suplemento do jornal causa operária nº 100

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SUPLEMENTO GRATUITO DO SEMANÁRIO NACIONAL OPERÁRIO E SOCIALISTA CAUSA OPERÁRIA ANO XI, Nº 100, DE 27 DE SETEMBRO A 3 DE OUTUBRO DE 2014 - DISTRIBUIÇÃO NACIONAL - INTERNET: WWW.PCO.ORG.BR - ENDEREÇO ELETRÔNICO: [email protected] “NÃO TEMOS PLANO DE GOVERNO, TEMOS UM PLANO DE LUTA” O que o PCO pretende ao disputar as eleições? Nosso partido se apresenta nas eleições para chamar a po- pulação, em particular os tra- balhadores, a se mobilizar por suas próprias reivindicações, de maneira independente da bur- guesia e de seus partidos. Nós achamos que é só através da sua luta e organização independente da burguesia que os trabalhado- res vão conquistar as suas rei- vindicações mais sentidas. Isso, no entanto, só pode ser feito por meio de uma mudança, de alto a baixo, do regime político. E as eleições não são capazes de produzir uma mudança como essa. Quais são as principais reivindicações do partido? Um dos eixos centrais do programa do partido é a luta por salário, trabalho e ter- ra, onde incluímos a luta para melhorar as condições de vida dos trabalhadores da cidade e do campo. Salário, para nós, é a defe- sa de um salário mínimo vital, que não poderia ser inferior a R$3.500, que é o necessário para garantir a subsistência do trabalhador e de sua família. Além disso, defendemos que os salários sejam reajustados automaticamente diante da inflação, e a igualdade salarial para homens e mulheres, ne- gros e brancos que desempre- nhem uma mesma função. Trabalho é a defesa do em- prego, cuja principal reivindica- ção é a redução da semana de trabalho sem redução dos salá- rios para 35 horas, para dividir o emprego existente entre todos e acabar com o subemprego e a superexploração. Terra é a defesa das rei- vindicações do trabalhador do campo. É a reforma agrá- ria, tão necessária para tirar o Brasil do atraso, com a redis- tribuição das terras do latifún- dio entre todos os que preci- sam e queiram trabalhar. É o fim da repressão aos sem-ter- ra e a defesa da sua luta contra os jagunços dos grandes pro- prietários. Quais são os outros eixos do programa do PCO? Nessa campanha eleitoral acrescentamos às nossas rei- vindicações centrais a luta por liberdade, igualdade e inde- pendência. Liberdade significa: o fim de toda censura, aberta ou vela- da; nenhuma restrição à liberda- de de expressão. É a defesa de um conjunto de reivindicações democráticas que estão na or- dem-do-dia diante dos ataques dos governos da direita, como é o caso do PSDB em São Paulo. Trata-se da defesa do direito a liberdade de manifestação e do fim da PM e de todo o aparato repressivo. Além disso, defen- demos a mais ampla liberdade de organização partidária; o irrestrito direito de greve; a li- bertação e o fim dos processos contra todos os presos políticos; o fim de toda legislação repres- siva e a punição para os tortu- radores e assassinos do regime militar; o fim do monopólio dos grandes capitalitas sobre os meios de comunicação. A luta por igualdade é a luta pelas condições que garan- tam a igualdade de direitos en- tre homens e mulheres, negros e brancos. Além da isonomia salarial, é necessário um siste- ma de creches públicas em todo o país, para que a mulher possa trabalhar. É o livre ingresso na universidade, com o fim do ves- tibular, para que todos tenham acesso ao ensino superior. É a defesa do monopólio estatal do ensino e da saúde para garantir o seu caráter público e gratuito, e o acesso de toda a população. Independência é a luta pelo fim da dominação dos países imperialistas sobre o Brasil. Isso só será possível com o fim das privatizações e a estatização das empresas privatizadas como a Petro- bras, o sistema Telebras, todo o parque siderúrgico, a Vale etc. A isso se soma a estatiza- ção dos bancos e a criação de um banco estatal único; o fim de todos os tratados militares e diplomáticos do Brasil com o imperialismo e a estatização de todos os setores econômi- cos essenciais à vida do povo e das empresas estrangeiras, sob controle dos trabalhado- res destas empresas, como re- presentantes de todo o povo. Como o PCO busca colocar em prática esse programa? Nós não temos um plano de governo, temos um plano de luta. Nosso principal objetivo é a construção de um verda- deiro partido operário de mas- sas, revolucionário e socialis- ta, que se apoie nas mobiliza- ções da classe operária e dos demais setores oprimidos da sociedade, e seja capaz de di- rigir a luta por uma mudança profunda, colocando no poder um governo formado pelos trabalhadores da cidade e do campo, pelas organizações de luta da classe operária. A luta por um partido de massas, operário e socialis- ta, é o primeiro passo na luta por uma verdadeira revolução dirigida pela classe operária, para expropriar a burguesia e colocar o País no rumo do socialismo. ENTREVISTA COM RUI COSTA PIMENTA, CANDIDATO A PRESIDENTE DO PCO

