sustentabilidade como tema de práticas pedagógicas na escola estadual de educação profissional...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ALZEIR MACHADO RODRIGUES SUSTENTABILIDADE COMO TEMA DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ALFREDO NUNES DE MELO EM ACOPIARA - CEARÁ IGUATU/CE 2014

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  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR - UECE FACULDADE DE EDUCAO, CINCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI CURSO DE CINCIAS BIOLGICAS ALZEIR MACHADO RODRIGUES SUSTENTABILIDADE COMO TEMA DE PRTICAS PEDAGGICAS NA ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAO PROFISSIONAL ALFREDO NUNES DE MELO EM ACOPIARA - CEAR IGUATU/CE 2014

2. II ALZEIR MACHADO RODRIGUES SUSTENTABILIDADE COMO TEMA DE PRTICAS PEDAGGICAS NA ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAO PROFISSIONAL ALFREDO NUNES DE MELO EM ACOPIARA - CEAR Monografia submetida Coordenao do Curso de Cincias Biolgicas da Faculdade de Educao, Cincias e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual do Cear, como requisito parcial para aprovao na disciplina de Monografia. Orientao: Professor Me. Jones Baroni Ferreira de Menezes IGUATU/CE 2014 3. R696s Rodrigues, Alzeir Machado. Sustentabilidade como Tema de Prticas Pedaggicas na Escola Estadual de Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo em Acopiara - Cear. / Alzeir Machado Rodrigues. [Orientado por] Jones Baroni Ferreira de Menezes. Iguatu: 2014. 46 p. Monografia (Graduao) Universidade Estadual do Cear, Coordenao do Curso de Licenciatura Plena em Cincias Biolgicas, Iguatu, 2014. 1. Sustentabilidade 2. Prticas Pedaggicas 3. Educao Ambiental I. Menezes, Jones Baroni Ferreira de (Orient.) II. Universidade Estadual do Cear UECE Graduao (Licenciatura) em Cincias Biolgicas III. Ttulo CDD: 577 4. III 5. IV minha me Maria Jos... 6. V AGRADECIMENTOS Nesta etapa so muitas pessoas a agradecer, pois durante os cinco anos de graduao, vrias pessoas passam pela nossa vida e deixam suas marcas. Inicialmente, gostaria de agradecer a Deus, por ter me dado foras e coragem para prosseguir em meio a tantas dificuldades encontradas ao longo do curso. Agradeo muitssimo a pessoa que me proporcionou a vida, minha adorada me, Maria Jos, que sempre me incentivou a estudar e buscar novos horizontes, e que mesmo sabendo que ingressando em uma graduao precisaria me afastar um pouco dela, no mediu esforos para me ajudar durante todo esse tempo. Agradeo ao meu pai Agrimar pelo apoio que sempre teve em me proporcionar uma educao diferente daquela que teve. Agradeo a minha esposa Virlene por toda a pacincia e carinho que tem tido durante esses trs anos que estamos juntos, compartilhando os momentos bons e tambm os angustiantes, sempre muito compreensiva nos momentos em que precisava de tempo para estudar e realizar essa pesquisa da monografia. Agradeo tambm a meu irmo Aldimar e a sua esposa Jocelia, vocs certamente foram pessoas muito importantes durante esse tempo de graduao, desde o incio me apoiaram e compreenderam a minha falta de tempo para as atividades do lar. Agradeo a todos os professores do Curso de Cincias Biolgicas da Faculdade de Educao, Cincias e Letras de Iguatu, cada um teve sua contribuio em minha formao acadmica e creio que se hoje estou concluindo o curso, tenho muito a agradecer a cada um. Agradeo de uma forma especial o meu orientador Jones Baroni por todas as contribuies durante este perodo de desenvolvimento, tanto do projeto como da pesquisa em si, seus ensinamento foram de grande importncia para que chegasse at aqui. Aos profissionais que compem a Escola Estadual de Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo, agradeo a todos pela contribuio que tiveram no desenvolvimento de minha pesquisa, assim como em minha formao profissional, vocs so muito especiais pra mim. Agradeo em especial diretora 7. VI dessa instituio, professora Veruska Monteiro por ter me permitido desenvolver a pesquisa nessa escola. Agradeo ainda a professora Alana Ceclia que foi minha orientadora na monitoria da disciplina de Bioqumica. Obrigado pela confiana que a mim foi dada, a experincia de trabalhar contigo foi maravilhosa, tive a oportunidade de adquirir muitos aprendizados em Cincias. Por ltimo agradeo a todos os meus amigos, que de uma forma ou de outra colaboraram para o meu sucesso neste curso. Em especial agradeo ao Luis Flix pela sua grande ajuda no Ingls, que foi de fundamental importncia para mim e agradeo tambm a Viviane Missias que muito tem me ajudado nas etapas de projeto e monografia. 8. VII RESUMO A sustentabilidade cada vez mais vem sendo foco de diferentes reas de conhecimento. Pensar em desenvolvimento sustentvel est muito alm da idia de economia de recursos naturais, pensar holisticamente, destacando seu carter econmico, social e ambiental. Em meio necessidade de trabalhar assuntos relacionados sustentabilidade no contexto escolar, e tendo como pressuposto o fato da influncia que as prticas pedaggicas podem ter no processo de assimilao e absoro dos conhecimentos pelos alunos, v-se a necessidade de uma investigao relacionada s prticas pedaggicas utilizadas no Ensino Mdio sobre o desenvolvimento sustentvel. Esse estudo trata de uma pesquisa descritiva e exploratria, de abordagem qualitativa e quantitativa. A populao e amostra foram compostas por todos os alunos de 3 ano da Escola Estadual de Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo, totalizando 84 alunos. A coleta de dados foi a partir da aplicao de um questionrio contendo 13 questes objetivas, aplicado durante os meses de agosto e setembro de 2013. Os dados foram analisados descritivamente. Diante do observado, a escola trabalha e tem uma ateno com relao temtica sustentabilidade (52,38%) em sala de aula, levando os alunos conceituarem corretamente o termo sustentabilidade (73%). Para o ensino da sustentabilidade, metodologia prioritria utilizada a aula expositiva dialogada (57%), porm, apesar da escola se preocupar em trabalhar o tema, a interao professor-aluno precisa ser reforada. notria tambm, a necessidade de adeso em mais projetos de Educao Ambiental/Sustentabilidade, onde de acordo com a maioria dos alunos (54%) so pouco desenvolvidos nessa instituio. Em meio aos resultados da pesquisa observa-se que os alunos compreendem os conhecimentos relacionados ao desenvolvimento sustentvel, embora no se envolvam de forma intensa em projetos e eventos promovidos pela escola, que tratem da sustentabilidade. Palavras-chave: Sustentabilidade Prticas Pedaggicas Educao Ambiental. 