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Aluno********************************** RELATORIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO CASCAVEL – PR

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Aluno**********************************

RELATORIO DE ESTGIO SUPERVISIONADO

CASCAVEL PR

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2006 Aluno**********************************

RELATORIO DE ESTGIO SUPERVISIONADO

Relatrio do estgio supervisionado do Curso Tcnico em Eletrotcnica, do SENAI Centro de Educao Profissional de Cascavel PR Orientador: Professor Elias Arcanjo de Faria.

CASCAVEL PR

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2006 AGRADECIMENTO

Agradeo a Deus, por ter-me dado proteo, fora e graa para realizao deste curso. E, a todos que, diretamente ou indiretamente. contriburam para a consecuo do objetivo.

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SUMRIOLISTA DE ABREVIATURAS......................................................................................................................................5 INTRODUO..............................................................................................................................................................6

1.0 DADOS DA EMPRESA......................................................................71.1 Histrico...........................................................................................................................................8 1.2 Misso..............................................................................................................................................9 1.3 Apresentao do local da realizao das atividades.........................................................................9

2.0 PROCESSO DE RECUPERAO DE MOTORES............................................102.1 Mtodos..........................................................................................................................................10 2.1.1 Mtodo A Desmontar e limpar o motor...................................................................................10 2.1.2 Mtodo B Reisolamento das ranhuras......................................................................................11 2.1.3 Mtodo C Confeco das bobinas............................................................................................12 2.1.4 Mtodo D Colocao das bobinas............................................................................................12 2.1.5 Mtodo E Acabamento.............................................................................................................12 2.1.6 Mtodo F Impregnao............................................................................................................13 2.1.7 Mtodo G Montagem do motor................................................................................................13 2.1.8 Mtodo H - Teste de isolamento. ...............................................................................................13 2.1.9 Mtodo I Teste de corrente a vazio..........................................................................................13

3.0 PROCESSO RECUPERAO DE TRANSFORMADORES..............................143.1 Mtodos..........................................................................................................................................14 3.1.1 Mtodo A Abrir o transformador.............................................................................................14 3.1.2 Mtodo B Analise da parte ativa..............................................................................................15 3.1.3 Mtodo C Desmontagem da Parte Ativa..................................................................................15 3.1.4 Mtodo D Limpeza da parte ativa............................................................................................16 3.1.5 Mtodo E Dados de bobinagem...............................................................................................16 3.1.6 Mtodo F Confeco das bobinas AT......................................................................................16 3.1.7 Confeco das bobinas BT..........................................................................................................17 3.1.8 Mtodo G Montagem da parte ativa.........................................................................................17 3.1.9 Mtodo H Fechamento do ncleo............................................................................................18 3.1.10 Mtodo I Ligao da parte ativa.............................................................................................18 3.1.11 Mtodo J Teste com TTR.......................................................................................................19 3.1.12 Mtodo K Secagem................................................................................................................19 3.1.13 Mtodo L Fechamento do transformador...............................................................................19 3.1.13.1 Fixao de buchas..................................................................................................................19 3.1.13.2 Fixao do perfil.....................................................................................................................20 3.1.13.3 Fixao das buchas de AT......................................................................................................20 3.1.13.4 Fixao da tampa do tanque...................................................................................................20 3.1.14 Mtodo M Colocao do leo................................................................................................20 3.1.15 Mtodo N Ensaios de rotina...................................................................................................20 3.1.16 Mtodo O Aprovao do equipamento..................................................................................21 3.2 Preservao do meio ambiente.......................................................................................................21

4.0 LISTA DE FERRAMENTAS/EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO PROCESSO 245.0 DESCRIO DAS ATIVIDADES REALIZADAS................................................................................................27 5.1 Abertura de Transformadores.........................................................................................................27 5.2 Bobinagem motor 20 CV...............................................................................................................30 5.3 Bobinagem motor 05 CV...............................................................................................................32 5.4 Recuperao transformador 210 Va...............................................................................................35 5.5 Recuperao motor Weg 05 CV.....................................................................................................37 5.6 Recuperao motor 0,5 CV............................................................................................................42 5.7 Limpeza ncleo transformador.......................................................................................................43

CONCLUSO..............................................................................................................................................................45CONCLUSO................................................................................................................................................................. 45 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS....................................................................................................................... 46

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LISTA DE ABREVIATURASAT Alta tenso. AWG Sistema americano para medio de fios. BT Baixa tenso. CV Cavalo Vapor, unidade de medida de potncia, um CV equivale a 736 Watts.

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- Unidade de resistncia, onde 1M equivale a 1.000.000 ohms. NBR Norma Brasileira de Regras, ela que rege, estabelece as normas tcnicas. EPI Equipamentos de proteo individual. PINREC Profissional responsvel pela pintura no setor de recuperao. kVA Unidade de potncia eltrica, 1 kVA. kV Unidade de tenso, 1 kV equivale a 1000 Volts (V).

INTRODUOO presente relatrio tem por objetivo apresentar a partir de descries, as experincias adquiridas quanto ao estgio supervisionado, na empresa Dipel, durante o perodo de agosto a novembro de 2006, no seu departamento de recuperao de motores eltricos, transformadores e outros equipamentos. Mostrarse- atravs deste, como este estudo propiciou um elo de ligao entre os

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conhecimentos no qual busca-se a integrao da teoria e prtica, de modo concomitante. O estgio supervisionado propicia, durante as 360 horas a troca de experincias e descobertas, na prtica, de conhecimentos adquiridos em sala de aula, como por exemplo, o efeito eletromagntico responsvel pelo funcionamento do motor, pois segundo a teoria, com a circulao da corrente eltrica nos enrolamentos do rotor e do estator, aparecem campos magnticos cujos plos de cargas contrrias se atraem, e os de mesma carga se repelem (Lei do Magnetismo), dando origem assim ao deslocamento do rotor. Deste modo esta e outras atividades possibilitaro ao aluno/estagirio, no decorrer do estagio conviver no s com a parte tcnica do curso de Eletrotcnica, mas sim, adquirir experincias com outros profissionais diante das diferentes situaes que vo se manifestar e que requerem comportamentos ticos, alm do conhecimento tcnico.

