk1.0-0 1.22.0-1 The ATK accessibility toolkit ii libatk1.0-data 1.22.0-1 Common files for the ATK accessibility toolk ii libattr1 1:2.4.43-2 Extended attribute shared library ii libaudiofile0 0.2.6-7+lenny1 Open-source version of SGI's audiofile libra ii libavahi-client3 0.6.23-3lenny1 Avahi client library ii libavahi-common-data 0.6.23-3lenny1 Avahi common data files ii libavahi-common3 0.6.23-3lenny1 Avahi common library ii libavahi-glib1 0.6.23-3lenny1 Avahi glib integration library ii libblkid1 1.41.3-1 block device id library ii libbonobo2-0 2.22.0-1 Bonobo CORBA interfaces library ii libbonobo2-common 2.22.0-1 Bonobo CORBA interfaces library -- support f ii libbonoboui2-0 2.22.0-1 The Bonobo UI library ii libbonoboui2-common 2.22.0-1 The Bonobo UI library -- common files ii libbz2-1.0 1.0.5-1 high-quality block-sorting file compressor l ii libc6 2.7-18lenny4 GNU C Library: Shared libraries ii libc6-i686 2.7-18lenny4 GNU C Library: Shared libraries [i686 optimi ii libcairo2 1.6.4-7 The Cairo 2D vector graphics library ii libcomerr2 1.41.3-1 common error description library ii libconsole 1:0.2.3dbs-65.1 Shared libraries for Linux console and font ii libcroco3 0.6.1-2 a generic Cascading Style Sheet (CSS) parsin ii libcups2 1.3.8-1+lenny7 Common UNIX Printing System(tm) - libs ii libcwidget3 0.5.12-4 high-level terminal interface library for C+ ii libdatrie0 0.1.3-2 Double-array trie library ii libdb4.5 4.5.20-13 Berkeley v4.5 Database Libraries [runtime] ii libdb4.6 4.6.21-11 Berkeley v4.6 Database Libraries [runtime] ii libdbus-1-3 1.2.1-5+lenny1 simple interprocess messaging system ii libdbus-glib-1-2 0.76-1 simple interprocess messaging system (GLib-b ii libdevmapper1.02.1 2:1.02.27-4 The Linux Kernel Device Mapper userspace lib ii libdirectfb-1.0-0 1.0.1-11 direct frame buffer graphics - shared librar ii libdirectfb-extra 1.0.1-11 direct frame buffer graphics - extra provide ii libdmx1 1:1.0.2-3 X11 Distributed Multihead extension library ii libdrm2 2.3.1-2 Userspace interface to kernel DRM services - ii libedit2 2.11~20080614-1 BSD editline and history libraries ii libeel2-2.20 2.20.0-7 Eazel Extensions Library (for GNOME2) ii libeel2-data 2.20.0-7 Eazel Extensions Library - data files (for G ii libenchant1c2a 1.4.2-3.3 a wrapper library for various spell checker ii libept0 0.5.22 High-level library for managing Debian packa ii libesd0 0.2.36-3 Enlightened Sound Daemon - Shared libraries ii libexpat1 2.0.1-4+lenny3 XML parsing C library - runtime library ii libfontconfig1 2.6.0-3 generic font configuration library - runtime ii libfontenc1 1:1.0.4-3 X11 font encoding library ii libfreetype6 2.3.7-2+lenny1 FreeType 2 font engine, shared library files ii libfs6 2:1.0.1-1 X11 Font Services library

Page 63: TCC - José Bento da Silva Neto

