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Seminário FESPSP: São Paulo a cidade e seus desafios 05 a 09 de outubro de 2015 GT 6 - Informação e ambientes digitais: organização e acesso TAXONOMIA FACETADA NAVEGACIONAL APLICADA NA ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE CONSERVAÇÃO DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS Ricardo Medeiros Carlaccio 1 Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação - FaBCI/FESPSP Resumo: Proposta de organização e representação do conhecimento sobre Conservação de Acervos Bibliográficos utilizando como instrumento a Taxonomia facetada navegacional. A Taxonomia facetada navegacional é uma estrutura de organização sistematizada em categorias, para cada categoria há uma hierarquia de facetas e subfacetas, o que permite a atribuição de diferentes dimensões ao domínio. O domínio Conservação de Acervos Bibliográficos consiste principalmente em ações diretas realizadas sobre o bem cultural, cujo objetivo é o de estabilizar suas condições e retardar futuros processos de deterioração. Para a apresentação da proposta foi utilizada a revisão de literatura sobre organização e representação do conhecimento e conservação de acervos bibliográficos. Os resultados parciais foram a observação da falta de padronização terminológica e o estabelecimento completo da faceta “Aplicação de Materiais”. Palavras chave: Sistemas de organização do conhecimento; Taxonomia facetada navegacional; Conservação de acervos bibliográficos. 1 Aluno de graduação - 6º sem. [email protected]

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Seminário FESPSP: São Paulo a cidade e seus desafios

05 a 09 de outubro de 2015

GT 6 - Informação e ambientes digitais: organização e acesso

TAXONOMIA FACETADA NAVEGACIONAL APLICADA NA ORGANIZAÇÃO E

REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE CONSERVAÇÃO DE

ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS

Ricardo Medeiros Carlaccio1

Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação - FaBCI/FESPSP

Resumo:

Proposta de organização e representação do conhecimento sobre Conservação de

Acervos Bibliográficos utilizando como instrumento a Taxonomia facetada

navegacional. A Taxonomia facetada navegacional é uma estrutura de organização

sistematizada em categorias, para cada categoria há uma hierarquia de facetas e

subfacetas, o que permite a atribuição de diferentes dimensões ao domínio. O

domínio Conservação de Acervos Bibliográficos consiste principalmente em ações

diretas realizadas sobre o bem cultural, cujo objetivo é o de estabilizar suas

condições e retardar futuros processos de deterioração. Para a apresentação da

proposta foi utilizada a revisão de literatura sobre organização e representação do

conhecimento e conservação de acervos bibliográficos. Os resultados parciais foram

a observação da falta de padronização terminológica e o estabelecimento completo

da faceta “Aplicação de Materiais”.

Palavras chave: Sistemas de organização do conhecimento; Taxonomia facetada

navegacional; Conservação de acervos bibliográficos.

1 Aluno de graduação - 6º sem. – [email protected]

2

1 INTRODUÇÃO

As tecnologias da informação e comunicação facilitam o armazenamento e o

acesso à informação em diferentes mídias e em diversos contextos. Todavia, para

que o acesso se concretize é necessário que etapas anteriores como a organização

e a representação da informação estejam em sintonia com as tendências das novas

tecnologias. No âmbito da Organização do Conhecimento, os instrumentos

utilizados na fase da organização e representação do conhecimento foram

aprimorados, evoluindo das tradicionais linguagens documentárias, para sistemas

mais complexos como taxonomias e ontologias.

As taxonomias e ontologias são, na atualidade, estruturas classificatórias

utilizadas como instrumentos de organização, representação e recuperação de

informação nas empresas e instituições. Atuando em diversos domínios para

disseminar conhecimento científico, educacional, empresarial etc. Atuam na função

de organizar e administrar os recursos digitais de informação na web, categorizando

estes recursos e dando condições de navegabilidade (MOREIRO-GONZÁLEZ, 2011,

p. 51, 52, 76).

A necessidade da utilização de taxonomias para organizar e representar o

conhecimento disponibilizado por meio de recursos digitais na web está relacionado

à questão do uso da informação, pois de acordo com Giordano; Biolchini (2012, p.

126) “[...] a informação passou a ser buscada e recuperada por diferentes usuários

finais , primeiro em sistemas informatizados de recuperação da informação, mais

tarde, via internet e word wide web”.

Domínios como o de conservação pode ser organizado por métodos

taxonômicos estruturados a partir de uma terminologia que consista numa linguagem

padronizada, permitindo a comunicação entre profissionais, estudantes e demais

envolvidos. Esta comunicação deve considerar questões como interdisciplinaridade.

