sustentabilidade como tema de práticas pedagógicas na escola estadual de educação profissional...

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR - UECE

    FACULDADE DE EDUCAO, CINCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI

    CURSO DE CINCIAS BIOLGICAS

    ALZEIR MACHADO RODRIGUES

    SUSTENTABILIDADE COMO TEMA DE PRTICAS PEDAGGICAS

    NA ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAO PROFISSIONAL ALFREDO

    NUNES DE MELO EM ACOPIARA - CEAR

    IGUATU/CE 2014

  • II

    ALZEIR MACHADO RODRIGUES

    SUSTENTABILIDADE COMO TEMA DE PRTICAS PEDAGGICAS

    NA ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAO PROFISSIONAL ALFREDO

    NUNES DE MELO EM ACOPIARA - CEAR

    Monografia submetida Coordenao do Curso de Cincias Biolgicas da Faculdade de Educao, Cincias e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual do Cear, como requisito parcial para aprovao na disciplina de Monografia.

    Orientao: Professor Me. Jones Baroni Ferreira de Menezes

    IGUATU/CE 2014

  • R696s Rodrigues, Alzeir Machado.

    Sustentabilidade como Tema de Prticas Pedaggicas na Escola

    Estadual de Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo em

    Acopiara - Cear. / Alzeir Machado Rodrigues. [Orientado por]

    Jones Baroni Ferreira de Menezes. Iguatu: 2014.

    46 p.

    Monografia (Graduao) Universidade Estadual do Cear, Coordenao do Curso de Licenciatura Plena em Cincias

    Biolgicas, Iguatu, 2014.

    1. Sustentabilidade 2. Prticas Pedaggicas 3. Educao Ambiental

    I. Menezes, Jones Baroni Ferreira de (Orient.) II. Universidade

    Estadual do Cear UECE Graduao (Licenciatura) em Cincias Biolgicas

    III. Ttulo

    CDD: 577

  • III

  • IV

    minha me Maria Jos...

  • V

    AGRADECIMENTOS

    Nesta etapa so muitas pessoas a agradecer, pois durante os cinco anos

    de graduao, vrias pessoas passam pela nossa vida e deixam suas marcas.

    Inicialmente, gostaria de agradecer a Deus, por ter me dado foras e coragem para

    prosseguir em meio a tantas dificuldades encontradas ao longo do curso.

    Agradeo muitssimo a pessoa que me proporcionou a vida, minha

    adorada me, Maria Jos, que sempre me incentivou a estudar e buscar novos

    horizontes, e que mesmo sabendo que ingressando em uma graduao precisaria

    me afastar um pouco dela, no mediu esforos para me ajudar durante todo esse

    tempo. Agradeo ao meu pai Agrimar pelo apoio que sempre teve em me

    proporcionar uma educao diferente daquela que teve. Agradeo a minha esposa

    Virlene por toda a pacincia e carinho que tem tido durante esses trs anos que

    estamos juntos, compartilhando os momentos bons e tambm os angustiantes,

    sempre muito compreensiva nos momentos em que precisava de tempo para

    estudar e realizar essa pesquisa da monografia.

    Agradeo tambm a meu irmo Aldimar e a sua esposa Jocelia, vocs

    certamente foram pessoas muito importantes durante esse tempo de graduao,

    desde o incio me apoiaram e compreenderam a minha falta de tempo para as

    atividades do lar.

    Agradeo a todos os professores do Curso de Cincias Biolgicas da

    Faculdade de Educao, Cincias e Letras de Iguatu, cada um teve sua contribuio

    em minha formao acadmica e creio que se hoje estou concluindo o curso, tenho

    muito a agradecer a cada um.

    Agradeo de uma forma especial o meu orientador Jones Baroni por

    todas as contribuies durante este perodo de desenvolvimento, tanto do projeto

    como da pesquisa em si, seus ensinamento foram de grande importncia para que

    chegasse at aqui.

    Aos profissionais que compem a Escola Estadual de Educao

    Profissional Alfredo Nunes de Melo, agradeo a todos pela contribuio que tiveram

    no desenvolvimento de minha pesquisa, assim como em minha formao

    profissional, vocs so muito especiais pra mim. Agradeo em especial diretora

  • VI

    dessa instituio, professora Veruska Monteiro por ter me permitido desenvolver a

    pesquisa nessa escola.

    Agradeo ainda a professora Alana Ceclia que foi minha orientadora na

    monitoria da disciplina de Bioqumica. Obrigado pela confiana que a mim foi dada,

    a experincia de trabalhar contigo foi maravilhosa, tive a oportunidade de adquirir

    muitos aprendizados em Cincias.

    Por ltimo agradeo a todos os meus amigos, que de uma forma ou de

    outra colaboraram para o meu sucesso neste curso. Em especial agradeo ao Luis

    Flix pela sua grande ajuda no Ingls, que foi de fundamental importncia para mim

    e agradeo tambm a Viviane Missias que muito tem me ajudado nas etapas de

    projeto e monografia.

  • VII

    RESUMO

    A sustentabilidade cada vez mais vem sendo foco de diferentes reas de conhecimento. Pensar em desenvolvimento sustentvel est muito alm da idia de economia de recursos naturais, pensar holisticamente, destacando seu carter econmico, social e ambiental. Em meio necessidade de trabalhar assuntos relacionados sustentabilidade no contexto escolar, e tendo como pressuposto o fato da influncia que as prticas pedaggicas podem ter no processo de assimilao e absoro dos conhecimentos pelos alunos, v-se a necessidade de uma investigao relacionada s prticas pedaggicas utilizadas no Ensino Mdio sobre o desenvolvimento sustentvel. Esse estudo trata de uma pesquisa descritiva e exploratria, de abordagem qualitativa e quantitativa. A populao e amostra foram compostas por todos os alunos de 3 ano da Escola Estadual de Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo, totalizando 84 alunos. A coleta de dados foi a partir da aplicao de um questionrio contendo 13 questes objetivas, aplicado durante os meses de agosto e setembro de 2013. Os dados foram analisados descritivamente. Diante do observado, a escola trabalha e tem uma ateno com

    relao temtica sustentabilidade (52,38%) em sala de aula, levando os alunos conceituarem corretamente o termo sustentabilidade (73%). Para o ensino da sustentabilidade, metodologia prioritria utilizada a aula expositiva dialogada (57%), porm, apesar da escola se preocupar em trabalhar o tema, a interao professor-aluno precisa ser reforada. notria tambm, a necessidade de adeso em mais projetos de Educao Ambiental/Sustentabilidade, onde de acordo com a maioria dos alunos (54%) so pouco desenvolvidos nessa instituio. Em meio aos resultados da pesquisa observa-se que os alunos compreendem os conhecimentos relacionados ao desenvolvimento sustentvel, embora no se envolvam de forma intensa em projetos e eventos promovidos pela escola, que tratem da sustentabilidade.

    Palavras-chave: Sustentabilidade Prticas Pedaggicas Educao Ambiental.