63 ii libgail-common 1.22.3-1 GNOME Accessibility Implementation Library - ii libgail18 1.22.3-1 GNOME Accessibility Implementation Library - ii libgamin0 0.1.9-2 Client library for the gamin file and direct ii libgcc1 1:4.3.2-1.1 GCC support library ii libgconf2-4 2.22.0-1 GNOME configuration database system (shared ii libgcrypt11 1.4.1-1 LGPL Crypto library - runtime library ii libgdbm3 1.8.3-3 GNU dbm database routines (runtime version) ii libgksu2-0 2.0.7-1 library providing su and sudo functionality ii libgl1-mesa-dri 7.0.3-7 A free implementation of the OpenGL API -- D ii libgl1-mesa-glx 7.0.3-7 A free implementation of the OpenGL API -- G ii libglade2-0 1:2.6.2-1 library to load .glade files at runtime ii libglib2.0-0 2.16.6-3 The GLib library of C routines ii libglib2.0-data 2.16.6-3 Common files for GLib library ii libgmp3c2 2:4.2.2+dfsg-3 Multiprecision arithmetic library ii libgnome-keyring0 2.22.3-2 GNOME keyring services library ii libgnome-menu2 2.22.2-4 an implementation of the freedesktop menu sp ii libgnome2-0 2.20.1.1-1 The GNOME 2 library - runtime files ii libgnome2-common 2.20.1.1-1 The GNOME 2 library - common files ii libgnomecanvas2-0 2.20.1.1-1 A powerful object-oriented display - runtime ii libgnomecanvas2-common 2.20.1.1-1 A powerful object-oriented display - common ii libgnomeui-0 2.20.1.1-2 The GNOME 2 libraries (User Interface) - run ii libgnomeui-common 2.20.1.1-2 The GNOME 2 libraries (User Interface) - com ii libgnomevfs2-0 1:2.22.0-5 GNOME Virtual File System (runtime libraries ii libgnomevfs2-common 1:2.22.0-5 GNOME Virtual File System (common files) ii libgnomevfs2-extra 1:2.22.0-5 GNOME Virtual File System (extra modules) ii libgnutls26 2.4.2-6+lenny2 the GNU TLS library - runtime library ii libgpg-error0 1.4-2 library for common error values and messages ii libgsf-1-114 1.14.8-1lenny2 Structured File Library - runtime version ii libgsf-1-common 1.14.8-1lenny2 Structured File Library - common files ii libgtk2.0-0 2.12.12-1~lenny1 The GTK+ graphical user interface library ii libgtk2.0-bin 2.12.12-1~lenny1 The programs for the GTK+ graphical user int ii libgtk2.0-common 2.12.12-1~lenny1 Common files for the GTK+ graphical user int ii libgtop2-7 2.22.3-1 gtop system monitoring library ii libgtop2-common 2.22.3-1 common files for the gtop system monitoring ii libhal-storage1 0.5.11-8 Hardware Abstraction Layer - shared library ii libhal1 0.5.11-8 Hardware Abstraction Layer - shared library ii libhunspell-1.2-0 1.2.6-1 spell checker and morphological analyzer (sh ii libice6 2:1.0.4-1 X11 Inter-Client Exchange library ii libidl0 0.8.10-0.1 library for parsing CORBA IDL files ii libjpeg-progs 6b-14 Programs for manipulating JPEG files ii libjpeg62 6b-14 The Independent JPEG Group's JPEG runtime li ii libkeyutils1 1.2-9 Linux Key Management Utilities (library) ii libklibc 1.5.12-2 minimal libc subset for use with initramfs ii libkrb53 1.6.dfsg.4~beta1-5lenny2 MIT Kerberos runtime libraries ii liblcms1 1.17.dfsg-1+lenny2 Color management library ii libldap-2.4-2 2.4.11-1 OpenLDAP libraries ii liblocale-gettext-perl 1.05-4 Using libc functions for internationalizatio ii liblzo2-2 2.03-1 data compression library ii libmagic1 4.26-1 File type determination library using "magic ii libmalaga7 7.12-1 An automatic language analysis library ii libmozjs1d 1.9.0.16-1 The Mozilla SpiderMonkey JavaScript library ii libmpfr1ldbl 2.3.1.dfsg.1-2 multiple precision floating-point computatio ii libnautilus-extension1 2.20.0-7 libraries for nautilus components - runtime ii libncurses5 5.7+20081213-1 shared libraries for terminal handling ii libncursesw5 5.7+20081213-1 shared libraries for terminal handling (wide ii libnewt0.52 0.52.2-11.3+lenny1 Not Erik's Windowing