De acordo com Aranibar (2011, p. 13) “[a conservação trata-se] de uma

ciência interdisciplinar e de aplicação muito abrangente, [...] sua composição

curricular reúne conhecimentos advindos das áreas de humanas, exatas e

biológicas.”

O vínculo da conservação com outras áreas do conhecimento pode acarretar

a ampliação da pesquisa por este tipo de informação. De acordo com Bojanoski

3

(2013, p. 3) “[...] hoje em dia cada vez mais se ampliam o número de agentes

envolvidos ou interessados na preservação do patrimônio cultural”.

Este artigo tem por objetivo apresentar uma proposta de organização e

representação do conhecimento, disponível em recursos digitais na web, sobre

conservação de acervos bibliográficos utilizando como instrumento a Taxonomia

Facetada Navegacional.

Acredita-se que a aplicação da Taxonomia Facetada Navegacional possa

organizar e representar um domínio caracterizado pela interdisciplinaridade, ao

possibilitar sua classificação em categorias ou facetas, considerando que este tipo

de classificação proporciona uma visão multidimensional do objeto, além de dar

condições de navegabilidade, permitindo que o usuário inicie sua navegação a partir

de qualquer faceta ou termo classificado na estrutura, visualizando e recuperando o

conteúdo informacional de forma intuitiva.

2 METODOLOGIA APLICADA

Num primeiro momento foi realizada revisão de literatura. Para o domínio

Taxonomia buscou-se o aprofundamento das bases teóricas com aporte nos

conceitos atribuídos; aplicações; estrutura; características e funções. Nesta fase

foram pesquisados os autores Piedade (1977); Aquino; Carlan; Brascher (2009);

Currás (2010); Vital (2010); Maculan; Lima; Penido (2011); Moreiro-González (2011);

Maculan (2014); Carlan; Brascher (2015).

Para o domínio Conservação de Acervos Bibliográficos buscou-se apresentar

suas principais características e definir os conceitos relacionados a este objeto,

como Preservação, Conservação preventiva e Restauro, de modo que se pudesse

dimensionar o domínio e estabelecer as facetas que o representasse. Os autores

que deram suporte nesta etapa foram Luccas; Seripierri (1995); Spinelli (1997);

ECCO (2002); Cassares (2000; 2008); ABER (2013).

Num segundo momento foi possível escolher e analisar um site relacionado

ao domínio estudado. O site escolhido foi o da Casa do Restaurador.

A escolha obedeceu ao critério de conteúdo informacional representativo

sobre o domínio. O parâmetro utilizado foi a possibilidade de recuperação

informacional em diferentes campos conceituais e pretendeu-se verificar a

navegabilidade e funcionalidade do uso da taxonomia, estruturada em

polihierarquias designadas por facetas.

4

Por fim, as facetas selecionadas foram: Área de armazenagem;

Gerenciamento de riscos; Área de trabalho; Procedimentos de conservação;

Aplicação de materiais; Papéis; Utilização de instrumentos; Utilização de

equipamentos.

3 CONSERVAÇÃO DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS

“Os acervos bibliográficos [...] são aqueles que compõem os acervos

encontrados em bibliotecas [...], em que o suporte básico é o papel”. (CASSARES,

2008, p. 38).

De acordo com Cassares (2008, p. 37) para o estabelecimento das atividades

desenvolvidas por cada segmento da conservação foi desenvolvido em 2002 um

guia para definição da atuação dos profissionais, denominado Extract from the

ECCO Professional Guidelines I: the definition of the profession , neste guia define-

se os conceitos de “Conservação preventiva”; “Conservação” e “Restauro”.

Conservação preventiva: consiste em ações indiretas e focadas na coleção

para criar condições ideais para preservação do bem cultural. Objetiva retardar a

deterioração e prevenir possíveis danos. (ECCO, 2002, on line, tradução nossa).

Conservação: consiste principalmente em ações diretas realizadas sobre o

bem cultural degradado, cujo objetivo é o de estabilizar suas condições e retardar

futuros processos de deterioração (ECCO, 2002, on line, tradução nossa).

Restauro: consiste em ações diretas no bem cultural deteriorado respeitando

mantendo as características originais (ECCO, 2002, on line, tradução nossa).