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Page 1: Suplemento do jornal Causa Operária nº 100

SUPLEMENTO GRATUITO DO SEMANÁRIO NACIONAL OPERÁRIO E SOCIALISTA

CAUSA OPERÁRIAANO XI, Nº 100, DE 27 DE SETEMBRO A 3 DE OUTUBRO DE 2014 - DISTRIBUIÇÃO NACIONAL - INTERNET: WWW.PCO.ORG.BR - ENDEREÇO ELETRÔNICO: [email protected]

“NÃO TEMOS PLANO DE GOVERNO, TEMOS UM PLANO DE LUTA”

O que o PCO pretende ao

disputar as eleições?

Nosso partido se apresenta

nas eleições para chamar a po-

pulação, em particular os tra-

balhadores, a se mobilizar por

suas próprias reivindicações, de

maneira independente da bur-

guesia e de seus partidos. Nós

achamos que é só através da sua

luta e organização independente

da burguesia que os trabalhado-

res vão conquistar as suas rei-

vindicações mais sentidas.

Isso, no entanto, só pode

ser feito por meio de uma

mudança, de alto a baixo, do

regime político. E as eleições

não são capazes de produzir

uma mudança como essa.

Quais são as principais

reivindicações do partido?

Um dos eixos centrais do

programa do partido é a luta

por salário, trabalho e ter-

ra, onde incluímos a luta para

melhorar as condições de vida

dos trabalhadores da cidade e

do campo.

Salário, para nós, é a defe-

sa de um salário mínimo vital,

que não poderia ser inferior a

R$3.500, que é o necessário

para garantir a subsistência do

trabalhador e de sua família.

Além disso, defendemos que

os salários sejam reajustados

automaticamente diante da

infl ação, e a igualdade salarial para homens e mulheres, ne-

gros e brancos que desempre-

nhem uma mesma função.

Trabalho é a defesa do em-

prego, cuja principal reivindica-

ção é a redução da semana de

trabalho sem redução dos salá-

rios para 35 horas, para dividir

o emprego existente entre todos

e acabar com o subemprego e a

superexploração.

Terra é a defesa das rei-

vindicações do trabalhador

do campo. É a reforma agrá-

ria, tão necessária para tirar o

Brasil do atraso, com a redis-

tribuição das terras do latifún-

dio entre todos os que preci-

sam e queiram trabalhar. É o

fi m da repressão aos sem-ter-ra e a defesa da sua luta contra

os jagunços dos grandes pro-

prietários.

Quais são os outros eixos

do programa do PCO?

Nessa campanha eleitoral

acrescentamos às nossas rei-

vindicações centrais a luta por

liberdade, igualdade e inde-

pendência.

Liberdade signifi ca: o fi m de toda censura, aberta ou vela-

da; nenhuma restrição à liberda-

de de expressão. É a defesa de

um conjunto de reivindicações

democráticas que estão na or-

dem-do-dia diante dos ataques

dos governos da direita, como é

o caso do PSDB em São Paulo.

Trata-se da defesa do direito a

liberdade de manifestação e do

fi m da PM e de todo o aparato repressivo. Além disso, defen-

demos a mais ampla liberdade

de organização partidária; o

irrestrito direito de greve; a li-

bertação e o fi m dos processos contra todos os presos políticos;

o fi m de toda legislação repres-siva e a punição para os tortu-

radores e assassinos do regime

militar; o fi m do monopólio dos grandes capitalitas sobre os

meios de comunicação.

A luta por igualdade é a

luta pelas condições que garan-

tam a igualdade de direitos en-

tre homens e mulheres, negros

e brancos. Além da isonomia

salarial, é necessário um siste-

ma de creches públicas em todo

o país, para que a mulher possa

trabalhar. É o livre ingresso na

universidade, com o fi m do ves-

tibular, para que todos tenham

acesso ao ensino superior. É a

defesa do monopólio estatal do

ensino e da saúde para garantir

o seu caráter público e gratuito,

e o acesso de toda a população.