  • VIII

    ABSTRACT

    Sustainability is increasingly bringing focus to different areas of knowledge. Thinking about sustainable development is far beyond the idea of saving natural resources, is to think holistically, emphasizing its economic, social and environmental. Amid the need to work issues related to sustainability in the school context, and with the assumption that the influence that teaching practices can have on the process of assimilation and absorption of knowledge by students, sees the need for an investigation related to practices teaching used in high school on sustainable development. This study is a descriptive and exploratory, qualitative approach. The population and sample will consist of all students in the 3rd year of the State School of Professional Education Alfredo Nunes de Melo, totaling 93 students. Data collection were based on the application of a questionnaire containing 13 objective questions, applied during the months of August and September 2013. Data were analyzed descriptively. Before the observed data, the school works and has an attention with regard to the sustainability theme (52.38%) in the classroom, leading students to properly conceptualize the term sustainability (73%). For teaching sustainability, priority methodology is the dialogic lecture (57%), however, unlike the observed interaction between teacher-student shows itself somewhat lacking. It is also evident the need for membership in more projects Environmental Education / Sustainability, which according to most students (54%) are poorly developed at this institution. Among the search results it is observed that students understand the knowledge related to sustainable development, although not engaging intensively in projects and events sponsored by the school that treat sustainability. Keywords: Sustainability - Pedagogical Practices- Environmental Education.

  • IX

    SUMRIO

    1. INTRODUO 11

    2. OBJETIVOS 13

    2.1 OBJETIVO GERAL 13

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS 13

    3. REFERENCIAL TERICO 14

    3.1 PARMETROS CURRICULARES NACIONAIS 14

    3.1.1 TEMAS ESTRUTURADORES 15

    3.1.2 TEMAS TRANSVERSAIS 17

    3.2 EDUCAO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE 19

    3.2.1 HISTRICO DA EDUCAO AMBIENTAL 19

    3.2.2 HISTRICO DA SUSTENTABILIDADE 19

    3.2.3 SUSTENTABILIDADE NA PRTICA EDUCACIONAL 20

    4. METODOLOGIA 22

    3.1 TIPO DE PESQUISA 22

    3.2 POPULAO E AMOSTRA 22

    3.3 LOCAL DE ESTUDO 22

    3.4 COLETA DE DADOS 23

    3.5 ANLISE DOS DADOS 23

    3.6 ASPCTOS LEGAIS DA PESQUISA 23

    5. RESULTADOS E DISCUSSES 25

    5.1 AMBIENTE ESCOLAR E SUA INFLUNCIA SOBRE A PRTICA DE

    SUSTENTABILIDADE

    25

    5.2 ENSINO-APRENDIZAGEM DO TEMA SUSTENTABILIDADE 28

    6. CONCLUSO 35

    REFERNCIAS 36

  • X

    APNDICE 41

  • 11

    1 INTRODUO

    O uso do termo sustentabilidade no meio educacional, cada vez mais

    perceptvel. O sentido de sustentabilidade mais disseminado o definido pela

    Comisso Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (WCED, 1987, apud

    CLARO 2008), que afirma que o desenvolvimento sustentvel deve atender s

    necessidades da gerao atual sem comprometer as necessidades das futuras

    geraes. Essa definio demonstra um dos princpios essenciais da

    sustentabilidade: a viso de longo prazo, pois os interesses das futuras geraes

    devem ser estudados, para que medidas cabveis sejam tomadas.

    A sustentabilidade cada vez mais vem sendo foco de diferentes reas de

    conhecimento. Pensar em desenvolvimento sustentvel est muito alm da ideia de

    economia de recursos naturais, pensar em algo mais amplo, que tenha um carter

    econmico, social e ambiental.

    Por muito tempo acreditava-se que a sustentabilidade no tinha cunho

    econmico, e se restringia a fins ambientais, porm nota-se que atualmente existe

    um grande interesse do setor econmico por trabalhar com desenvolvimento

    sustentvel. No estamos mais tratando apenas de um trabalho que visa o bem

    estar da natureza de forma geral e sim o bem estar da sociedade humana.

    O capitalismo est por toda parte, vivemos em uma sociedade que visa

    acima de tudo os rendimentos financeiros, porm ele encontra-se cada vez mais

    como um agravante para o meio ambiente, pois com o avano nos meios

    tecnolgicos e industriais, a explorao dos recursos est crescendo de forma

    preocupante (FERNANDES, 2010).

    O ambiente escolar, como um lugar de formao educacional e social,

    precisa trabalhar temas que sejam relevantes para a sociedade da poca, pois como

    cidados e futuros profissionais do mercado de trabalho, os alunos precisam

    conhecer a realidade social e os fins capitalistas que a sociedade adota. Costanza

    (1994) supe que para a populao moderna chegar ao nvel sustentvel,

    fundamental incorporar os servios ambientais prestados pela natureza na

    contabilidade econmica, atribuindo-lhes um valor assimilvel aos servios

    econmicos.

  • 12

    As indagaes de como as escolas esto trabalhando a questo do

    desenvolvimento sustentvel, deixa pontos a serem esclarecidos: ser que

    realmente os alunos esto absorvendo conhecimentos to importantes para a sua

    vida e atuao na sociedade?

    Acredita-se que a sustentabilidade deve ser trabalhada em sala de aula

    de forma que fique evidente que o seu foco principal consumir os recursos de uma

    forma equilibrada, que no comprometa as necessidades das futuras geraes.

    Tendo em vista a necessidade de trabalhar assuntos relacionados

    temtica sustentabilidade no contexto escolar, e tendo como pressuposto o fato da

    influncia que as prticas pedaggicas podem ter sobre o processo de assimilao e

    absoro dos conhecimentos pelos alunos, v-se a necessidade de uma

    investigao acerca das prticas pedaggicas utilizadas no Ensino Mdio sobre o

    desenvolvimento sustentvel.

  • 13

    2 OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    Conhecer as prticas de ensino do tema sustentabilidade na Escola

    Estadual de Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo.

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    Identificar a existncia de atividades pedaggicas na escola envolvendo o

    tema sustentabilidade.

    Enumerar as metodologias aplicadas no Ensino Mdio, para explorao do

    tema sustentabilidade.

    Caracterizar a problemtica de se trabalhar a Educao Ambiental como

    prtica pedaggica.

  • 14

    3 REFERENCIAL TERICO

    3.1 PARAMTROS CURRCULARES NACIONAIS

    Numa tentativa do Ministrio da Educao de proporcionar uma educao

    igualitria e de qualidade para todos os nveis de ensino, foi proposto o Projeto de

    Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, e que aps um longo processo

    resultou na primeira Lei de Diretrizes e Bases n 4.024/61 que entrou em vigor em

    20 de dezembro de 1961. Essa lei sofreu algumas modificaes por emendas e

    artigos e foi reformulada pelas leis 5.540/68, 5.692/71 que posteriormente foi

    substituda pela LDB 9.394/96 (CERQUEIRA, et al., 2008).

    Diante do contexto de elaborao e publicao da LDB 9.394/96 foi

    possvel implementaes pontuais e reformas na educao, que so identificadas

    em algumas medidas como a criao dos Parmetros Curriculares Nacionais.

    A conjectura das Diretrizes Curriculares para o Ensino Mdio (DCNEM)

    no foi completamente suficiente para que uma nova organizao seja definida

    neste nvel de ensino. Ocorreu um distanciamento considervel entre o Ensino

    Mdio pensado pelas DCNEM e o ensino real executado de forma efetiva nas

    escolas. O que vemos que poucas pessoas aderiram ao que foi proposto, e

    chegam em algumas situaes classific-las como inatingveis e impraticveis

    (BRASIL, 2006).