Adiciono além de “Conservação preventiva”; “Conservação” e “Restauro”, a

definição de “Preservação” que de acordo com Seripierri (1995, p. 9) [consiste na]

“elaboração das políticas que irão ser adotadas para gerir a conservação”. Já de

acordo com ASSOCIAÇÃO brasileira de encadernação e restauro (2013, p. 3)

“compreende-se como preservação, todas as ações que visam retardar a

deterioração e possibilitar o pleno uso dos bens culturais”.

Com base nas definições atribuídas podemos considerar que “Conservação

preventiva”, “Conservação” e “Restauro” são práticas específicas inseridas na área

da “Preservação” e que “Conservação de acervos bibliográficos” é uma prática

específica da “Conservação”. Esta relação conceitual pode ser visualizada na figura

1.

5

Figura 1: Dimensão do conhecimento sobre Conservação de Acervos

Bibliográficos

Fonte: Elaborado pelo autor

As características gerais do conceito “conservação de acervos bibliográficos”

podem ser descritas como um conjunto de procedimentos técnicos a serem

aplicados no bem cultural deteriorado, como: gerenciamento de riscos, higienização,

reparos, acondicionamento, encadernação. Para que estes procedimentos possam

ser realizados são necessários área de trabalho adequada e insumos como

materiais, instrumentos e equipamentos (OGDEN, 2001, p. 12-13 ; CASSARES,

2000, p. 13, 26-37; SPINELLI, 1997).

O objetivo da atribuição destes conceitos é dimensionar o conhecimento

sobre “Conservação de acervos bibliográficos” para que se possa compreender de

forma mais clara a estrutura da proposta de uma taxonomia facetada navegacional

aplicada na organização e representação do domínio.

4 SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DO

CONHECIMENTO VERSUS CONSERVAÇÃO DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS

Sistemas de Organização do Conhecimento (SOC) ou Systems Knowledge

Organization (KOS), são sistemas compostos por conceitos que em sua estrutura

semântica contemplam termos, definições, relacionamentos e propriedades dos

conceitos. O objetivo dos SOC na organização e recuperação da informação é a

6

padronização terminológica de assuntos com a finalidade de orientar a indexação e

aos usuários (CARLAN; BRASCHER, 2015).

De acordo com Martinez; Valdez (2008, p. 27 apud ROQUETA, 2011, p. 126,

tradução nossa) dentro do conceito dos SOC as linguagens artificiais possuem a

função de representar tematicamente o conteúdo dos documentos por meio da

indexação e classificação.

Os principais tipos de SOC conforme Carlan; Brascher (2015) e Boccato

(2011), são Sistemas de classificação bibliográficos; Listas de Cabeçalho de

Assuntos; Taxonomias; Ontologias e Tesauros.

Entre os principais tipos de SOC, elegeu-se a taxonomia, baseando-se na

possibilidade de que algumas funcionalidades deste instrumento possam ser

aplicadas com mais eficiência no contexto da conservação.

De acordo com Moreiro González (2011, p. 53-54), as taxonomias

apresentam algumas funcionalidades como: “permitem acrescentar dados, além de

explicitar o modelo conceitual do domínio”; “são um instrumento de organização

intelectual, atuando como um mapa conceitual dos assuntos solicitados em um

Sistema de Recuperação de Informação”; “conectam a experiência e características

do pessoal próprio de cada instituição”; “possibilitam a organização e recuperação

da informação mediante navegação”.

Essas funcionalidades podem ser eficientes quando o domínio apresenta

como característica a “interdisciplinaridade”2. Pois relações interdisciplinares

envolvem maior dinamismo no fluxo de informações; necessidade de visualização da

estrutura conceitual envolvendo as áreas e maior integração entre os agentes

envolvidos. Considerou-se a funcionalidade “organização e recuperação da

informação mediante navegação”3 num contexto geral de uso da informação, no qual

“os recursos informacionais são utilizados no ambiente web por um público mais

heterogêneo”4.

2 ARANIBAR, 2011, p. 13

3 MOREIRO GONZÁLEZ, 2011, p. 53

4 GIORDANO; BIOLCHINI, 2012, p. 126

7

4.1 Taxonomia

A Taxonomia é entendida como uma técnica de classificação, e o uso deste

termo originou-se nas áreas de conhecimento da Botânica e Zoologia, com a

finalidade de classificar as espécies.

De um modo geral a Taxonomia é classificação sistemática, ou seja,

classificação ou categorização hierárquica de um conjunto de objetos (MOREIRO

GONZÁLEZ, 2011, p. 51).