Independência é a luta

pelo fi m da dominação dos países imperialistas sobre o

Brasil. Isso só será possível

com o fi m das privatizações e a estatização das empresas

privatizadas como a Petro-

bras, o sistema Telebras, todo

o parque siderúrgico, a Vale

etc. A isso se soma a estatiza-

ção dos bancos e a criação de

um banco estatal único; o fi m de todos os tratados militares

e diplomáticos do Brasil com

o imperialismo e a estatização

de todos os setores econômi-

cos essenciais à vida do povo

e das empresas estrangeiras,

sob controle dos trabalhado-

res destas empresas, como re-

presentantes de todo o povo.

Como o PCO busca

colocar em prática esse

programa?

Nós não temos um plano de

governo, temos um plano de

luta. Nosso principal objetivo

é a construção de um verda-

deiro partido operário de mas-

sas, revolucionário e socialis-

ta, que se apoie nas mobiliza-

ções da classe operária e dos

demais setores oprimidos da

sociedade, e seja capaz de di-

rigir a luta por uma mudança

profunda, colocando no poder

um governo formado pelos

trabalhadores da cidade e do

campo, pelas organizações de

luta da classe operária.

A luta por um partido de

massas, operário e socialis-

ta, é o primeiro passo na luta

por uma verdadeira revolução

dirigida pela classe operária,

para expropriar a burguesia

e colocar o País no rumo do

socialismo.

ENTREVISTA COM RUI COSTA PIMENTA, CANDIDATO A PRESIDENTE DO PCO

Page 2: Suplemento do jornal Causa Operária nº 100

Entre em contato! Participe da campanha eleitoral do PCO! Veja vídeos do

candidato do PCO na

Causa Operária TV youtube.com/

causaoperariatv(em breve com programação ao vivo)

Blog do candidato: ruicpimenta.com [email protected] 11-94999-6537Comitê nacional de campanha: Rua Serranos, 108, Saúde, São Paulo-SP

Twitter: @ruicpimenta29 Facebook: www.facebook.com/ruicpimenta29

Google+: ruicpimenta29

PM: preparada para matar

O caso recente do assassinato de

um jovem camelô por um po-

licial militar na Lapa, zona Oeste

da capital paulista, mostrou, mais

uma vez, a necessidade de se dis-

solver imediatamente a PM.

As polícias de São Paulo e do

Rio de Janeiro são as que mais

matam no mundo.

Somente a PM paulista mata

mais que todas as polícias dos Es-

tados Unidos juntas. Por esses as-

sassinatos, denunciados inclusive

pelo repórter Caco Barcellos em

seu livro Rota 66, nenhum policial

foi punido. O mesmo ocorreu no

caso da Lapa. Pouco depois de ter

sido preso, o policial que executou

o camelô com um tiro na cabeça foi

colocado em liberdade. Para as au-

toridades, ele apenas estava "cum-

prindo o seu dever" e agiu, segundo

especialistas ouvidos pelas emisso-

ras de televisão, de forma padrão.

As execuções sumárias que

fazem parte da rotina da PM são

falsamente chamadas de “autos

de resistência”.

Ou seja: seriam mortas apenas

as pessoas que resistem ou revi-

dam à polícia.

Isso é evidentemente uma far-

sa: não passa de uma maneira en-

contrada pelo governo de ocultar

o verdadeiro massacre da popula-

ção pobre do país perpetrado pe-

las forças de repressão.

O governo tem na PM, cria da di-

tadura militar, um instrumento, vio-

lento e brutal, de controle social, de

repressão contra os trabalhadores.

A PM não serve à segurança de

ninguém. É apenas uma máquina

de matar voltada contra os traba-

lhadores.

Leia na edição desta semana:

• O plano do imperialismo para a economia brasileira: "Um novo

aperto neoliberal"• Fora o imperialismo da Síria!

