tcc finalizado ltima corre o.doc)siaibib01.univali.br/pdf/mariana pinz.pdf · atualmente implantes...

27
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA MARIANA PINZ PILAR INTERMEDIÁRIO EM PRÓTESE IMPLANTOSSUPORTADA: PREFERÊNCIA E MOTIVOS DA SELEÇÃO POR CIRURGIÕES- DENTISTAS DA REGIÃO DE ITAJAÍ E BALNEÁRIO CAMBORIÚ Itajaí (SC) 2010

Upload: vuongnguyet

Post on 16-Dec-2018

218 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

MARIANA PINZ

PILAR INTERMEDIÁRIO EM PRÓTESE IMPLANTOSSUPORTADA:

PREFERÊNCIA E MOTIVOS DA SELEÇÃO POR CIRURGIÕES-

DENTISTAS DA REGIÃO DE ITAJAÍ E BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Itajaí (SC) 2010

Page 2: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

1

MARIANA PINZ

PILAR INTERMEDIÁRIO EM PRÓTESE IMPLANTOSSUPORTADA:

PREFERÊNCIA E MOTIVOS DA SELEÇÃO POR CIRURGIÕES-

DENTISTAS DA REGIÃO DE ITAJAÍ E BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de cirurgião-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí.

Orientador: Prof. Mauro Uriarte Francisco

Itajaí (SC) 2010

Page 3: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

2

Page 4: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me abençoado e dado a chance de cursar

odontologia, me iluminando, guiando em cada escolha e a cada dia e interpondo

pessoas especiais em minha vida.

Agradeço à minha família pelo amor incondicional, apoio, dedicação,

generosidade, carinho, e injeção de ânimo nas horas em que tudo parecia não dar

certo. Agradeço em especial a meu pai Wolnir, e minha mãe Magaly por terem me

dado a chance de fazer o curso que sempre sonhei, toda a confiança a mim

empregada foi, é e será de grande valia em minha vida. À minha irmã Carina que

não imagina o quanto sua amizade e companhia foi importante, entre sorrisos e

lágrimas compartilhamos momentos inesquecíveis, a você agradeço a paciência e

compreensão em todos os momentos.

Agradeço aos meus amigos de faculdade, em pouco tempo nos tornamos

uma grande família, a qual eu sentirei muita saudade.

Agradeço ao meu padrinho Odair, exemplo de dedicação à profissão, pelas

horas de conhecimento a que me foram cedidas, pela oportunidade de estagiar em

seu consultório e por aceitar o convite de fazer parte da banca. E a minha madrinha

Suzete por ter disposto de tempo com o intuito de pedir artigos para a APCD.

Agradeço ao cirurgião-dentista João Henrique Sordi Zanardi pela

disponibilidade ao enviar material para a confecção deste trabalho.

Agradeço ao meu orientador Mauro. Em especial à professora Elisabete e

professor Nivaldo, que me ajudaram na confecção deste trabalho, e auxiliaram nas

horas de dúvidas.

Este trabalho só pôde ser realizado com o auxílio dos cirurgiões-dentistas,

que se dispuseram responder ao questionário, e através dos laboratórios protéticos

que disponibilizaram o contato dos dentistas implantodontistas de Balneário

Camboriú e Itajaí.

A todas as pessoas que contribuíram e apoiaram...

...muito obrigada!

Page 5: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha família, pessoas especiais que foram decisivas

em todos os momentos da minha vida! Se o amor pode ser descrito em palavras, eu

deixo escrito aqui, que eu amo vocês!

Page 6: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................

2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................

3 MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................

5 CONCLUSÃO..........................................................................................

7

8

16

17

21

Page 7: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

6

PILAR INTERMEDIÁRIO EM PRÓTESE IMPLANTOSSUPORTADA: PREFERÊNCIA E MOTIVOS DA SELEÇÃO POR CIRURGIÕES-DENTISTAS DA REGIÃO DE ITAJAÍ E BALNEÁRIO CAMBORIÚ Mariana PINZ Orientador: Prof. Mauro Uriarte FRANCISCO Data de defesa: setembro de 2010 Resumo: Pilar intermediário em prótese implantossuportada: preferência e motivos da seleção por cirurgiões-dentistas da região de Itajaí e Balneário Camboriú. Este trabalho teve como objetivo pesquisar o tipo de pilar intermediário utilizado em prótese fixa pelos cirurgiões-dentistas das cidades de Balneário Camboriú e Itajaí, SC, 2009, e a sua confecção nos laboratórios de prótese nestas cidades. A coleta foi realizada utilizando um questionário entregue nos quatro laboratórios. Foram analisados os resultados e interpretados, bem como os dentistas foram questionados quanto ao motivo da escolha daquela peça. Os resultados indicaram que 40% preferem o pilar UCLA, 32% o cônico, 16% mini-cônico, 8% sextavado, 4% munhão universal, sendo que o pilar do tipo preparável não foi escolhido por nenhum implantodontista. Palavras-chave: implante dentário; prótese dentária; prótese parcial fixa.

Page 8: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

7

1 INTRODUÇÃO

Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa

funcional e estética, principalmente para substituir elemento(s) dental (is) ausente(s).