De acordo com Barquín; Moreiro González; Pinto (2006, p. 6), o termo foi

empregado pela primeira vez pelo biólogo suiço Augustin Pyrame de Candolle no

início do século XIX e foi o médico sueco Carolus Linnaeus o expoente mais

destacado da taxonomia, ao desenvolver uma nomenclatura binominal com o

objetivo de identificar as espécies de maneira unívoca, resolvendo os problemas de

comunicação em decorrência da variedade de nomes existentes em diferentes

locais. Esta é a Taxonomia mais conhecida (Taxonomia de Lineu), a proposta dessa

Taxonomia é uma estrutura hierárquica de classificação ordenada da seguinte

forma: espécies afins agrupadas num mesmo gênero e os gêneros em famílias e

assim sucessivamente.

Etimologicamente a palavra “taxonomia” deriva do grego taxis = ordenação e

nomia = lei, norma, regra (CURRÁS, 2010, p. 58).

Segundo Campos; Gomes (2008, on line) no contexto dos sistemas de

informação, a taxonomia considera o táxon, ou seja, a unidade de classificação,

como conceitos e não mais família, gênero, espécie. Ou seja, a unidade de

classificação designa o conceito de modo que este possa ser representado dentro

de uma estrutura hierárquica.

No contexto dos SOC a Taxonomia é definida como termos preferidos de um

vocabulário controlado organizados numa estrutura hierárquica na qual cada termo

está relacionado com um ou mais termos dessa taxonomia e essas relações são do

tipo geral/específico e podem estar conectadas em hierarquia e poli-hierarquia.

(ANSI/NISO Z39.19, p. 18, 2005 apud MACULAN, 2014, p. 67).

4.1.1 Características das taxonomias

As taxonomias são caracterizadas como um instrumento de representação de

uma determinada área do conhecimento.

8

A função das Taxonomias na atualidade é a de organização e recuperação de

informação em empresas e instituições. São meios de acesso atuando como mapas

conceituais de assuntos em um serviço de recuperação. A primeira função das

taxonomias é mais de visualização do que de recuperação informacional, ou seja, as

taxonomias são caracterizadas enquanto um instrumento de representação de uma

determinada área do conhecimento. Objetivam facilitar a comunicação entre

especialistas e um público diverso; encontrar consenso terminológico propondo

formas de controle de vocabulário quando para determinado termo possa haver mais

de um significado (MOREIRO GONZÁLEZ, 2011, p. 51-52; TERRA, et al., 2005, p.

1).

Segundo Moreiro González (2011, p. 52-54), as taxonomias são

caracterizadas por conterem uma lista estruturada de conceitos/termos; incluem

termos sem definição somente com relações hierárquicas; possibilitam a

organização da informação e conhecimento utilizando hierarquias e facetas;

explicitam o modelo conceitual do domínio servindo como mapa conceitual;

possuem rede semântica de conceitos conectando características de cada

instituição; atuam como mecanismo de consulta em portais e as informações podem

ser recuperadas mediante navegação; permitem ao usuário classificar o conteúdo

através das hierarquias; permitem acréscimo de dados de acordo com as

necessidades de uso.

A proposta de aplicação da Taxonomia Facetada Navegacional terá como

base as características mencionadas por Moreiro González (2011, p. 53-54), a

“possibilidade de se recuperar a informação por navegação” e “estrutura em

hierarquias e facetas”. A função dessas características serão abordadas nos

subcapítulos 4.1.2 e 4.1.3, para que possamos compreender sua aplicação na

organização do domínio sobre conservação de acervos bibliográficos.

4.1.2 Estrutura taxonômica polihierárquica

Os conceitos clássicos e os empregados na Ciência da Informação

especificam que as taxonomias obedecem a uma estrutura hierárquica. A estrutura

taxonômica admite mais de uma hierarquia, pode ser polihierárquica ou

multidimencional e de acordo com Carlan; Brascher (2015, p. 152), esta estrutura

possibilita a classificação dos termos em hierarquias diferentes, além de

proporcionar a possibilidade de mais de um caminho para localização da

9

informação, sendo bastante útil quando existe a necessidade da representação

multidimensional do domínio, permitindo que este possa ser visto sob diversos

aspectos.

No domínio conservação de acervos bibliográficos o termo “Higienização”

pode ser classificado na hierarquia “ÁREA DE TRABALHO” e “APLICAÇÃO DE

MATERIAIS”, possibilitando a representação e recuperação de informações

relacionadas a este termo sob diferentes aspectos. De acordo com Vital (2010, p.