9. VIII ABSTRACT Sustainability is increasingly bringing focus to different areas of knowledge. Thinking about sustainable development is far beyond the idea of saving natural resources, is to think holistically, emphasizing its economic, social and environmental. Amid the need to work issues related to sustainability in the school context, and with the assumption that the influence that teaching practices can have on the process of assimilation and absorption of knowledge by students, sees the need for an investigation related to practices teaching used in high school on sustainable development. This study is a descriptive and exploratory, qualitative approach. The population and sample will consist of all students in the 3rd year of the State School of Professional Education Alfredo Nunes de Melo, totaling 93 students. Data collection were based on the application of a questionnaire containing 13 objective questions, applied during the months of August and September 2013. Data were analyzed descriptively. Before the observed data, the school works and has an attention with regard to the sustainability theme (52.38%) in the classroom, leading students to properly conceptualize the term sustainability (73%). For teaching sustainability, priority methodology is the dialogic lecture (57%), however, unlike the observed interaction between teacher-student shows itself somewhat lacking. It is also evident the need for membership in more projects Environmental Education / Sustainability, which according to most students (54%) are poorly developed at this institution. Among the search results it is observed that students understand the knowledge related to sustainable development, although not engaging intensively in projects and events sponsored by the school that treat sustainability. Keywords: Sustainability - Pedagogical Practices- Environmental Education. 10. IX SUMRIO 1. INTRODUO 11 2. OBJETIVOS 13 2.1 OBJETIVO GERAL 13 2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS 13 3. REFERENCIAL TERICO 14 3.1 PARMETROS CURRICULARES NACIONAIS 14 3.1.1 TEMAS ESTRUTURADORES 15 3.1.2 TEMAS TRANSVERSAIS 17 3.2 EDUCAO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE 19 3.2.1 HISTRICO DA EDUCAO AMBIENTAL 19 3.2.2 HISTRICO DA SUSTENTABILIDADE 19 3.2.3 SUSTENTABILIDADE NA PRTICA EDUCACIONAL 20 4. METODOLOGIA 22 3.1 TIPO DE PESQUISA 22 3.2 POPULAO E AMOSTRA 22 3.3 LOCAL DE ESTUDO 22 3.4 COLETA DE DADOS 23 3.5 ANLISE DOS DADOS 23 3.6 ASPCTOS LEGAIS DA PESQUISA 23 5. RESULTADOS E DISCUSSES 25 5.1 AMBIENTE ESCOLAR E SUA INFLUNCIA SOBRE A PRTICA DE SUSTENTABILIDADE 25 5.2ENSINO-APRENDIZAGEM DO TEMA SUSTENTABILIDADE 28 6. CONCLUSO 35 REFERNCIAS 36 11. X APNDICE 41 12. 11 1 INTRODUO O uso do termo sustentabilidade no meio educacional, cada vez mais perceptvel. O sentido de sustentabilidade mais disseminado o definido pela Comisso Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (WCED, 1987, apud CLARO 2008), que afirma que o desenvolvimento sustentvel deve atender s necessidades da gerao atual sem comprometer as necessidades das futuras geraes. Essa definio demonstra um dos princpios essenciais da sustentabilidade: a viso de longo prazo, pois os interesses das futuras geraes devem ser estudados, para que medidas cabveis sejam tomadas. A sustentabilidade cada vez mais vem sendo foco de diferentes reas de conhecimento. Pensar em desenvolvimento sustentvel est muito alm da ideia de economia de recursos naturais, pensar em algo mais amplo, que tenha um carter econmico, social e ambiental. Por muito tempo acreditava-se que a sustentabilidade no tinha cunho econmico, e se restringia a fins ambientais, porm nota-se que atualmente existe um grande interesse do setor econmico por trabalhar com desenvolvimento sustentvel. No estamos mais tratando apenas de um trabalho que visa o bem estar da natureza de forma geral e sim o bem estar da sociedade humana. O capitalismo est por toda parte, vivemos em uma sociedade que visa acima de tudo os rendimentos financeiros, porm ele encontra-se cada vez mais como um agravante para o meio ambiente, pois com o avano nos meios tecnolgicos e industriais, a explorao dos recursos est crescendo de forma preocupante (FERNANDES, 2010). O ambiente escolar, como um lugar de formao educacional e social, precisa trabalhar temas que sejam relevantes para a sociedade da poca, pois como cidados e futuros profissionais do mercado de trabalho, os alunos precisam conhecer a realidade social e os fins capitalistas que a sociedade adota. Costanza (1994) supe que para a populao moderna chegar ao nvel sustentvel, fundamental incorporar os servios ambientais prestados pela natureza na contabilidade econmica, atribuindo-lhes um valor assimilvel aos servios econmicos. 13. 12 As indagaes de como as escolas esto trabalhando a questo do desenvolvimento sustentvel, deixa pontos a serem esclarecidos: ser que realmente os alunos esto absorvendo conhecimentos to importantes para a sua vida e atuao na sociedade? Acredita-se que a sustentabilidade deve ser trabalhada em sala de aula de forma que fique evidente que o seu foco principal consumir os recursos de uma forma equilibrada, que no comprometa as necessidades das futuras geraes. Tendo em vista a necessidade de trabalhar assuntos relacionados temtica sustentabilidade no contexto escolar, e tendo como pressuposto o fato da influncia que as prticas pedaggicas podem ter sobre o processo de assimilao e absoro dos conhecimentos pelos alunos, v-se a necessidade de uma investigao acerca das prticas pedaggicas utilizadas no Ensino Mdio sobre o desenvolvimento sustentvel. 14. 13 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Conhecer as prticas de ensino do tema sustentabilidade na Escola Estadual de Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo. 2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS Identificar a existncia de atividades pedaggicas na escola envolvendo o tema sustentabilidade. Enumerar as metodologias aplicadas no Ensino Mdio, para explorao do tema sustentabilidade. Caracterizar a problemtica de se trabalhar a Educao Ambiental como prtica pedaggica. 15. 