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BAÇO E OS CIRURGIÕES AYDER A. G. VIVI

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BAÇO E OS CIRURGIÕES

AYDER A. G. VIVI

AYDER A. G. VIVI

BAÇO E OS CIRURGIÕES

Primeira Edição

Catanduva

2013

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desse livro poderá ser reproduzida sem a permis-são expressa dos editores. É proibida a reprodução por Xerox.

PerSe R. Turiassú, 390 – conj. 176 Perdizes – São Paulo – SP – Brasil Tel.: (11)3675.8075 E-mail: [email protected] www.perse.com.br

O AUTOR: Prof. Dr. Ayder A. G. Vivi Prof. Titular de Clínica Cirúrgica Coordenador do Departamento de Cirurgia da Fac. Med. Catanduva/SP

CRÉDITOS: Concepção da Capa: Ayder A. G. Vivi Imagens da Capa: Ayder A. G. Vivi Projeto Gráfico: PerSe Editora Diagramação: PerSe Editora Coordenação Gráfica: PerSe Editora

Todos os esforços foram feitos no sentido de se contatar e conseguir a cessão dos direitos autorais e direitos de imagem das fotos e ilustrações reproduzidas neste li-vro, bem como a citação de suas fontes. Caso algum autor sinta-se prejudicado, pe-dimos entrar em contato com PerSe pelo telefone (11) 3675-8075 ou pelo e-mail: [email protected].

Por ser a medicina uma área do conhecimento em constante evolução, devem ser seguidas todas as precauções de segurança padronizadas, porém pesquisas e experi-ências clinicas podem merecer análises e revisões. Alterações em tratamentos medi-camentosos ou decorrentes de procedimentos tornam-se necessárias e adequadas. Aconselhamos aos leitores, que confiram as informações sobre produtos fornecidos pelo fabricante dos medicamentos a serem administrados, verificando dosagem re-comendada, o modo e a duração da administração, bem como contra indicações e efeitos adversos dos medicamentos. O médico é o único responsável pelas dosagens e pela determinação do melhor tratamento a ser aplicável a cada situação, baseado em sua experiência e no histórico clínico do paciente. Nem os editores e nem os au-tores assumem responsabilidade por quaisquer prejuízos ou lesões a pessoas ou pro-priedades.

AGRADECIMENTOS

A FUNDAÇÃO PADRE ALBINO CONSELHO DE CURADORES Presidente: Antonio Hercules DIRETORIA ADMINISTRATIVA Presidente: José Carlos Rodrigues Amarante Núcleo Gestor de Educação: Antonio Carlos de Araújo FACULDADES INTEGRADAS PADRE ALBINO Diretor Geral: Nelson Jimenes Coordenadora Pedagógica: Dulce Maria Silva Vendruscolo

CURSO DE MEDICINA Coordenadoria: Terezinha Soares Biscegli

LABORATÓRIO DE ANATOMIA PATOLÓGICA DA FAC. DE MEDICINA DE CATANDUVA LABORATÓRIO DE ANATOMIA PATOLÓGICA E CITOPATOLOGIA DE CATANDUVA LABORATÓRIO CITOPAT – CATANDUVA/SP

E TODOS OS DEMAIS CONSELHEIROS

Antonio Hércules Antonio Jose dos Santos Delcides Montes Edison Bonutti Geraldo Paiva de Oliveira João Antonio Corniani Joaquim Carlos Martins José Carlos Rodrigues Amarante José Rodrigues Laer Sergio Dervelan Luiz Marcos Garcia Nelson Jimenes Nelson Lopes Martins Olegário Braido Pedro Gonzaga Figueredo Renato Centurion Stuchi Rodrigo Alonso Garcia Padre Sylvio Fernando Ferreira Silas Januario Valdemar Bergamaschi Vanderley Carlos Fachim Vicente Chiavolotti