76) o estabelecimento das relações semânticas que incidem sobre determinado

termo podem variar de acordo com a hierarquia em que é classificado e sua relação

é definida de acordo com as ligações semânticas estabelecidas dentro de

determinada estrutura conceitual. Inserido na estrutura conceitual “ÁREA DE

TRABALHO” o termo “Higienização” designa o conceito de sub área destinada à

higienização dentro de um laboratório, já na estrutura conceitual “APLICAÇÃO DE

MATERIAIS” o termo “Higienização” designa o conceito de materiais necessários

para executar o procedimento de higienização.

A estrutura taxonômica polihierárquica aplicada ao domínio conservação

permitiria a criação de novas hierarquias possibilitando a classificação de um termo

em hierarquias diferentes.

A necessidade da utilização de múltiplas hierarquias e a classificação de um

termo em diferentes estruturas conceituais está relacionada ao fato do domínio em

questão ser caracterizado pelo vínculo com um número crescente de disciplinas que

de acordo com Bojanoski (2013, p. 3) são:

[...] além das disciplinas basilares da museologia, arquivologia e biblioteconomia, ainda a física, a química, a biologia, a história, a antropologia, a arqueologia, as engenharias, as ciências dos materiais, a arquitetura, as belas artes, as ciências da informação, a informática, dentre tantas outras que aportam conhecimentos para

garantir a preservação adequada dos patrimônios culturais. Pressupõe-se que inserido no contexto de interdisciplinaridade, o domínio de

conservação siga a tendência de ampliação de seu campo conceitual e em

consequência desta ampliação a inclusão de novas hierarquias seriam necessárias

para organizar e representar esta disciplina, assim como a classificação de um

mesmo termo em diferentes hierarquias.

Diante da questão de interdisciplinaridade e consequentemente a ampliação

do campo conceitual do domínio sobre conservação de acervos bibliográficos,

10

considera-se a abordagem de uma taxonomia de estrutura polihierárquica aplicada

na representação e organização deste tipo de conhecimento.

4.1.3 Taxonomia facetada navegacional

A abordagem sobre o conceito de taxonomia facetada navegacional implica

as definições sobre “classificação facetada” e “navegação”, já que estes dois

atributos designados a esta Taxonomia pressupõe a possibilidade de navegação por

meio de facetas.

A Classificação Facetada foi idealizada por Ranganathan5 e denominada

Colon Classification. Este sistema de classificação é constituído de listas de termos

representativos de um determinado conceito ou objeto de classificação. Estes

termos são denominados como facetas. Estas facetas são combináveis no ato de

classificar, de modo que o tema dos documentos em questão possa ser traduzido

devidamente (PIEDADE, 1977, p. 71).

Sobre a “navegação”, Bonilla (2005, p. 139 apud MACULAN, 2014, p. 75)

aponta que esta é baseada em associações de ideias e conceitos e sua organização

é construída sob a forma de links, sendo que estes abrem caminhos para outras

informações.

Na Taxonomia Facetada Navegacional estes links são os próprios termos que

compõem as hierarquias. São navegáveis e permitem o refinamento na recuperação

de conteúdos.

Segundo Maculan (2014, p. 78) o termo “Taxonomia Facetada Navegacional”

designa uma estrutura de organização sistematizada em categorias e que

subordinada a cada categoria há uma hierarquia de facetas e subfacetas, permitindo

a representação multidimensional do domínio.

A Taxonomia Facetada Navegacional possibilita o cruzamento de informações

contidas nos documentos durante o processo de recuperação da informação, por

conta desta vantagem é uma taxonomia recomendada como interface de busca

(MACULAN; LIMA; PENIDO, 2011, p. 243).

5 Autor da Teoria da Classificação Facetada, na qual são definidas as cinco categorias

fundamentais que demarcam a primeira classificação de assuntos dentro de um grande universo, essas categorias são representadas pela sigla PMEST, que significa: Personalidade, Matéria, Energia, Espaço e Tempo (VITAL, 2010, p. 69).

11

O objetivo da Taxonomia Navegacional é possibilitar que as informações

sejam recuperadas de maneira intuitiva pelo usuário. Para isso busca-se a

organização informacional de forma flexível. Embora haja padronização dos termos,

esta não é rígida, pois os tipos de relações estabelecidas devem fazer sentido para

o usuário, podendo-se admitir palavras e frases. A base para definição das unidades

de classificação neste tipo de taxonomia prioriza o comportamento dos usuários em

relação a o conteúdo (AQUINO; CARLAN, BRASCHER, 2009, p. 206).

