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Valdemar Cavalcanti a H p Mie nâo pi tiro t í.-s *> 77/yí íimai t^s um melro: Era no tempo em que os bichos tinham jeito de gente, falavam como gente epen- savam como pouca gente. Essemel- ro não era o madrugador, jovial, não. O madrugador, jovial era um outro, de Junqueiro, cidade distan* te. O melro desta história era pa- rente. Porem era «gravebundo e honesto*, como dizem os historia- dores da época. Os passarinhos Unham a sua re- publica. Republica livre, porque houvera uma revolução na Repu- blica Central do Reino Animal, pouso antes, que depusera de uma r'êz todos os bichos detentores do poder. Eram urn^t cambada de pre- guiçotos e aproveitadores! Na velha Republica Livre dos Passarinhos era trunfo o bacuráu, homem serio, com cultura especializada sobre educação infantil dos galinaceos. Com a revolução teve de subir uma mentalidade surgida do seio dos oprimidos dos governos possa- dos. Esperava-se a nomeação do 9avião,velho republicano que go- vernaru o povo palrador de sua terra. Mas o poleiro dourado :foj) ocupado por quem justamente não se esperava : o melro. porque fora uma vitima do baourau, que nas vésperas das eleições para deputado não o incluiu na chapa do gover- no. O melro teve dois secretários. Com pouco deixaram o melro so- sinho. Foi chamado um novo se- cretario para substituir os dois outros. Veio de fora: o binaria bel- í/a. Propriamente não era belga nao : era da terra mesmo. Mas iinha a plumagem amarela e a empáfia irritante do belga. Ele eiv kou para o poleiro de ouro a cantar mais alto do que o melro. Uma Iiumil/iação safada ! O melro entristeceu. Perdeu o jeito de can- lr- Fazia o acompanhamento ape- nas, Repetia monotonamenle, me- laneolieai)icnte os trinados do c&m- Mnheiro subalterno mas orgulho¦• so. Ou melhor : não cantava vitrolava. Então o povo não gostou do con- certo. Percebeu a manobra do ca- nario, querendo ridicularizar o chefe do governo para tomar o lá- gar dele. O povo parecia sofrer o ridículo que o governador não per- cebia. Fez-se então um movimento político de praça publica, á fren- te o curió, o pintasilgo, o tres-cores- o anum, a arara, etc. Efoi depôs- to o canário que queria ser agida. O melro também foi intimado a deixar o poleiro, porque ninguém estava gostando da vitrola. O mel- ro pediu liceuçi pta dar um vôo- zinho de nada. E foi nervoso até a Republica Central do Reino Anir mal. Correu a visitar um feiti ceiro afamado, de mais de cem anos mestre em changò, chamando corvo' O nome todo era o Corvo de Poe. —Mago ilustre: dizei-me se ha possibilidade de eu voltar á minha terra como soberano ! O corvo pensou, rosnou, pensou, e tragicamente soturno repetiu o estribilho secular: —Nunca mais .' Nunca mais ! O melro ficou sem fala. E o corvo, sinistro : ¦ -Augurios da entrada de um governador estrangeiro : o rouxi- nol Mas o povo quer um pássaro de sua terra,-um cabocolinho in- teligente, cantador original, que não faz papel de vitrola. Cabo- colinho sidntá ... O melro deu o desespero eumnó na garganta. E saiu soluçando a Marcíia Fúnebre de Chopin. Do- lorosamente. De vez em quando parava : -Política,.. O melro subiu a um coqueiro muito alto. Cantava ainda «Mar- cha Fúnebre. Fechou os olhos. Fe- cJwu as asas. E caiu como uma pedra. Os jornais publicaram o retrato dele, tendo por baixo: «O suicida desconhecido¦>. Pensavam que era mais um suicídio de amor... 1 Illlllí mim , zz ' li» .¦*J m 16 paginas 400 rôls

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Valdemar Cavalcanti

a H p Mie nâo pi tirot í.-s

*>

77/yí íimai t^s um melro: Era notempo em que os bichos tinham jeitode gente, falavam como gente epen-savam como pouca gente. Essemel-ro não era o madrugador, jovial,não. O madrugador, jovial era umoutro, de Junqueiro, cidade distan*te. O melro desta história era pa-rente. Porem era «gravebundo ehonesto*, como dizem os historia-dores da época.

Os passarinhos Unham a sua re-publica. Republica livre, porquehouvera uma revolução na Repu-blica Central do Reino Animal,pouso antes, que depusera de umar'êz todos os bichos detentores dopoder. Eram urn^t cambada de pre-guiçotos e aproveitadores! Na velhaRepublica Livre dos Passarinhos eratrunfo o bacuráu, homem serio,com cultura especializada sobreeducação infantil dos galinaceos.

Com a revolução teve de subiruma mentalidade surgida do seiodos oprimidos dos governos possa-dos. Esperava-se a nomeação do9avião,velho republicano que já go-vernaru o povo palrador de suaterra. Mas o poleiro dourado :foj)ocupado por quem justamente nãose esperava : o melro. Só porque forauma vitima do baourau, que nasvésperas das eleições para deputadonão o incluiu na chapa do gover-no.

O melro teve dois secretários.Com pouco deixaram o melro so-sinho. Foi chamado um novo se-cretario para substituir os doisoutros. Veio de fora: o binaria bel-í/a. Propriamente não era belganao : era da terra mesmo. Masiinha a plumagem amarela e aempáfia irritante do belga. Ele eivkou para o poleiro de ouro acantar mais alto do que o melro.Uma Iiumil/iação safada ! O melroentristeceu. Perdeu o jeito de can-

lr- Fazia o acompanhamento ape-nas, Repetia monotonamenle, me-laneolieai)icnte os trinados do c&m-Mnheiro subalterno mas orgulho¦•

so. Ou melhor : não cantavavitrolava.

Então o povo não gostou do con-certo. Percebeu a manobra do ca-nario, querendo ridicularizar ochefe do governo para tomar o lá-gar dele. O povo parecia sofrer oridículo que o governador não per-cebia. Fez-se então um movimentopolítico de praça publica, á fren-te o curió, o pintasilgo, o tres-cores-o anum, a arara, etc. Efoi depôs-to o canário que queria ser agida.O melro também foi intimado adeixar o poleiro, porque ninguémestava gostando da vitrola. O mel-ro pediu liceuçi pta dar um vôo-zinho de nada. E foi nervoso até aRepublica Central do Reino Anirmal. Correu a visitar aí um feiticeiro afamado, de mais de cem anosmestre em changò, chamando corvo'O nome todo era o Corvo de Poe.

—Mago ilustre: dizei-me se hapossibilidade de eu voltar á minhaterra como soberano !

O corvo pensou, rosnou, pensou, etragicamente soturno repetiu oestribilho secular:

—Nunca mais .' Nunca mais !O melro ficou sem fala.E o corvo, sinistro :¦ -Augurios da entrada de um

governador estrangeiro : o rouxi-nol Mas o povo quer um pássarode sua terra,-um cabocolinho in-teligente, cantador original, quenão faz papel de vitrola. Cabo-colinho sidntá ...

O melro deu o desespero eumnóna garganta. E saiu soluçando aMarcíia Fúnebre de Chopin. Do-lorosamente. De vez em quandoparava :

-Política,..O melro subiu a um coqueiro

muito alto. Cantava ainda «Mar-cha Fúnebre. Fechou os olhos. Fe-cJwu as asas. E caiu como umapedra.

