suplemento do jornal causa operária nº142

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SUPLEMENTO GRATUITO DO SEMANÁRIO NACIONAL OPERÁRIO E SOCIALISTA CAUSA OPERÁRIA ANO XI, Nº 142, 14 A 20 DE MAIO DE 2016 É preciso reagir GREVE GERAL CONTRA O GOLPE Na quinta-feira, 11, a presidenta Dilma Rousseff foi afastada do cargo após anos de campanha massacrante da imprensa capitalista e de conspi- ração na qual participavam também o Judiciário, a Polícia Federal e a direita brasileira. É preciso resistir a esse golpe que tem como alvo o patrimônio nacional e a população trabalhadora, com me- didas já anunciadas de liquidação de direitos trabalhistas e outros. Em primeiro lugar, é preciso ter claro que, apesar da batalha ganha, o golpe ainda não foi vitorioso e não po- demos considerá-lo como tal. Muitos falam em levantar a palavra de ordem “fora Temer”, o que seria um erro, já que, além de ele não ser ainda presi- dente, seria considerar o golpe como consolidado, o que ele não está. A abertura do processo de impea- chment e o afastamento de Dilma só mostram que é preciso intensificar a luta contra o golpe. As mobilizações de massas realizadas desde o ano pas- sado conseguiram retardar o processo, mas não derrotá-lo. Caso não tivesse havido resistência, possivelmente o golpe já teria se dado há mais tempo. É preciso retomar essas mobilizações, nas ruas, bem como ações mais radi- cais, pois o golpe só pode ser parado pela força. É nesse sentido que os setores an- tigolpistas devem encampar a palavra de ordem de greve geral, indo para as fábricas e os bairros esclarecendo e mobilizando a população contra o golpe. A greve geral seria uma respos- ta de conjunto aos golpistas, na única linguagem que eles entendem. Para organizar tal greve, é necessá- rio uma grande mobilização, cujo pon- to de partida pode ser a convocação de uma plenária nacional de todos os mo- vimentos sociais e organizações dos trabalhadores da cidade e do campo.

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Page 1: Suplemento do Jornal Causa Operária nº142

Suplemento gratuito do Semanário nacional operário e SocialiStaCAUSA OPERÁRIA

ano Xi, nº 142, 14 a 20 de maio de 2016

É preciso reagir

Greve Geral contra o Golpena quinta-feira, 11, a presidenta

dilma rousseff foi afastada do cargo após anos de campanha massacrante da imprensa capitalista e de conspi-ração na qual participavam também o Judiciário, a polícia Federal e a direita brasileira.

É preciso resistir a esse golpe que tem como alvo o patrimônio nacional e a população trabalhadora, com me-didas já anunciadas de liquidação de direitos trabalhistas e outros.

em primeiro lugar, é preciso ter claro que, apesar da batalha ganha, o golpe ainda não foi vitorioso e não po-demos considerá-lo como tal. muitos falam em levantar a palavra de ordem “fora temer”, o que seria um erro, já que, além de ele não ser ainda presi-dente, seria considerar o golpe como consolidado, o que ele não está.

a abertura do processo de impea-chment e o afastamento de dilma só mostram que é preciso intensificar a

luta contra o golpe. as mobilizações de massas realizadas desde o ano pas-sado conseguiram retardar o processo, mas não derrotá-lo. caso não tivesse havido resistência, possivelmente o golpe já teria se dado há mais tempo. É preciso retomar essas mobilizações, nas ruas, bem como ações mais radi-cais, pois o golpe só pode ser parado pela força.

É nesse sentido que os setores an-tigolpistas devem encampar a palavra de ordem de greve geral, indo para as fábricas e os bairros esclarecendo e mobilizando a população contra o golpe. a greve geral seria uma respos-ta de conjunto aos golpistas, na única linguagem que eles entendem.

para organizar tal greve, é necessá-rio uma grande mobilização, cujo pon-to de partida pode ser a convocação de uma plenária nacional de todos os mo-vimentos sociais e organizações dos trabalhadores da cidade e do campo.

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suplemento semanal do jornal causa operária Ano XI, edição semanal • nº 142, de 14 a 20 de maio de 2016 • tiragem: 50 mil exemplares • distribuição gratuita • editado pela Secretaria Nacional de Agitação e Propaganda do CCN/PCO • Rua Serranos nº 108, Saúde, São Paulo-SP, CEP 04147-030

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por um plano de lutas para derrotar o golpe

a partir das manifestações do últi-mo dia 17 de abril, quando foi apro-vada na câmara dos deputados a ad-missão do processo de impeachment contra a presidente dilma rousseff, as mobilizações contra o golpe per-deram força.

o ato de 1º de maio em São pau-lo, menor que o esperado, foi o primeiro ato que mostrou esta ten-dência de enfraquecimento da mo-bilização.

a paralisação convocada para o dia 10 de maio também não teve a exten-são que poderia ter. apesar dos atos radicalizados que fecharam vias em todo o país, foram muito poucas e lo-calizadas as paralisações das princi-pais categorias operárias.

a baixa mobilização neste período é natural, é um reflexo de um período de transição, um momento em que a con-fiança de que o golpe poderia ser bar-rado por dentro das instituições é su-perada. esta situação coloca a necessi-dade da reorganização do movimento contra o golpe, ainda mais agora, após o afastamento da presidente pelo Se-nado. Somente esta reorganização que poderá garantir a continuidade deste movimento e sua vitória.

É preciso convocar uma plenária ge-ral, que reúna sindicatos, movimentos, centrais sindicais e populares, em su-ma, o conjunto daqueles que se opõem ao golpe para preparar os próximos passos, criando um plano de lutas para o próximo período.

participe das plenárias do pco

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