14 3 REFERENCIAL TERICO 3.1 PARAMTROS CURRCULARES NACIONAIS Numa tentativa do Ministrio da Educao de proporcionar uma educao igualitria e de qualidade para todos os nveis de ensino, foi proposto o Projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, e que aps um longo processo resultou na primeira Lei de Diretrizes e Bases n 4.024/61 que entrou em vigor em 20 de dezembro de 1961. Essa lei sofreu algumas modificaes por emendas e artigos e foi reformulada pelas leis 5.540/68, 5.692/71 que posteriormente foi substituda pela LDB 9.394/96 (CERQUEIRA, et al., 2008). Diante do contexto de elaborao e publicao da LDB 9.394/96 foi possvel implementaes pontuais e reformas na educao, que so identificadas em algumas medidas como a criao dos Parmetros Curriculares Nacionais. A conjectura das Diretrizes Curriculares para o Ensino Mdio (DCNEM) no foi completamente suficiente para que uma nova organizao seja definida neste nvel de ensino. Ocorreu um distanciamento considervel entre o Ensino Mdio pensado pelas DCNEM e o ensino real executado de forma efetiva nas escolas. O que vemos que poucas pessoas aderiram ao que foi proposto, e chegam em algumas situaes classific-las como inatingveis e impraticveis (BRASIL, 2006). Dentre os nveis educacionais, o Ensino Mdio um dos pontos cruciais da educao brasileira, sendo uma questo que ainda permanece em aberto, posto que tal segmento de ensino tm buscado uma identidade capaz de superar o dualismo que lhe tem sido caracterstico, quanto ao carter que deve assumir-se propedutico, garantindo o acesso ao ensino superior ou profissionalizante. No Brasil, no final do ano de 1994, o Ministrio da Educao convocou cerca de 60 estudiosos da educao brasileira e mais representantes da Argentina, Colmbia, Chile e Espanha, para discutir a ideia de instituir um currculo nacional no Brasil. A primeira verso ficou pronta no final do ano de 1995 e incio do ano de 1996. Porm somente em 1999 ele foi implementado como forma de constituir em referncia as discusses e prticas do ensino, definir objetos e contedos, 16. 15 orientando didticas e propondo critrios de avaliao, o que ficou conhecido como os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 2000). Os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN) do Ensino Mdio exercem a dupla ao de disseminar os princpios da reforma curricular e acompanhar o professor, na busca constante de novas abordagens de metodologias diversificadas. Ao distribu-los, tem-se a confiana de contar com a competncia dos mestres e com o seu empenho no aprimoramento da prtica educativa. Portanto, entende-se sua construo como um mtodo contnuo: no s deseja-se que influenciem de forma positiva a prtica do educador, como espera-se poder, com base na prtica e no processo de aprendizagem dos alunos, rev-los e aperfeio-los (BRASIL, 2000). Os PCN esto organizados em trs reas: Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias, Cincias da Natureza, Matemtica e suas Tecnologias e Cincias Humanas e suas Tecnologias, cada uma possuindo temas estruturadores e transversais que auxiliam na formao e na aplicao do currculo. 3.1.1 TEMAS ESTRUTURADORES Os PCN afirmam que ao trabalhar com a aprendizagem atravs de contedos e estratgias, deve-se propiciar o ensino por meio de competncias. Nesse pressuposto o ensino de Biologia deve convir como articulador para ampliar a compreenso sobre a realidade, mtodo no qual os fenmenos biolgicos so entendidos e assimilados, mecanismo para orientar tomadas de decises e possveis intervenes (BRASIL, 2006). Os temas estruturadores tm o papel de contribuir com o professor no momento de organizar suas aes pedaggicas, podendo ser classificados como formas de atingir os objetivos do projeto pedaggico da escola e no apenas como objetivos em si. Admitindo-se que os temas biolgicos mais importantes so os referentes compreenso da vida na Terra, interveno humana e s consequncias dos avanos tecnolgicos, os PCN formulam, a ttulo de referncia, seis temas denominados estruturadores: interao entre os seres vivos; qualidade de vida das 17. 16 populaes humanas; identidade dos seres vivos; diversidade da vida; transmisso da vida, tica e manipulao gnica; origem e evoluo da vida (BRASIL, 2006). TABELA 01 - Os temas estruturadores e seus contedos Tema estruturador Contedos estudados Interao entre os seres vivos A interdependncia da vida; Os movimentos dos materiais e da energia na natureza; A desorganizao dos fluxos da matria e da energia: a interveno humana e os desequilbrios Os problemas ambientais brasileiros e desenvolvimento sustentvel. Qualidade de vida das populaes humanas Sade; A distribuio desigual da sade pelas populaes; As agresses sade das populaes; Sade ambiental. Identidade dos seres vivos A organizao celular; As funes vitais bsicas; DNA: a receita da vida e seu cdigo; Tecnologias de manipulao de DNA; Diversidade da vida A origem da diversidade; Os seres vivos diversificam os processos vitais; Organizando a diversidade dos seres vivos; A diversidade ameaada. Transmisso da vida, tica e manipulao gnica Os fundamentos da hereditariedade; Gentica humana e sade; Aplicaes da engenharia gentica; Os benefcios e os perigos da manipulao gentica: um debate tico. Origem e evoluo da vida Hiptese sobre a origem da vida e a vida primitiva; Ideias evolucionistas e evoluo biolgica; 18. 17 A origem do ser humano e a evoluo cultural; A evoluo sob interveno humana. Fonte: BRASIL, 2006. 3.1.2 TEMAS TRANSVERSAIS Ao ressaltar as diretrizes curriculares especificas no Ensino Mdio, a LDB preocupa-se em direcionar para um planejamento e desenvolvimento do currculo, de forma orgnica, tentando sempre superar a organizao por disciplinas estanques, e revitalizar a integrao e articulao dos conhecimentos, num processo estvel de interdisciplinaridade e transdisciplinaridade (BRASIL, 2000). Dentro desse processo de interdisciplinaridade e contextualizao, os temas transversais provocam a educao para que esta tenha uma contribuio significativa no processo de sensibilizao e conscientizao da sociedade. A educao, de certa forma, surge como um importante fator na diferena entre um futuro sustentvel ou desordenado. Esta ideia aderida por Leff (2001), quando demonstra a necessidade da produo de uma maior nitidez sobre as interrelaes presentes nos conflitos socioambientais e de um entendimento dos fatores que fizeram emergir a crise, atravs da incorporao dessa temtica nos currculos escolares em vrios nveis de ensino. Existe na educao a crena de que depositando contedos na cabea dos alunos, estes acabariam aprendendo a preservar e a conservar os recursos naturais disponveis (GUIMARES, 2004). Esta ideia trata de que frequentemente as prticas educativas tentam apenas inserir o conhecimento na mente do aluno, sem ter foco na sensibilizao, como se o importante fosse a insero do conhecimento e no a formao para o convvio social. Os princpios que norteiam a atuao do professor em sala de aula, tanto quanto a postura que o educador mostra com os alunos, so fatores que estimulam os momentos de reflexo e de busca de conhecimentos (NOAL e BARCELOS, 2007). O professor deve agir em sala de aula de uma forma que atraia os alunos ao aprendizado, ficando perceptvel para eles a importncia que ter o conhecimento em sua vida. 19. 