    Dentre os nveis educacionais, o Ensino Mdio um dos pontos cruciais

    da educao brasileira, sendo uma questo que ainda permanece em aberto, posto

    que tal segmento de ensino tm buscado uma identidade capaz de superar o

    dualismo que lhe tem sido caracterstico, quanto ao carter que deve assumir-se

    propedutico, garantindo o acesso ao ensino superior ou profissionalizante.

    No Brasil, no final do ano de 1994, o Ministrio da Educao convocou

    cerca de 60 estudiosos da educao brasileira e mais representantes da Argentina,

    Colmbia, Chile e Espanha, para discutir a ideia de instituir um currculo nacional no

    Brasil. A primeira verso ficou pronta no final do ano de 1995 e incio do ano de

    1996. Porm somente em 1999 ele foi implementado como forma de constituir em

    referncia as discusses e prticas do ensino, definir objetos e contedos,

  • 15

    orientando didticas e propondo critrios de avaliao, o que ficou conhecido como

    os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 2000).

    Os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN) do Ensino Mdio exercem a

    dupla ao de disseminar os princpios da reforma curricular e acompanhar o

    professor, na busca constante de novas abordagens de metodologias diversificadas.

    Ao distribu-los, tem-se a confiana de contar com a competncia dos mestres e com

    o seu empenho no aprimoramento da prtica educativa. Portanto, entende-se sua

    construo como um mtodo contnuo: no s deseja-se que influenciem de forma

    positiva a prtica do educador, como espera-se poder, com base na prtica e no

    processo de aprendizagem dos alunos, rev-los e aperfeio-los (BRASIL, 2000).

    Os PCN esto organizados em trs reas: Linguagens, Cdigos e suas

    Tecnologias, Cincias da Natureza, Matemtica e suas Tecnologias e Cincias

    Humanas e suas Tecnologias, cada uma possuindo temas estruturadores e

    transversais que auxiliam na formao e na aplicao do currculo.

    3.1.1 TEMAS ESTRUTURADORES

    Os PCN afirmam que ao trabalhar com a aprendizagem atravs de

    contedos e estratgias, deve-se propiciar o ensino por meio de competncias.

    Nesse pressuposto o ensino de Biologia deve convir como articulador para ampliar a

    compreenso sobre a realidade, mtodo no qual os fenmenos biolgicos so

    entendidos e assimilados, mecanismo para orientar tomadas de decises e

    possveis intervenes (BRASIL, 2006).

    Os temas estruturadores tm o papel de contribuir com o professor no

    momento de organizar suas aes pedaggicas, podendo ser classificados como

    formas de atingir os objetivos do projeto pedaggico da escola e no apenas como

    objetivos em si.

    Admitindo-se que os temas biolgicos mais importantes so os referentes

    compreenso da vida na Terra, interveno humana e s consequncias dos

    avanos tecnolgicos, os PCN formulam, a ttulo de referncia, seis temas

    denominados estruturadores: interao entre os seres vivos; qualidade de vida das

  • 16

    populaes humanas; identidade dos seres vivos; diversidade da vida; transmisso

    da vida, tica e manipulao gnica; origem e evoluo da vida (BRASIL, 2006).

    TABELA 01 - Os temas estruturadores e seus contedos

    Tema estruturador Contedos estudados

    Interao entre os

    seres vivos

    A interdependncia da vida;

    Os movimentos dos materiais e da energia na

    natureza;

    A desorganizao dos fluxos da matria e da

    energia: a interveno humana e os desequilbrios

    Os problemas ambientais brasileiros e

    desenvolvimento sustentvel.

    Qualidade de vida das

    populaes humanas

    Sade;

    A distribuio desigual da sade pelas populaes;

    As agresses sade das populaes;

    Sade ambiental.

    Identidade dos seres

    vivos

    A organizao celular;

    As funes vitais bsicas;

    DNA: a receita da vida e seu cdigo;

    Tecnologias de manipulao de DNA;

    Diversidade da vida A origem da diversidade;

    Os seres vivos diversificam os processos vitais;

    Organizando a diversidade dos seres vivos;

    A diversidade ameaada.

    Transmisso da vida,

    tica e manipulao

    gnica

    Os fundamentos da hereditariedade;

    Gentica humana e sade;

    Aplicaes da engenharia gentica;

    Os benefcios e os perigos da manipulao

    gentica: um debate tico.

    Origem e evoluo da

    vida

    Hiptese sobre a origem da vida e a vida primitiva;

    Ideias evolucionistas e evoluo biolgica;

  • 17

    A origem do ser humano e a evoluo cultural;

    A evoluo sob interveno humana.

    Fonte: BRASIL, 2006.

    3.1.2 TEMAS TRANSVERSAIS

    Ao ressaltar as diretrizes curriculares especificas no Ensino Mdio, a LDB

    preocupa-se em direcionar para um planejamento e desenvolvimento do currculo,

    de forma orgnica, tentando sempre superar a organizao por disciplinas

    estanques, e revitalizar a integrao e articulao dos conhecimentos, num processo

    estvel de interdisciplinaridade e transdisciplinaridade (BRASIL, 2000).

    Dentro desse processo de interdisciplinaridade e contextualizao, os

    temas transversais provocam a educao para que esta tenha uma contribuio

    significativa no processo de sensibilizao e conscientizao da sociedade. A

    educao, de certa forma, surge como um importante fator na diferena entre um

    futuro sustentvel ou desordenado. Esta ideia aderida por Leff (2001), quando

    demonstra a necessidade da produo de uma maior nitidez sobre as interrelaes

    presentes nos conflitos socioambientais e de um entendimento dos fatores que

    fizeram emergir a crise, atravs da incorporao dessa temtica nos currculos

    escolares em vrios nveis de ensino.

    Existe na educao a crena de que depositando contedos na cabea

    dos alunos, estes acabariam aprendendo a preservar e a conservar os recursos

    naturais disponveis (GUIMARES, 2004). Esta ideia trata de que frequentemente as

    prticas educativas tentam apenas inserir o conhecimento na mente do aluno, sem

    ter foco na sensibilizao, como se o importante fosse a insero do conhecimento e

    no a formao para o convvio social.

    Os princpios que norteiam a atuao do professor em sala de aula, tanto

    quanto a postura que o educador mostra com os alunos, so fatores que estimulam

    os momentos de reflexo e de busca de conhecimentos (NOAL e BARCELOS,

    2007). O professor deve agir em sala de aula de uma forma que atraia os alunos ao

    aprendizado, ficando perceptvel para eles a importncia que ter o conhecimento

    em sua vida.

  • 18

    Os temas transversais so: tica; meio ambiente; orientao sexual;

    pluralidade cultural; sade; trabalho e consumo. Cada um desses temas tem uma

    fundamental importncia na formao de cidados para o convvio em sociedade.

    A tica envolve princpios que norteiam o convvio em sociedade, deste

    modo torna-se necessrio que a escola trabalhe, alm dos temas estruturadores,

    temas que favoream a integrao social do individuo.