Entretanto, limitações estéticas e/ou mecânicas de alguns componentes, dificultaram a sua

utilização clínica. Grande parte destas limitações refere-se à aplicação ou forma dos pilares

intermediários; desse modo desenvolveram-se novos pilares a fim de suprir estas

necessidades. (NEVES et al., 2000).

Para que o implante seja inserido nos tecidos de suporte, é utilizada uma peça que leva o

nome de pilar intermediário, com o intuito de fazer a conexão implante e peça protética, antes

que esta seja cimentada ou parafusada. Outras denominações ainda recebidas são

componente transmucoso e abutment (conexões) para quem não quiser traduzir esta palavra

para o português.

O ato de selecionar um pilar requer conhecimento, pois ele será eleito depois de

terminado o período de osseointegração, quando da abertura do implante. Nesta hora algumas

dificuldades já estarão instaladas, e a escolha do pilar poderá determinar o sucesso do

trabalho.

Haja vista a importância que a seleção correta do pilar se faz em um tratamento

odontológico, este trabalho tem por objetivo pesquisar qual a eleição quanto ao tipo de pilar

utilizado pelos profissionais das cidades de Balneário Camboriú e Itajaí, SC, e os motivos desta

escolha, retornando os resultados aos profissionais colaboradores através da disponibilização

do trabalho, vindo por meio deste acrescentar-lhes valores estatísticos obtidos através da

pesquisa e uma revisão de literatura para embasamento de suas escolhas.

Page 9: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

8

2 REVISÃO DE LITERATURA

De acordo com Lewis, Llamas e Avera (1992), a adaptação do pilar UCLA é

questionada em relação à adaptação, principalmente por ser confeccionado de plástico, e

adaptado sobre o implante, quando comparada à adaptação conseguida com os pilares pré-

fabricados em titânio.

Binon et al. (1994) advogaram que a presença de uma pobre adaptação, resultado de

uma combinação não adequada de componentes de diferentes sistemas, pode influenciar o

prognóstico em longo prazo dos implantes, podendo apresentar como implicações clínicas a

frequente perda dos parafusos, fratura crônica dos mesmos, alta retenção bacteriana, reação

tecidual e até mesmo a perda da osseointegração.

De acordo com Byrne et al. (1998) o uso de pilares UCLA tem sido muito criticado, já

que etapas laboratoriais rotineiras podem induzir desajustes entre pilar e implante, que por

sua vez potencializam o aparecimento de problemas mecânicos e/ou biológicos.

Segundo Tripodakis et al. (1995) os intermediários para implantes devem satisfazer os

requisitos biológicos, funcionais e estéticos. O material deve ser biocompatível, não

promover a fixação de biofilme e possuir propriedades mecânicas suficientes para resistir e

transmitir as forças mastigatórias ao implante e ao osso de suporte. Esteticamente deve

possuir contornos anatômicos adequados, inclinação ideal para bom posicionamento do

dente a ser substituído, cor e reprodução das propriedades óticas do dente natural.

Dellow, Driessen e Hannes (1997) avaliaram a interface intermediário/implante de

quatro sistemas de implantes ditos intercambiáveis, por meio de microscopia eletrônica de

varredura. Para os autores, a união imprecisa de componentes pode resultar em implicações

clínicas como perda frequente de parafusos, grande retenção de placa, resposta adversa dos

tecidos moles e até perda da osseointegração. Eles constataram que não houve diferenças

significativas nas microfendas encontradas, quando se intercambiava os componentes, e que

os sistemas testados podem ser considerados compatíveis.

Segundo Geng, Tan e Liu (2001), Herbst et al. (2000), Isa e Hobkirk (1995), Rangert,

Jemt e Jörneus (1994) e Spiekermann et al. (1995) as complicações biológicas do uso de

pilares intermediários incluem a reabsorção da crista óssea periimplantar e perda da

osseointegração.

Patiño (2001) determinou o tipo de pilar protético, prótese e liga metálica usada em

prótese sobre implante osseointegrado, confeccionado nos Laboratórios de Prótese do

Page 10: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

9

município de Itajaí, SC, 2001. Os dados foram coletados através de um questionário sobre o

tipo de prótese, tipo de pilar e tipo de liga. Foram analisados 77 trabalhos efetuados nos 05

laboratórios de Itajaí-SC, num total de 263 implantes, sendo que a liga níquel-cromo teve um

percentual de preferência de 46% sobre 34% de preferência de Tilitio. Dos 263 implantes

analisados, foram usados 209 pilares do tipo UCLA, 30 pilares do tipo Munhão, 12 pilares

cônicos, 09 pilares sextavados tipo Cera-One, 02 pilares cilíndricos ou standart e 01 pilar

Mini-cone. O pilar tipo UCLA predominou em 95% em cima do pilar metálico, pré-fabricado

ou usinado. A escolha pelo pilar do tipo UCLA indica que, provavelmente, os critérios de

seleção tenham sido custo e simplicidade de técnica. Patiño concluiu que os profissionais de

Itajaí utilizam predominantemente o pilar tipo UCLA para a confecção de seus trabalhos,

também preferem os componentes calcináveis para fundição de seus trabalhos e a liga

metálica mais utilizada é o níquel-cromo.