Os jornais publicaram o retratodele, tendo por baixo: «O suicidadesconhecido¦>. Pensavam que eramais um suicídio de amor...

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O impOSÍQ terrifn^l nn KT^pNÒVimÉÈ^i WSE1 hm° <l« revisão WÊÈaartigo é de um ÍqÚ^È^^^^^P « mpSg Jurandir Gomes

(Especial paru NOVIDADE)*,

Estando agora em foco arevisão orçamentaria, impostapelo decreto do Governo Pro-visono que proíbe todos asmodalidades de impostos in-terestaduais, não julgo extein-poraneos alguns comentos aA Uusao do Interventor ar-ligo publicado no «Correio daManha?, sobre reformas admi-mstrativas anunciadas no Riobrande do Norte.

De começo, devo afirmar nocomandante Cascardo um in-terventor simpático aos <èrvi-dores: estaduais que não pega-ram em armas, nem em lenços,o outubro de 1930. E apesarí,e'e dizer, como o sr. Navarro-segundo cs jornais- queos revoluc onarios não devemquerer fazer política, enxergo«o ç mmmm mm umao ngaçaodogovernanto, como¦ le de bem dirigi,- 0s povos, elu,go que poucos têm revelado(Ja mesma, uma intuição He-aaa como n percebida dosIWros ;itoS do sr. Cascar-'

Diz-se que o chefe do go-verno norte-riograndensede-seja a substituição do impôs-S ¦h',al £e exP°rtação pelo

con « e* -0. aríiculista que^nentouq fato, porém,-jáexperimentado,

põe. água friaifif,, ,nt,USIasmo I e Ieml>ra astuldades da aclimatação daIt mo «tributo : a inconve, i-»eia de ser direto e a extre-"<> .complexidade do seu me-umismo.Por fim, vohn í,o kit 7/wtiv'"-Minçao gradual do imposto

t0 ^P°r^Ção, com o aumeii-] ; Passo a passo, das conto-l)nKoes territoriais.

As ultimas linhas do artigo,g;enso-me de registradas.l'Sfâ Pwém, a p-oposilo.em ,° 'nstorico do territorial111 nossa casa.

A ht-ratura desse comenta-aor, e a mesma dos editoriaisdo' «Jornal de Alagoas», de 17* *P de dezembro de 1927quando esse. brilhante órgamPolítico explicava detalhada-mmte as razoes da majoraçãodo imposto territorial no or-Çamento estadual de 1928 Ogovernador de çntão,fazia quês-tao de ler para encargos certos,receitas certas ; cercou-se, poisdas contribuições do consumoe das taxas territoriais, ondeas fiituções seriam menos sen-siveis do (jue na balança daexportação. Alas, elevando bus-camente de o,15%-para o,50%.a taxação das terras, em vintee tantos produtos exportáveis

reduziu-se as taxas aci-valoremde 17. algumas na proporçãodc-bo%, e sobre artigos dereal valor em nosso movimen-to de exportação. Tudo issofoi, no «Jornal», documentadoexaustivamente E-gotou-se oassunto. ;

Imprimiu-se, de fato, essaorientação a fatura dos or-çamentos em Alagoas — ten-dente ao minguamento dataxa sobre os produtos expor-tados, isso a começar de 1925.Assim, por dados próprios, po-demos dizer que, de 1924 atéhoje, o decréscimo aqui verifi-cado foi de : Io % para o maxi-mo de 7 %, no algodão; 8 % para7 %, no assucar ; 13% para 5 %,no arroz ; 2o % para 7 %, noscouros; 14 % parais 'j^rias pe'es;34*1. para 21% nas madeiras;

5 '{. para 4*(.nos cocos; 12 tpara11 '[; nos tecidos; 8*[. para%.

nos fios e caroço de algodão;14 T para õ'\.. no café; 87.*para 7 '[. na aguardente ; 14 "j:para 7 '[, no farelo e óleos ve-,puiLl ¦ [ , L1KJ IUL\^1\J U yjl\^\j£> V V*\

getais; 14.[ para 2']., nospeixes e 7 '[• para 5 '[*, em mi-lhoe diversos cereais.

Essa orientação foi reeohhe-

cida pelo governo revoluciona-no, num dos considerando úodecn. 1.400, um dos primeirosatos desse mesmo governo emAIagoas,reduzindo a sobretaxado imposto territorial ao tíòiitòde partida (o, 15 •[.).:Ess£déc.;lembrava, porém, entre outrascoisas muito ponderavVis,:<<quedepois de assim se haver feito 'também os impostos cresceram'com a majoração das, taxasadicionais, aumentando-se de1° Tpara 12'[. a de instituiçõespias e lançando-se a de Iotpara o serviço da divida fran-cesa (dec.n. 1.225, de? 7-1-^ •considerando que, assim,- emverdade não se pôde dizer quese acha reduzido o-ônus tri--butano da exportação..» Odecreto transcrito é dé 22 deoutubro do ano passado. E' ver-dade que, se não me engano, osr. bernardes Júnior lembravana pouco, que imposto, não seconfunde com taxa; porém nãoe menos verdade que ambos '

pesam, indistintamente/cornotributos...

E estive para bàter^palmasse me.dessemlicença,:aosiIus-tres signatários do deo. nAÍ.4òocuja vontade ide acertar não <tenho nem um motivo para es-conder — muito ao contrario ;estive, pois, para bater palmas,'se o mesmo decreto não dei-xasse em pleno vigor o maiordereito, a meu fraco vêr, doregulamento que o de n l.o82mandava observar: a fixaçãodo mínimo de imposto em 5$

(art. 2*\ combinada com adefeituosa redação do art. 6a qual só isenta do imposto osterrenos da União.do Estado,do Município, dqs-estabeleci-mentos pios e religiosos, dasferrovias e os suburbanos. Por

concilie adeante**$.-.

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NOTAS DA SEMANAi

¦

''JA

UM JANTAR

Embarcando para o Rio,ma próxima semana, o jovenescritor e poeti ulagoanoAloisioBranco, NOVIDADEtomouainmutira de orga-mmt no seio dos intelectuaiseonterrune s um jantar cor-diàl ao seu colaborador.

Terá lugai essa èsponta-nea maiiife^ifao de simpa-tia na próxima qmtta-feira,nmBarAHnaoyestando aber-to; de hoje, em diante, a listaae adesSé&e^^yfoi destacado para dar asdespeatáas a A loisio Branco,em nome dü nova geração dêMagoas, o intelectual sr. Au-relio Buafque de Holanda,

sgabado passado teve ini<h,no alto do Farol, a Festada Primavera, organizada porum grupo dé senhorinhas den )sso escwl socialpara a aqui-siçao déobutospopulares paraa construção^ ;*la Igreja debanta Terezinha.

A-festa decorreu animadis-sima até quinta-feira fexcétona quartaVcom a freqüênciado povo que, divertindo-se,deixou o seu níquel para anova Igreja

Na praeinha da festa muitosdivertimentos fkmm a graçadas noitad^As niáruja- da «Destemida»,

as espanholas, as holandesas,•vendeuse^AAiJe sorvete, depicolé, íje ^^bons, guardas-cms, estafólas9&ncionarias daOelegaciatcie Policia, do Radio,mcadorasde corações, etc,todas souberam emprestar oseu melhor esforço e bôa-von-tade para o brilhantismo daencantadora festa popular.