A estrutura da taxonomia navegacional facetada ao ser constituída por mais

de uma hierarquia permite ao usuário acessar uma quantidade maior de relações

entre as facetas e consequentemente compreender de forma mais ampla o escopo

do domínio em questão durante o processo de pesquisa, eliminando a limitação

imposta pelas estruturas monohierárquicas.

Considerando as características mencionadas sobre as taxonomias facetadas

navegacionais, como uma estrutura poliherárquica que possibilita a organização do

domínio em multi dimensões e a recuperação de conteúdos informacionais durante a

navegação, é válido afirmar que a organização e representação do conhecimento

sobre conservação de acervos bibliográficos encontra maior funcionalidade com a

aplicação da Taxonomia Facetada Navegacional, pois a informação a ser

organizada faz parte de um domínio que pode ser classificado e representado por

meio de facetas e um termo poderá ser classificado em mais de uma faceta. Nesse

domínio observam-se oito facetas.

Figura 2: Apresentação das facetas

Fonte: elaborado pelo autor

12

Os termos podem ser classificados e organizados nas respectivas hierarquias

conforme a figura 3.

Figura 3: Estrutura Polihierárquica6

Fonte: elaborado pelo autor

Nesta estrutura estão representadas as hierarquias designadas por facetas e

a classificação dos termos nas hierarquias.

As figuras 4 e 5 representam respectivamente as facetas APLICAÇÃO DE

MATERIAIS e UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS e a possibilidade de classificação

dos mesmos termos em hierarquias distintas.

Figura 4: Aplicação de Materiais

6 O mapa conceitual apresenta apenas as classes principais classificadas nas respectivas

hierarquias.

13

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 5: Utilização de Instrumentos

Fonte: Elaborado pelo autor

Durante a pesquisa sobre materiais e suas aplicações, o usuário visualizará

sob a faceta APLICAÇÃO DE MATERIAIS os assuntos correspondentes a quais

procedimentos de conservação os diversos tipos de materiais deverão ser aplicados

e a navegação poderá ser iniciada a partir de qualquer termo classificado na

hierarquia. O mesmo ocorrerá durante a pesquisa sobre utilização de instrumentos,

na qual o usuário visualizará a faceta UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS e

classificados sob essa faceta também estarão dispostos os assuntos

correspondentes aos procedimentos de conservação em que tais instrumentos

deverão ser utilizados.

Esta estrutura permite o refinamento da pesquisa ao acessar termos

específicos subordinados às categorias. Outra característica que pode ser

observada neste exemplo é o fato das unidades de classificação representarem

todas as possibilidades de recuperação por assunto.

Para exemplificar a estrutura da Taxonomia Facetada Navegacional segue a

análise de classificação aplicada no site da Casa do Restaurador7.

Busca-se verificar a possibilidade de recuperação informacional em diferentes

campos conceituais. A partir do recorte do objeto em duas facetas “Restauração” e

“Artesanato”, serão observadas a funcionalidade do uso da taxonomia estruturada

em polihierarquias designadas por facetas

7 Referência no comércio de insumos para conservação e restauro de bens culturais.

14

Figura 6: Faceta Restauração

Fonte: Casa do Restaurador:

<http://www.casadorestaurador.com.br/loja/grupo/06.15/restauracao/acessorios.aspx>. Acesso em:

19 out. 2015.

Navegando pela faceta “Restauração” observamos 26 termos classificados

sob essa hierarquia, entre eles o termo “Acessórios”, as informações recuperadas a

partir do termo “Acessórios” correspondem aos tipos de acessórios de restauro

disponíveis para venda na loja.

Na figura 7 iremos observar que o termo “acessórios” se repete na faceta

“artesanato”.

15

Figura 7: Faceta Artesanato

Fonte: Casa do Restaurador: <

http://www.casadorestaurador.com.br/loja/grupo/473/artesanato/acessorios.aspx>. Acesso em: 19

out. 2015.

As informações recuperadas a partir do termo “Acessórios”, classificado na

faceta “Artesanato”, correspondem aos tipos de acessórios para execução de

artesanato e disponíveis para venda na loja.