Toolkit - text mode win ii libnotify1 0.4.4-3 sends desktop notifications to a notificatio ii libnspr4-0d 4.7.1-5 NetScape Portable Runtime Library ii libnss3-1d 3.12.3.1-0lenny1 Network Security Service libraries ii libobparser21 3.4.7.2-3 parsing library for openbox ii libobrender21 3.4.7.2-3 rendering library for openbox themes ii liborbit2 1:2.14.13-0.1 libraries for ORBit2 - a CORBA ORB ii libpam-gnome-keyring 2.22.3-2 PAM module to unlock the GNOME keyring upon ii libpam-modules 1.0.1-5+lenny1 Pluggable Authentication Modules for PAM ii libpam-runtime 1.0.1-5+lenny1 Runtime support for the PAM library ii libpam0g 1.0.1-5+lenny1 Pluggable Authentication Modules library ii libpanel-applet2-0 2.20.3-5 library for GNOME Panel applets

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64 ii libpango1.0-0 1.20.5-5 Layout and rendering of internationalized te ii libpango1.0-common 1.20.5-5 Modules and configuration files for the Pang ii libpci3 1:3.0.0-6 Linux PCI Utilities (shared library) ii libpcre3 7.6-2.1 Perl 5 Compatible Regular Expression Library ii libpixman-1-0 0.10.0-2 pixel-manipulation library for X and cairo ii libpng12-0 1.2.27-2+lenny2 PNG library - runtime ii libpopt0 1.14-4 lib for parsing cmdline parameters ii libreadline5 5.2-3.1 GNU readline and history libraries, run-time ii librsvg2-2 2.22.2-2lenny1 SAX-based renderer library for SVG files (ru ii librsvg2-common 2.22.2-2lenny1 SAX-based renderer library for SVG files (ex ii libsasl2-2 2.1.22.dfsg1-23+lenny1 Cyrus SASL - authentication abstraction libr ii libscrollkeeper0 0.3.14-16 Library to load .omf files (runtime files) ii libselinux1 2.0.65-5 SELinux shared libraries ii libsepol1 2.0.30-2 Security Enhanced Linux policy library for c ii libsexy2 0.1.11-2+b1 collection of additional GTK+ widgets - libr ii libsigc++-2.0-0c2a 2.0.18-2 type-safe Signal Framework for C++ - runtime ii libslang2 2.1.3-3 The S-Lang programming library - runtime ver ii libsm6 2:1.0.3-2 X11 Session Management library ii libsmbclient 2:3.2.5-4lenny8 shared library that allows applications to t ii libsmbios-bin 2.0.3.dfsg-1 Provide access to (SM)BIOS information -- ut ii libsmbios2 2.0.3.dfsg-1 Provide access to (SM)BIOS information -- dy ii libsplashy1 0.3.13-3 Library to draw splash screen on boot, shutd ii libsqlite3-0 3.5.9-6 SQLite 3 shared library ii libss2 1.41.3-1 command-line interface parsing library ii libssl0.9.8 0.9.8g-15+lenny8 SSL shared libraries ii libstartup-notification0 0.9-1 library for program launch feedback (shared ii libstdc++6 4.3.2-1.1 The GNU Standard C++ Library v3 ii libsysfs2 2.1.0-5 interface library to sysfs ii libtalloc1 1.2.0~git20080616-1 hierarchical pool based memory allocator ii libtasn1-3 1.4-1 Manage ASN.1 structures (runtime) ii libtext-charwidth-perl 0.04-5+b1 get display widths of characters on the term ii libtext-iconv-perl 1.7-1+b1 converts between character sets in Perl ii libtext-wrapi18n-perl 0.06-6 internationalized substitute of Text::Wrap ii libthai-data 0.1.9-4+lenny1 Data files for Thai language support library ii libthai0 0.1.9-4+lenny1 Thai language support library ii libtiff4 3.8.2-11.2 Tag Image File Format (TIFF) library ii libts-0.0-0 1.0-4 touch screen library ii libusb-0.1-4 2:0.1.12-13 userspace USB