Qomemorando a data da in-. dependência de AlagoasArealrou-se uma parada mjjJtar, quarta-feira ultima, na

ça dos Martros."Falou ao povo, sobre o acon-tecimento histórico, o dr Ina-

As clarasQuarquer mandão hoje em diaDos Guverno datadoPiocrama as icunumiaQuí tão feita im seus favoPianarquisá os GuvernoDos mand tj qui findou

Dos Guverno já passadoProcramada ratoêraRato fazia rodageRato incheu argibôraTudo qui os home faziaSe gritava :-«F lariroéra»—

Agora, não, tu3o as cl.iraTudo é euma se deuClaro, mesmo, tudo as claraE* clara qui os ovo deuMais porem á quem prignnteAs gema í...Quem foi qui bebeu?

Juào JurubitaSetembr» 19

cio Brandão Grncindo, querelembrou com cor^s vivases<e ponto glorioso para ànossa vida de estado indepen-dente.Impelido pela aclamação po-pular, falou também o dr. Or-lando Araújo, apr deitando oorador o momento em que secelebrava a passagem de umadata significativa de indepen-dencia para lembrar ao povoque, mais do q-ie nunca, preci-samos ser liv es e pedir oInterventor de que Alagoas

precisa.

Realizou-se quarta-feira aquinta vesperal do Insti-tato Arqueológico, que marcoucomo sempre o brilhantismouí|lPar de suas tildes de es-Nesta vesperal, que foi emhomenagem ao presidente Or-

Wl Aí?l,J°' tomaram parte-os#rs Guedes de Miranda,*í#a Júnior, Luis Lavenère e

Publicações

Cinema — Por intermédio do Ci-nema Capitólio recebemos os doisprimeiros números de Cinema, umainteressante revista de propagandacinematográfica que se publica emRecife e se distribue gratuitamenteno Cinema do Parque e Modemio.

: Cinema é dirigida pelo sr. J. S.Cavalcante Paiva.

im

Paulino Santiago (literatura),stas. Dinorá e Maria Clemen-tina Carvalho fcanto), stas. Os-carlita Fonteslima e BelmiraMorgado (piano) e srs. Rubem eJosé Barreto (violino).

Após encerrado o programa,o dr. Orlando Araújo pediu apalavra e proferiu um brilhantediscurso de agradecimento á

_ homenagem dos seus compa-nheiros do Instituto.

p*ediu demissão, terça-feira,do cargo de diretor da In-

truçào Pnblica do Estado, odr. Q>man Loureiro.

Realizou-se hontem, no Tea-tro Deodoro, o espetáculo

de caridade que se vinha anun-ciando na imprensa. Reprisan-do a festa de arte de ha pou-cos dias atrás, for. m levadosá cena, além disto, alguns nu-meros novos e interessantes.

O trabalho dos pequenos ede algumas demoiselles debu-tantes em arte teatral contf-nuou o sucesso da festa ante-rior.

A platéa, conquanto pouconumerosa, esteve calorosa emseus aplausos.

Reuniu-se ante-hontem, nosalão do Instituto Arque-

ologico, um grande grupo deadvogados, para a fundaçãodo Instituto de Advogados deAlagoas e da sua filiação aoInstituto de Ordem dos Advo-gados Brasileiros.

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PROBLEMAS DE HOJE-5~

ARNOBIO GRAÇA(Especial para NOVIDADE)

III

Pela experiência constantedos fenomen >s( políticos, de-senvolvidos no proscênio daRepublica n 2, longe, bemlonge estamos, em verdade, davolta do Brasil á ordem legal,ao regime de «garantia posi-Uva"dos nossos direitos».

O ciclo doloroso que oraatravessamos, vitimas dos fa-tos, a tremenda depressão eco-nomica, levam-nos a acreditarna eficiência do legimeconsti-tiiciónàl no Brasil e da deca-dencn certa e evidente do mi-litarismo autocralico

Não ha ainda, após quasium ano de ditadura, uma dire-triz fecunda, coerente com ascondições do meio politico. Areintegração do país n i ordemlegal é uma n cessidade, senãoum imperativo 'categórico. Osdireitos do povo não são sim-pies favores outorgados pelasautoridades militares vigentes.

Não vigora, e nem vigorará,entre nós, o regime da forçabruta onde não ha deveres enem direitos. E\ na realidade,o povo que exige uma expli-cação qualquer, pelo menos,por parte dos republicanizado-rés de outubro passado. Pois0 'ireito do povo é divino,dissera Balzac, na Comedialiumana.

E o Brasil, sem uma erien-tçição benéfica, sem um espi-nto próprio não triunfará, decerto,dadas as freqüentes <su-bstituições» e maiormente den-tro do edifício milit rista..Por tudo isto, é que neces-sitamos de Constituam,-de°ne:itapão certa dentio ctó

Princípios legaes. Por que con-í-inuamos a viver sob o ônusíl tatorial ? Por espirito de eco-n mia? Por inadaptação do"jomento histórico á constitu-canalização do país ?~Certoque nao. Pois tem havido uni-ca e simplesmente u'a mudança•jo aparato politico que nãodeixou de ser menos su 'tuoso,metios pródigo. Pois o Brasil,Para cujo progresso social oanalhibctismo é a maior bar-

reira, tem que ingressar, real-mente, no seu prime.'™ ciclominorista que, com o correrdos tempos, se transformará,de certo, atento o influxo deideas novas, no socialismo per-feito, eficiente,harmônico, con-sentaneo com a mentalidadebrasileira.

Todavia, a Constituição que,em bfeve, havemos de ter,deve de ser essencialmente li-beral, uma verdadeira adapta-çào do Código de Weimar quehodiernamente agita toda aA'emanha sob a esperançade um futuro piomissor.

Mesmo, a nacionalidade bra-sileira gravita, hoje, com maisentusiasmo, em torno dos ma.g 'os problemas cujas soluçõesimprescindiveÍGnão foram an-da abordadas, com abnegaçãopatriótica, pelos senhores dopoder nacional. O liberalismo,o minorismo, o comunismo, ocoletivismo de Estado, o ex-íremismo bem c-.mo o sócia-lismo de cátedra merecemgrande estudo, senão exigemuma preocuparão por parte doshomens que norteiam os des-tinos do Brasil, maiormente nodia de hoje. O internacionalis-mo se torna, em virtude domilitarismo, mais complexo,mei os tangível pelos «leaders»revoluconari s.

O liberalismo, porém, nãodesaparecerá do cenário danossa politica, nestes cincoou dez anos. si bem que naInglaterra, Suissa, Alemanha,Bélgica e mesmo na Rússiasoviética, ele morreu, de todo.De qualquer modo, e, não obs-tan'e a nossa mentalidade re-belada, o liberalismo' perfeitogerminará, entre nós, comogerminaram o minorismo ger-mano-b;itanico, o socialismosuisso e o extremismo sovie-t-co.

Assim, pois, se faz mister oadvento da Constituição brasi-leira, do regimtt legal, dos prin-cipios básicos da nossa org,:-nização diretriz em face dasnecessidades praticas do mo-

mento. Não ha ainda—post-bellum—um novo Estado. Aobra de regeneração e constru-cção politica não está come-cada. O período militar da Re-volução passou ; agora é tem-po de elaborar as leis que nosirão reger, de construir o edi-ficio da politica internacionalque é, hoje, mais heterogêneo,mais complexo.