A partir das figuras 6 e 7 podemos notar que a organização e representação

da informação relacionada ao escopo da página é estruturada em 11 hierarquias

(categorias designadas por facetas). A partir dessa estrutura foi possível observar

que a função da poliherarquia é possibilitar que um mesmo termo possa ser

classificado em hierarquias diferentes, possibilitando que um assunto possa ser

representado e recuperado em diferentes campos conceituais.

5 PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

SOBRE CONSERVAÇÃO DE ACERVOS BIBLIOGRÁFICOS UTILIZANDO COMO

INSTRUMENTO A TAXONOMIA FACETADA NAVEGACIONAL: RESULTADOS

PARCIAIS

Para esta proposta de taxonomia serão apresentadas as etapas e princípios

estabelecidos para sua definição. O objetivo dessa apresentação é dar consistência

16

e fundamentação a estrutura da taxonomia, assim como confirmar a pertinência

deste instrumento para desempenhar a função de representação e organização

sobre conservação de acervos bibliográficos.

Etapas e princípios para o estabelecimento da proposta:

Investigação sobre a estrutura e construção das taxonomias com base

na revisão literária.

Análise e diagnóstico da estrutura taxonômica aplicada no site da Casa

do Restaurador.

Categorização do domínio (escolha das facetas). Nesta etapa utilizou-

se como método a abordagem indutiva e as categorias fundamentais

estabelecidas por Ranganathan.

Coleta, compilação, definição e padronização dos termos. Nesta etapa

aplicou-se o controle terminológico com base na garantia literária.

Definição da organização das classes inseridas dentro de cada faceta

(sequência das classes baseada em manuais técnicos).

Para a proposta da Taxonomia Facetada Navegacional será apresentada uma

das facetas das oito estabelecidas na categorização do domínio. Lembrando que as

oito facetas estabelecidas foram ÁREA DE ARMAZENAGEM, GERENCIAMENTO

DE RISCOS, ÁREA DE TRABALHO, PROCEDIMENTOS DE CONSERVAÇÃO,

APLICAÇÃO DE MATERIAIS, PAPÉIS; UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS e

UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS. A faceta escolhida para a exemplificação da

proposta foi APLICAÇÃO DE MATERIAIS.

A inclusão das outras sete facetas será aplicada a posteriori, após um estudo

mais detalhado sobre estas categorias, de modo que se possa incluir os termos

classificados nas hierarquias e adequados a representação do domínio.

Como abordado anteriormente durante as etapas para construção da

taxonomia foi utilizado o método indutivo para o estabelecimento das categorias,

embora, de acordo com Vital (2010, p. 68), seja recomendada a utilização dos dois

métodos: “indutivo” e “dedutivo”.

Segundo Vickery (1960 apud VITAL, 2010, p. 68-70), na abordagem do

método dedutivo a determinação das categorias se dá a partir da percepção das

necessidades do trabalho em equipe, especialistas, profissionais da informação e

17

usuários. Já no método indutivo as categorias são determinadas com base na

literatura sobre a área do conhecimento.

De acordo com a especificação dos dois métodos, considerou-se num

primeiro momento que a abordagem indutiva seja suficiente para determinação das

categorias, já que foram consultados manuais sobre conservação, considerando que

nestas fontes a terminologia adotada faz parte da comunicação entre especialistas e

de especialistas para com outros profissionais de bibliotecas responsáveis pela

preservação do acervo.

Na etapa sobre a coleta, compilação e definição e padronização dos termos

Vital (2010, p. 71) afirma que dois princípios devem ser considerados: a garantia

literária e garantia de uso. No caso específico desta proposta foi adotado, num

primeiro momento, somente a garantia literária, também a partir dos manuais

técnicos sobre conservação, considerando o mesmo critério adotado para

determinação das categorias.

A ordem de disposição dos termos classificados na faceta APLICAÇÃO DE

MATERIAIS segue a seguinte questão: Aplicação de materiais em quais tipos de

procedimentos de conservação e em que ordem estes procedimentos são

executados8.

Figura 8: A ordem de disposição dos termos classificados na faceta

Aplicação de Materiais

Fonte: Elaborado pelo autor

8 Os tipos de operações realizadas, assim como a ordem de execução foram baseados no conteúdo

apresentado nos manuais técnicos: “Conservar para não restaurar: uma proposta para preservação de documentos em bibliotecas” e “Como fazer conservação preventiva em arquivos e bibliotecas”, elaborados respectivamente pelas autoras LUCCAS; SERIPIERRI, 1995 e CASSARES, 2000.