1.0 DADOS DA EMPRESARazo social: Dipel Distribuidora de Produtos Eltricos Ltda. Nome fantasia: Dipel Endereo da sede administrativa Rua Paran, 3036 Centro Cascavel/PR. Outros endereos:

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Construes eltricas Rua Filosofia, 416 Jardim Universitrio Cascavel/PR. Recuperao Rua Economia, 309 Jardim Universitrio Cascavel/PR.

1.1 HistricoA empresa iniciou suas atividades em 09 de abril de 1.970, explorando o campo de compra e venda de mercadorias, com a participao de Nilson Gomes Vieira e Walmor Sonda. A idia inicial para a organizao do comercio, partiu de Nilson Gomes Vieira, quando ambos eram funcionrios da Prefeitura Municipal de Cascavel, sendo que o dinheiro para o inicio das atividades, foi obtido atravs de emprstimo bancrio. A primeira alterao do contrato deu-se em 17 de dezembro de 1.971, com a incluso de Osvaldo Sonda e Itali Sonda e a sada de Nilson Gomes Vieira. Em 21 de dezembro de 1.973, houve a segunda alterao contratual com a incluso de Antoninho Sonda, totalizando em quatro, o nmero de participantes na empresa. A sociedade que tinha como objetivo mercantil o ramo de compra e venda de materiais eltricos e de construes em geral, passa a ser: Compra e venda de Materiais Eltricos e Instalaes Eltricas. Em 30 de outubro de 1.978, ocorreu a uma nova alterao do contrato, com acrscimo ao ramo de negcios, a atividade de abertura de cavas para postes e poos para gua, juntamente com a comercializao de explosivos. Tambm nesta data, retira-se da sociedade Itali Sonda. Em 16 de junho de 1.995 mediante outra alterao contratual foi acrescido ao ramo das atividades da empresa a prestao de servios de recuperao de transformadores, motores, geradores e equipamentos eltricos. Deve-se salientar que em 1.977, aps grande esforo devido s exigncias tanto de documentao como de idoneidade, a Dipel cadastrou-se como empreiteira da Copel Companhia Paranaense de Energia, para prestao de servios na atividade de construes e manutenes de redes de distribuio de energia eltrica, o que corresponde hoje a aproximadamente 70% de suas atividades.

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Em 1.999 a Dipel abre as portas para outra atividade, o ramo de informtica, que abrange a venda de equipamentos e acessrios. Tambm nesse ano entra um site na internet com domnio prprio para divulgao da empresa www.dipel.com.br. Desde o principio de suas atividades, at o presente momento, a Dipel conseguiu uma evoluo considervel em todos os campos de sua atuao. Atualmente sua rea de atuao abrange a regio sul e centro oeste e esta considerada como uma das mais renomeadas empresas da regio, principalmente no ramo de prestao de servios.

1.2 MissoComercializar materiais eltricos de alta e baixa tenso com prestao de servios nas reas de eletrificao urbana e rural, atendendo consumidores e recuperao de transformadores e motores eltricos, atendendo as normas tcnicas em vigor, para clientes locais e regionais, buscando qualidade, segurana, agilidade e reduo de custos. Para a melhor satisfao de nossos clientes.

1.3 Apresentao do local da realizao das atividades.As atividades contidas neste relatrio foram desenvolvidas no setor de Recuperao de Motores e Transformadores, alm de outros equipamentos eltricos. No mesmo trabalham sete funcionrios, sendo que trs so para a recuperao de transformadores e dois para motores, o outros dois so escritrio e pintura. Porm nada impede que um funcionrio da recuperao de motor possa auxiliar nas atividades desenvolvidas com transformadores ou vice-versa. O local se constitui de um barraco, onde contem varias bancas de servios, almoxarifado, estufa, locais para guardar ferramentas, talhas, local de limpeza, etc.

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Foto (01), parte da banca de servio recuperao motor.

2.0 PROCESSO DE RECUPERAO DE MOTORES 2.1 Mtodos

2.1.1 Mtodo A Desmontar e limpar o motor.

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Quando o motor apresenta problemas (visuais), nos componentes externos tais como: capacitores e/ou ventoinhas (caso de motor com ventilao externa), os mesmos podero ser substitudos sem abertura do motor. Nos demais casos sempre devero ocorrer abertura do equipamento. Desmontagem do motor e levantamento de dados: Inicia-se o processo de abertura do motor soltando-se os parafusos das tampas LA (lado acoplamento) e/ou LV (lado ventilador), retirando-se os mesmos, geralmente faz-se uma marcao na tampa e na carcaa, para que no momento da montagem fique como estava antes; Retira-se o rotor da parte interna do estator; Analisam-se as condies dos rolamentos, dos condensadores, platinados e centrifugo do motor. Se necessrio fazer a substituio dos mesmos; Verifica-se folga nas tampas e eixo; Faz-se a identificao do sistema de ligao; Corta-se a coroa da bobinagem do lado da ligao; Retiram-se as bobinas das ranhuras do estator, sempre identificando o passo polar, numero de espiras, numero de fios (AWG), sistema de bobinagem, imbricado ou progressivo, meio canal ou canal cheio; Aps a desmontagem do motor realizada uma limpeza geral. A limpeza por sua vez realizada com a utilizao de jato de ar, alm de produtos desengraxastes tais como: sulupan, sabo em p, gasolina ou leo diesel; No processo de abertura do motor devem-se preencher os dados de bobinagem, identificando todas as caractersticas originais do equipamento e dados de placa; Os dados so registrados para que no ato de recuperao/conserto estes, possam auxiliar a execuo dos servios, visando manter os dados do equipamento.