Segundo Silveira Junior et al. (2008), o processo de fundição, etapa decisiva na con-

fecção dos pilares UCLA, envolve procedimentos técnicos laboratoriais sensíveis que podem

gerar considerável grau de distorção ao contrário dos componentes pré-usinados, que

apresentam resultados mais previsíveis com relação ao ajuste cervical à plataforma do

implante, influenciando de forma direta, a longevidade dos componentes mecânicos e

biológicos dos implantes ósseo-integrados.

Akashi et al. (2003) avaliaram a fixação Branemark com intermediários de diferentes

marcas comerciais: fixação Nobel/intermediário Nobel, fixação Nobel/intermediário Conexão

e fixação Nobel/intermediário Titanium Fix. Entre os grupos Nobel e Titanium não houve

diferença estatisticamente significativa. Nesta pesquisa, houve uma desadaptação vertical de

11,44µm no sistema Branemark, Quando se alterou o intermediário, os resultados

apresentaram melhor adaptação do intermediário de marca Conexão, sendo 6,46µm. Porém,

com o intermediário Titanium Fix o valor de desadaptação foi 14,57µm. Com isso, é indicado

o uso de componentes de outro sistema somente quando estes forem nitidamente melhores

que os do próprio sistema. Portanto, os três sistemas de implantes avaliados demonstraram

resultados medidos na interface fixação/intermediário semelhantes ao sistema Branemark.

Pode ser sugerida a troca entre componentes do sistema Branemark com os de Titanium Fix

e Conexão.

Taylor (2003) acredita que, talvez, na próxima geração de implantes dentários não

exista mais a separação do pilar com o implante e esses sejam peças únicas, acabando,

assim, com falhas mecânicas de parafusos.

Page 11: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

10

Segundo Iplikçioglu et al. (2003) e Cehreli et al. (2004) perfeita união do implante com o

intermediário não é a realidade vivida na implantodontia nos dias de hoje.

Dinato, Brum e Ulzefer (2004) destacaram que a ausência de adaptação passiva pode

gerar problemas biológicos, como acúmulo de bactérias, reação tecidual, mucosite,

periimplantite e, até mesmo, a perda de osseointegração. Citaram que os riscos de

desadaptação de componentes pré-fabricados vêm aumentando, na medida em que o

mercado disponibiliza uma série de componentes de diversos sistemas, denominados

compatíveis entre si e recomendaram usar componentes novos e do mesmo sistema nas

fases laboratoriais.

Brosco (2005) avaliou a precisão de adaptação de estruturas metálicas

implantossuportadas parafusadas, obtida pela técnica de transferência de componentes

intermediários do tipo micro unit pela técnica direta e técnica da moldeira fechada. Foi usado

um modelo metálico que simulava uma mandíbula. Sobre esta foram fixados cinco implantes

e sobre estes foram instalados componentes intermediários do tipo multi unit. A técnica de

transferência direta apresentou melhores resultados (56,1450um) quando comparada com a

técnica de transferência com moldagem através de moldeira fechada (112,4868um.).

Barbosa et al. (2005) fizeram uma pesquisa in vitro a fim de avaliar o grau de desajuste

antes e após o uso do retificador de cilindros fundíveis, em próteses fixas de três elementos,

anteriormente à etapa de soldagem. Foram confeccionados modelos mestres e a partir

destes foram obtidos seis modelos de trabalho, totalizando dezoito pilares. Para tanto foram

confeccionadas duas moldeiras individuais abertas, aliviadas a partir dos componentes de

moldagem quadrados, devidamente fixados sobre os implantes. Os modelos foram moldados

com material elastomérico a base de poliéter. Os moldes foram vazados imediatamente após

a moldagem em gesso pedra tipo IV. Obtidos os modelos, realizou-se enceramento da

anatomia dental sobre os pilares plásticos tipo UCLA. Para a unificação dos pilares, foi con-

feccionada uma matriz de silicone por adição de uso laboratorial a partir de enceramento

inicial, e para análise da padronização das dimensões do enceramento utilizou-se

paquímetro digital. Para análise do desajuste vertical da interface pilar/implante, foi

confeccionado uma régua de equivalência a partir da escala contida na referência das

imagens em microscópio eletrônico de varredura para serem feitas as mensurações. O ajuste

foi quantificado pela distância determinada entre estas duas linhas. As medidas foram

obtidas em micrometros, para cada face da amostra. Após a fundição dos pilares, foi

realizada a primeira leitura do ajuste/desajuste vertical das amostras e foi realizada média

aritmética entre os valores obtidos por três examinadores para cada conjunto de medidas

Page 12: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

11

verticais. O retificador foi adaptado na base do pilar, exercendo rotação manual com média

de seis vezes por amostra. Para se obter a otimização da retificação, parafusou-se os pilares

aos seus respectivos modelos de trabalho e analisou-se sob lupa estereoscópica com

aumento de 40x. Pilares com adaptação deficiente foram novamente retificados e retornaram

à avaliação na lupa estereoscópica. Finalizada a retificação, as amostras foram novamente

avaliadas sob MEV, seguindo a mesma metodologia descrita anteriormente. Sendo aceitável

ajuste pilar/implante de até 10µm avaliou-se o percentual de valores de ajuste/desajuste

vertical após a etapa de fundição e retificação situados entre 0 e 10µm. Os valores do

desajuste vertical após a fundição e retificação mostraram distribuição do tipo não-normal ao

longo do teste de aderência à curva de normalidade. O resultado apresentou diferença

estatística significante (p<0,01), entre as medidas verticais com relação às etapas de

fundição e retificação. Constatou-se que a frequência de desajustes foi menor nos grupos

antes da retificação, 64% das amostras apresentaram desajustes inferiores a 10µm,

anteriormente a retificação, e após a retificação os resultados foram melhores, alcançando a

média de 94%. Pilares com valores de desajuste vertical acima de 10µm teriam a sua

indicação restrita, embora não exista ainda consenso na literatura para se definir qual seria o

nível de ajuste aceitável.