COLABORADORES

Aline Bertoni

Andreia Augusta Furukawa Okuda

Antonio Jarbas Ferreira Junior

Durval Ribas Neto

Helio Alberto Carneiro

Heloisa Ferraz Troijo

Henrique Ferreira de Camargo Sallum

Isadora Abib Buttarello

Jamile Martins Grion

Jéssica Almeida Gohara

Larissa Fusco Fares

Larissa Melo Feitosa

Livia Costa Melles

Luana da Silva Liso

Luciana da Costa Sarico Barudi

Maíra Terra Cunha Di Sarno

Maria Isabel Paschoal

Mariana de Lima Frachia

Michele Vaz Marques

Nathalia Dias Sertorio

Paulo Vitor de Barros Lima Santos

Pedro Cabral de Oliveira Mello

Priscilla Drudi Thomé

Roy Guerrero

Thaís Fares

Thaís Magalhães Pio

Thais Roncoletta Salata

Thays Yada Matias

Tito Macri Bogaz

Túllio Assunção Martins de Menezes

Waldo Campos Lisboa Neto

Willy André Campos

“Aprender requer muita humildade, para admitir que não sabe, e vontade, muita vontade.”

Ayder A. G. Vivi

DEDICATÓRIA

Dedico esse livro aos meus pacientes. Pessoas que a mim confiam suas vidas. Motivo pelo qual estudo e trabalho incessantemente para continuar merecedor dessa confiança.

PREFÁCIO

O Departamento de Cirurgia e a Liga de Oncologia da Faculdade de Medicina

de Catanduva têm imensa satisfação na publicação desta obra. Trata-se de um livro

voltado fundamentalmente para cirurgiões, acadêmicos e residentes, mas o alto nível

dos capítulos o torna também muito útil para médicos das mais diversas especiali-

dades.

O baço é órgão alvo de diversas doenças, sejam elas nele primariamente desen-

volvidas, ou não. Sendo assim, há, ainda hoje, muitas dúvidas quanto ao manejo clí-

nico e mais ainda, quanto à indicação cirúrgica e suas abordagens possíveis. Há neste

livro foco nas doenças esplênicas cujo tratamento cirúrgico pode ser empregado,

ainda que muitas delas tenham passado, em algum momento, pelo tratamento clí-

nico.

Procuramos na literatura, em conjunto com os integrantes da Liga de Oncologia

e alguns residentes, as condutas mais atuais para as doenças esplênicas, bem como

as diretrizes cabíveis de serem seguidas no trauma esplênico, além da visão do anes-

tesiologista neste tipo de abordagem cirúrgica.

Faz-se necessário enfatizar que, o objetivo sempre foi e será premiar os acadê-

micos, docentes e residentes da nossa Escola de Medicina; que nos apoiam incondi-

cionalmente em todos os nossos projetos. Projetos esses voltados para o engrandeci-

mento cultural da nossa massa acadêmica e servidão à nossa comunidade.

Esperamos, mais uma vez, que o resultado lhes agrade.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO_____________________________________________________________________________ 19

EMBRIOLOGIA ____________________________________________________________________________ 21

ANATOMIA _______________________________________________________________________________ 22

FISIOLOGIA DO BAÇO _____________________________________________________________________ 25

HISTOLOGIA _____________________________________________________________________________ 28

IMUNOLOGIA DO BAÇO____________________________________________________________________ 31

TRAUMA ESPLÊNICO _____________________________________________________________________ 33

ASPLENIA, HIPOSPLENIA, ESPLENOSE E INFECÇÃO FULMINANTE PÓS-ESPLENECTOMIA _____ 53

HIPERESPLENISMO _______________________________________________________________________ 62

DISTÚRBIOS POTENCIALMENTE TRATÁVEIS POR ESPLENECTOMIA __________________________ 69

LINFOMA ________________________________________________________________________________ 70

HEMANGIOMA ESPLÊNICO ________________________________________________________________ 75

HAMARTOMA ____________________________________________________________________________ 77

LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA (LMC) ____________________________________________________ 80

LEUCEMIA LINFÓIDE CRÔNICA (LLC) _____________________________________________________ 82

LEUCEMIA DE CÉLULAS HAIRY (HCL) ____________________________________________________ 84

LEUCEMIAS AGUDAS ______________________________________________________________________ 88

MACROGLOBULINEMIA DE WALDENSTRÖM (MW) _________________________________________ 92

MIELOFIBROSE ___________________________________________________________________________ 95

POLICITEMIA VERA _______________________________________________________________________ 97

TROMBOCITEMIA _________________________________________________________________________ 99

SÍNDROMES MIELODISPLÁSICAS (SMD) _________________________________________________ 101

ANEMIAS POR DEFEITOS NA MEMBRANA ERITROCITÁRIA ________________________________ 103

ANEMIA HEMOLÍTICA NÃO-ESFEROCÍTICA-HEREDITÁRIA ________________________________ 106

TALASSEMIA MAJOR ____________________________________________________________________ 108

ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO-IMUNE _____________________________________________________ 113