De resto, necessitamos deum novo Estado.Por tudo isto, é que a China

multimilenaria, apesar de fa-minta, como afirma o sr. MarioPinto Serva, após tantas com-petições militares, deliberoumandar manifestos ás naçõesestrangeiras, como prova elo-quente do seu espirito alta-mente revolucionário e pro-gressista.

Senão vejamos a declaraçãohonrosa que o «Governo Na-cionalista», acatador da ideo-logia do heroe Sun-Jat-Seu,enviou ás nações amigas:

«La Revolution, telle que ladirige le Gouvernement Natio-nalisté, a pour objet primor-dial la construetion d'un nou-vei Etat, ou que laperiode mi-litaire de la Revolutb n toucheà sa fin ; le Gouvernement Na-cionaliste entreprend,dèsà pre-sent, 1'oeuvre de regenerationet de reconstruetion de façonà pouvoir créer bientôt ce'nou vei Etat.

«Par un nouvel Etat nous vou-lous dire: metre en pratiqueles trois príncipes poses parnotre chef defrent, le Dr. Sau-Jat-Sen afiíi de g gner pournotre peuple la liberte, 1'inde-pendance et, pour la Chine, lapaix internationale sur uneba?e d'êgalítê.

Nous ecarterons tout formede gouvernement militariste,rappelant le passe et varuetolererous aucundessein visanta la destruetion des institutionssociales modernes tel que «LeCommunisme.

Pour creer un nouvel Etat,

.•¦- ò'A

conci -© adoante mSNwfs:---;

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*- o..átejjÊ'^'. -.*•«M A RI L E N AConto de Abellard França (Especial para NOVIDADE)

í

Cresceu como uma plantaviçosa. Irmazinha (te Iracema,a india dos verdes mares bra-vios... Irmã na beleza e naingenuidade selvagem do sor-riso.

Deixou o engenho quandoos seus seios morenos foramtomando a forma tentadora dedois sapotis de carne, a tre-me em, lá dentro, na camisade chita vermelha enfeitadade fitas.

A cidade foi a sua primeiraconquista futil. Fez amizades.Um dia a saudade bateu áporta de casa e Marilena cho-1:011 muito. Recordou o casarãodo engenho, as suas mudasnoites de inverno, lembrai doum convento em silencio, re-zando. Depois... a saudademorreu na alma de Mari eiia,

A capital da provincia -en-trou como o prefacio do seucaderno de apontament' s so-bre o amor. No colégio, ondeaprendeu o francês, ensinaianvlhe também a escrever ca tas

\para namoraçh s. Vários estu-• antes andaram apaixonados

. pelos seus olhos negros, pelacurva vermelha da Mia bocaNum domingo de sol, depois

da missa na capela do Colégio,a diretora, irmã Angélica, mor-reu de senilidade. Era a únicaconfidente e amiga de Ma ile-na. Ela, muito cheia de dôr,botou uma faixa de crepe locoração, por dois dias.

O Colégio fechou.Em casa dos pães, filha un:-

ca, Varilena foi se tornandomais be a, mais mulher.

11

Aquele passeio ao Rio, ondeconhecera Nelson, estava-lhei a vida como o grande casod<>s seus dezeseis anos-lí

Pp..

Uma tarde, na plenitude in-quieta da mocidade, entre umbeijo e uma paisagem, Marile-na deu de presente o segredodo seu corpo muito novo, mui-to lindo.

Construíram um ninho, longedo clarào cosmopolita, numrecanto da montanha, entrearvor s, entre ramos, entrepássaros. O seu mundo estavaali, na encosta da serra, numbangalô, com tapetes caros eum amante de vinte anos.

Nelson, certa manha, não sesabe porque, desceu á cidadee nunca mais voltou. Jndiíè-rente, tres meses depois, Mari-lena soube que o seu amante,o seu tudo, a sua loucura, es-lava internado num inanico-mio ..

Vendeu o ninho a um judeu.Deu a Etelvina, sua inteligentecreadinha, todos os retratosde Nelson e ao jardineiro Eras-mo todas as gravatas finas.

Fez da vida uma vertigem-Andou pelas casas secretas,amorosa balzaquian •, de mãoem mão, de boca em boca,como uma jóia em casa de pe-nhor. Teve dezenas de aman-tes. O ultimo, um refinado«scroc>\ deixou-a, levando to-dos os seus anéis. Marilena,quando soube, agradeceu comum telegtama de boa-viagem,porque tido que ele lhe levadaera falso.

Um dia vi o retrato de Marilena nos jornaes. Um escan-dalo ! D is guardas-civisd: go-ladespor um portuguez obeso!Ciúme ! Marilena no cartaz 1O re-rato era dela, lembro-mebem das suas feições, mas onome era dé outra..

ni

Cinco ano<\ Ausência. Visitaaterra natal. f\ minha cidade-

zinha da norte. 0 rio Mündaíi,como uma serpente, enroscan-do-se pelos montes, alagandoos canaviaes. Dezembro. Ascomadres, os afilhados. Ummontão de abraços e outro derecordações. Convites. Pre-sentes.

Dia 24. Sábado. Um almoçodistante duas léguas. Um peru,pelo menos.

Num galope da cidade fuidesmontar na bagaceira da ta-zenda Pau Amarelo.

Um grito de alegria partiuda casa do engenho com umcheiro de mel quente. Tive uminstante de estatua, imóvel,esquecido.

Marilena. com um sorriso decolegial em ferias, recebeu mede braços abertos:

Meu amigo, você poraqui ?!... Ha tres anos que fizdeste engenho uma estação derepouso para a alma e para avida.

E estendendo-me as mãos,que eu beijei, levou-me parapeito da fornalha, onde a canadava gemidos! de agonia entreos dentes das moendas. E co-meçou a narrar os lances dasua vida como quem cantauma canção...

De repente, Marilena. áe^-viando o assunto, sorriu: umsorriso profundamente huma-no. Parou, comigo, deante deum homem alto, bronzeado eforte, com o olhar vivo dos ser-tanejos, e disse-me com umcansaço de quem tinha vividodamais :

Apresento-lhe o meu ma-rid<\ o meu piimo Álvaro, nàose recorda ?

—Muito prazer! Recordo-meperfeitamente, muito, muito...

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Independência dertlaZ^? Se enfeit0u ° aniversa™ da«vos excessivos defe tfeí

t?mPeradas c™ adie-tuação em que nolStSnS^fS^S S°bre

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secaAe ^t^^eSl- PdXOt°' Deodoro da ^tos feitos que praticar nwlii

Conse§uem' apesar dos ai-mmM lils? án o?l°fa pobreza'anossa

sarmos na exiguidade da nossa produção cSmpreendS-e"mos tac.lmente que essa gente toda deve vil muit" ma?à!m"ms^é\fm^àM,Possuíamos alguns quilômetros de estradas de rodaeemDesapareceram ou vão desaparecendo: um automóvel falaum século para atravessar o Estado e rebentasse na SagemComparar Alagoas á Bélgica, á Holanda, á Suissa e áDinamarca e uma brincadeira que dá vontade de chorar.Não nes sentimos dispostos a adormecer sorrindo coma esperança de que vamos ter uma elite. ImprevidenciaUma elite nao pode constituir-se apenas com os homens

que falam e escrevem na capital. 0 que precisamos é quese forme no interior uma classe capaz de pensar bem etra-büJhar bem.