18 Os temas transversais so: tica; meio ambiente; orientao sexual; pluralidade cultural; sade; trabalho e consumo. Cada um desses temas tem uma fundamental importncia na formao de cidados para o convvio em sociedade. A tica envolve princpios que norteiam o convvio em sociedade, deste modo torna-se necessrio que a escola trabalhe, alm dos temas estruturadores, temas que favoream a integrao social do individuo. A orientao sexual passou a fazer parte dos currculos escolares por meio dos PCN (Parmetros Curriculares Nacionais), devido a uma necessidade de uma orientao mais ampla aos adolescentes dentro do ambiente escolar. Esse tema atua em conjunto com vrias disciplinas, cabe ao educador ter orientao e percepo para ministr-lo de modo compreensvel, apresentando aos jovens a seriedade de conhecer os seus limites prprios (CASSIMIRO, 2005). A nfase dada ao tema Pluralidade Cultural assinalada pela necessidade de se combater atravs da educao, o preconceito em relao ao diferente, uma vez que a sociedade brasileira formada por diferentes etnias e tambm por imigrantes de diferentes pases. O Ensino de Sade tem como principal desafio uma educao que garanta de forma efetiva uma variao nas atitudes e hbitos de vida, de forma benfica garantindo a qualidade de vida e sade da humanidade. A escola tem uma funo importante na valorizao da conduta relativa sade, pois a infncia e adolescncia so pocas decisivas na construo de comportamentos positivos. O tema Trabalho e Consumo de imensa importncia quanto ao acesso social e poltico, devido a existncia de diversos trabalhos sociais em tudo que consumimos, que so realizados por vrias modalidades de trabalhos construdos historicamente, sujeitos crtica, interveno e mudanas. Os relatos do trabalho e do consumo so elementos de um intenso debate, traduzindo a carncia e a urgncia de uma procura conjunta de solues por parte do Estado, da sociedade civil e de todos os cidados, que instiguem a distribuio de renda, polticas de habitao, sade, educao e alimentao. Um ponto crucial que deve ser focado o estudo do meio ambiente, analisar suas caractersticas, e ter a noo dos prejuzos que a ao exacerbada do homem no meio pode trazer. A discusso desse tema na escola pode ser uma possibilidade para sanar estragos trazidos populao decorrentes destes problemas. A poluio do meio ambiente vista de todos os modos, seja no mbito de 20. 19 poluio do ar ou do solo ou da gua, no uma preocupao apenas do ponto de vista biolgico, fsico ou qumico, pois o ambiente, independente de estar poludo ou no, no se restringe apenas a um campo de conhecimento, exigindo, no entanto, no exclusivamente as Cincias da Natureza, mas tambm as Cincias Humanas, se almejar que o problema efetivamente socioambiental deva ser mais satisfatoriamente equacionado, num exemplo da interdisciplinaridade atribuda pela temtica real (BRASIL, 2006). 3.2 EDUCAO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE 3.2.1 HISTRICO DA EDUCAO AMBIENTAL Logo aps a Conferncia Intergovernamental a respeito da Educao Ambiental realizada em Tsibilisi (EUA), em 1977, comea-se neste ponto um vasto processo em nvel global coordenado para desenvolver condies que possibilitem uma nova conscincia sobre a importncia do meio ambiente e para redimensionar a formao do conhecimento baseada nas formas da interdisciplinaridade e nos valores da complexidade. Este espao educativo tem sido renovado de forma transversal, e isso tem permitido a realizao de experincias reais de educao ambiental de modo criativo e inovador por vrios segmentos da populao e em variados nveis de concepo (JACOBI, 2003). Historicamente, convencionou-se dar o nome de educao ambiental s prticas educativas associadas questo ambiental. Deste modo, educao ambiental sugere uma qualidade importante que define classes de caractersticas que unidas, possibilitam o reconhecimento de sua identidade, em frente educao que anteriormente no era vista como algo ambiental (BRASIL, 2004). 3.2.2 HISTRICO DA SUSTENTABILIDADE As ideias de desenvolvimento e direitos humanos so duas ideias que marcaram representativamente a segunda metade do sculo XX. Nessas, o preceito das Naes Unidas assume o papel de autor e impulsionador dos artifcios de 21. 20 debate e construo de agendas que direcionem estes assuntos para a populao (JACOBI, 2006). Analisando sob uma perspectiva diferente, possvel observar que o discurso sobre a sustentabilidade originou-se como um substituto ao discurso que tratava do desenvolvimento econmico, produzido e propagado pelos pases centrais do capitalismo, principalmente pelos Estados Unidos, e destes para o resto do mundo diante do contexto da Guerra Fria. Logo aps os anos 70 do sculo anterior, o debate desenvolvimentista exps seus limites por meio de uma crise, que apesar de ter uma maior visibilidade, era ao mesmo tempo social, tico-cultural e ambiental (LIMA, 2003). Neste norte, pode-se afirmar que a questo ambiental introduziu um novo ingrediente que proporciona uma melhor viso crtica e social nos aspectos de uma reviso abrangente acerca do modelo de civilizao do ocidente e da necessidade de criar uma incorporao junto ao debate dos diversos pontos que direcionam as relaes entre a sociedade e o meio ambiente (LIMA, 2003). 3.2.3 SUSTENTABILIDADE NA PRTICA EDUCACIONAL O pensamento a respeito das prticas sociais, em um assunto marcado pela degradao inaltervel do meio ambiente e do seu ecossistema, est relacionado com uma fundamental articulao na sistematizao de sentidos para a educao ambiental (JACOBI, 2003). Emergiu no Brasil e no mundo, termos renovados para o exerccio educacional relacionado ao meio ambiente na dcada de 90: alm da educao ambiental, fala-se em Educao para a sustentabilidade (NEAL, 1995, apud LAYRARGUES, 2006). Para Noal e Barcelos (2007) a educao ambiental inicia ao fazermos compreensvel a natureza, da qual, acreditamos ter seus segredos. De acordo com Pereira (2011) a carncia de demonstrao quanto estrutura terica na qual se baseia a noo de sustentabilidade, a falta de identificao com o ambiente e a carncia de sentimentos pertinentes, so os principais fatores que emperram a prtica do desenvolvimento sustentvel. 22. 21 Todas as pessoas tm pleno direito de conviver em um ambiente devidamente equilibrado, de modo que o uso comum de forma adequada, juntamente com o essencial para qualidade de vida, seja disponibilizado com a educao ambiental. Desta forma cabe ao poder pblico o dever de defender o meio ambiente, assim como os demais integrantes da sociedade tem o compromisso de preserv-lo para as futuras geraes (DIAS, 1992). Grande nmero dos autores que analisam de forma especifica a proposta de uma educao direcionada a sustentabilidade, admitem que ela tenha origem em meio a uma tentativa de superar alguns problemas argumentados pela educao ambiental e colocados em prtica em vrios pases (LIMA, 2003). De acordo com Benfica (sd) o desenvolvimento sustentvel apresenta um importante constituinte educativo, que a preservao do meio ambiente, que de certa forma depende de uma sensibilizao ecolgica que deve ocorrer em meio formao escolar, visto a necessidade de formao de cidados conscientes e solidrios com a humanidade e com a natureza. Apesar de ser reconhecida a importncia que a educao ambiental tem diante do processo de sensibilizao para as questes ambientais e nas tentativas de recuperar iniciativas sociais direcionadas preservao socioambiental, acredita- se que ela no teve estmulos suficientes para atender as exigncias de alteraes criadas em seu desenvolvimento. Todavia, aps algumas criticas e diagnstico da educao ambiental em diversas escolas europias ao longo das dcadas passadas chegou-se a proposta renovada de educao para a sustentabilidade ou para o desenvolvimento sustentvel (LIMA, 2003). 