Meister (2005) fez um estudo com o objetivo de ver a incidência de Candida spp. em

sulco periimplantar e infiltração in vitro de Candida albicans através da interface implante-

abutment. Participaram do estudo 24 indivíduos portadores de implantes dentários, com

média de idade de 51 ± 13,16 anos, que compareceram a consultório odontológico particular,

no período de setembro a novembro de 2004, nos quais foram analisadas amostras de saliva

e fluido peri-implantar e periodontal. Foram considerados critérios de inclusão indivíduos de

ambos os gêneros que possuíssem saúde bucal adequada, portadores de prótese fixas

cerâmicas sobre implantes de titânio osseointegrados do sistema Brånemark, onde os pilares

UCLA de plástico foram fundidos, utilizando liga metálica. Os implantes estavam em função

há mais de seis meses e possuíam como antagonistas dentes naturais, próteses fixas sobre

dentes naturais, prótese total ou parcial removível definitiva. Houve presença de leveduras

do gênero Candida na saliva, sulco peri-implantar e fluido periodontal na cavidade bucal dos

indivíduos analisados, sendo que a presença de Candida spp na saliva revelou valores

significativo em relação ao sulco periimplantar e fluido periodontal. Porém, em relação ao

sulco peri-implantar e o fluido periodontal não houve diferença. Em todos os sítios analisados

houve prevalência de Cândida albicans. Na análise in vitro, houve maior infiltração nos

pilares UCLA.

Page 13: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

12

Mori (2005) avaliou através de microscopia eletrônica de varredura, a interface pilar

UCLA/implante, antes e após a carga cíclica. Para o experimento foram utilizados dois tipos

de pilares UCLA (calcinável e pré – fabricado) fundidos em liga de cobalto-cromo, que foram

posicionados sobre os implantes e fixados com torque de 32Ncm. Para a realização deste

estudo foram utilizados 10 implantes de 3,75 x 13mm e 10 pilares protéticos do tipo UCLA,

sendo divididos em dois grupos: grupo 1 constituído de 5 pilares calcináveis; e grupo 2:

constituído de 5 pilares pré-fabricados com base em cobalto-cromo. Foram analisadas a

interface de adaptação e o hexágono interno dos pilares quanto à precisão da fundição. A

análise dos resultados permitiu verificar que, apesar dos pilares calcináveis e pré-fabricados

terem apresentado, em média, maior desajuste após ciclagem, esta diferença não foi

estatisticamente significante. Adicionalmente, os resultados evidenciaram que os pilares

calcináveis apresentaram pós–torque e pós–ciclagem média de desadaptação da interface

menor que os pré-fabricados, porém, essa diferença não apresentou significado estatístico.

Apesar de ter sido utilizado maior torque para fixação dos pilares pré–fabricados (32Ncm)

não foi suficiente para gerar uma interface com menor desadaptação em relação ao estudo

anteriormente citado. Quando comparada a precisão de adaptação dos componentes

calcináveis com os pré-fabricados, houve melhor desempenho para os calcináveis. Os

pilares UCLA calcináveis e os pré-fabricados apresentaram desadaptação na interface

implante/pilar protético após o torque no parafuso de fixação. Os pilares UCLA calcináveis e

os pré-fabricados, quando submetidos a carregamento cíclico, apresentaram valores de

desadaptação na interface implante/pilar protético maiores do que os observados após o

torque de fixação. Os pilares UCLA calcináveis apresentaram, após o torque e após

ciclagem, valores de desadaptação menores que os pilares pré-fabricados e grau de

desajuste dentro dos parâmetros aceitáveis. Novos experimentos são necessários para

avaliar a estabilidade da interface implante/pilar após maior número de ciclos.

Ciotti et al. (2006) avaliaram, através da microscopia eletrônica, características

morfológicas e a composição química da superfície e da micro-fenda implante-abutment dos

implantes SinTM. Foram utilizados quatro implantes cilíndricos com superfície condicionada

por duplo ataque ácido e abutments cônicos, que foram adaptados e travados com torque

definitivo de 30N/cm sobre o hexágono externo, utilizando o torquímetro e as recomendações

do fabricante. Para o travamento do abutment sobre o hexágono externo, os implantes foram

fixados em morsa com mordentes revestidos por borracha esterilizada. Todos os abutments

foram colocados na mesma sessão laboratorial e o conjunto foi mantido em temperatura e

umidade ambiente em recipientes fechados até o processamento. Para a observação da

Page 14: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

13

fenda, os espécimes foram posicionados no sentido longitudinal, e a extensão foi medida no

aumento de 1500 vezes. As medidas foram obtidas em quatro pontos equidistantes ao redor

da superfície do conjunto implante-abutment, e repetidas três vezes em cada conjunto. Os

resultados mostraram pequena microfenda entre os componentes dos implantes, com

extensão média de 2,83µm. A presença da microfenda de menor extensão minimiza o efeito

da contaminação bacteriana e favorece a estabilidade mecânica dos componentes de

retenção desse sistema de implantes.