2.1.2 Mtodo B Reisolamento das ranhuras.

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O reisolamento das ranhuras do estator feito com material isolante, de acordo com a classe de temperatura, isolamento original, ou conforme solicitado pelo cliente. A medida da dobra das extremidades e da calha isolante pode variar de 3 mm a 15 mm, podendo ultrapassar estas medidas em casos especiais.

2.1.3 Mtodo C Confeco das bobinas.As bobinas so confeccionadas de acordo com dados originais do motor ou de acordo com dados do fabricante, sem com isto alterar suas caractersticas originais, exceto quando solicitado pelo cliente.

2.1.4 Mtodo D Colocao das bobinas.

As bobinas so colocadas na ranhura de acordo com os dados originais, para que no ocorra alterao de rotao e de corrente. Depois da colocao das bobinas feito o isolamento entre as fases da coroa (lado oposto) ligao, em seguida feita amarrao utilizando um barbante especial. Logo aps faz-se o isolamento entre fases do outro lado e feita a ligao desejada e por fim amarrase.

2.1.5 Mtodo E Acabamento.O estator aps ter sido bobinado e amarrado, recebe os acabamentos necessrios. O primeiro o de acamar as bobinas para que o rotor no tenha contato com elas, em seguida ocorre numerao dos cabos. Em motores com potncia acima de 30 CV, se possvel, recebem ainda uma tira de fenolite e/ou outro material, na superfcie da ranhura, para evitar que os condutores vibrem na ranhura, no ato da partida.

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2.1.6 Mtodo F Impregnao.Depois de pronto, o estator recebe um banho de verniz, sistema de derramamento, sendo que para motores de at 50 CV, a secagem realizada ao ar. Em alguns casos (emergncia), motores com potncias acima de 50 CV, tambm podem receber impregnao com o mesmo verniz. Geralmente motores acima de 50 CV a secagem realizada em estufa com temperatura mxima de 100C.

2.1.7 Mtodo G Montagem do motor.Antes da montagem do motor faz-se a verificao dos rolamentos e da ventoinha, se necessrio faz-se a substituio dos mesmos. A montagem do motor deve ser conforme a posio original, colocando cada tampa em seu devido lado.

2.1.8 Mtodo H - Teste de isolamento.Teste de isolamento em motores at 20 CV realizado com lmpada em srie, acima dessa potncia, o teste de resistncia de isolamento executado com o auxilio de um MEGGER, onde a resistncia deve ser de no mnimo 2 M. Esta medio realizada para verificao de falha de isolamento e/ou presena de umidade.

2.1.9 Mtodo I Teste de corrente a vazio.Em motores de at 100 CV, o teste de corrente a vazio realizado na ligao de menor tenso, acima desse valor o teste realizado na ligao de maior tenso. Aps estes procedimentos o motor esta pronto para o trabalho, caso o motor no funcione corretamente, o mesmo dever ser novamente aberto, fazendo as verificaes necessrias para que descubra qual o problema. Partes do motor.

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3.0 PROCESSO RECUPERAO DE TRANSFORMADORES 3.1 Mtodos. 3.1.1 Mtodo A Abrir o transformador.

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A abertura do transformador inicia-se com a retirada dos conectores de alta tenso e em seguida as presilhas que prendem a tampa principal, retirando a mesma. Com a utilizao de um bomba (ou sistema similar), retira-se o leo contido no tanque do transformador, envasando-o em tambores, os quais so encaminhados posteriormente para regenerao. Em seguida retiram-se os terminais de BT e os parafusos que prendem a parte ativa no tanque e com o auxilio de uma talha (ou outro sistema qualquer), retira-se a parte ativa do interior do tanque. Procede-se ento a identificao do mesmo com os dados de placa atravs de etiqueta. Depois s realizar a limpeza do tanque, tampas, isoladores e terminais de AT e BT.

3.1.2 Mtodo B Analise da parte ativa.O teste da parte ativa realizado com a utilizao de TTR, identificando as fases com problemas, anotando na etiqueta que acompanha o mesmo (durante o perodo de manuteno/reparo).

3.1.3 Mtodo C Desmontagem da Parte Ativa.

Observa-se na etiqueta qual a fase que foi orada para que se iniciem os reparos. Inicia-se a desmontagem, soltando-se os prisioneiros que prendem o chassi superior, em seguida retira-se o mesmo. Retiram-se as chapa de ao de silcio da culatra superior, de forma a no danific-las, retirando-se as bobinas de AT e/ BT a serem feitas. Realizada a desmontagem, feito coleta de dados do dimetro, externo, altura e o nmero de espiras de BT, dimetro interno e altura da bobina de AT, para que seja calculados os dados de bobinagem, procurando manter o mais prximo do original.

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3.1.4 Mtodo D Limpeza da parte ativa.

Com o auxilio de produtos desengraxantes, pulveriza-se a parte ativa, procurando obter uma boa limpeza.

3.1.5 Mtodo E Dados de bobinagem.Os dados de bobinagem so levantados a partir da desmontagem da parte ativa. Estas informaes so anotadas para que no ato do conserto/ recuperao, possam auxiliar a execuo dos servios procurando com isto, manter os dados originais do equipamento.