programming library ii libuuid1 1.41.3-1 universally unique id library ii libvoikko1 1.7-2 Finnish spell-checker and hyphenator library ii libvolume-id0 0.125-7+lenny3 libvolume_id shared library ii libvte-common 1:0.16.14-4 Terminal emulator widget for GTK+ 2.0 - comm ii libvte9 1:0.16.14-4 Terminal emulator widget for GTK+ 2.0 - runt ii libwbclient0 2:3.2.5-4lenny8 client library for interfacing with winbind ii libwnck-common 2.22.3-1 Window Navigator Construction Kit - common f ii libwnck22 2.22.3-1 Window Navigator Construction Kit - runtime ii libwrap0 7.6.q-16 Wietse Venema's TCP wrappers library ii libx11-6 2:1.1.5-2 X11 client-side library ii libx11-data 2:1.1.5-2 X11 client-side library ii libx86-1 1.1+ds1-2 x86 real-mode library ii libxapian15 1.0.7-4 Search engine library ii libxau6 1:1.0.3-3 X11 authorisation library ii libxaw7 2:1.0.4-2 X11 Athena Widget library ii libxcb-render-util0 0.2.1+git1-1 utility libraries for X C Binding -- render- ii libxcb-render0 1.1-1.2 X C Binding, render extension ii libxcb-xlib0 1.1-1.2 X C Binding, Xlib/XCB interface library ii libxcb1 1.1-1.2 X C Binding ii libxcomposite1 1:0.4.0-3 X11 Composite extension library ii libxcursor1 1:1.1.9-1 X cursor management library ii libxdamage1 1:1.1.1-4 X11 damaged region extension library ii libxdmcp6 1:1.0.2-3 X11 Display Manager Control Protocol library ii libxext6 2:1.0.4-1 X11 miscellaneous extension library ii libxfixes3 1:4.0.3-2 X11 miscellaneous 'fixes' extension library ii libxfont1 1:1.3.3-1 X11 font rasterisation library ii libxft2 2.1.12-3 FreeType-based font drawing library for X ii libxi6 2:1.1.4-1 X11 Input extension library ii libxinerama1 2:1.0.3-2 X11 Xinerama extension library

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65 ii libxkbfile1 1:1.0.5-1 X11 keyboard file manipulation library ii libxml2 2.6.32.dfsg-5+lenny1 GNOME XML library ii libxmu6 2:1.0.4-1 X11 miscellaneous utility library ii libxmuu1 2:1.0.4-1 X11 miscellaneous micro-utility library ii libxpm4 1:3.5.7-1 X11 pixmap library ii libxrandr2 2:1.2.3-1 X11 RandR extension library ii libxrender1 1:0.9.4-2 X Rendering Extension client library ii libxres1 2:1.0.3-1 X11 Resource extension library ii libxslt1.1 1.1.24-2 XSLT processing library - runtime library ii libxt6 1:1.0.5-3 X11 toolkit intrinsics library ii libxtrap6 2:1.0.0-5 X11 event trapping extension library ii libxtst6 2:1.0.3-1 X11 Testing -- Resource extension library ii libxv1 2:1.0.4-1 X11 Video extension library ii libxxf86dga1 2:1.0.2-1 X11 Direct Graphics Access extension library ii libxxf86misc1 1:1.0.1-3 X11 XFree86 miscellaneous extension library ii libxxf86vm1 1:1.0.2-1 X11 XFree86 video mode extension library ii linux-image-2.6.26-2-686 2.6.26-25 Linux 2.6.26 image on PPro/Celeron/PII/PIII/ ii locales 2.7-18lenny1 GNU C Library: National Language (locale) da ii login 1:4.1.1-6+lenny1 system login tools ii logrotate 3.7.1-5 Log rotation utility ii lsb-base 3.2-20 Linux Standard Base 3.2 init script function ii lxappearance 0.2-1 a new feature-rich GTK+ theme switcher ii lxde-common 0.3.2.1+svn20080509-5 the Lightweight X11 Desktop Environment conf ii lxde-core 0.3.2.1+svn20080509-5 Meta-package for the Lightweight X11 Desktop ii lxde-settings-daemon 0.3.2.1+svn20080509-5 