    A orientao sexual passou a fazer parte dos currculos escolares por

    meio dos PCN (Parmetros Curriculares Nacionais), devido a uma necessidade de

    uma orientao mais ampla aos adolescentes dentro do ambiente escolar. Esse

    tema atua em conjunto com vrias disciplinas, cabe ao educador ter orientao e

    percepo para ministr-lo de modo compreensvel, apresentando aos jovens a

    seriedade de conhecer os seus limites prprios (CASSIMIRO, 2005).

    A nfase dada ao tema Pluralidade Cultural assinalada pela

    necessidade de se combater atravs da educao, o preconceito em relao ao

    diferente, uma vez que a sociedade brasileira formada por diferentes etnias e

    tambm por imigrantes de diferentes pases.

    O Ensino de Sade tem como principal desafio uma educao que

    garanta de forma efetiva uma variao nas atitudes e hbitos de vida, de forma

    benfica garantindo a qualidade de vida e sade da humanidade. A escola tem uma

    funo importante na valorizao da conduta relativa sade, pois a infncia e

    adolescncia so pocas decisivas na construo de comportamentos positivos.

    O tema Trabalho e Consumo de imensa importncia quanto ao acesso

    social e poltico, devido a existncia de diversos trabalhos sociais em tudo que

    consumimos, que so realizados por vrias modalidades de trabalhos construdos

    historicamente, sujeitos crtica, interveno e mudanas. Os relatos do trabalho e

    do consumo so elementos de um intenso debate, traduzindo a carncia e a

    urgncia de uma procura conjunta de solues por parte do Estado, da sociedade

    civil e de todos os cidados, que instiguem a distribuio de renda, polticas de

    habitao, sade, educao e alimentao.

    Um ponto crucial que deve ser focado o estudo do meio ambiente,

    analisar suas caractersticas, e ter a noo dos prejuzos que a ao exacerbada do

    homem no meio pode trazer. A discusso desse tema na escola pode ser uma

    possibilidade para sanar estragos trazidos populao decorrentes destes

    problemas. A poluio do meio ambiente vista de todos os modos, seja no mbito de

  • 19

    poluio do ar ou do solo ou da gua, no uma preocupao apenas do ponto de

    vista biolgico, fsico ou qumico, pois o ambiente, independente de estar

    poludo ou no, no se restringe apenas a um campo de conhecimento, exigindo, no

    entanto, no exclusivamente as Cincias da Natureza, mas tambm as Cincias

    Humanas, se almejar que o problema efetivamente socioambiental deva ser mais

    satisfatoriamente equacionado, num exemplo da interdisciplinaridade atribuda pela

    temtica real (BRASIL, 2006).

    3.2 EDUCAO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE

    3.2.1 HISTRICO DA EDUCAO AMBIENTAL

    Logo aps a Conferncia Intergovernamental a respeito da Educao

    Ambiental realizada em Tsibilisi (EUA), em 1977, comea-se neste ponto um vasto

    processo em nvel global coordenado para desenvolver condies que possibilitem

    uma nova conscincia sobre a importncia do meio ambiente e para redimensionar a

    formao do conhecimento baseada nas formas da interdisciplinaridade e nos

    valores da complexidade. Este espao educativo tem sido renovado de forma

    transversal, e isso tem permitido a realizao de experincias reais de educao

    ambiental de modo criativo e inovador por vrios segmentos da populao e em

    variados nveis de concepo (JACOBI, 2003).

    Historicamente, convencionou-se dar o nome de educao ambiental s

    prticas educativas associadas questo ambiental. Deste modo, educao

    ambiental sugere uma qualidade importante que define classes de caractersticas

    que unidas, possibilitam o reconhecimento de sua identidade, em frente educao

    que anteriormente no era vista como algo ambiental (BRASIL, 2004).

    3.2.2 HISTRICO DA SUSTENTABILIDADE As ideias de desenvolvimento e direitos humanos so duas ideias que

    marcaram representativamente a segunda metade do sculo XX. Nessas, o preceito

    das Naes Unidas assume o papel de autor e impulsionador dos artifcios de

  • 20

    debate e construo de agendas que direcionem estes assuntos para a populao

    (JACOBI, 2006).

    Analisando sob uma perspectiva diferente, possvel observar que o

    discurso sobre a sustentabilidade originou-se como um substituto ao discurso que

    tratava do desenvolvimento econmico, produzido e propagado pelos pases

    centrais do capitalismo, principalmente pelos Estados Unidos, e destes para o resto

    do mundo diante do contexto da Guerra Fria. Logo aps os anos 70 do sculo

    anterior, o debate desenvolvimentista exps seus limites por meio de uma crise, que

    apesar de ter uma maior visibilidade, era ao mesmo tempo social, tico-cultural e

    ambiental (LIMA, 2003).

    Neste norte, pode-se afirmar que a questo ambiental introduziu um novo

    ingrediente que proporciona uma melhor viso crtica e social nos aspectos de uma

    reviso abrangente acerca do modelo de civilizao do ocidente e da necessidade

    de criar uma incorporao junto ao debate dos diversos pontos que direcionam as

    relaes entre a sociedade e o meio ambiente (LIMA, 2003).

    3.2.3 SUSTENTABILIDADE NA PRTICA EDUCACIONAL

    O pensamento a respeito das prticas sociais, em um assunto marcado

    pela degradao inaltervel do meio ambiente e do seu ecossistema, est

    relacionado com uma fundamental articulao na sistematizao de sentidos para a

    educao ambiental (JACOBI, 2003).

    Emergiu no Brasil e no mundo, termos renovados para o exerccio

    educacional relacionado ao meio ambiente na dcada de 90: alm da educao

    ambiental, fala-se em Educao para a sustentabilidade (NEAL, 1995, apud

    LAYRARGUES, 2006).

    Para Noal e Barcelos (2007) a educao ambiental inicia ao fazermos

    compreensvel a natureza, da qual, acreditamos ter seus segredos. De acordo com

    Pereira (2011) a carncia de demonstrao quanto estrutura terica na qual se

    baseia a noo de sustentabilidade, a falta de identificao com o ambiente e a

    carncia de sentimentos pertinentes, so os principais fatores que emperram a

    prtica do desenvolvimento sustentvel.

  • 21

    Todas as pessoas tm pleno direito de conviver em um ambiente

    devidamente equilibrado, de modo que o uso comum de forma adequada,

    juntamente com o essencial para qualidade de vida, seja disponibilizado com a

    educao ambiental. Desta forma cabe ao poder pblico o dever de defender o meio

    ambiente, assim como os demais integrantes da sociedade tem o compromisso de

    preserv-lo para as futuras geraes (DIAS, 1992).

    Grande nmero dos autores que analisam de forma especifica a proposta

    de uma educao direcionada a sustentabilidade, admitem que ela tenha origem em

    meio a uma tentativa de superar alguns problemas argumentados pela educao

    ambiental e colocados em prtica em vrios pases (LIMA, 2003).

    De acordo com Benfica (sd) o desenvolvimento sustentvel apresenta um

    importante constituinte educativo, que a preservao do meio ambiente, que de

    certa forma depende de uma sensibilizao ecolgica que deve ocorrer em meio

    formao escolar, visto a necessidade de formao de cidados conscientes e

    solidrios com a humanidade e com a natureza.