3.1.6 Mtodo F Confeco das bobinas AT.Ao iniciar a bobina, observam-se os dados de bobinagem para a escolha do molde (dimetro e forma) a ser usado. Coloca-se o molde no eixo da maquina (bobinadeira) e aperta-se de forma que fique presa, garantindo que a bobina so se solte ocorrendo erros de espiras. observado o nmero do fio AWG ou mm e a altura da bobina. Verificam-se as fibras e papis isolantes a serem usadas (ver dados de bobinagem). Em seguida este material levado guilhotina executa-se o processo de corte. Para iniciar a bobinagem, zera-se o conta giro e observa-se o sentido do enrolamento (lado esquerdo ou direito, isto , se o comeo da bobina deve ser do lado esquerdo ou direito do operador), visando com isto manter a mesma polaridade. Mantm-se o fio bem tencionado para que a bobina tenha boa resistncia mecnica. As bobinas que possuem taps devem receber um bom isolamento interno (dentro da bobina) e um comprimento de fio suficiente, para ser interligado ao comutador ou painel de comutao.

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Observao: Deve-se observar sempre os dados da bobinagem, quanto ao nmero de espiras das derivaes e o papel isolante a ser usado entre as camadas. A isolao entre camadas seguida conforme dados de bobinagem.

3.1.7 Confeco das bobinas BT.Ao iniciar a bobina de baixa tenso, observa-se os dados de bobinagem para a escolha do molde (dimetro e forma) a ser usado. A fibra no inicio da bobina colocada sobre o molde com sobreposio de 20 mm (esta medida pode ser alterada). Coloca-se o molde na mquina apertando o mesmo, para que haja uma execuo perfeita. Ao iniciar a bobina deve-ser zerar o conta giro, para marcar o nmero de espiras. Em seguida verifica-se o nmero de espiras e o dimetro do fio a ser usado (em AWG ou mm). Deve-se manter o fio bem tencionado para que a bobina saia perfeita. Quando a bobina no possuir canal de leo. Coloca-se um fibra de 1 mm, isolando uma camada da outra. Quando a bobina possuir canal de leo segue-se o padro do fabricante. Esta bobina pronta passado cadaros nas sadas dos fios e cabeceiras, para que as mesmas no se soltem e tenham uma boa resistncia mecnica. Aps o termino da bobina, se solta o eixo que prende o molde e retira-se a bobina do mesmo enverniza-se a mesma para que oferea boa resistncia mecnica. Observaes gerais: As bobinas de AT e BT recebem um banho de verniz, por derramamento, oferecendo assim boa resistncia mecnica. Aps prontas, as bobinas so armazenadas em local limpo, evitando que as mesmas fiquem contaminadas por elementos condutores (p, umidade, etc.) objetivamente com isso no comprometer a qualidade do servio.

3.1.8 Mtodo G Montagem da parte ativa.

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Ao iniciar a montagem da parte ativa observa-se o nmero do transformador e o nmero das bobinas de alta e baixa tenso para que se faa a montagem correta do conjunto. A bobina de baixa tenso calada para aumenta sua resistncia mecnica. Colocam-se os calos de madeira com dimenses conforme a altura determinada e apia-se sob o chassi inferior. Coloca-se uma arruela de papelo prensado, apoiada sob os calos de madeira (quando possvel). Coloca-se a primeira bobina de alta tenso, sob o calo de papelo, e em seguida colocam-se calos, tambm de papelo separando uma bobina da outra e assim sucessivamente at o termino da fase, sob a ultima bobina coloca-se papelo.

3.1.9 Mtodo H Fechamento do ncleo.Colocam-se as chapas de ao silcio da culatra superior, seguindo o mesmo processo de montagem do fabricante. Para bater as chapas de ao silcio, utiliza-se martelo e fenolite ou ainda madeira. Ao bater o fechamento, observa-se para eu no fique abertura entre chapas, ou chapas remontadas, evitando assim que o transformador possa gerar corrente de excitao alta. Aps o alinhamento das chapas coloca-se o chassi fixado por prisioneiros horizontais e verticais. Em seguida coloca-se o aterramento no ncleo, apertando os prisioneiros horizontais.

3.1.10 Mtodo I Ligao da parte ativa.

Ao ligar a parte ativa, observam-se os dados de bobinagem e a identificao quanto ao tipo de ligao e o uso de comutador ou painel, quando necessrio. Primeiramente, fixa-se o comutador ou painel no chassi do transformador, moldando o fio na posio correta para que fique na direo dos taps da bobina. Obs.: Evita-se o cruzamento de fios para que no haja curto circuito.

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Ao fazer a ligao retira-se todo o esmalte do fio e em seguida enrola-se sobre o fio do comutador e solda com estanho ou foscop.

3.1.11 Mtodo J Teste com TTR.O teste com o TTR realizado antes que o transformador v para a estufa. Este teste para verificar todas as derivaes, a relao de transformao e a continuidade do enrolamento do equipamento.

3.1.12 Mtodo K Secagem.A secagem realizada em estufa com temperatura mxima de 95 C. O tempo necessrio para secagem depende da potncia e nvel de tenso do equipamento, podendo chegar at 90h.

3.1.13 Mtodo L Fechamento do transformador.O processo de fechamento inicia-se retirando a parte ativa da estufa para realizao do teste de isolao. O teste de isolao realizado com um meghometro, aparelho este constitudo de duas pontas com garras, ligadas das seguintes maneiras: - Isolao ente enrolamentos de AT e BT: uma garra vai ao terminal de alta tenso e a outra ao terminal de baixa tenso; - Isolao entre AT/massa: uma garra vai ao terminal de AT e a outra vai para o ncleo; - Isolao entre BT/massa: uma garra vai ao terminal de BT e a outra vai para o ncleo; Aps o teste de isolamento a parte ativa recolocada e reapertada atravs dos tirantes horizontais e verticais, garantindo assim que as bobinas de AT e BT, no vibrem quando receberem a carga. 3.1.13.1 Fixao de buchas.