Cyríaco, Salvoni e Wasall (2007) estudaram a conexão protética mais utilizada em

implantes unitários por cirurgiões-dentistas que praticam implantodontia, e obtiveram como

resultado a conexão UCLA® pelos especialistas em implantodontia numa percentagem de

35,5% , quando se considerou a região anterior da boca, e na região posterior foi de 32,5% .

Para os mestres foi de 29,1% para a região anterior e de 33,7% para a região posterior. Para

os doutores percentagem foi de 22,2% ocorreu na região anterior e de 38,9% na região

posterior.

Barbosa et. al (2007) avaliaram o desajuste de intermediários nacionais sobre o

implante padrão Branemark. Foram avaliados cinco espécimes de cada grupo de implante

Nobel Biocare e intermediário Neodent, implante Nobel Biocare e intermediário SIN e

implante Nobel Biocare e intermediário Titanium Fix, realizando-se medições em quatro

pontos ao redor da interface implante/intermediário. Costa salientou que desadaptações

menores que 20µm na interface implante/intermediário são bem toleradas clinicamente. Os

autores concluíram que os grupos testados apresentaram uma boa adaptação ao implante

Branemark, sob o ponto de vista clínico, porém o implante Nobel Biocare e intermediário SIN

e o implante Nobel Biocare e intermediário Titanium Fix apresentaram diferenças

estatisticamente significantes em relação ao grupo controle (implante Nobel Biocare e

intermediário Nobel Biocare).

Dias (2007) fez uma análise descritiva do grau de adaptação de pilares protéticos a

implantes osseointegráveis e seu efeito na infiltração bacteriana: um estudo in vitro. Os

implantes eram osseointegráveis de hexágono externo e plataforma 4,1mm e implantes tipo

cone morse de plataforma 4,3 e seus respectivos pilares protéticos de titânio usinados de

seis sistemas de implantes fabricados e comercializados no Brasil. Foram utilizados dez

corpos de prova de cada sistema, sendo cada um composto de um implante e seu respectivo

pilar protético, perfazendo um total de 60 corpos de prova. O grupo Neodent Cone Morse

apresentou maior média de desadaptação da interface I-P, seguido pelos grupos SIN,

Conexão, Dentoflex, Neodent Titamax e Titanium Fix. O grupo Neodent Cone Morse

Page 15: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

14

apresentou maior fenda na interface do que a observada nos grupos Neodent Titamax,

Titanium Fix, Conexão e Dentoflex, de maneira significante, enquanto o grupo SIN

apresentou desadaptação maior do que os grupos Neodent Titamax, Titanium Fix, e

Dentoflex. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos

Neodent Titamax, Titanium Fix, Conexão e Dentoflex, assim como quando comparados os

grupos Neodent Cone Morse e SIN, e Conexão e SIN. Todos os grupos apresentaram

infiltração bacteriana positiva em pelo menos uma das amostras.

Moretti Neto (2007) avaliou a deformação, com auxílio de extensômetros, do

intermediário de prótese sobre implante mediante o aperto do seu parafuso com uma força

de 20Ncm e do parafuso do cilindro protético fundido em liga de cobalto-cromo e usinado em

liga de ouro com uma força de 10Ncm. Neto concluiu que uma infraestrutura fundida em

cromo-cobalto, utilizando cilindros plásticos calcináveis, é considerada passiva quando as

deformações dos intermediários variarem entre -5,62µm e -383,8µm. E, para que uma

infraestrutura fundida em prata-paládio, utilizando cilindros pré-fabricados, seja considerada

passiva, as deformações dos intermediários devem estar entre +56,9µm e -381,5µm.

Neves et al. (2000) avaliaram o ajuste horizontal do pilar UCLA, após as etapas

laboratoriais de fundição e solda, processado por três diferentes laboratórios de prótese

dentária. Duas matrizes metálicas, medindo 27,6 X 18,8 X 12,7mm, possuindo cada uma,

três implantes (10 x 3,75mm) com plataforma regular, Branemark compatíveis, foram

inseridos em modelos mestres, sendo um superior e outro inferior (os quais simulavam a

ausência dos elementos dentários: 2º pré-molar, 1º molar e 2º molar). Realizou-se um

enceramento, utilizando cera pegajosa na região gengival peri-implantar, com o intuito de

simular uma situação clínica, evitando o conhecimento, por parte dos laboratórios, que se

tratava de um trabalho de pesquisa. Após a moldagem por meio de um elastômero tipo

poliéter utilizando a técnica da moldeira aberta, e consecutiva confecção dos modelos de

trabalho, cada laboratório confeccionou quatro infraestruturas para próteses fixas de três

elementos, com a liga de níquel-cromo. Tais infraestruturas foram fundidas individualmente,

sendo, após a primeira análise, unidas pela solda. Infraestruturas nas matrizes metálicas

foram instaladas, inicialmente, com aperto manual, seguindo-se de um torque de 20Ncm,

com um torquímetro manual para que fossem levadas ao microscópio eletrônico de

varredura. As etapas laboratoriais de fundição e solda podem alterar o ajuste entre pilar e

implante, independente do laboratório utilizado. Logo, estudos subsequentes variando o tipo

de união das infraestruturas devem ser realizados, para verificar a ocorrência ou não de

mudanças nos valores do ajuste/desajuste horizontal.