    Apesar de ser reconhecida a importncia que a educao ambiental tem

    diante do processo de sensibilizao para as questes ambientais e nas tentativas

    de recuperar iniciativas sociais direcionadas preservao socioambiental, acredita-

    se que ela no teve estmulos suficientes para atender as exigncias de alteraes

    criadas em seu desenvolvimento. Todavia, aps algumas criticas e diagnstico da

    educao ambiental em diversas escolas europias ao longo das dcadas passadas

    chegou-se a proposta renovada de educao para a sustentabilidade ou para o

    desenvolvimento sustentvel (LIMA, 2003).

  • 22

    4 METODOLOGIA

    4.1 TIPO DE PESQUISA

    Trata-se de uma investigao do tipo descritiva e exploratria, com uma

    abordagem do tipo qualitativa e quantitativa. De acordo com Barbosa (2001), a

    pesquisa exploratria um estudo que busca a familiarizao com o fenmeno, a

    percepo e a descoberta de novas ideias sobre o assunto visado.

    Segundo o referido autor, o estudo descritivo foca-se em delinear

    caractersticas, propriedades ou relaes existentes na realidade pesquisada. O

    estudo qualitativo classificado por Neves (1996) como uma abordagem que

    compreende um conjunto de diferentes tcnicas interpretativas que visam a

    descrever e a decodificar os componentes de um sistema completo de significados.

    4.2 POPULAO E AMOSTRA

    Os sujeitos da pesquisa foram os alunos de 3 ano das turmas de

    Enfermagem, Redes de computadores e Comrcio, da Escola Estadual de

    Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo, totalizando um nmero de 84 alunos.

    A escolha desta populao se justifica pelo fato de serem as turmas que

    estavam na escola a mais tempo (3 anos) e por isso conheciam melhor as prticas

    pedaggicas desenvolvidas pela escola.

    Adotando os seguintes critrios de incluso:

    Alunos que estavam presentes na data de aplicao do questionrio;

    Alunos cujos pais autorizaram a sua participao na pesquisa;

    4.3 LOCAL DE ESTUDO

    O presente trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual de Educao

    Profissional Alfredo Nunes de Melo, previamente autorizado atravs do Termo de

    Autorizao para realizao da Pesquisa (Apndice A), localizada na Rua Emlia de

  • 23

    Lima Pinho, S/N, Bairro So Francisco Acopiara CE. A cidade de Acopiara

    localiza-se na regio Centro-Sul do Estado do Cear, a 283 km de Fortaleza. A

    cidade tem 51.171 habitantes ocupando uma rea de 2.253,78 km.

    A Escola Estadual de Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo

    uma escola profissionalizante adaptada, pois ainda no atende os padres

    especificados pelo Ministrio da Educao. Em sua estrutura fsica dispe de 9 salas

    de aula, laboratrios de Informtica, Biologia, Qumica, Fsica, Enfermagem,

    Hardware e Matemtica, sala de multimeios, secretaria e sala dos professores. Tem

    um grupo de professores formado por 30 profissionais e o ncleo gestor com 4

    integrantes. No ano de 2013 a escola tinha matriculados 337 alunos em 9 turmas.

    A escola referncia em educao na regio, pois obtm ndices

    favorveis nas avaliaes externas como o SPAECE e ENEM, alm de preparar os

    alunos para os vestibulares e para o mercado de trabalho. A escola costuma

    trabalhar temas que sejam relevantes para a sociedade, organizando com

    frequncia eventos escolares.

    4.4 COLETA DE DADOS

    A coleta de dados foi feita a partir da aplicao de um questionrio

    contendo 13 questes objetivas (Apndice C), que foi aplicado durante os meses de

    agosto e setembro de 2013, respondido de forma annima.

    Concluindo-se a coleta dos dados foi dada continuidade ao trabalho por

    meio da anlise e discusso dos dados.

    4.5 ANLISE DOS DADOS

    Foi realizada uma anlise descritiva dos dados, a primeira coisa a se

    fazer com os dados de uma pesquisa cientfica consiste na descrio dos mesmos

    (PASQUALI, sd). Essa descrio ou apresentao dos dados ser estatisticamente

    efetuada de duas formas (1) uma descrio algbrica que utiliza nmeros e (2) uma

    descrio geomtrica, essa fazendo uso de desenhos ou grficos. Alm de uma

    anlise descritiva dos resultados obtidos.

  • 24

    4.6 ASPECTOS TICOS E LEGAIS DA PESQUISA

    A legislao vigente do Brasil sobre as questes ticas que envolvem as

    pesquisas com seres humanos est contida na Resoluo 196/96 do Conselho

    Nacional de Sade. Dentre os aspectos ticos a resoluo refere-se ao respeito ao

    indivduo pesquisado atravs do consentimento livre e esclarecido.

    O pesquisador dever garantir o desejo dos participantes referente ao

    sigilo das informaes fornecidas e o direito de desistir de participar do estudo.

    Aspectos como a confidencialidade, a privacidade, o anonimato, a proteo de

    imagem devem ser assegurados aos participantes no decorrer de todo o processo

    de pesquisa.

    Foi utilizado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) com

    os sujeitos pesquisados, resguardando os mesmos dos preceitos ticos de acordo

    com a Resoluo 196/96. (Apndice B).

  • 25

    5 RESULTADOS E DISCUSSES

    O presente estudo foi realizado com 84 alunos de 3 ano do ensino mdio

    da EEEP Alfredo Nunes de Melo, onde destes 52 so do sexo feminino e 32 do sexo

    masculino, com idade variando de 16 a 22 anos, sendo que a faixa etria

    predominante de 16 a 18 anos, tendo 81 alunos nesta faixa.

    5.1 AMBIENTE ESCOLAR E SUA INFLUNCIA SOBRE A PRTICA DE

    SUSTENTABILIDADE

    Nas indagaes feitas aos entrevistados sobre como a escola

    (coordenao pedaggica) d importncia temtica sustentabilidade, tivemos

    como respostas de 52,38% dos entrevistados que a coordenao acompanha de

    forma constante o trabalho das disciplinas complementares, deste modo direciona

    as atividades relacionadas temtica sustentabilidade, o que demonstra uma

    preocupao da coordenao na insero de assuntos pertinentes realidade

    vivenciada pelos alunos.

    Esse fato corrobora com Brasil (2007), pois o mesmo afirma que uma das

    principais dificuldades nos trabalhos com a educao ambiental do ponto de vista

    metodolgico a falta de prticas pedaggicas refletidas, que apresentem

    competncias tcnicas e pedaggicas, devendo estas serem acompanhadas e

    direcionadas pela coordenao pedaggica.

    Tambm foi pesquisada a relao de respeito entre todos os membros da

    comunidade escolar (educadores, pais e alunos) e obteve-se como resposta que

    esta relao positiva (95,23% dos entrevistados), sendo marcada pelo respeito

    entre todos.

    Segundo Brasil (2007) o respeito diversidade e aos processos vitais so

    a base para o desenvolvimento de uma sociedade com princpios de cidadania e

    sustentabilidade. Apontando tambm como um dos princpios bsicos para a

    educao ambiental o reconhecimento e o respeito pluralidade e diversidade

    individual e cultural. Tomando-se como ideia este pressuposto, surge antes da

    necessidade do respeito diversidade e aos processos vitais, o respeito entre os

    prprios indivduos desta sociedade, como norteador das demais relaes cordiais.

  • 26

    Porm, Marriel et al (2006), observaram em seu estudo que a relao

    entre os educadores e os educandos era marcada pela falta de respeito e

    cordialidade, no favorecendo ao processo de formao cidad, ponto fundamental

    da temtica sustentabilidade.