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verificada qual a posio dos conectores de BT e AT. Aps inicia-se o aperto dos conectores, observando as juntas e demais peas a fim de evitar problemas com estanqueidade. Os terminais de BT so conectados em seus respectivos terminais. As distncias entre os cabos de BT, chassi, tanque e parte ativa devem ser observados. 3.1.13.2 Fixao do perfil. O perfil colocado corretamente na borda e na tampa de inspeo para evitar possveis vazamentos. 3.1.13.3 Fixao das buchas de AT. As buchas so escolhidas em funo da classe de tenso do transformador, antes de serem utilizadas, verificado eventuais a presena de impurezas para que no haja contaminao do leo. 3.1.13.4 Fixao da tampa do tanque. A tampa fixada no tanque atravs de presilha ou parafusos.

3.1.14 Mtodo M Colocao do leo. leo colocado atravs da tampa principal ou de inspeo. Em alguns casos o leo colocado antes da parte ativa ou colocado pelo registro de drenagem.

3.1.15 Mtodo N Ensaios de rotina.Todos os ensaios de rotina devem ser feitos conforme NBR 5440/99, com emisso de relatrio de ensaio.

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Para realizao do teste de estanqueidade, deve-se deitar o transformador de tal forma que o leo entre em contato com todas as partes onde houver guarnies (borracha), verificando se existe vazamento por um perodo de quatro horas.

3.1.16 Mtodo O Aprovao do equipamento.Os valores apresentados no relatrio de ensaio podero varia conforme sua data de fabricao, sendo que os mesmos sero comparados com valores fixados na NBR 5440/99, devendo os valores estarem dentro da tolerncia estabelecida, que pode ser: Transformadores fabricados at o ano de 1985 tolerncia de 50%; Transformadores fabricados at o ano de 1995 tolerncia de 35%; Demais at 25%.

Obs. Os equipamentos que no possurem placa de identificao, tero seus desenhos consultados ou analisados pelo Tcnico Eletrotcnico, e/ou comparados com modelos similares (mesma marca, potncia) com aprovao ou reprovao do mesmo.

3.2 Preservao do meio ambienteQuanto eliminao de resduos e preservao do meio ambiente, so tomadas diversas medidas preventivas no Departamento de Recuperao, dentre elas: Limpeza do tanque, tampa e acessrios do transformador, realizado com a utilizao de produtos qumicos biodegradveis, sempre com a utilizao de EPIs; A limpeza realizada em rea especifica para tal atividade, com a presena de tanques coletores e reservatrios, no permitindo que os produtos escorram ou danifiquem o meio ambiente; Todo o material retirado dos transformadores como fio de cobre, separado por tipo, colocado em sacos de estopa e armazenado no

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depsito at o momento em que seja enviado para a indstria de beneficiamento para transformao; Demais resduos como papelo, fios, papel, so retirados e ensacados e enviados para descarte; As buchas, arruelas, para raios e demais acessrios, so limpos e armazenados em prateleiras; A pintura tambm realizada em local especifico, determinado para pinturas. O PINREC possui todos os EPIs necessrios como mscaras, avental, luvas e principalmente a utilizao de uma cortina dgua que impede a propagao da tinta; Os locais de trabalho so limpos constantemente, evitando o acumulo de poeira e detritos; O leo retirado dos transformadores envazado em tambores de 200 litros e encaminhados para regenerao ou tratamento com posterior retorno, ficando em local identificado e apropriado para tal material.

Vista interna das bobinas de um transformador.

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Partes de um transformador

1 - Bucha de AT 2 - Bucha de BT 3 - Dispositivo de aterramento 4 - Abertura para inspeo (quando aplicvel) 5 - Placa de identificao 6 - Suporte para fixao ao poste 7 - Olhais de suspenso 8 - Estrutura de apoio 9 - Grampo de fixao da tampa 10 - Radiador de tubo elptico (quando aplicvel) 11 - Placa logomarca (quando aplicvel) 12 - Placa de identificao alternativa.

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4.0 LISTA DE FERRAMENTAS/EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO PROCESSOPara realizar uma excelente recuperao necessrio que o profissional tenha todos os tipos de ferramentas/equipamentos em mos. Tendo como exemplo, que para cada tipo de parafuso ou polca. H tambm uma chave para os mesmos, e na maioria da vez quando no utilizada a ferramenta certa, este parafuso/polca, pode ser danificado, dificultando ainda mais a sua retirada. Por este e outros motivos que o Departamento de Recuperao tem uma grande variedade de ferramentas/equipamentos, que so utilizados nas mais diversas atividades. Estas ferramentas so relacionadas abaixo. Alavanca; Alicate bico chato 5.1/2; Alicate de corte 6; Alicate de presso 10; Alicate para anis 7 curvo externo e interno; Alicate para anis 7 reto externo e interno; Alicate prensa terminais 8; Alicate universal 8; Aparelho de solda oxiacetilino; Aparelho de solda eltrico; Aplicador de durex; Aplicador de silicone; Arco de serra para ferro; Bobinadeiras de AT TR e BT TR e de motores; Bomba de leo. Bomba manual para graxa 500g; Broca de ao rpido de 01 a 25 mm; Chave ajustvel de 08 a 12 mm; Chave allem de 1,5 a 14 mm curva, sextavada, hexagonal; Chave allem de 1/16 7/32 curva, sextavada, hexagonal;