18

A ordem dos termos classificados na faceta, ao seguir as instruções

metodológicas contidas em manuais técnicos desempenham a função de

organização para que a informação seja apresentada numa ordem lógica para o

usuário. Durante o processo de navegação, o usuário poderá iniciar sua pesquisa

por qualquer termo e recuperar a informação de forma intuitiva. A recuperação

informacional de forma intuitiva está diretamente relacionada à estrutura da

Taxonomia Facetada Navegacional, que possibilita ao usuário visualizar

determinada classe em uma faceta através da poliherarquia, estimulando a

navegação.

Na figura abaixo será apresentado o resultado parcial do estudo.

Figura 9: Resultado parcial da Taxonomia Facetada Navegacional

Fonte: Elaborado pelo autor

O objetivo desta visualização é representar os conteúdos que poderão ser

acessados durante o processo de navegação, permitindo ao usuário iniciar sua

pesquisa por qualquer um dos termos e a partir destes especificar o assunto de sua

pesquisa.

Ao iniciar a navegação pelo termo “Acondicionamento” o usuário visualizará

os termos classificados que designam os tipos específicos de materiais e sua

aplicação neste procedimento de conservação: “Papéis especiais”, “Filmes de

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poliéster” e “Adesivos”. O mesmo ocorrerá nos termos restantes, possibilitando a

visualização de um termo classificado em outra hierarquia, que designe um mesmo

tipo específico de material aplicado num procedimento distinto.

O termo “Papéis especiais” também está classificado sob os termos

“Reparos” e “Encadernação”. Navegando através destes termos, o usuário

recuperará informações sobre a aplicação de papéis especiais nos procedimentos

específicos de conservação.

A sequência das classes seguiu a ordem estabelecida nos procedimentos de

conservação, pois o objetivo em dispor as classes seguindo instruções

metodológicas contidas em manuais técnicos foi o de oferecer ao usuário uma

sequência lógica permitindo que a busca por meio da navegação seja efetuada de

forma intuitiva de acordo com sua prática profissional.

5.1 Resultados parciais

Os resultados parciais obtidos até o presente momento foram a observação

da falta de padronização dos termos utilizados na literatura; a categorização do

domínio designado por oito facetas ÁREA DE ARMAZENAGEM; GERENCIAMENTO

DE RISCOS; ÁREA DE TRABALHO; PROCEDIMENTOS DE CONSERVAÇÃO;

APLICAÇÃO DE MATERIAIS; PAPÉIS; UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS;

UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS e a construção da hierarquia que compõe a

faceta APLICAÇÃO DE MATERIAIS como resultado parcial da proposta de

organização e representação do conhecimento sobre conservação de acervos

bibliográficos utilizando a Taxonomia Facetada Navegacional.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A investigação sobre a utilização da taxonomia para organizar e representar o

conhecimento sobre o domínio conservação de acervos bibliográficos possibilitou

observar que sua estrutura hierárquica de classificação pode ser dimensionada em

mais de uma categoria e estas categorias podem ser designadas por facetas

possibilitando a construção de uma taxonomia composta por mais de uma

hierarquia.

A estrutura polierárquica aplicada na organização de recursos digitais permite

ao usuário dimensionar, a partir de sua necessidade de pesquisa, por qual termo

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iniciará sua navegação e se o recurso em questão atende ou não as necessidades

de pesquisa deste usuário.

A proposta de uma Taxonomia Facetada Navegacional para organizar e

representar o conhecimento sobre Conservação de acervos bibliográficos alcançou

como resultado parcial a construção da hierarquia APLICAÇÃO DE MATERIAIS,

sendo que as demais hierarquias serão desenvolvidas a posteriori. Embora a

hierarquia UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS ainda esteja em processo de

construção foi possível visualizar através das figuras 4 e 5 a possibilidade da

classificação de um mesmo termo em hierarquias diferentes.

Para a determinação das facetas não foi efetuada a abordagem dedutiva.

Esta abordagem está prevista como continuidade desta proposta, devendo ser

efetuada através de instrumentos como entrevista e questionários aplicados ao

usuário deste tipo de informação. Deste modo pretende-se estabelecer facetas

consistentes também baseadas na garantia de uso.

Acredita-se que o uso da Taxonomia facetada navegacional, aplicada na

organização e representação do conhecimento sobre conservação de acervos

bibliográficos, permita às instituições e interessados no assunto a ampliação e

intercâmbio de conhecimentos multidisciplinares relacionados à área fomentando o

desenvolvimento e aprimoramento dos procedimentos de conservação.

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