    Indagou-se tambm, sobre quais disciplinas trabalham o tema

    sustentabilidade? Os alunos apontaram como principais respectivamente: Geografia,

    Biologia, Qumica, Histria, Portugus e Matemtica (TABELA 02).

    TABELA 2 Informaes sobre as disciplinas que trabalham o tema

    sustentabilidade

    Disciplina indicada Quantidade de alunos

    Geografia 61

    Biologia 57

    Qumica 6

    Portugus 4

    Histria 4

    No lembro 2

    Matemtica 1

    Outras 1

    Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo

    O fato da disciplina de Geografia ser mais citada pelos estudantes do que

    a disciplina de Biologia um fator intrigante. Supe-se que o fato da professora de

    Geografia ter sido a mesma durante os trs anos do Ensino Mdio e na disciplina de

    Biologia ter havido uma rotatividade de professores, seja um fator contributivo para

    este resultado.

    Dentre todas as disciplinas, por nenhum dos indagados foram citadas as

    disciplinas de Fsica e Educao Fsica. De acordo com Baum e Povaluk (2012)

    cerca de 80% dos professores entrevistados trabalham com a educao ambiental

    de forma interdisciplinar, o que preconizado pelos PCN. Porm eles retratam que

    os professores de Artes, Matemtica e Ensino Religioso, so os que encontram

    maior dificuldade com o trabalho de educao ambiental. Acredita-se que isso

    ocorra pela falta de relao direta dessas disciplinas com as o meio ambiente em si.

  • 27

    Abreu e Carneiro (2009) citam vrios projetos envolvendo a rea da

    Educao Fsica e o desenvolvimento sustentvel, de modo a retratar a importncia

    deste trabalho de modo frequente. Dentre estes destacam-se: preservar a natureza,

    reciclando e brincando; reciclar, aprender e brincar: uma ao compartilhada entre

    famlia e escola; orientao na escola: um caminho seguro para o futuro; e unir

    esforos para a sustentabilidade de uma comunidade.

    Da mesma forma, na Conferncia Internacional sobre o Meio Ambiente e

    Sociedade, Educao e Conscincia Pblica para a Sustentabilidade, que ocorreu

    em Tessalnica (Grcia), foi considerado como destaque a necessidade de uma

    ligao entre a educao ambiental e o conceito de tica e sustentabilidade, alm da

    efetividade dos processos de interdisciplinaridade (SORRENTINO, 1998 apud

    JACOBI, 2003).

    Abreu e Carneiro (2009) tambm ressaltam a importncia de todas as

    disciplinas trabalharem em conjunto com a temtica de educao ambiental, no

    sentido de promover reflexes positivas e aes com relao problemtica

    socioambiental.

    Esse trabalho em conjunto muito importante no cotidiano escolar, pois

    faz com que haja uma sintonia entre todos os professores, favorecendo o

    desenvolvimento das aes propostas por toda a escola para o trabalho com a

    temtica sustentabilidade.

    No tocante de projetos educativos, de acordo com grande parte dos

    entrevistados (53%), a escola poucas vezes desenvolve projetos sobre a

    sustentabilidade, onde seja possvel haver a interao entre escola e comunidade

    (GRFICO 01), fazendo-o apenas em datas comemorativas especficas.

  • 28

    GRFICO 01 Projetos educacionais sobre sustentabilidade que permitem a

    interao entre escola e comunidade

    Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo

    Alguns alunos afirmam que a escola nunca trabalhou com projetos

    envolvendo o tema sustentabilidade. Supe-se que essa resposta se relacione ao

    fato desses alunos no estarem presentes nos dias em que estes projetos foram

    executados ou no terem interesse nesses temas, e deste modo no lembrando de

    suas ocorrncias.

    Porm, nos ltimos anos, vem ganhando espao na rea educacional,

    uma prtica pedaggica que se utilize da experimentao, simulao e participao,

    levando os alunos/comunidade a interagirem e exercerem suas criatividades e

    capacidades, o que denomina-se de Pedagogia de Projetos ou Educao por

    Projetos (BEAUCLAIR, 2001).

    Segundo Masson et al. (2012), a aprendizagem que acontece quando os

    alunos se envolvem nos projetos a aprendizagem mais desejvel, pois faz com

    que o individuo explore e investigue seus interesses, construindo seu conhecimento

    e motivando-o, alm de estreitar a relao com seu cotidiano, facilitando ainda mais

    o processo de aprendizagem.

    53%

    38%

    5% 4%

  • 29

    5.2 ENSINO-APRENDIZAGEM DO TEMA SUSTENTABILIDADE

    No primeiro questionamento nessa temtica, observamos que a maioria

    dos alunos entrevistados (80%) afirma conhecer o conceito de sustentabilidade

    (GRFICO 02), sendo muito semelhante com a encontrada por Sarmento e Filho

    (2007), onde eles encontraram que 90% de sua amostra conheciam a definio de

    sustentabilidade.

    Como medida comprovatria, interrogou-os sobre a conceituao do

    termo sustentabilidade, tendo 73% definido de forma correta, dado que se aproxima

    do percentual que afirma ter conhecimento sobre o significado deste termo

    (GRFICO 03). Estes ndices apontam para o pressuposto de que as formas de

    desenvolvimento dos temas associados educao ambiental esto surtindo efeitos

    positivos nos educandos, j que notria a importncia desse trabalho para a

    formao de cidados crticos e preocupados com as futuras geraes.

    GRFICO 02 Conhecimento dos alunos sobre o conceito de sustentabilidade

    Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo

  • 30

    GRFICO 03 Conceito de sustentabilidade

    Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo

    Segundo Ataide e Silva (2011) a sociedade nos anos de 60 e 70 passou

    por grandes mudanas, e a escola como um lugar de formao para a sociedade

    tinha o papel de acompanh-las. Atualmente a sociedade sofre uma srie de

    mudanas, neste aspecto a escola e os educadores devem sempre trabalhar de

    modo a aperfeioar as metodologias de ensino, para que desta forma consigam

    atrair os alunos ao conhecimento. Fazer com que os jovens se sintam estimulados a

    estudar o meio ambiente e os impactos que a humanidade causa nele, no uma

    tarefa fcil, por isso, surge necessidade de metodologias diversificadas no ensino

    de sustentabilidade.

    Dessa forma, foram questionadas as metodologias utilizadas para o

    ensino de sustentabilidade, tendo a aulas dialogadas como o mtodo de ensino

    citado pela maioria dos alunos (57), onde existe a prevalncia da interao

    professor-aluno, desta forma permitindo que o aluno interaja constantemente no

    decorrer da aula, apontando seus argumentos e podendo tirar suas dvidas

    (GRFICO 04).

  • 31

    GRFICO 04 Tipos de metodologias aplicadas para o ensino de sustentabilidade

    Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo

    As prticas de ensino de Biologia na escola podem ainda ser

    consideradas como incipientes, tanto nos aspectos metodolgicos como em tempo

    curricular (BRASIL, 2007). Estes fatores contribuem para as dificuldades de

    inovao no ensino de Cincias, o que torna a impedir que algumas medidas sejam

    tomadas.