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Chave combinada de 01 a 28 mm; Chave de fenda x 6; 1/8 x 3; 3/16 x 6; 3/8 x 8; Chave de grifo 10 mm; Chave estrela de 01 a 32 mm e de a 16/16; Chave fixa 01 a 32 mm e de a 9/16; Chave L de 3/8 a 19 mm; Chave Phillips n. 01; 02; 03; Compressor de ar; Escova de ao; Esmerilhadeira manual; Esquadro; Estanhadores; Estufa de 15 kVA; Filtro prensa; Furadeira de bancada; Furadeira manual; Grampo tipo sargento; Guilhotina; Guilhotina tipo faco; Guincho hidrulico tipo jacar; Jogo com soquete de 10 a 28 mm, encaixe ; Jogo com soquete de 3/8 a 1, encaixe ; Limas chata e redonda; Marreta de 500g; Martelo de 100 a 600g; Micrometro 0 a 25 mm; Monovia e talha eltrica; Mora; Moto esmeril; Policorte;

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Prensa excntrica e matriz; Prensa hidrulica 15 ton; Rebitadeira manual; Rgua graduada metlica 01 m; Saca polias; Serra copo de 14 a 48 mm; Serrote para madeira; Talhadeira manual; Tesoura 08; Tesoura para cortar vergalho; Trena 05 m; Vazadores de 04 a 13 mm; Volt-ampermetro tipo alicate.

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5.0 DESCRIO DAS ATIVIDADES REALIZADASAs atividades realizadas na empresa so vrias, sendo as principais a recuperao de transformadores de alta potncia e baixa potncia, que envolve a rebobinagem das bobinas, recuperao do trafo, do tanque, buchas, etc. Recuperao de motores de todos os tipos, tamanhos e modelos, nos motores tambm so feitas a rebobinagem das bobinas, troca de rolamentos, limpeza do mesmo, etc. Mquina de solda entre outros, nesses equipamentos geralmente feito realizada uma limpeza, em alguns casos realizada alguma solda em algum cabo que desconectou.

5.1 Abertura de Transformadores.Descrio dos transformadores. Transformador 1 Lado direito. Marca WTW; Potncia 15 kVA; Tenso AT 13,8 kV; Tenso BT 254/127 V; Impedncia 2,5% a 75 C; Volume de leo 52L; Peso total de 154 kg; Esquema de ligao srie;

Provvel causa da queima foi falta de fase em alta tenso. Transformador 2 centro. Marca WTW; Potncia 25 kVA; Tenso AT 33 kV; Tenso BT 254/127 V;

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Impedncia 3,0% a 75C; Volume de leo 85L; Peso total de 193 kg; Esquema de ligao srie.

Provvel causa da queima foi descarga atmosfrica, raio. Transformador 3 Lado esquerdo. Marca Eltrons; Potncia 112,5 kVA; Tenso AT 19,1 kV; Tenso BT 220/127 V; Impedncia 4,09% a 65C; Volume de leo 146L; Peso total de 545 kg.

Causa da queima foi falha na isolao. Foi realizada a abertura, desses trs transformadores (foto 02), que esto mais a frente, sendo que o do canto esquerdo est aparecendo somente metade, do mesmo, nesse primeiro instante foi retirada tampa, parte do leo de refrigerao e as buchas de alta e baixa tenso e o ncleo.

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Foto (02).

Foto (03) mostra o ncleo queimado, provvel causa foi descarga atmosfrica (raio).

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Aps a retirada dos parafusos retirado o ncleo do transformador, utilizando uma talha e um cabo de ao, tendo cuidado, para que no se danifique ainda mais as bobinas, j que as mesmas podem encostar-se aos pontos em que preso o ncleo e quanto ao leo, no deixando que derrame fora do tanque. Ento deixa o leo do ncleo escorrer, para ai fazer a limpeza do ncleo do tanque e da tampa.

Foto (04) Ncleos j retirados do tanque.

5.2 Bobinagem motor 20 CV Marca Bfalo; Potncia 20 CV; Voltagem 220/380/440; Amperagem 52,3/30,5/26,2 Rpm 1760; Plos 04.

Esquema de ligao.

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O primeiro passo cortar a coroa de ligao, verificando o tipo de ligao, o tipo de fio e o passe (para este caso srie, fios um 16 e um 17 AWG, com passe 10/12/14/16), em seguida retira as bobinas, contando quantas espiras tem (24), e conta as ranhuras (48), ao verificar estes dados, os mesmos so passados para uma ficha que contm todos os dados do mesmo. Aps lavar-lo, comea a parte de isolamento do estator com material isolante, feito isto se confecciona as bobinas que por sua vez so colocadas no estator, que recebe outra isolao. Ao colocar todas as bobinas e isolaes, comea a parte de isolao de fases com uma espcie de papel isolante, e por fim a amarrao, este procedimento ocorre primeiro na parte oposta ligao. Na parte da ligao primeiro isola as fases, faz mesmo o tipo de ligao que o motor possua, solda os fios, numerando-os, isola a parte soldada com um isolamento (espaguete), se realiza a amarrao e por fim a acamao das bobinas, ou seja, da um acabamento final para que elas no entrem em contato com o rotor ou com as tampas. O processo final o de impregnao, que nada mais do que o derramamento de um verniz sobre as bobinas, feito isto s deixar secar. Para este motor no ouve a necessidade de colocar na estufa. Como este motor da empresa Diplomata, s foi enfiado para a recuperao o estator, por isto no ouve outros servios realizados no mesmo.