LXDE settings daemon ii lxpanel 0.3.8.1-2 a lightweight desktop panel for X ii lxsession-lite 0.3.6-2 a lightweight X11 session manager (lite vers ii lxterminal 0.1.3-2 desktop independent vte-based terminal emula ii lzma 4.43-14 Compression method of 7z format in 7-Zip pro ii makedev 2.3.1-88 creates device files in /dev ii man-db 2.5.2-4 on-line manual pager ii manpages 3.05-1 Manual pages about using a GNU/Linux system ii mawk 1.3.3-11.1 a pattern scanning and text processing langu ii mime-support 3.44-1 MIME files 'mime.types' & 'mailcap', and sup ii mktemp 1.5-9 tool for creating temporary files ii module-init-tools 3.4-1 tools for managing Linux kernel modules ii mount 2.13.1.1-1 Tools for mounting and manipulating filesyst ii myspell-en-us 1:2.4.0-3 English_american dictionary for myspell ii nano 2.0.7-5 free Pico clone with some new features ii ncurses-base 5.7+20081213-1 basic terminal type definitions ii ncurses-bin 5.7+20081213-1 terminal-related programs and man pages ii net-tools 1.60-22 The NET-3 networking toolkit ii netbase 4.34 Basic TCP/IP networking system ii netcat-traditional 1.10-38 TCP/IP swiss army knife ii notification-daemon 0.3.7-1+b1 a daemon that displays passive pop-up notifi ii openbox 3.4.7.2-3 standards compliant, fast, light-weight, ext ii openbox-themes 1.0.2 Themes for the Openbox window manager ii openssh-blacklist 0.4.1 list of default blacklisted OpenSSH RSA and ii openssh-client 1:5.1p1-5 secure shell client, an rlogin/rsh/rcp repla ii openssh-server 1:5.1p1-5 secure shell server, an rshd replacement ii passwd 1:4.1.1-6+lenny1 change and administer password and group dat ii pciutils 1:3.0.0-6 Linux PCI Utilities ri pcmanfm 0.5-3 an extremely fast and lightweight file manag ii perl 5.10.0-19lenny2 Larry Wall's Practical Extraction and Report ii perl-base 5.10.0-19lenny2 minimal Perl system ii perl-modules 5.10.0-19lenny2 Core Perl modules ii pm-utils 1.1.2.4-1 utilities and scripts for power management rc portmap 6.0-9 RPC port mapper ii powermgmt-base 1.30+nmu1 Common utils and configs for power managemen ii procps 1:3.2.7-11 /proc file system utilities ii psmisc 22.6-1 Utilities that use the proc filesystem ii python 2.5.2-3 An interactive high-level object-oriented la ii python-minimal 2.5.2-3 A minimal subset of the Python language (def ii python2.5 2.5.2-15 An interactive high-level object-oriented la ii python2.5-minimal 2.5.2-15 A minimal subset of the Python language (ver ii radeontool 1.5-5 utility to control ATI Radeon backlight func ii rdesktop 1.6.0-2 RDP client for Windows NT/2000 Terminal Serv

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66 ii readline-common 5.2-3.1 GNU readline and history libraries, common f ii rsyslog 3.18.6-4 enhanced multi-threaded syslogd ii scrollkeeper 0.3.14-16 A free electronic cataloging system for docu ii sed 4.1.5-6 The GNU sed stream editor ii sgml-base 1.26 SGML infrastructure and SGML catalog file su ii sgml-data 2.0.3 common SGML and XML data ii shared-mime-info 0.30-2 FreeDesktop.org shared MIME database and spe ii splashy 0.3.13-3 A complete user-space boot splash system ii ssh 1:5.1p1-5 secure shell client and server (metapackage) ii sudo 1.6.9p17-2 Provide limited super user privileges to spe ii sysv-rc 2.86.ds1-61 