    O fato da existncia de metodologias diferenciadas, no significa

    propriamente que essas so adequadas a realidade dos alunos, muitas vezes

    necessria uma adaptao da metodologia realidade de cada sala de aula, sendo

    que possvel perceber a grande heterogeneidade dentro de um mesmo espao

    escolar.

    De acordo com Moraes (2009) todas as disciplinas (100%), no curso de

    Engenharia de Produo Agroindustrial utilizam metodologia de aulas expositivas

    dialogadas, mostrando deste modo a importncia da utilizao desta metodologia

    nas prticas de ensino. Pois o objetivo desta prtica substituir a palestra docente

    por uma forma de ensino cuja maior vantagem permitir a participao dos

    estudantes, de modo a favorecer o aprendizado atravs das trocas de

  • 32

    conhecimentos entre alunos e professores, de modo que se possa obter uma

    aprendizagem colaborativa entre todos.

    As aulas expositivas dialogadas so prticas pedaggicas muito

    eficientes, porm no cotidiano da escola o professor deve adotar outras estratgias

    didticas, de modo a facilitar o aprendizado dos alunos e motiva-los. Uma dessas

    prticas diferenciadas so as aulas de campo.

    A metodologia citada pelos alunos com menor frequncia foi s aulas de

    campo, sendo um indicador negativo no ensino de sustentabilidade, pois DE Oliveira

    e Correia (2013) citam que as aulas de campo quando trabalhadas com o pblico de

    alunos de 3 ano que esto vendo assuntos relacionados a ecologia e ao meio

    ambiente, possibilita lev-los a realidade da natureza, permite a visualizao dos

    seres vivos em seu ambiente natural, onde possvel que eles percebam a

    importncia que todos tm para a natureza, e deste modo se sensibilizem com

    questes de proteo e conservao do ambiente em que vivemos.

    Um importante ponto para facilitar a aprendizagem dos alunos a

    interao professor-aluno, pois sabido que as interaes sociais se fazem

    necessrias dentro do contexto escolar, sendo requisitos bsicos para que a prtica

    educacional tenha xito (TASSONI, 2000).

    Ao indagar se os alunos nas aulas que tratam de sustentabilidade

    interagem com os professores, tirando suas dvidas e fazendo comentrios

    relevantes ao assunto tratado, a maioria (60%) afirmou que s fazem isso s vezes

    (GRFICO 05). Sendo este um dos fatores que podem dificultar o aprendizado dos

    alunos ao estudar o contedo.

    Supe-se que a interao professor-aluno na escola no seja to

    otimizada por conta da quantidade de disciplinas e de contedos necessrios para a

    formao do Ensino Mdio Profissionalizante, visto que os alunos desta escola

    precisam sair com uma profisso.

  • 33

    GRFICO 05 Interao professor-aluno nas aulas sobre sustentabilidade

    Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo

    De acordo com Lopes et. al. (2009) em seu trabalho sobre a interao

    professor-aluno, esta relao de suma importncia para que o processo de

    aprendizagem ocorra de modo eficiente, a autora realizou uma pesquisa onde os

    questionamentos eram feitos aos professores, e ao indagar sobre o dilogo e a

    interao dentro da sala de aula, todos os professores afirmam primar por esta

    relao e que a mesma ocorre de forma favorvel dentro de sua sala de aula.

    Porm, quando comparamos o dado observado e a metodologia mais

    utilizada, temos uma lacuna nesse sentido, sendo necessrio que a interao esteja

    mais presente em sala de aula, e que ela se desenvolva de modo positivo,

    conservando-se o respeito mtuo, onde sejam preservados os momentos de ouvir e

    os de expor suas opinies, sem constranger os educandos nem os educadores.

    Uma dessas possibilidades pode ser proporcionada atravs da

    diversificao de estratgias educacionais, se utilizando, principalmente, das que

    do oportunidade dos alunos exporem, de forma mais aberta e enftica suas

    opinies e ao mesmo instante ouvir opinies que em alguns casos divergem das

    suas, formando deste modo um pensamento mais elaborado (ALTARUGIO, 2010).

    Alm da interao aluno-professor, foi perguntado sobre a presena ou

    no de debates crtico nas aulas associadas temtica do meio ambiente, e como

  • 34

    resultado, obtivemos que a maioria (56%) alega que de vez em quando acontecem

    debates direcionados as problemticas atuais dos recursos naturais (GRFICO 06).

    GRFICO 06 Presena de debates crtico nas aulas sobre o meio ambiente

    Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo

    De acordo com Altarugio (2010), para estimular a entrada dos alunos e

    envolv-los na atividade de debate, cada professor adota estratgias distintas.

    Segundo a autora a ocorrncia de momentos como estes proporciona aos educando

    uma formao crtica e reflexiva da realidade na qual o planeta terra se encontra, de

    modo a instigar uma conscincia voltada a preservao do ambiente natural.

    Uma outra possibilidade de insero e interesse do alunato a utilizao

    de palestras informativas, assim questionou-se a ocorrncia de metodologia dessa

    natureza e observou-se que de acordo com a maioria dos entrevistados (69%) a

    EEEP Alfredo Nunes de Melo no costuma realizar palestras sobre os recursos

    naturais na natureza (GRFICO 07).

  • 35

    GRFICO 07 Ocorrncia de palestras associadas aos recursos naturais

    disponveis na natureza

    Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo

    Mas, segundo Farias e Maracaj (2012) as palestras educativas so

    estratgias muito eficientes na educao ambiental, e so bastante utilizadas em

    projetos, com o intuito de trabalhar assuntos relacionados ao desenvolvimento

    sustentvel.

    Esse fato corrobora com dados encontrados em nossa pesquisa, no qual

    54% dos alunos da escola em estudo no se envolvem/interessam nos

    desenvolvidos, o que forma uma lacuna na sua formao cidad dos mesmos.

    Esses dados diferem dos obtidos por Lopes et. al. (2009) onde, em sua

    pesquisa, ele encontra que 66% dos alunos se engajam nos eventos escolares e

    demonstram uma participao ativa e contributiva.

    Diante dessas questes norteadoras sobre o desenvolvimento sustentvel

    possvel perceber que a instituio em estudo apresenta algumas aes

    pertinentes a esta temtica, porm apresenta ainda algumas deficincias na forma

    como executar a educao ambiental.

  • 36

    6 CONCLUSO

    Diante dos resultados expostos observa-se que os alunos compreendem

    os conhecimentos relacionados ao tema sustentabilidade, embora no se envolvam

    de forma intensa em projetos e eventos promovidos pela escola, que tratem da

    sustentabilidade.

    Identificou-se nesta pesquisa que a escola desenvolve alguns trabalhos

    pedaggicos visando o trabalho com o tema em questo, porm no ocorre ainda de

    forma totalmente interdisciplinar, alm de necessitar desenvolver estratgias

    pedaggicas que cativem os estudantes durante o processo ensino-aprendizagem,

    como a utilizao de dinmicas aplicadas ao ensino de sustentabilidade e no

    somente se utilizar das aulas expositivas-dialogadas.