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Foto (05) colocando as bobinas

no estator

5.3 Bobinagem motor 05 CV Marca Bfalo; Potncia 5 CV; Voltagem 220/380/440; Amperagem 15,6/9/7, 8; Rpm 1720; Plos 04;

Queima por falta de fase.

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Esquema de ligao.

Ao cortar a coroa de ligao foi verificado o tipo de ligao, fio, passe (este motor ligado em srie, fios um 21 e um 23 AWG e passe 8/10/12). Ao retirar as bobinas do estator, escolhe um jogo para que seja feita a contagem da espiras, verificou-se que havia 124, porm como so utilizados dois fios, divide o nmero de bobinas pelo nmero de fios, dando um total de 62 espiras, nas bobinas deste motor. Realizada a limpeza do mesmo, tira a medida do material que isola as bobinas do estator, ao acha a medida correta corta o nmero necessrio e comea a colocar do material isolante.

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Foto (06), sendo feito o isolamento do estator. Para esse motor foi feito seis jogos de bobinas com os respectivos passes. Ao colocar todos os jogos, primeiro isola as fases do lado oposto ligao, depois amarra. No lado da ligao, tambm isola primeiro as fases, faz as respectivas ligaes, ao fazer as ligaes internas e externas, j feita uma pr-numerao dos fios que saem ou os fios de alimentao. Com o auxilio de um maarico realizada a solda das ligaes. No ponto em que feita a solda o isolamento torna-se crtico devido ao fogo, porm com o auxilio de espaguetes feito um novo isolamento. O espaguete uma espcie de canudo com vrios dimetros, os fios que foram soldados ficam dentro dele, com isso no ocorre o risco de ocorrer fuga de corrente para fora da bobina. Para fazer a amarrao correta necessrio que se passe o cadaro em todas as bobinas, procurando deixar sempre bem esticado, para que no fique com folga. Aps isto acamar-lo, derramar o verniz sobre as bobinas e deixar secar. Enquanto secar, realizada a numerao definitiva dos cabos, como antes j foi feita um pr-numerao, agora com o auxilio de uma lmpada em srie, verifica se a ligao e numerao esta correta. Para isto, utilizamos, por exemplo, o fato de que se encostarmos um fio da lmpada no fio nmero 01 do motor, e o outro fio da lmpada no fio nmero 04, a lmpada deve acender, e assim sucessivamente com 02 e 05, 03 e 06, 07 e 10, 08 e 11, 09 e 12. Se em algum caso a lmpada no acender nas respectivas ordens deve-se verificar se a numerao esta correta, e se mesmo assim em nenhum caso acender deve ento verificar as soldas. Como este motor da empresa Diplomata, s foi enfiado para a recuperao o estator, por isto no ouve outros servios realizados no mesmo.

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Foto (07), Recuperao do motor j concluda.

5.4 Recuperao transformador 210 Va

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Foto (08) retirando as chapas que do sustentao ao ncleo. Potncia 210 VA; Tenso primria 0/220/380/440; Tenso secundria 0/06/48; Fio primrio 22 e 25 AWG; Fio secundrio 14 AWG de alumnio.

Este transformador teve com problema o interrupmento do fio primrio no taps de 220. O processo de recuperao do mesmo simples, ao comear pela retirada das chapas do ncleo, que com o auxilio de um estilete feita o soltura das mesmas. Depois com o auxilio de um bobinadeira s que com o sentido de rotao

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ao contrrio, ou seja, no sentido anti-horrio, feita a contagem do nmero de espiras para cada voltagem, isto feito tanto no enrolamento do primrio quanto do secundrio. Uma vez com o suporte aonde vo s espiras limpo e com o nmero das mesmas em mos, novamente com o auxilio da bobinadeira, no sentido horrio, comea a fazer os novas bobinas, observando sempre o nmero de espira de cada voltagem, e tirando um pedao de fio para depois fazer a ligao.

Foto (09) confeccionando as bobinas do transformador. Ao terminar de enrolar as bobinas do mesmo, foi feito o isolamento dos tapes das respectivas tenses, depois enrolado um tipo de papel isolante sobre os fios. Feito isto colocado o ncleo de ferro do transformador, colocando sempre primeiro as chapas E, depois as I, por fim s prender com os parafusos. Este transformador no recebeu verniz, pois os fios utilizados nas bobinas j possuem uma camada de verniz.

5.5 Recuperao motor Weg 05 CV

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Marca WEG; Potncia 5 CV Tenses 220/380 Amperagem 14/8, 11 Rpm 1715 Plos 04 Tipo de ligao srie

Esquema de ligao. 1 2 3 1 2 3

6 F

4 F

5 F

F

F

F

654

Ao abrir este motor, notou-se que havia queimado por sobre carga.

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Foto (10) mostra as bobinas queimas no estator. Feita a abertura das tampas, iniciou a cortagem das coroas, cortando primeira a da ligao, da qual obtido o nmero do fio a utilizar (2 x 22 AWG), e o passo polar (8 10 12). Depois feita a retirada das bobinas, e a contagem do nmero de espiras (110 espiras). Em seguida realizada a limpeza de todas as partes do motor. Com o auxilio de ar feita secagem do mesmo. Uma vez seco colocado isolao no estator e tirado o molde das bobinas. Com o molde em mos, este colocado na bobinadeira, para comea a confeccionar as bobinas.