23. 22 4 METODOLOGIA 4.1 TIPO DE PESQUISA Trata-se de uma investigao do tipo descritiva e exploratria, com uma abordagem do tipo qualitativa e quantitativa. De acordo com Barbosa (2001), a pesquisa exploratria um estudo que busca a familiarizao com o fenmeno, a percepo e a descoberta de novas ideias sobre o assunto visado. Segundo o referido autor, o estudo descritivo foca-se em delinear caractersticas, propriedades ou relaes existentes na realidade pesquisada. O estudo qualitativo classificado por Neves (1996) como uma abordagem que compreende um conjunto de diferentes tcnicas interpretativas que visam a descrever e a decodificar os componentes de um sistema completo de significados. 4.2 POPULAO E AMOSTRA Os sujeitos da pesquisa foram os alunos de 3 ano das turmas de Enfermagem, Redes de computadores e Comrcio, da Escola Estadual de Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo, totalizando um nmero de 84 alunos. A escolha desta populao se justifica pelo fato de serem as turmas que estavam na escola a mais tempo (3 anos) e por isso conheciam melhor as prticas pedaggicas desenvolvidas pela escola. Adotando os seguintes critrios de incluso: Alunos que estavam presentes na data de aplicao do questionrio; Alunos cujos pais autorizaram a sua participao na pesquisa; 4.3 LOCAL DE ESTUDO O presente trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual de Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo, previamente autorizado atravs do Termo de Autorizao para realizao da Pesquisa (Apndice A), localizada na Rua Emlia de 24. 23 Lima Pinho, S/N, Bairro So Francisco Acopiara CE. A cidade de Acopiara localiza-se na regio Centro-Sul do Estado do Cear, a 283 km de Fortaleza. A cidade tem 51.171 habitantes ocupando uma rea de 2.253,78 km. A Escola Estadual de Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo uma escola profissionalizante adaptada, pois ainda no atende os padres especificados pelo Ministrio da Educao. Em sua estrutura fsica dispe de 9 salas de aula, laboratrios de Informtica, Biologia, Qumica, Fsica, Enfermagem, Hardware e Matemtica, sala de multimeios, secretaria e sala dos professores. Tem um grupo de professores formado por 30 profissionais e o ncleo gestor com 4 integrantes. No ano de 2013 a escola tinha matriculados 337 alunos em 9 turmas. A escola referncia em educao na regio, pois obtm ndices favorveis nas avaliaes externas como o SPAECE e ENEM, alm de preparar os alunos para os vestibulares e para o mercado de trabalho. A escola costuma trabalhar temas que sejam relevantes para a sociedade, organizando com frequncia eventos escolares. 4.4 COLETA DE DADOS A coleta de dados foi feita a partir da aplicao de um questionrio contendo 13 questes objetivas (Apndice C), que foi aplicado durante os meses de agosto e setembro de 2013, respondido de forma annima. Concluindo-se a coleta dos dados foi dada continuidade ao trabalho por meio da anlise e discusso dos dados. 4.5 ANLISE DOS DADOS Foi realizada uma anlise descritiva dos dados, a primeira coisa a se fazer com os dados de uma pesquisa cientfica consiste na descrio dos mesmos (PASQUALI, sd). Essa descrio ou apresentao dos dados ser estatisticamente efetuada de duas formas (1) uma descrio algbrica que utiliza nmeros e (2) uma descrio geomtrica, essa fazendo uso de desenhos ou grficos. Alm de uma anlise descritiva dos resultados obtidos. 25. 24 4.6 ASPECTOS TICOS E LEGAIS DA PESQUISA A legislao vigente do Brasil sobre as questes ticas que envolvem as pesquisas com seres humanos est contida na Resoluo 196/96 do Conselho Nacional de Sade. Dentre os aspectos ticos a resoluo refere-se ao respeito ao indivduo pesquisado atravs do consentimento livre e esclarecido. O pesquisador dever garantir o desejo dos participantes referente ao sigilo das informaes fornecidas e o direito de desistir de participar do estudo. Aspectos como a confidencialidade, a privacidade, o anonimato, a proteo de imagem devem ser assegurados aos participantes no decorrer de todo o processo de pesquisa. Foi utilizado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) com os sujeitos pesquisados, resguardando os mesmos dos preceitos ticos de acordo com a Resoluo 196/96. (Apndice B). 26. 25 5 RESULTADOS E DISCUSSES O presente estudo foi realizado com 84 alunos de 3 ano do ensino mdio da EEEP Alfredo Nunes de Melo, onde destes 52 so do sexo feminino e 32 do sexo masculino, com idade variando de 16 a 22 anos, sendo que a faixa etria predominante de 16 a 18 anos, tendo 81 alunos nesta faixa. 5.1 AMBIENTE ESCOLAR E SUA INFLUNCIA SOBRE A PRTICA DE SUSTENTABILIDADE Nas indagaes feitas aos entrevistados sobre como a escola (coordenao pedaggica) d importncia temtica sustentabilidade, tivemos como respostas de 52,38% dos entrevistados que a coordenao acompanha de forma constante o trabalho das disciplinas complementares, deste modo direciona as atividades relacionadas temtica sustentabilidade, o que demonstra uma preocupao da coordenao na insero de assuntos pertinentes realidade vivenciada pelos alunos. Esse fato corrobora com Brasil (2007), pois o mesmo afirma que uma das principais dificuldades nos trabalhos com a educao ambiental do ponto de vista metodolgico a falta de prticas pedaggicas refletidas, que apresentem competncias tcnicas e pedaggicas, devendo estas serem acompanhadas e direcionadas pela coordenao pedaggica. Tambm foi pesquisada a relao de respeito entre todos os membros da comunidade escolar (educadores, pais e alunos) e obteve-se como resposta que esta relao positiva (95,23% dos entrevistados), sendo marcada pelo respeito entre todos. Segundo Brasil (2007) o respeito diversidade e aos processos vitais so a base para o desenvolvimento de uma sociedade com princpios de cidadania e sustentabilidade. Apontando tambm como um dos princpios bsicos para a educao ambiental o reconhecimento e o respeito pluralidade e diversidade individual e cultural. Tomando-se como ideia este pressuposto, surge antes da necessidade do respeito diversidade e aos processos vitais, o respeito entre os prprios indivduos desta sociedade, como norteador das demais relaes cordiais. 27. 