Page 16: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

15

Silveira Júnior et al. (s/d) compararam, através de microscopia eletrônica de varredura,

o ajuste vertical e horizontal na interface pilar/implante de pilares convencionais de titânio ao

pilar “UCLA” após a obtenção das fundições, soldas, aplicação de porcelana e ainda

comparar as fases entre si. Foram obtidas vinte fotos com aumentos entre 300 e 750 vezes

para amostras implante/pilar “Standard” e vinte para amostras implante/pilar “UCLA”. O pilar

plástico “UCLA” quando fundido apresentou desadaptações maiores que dez micrômetros,

consideradas importantes clinicamente, porém, não foram influenciadas pelas fases

laboratoriais. Embora testes clínicos sejam necessários, parece existir risco na utilização

destes pilares, exacerbado pelo aumento do número de soldas. Sempre que possível, os

pilares de titânio ou de ouro devem ser preferidos aos plásticos.

Silva, Miranda e Alvez (2010) avaliaram o desajuste vertical entre componentes UCLA e

implantes com hexágono externo comercializados no Brasil tanto no que diz respeito às

avaliações intrassistema e compatibilidade entre os sistemas. As análises da adaptação

entre os componentes e seus respectivos implantes promoveram ajuste perfeito. Os

resultados da análise intrassistema mostraram desajuste estatisticamente significante para o

abutment Ucla Sin com cinta de ouro (desajuste médio de 3,88µm), comparando-se com os

demais sistemas.

Page 17: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

16

3 MATERIAIS E MÉTODOS

A presente pesquisa do tipo descritivo, transversal, foi realizada nos municípios de

Balneário Camboriú e Itajaí, SC, no período de 01/10/2009 a 30/11/2009, sob aprovação do

comitê de ética pelo número 99/09.

A coleta de dados ocorreu em duas etapas. Na primeira etapa, foram consultados três

Laboratórios de Prótese para se identificar os cirurgiões-dentistas que solicitam a confecção

de pilar intermediário.

A partir desta informação, procedeu-se à segunda etapa da pesquisa, quando se

efetivou a aplicação de um questionário a estes cirurgiões-dentistas. Integraram a pesquisa

doze CD´s.

O instrumento de coleta de dados (APÊNDICE A) abordou o tipo de pilar usado e o

motivo da escolha.

Os dados foram tabulados e então foi calculada a frequência relativa para cada um

dos tópicos do questionário.

Page 18: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

17

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base nos relatórios fornecidos pelos três Laboratórios de Prótese, de Itajaí e

Balneário Camboriú, o total de cirurgiões-dentistas que solicitam a confecção de pilar

intermediário é de 18 (dezoito), deste total, obteve-se retorno de 12 (doze) CD´s, ou seja,

66,66% da população alvo.

Como resultado obteve-se maior número de uso dos pilares intermediários do tipo

UCLA (40%) por apresentar boa biomecânica, poder ser instalado em região inferior onde

apresenta altura pequena de tecido mole sobre a plataforma do implante, ótima relação

custo/benefício, quando possuem uma base pré-fabricada a fim de evitar a desadaptação da

peça, e quando a base for cromo-cobalto (Gráfico 1). Isso reforça a pesquisa realizada por

Patiño (2001), o qual encontrou predileção do pilar tipo UCLA na região de Itajaí, porém,

demonstra a crescente escolha dos demais pilares.

Gráfico 1: Distribuição de frequência relativa dos tipos de pilar intermediário realizado pelos CD´s questionados.

Segundo Binon et al. (1994) a pobre adaptação pode ocasionar fratura crônica,

retenção bacteriana além da perda de osseointegração.

Dos dentistas questionados, 37% responderam que o pilar do tipo UCLA é escolhido

devido a sua boa adaptação.

Neves (2000) avaliou o ajuste do pilar UCLA após etapas laboratoriais de fundição e

solda realizada por três diferentes laboratórios, e concluiu que elas sempre alteram o ajuste

entre ambas as partes, independentemente do laboratório que o efetua.

Gráfico 1

32%

16% 4% 8%

40% 0

%

Cônico

Mini-cônico -

Munhão

Sextavado

UCLA

Preparável

Page 19: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

18

Porém, Dinato, Brum e Ulzefer (2004) observaram que a ausência de adaptação

passiva pode gerar problemas biológicos, como o acúmulo de bactérias, reação tecidual,

mucosite, peri-implantite, ou mesmo, a perda da osseointegração.

Meister (2005) comprovou que em regiões onde possui pilares do tipo UCLA de

plástico fundido houve prevalência de Cândida albicans.

Mori (2005) demonstrou que os pilares UCLA calcináveis e os pré-fabricados, quando

submetidos a carregamento cíclico apresentam desadaptações na interface implante/pilar

protético.