System-V-like runlevel change mechanism ii sysvinit 2.86.ds1-61 System-V-like init utilities ii sysvinit-utils 2.86.ds1-61 System-V-like utilities ii tar 1.20-1+lenny1 GNU version of the tar archiving utility ii tasksel 2.78 Tool for selecting tasks for installation on ii tasksel-data 2.78 Official tasks used for installation of Debi ii tcpd 7.6.q-16 Wietse Venema's TCP wrapper utilities ii traceroute 2.0.11-2 Traces the route taken by packets over an IP ii tsclient 0.150-1 front-end for viewing of remote desktops in ii ttf-dejavu 2.25-3 Metapackage to pull in ttf-dejavu-core and t ii ttf-dejavu-core 2.25-3 Vera font family derivate with additional ch ii ttf-dejavu-extra 2.25-3 Vera font family derivate with additional ch ii tzdata 2010j-0lenny1 time zone and daylight-saving time data ii ucf 3.0016 Update Configuration File: preserve user cha ii udev 0.125-7+lenny3 /dev/ and hotplug management daemon ii update-inetd 4.31 inetd configuration file updater ii usbutils 0.73-10lenny1 Linux USB utilities ii uswsusp 0.7-1.2 tools to use userspace software suspend prov ii util-linux 2.13.1.1-1 Miscellaneous system utilities ii vbetool 1.0-3 run real-mode video BIOS code to alter hardw ii vim-common 1:7.1.314-3+lenny2 Vi IMproved - Common files ii vim-tiny 1:7.1.314-3+lenny2 Vi IMproved - enhanced vi editor - compact v ii wbrazilian 3.0~beta4-12 Brazilian Portuguese wordlist ii wget 1.11.4-2+lenny2 retrieves files from the web ii whiptail 0.52.2-11.3+lenny1 Displays user-friendly dialog boxes from she ii x-ttcidfont-conf 31 TrueType and CID fonts configuration for X ii x11-apps 7.3+4 X applications ii x11-common 1:7.3+20 X Window System (X.Org) infrastructure ii x11-session-utils 7.3+1 X session utilities ii x11-utils 7.3+2+nmu1 X11 utilities ii x11-xfs-utils 7.3+1 X font server utilities ii x11-xkb-utils 7.4+1 X11 XKB utilities ii x11-xserver-utils 7.3+5 X server utilities ii xauth 1:1.0.3-2 X authentication utility ii xbase-clients 1:7.3+20 miscellaneous X clients - metapackage ii xfonts-base 1:1.0.0-5 standard fonts for X ii xfonts-encodings 1:1.0.2-3 Encodings for X.Org fonts ii xfonts-utils 1:7.4+1 X Window System font utility programs ii xinit 1.0.9-2 X server initialisation tool ii xkb-data 1.3-2 X Keyboard Extension (XKB) configuration dat ii xli 1.17.0+20061110-3 command line tool for viewing images in X11 ii xml-core 0.12 XML infrastructure and XML catalog file supp ii xscreensaver 5.05-3+lenny1 Automatic screensaver for X ii xscreensaver-data 5.05-3+lenny1 data files to be shared among screensaver fr ii xserver-xephyr 2:1.4.2-10.lenny2 nested X server ii xserver-xorg 1:7.3+20 the X.Org X server ii xserver-xorg-core 2:1.4.2-10.lenny2 Xorg X server - core server ii xserver-xorg-input-all 1:7.3+20 the X.Org X server -- input driver metapacka ii xserver-xorg-input-evdev 1:2.0.8-1 X.Org X server -- evdev input driver ii xserver-xorg-input-kbd 1:1.3.1-1 X.Org X server -- keyboard input driver ii xserver-xorg-input-mouse 1:1.3.0-1 X.Org X server -- mouse input driver ii xserver-xorg-input-synaptics 0.14.7~git20070706-3 Synaptics TouchPad driver for X.Org/XFree86 ii xserver-xorg-input-wacom 0.7.9.3-2 X.Org X server -- Wacom input driver ii xserver-xorg-video-all 1:7.3+20 the X.Org X server -- output driver metapack ii xserver-xorg-video-apm 1:1.2.0-1 X.Org X server -- APM display driver ii xserver-xorg-video-ark 1:0.7.0-1 X.Org X server -- ark display driver ii xserver-xorg-video-ati 1:6.9.0-1+lenny4 X.Org X server -- ATI display driver wrapper