26 Porm, Marriel et al (2006), observaram em seu estudo que a relao entre os educadores e os educandos era marcada pela falta de respeito e cordialidade, no favorecendo ao processo de formao cidad, ponto fundamental da temtica sustentabilidade. Indagou-se tambm, sobre quais disciplinas trabalham o tema sustentabilidade? Os alunos apontaram como principais respectivamente: Geografia, Biologia, Qumica, Histria, Portugus e Matemtica (TABELA 02). TABELA 2 Informaes sobre as disciplinas que trabalham o tema sustentabilidade Disciplina indicada Quantidade de alunos Geografia 61 Biologia 57 Qumica 6 Portugus 4 Histria 4 No lembro 2 Matemtica 1 Outras 1 Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo O fato da disciplina de Geografia ser mais citada pelos estudantes do que a disciplina de Biologia um fator intrigante. Supe-se que o fato da professora de Geografia ter sido a mesma durante os trs anos do Ensino Mdio e na disciplina de Biologia ter havido uma rotatividade de professores, seja um fator contributivo para este resultado. Dentre todas as disciplinas, por nenhum dos indagados foram citadas as disciplinas de Fsica e Educao Fsica. De acordo com Baum e Povaluk (2012) cerca de 80% dos professores entrevistados trabalham com a educao ambiental de forma interdisciplinar, o que preconizado pelos PCN. Porm eles retratam que os professores de Artes, Matemtica e Ensino Religioso, so os que encontram maior dificuldade com o trabalho de educao ambiental. Acredita-se que isso ocorra pela falta de relao direta dessas disciplinas com as o meio ambiente em si. 28. 27 Abreu e Carneiro (2009) citam vrios projetos envolvendo a rea da Educao Fsica e o desenvolvimento sustentvel, de modo a retratar a importncia deste trabalho de modo frequente. Dentre estes destacam-se: preservar a natureza, reciclando e brincando; reciclar, aprender e brincar: uma ao compartilhada entre famlia e escola; orientao na escola: um caminho seguro para o futuro; e unir esforos para a sustentabilidade de uma comunidade. Da mesma forma, na Conferncia Internacional sobre o Meio Ambiente e Sociedade, Educao e Conscincia Pblica para a Sustentabilidade, que ocorreu em Tessalnica (Grcia), foi considerado como destaque a necessidade de uma ligao entre a educao ambiental e o conceito de tica e sustentabilidade, alm da efetividade dos processos de interdisciplinaridade (SORRENTINO, 1998 apud JACOBI, 2003). Abreu e Carneiro (2009) tambm ressaltam a importncia de todas as disciplinas trabalharem em conjunto com a temtica de educao ambiental, no sentido de promover reflexes positivas e aes com relao problemtica socioambiental. Esse trabalho em conjunto muito importante no cotidiano escolar, pois faz com que haja uma sintonia entre todos os professores, favorecendo o desenvolvimento das aes propostas por toda a escola para o trabalho com a temtica sustentabilidade. No tocante de projetos educativos, de acordo com grande parte dos entrevistados (53%), a escola poucas vezes desenvolve projetos sobre a sustentabilidade, onde seja possvel haver a interao entre escola e comunidade (GRFICO 01), fazendo-o apenas em datas comemorativas especficas. 29. 28 GRFICO 01 Projetos educacionais sobre sustentabilidade que permitem a interao entre escola e comunidade Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo Alguns alunos afirmam que a escola nunca trabalhou com projetos envolvendo o tema sustentabilidade. Supe-se que essa resposta se relacione ao fato desses alunos no estarem presentes nos dias em que estes projetos foram executados ou no terem interesse nesses temas, e deste modo no lembrando de suas ocorrncias. Porm, nos ltimos anos, vem ganhando espao na rea educacional, uma prtica pedaggica que se utilize da experimentao, simulao e participao, levando os alunos/comunidade a interagirem e exercerem suas criatividades e capacidades, o que denomina-se de Pedagogia de Projetos ou Educao por Projetos (BEAUCLAIR, 2001). Segundo Masson et al. (2012), a aprendizagem que acontece quando os alunos se envolvem nos projetos a aprendizagem mais desejvel, pois faz com que o individuo explore e investigue seus interesses, construindo seu conhecimento e motivando-o, alm de estreitar a relao com seu cotidiano, facilitando ainda mais o processo de aprendizagem. 53% 38% 5% 4% 30. 29 5.2 ENSINO-APRENDIZAGEM DO TEMA SUSTENTABILIDADE No primeiro questionamento nessa temtica, observamos que a maioria dos alunos entrevistados (80%) afirma conhecer o conceito de sustentabilidade (GRFICO 02), sendo muito semelhante com a encontrada por Sarmento e Filho (2007), onde eles encontraram que 90% de sua amostra conheciam a definio de sustentabilidade. Como medida comprovatria, interrogou-os sobre a conceituao do termo sustentabilidade, tendo 73% definido de forma correta, dado que se aproxima do percentual que afirma ter conhecimento sobre o significado deste termo (GRFICO 03). Estes ndices apontam para o pressuposto de que as formas de desenvolvimento dos temas associados educao ambiental esto surtindo efeitos positivos nos educandos, j que notria a importncia desse trabalho para a formao de cidados crticos e preocupados com as futuras geraes. GRFICO 02 Conhecimento dos alunos sobre o conceito de sustentabilidade Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo 31. 30 GRFICO 03 Conceito de sustentabilidade Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo Segundo Ataide e Silva (2011) a sociedade nos anos de 60 e 70 passou por grandes mudanas, e a escola como um lugar de formao para a sociedade tinha o papel de acompanh-las. Atualmente a sociedade sofre uma srie de mudanas, neste aspecto a escola e os educadores devem sempre trabalhar de modo a aperfeioar as metodologias de ensino, para que desta forma consigam atrair os alunos ao conhecimento. Fazer com que os jovens se sintam estimulados a estudar o meio ambiente e os impactos que a humanidade causa nele, no uma tarefa fcil, por isso, surge necessidade de metodologias diversificadas no ensino de sustentabilidade. Dessa forma, foram questionadas as metodologias utilizadas para o ensino de sustentabilidade, tendo a aulas dialogadas como o mtodo de ensino citado pela maioria dos alunos (57), onde existe a prevalncia da interao professor-aluno, desta forma permitindo que o aluno interaja constantemente no decorrer da aula, apontando seus argumentos e podendo tirar suas dvidas (GRFICO 04). 32. 