PÚRPURA TROMBOCITOPENICA TROMBÓTICA (PTT) ____________________________________ 116

PÚRPURA TROMBOCITOPENICA IDIOPÁTICA (PTI) _______________________________________ 118

SÍNDROME DE FELTY ___________________________________________________________________ 122

DOENÇA DE GAUCHER __________________________________________________________________ 123

SÍNDROME DE WISKOTT-ALDRICH ______________________________________________________ 125

SÍNDOME DE CHEDIAK-HIGASHI ________________________________________________________ 126

SARCOIDOSE ___________________________________________________________________________ 127

CISTOS ESPLÊNICOS ____________________________________________________________________ 130

ANESTESIA PARA ESPLENECTOMIA ______________________________________________________ 132

TÉCNICA CIRÚRGICA ____________________________________________________________________ 134

ALTERAÇÕES PREVISÍVEIS PÓS ESPLENECTOMIA _________________________________________ 145

BIBLIOGRAFIA __________________________________________________________________________ 147

BAÇO E OS CIRURGIÕES

19

INTRODUÇÃO

As doenças próprias do baço não são frequentes, sobretudo as que necessitam de tra-

tamento cirúrgico. Por outro lado, as doenças que secundariamente acometem o baço têm

freqüência elevada. Assim sendo faz-se necessário a atuação primeiro em se fazer o diag-

nóstico correto, pois boa parte dessas doenças não necessitam de tratamento cirúrgico (es-

plenectomia) uma vez que voltando-se a terapia para a doença de base, o hiperesplenismo

ou a tão somente esplenomegalia se resolve na grande maioria das vezes.

Cirurgiões, em sua maioria, não estão afeitos às doenças primárias ou que secunda-

riamente acometem o baço e a proposta desta publicação é tentar esclarecer tais situações.

Geralmente dominam bem situações em que o baço seja acometido nos traumatismos e o

controle pós esplenectomia desses pacientes. Mas a evolução, a resposta ao tratamento e o

prognóstico dos pacientes hiperesplênicos são muito diferentes. Obviamente dependentes

da doença subjacente e da resposta ao tratamento.

As leucemias e linfomas são diagnosticados por aspirados de medula, biópsias de

linfonodos e exames do sangue periférico entre outros. Na Esferocitose hereditária obser-

vam-se os esferócitos no sangue periférico, a fragilidade osmótica aumentada e as plaquetas

e leucócitos geralmente encontram-se normais. As hemoglobinopatias que cursam com es-

plenomegalias são diferenciadas normalmente com eletroforese de hemoglobina ou ao se

demonstrar com hemoglobina instável. As talassemias major que nas fases iniciais da infân-

cia ficam bem evidentes e tem no esfregaço sanguíneo alterações muito características.

A intensa proliferação de fibroblastos com substituição dos elementos normais da

medula óssea é característica na mielofibrose. Nenhuma alteração, ou alterações muito dis-

cretas para com o baço, pode-se observar na púrpura trombocitopênica idiopática, anemia

aplástica ou outros. Assim se manifestando, ou discorrendo de forma sucinta parece-nos

fácil diferenciar as doenças que secundariamente acometem o baço, mas não é. Mesmo co-

nhecendo todas essas doenças, contando com o importante auxilio de bons hematologistas

e laboratórios, às vezes fica difícil diagnosticar corretamente a doença primária. Tentar es-

clarecer, por vezes, tais situações atuando sobre o baço pode não fornecer o diagnóstico

como também acrescer fatores agravantes a pacientes já crônicos e gravemente enfermos.

Pois, como é do conhecimento de todos: diagnósticos mal feitos ou incompletos, na maioria

das vezes induzem á terapêuticas incorretas e prognósticos certamente desfavoráveis.

Ayder A. G. Vivi

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Aceitar o tempo que se faça necessário para um completo esclarecimento diagnóstico,

avaliar bem as medidas terapêuticas que sejam pertinentes, e se entre elas esta a esplenec-

tomia. E o mais importante, qual o melhor momento para executá-lo. Essas são as atitudes

que devem nortear os esforços das equipes que se prestam a tratar tais pacientes.