Os ditirambos imoderados que nos impingem fazem agente pensar num cavalheiro remendado e cheio de prosa-pias a embromar meia dúzia de basbaques:

—Vocês sabem com quem estão falando ? Sou umhomem importante, percebem ? Andei no Paraguai e andeiem Canudos. Tenho terras. E'certo que me tomaram unspedaços da propriedade, mas no que resta ainda vive maisde um milhão de mendigos, graças a Deus. K na minhafamilia houve figuras notáveis: houve Tavares Bastos*,houve Sinimbu, houve Calabar,

Não era melhor que tivéssemos menos vaidade e pen-sassemos um pouco em açu||s e outras coisas seme-lhantes f

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Soirée chie dasquínías

Está se tornando necessáriofazer um movimento mais in-tenso em torno do cinema emnossa cidade.

Vê-se bem que está decres-cente o gosto pelo cinema napopulação desta terra p que-nina, que nào se preocupa nemem se divertir.

C/Am u:n teatro milagros? -mente aberto uma vez de seisem seis meses para uma com-panhia teatral quase sempre deterceira linha, Maceió não re-verte o gosto do teatro pelocinema, como nas outras ci-dades.

Nossos cinemas apenas seenchem nas noites dominguei-ras, com sessão começando ást> da tarde. Justamente na horaem que uns jantam e outrostomam o seu café com roscaPalácio...

Enchem-se tambem muitavez nas matinês das moças.Efeito do domingo.

Seria conveniente fazer ai-guma coisa para incentivar opovo a sair de casa, a deixarum pouco esses serões provin-cianos, essas rodas de palestra-com cadeiras nas calçadas.

NOVIDADE levanta a idéado Cinema Capitólio íazer ásquintas-feiras uma soarê chiquepara as moças. Naturalmentecom preços reduzidos, compa-tiveis com a situação financeirade nossa gente nesta épocaaperLda.

O Cinema Capitólio poderiainiciar essas soares chiquesdesde a próxima quinta-feira,aproveitando então a premierede um filme interessante : Va-lentes a Força, comedia deolim Summerville, o impaga-vel Tjaden de Sem Novidadeno Front.

Valeu a le.nbranca ?

Primsiro B:-íjo

ezvai fazer atréa ie NoveltyFi>m em Maceió.£' am novo e

interessanteprogr ma. PRI-ME1R0 BEIJO é

uma comediadeliciosa de Any

Ondra.

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Bngitte Flelm, a divina deMetropolis, a diabólica deManolesco, vai fazer uma novaaparição aos seus fans alago-anos em O Hiate dos Sete Pe-ca dos.

Mae Murray arr. njou um no-vo contrato com a Paramount.Isto é: a Par mount comprou

um bonde...

Parada das Maravilhas éa grande produçio da First.Nela aparece todo o mundo as-tr^nomico da fabrica da Cor-rente.

São cento e tantos astrosnuma só revista.

Jack Oakieó u n dos tiposmais impigf.vdis 'lo cinemanone-americano. Uma caraachinestda, sempre comuma gargalhada pronta aachmesar-lhcj m*is os olhosmiúdos, Jack Oakie t m sidonestes últimos tempos agostosura das nossas platéas.E dele o Naufrágio Amoroso.que vamos assistir dentrode pDíloos dias.

John Banymore teve uma desuas magistrais interpretaçõesem Svengali, onde o astro ad-miravel de Tempeshde apa-rece numa caracterização atéhoje inédita de monstro.

O Rio todo está rindo atual-mente como filme que biieutodos os «records» da marca'•onhecida de «fabrica de gar-galhadas».

Trata-se de Gente da Peso,comedia de Marie Dressler ePolly Moran, aparecendo tam-bem Annita Pagé e WilliamLollier Jr.

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T— © —res livros diferentes

OSCARINA - Comfaç de Marques Rebelo—Schmidt-editor —¦ Rio-1931.

Gente viciada na criticacomparativa tem falado do jo-ven contista brasileiro MarquesRebelo vitimando-o com con-secutivas comparações comMachado de Assis e Lima Bar-reto. Só em Hierarquia en-contrei dois cidadãos deste ge-nero: srs. Hélio Viana e Ha-milton Nogueira. Para ambosMarques Rebelo é acsim, Ma-chado de Assis é assado, LimaBarreto nem é assim nem as-sado. Mas entre os três etc.E demoram-se nestas compli-cações para «erminarem comuma cousa positivamente cha-ta: a de que o contista deOscarina é um contista tipi-camente carioca. Não vejo ra-zão para se localizar tanto onovo escritor. Não consigo verem Oscarina nenhum aspectodo Rio. Isto é: não aceito o•contista carioca» como umacolocação de Marques Rabeloentre os bedéqueres de cidade.Mas é que não vejo o Rio nes-te livro. O que ha é v.da. E avida que Marques Rebelo olhaé tão carioca como alagoanaou amazonense. W a vida.«Oscarina», que é o grandeconto do livro, pa^sa-se noRio, mas não deixa essa im-pressão local, que é o perigoda literatura puramente regic-nalista, que não pode seruni-versai dentro de um p quenoterreno. Nestas paginas ha umacento fundamente humano.L' a tragédia quotidiana, a tra-gedia de vida da pequena b.ir-quesia Tristão de Aiaíle éque viu bem: Marques Rebelomove-se dentro da pequenaburguesia. AmbHite do fun-cionario publico,da gente quevai á retreta domingueira, dosoldado, da datil ^rafa, etc.

Marques Rebelo prestou oseu brilhante depoimento sobrea vida.—V.

O MUNDO COMU-NISTA - Estudo de Gus-tave Gauiherot — Compa-nhia Editora Nacional -S. Paulo-1931

DESAPARIÇÀO DAAMADA- Poema deAugusto Frederico Schmidt- Schmidt-editor- Rio-1931 •

E enorme a bioliografia lan-Cada á luz ultimamente noBrasil sobre o comunismo.Principalmente sobre a Rússiasoviética. E' uma avalanche deliteratura. Livros de turistas,inquéritos, depoimentos de ci-dadãosqueunilaterizam as suasvistas contra ou a favor doregime stalinista.

Este livro de Gustave Gau-therot, traduzido carinhosa-mente do francês, é um pano-rama universal do comunismo.Um estudo sobre a infiltraçãodas idéas bolchevistas em va-rios paises europêos e ameri-canos. Mais: na Ásia e na Afri-ca. Uma visão cheia de agu-dezas criticas dessas idéa1?, enão a frivolidade dos tais «in-queritos sobre a Rússia». Umlivro que vale por um íilme: ne-le vemos um autor penetranteolhando o comunismo sob di-versas faces : na Rússia, de-pois na Mongólia Vermelha,na China, no Japão, ia ÁsiaMeridional, na Síria, na Pales-tina, no Egito, nà Tunísia, naArgélia, em Marrocos,na Fran-ça, na Gran-Bretanha, em Es-panha, em Portugal, na Itália,na Suissa, na Bélgica, na Ho-land ., na Alemanha, na Aus-tria-Hungria,ra Dinamarca, naSuécia, na Finlândia, na No-ruega, na Estônia, na Letônia,na Lituânia, na Polônia, noCanadá, nos Estados Unidos,no México, na Atgentina, noChile, etc.