31 GRFICO 04 Tipos de metodologias aplicadas para o ensino de sustentabilidade Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo As prticas de ensino de Biologia na escola podem ainda ser consideradas como incipientes, tanto nos aspectos metodolgicos como em tempo curricular (BRASIL, 2007). Estes fatores contribuem para as dificuldades de inovao no ensino de Cincias, o que torna a impedir que algumas medidas sejam tomadas. O fato da existncia de metodologias diferenciadas, no significa propriamente que essas so adequadas a realidade dos alunos, muitas vezes necessria uma adaptao da metodologia realidade de cada sala de aula, sendo que possvel perceber a grande heterogeneidade dentro de um mesmo espao escolar. De acordo com Moraes (2009) todas as disciplinas (100%), no curso de Engenharia de Produo Agroindustrial utilizam metodologia de aulas expositivas dialogadas, mostrando deste modo a importncia da utilizao desta metodologia nas prticas de ensino. Pois o objetivo desta prtica substituir a palestra docente por uma forma de ensino cuja maior vantagem permitir a participao dos estudantes, de modo a favorecer o aprendizado atravs das trocas de 33. 32 conhecimentos entre alunos e professores, de modo que se possa obter uma aprendizagem colaborativa entre todos. As aulas expositivas dialogadas so prticas pedaggicas muito eficientes, porm no cotidiano da escola o professor deve adotar outras estratgias didticas, de modo a facilitar o aprendizado dos alunos e motiva-los. Uma dessas prticas diferenciadas so as aulas de campo. A metodologia citada pelos alunos com menor frequncia foi s aulas de campo, sendo um indicador negativo no ensino de sustentabilidade, pois DE Oliveira e Correia (2013) citam que as aulas de campo quando trabalhadas com o pblico de alunos de 3 ano que esto vendo assuntos relacionados a ecologia e ao meio ambiente, possibilita lev-los a realidade da natureza, permite a visualizao dos seres vivos em seu ambiente natural, onde possvel que eles percebam a importncia que todos tm para a natureza, e deste modo se sensibilizem com questes de proteo e conservao do ambiente em que vivemos. Um importante ponto para facilitar a aprendizagem dos alunos a interao professor-aluno, pois sabido que as interaes sociais se fazem necessrias dentro do contexto escolar, sendo requisitos bsicos para que a prtica educacional tenha xito (TASSONI, 2000). Ao indagar se os alunos nas aulas que tratam de sustentabilidade interagem com os professores, tirando suas dvidas e fazendo comentrios relevantes ao assunto tratado, a maioria (60%) afirmou que s fazem isso s vezes (GRFICO 05). Sendo este um dos fatores que podem dificultar o aprendizado dos alunos ao estudar o contedo. Supe-se que a interao professor-aluno na escola no seja to otimizada por conta da quantidade de disciplinas e de contedos necessrios para a formao do Ensino Mdio Profissionalizante, visto que os alunos desta escola precisam sair com uma profisso. 34. 33 GRFICO 05 Interao professor-aluno nas aulas sobre sustentabilidade Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo De acordo com Lopes et. al. (2009) em seu trabalho sobre a interao professor-aluno, esta relao de suma importncia para que o processo de aprendizagem ocorra de modo eficiente, a autora realizou uma pesquisa onde os questionamentos eram feitos aos professores, e ao indagar sobre o dilogo e a interao dentro da sala de aula, todos os professores afirmam primar por esta relao e que a mesma ocorre de forma favorvel dentro de sua sala de aula. Porm, quando comparamos o dado observado e a metodologia mais utilizada, temos uma lacuna nesse sentido, sendo necessrio que a interao esteja mais presente em sala de aula, e que ela se desenvolva de modo positivo, conservando-se o respeito mtuo, onde sejam preservados os momentos de ouvir e os de expor suas opinies, sem constranger os educandos nem os educadores. Uma dessas possibilidades pode ser proporcionada atravs da diversificao de estratgias educacionais, se utilizando, principalmente, das que do oportunidade dos alunos exporem, de forma mais aberta e enftica suas opinies e ao mesmo instante ouvir opinies que em alguns casos divergem das suas, formando deste modo um pensamento mais elaborado (ALTARUGIO, 2010). Alm da interao aluno-professor, foi perguntado sobre a presena ou no de debates crtico nas aulas associadas temtica do meio ambiente, e como 35. 34 resultado, obtivemos que a maioria (56%) alega que de vez em quando acontecem debates direcionados as problemticas atuais dos recursos naturais (GRFICO 06). GRFICO 06 Presena de debates crtico nas aulas sobre o meio ambiente Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo De acordo com Altarugio (2010), para estimular a entrada dos alunos e envolv-los na atividade de debate, cada professor adota estratgias distintas. Segundo a autora a ocorrncia de momentos como estes proporciona aos educando uma formao crtica e reflexiva da realidade na qual o planeta terra se encontra, de modo a instigar uma conscincia voltada a preservao do ambiente natural. Uma outra possibilidade de insero e interesse do alunato a utilizao de palestras informativas, assim questionou-se a ocorrncia de metodologia dessa natureza e observou-se que de acordo com a maioria dos entrevistados (69%) a EEEP Alfredo Nunes de Melo no costuma realizar palestras sobre os recursos naturais na natureza (GRFICO 07). 36. 35 GRFICO 07 Ocorrncia de palestras associadas aos recursos naturais disponveis na natureza Fonte: Pesquisa de campo EEEP Alfredo Nunes de Melo Mas, segundo Farias e Maracaj (2012) as palestras educativas so estratgias muito eficientes na educao ambiental, e so bastante utilizadas em projetos, com o intuito de trabalhar assuntos relacionados ao desenvolvimento sustentvel. Esse fato corrobora com dados encontrados em nossa pesquisa, no qual 54% dos alunos da escola em estudo no se envolvem/interessam nos desenvolvidos, o que forma uma lacuna na sua formao cidad dos mesmos. Esses dados diferem dos obtidos por Lopes et. al. (2009) onde, em sua pesquisa, ele encontra que 66% dos alunos se engajam nos eventos escolares e demonstram uma participao ativa e contributiva. Diante dessas questes norteadoras sobre o desenvolvimento sustentvel possvel perceber que a instituio em estudo apresenta algumas aes pertinentes a esta temtica, porm apresenta ainda algumas deficincias na forma como executar a educao ambiental. 37. 36 6 CONCLUSO Diante dos resultados expostos observa-se que os alunos compreendem os conhecimentos relacionados ao tema sustentabilidade, embora no se envolvam de forma intensa em projetos e eventos promovidos pela escola, que tratem da sustentabilidade. Identificou-se nesta pesquisa que a escola desenvolve alguns trabalhos pedaggicos visando o trabalho com o tema em questo, porm no ocorre ainda de forma totalmente interdisciplinar, alm de necessitar desenvolver estratgias pedaggicas que cativem os estudantes durante o processo ensino-aprendizagem, como a utilizao de dinmicas aplicadas ao ensino de sustentabilidade e no somente se utilizar das aulas expositivas-dialogadas. 38. 37 REFERNCIAS ABREU, Marise Jeudy Moura de; CARNEIRO, Snia Maria Marchiorato. A Relao Entre A Educao Fsica e a Educao Ambiental Um Estudo na Rede Municipal de Ensino de Curitiba. In: Congresso Nacional de Educao. Outubro. 