Silveira Júnior et al. (s/d) ratificou que, sempre que possível, os pilares de titânio e

ouro devem ser preferidos aos plásticos.

Como segundo pilar mais utilizado encontrou-se o tipo cônico, com 32% de escolha

devido a sua melhor adaptação marginal, facilidade de trabalho, ser constituído pelo mesmo

metal do implante, maior segurança, fidelidade e melhor adaptação. (Gráfico 2)

Gráfico 2: Distribuição de frequência relativa em referência ao motivo de escolha do pilar cônico.

Como terceiro, obteve-se o pilar do tipo minicônico, em 16%, pela facilidade de

compra, para protocolos e protocolos de carga imediata. Os pilares minicônicos são

indicados para reabilitações orais múltiplas aparafusadas. Por apresentar tamanho reduzido,

tem vantagens em tratamentos estéticos, em casos de espaço interoclusal limitado, além de

apresentar braço de alavanca reduzido e proporcionar menor concentração de tensão no

implante, ou seja, menor deformação por compressão.

Gráfico 2

7%

37%

14%14%

7%

7%

14%

Biomecânica

Adaptação

Prognóstico

Preço

Protocolo

Pilar único

Facilidade

Page 20: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

19

Gráfico 3: Distribuição de frequência relativa em referência ao motivo de escolha do pilar minicônico frente aos outros pilares.

Como quarto tipo de pilar mais utilizado ficou o sextavado, com 8% de escolha, devido

sua boa adaptação, fazendo com que evite deslocamento (anti-rotacional).

Gráfico 4: Distribuição de frequência relativa em referência ao motivo de escolha do pilar sextavado frente aos outros pilares.

Com 4% da escolha, ficou o pilar munhão universal, para próteses cimentadas

unitárias e múltiplas.

Gráfico 3

14%

14%

14% 14%

30%

14%

Protocolo

Facilidade

Preço

Adaptação

Necessidade

Individual

Protocolo carga

imediata

Gráfico 4

88%

12%

Boa adaptação

Evita deslocamento rotacional

Page 21: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

20

Gráfico 5: Distribuição de frequência relativa em referência ao motivo de escolha do pilar munhão universal frente aos outros pilares.

O pilar do tipo preparável não foi escolhido por nenhum implantodontista.

Gráfico 6: Distribuição de frequência relativa do pilar intermediário do tipo preparável.

Gráfico 5

100%

Prótese cimentada e múltipla

Gráfico 6

0%

Preparável

Page 22: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

21

5 CONCLUSÃO

A proposta deste trabalho foi verificar quais são as escolhas dos implantodontistas

quanto aos pilares intermediários. Verificou-se que o pilar mais utilizado foi UCLA pelo motivo

principal ser a relação custo/benefício. Comparando os valores encontrados com pesquisas

realizadas anteriormente, notou-se o aumento da utilização do pilar intermediário cônico,

mostrando que os implantodontistas estão em busca de boa adaptação, segurança e

constância de bons resultados.

Page 23: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AKASHI, A.E. et al. Análise da interface fixação/intermediário em diferentes sistemas de implantes. Rev. assoc. paul. cir. dent., São Paulo, v. 57, n. 3, p. 201-204, maio/jun. 2003. BARBOSA, G.A.S. et al. Desajuste do pilar UCLA processado por diferentes laboratórios. RGO (Porto Alegre), Porto Alegre, v. 55, n.2, p. 127-131, abr./jun. 2007. BARBOSA, G.A.S. et al. Desajuste vertical antes e após o emprego de retificadores para pilares de prótese implantada tipo UCLA fundíveis. Cienc. odontol. bras., São José dos Campos, v.8, n.1, p.39-46, jan./mar. 2005 BINON, P.P. et al. The role of screws in implant systems. Int. j. oral maxillofac. implants., Lombard IL, v.9, p.48-63, 1994. BROSCO, R.C. Avaliação da precisão de adaptação de estruturas metálicas sobre implantes obtidas por transferência direta e moldagem. 60f. Dissertação. (Mestrado)- Curso de Odontologia, Universidade de São Paulo, Bauru, 2005. BYRNE, D.; HOUSTON,F.; CLEARY, N. The fit of cast premashined implant abutment. J. prosthet. den., Saint Louis, v. 80, n.2, p.184-192, Aug. 1998 CIOTTI, D.L. et al. Microscopia eletrônica em implantodontia: características morfológicas e composição química da superfície e da micro-fenda implante-abutment dos Implantes SinTM. RGO (Porto Alegre), Porto Alegre, v. 54, n. 1, p. 31-34, jan./mar. 2006.