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67 ii xserver-xorg-video-chips 1:1.2.0-1 X.Org X server -- Chips display driver ii xserver-xorg-video-cirrus 1:1.2.1-1.lenny1 X.Org X server -- Cirrus display driver ii xserver-xorg-video-cyrix 1:1.1.0-8 X.Org X server -- Cyrix display driver ii xserver-xorg-video-dummy 1:0.3.0-1 X.Org X server -- dummy display driver ii xserver-xorg-video-fbdev 1:0.4.0-1 X.Org X server -- fbdev display driver ii xserver-xorg-video-glint 1:1.2.1-1 X.Org X server -- Glint display driver ii xserver-xorg-video-i128 1:1.3.0-1 X.Org X server -- i128 display driver ii xserver-xorg-video-i740 1:1.2.0-1 X.Org X server -- i740 display driver ii xserver-xorg-video-imstt 1:1.1.0-7 X.Org X server -- IMSTT display driver ii xserver-xorg-video-intel 2:2.3.2-2+lenny6 X.Org X server -- Intel i8xx, i9xx display d ii xserver-xorg-video-mach64 6.8.0-1 X.Org X server -- ATI Mach64 display driver ii xserver-xorg-video-mga 1:1.4.9.dfsg-1 X.Org X server -- MGA display driver ii xserver-xorg-video-neomagic 1:1.2.1-1 X.Org X server -- Neomagic display driver ii xserver-xorg-video-nsc 1:2.8.3-4 X.Org X server -- NSC Geode GX1 display driv ii xserver-xorg-video-nv 1:2.1.10-1 X.Org X server -- NV display driver ii xserver-xorg-video-openchrome 1:0.2.902+svn579-4 X.Org X server -- VIA display driver ii xserver-xorg-video-r128 6.8.0-1 X.Org X server -- ATI r128 display driver ii xserver-xorg-video-radeon 1:6.9.0-1+lenny4 X.Org X server -- ATI Radeon display driver ii xserver-xorg-video-radeonhd 1.2.1-2 X.Org X server -- AMD/ATI r5xx, r6xx display ii xserver-xorg-video-rendition 1:4.2.0.dfsg.1-2 X.Org X server -- Rendition display driver ii xserver-xorg-video-s3 1:0.6.0-1 X.Org X server -- legacy S3 display driver ii xserver-xorg-video-s3virge 1:1.10.1-1 X.Org X server -- S3 ViRGE display driver ii xserver-xorg-video-savage 1:2.2.1-2.lenny1 X.Org X server -- Savage display driver ii xserver-xorg-video-siliconmotion 1:1.6.0-1 X.Org X server -- SiliconMotion display driv ii xserver-xorg-video-sis 1:0.10.0-1 X.Org X server -- SiS display driver ii xserver-xorg-video-sisusb 1:0.9.0-1 X.Org X server -- SiS USB display driver ii xserver-xorg-video-tdfx 1:1.4.0-1 X.Org X server -- tdfx display driver ii xserver-xorg-video-tga 1:1.1.0-9 X.Org X server -- TGA display driver ii xserver-xorg-video-trident 1:1.3.0-1 X.Org X server -- Trident display driver ii xserver-xorg-video-tseng 1:1.2.0-1 X.Org X server -- Tseng display driver ii xserver-xorg-video-v4l 0.2.0-1 X.Org X server -- Video 4 Linux display driv ii xserver-xorg-video-vesa 1:1.3.0-4 X.Org X server -- VESA display driver ii xserver-xorg-video-vga 1:4.1.0-8 X.Org X server -- VGA display driver ii xserver-xorg-video-vmware 1:10.16.2-1 X.Org X server -- VMware display driver ii xserver-xorg-video-voodoo 1:1.2.0-1 X.Org X server -- Voodoo display driver ii xulrunner-1.9 1.9.0.16-1 XUL + XPCOM application runner ii zenity 2.22.1-2 Display graphical dialog boxes from shell sc ii zlib1g 1:1.2.3.3.dfsg-12 compression library - runtime