A situação das idéas comu-nstas c vista, se não isentade um certo «parti-pris». p lomenos por um olho vivo dccritico, de psicólogo de povos.

Para quem quer conhecer ocomunismo, a sua organizaçãosocial, este livro é insubstitui-vel.'E interessantíssimo ele émuito.— K.

O poeta Schmidt é um Casi-miro de Abreu com muito ta-lento. Com o talento que fal-tou ao desventurado meninodas Primaveras para sair dalamúria metrificada, que é comoas lagrimas de glicerina dasestrelas de cinema. Com o poetade Navio Perdido e PassatoCego (esses titulos fazem umacarteira de identidade) dá-secoisa diferente: ele possuemisturado com muita força delirismo aquele ritmo interiorque faz da poesia de um Sa-mainou de um Laf »rgue umaespécie de voz de confissiona-rio. Esse Desapariçào daAmada (tQue tédio nas via-gens, nas viagens que nuncafarei» ou «meus pés tão can-çados só pedem parar! ) é acontinuação de sua obra dedesalento, de inquietude, deduvida, de desencanto. E' aânsia do desconhecido, do ou-tro lado da vida A incertezada vida sobrepujando a cert'-zada morte. Lembrei-me deNavio Perdido: «Desejo departir sem pensar, para omistério que me chama sem-pre».

Ia-me esquecendo de dizerqne aquela hstoria de compa-ração de Casimiro foi mais oumenos empregada com Ribei-ro Couto por um «'aquelles en-diabrados poetas-meninos deCataguazes. Mas se se podeempregar essa comparaçãocom segurança, parece-m^ quecom Schmidt fica hem melhor:o dol roso é o m^smo, o liris-mo ingênuo é o mtsmo. Sóque a gente nota, com ligeirosintantes de cr nvivencia coma sua poesia, que ele tem fole-go de poeta de verdade. De-junto dele o pobre do Casimirofica como se fosse um asma-tico. — V.

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0 imposto íerri*íorial nó Norte

cone lusão

essa maneira, foi possivel oarrolamento de propriedadesde ridículo valor, as quais pa-gam uma porcentagem fantas-tica.

Aos miseráveis atingidos poressa oneração dcshumana, odec. n. 1.4oo não beneficiou,deixando assim, possivelmente,de alcançar uma das finabcJa-des a que se propunham, de-certo, os que pensaram ajuiza-damente na sua lavratura.

Porque a verdade é que ílonorte do Brasil, onde a proprie-dade territorial jamais chegoua ser explorada de modo' conveniente e desejável con-seguindo a valorização que adestinaria a prover fartamen-te o orçamento dos Estados— o imposto direto sobre olavador ou proprietário deferras, é duma deshumanidadeinaproveitavel, isso é, repetin-do coma modificação piecisa,a frase celebe, pior que umerro, uma imtüidade...

Rápido golpe de vista sobreos mapas de lançmentos ecobrança d > territorial, justifi-ca plenamente o dito acima.b o imposto lançado de ma-neira mais irregular, pela ex-trermi d ficuldade do levanta-mento do respectivo cadastro:e e aquele onde os faltosos áscontribuições se avolumam emquantidade mais notável.

Ha um pequeno numero, re-lativamente, de cont ibuiníesque estão em condições desertributados. A maior parteporem, é composta dos Tecas'depauperados e ignorantissi-mos proprietários de miserosP}ÜS .de Íerra- avaliados em00$ e looí, e que estão sujei-tos,anua.lm-nte, a.pagamentosque representam mais de lore-to ..sobe esses valoresvenais.

Basear uma receita no im-posto direto sobre os nossosproprietários mais, sobre oslavradores da maior parte donordeste, seria pretender a

obtenção de recursos forneci-dos pelos indivíduos menosa!fabetizados do país, — os me-nos protegidos da fortuna, maisdistanciados dos centros deficalização e cobrança, e menosacostumados á sujeição dascontribuições tributarias /\go-ra mesmo, os claros dessescontribuintes! nos livros dasarrecadações de nosso Estado,são vertiginosos.

ü nosso agricultor não é sòo das linhas férreas. E' emgrande maioria, o segregadoda civilização, contando doisou mais nomes, ignorando,mesmo, como se chama e paraque o tributam. Espera, ainda,a visita do professor, teme ada policia e ignora a existênciade juizes. Está nas condiçõesdaqueles de quem dizia Con-fucio : que faltando a seusdeveres, são só me:o culpadosou nem sequer são culpados,pois ignoram esses deveres.

Confiar-lhe o sucesso dasrendas, antes de o vêr equili-brado e consciente, é, talvez,muito. O negociante calça boti-n'»s.e mora nas vilas e cidade*;o lavrador, em geral, tem hor-ror ás sandálias com que semarüriza quando vem d ruae contra-1' ha, apenas, o te-meroso recurso dos executi-vos.

São estas as consideraçõesque me sugeriu a colaboraçãodo Correio da Manhã, emtorno do caso do impostodireto sobre os proprietáriosterritoriais.

Julgo que a, energia imitardo interventor Cascardo falha-ra, como a perspica ia admi-nis rativa do governador Cos-ta Ke8o, em querer substituirde pronto ou aos poucos, onbuto da exportação pelo daterra. Esta se acha, em grandemaiona.fracionadaentre nobreshomens incultos e desajuda-

O estado não lhe deve apa-recer, pela primeira vez »npessoa do lançador de impôs-

r^verdade que me faltamestudos especializados, pi.rafalar sobre ; entretanto, cón-spla-me, no caso, estarem po-siçao diametralmente oposta áÈrnlm ,)erante ° t§Scfê

Problemas de hoje

continuação

Gouvernement Naconalistedoit placer ses relations inter-natianales sur une bse nou-velle.»

Assim, pois, a China, sobaorientação do Governo Nacio-nalisla, vae evoluindo paulati-namente, ao passo que o Bra-sil de hoje não vae tendo, tãofeliz sorte.O periodo militar da Revo-lução já passou ; não tem maisrazão de ser dominador. Pre-

cisamos, em verdade, de umnovo Estado, de liberdade ede independência histórica eeconômica.

mPorque, enquanto no cicloiütaris'n, não se extinguira,

de todo,esta atmosfera de;\fe-confiança das potências mun-diãis em face do nosso sistemaadministrativo*

Alem disso, não abordaramainda os chefes dos poderesconstituídos as grandes quês-toes de transportes, do cafébrasileiro, da exportação, davaloriz ção da moeda. rr.edian-te grandes re.onnas economi-cas como na Inglaterra cujadivida flutuante, em fevereirode 1023, era de 1.450 milhõesde libras e, em março de 1024,aiingia, apenas, o valor globalde 750 milhões.

Daí concluirmos, que a vito-ria do equilíbrio orçamenta-rio está nestas três cousas:o aumento de fiscalidade, aredução da divida exter a e aredução consentanea das des-pesas publicas, até então des-curadas.