CYRÍACO,T.; SALVONI, A. D.; WASSALL, T. Conexão protética mais utilizada em implantes unitários por cirurgiões-dentistas que praticam implantodontia. RGO (Porto Alegre), Porto Alegre, v. 55, n.3, p. 275-279, jul./set. 2007. DELLOW, A.G.; DRIESSEN, C.H.; HANNES, J.C. Scanning electron microscopy evaluation of the interfacial fit of interchanged components of four dental implant systems. Int. j. prosthod; Lombard IL, v.10, n.3, p.216-221, May/June 1997. DIAS, E.C.L. de C. e M. Análise descritiva do grau de adaptação de pilares protéticos a implantes osseointegráveis e seu efeito na infiltração bacteriana: um estudo in vitro. 98f. Tese. (Doutorado)-Curso de Odontologia, Universidade do Grande Rio “Prof. José de Souza Herdy”, Duque de Caxias, 2007. DINATO, J.C.; BRUM, R.; ULZEFER, J.R. O tratamento protético em implantes osseointegrados. In: BOTTINO, M.A. Livro do ano da clínica odontológica brasileira. 1. ed. Artes Médicas, 2004. p.407-448. GENG,J-P.; TAN,K.B.; LIU,G-R. Application of finite element analysis in implant dentistry: a review of literarture. J. prosthet. dent.,Saint Louis, v.85, n.6, p.585-598, June 2001. IPLIKÇIOGLU, H. et al. Comparison of non-linear finite element stress analysis with in vitro strain gauge measurements on a morse taper implant Int. j. oral maxillofac. implants, Lombard IL, v. 18, p. 258-265, 2003. LEWIS, S.G.; LLAMAS,D.; AVERA,S. The “UCLA” abutment, a four years preview. J. prosthet dent., Saint Louis, v. 67, n. 4, p. 509-515, Apr. 1992.

Page 24: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

23

MEISTER, L.M.B. Candida spp. em sulco periimplantar e infiltração in vitro de Candida albicans

através da interface implante- abutment.154f. Dissertação. (Mestrado)- Curso de Odontologia, Universidade de Taubaté, Taubaté, 2005. MORI, R. Avaliação da interface implante/pilar protético antes e após carregamento cíclico. 63f. Dissertação. (Mestrado)- Curso de Odontologia, Universidade de Taubaté, Taubaté, 2005. MORETTI NETO, R.T. Determinação de níveis ótimos de passividade em prótese sobre implante em função da deformação dos intermediários. 99f. Dissertação. (Mestrado)- Curso de Odontologia, Universidade de São Paulo, Bauru, 2007. NEVES, F.D. et al. Seleção de intermediários para implantes Branemark ou compatíveis. Parte I: Casos múltiplos. Rev. bras. prót. clín. labor., Curitiba, v. 7, n. 25, p.57-79, 2007. PATIÑO, F. Levantamento sobre o tipo de pilar protético, tipo de prótese e liga metálica utilizados em prótese sobre implante osseointegrado, confeccionados em laboratórios de prótese, no município de Itajaí, SC. 26f. Trabalho de Conclusão de Curso. (Especialização em Implantodontia)- Curso de Odontologia, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2001. SILVA, J.M. da; MIRANDA, J.E.S, ALVEZ, B.P. Desajuste vertical na interface implante/pilares UCLA com cinta metálica. Rev. ImplantNews, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 203-210, 2010. SILVEIRA JÚNIOR, C.D. et al. Estudo comparativo do ajuste da interface pilar/implante quando utilizados pilares pré-fabricados em titânio e pilares fundíveis nas diversas fases laboratoriais. s/d. Disponível em: <www.propp.ufu.br/.../D/Estudo%20%20do%20Ajuste%20.PDF>. Acesso em: 02 ago. 2008. TAYLOR, T. D. The changing face of implant dentistry. Int. j. oral maxillofac. implants. , Lombard IL, v. 18, p.793, 2003. TRIPODAKIS, A.P. et al. Strenght and mode of failure of single implant all-ceramic abutment restorations under static load. Int j. prosthod., Lombard IL, v.8, n. 3, p.265-272, 1995.

Page 25: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

24

ANEXO A

Pilar Sextavado ou Cera-One

Pilar Sextavado ou Cera-One

Pilar UCLA

Pilar Cônico

Page 26: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

25

Munhão Personalizado

Munhão Estético

Page 27: TCC FINALIZADO LTIMA CORRE O.doc)siaibib01.univali.br/pdf/Mariana Pinz.pdf · Atualmente implantes têm sido indicados pelos cirurgiões-dentistas como uma alternativa funcional e

26

APÊNDICE A

Prezado (a) CD,

Na condição de aluna do curso de Odontologia da UNIVALI, estou desenvolvendo uma pesquisa para apresentar como Trabalho de Conclusão de Curso, sob a orientação do professor MSC Mauro Uriarte Francisco. A pesquisa tem por objetivo pesquisar o tipo de pilar intermediário utilizado em prótese fixa pelos cirurgiões-dentistas das cidades de Balneário Camboriú e Itajaí, SC, 2009, e a sua confecção nos laboratórios de prótese nestas cidades. A pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética em Pesquisa da UNIVALI, sob o nº 99/09. Neste sentido, solicitamos sua atenção e colaboração, participando da investigação mediante preenchimento do questionário a seguir. Agradecemos sua colaboração, Acadêmica Mariana Pinz

DADOS PRINCIPAIS

Para a presente pesquisa, marque um “X” no(s) tipo(s) de pilar(es) mais utilizado(s)em

consultório:

• Pré-fabricado

Cônico ( )

Minicônico ( )

Munhão Universal ( )

Sextavado ( )

• Fundido

UCLA ( )

• Preparável ( )

Motivo(s) da escolha:

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________