  • 37

    REFERNCIAS

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  • 42

    APNDICE A Termo de Autorizao para Realizao da Pesquisa

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR - UECE

    FACULDADE DE EDUCAO, CINCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI

    CURSO DE CINCIAS BIOLGICAS

    Eu, Alzeir Machado Rodrigues, objetivando fazer um estudo para

    identificar as prticas pedaggicas realizadas no tema de Sustentabilidade nessa

    conceituada instituio de ensino, juntamente com meu orientador Jones Baroni

    Ferreira de Menezes, solicitamos a autorizao da direo geral para a realizao

    da pesquisa intitulada SUSTENTABILIDADE COMO TEMA DE PRTICAS

    PEDAGGICAS NA ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAO PROFISSIONAL

    ALFREDO NUNES DE MELO ACOPIARA - CEAR.

    Eu, ____________________________________, diretora da instituio

    supracitada, portadora de RG n __________________________, estou ciente das

    informaes recebidas e de acordo com a coleta de dados da pesquisa e que certa

    que no haver nenhum risco causado pela liberao do estudo. Ainda, estou

    consciente de que os resultados sero usados apenas para fins cientficos, no

    havendo nenhuma despesa ou gratificao para participao da referida pesquisa, e

    de que terei acesso aos resultados publicados em peridicos cientficos.

    _________________________________________________

    Diretor(a) da Escola

    _________________________________________________ Alzeir Machado Rodrigues

    Pesquisador

    _________________________________________________ Prof. Ms. Jones Baroni Ferreira de Menezes

    Orientador

  • 43

    APNDICE B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR - UECE

    FACULDADE DE EDUCAO, CINCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI

    CURSO DE CINCIAS BIOLGICAS

    Eu, Alzeir Machado Rodrigues, concludente do curso de Licenciatura

    em Cincias Biolgicas pela Faculdade de Educao, Cincias e Letras de Iguatu da

    Universidade Estadual do cear FECLI/UECE, estou desenvolvendo o estudo que

    objetiva identificar as prticas pedaggicas realizadas no tema de Sustentabilidade

    atravs da aplicao de uma questionrio aplicado aos alunos da EEEP ALFREDO

    NUNES DE MELO no municpio de Acopiara-CE.

    Assim, solicito sua autorizao para que possa participar da pesquisa

    intitulada SUSTENTABILIDADE COMO TEMA DE PRTICAS PEDAGGICAS NA

    ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAO PROFISSIONAL ALFREDO NUNES DE

    MELO EM ACOPIARA - CE.

    Desde j, informo-lhe que os dados sero apresentados ao Curso de Cincias

    Biolgicas na FECLI/UECE, podendo ser utilizados tambm em eventos cientficos.

    Porm, dou-lhe a garantia de que suas informaes sero resguardadas de forma

    annima.

    Caso precise entrar em contato comigo, informo-lhe que meu telefone

    (88) 9908-8873.

    _____________________________

    Alzeir Machado Rodrigues

    CONSENTIMENTO PS-ESCLARECIMENTO

    Tendo sido satisfatoriamente informado sobre a pesquisa acima citado,

    concordo em participar da mesma, estou ciente de que o nome no ser divulgado e

    que o pesquisador estar disponvel para responder a quaisquer dvida.

  • 44

    Acopiara, ______ de _________________ de 2013.

    _________________________________________

    Assinatura do Aluno

  • 45

    APNDICE C QUESTIONRIO DE ENTREVISTA

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR - UECE

    FACULDADE DE EDUCAO, CINCIAS E LETRAS DE IGUATU FECLI

    CURSO: CINCIAS BIOLGICAS

    ENTREVISTADOR: ALZEIR MACHADO RODRIGUES

    ORIENTADOR: JONES BARONI FERREIRA DE MENEZES

    TEMA: Sustentabilidade como tema de prticas pedaggicas na Escola Estadual de Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo em Acopiara - Cear

    1. Informaes Pessoais

    Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

    Idade:______________

    2. Informaes relacionadas ao ambiente escolar

    Como a escola (coordenao pedaggica) d importncia a temtica sustentabilidade? ( ) A coordenao acompanha o andamento das disciplinas complementares;

    ( ) A coordenao no se envolve, visto que o que tem que ser dado importncia maior so os contedos da Base Comum

    (Linguagens e Cdigos, Cincias da Natureza, Matemtica e Cincias Humanas).

    ( ) Outra. Qual?_____________________________________________________________________________

    ( ) No lembro.

    ( ) No sei

    As relaes entre alunos, professores, gestores, demais funcionrios e familiares so marcadas pelo

    respeito?

    ( ) Sim

    ( ) No

    Em que disciplina(s) geralmente trabalhado em sua escola o tema desenvolvimento sustentvel?

    ( ) Biologia

    ( ) Histria

    ( ) Portugus

    ( ) Geografia

    ( ) Qumica

    ( ) Matemtica

    ( ) Fsica

    ( ) Educao Fsica

    ( ) No lembro

    ( ) Outra. Qual? ______________________________

    3. Ensino do tema sustentabilidade

  • 46

    Voc conhece a definio do termo sustentabilidade?

    ( ) Sim.

    ( ) No.

    ( ) No lembro.

    O professor quando trabalha com o tema sustentabilidade, ele usa formas de ensino diferentes

    ou geralmente usa a mesma metodologia?

    ( ) Alterna as metodologias.

    ( ) Sempre usa a mesma metodologia.

    Quais das metodologias de ensino, so geralmente utilizadas pelos professores na hora de

    trabalhar o tema sustentabilidade?

    ( ) Aula expositiva.

    ( ) Seminrios apresentados pelos alunos.

    ( ) Aula dialogada.

    ( ) Aula dinamizada.

    ( ) Aula de campo.

    ( ) Outras.

    Nas aulas que voc j teve sobre sustentabilidade com que freqncia ocorria a interao

    professor-aluno?

    ( ) Sempre.

    ( ) Raramente.

    ( ) Quase sempre .

    ( ) As vezes.

    ( ) Nunca.

    4. Sustentabilidade: conceitos e suas relaes

    Qual a definio de sustentabilidade?

    ( ) Satisfazer s necessidades da gerao presente sem comprometer as necessidades das geraes futuras.

    ( ) Utilizar os recursos na gerao atual, pois o futuro est muito distante para ser pensado.

    ( ) uma idia de tentar manter o ecossistema natural inalterado.

    ( ) No lembro.

    ( ) No sei.

    5. Problemtica do aprendizado da educao ambiental para a sustentabilidade

    Nas aulas relacionadas ao tema sustentabilidade, com que frequncia voc costuma interagir

    com o professor, para tirar suas dvidas?

    ( ) Sempre.

    ( ) Quase sempre.

    ( ) As vezes.

    ( ) Nunca.

  • 47

    Com que frequncia ocorrem debates em sala de aula direcionados as problemticas atuais do

    meio ambiente?

    ( ) Constantemente.

    ( ) De vez em quando.

    ( ) Raramente.

    ( ) Nunca.

    6. Prticas escolares de interveno, voltados para o tema sustentabilidade

    Com que frequncia escola costuma organizar projetos direcionados para o desenvolvimento

    sustentvel, onde seja possvel haver uma interao entre a escola e a comunidade?

    ( ) Muitas vezes.

    ( ) Algumas vezes.

    ( ) Poucas vezes.

    ( ) Nunca.

    Voc costuma se envolver eventos escolares relacionados educao ambiental?

    ( ) Sim

    ( ) No

    comum na escola ter palestras associadas aos recursos naturais disponveis na natureza?

    ( ) Sim

    ( ) No