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Foto (11), confeco das bobinas. Este motor como pode se notar na primeira foto, tem seis jogos de bobinas. Uma vez com todas elas prontas, comea ento a colocar-las no estator, seguindo sempre o mesmo passo polar que o motor j possua. Com todas as bobinas no estator comea a amarrao e isolao entre fases, primeiro com o lado oposta a ligao. Depois no lado da ligao primeiro isola as fases, com um papel isolante, verifica qual a ligao a ser feita, com espaguetes isola os fios da ligao, com solda de oxiacetilino, efetua a soldagem dos mesmos. Novamente com espaguetes, o ponto em que foi feito solda isolado. Os cabos de alimentao so pr-numerados e por fim amarrado, com o um barbante especial. As bobinas recebem os ltimos acabamentos, para que no fiquem em atrito com outras partes do motor, e derramado sobre as bobinas o verniz. Enquanto seca o verniz feita numerao definitiva dos cabos de alimentao. Essa identificao feita com uma pequena chapa de alumnio que contm um nmero, este pode ser de 01 a 12.

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Uma vez com o verniz seco, comea a parte de montagem do motor. Primeiro verificou se os rolamentos estavam em timo estado, neste no houve a necessidade de troca, somente foi colocado um pouco de graxa nos rolamentos. Ao colocar as tampas verificar em que posio ela estava, estando na posio correta s realizar o aperto, atravs dos parafusos. Instala tambm a ventoinha e a tampa de proteo. Antes de liberar o equipamento realizado a ligao do mesmo, ao ligar observa a corrente que est consumindo e rudos, se estiver dentro do padro liberado, caso ocorra alguma anomalia o mesmo reaberto novamente, comeando uma inspeo para resolver o problema.

Foto (12), motor j pronto.

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5.6 Recuperao motor 0,5 CV

Foto (13), acima todas as partes que compem o motor. 1 Marca WEG; Potncia 0,5 CV; Tenses 220/380; Amperagem 2,4/1,4; Rpm 1720; Plos 04; 2 3 1 2 3

Esquema de ligao.

6 L1

4 L2

5 L3

L1

L2

L3

456

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Neste motor foi realizado uma espcie de servio geral. Tendo em vista que ele no estava queimado. No mesmo houve a necessidade da troca dos cabos de alimentao e dos rolamentos. Para trocar os cabos, primeiro corta o barbante de amarra, soltando os fios de ligao, depois com o auxilio de um alicate, tira os espaguetes e corta somente a ponta dos fios de sada da bobina junto com o cabo, para que depois tenha fio o usuficiente para realizar uma nova solda. Todavia deve-se levar em considerao que no momento do corte o operrio deve prestar a ateno para saber qual a numerao do cabo que ele cortou, pois, o cabo novo deve ter o mesmo nmero do velho. Ao acabar de soldar os cabos, amarrou-se novamente os cabos e em seguida foi derramado verniz. Enquanto segava o verniz foi feita nova numerao dos cabos. Quanto aos rolamentos, era um do tipo 6203 e outro 6205 ambos estavam com problemas, travando. Para realizar a substituio foi utilizado um saca polias e depois com o auxilio de um pedao de bronze foram recolocados os novos rolamentos. Por fim foi s fechar o motor e ligar-lo para medir sua corrente.

5.7 Limpeza ncleo transformador. Marca Asea; Potncia 150 kVA; AT 13,8 kV; BT 220/127 V; Impedncia 4,0% a 75C; Volume de leo 150L.

Este transformador apresentou problemas com o leo isolante. A causa deste problema foi infiltrao de gua. A recuperao do mesmo foi simples. Primeiro foi retirado o leo que estava contaminado, este por sua vez foi envazado em um brio, atravs de uma bomba de leo que suga do tanque e manda para outro recipiente.

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Com o leo j retirado soltou as entradas de AT e BT e o ncleo do transformador, deixando-o sobre o tanque do mesmo, para que escorre se o leo restante. Com o passar de algum tempo, foi verificado que o leo j tinha escorrido bem, com isto j era possvel realizar a limpeza do ncleo. Esta e feita com o pulverizamento de lcool, tipo combustvel, direcionando o jato em todas as partes do ncleo. Ele utilizado por que uma espcie de solvente. Em seguida o mesmo levado para a estufa, onde permanecera por 90h, para que no fique umidade entre as bobinas. Ao termino das 90h, remontado novamente o transformador, trocando leo e se preciso as guarnies de AT, BT e da tampa do transformador.

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CONCLUSOO setor de recuperao de motores e transformadores um dos diferentes ramos de atuao do curso de Eletrotcnica. Neste mbito, o estagio possibilitou, no s o contato com a recuperao das peas, bem como oportunizou o estudo e compreenso quanto s causas que geraram os defeitos nesses equipamentos. Essa atividade propiciou ainda um contato com os diferentes tipos de equipamentos os quais apesar de terem caractersticas similares (como potncia), apresentam particularidades que os diferenciam, como rotao e/ou tenso eltrica. Ainda como valor agregado ao conhecimento adquirido em sala, questes como qualidade do servio prestado, mtodos de recuperao, ferramental, cuidados na manipulao de produtos e demais instrues a serem utilizadas na recuperao das peas como um todo. Tendo em vista que um equipamento recuperado de maneira incorreta resultar em prejuzos, perca de clientes entres outros fatores que denegrir a imagem da empresa. Ressalta-se ainda que no estgio o aluno tem um contato real com a parte prtica do ambiente profissional, como um todo, permitindo com isso, que ele esteja apto a conviver com as diversas situaes encontradas no seu cotidiano.

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REFERNCIAS BIBLIOGRFICASEletrotcnica Para Escolas Profissionais Anzenhofer Hein e Schultheiss Webber, Traduo de Eng. Walfredo Schmidt Editora Mestre Jou. Acervo Tcnico e Histrico da Empresa Dipel. www.weg.com.br. www.transformadoresuniao.com.br. www.transformador.ind.br