2009. ALTARUGIO, Maisa Helena; DINIZ, Manuela Lustosa; LOCATELLI, Solange Wagner. O debate como estratgia em aulas de qumica. Qumica Nova na escola, v. 32, n. 1, p. 26-30, 2010. ATAIDE, Mrcia Cristiane Eloi Silva; DA CRUZ SILVA, Boniek Venceslau. 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Oxford: Oxford University Press, 1987. 43. 42 APNDICE A Termo de Autorizao para Realizao da Pesquisa UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR - UECE FACULDADE DE EDUCAO, CINCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI CURSO DE CINCIAS BIOLGICAS Eu, Alzeir Machado Rodrigues, objetivando fazer um estudo para identificar as prticas pedaggicas realizadas no tema de Sustentabilidade nessa conceituada instituio de ensino, juntamente com meu orientador Jones Baroni Ferreira de Menezes, solicitamos a autorizao da direo geral para a realizao da pesquisa intitulada SUSTENTABILIDADE COMO TEMA DE PRTICAS PEDAGGICAS NA ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAO PROFISSIONAL ALFREDO NUNES DE MELO ACOPIARA - CEAR. Eu, ____________________________________, diretora da instituio supracitada, portadora de RG n __________________________, estou ciente das informaes recebidas e de acordo com a coleta de dados da pesquisa e que certa que no haver nenhum risco causado pela liberao do estudo. Ainda, estou consciente de que os resultados sero usados apenas para fins cientficos, no havendo nenhuma despesa ou gratificao para participao da referida pesquisa, e de que terei acesso aos resultados publicados em peridicos cientficos. _________________________________________________ Diretor(a) da Escola _________________________________________________ Alzeir Machado Rodrigues Pesquisador _________________________________________________ Prof. Ms. Jones Baroni Ferreira de Menezes Orientador 44. 43 APNDICE B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR - UECE FACULDADE DE EDUCAO, CINCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI CURSO DE CINCIAS BIOLGICAS Eu, Alzeir Machado Rodrigues, concludente do curso de Licenciatura em Cincias Biolgicas pela Faculdade de Educao, Cincias e Letras de Iguatu da Universidade Estadual do cear FECLI/UECE, estou desenvolvendo o estudo que objetiva identificar as prticas pedaggicas realizadas no tema de Sustentabilidade atravs da aplicao de uma questionrio aplicado aos alunos da EEEP ALFREDO NUNES DE MELO no municpio de Acopiara-CE. Assim, solicito sua autorizao para que possa participar da pesquisa intitulada SUSTENTABILIDADE COMO TEMA DE PRTICAS PEDAGGICAS NA ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAO PROFISSIONAL ALFREDO NUNES DE MELO EM ACOPIARA - CE. Desde j, informo-lhe que os dados sero apresentados ao Curso de Cincias Biolgicas na FECLI/UECE, podendo ser utilizados tambm em eventos cientficos. Porm, dou-lhe a garantia de que suas informaes sero resguardadas de forma annima. Caso precise entrar em contato comigo, informo-lhe que meu telefone (88) 9908-8873. _____________________________ Alzeir Machado Rodrigues CONSENTIMENTO PS-ESCLARECIMENTO Tendo sido satisfatoriamente informado sobre a pesquisa acima citado, concordo em participar da mesma, estou ciente de que o nome no ser divulgado e que o pesquisador estar disponvel para responder a quaisquer dvida. 45. 44 Acopiara, ______ de _________________ de 2013. _________________________________________ Assinatura do Aluno 46. 45 APNDICE C QUESTIONRIO DE ENTREVISTA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR - UECE FACULDADE DE EDUCAO, CINCIAS E LETRAS DE IGUATU FECLI CURSO: CINCIAS BIOLGICAS ENTREVISTADOR: ALZEIR MACHADO RODRIGUES ORIENTADOR: JONES BARONI FERREIRA DE MENEZES TEMA: Sustentabilidade como tema de prticas pedaggicas na Escola Estadual de Educao Profissional Alfredo Nunes de Melo em Acopiara - Cear 1. Informaes Pessoais Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Idade:______________ 2. Informaes relacionadas ao ambiente escolar Como a escola (coordenao pedaggica) d importncia a temtica sustentabilidade? ( ) A coordenao acompanha o andamento das disciplinas complementares; ( ) A coordenao no se envolve, visto que o que tem que ser dado importncia maior so os contedos da Base Comum (Linguagens e Cdigos, Cincias da Natureza, Matemtica e Cincias Humanas). ( ) Outra. Qual?_____________________________________________________________________________ ( ) No lembro. ( ) No sei As relaes entre alunos, professores, gestores, demais funcionrios e familiares so marcadas pelo respeito? ( ) Sim ( ) No Em que disciplina(s) geralmente trabalhado em sua escola o tema desenvolvimento sustentvel? ( ) Biologia ( ) Histria ( ) Portugus ( ) Geografia ( ) Qumica ( ) Matemtica ( ) Fsica ( ) Educao Fsica ( ) No lembro ( ) Outra. Qual? ______________________________ 3. Ensino do tema sustentabilidade 47. 46 Voc conhece a definio do termo sustentabilidade? ( ) Sim. ( ) No. ( ) No lembro. O professor quando trabalha com o tema sustentabilidade, ele usa formas de ensino diferentes ou geralmente usa a mesma metodologia? ( ) Alterna as metodologias. ( ) Sempre usa a mesma metodologia. Quais das metodologias de ensino, so geralmente utilizadas pelos professores na hora de trabalhar o tema sustentabilidade? ( ) Aula expositiva. ( ) Seminrios apresentados pelos alunos. ( ) Aula dialogada. ( ) Aula dinamizada. ( ) Aula de campo. ( ) Outras. Nas aulas que voc j teve sobre sustentabilidade com que freqncia ocorria a interao professor-aluno? ( ) Sempre. ( ) Raramente. ( ) Quase sempre . ( ) As vezes. ( ) Nunca. 4. Sustentabilidade: conceitos e suas relaes Qual a definio de sustentabilidade? ( ) Satisfazer s necessidades da gerao presente sem comprometer as necessidades das geraes futuras. ( ) Utilizar os recursos na gerao atual, pois o futuro est muito distante para ser pensado. ( ) uma idia de tentar manter o ecossistema natural inalterado. ( ) No lembro. ( ) No sei. 5. Problemtica do aprendizado da educao ambiental para a sustentabilidade Nas aulas relacionadas ao tema sustentabilidade, com que frequncia voc costuma interagir com o professor, para tirar suas dvidas? ( ) Sempre. ( ) Quase sempre. ( ) As vezes. ( ) Nunca. 48. 47 Com que frequncia ocorrem debates em sala de aula direcionados as problemticas atuais do meio ambiente? ( ) Constantemente. ( ) De vez em quando. ( ) Raramente. ( ) Nunca. 6. Prticas escolares de interveno, voltados para o tema sustentabilidade Com que frequncia escola costuma organizar projetos direcionados para o desenvolvimento sustentvel, onde seja possvel haver uma interao entre a escola e a comunidade? ( ) Muitas vezes. ( ) Algumas vezes. ( ) Poucas vezes. ( ) Nunca. Voc costuma se envolver eventos escolares relacionados educao ambiental? ( ) Sim ( ) No comum na escola ter palestras associadas aos recursos naturais disponveis na natureza? ( ) Sim ( ) No