Consequentemente, o regimelegal no Brasil não é extern-poraneo, pois que, sem leisbásicas, srm uma orientaçãoconsolidada, os problemas demaior interesse para a raçaserão atacados, mas fraeamen-te, isto é. sem possibilidadesde encontrar solução saVsfa-toria e fecunda.

conclue adeante

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(Especial para NOVIDADE)

Deante dasondasbarulhosase dos coqueiros farfalhantesinvento um silencio que fale a mim mesmo.As ondas vão e vêem em ritmos perdidose os coqueiros nostálgicos acenam aos navios.

Traço pensamentos graves na areiapara ter consciência de que sou efêmero.Ali, uma senhorita, com o verde dos seus olhos,Junto ao cavalete,^ pinta uma marinha.

O crepúsculo afunda-se no maros afogados vão ficar mais tristes.Esqueço-me a soltar os sonhos como barcose a sacudir o coração para pescar poemas

CARLOS PAURILIO

? ? ?F L I RT

(Especial para NOVIDADE

Em vão pude amorfanhar as tuas mãos perfumadas,Nem cingir o teu corpo morenoNem beijar os teus lábios coloridase doces como um bonbon.

Inutilmente as minhas mãos tomarãoa fôrma voluptuosa dum "soutien'1

na distancia pequenina e incomensuravel

Mas os teus olhos ternos e liquidosse derramaram dentro de meus olhos

que se fecharam para a vida avaramente,

MAURO MOTTA

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Ganhe sem esforço 1:000$000 / p^blemas de hoje

NOVIDADE inicia, com o «Grande Concurso da Manteiga»,a série dos seus certames populares

Bases

O concurso constara da apre-sentação de latas das três co-nhecidas marcas de manteigamineira «Garça», «Invencível»e «Diamantina».

A contagem far-se-á porlata de 250 gramas, contando-se por duas a lata de 50O gra-mas, por quatro a de um quilo,etc.

Inscrição

Poderá concorrer ao corrcur-so -qualquer pessoa, residenteou nào neste Estado, que nosremetei, devdamente preen-errei©., o cupon abaixo.

Prêmios

Ao coneurrente, inscrito nascondições aqui estabelecidas,que apresentar o maior nume-ro de latas das manteigas«Garça», «Invencível» e «Dia-mantina»,1 será conferido ogrande prêmio de um conto deréis(l:000S000).

Como prêmios de consola-ÇJ,o a todos os outros concur

rentes, serão trocados por Iatas cheias as latas vasias, riarazão de 2 % sobre a qüãntí-da ie apresentada.

Prazo

0 presente concurso encer-rarse-á no dia 15 de novem-bro de 1931, quando se proce-dera a apuração por uma.comis-são previamente nomeada,sendo efetuada, logo depois,a entregados prêmios.As inscrições serão recebi-das até o dia 14 de novembrode 1931:

Apuração

_A comissão aptiradora do«Grande Concurso da Mantei-ga> constituir-se-á de comer-ciantes e jornalistas especial-mente convidados por estaredação.

No caso de dois ou maiscandidatos concorrerem comigual nunvTo de latas, o gran-de prêmio será decidido norsorteio. l

Quaisquer outras informaçõespoderão ser dadas pôr cones'-pondencia.

*

Grande Concurso da Manteiga•¦*>» •'•*»-•'•&. ^

Nomo por extenso

residente em

inscreve-se no concurso de NOVTDADE

conclusão

Na Espanha, verbi grafia,não acontece o mesmo.

E' que, no Brasil, não houverevolução ; apenas mudançade rótulos politicos.

Contudo, isto não durarámuito, uma vez que a grande-za de um povo é obra delemesmo.

Muitojmais precário era osituacionismo em que se de-batia, com denodo, a mentali-dade germânica em 1918, loentanto, proclamada a Kepu-blica Alemã, em 9 de novem-bro de 1919, a primeira pre-ocupação dos seus fundadoresfoi, precisamente, a reunião deuma Assembléa NacionalistaConstituinte. E esta em meioas dificuldades, oriundas dascomoções internas e da liqui-dação da guerra européa,aprovou, em ;ij de julho de19i9, constituição vigente :o Código pe Weimar, a maiorobra, sem duvida, de todo oorbe, no século XX.

Assim d que. em poucosmezes de labor fecundo, osgovenuntes da Republica /vie-mã elaborararam princípios eleis que se reportam ao de quepode precisar uma nação mo-dern a, essencialmente minolista, para sua evolução paci-fica. Entretanto, só o Brasilpermanece, sem razão, nestaapatia inescessaria. senão no-eiva.

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Pelo Brasil!Dar preferencia aos pro-

cintos nacionais étrabalhar pela incíepen-

dencia econômicado país.

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£' assim — hoje, mais doque nunca,-que «o Brasil

espera que cada umcumpra com o seu

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COSMOlPOLÍTISMO

.íTa transatlânticos enormes nocais.

E na porta dos cafés estas pa-, lavras .'

MAN 81M.IOIIT DKUTKCH

IX NPKAKH KNOIalSIIOV 1'AHI.l. FHiXÇAIH

INDUStRÍA BRASILEIRA

JiAs gtandes confeitarias da cidadeRecebem diariamente do interior,Pela Estação de Cinco PontasMaçãs da Nova Zelândia,Pêrai da CalifórniaE mÚòes de 1 ortugal.

Recife,Ramil

DIA 22 :

dd Alzira M. Cavalcante,Maneta Normandia, Maria Au-gusta Gomes, Maria FonsecaBida, Maria Leão, Maria Am-brozio, Maria Medeiros Mi-chell,Carolina Fraga, Francisca Pe-réira: stas. Adelaide Jatobá,Lindin Mendonça; sr. Eduar-do do Braga.

Dí/V 23 :

dd. Irene Braga Garrido,Adalgisa Amorim, MariinhaAmorim, Tercila Araujo, Ro-salia Machado; sias. TercilaMesquita, Lina R. da Silva,Julia Lima Costa ; srs. lagoCoelho, Odilon Auto, ErnestoVasconcelos, Manoel Padilha.

Registo de Aniversários dia 24:HOJ E:

d. Amalia Carneiro de Melo;stas. Dec.ola Morais, Amaliabllva; srs. EdilbertoTrigueiros,Arnon de Melo, Joaquim Fer-nandes Vieira.

AMANHA:

dd. Maria Julia de Araujo,^ulmira Bastos ; stas. AlziraLonde, Noemia Fialho Mari-nno, Amélia Alves de Almeida,ftbiria Luiza de Mendonça ;srs. dr.Ernandi Basto, Jorge%ros, Carlos J. Duarte,'A ris-teu Morentinode ouza, Clau-dio Ramos.

LU 21 :

(Id. Antonia Góes dos. San-m Maria Felicia Duarte, Ju-Vna Mendopça, Fsler Figuei-|C(lo, Ana Ppido, Maria Luiza^eite, Georgjna Maia; stas.«rança IV (t|'jveira, Gisela L.(,e Oliveira; iftair Rego, Efigí-"»a pouza; sr>. Diégues Júnior,J°se Aí. de ! Vasconcelos, Ar-m de Barros, Manoel deflplo, Antepor Pereira de Mo-lms. -*bol Pqsso".

dd. Stela Fernandes de Sou-za, Graziela Jucá, Emilia Leão,Juli i Moura, Cecília Câmara,Maria C. da Silveira, Mercêsde Miram/a; stas. Áurea dosSantos, Maria das Mercês Va"lente ; srs. Francisco Vascon-celos, Mario Sandes, HermesCaldas, Alfredo Calheiros, Re-nato Costa, Augusto Geialdo.

