t essituras 2012
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GLÁUCIA DE SOUZA
POESIAPoemas orais: cantigas, parlendas,
adivinhas etc;Poemas autorais;Narrativas em versos.
NARRATIVAS:
Mitos: relatos universais cuja finalidade é explicar fatos relativos à origem e à evolução o universo;
Lendas: como os mitos, têm por finalidade explicar o desconhecido, mas em âmbito local;
Fábulas: narrativas curtas, com tom moralista, em que ocorre a analogia entre as personagens (muitas delas animais) e o comportamento humano;
Contos maravilhosos: apresentam situações humanas em que o fantástico é fundamental;
Adaptações de clássicos;Narrativas autorais.
VÍNCULOS ENTRE A LITERATURA E A ORALIDADE
• •Na lírica grega e latina, havia o endereçamento da poesia para alguém.• Os poemas eram feitos para serem performatizados.• Havia um forte vínculo entre poema, música e performance.•Na poesia grega, não havia virtuosidade vocal, nem de instrumentos para aproximar a plateia dos poemas cantados.• A primeira função da poesia coral grega foi religiosa (tematizando deuses e heróis).• Na poesia épica, a sonoridade também foi fundamental.
Entre os romanos, o vínculo entre o cantor e sua plateia também tinha de existir. Horácio, em sua Epistula ad Pisones, afirma a relação íntima poeta-sentimento-poema-ouvinte:
“Não basta serem belos os poemas, têm de ser emocionantes, de conduzir o sentimento do ouvinte aonde quiserem” (Horácio, 1997, p. 28).
Albert Lord e Millman Parry (Finnegan 1977), estudaram, a partir de pesquisa entre cantores orais épicos iugoslavos, que os poemas homéricos foram feitos a partir de uma estrutura formulaica.
Assim o ouvinte poderia se identificar com o poema e se tornar parte dele.
Os poemas orais também tinham uma função social (cantos laborais, enigmas etc).
Enquanto no Norte da França as canções de gesta falavam sobre o espírito guerreiro da aristocracia, no Sul, a lírica occitânica apresentava composições sentimentais.
Bernart de Ventadorn: Quan vei la lauzeta mover
Beatriz de Dia: A chantar m'er de so q’ieu no voldria
Cantigas de amorDom Dinis "O que vos nunca cuidei a dizer”http://www.youtube.com/watch?v=CkzqAH8y0uY Cantigas de amigoMartin Codax "Mia irmana fremosa“http://www.youtube.com/watch?v=3zaYD-k0P4I Cantigas de escárnio
Cantigas de maldizer
Nas sociedades em que não havia a escrita, eram a memória do povo.
Passadas de geração em geração, essas narrativas eram muitas vezes veiculadas em versos (epopeias).
Por serem orais, ganharam diferentes versões ao ganharem o registro escrito.
Retomando o que hoje costumamos
chamar de literatura infantil
Contos da Mamãe Gansa (Contes de ma Mère l´Oye)– 1697;
Reinado de Luís XIV; Contos coletados junto a fontes populares; Há nos contos uma moral, um fundo didático.Exemplo: Cinderela
Contos de fadas para crianças e adultos (Kinder und Hausmaerchen), 1812-1822;
Estudos de Gramática Comparativa e Filologia;
Principais informantes: Katherina Wieckmann (camponesa) e Jeannette Hassenpflug.
Exemplo: Rosinha dos espinhos
Poeta e novelista dinamarquês; Fusão entre o pensamento mágico das
origens arcaicas e o pensamento racional dos novos tempos;
Textos autorais/ fontes da cultura popular;Exemplo: A pequena vendedora de fósforos.
COELHO, Nelly Novaes. O conto de fadas: símbolos, mitos e arquétipos. São Paulo: DCL, 2005.
FINNEGAN, Ruth H. Oral poetry. Cambridge: Cambridge University, 1977.
HORÁCIO. Epistula ad pisones. In: ARISTÓTELES; HORÁCIO; LONGINO. A poética clássica. São Paulo: Cultrix, 1997. p. 55-68.
SPINA, Segismundo. A lírica trovadoresca. São Paulo: Edusp, 1996.
Páginas interessantes: Dobras da Leitura: http://www.dobrasdaleitura.com/index.html Imaginária: http://www.imaginaria.com.ar/ Tigre Albino (revista de poesia): http://www.tigrealbino.com.br/ Jangada Brasil: http://www.jangadabrasil.com.br/index.asp Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil:
http://www.fnlij.org.br/ O Balainho: http://www.dobrasdaleitura.com/balainho/index.html Literatura Infantil (site português):
http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/infantil/autores.htm IIBY: http://www.ibby.org Projeto Memória de Leitura: http://www.unicamp.br/iel/memoria/