DI/v 25:

dd. Maria Juvina Duarte, Ma-rieta Lopes ; stas. Medéa Ca-valcante, Çoraljna Braga;srs.Pe. Julio de Albuquerque, Va'-demar Silva, Agnelo SantaRosa, Odilon Maciel, Heredia-no Caldas Lins. ¦

Chegada

Pelo interestadual dc hojechegará de Recife, onde seachava temporariamente resi-dindo, em goso de ferias, "%

ívtsso companheiro Raul Lima,que acaba de prestar examesde primeiranista na Faculdadede Direito, daquela capital.

Modas

Vem chegando a primavera. E avitoria das toilettes leves, encanta-doramentefinas. Comecemos a olhara elegância da season que se apro-xima-

Virão para a tarde, nas horasde gala, os vestidos de mousselinatintada, eom saias longas e voe-jantes Deve formar o conjunto aeapeline negra, que é bom tom emchapeos de verão.

O organdi, o linon bordado e flo*reado de ajoiirs, servem para com-;por «vestidos de estilo» um poucoromânticos, longos até aos torne-zelos, e cuja transparência é muitasvezes posta sobre um fundo de se*tim ou tafetá negro.

Os macios crépes da China flo-reados de corolas, de ramos, de fo-lhagens, servem para os conjuntosfáceis de serem usados e de umasimplicidade cheia de dist nção. Ovestido inteiro, de blusa levementefrouxa sobre uma linha de ciniu-ra fina mostra as cadeiras adel-gaçadas por efeüu de recortes, eabre-se em godets ou pregas soltasabaixo dessa linha das cadeiras.

Se o vestido tem mangas compridas ou tn s quartos, o pequeno cosa-so que o acompanha, é sem man-gas. Tambem não tem gola e seucomprimento não ultrapassa a ter-minação das cadeiras. Se o vestidoé sem mangas, o casaco as possue. ;

>

Mary

Festa

C. R. B. —• Será hoje asoarêque o Clube de Regatas Bra-sil vem annunciando, com o-agouro de um magnífico encoirtro mundano de nossa altaiodai

Encantadoras eomo sãosempre as reuniões elegantesdo Regatas, é de esperar-seseja a de hoje uma festa deli-ciosa.

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Mulher com mulher

0 caso sensacional que re-volucionou a tiparia de escan-dalo nos jornais, esta semana,foi a descoberta da policia mi-neira de um casal de moças deRibeiro Preto que viviam comomarido e mulher.

Um lado do fato impressionavivamente: é a particularidadedelas viverem até então emgrande harmonia, donde resul-ta a conclusão lógica de queum lar de mulheres apenas sermenos agitado do que um larcomum.

Idalina Aversani e DorivalRocha Reples (isto é : MariaManoela Perez) provaram, coma sua anomalia sexual, umverdadeiro paradoxo • que podeexistir o amor de uma mulherpara outra, quando é versãoentre os inimigos-amadores dosexo* feminino que o grandeinimigo de uma mulher é outramulher.

O curioso de tudo isto é queos jorn is deixam d** se pieo-cuparcom assuntos mais ur-gentes e mais serias para seesparramarem sobre a aven-tura dessa duas safistas mi-neiras, satisfazendo o apetitemórbido de certos leitores quese rebolam suinamente nos me-nores detalhes dessa anômalavida conjugai.

?As conferências do

Padre Torrend

Essa impressionante figurade sábio que éo padre jesuítaCaiuiiio Torrend realizou emMaceió, a convite do nossoconfrade conego Antônio Va-lente,uma serie de conferênciassobre vários assuntas de inte-resse social, instrutivo e reli-gioso.

Com aquele gosto eruditoJlue lhe marca as palavras, di-tadas pela sua enorme e com-Pacta vida de estudo, o Pe. Tor-rend deixou em nosso meiouma grande roda de simpatia5 admiração pela compl xidadé^c sua cultura.

.Pena é que certos cidadãos,yiciadosno anatolianismo daIronia, ainda queiram ver nes-sas co' ferencias um mal, por-Que elas teem no fundo o seu•Parti-pris» católico.

OVIDADESemanário IlustradoNumero 23 19«9«931

Direção deAlberto Passoa Guimarães

eValdemar Cavalcanti

AssinaturasSemestre 10*000Ano i8$oooNumero avulso.... $400

Toda correspondência parara Rua Barãode Atalaia, 33. Maceiô-Afagòas.

As colaborações devem sejabsolutamente inéditas.

Colaboração especial de Jorgede Lima, Graciliano Ramos, Gue-des de Miranda, Orlando AraújoArtur Acioli, Carlos de Gus-mão, Lima Júnior, José Lins doRego, Sebastião P. Dias, De Ca-valcanti Freitas, Álvaro Doria,Tèo Brandão, Aurino Maciel,Luiz Lavenére, Jaime d'Altavila,Moacir Pereira, Abelardo Duarte,Barreto Falcão, Esdras Gueiros,José Auto, Willy Lewin, AloisioBranco, Mendonça Júnior, CarlosPaurilio, Mendonça Braga, RaulLima, *urclio Buarque, JoséMorais Rocha, Paulino Jorge,Arnobio Graça, Abelar França,Rocha Filho, Diégues Júnior, Car-los J. Duarte, Álvaro I ins, LauroJorge, «/urandir Gomes e outros

à RepórterCajueiro

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-15 —.De um destes cidadãos ouvi-vimos esta sutileza:7-E' inacreditável que noseio dos médicos vá o Pe. Tor-rend fazer uma conferência so-ore eugenia. Como se os medi-cos daqui não soubessem o

que é eugenia...Oh ! sublime vaidade dos sa-

bios...

?«Cuidado com o Zé

Américo!»

Uma revista do Rio publicainteressante nota sobre o ulti-ms ditado carioca : «Cuidadocom o Zé Américo !*

E' este o grito de alarmedo carioca debochado, cheiodo humor que lhe é caracte-ristico. E' a reclamação a qual-queráto financeiramente imo-ral, denunciante de deshr-nes-tidade e safadeza

Se o vendeíro cobra por umamercadoria um preço exage.rado ; se o garçon lhe levama s dinheiro do oue era de-vido; se o devedor recua ácobrança amável de um amigo;se o taifeiro do trem lhe res-ponde mal—a tudo, o cariocaameaça burlescamente:

—Cuidado com o Zé Ame-rico !

Essa consagração do estadis-ta paraibano comn homem deprocessos puramente revolu-cionaros, bem a merece ele.Ele tem se mostrado o homem.de que o Brasil estava hamuit > temno carecendo : como ide?dismo capaz de sonhar epensar numa revolução, e como senso pratico de entrar emluta pela sua realização e guar-dar depois o ardor de suasce.,vicções sem temor aos es-pectadores que sempre achamdefeitos nas cenas de mestre...

?Com que roupa ?

Os moralistas d outrancp-,gente para quem a moral estáem certas partes do corpo,devem estar pulando de con-tentes com a ultima medidado sr. Interventor: a moralba^ção a todo pano nas praiasde banho.

Fm verdade é hoje um pro-blema brasileiro, dos maiscomplicados, o banho de mar...

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