• Economia: o "modelo Lula" em bancarrota

• Marina garante a empresários mais ataques aos trabalhadores

Leia esses artigos e muito mais sobre o movimento operário,

estudantil, a luta das mulheres e dos negros na edição desta

semana do maior e melhor jornal da esquerda brasileira

Acesse: editora.pco.org.br

PARTICIPE DAS ATIVIDADES DO PCOComício do PCO em Vargem Grande (zona Sul de São Paulo)

Domingo, dia 28/09, às 15h

Jantar de encerramento da campanha eleitoral

do PCO em São Paulo

Sexta-feira, 3/9, MG, BSB

De deputado a presidente VOTE

RAIMUNDO

governadorpresidente

JURACI

senador290

:::�3&2�25*�%5�&$86$23(5$5,$���$12�;;;9���1��������'(����'(�6(7(0%52�$���'(�2878%52�'(��������63�(�5-�5���������'(0$,6�(67$'26�5������

Editorial

assassinato: a rotina da PM

oPinião : a dEsonEstidadE dE von MisEs

Falência do PsdB atirou a dirEita aos Braços dE Marina silva

o Povo EscolhE os candidatos quE a BurguEsia EscolhEu Para o Povo

a2 E a3

uM novo aPErto nEoliBEral

o PrograMa do iMPErialisMo Mundial Para a EconoMia do Brasil:

1R�GLD����GH�VHWHPEUR��R�MRUQDO�Financial Times, SRUWD�YR]�GR�LPSHULDOLVPR�EULWkQLFR��SXEOLFRX�XP�DU�WLJR�H[SOLFDQGR�SRUTXH�$U�PtQLR�)UDJD�p�D��HVFROKD�GR�PHUFDGR��SDUD�GLULJLU�D�SROt�WLFD�HFRQ{PLFD�GR�%UDVLO��2�DUWLJR�DSUHVHQWD�LVVR�FRPR�XP�HORJLR��WHQGR�R�WH[WR�WRGR�XP�WRP�HORJLRVR��$U�PtQLR�)UDJD�SRGH�DVVXPLU�R�0LQLVWpULR�GD�)D]HQGD�FDVR�0DULQD�6LOYD��RX�$pFLR�1HYHV�����YHQoD�DV�HOHLo}HV��6HJXQGR�R Financial Times��

disPuta EntrE as candidaturas BurguEsaso primeiro páreo&RP�R�IUDFDVVR�GD�FDQGLGDWXUD�GH�$pFLR�1HYHV��EXUJXHVLD�VH�DUWLFXOD�SDUD�HYLWDU�D�YLWyULD�GR�37� QR�SULPHLUR�WXUQR� B3

Perante a crise a burguesia imperialista aumenta o cerco contra os trabalhadores na tentativa de garantir os lucros a qualquer custo.

HOH�GHIHQGH��R�UHWRUQR�GD�RUWRGR[LD�HFRQ{PLFD��(�R�TXH�VHULD�HVVH��UH�WRUQR�"�$UPtQLR�)UDJD�IRL�SUHVLGHQWH�GR�%DQFR�&HQWUDO�GR�%UDVLO�GXUDQWH�R�VHJXQGR�PDQGDWR�GH�)HUQDQGR�+HQULTXH�&DU�GRVR��7UDWD�VH�GR�UHWRUQR�DR�FKDPDGR�QHROLEHUD�OLVPR��)UDJD�WUDEDOKRX�WDPEpP�SDUD�R�PHJDHV�SHFXODGRU�*HRUJH�6RURV��H�FKHJRX�D�VHU�VXJHULGR�SDUD�D�SUHVLGrQFLD�GR�%DQ�FR�0XQGLDO� B8

Polícia E assassinato

Policial sob inquérito: funciona?3ROLFLDO�TXH�DVVDVVLQRX�FDPHO{�SDVVDYD�SRU�LQTXpULWR�SRU�WHU�DVVDVVLQDGR�PRUDGRU�GH�UXD� QR�FRPHoR�GR�DQR��B4

a dEstruição da cltMarina garante a empresários ataques aos trabalhadores6HP�GHL[DU�FODUR�TXDO�VHUi�VXD�SROtWLFD��0DULQD�D¿UPD�TXH�PXGDUi�DV�OHLV�SDUD�IDFLOLWDU�DV�FRQWUDWDo}HV�SRU�HPSUHViULRV��XPD�DQWLJD�UHLYLQGLFDomR�GRV�SDWU}HV��B2Minério dE FErro

o “modelo lula” em bancarrota2�%UDVLO�WHP�VH�WRUQDGR�UHIpP�GH�PHLD�G~]LD�GH�SURGXWRV�DJUtFRODV�GHYLGR�j�TXHGD�GD�EDODQoD�FRPHUFLDO�GR�PLQpULR�GH�IHUUR�H�GR�SHWUyOHR��B5

Escócia

Fraude no referendo?4XDO�IRL�D�LQÀXrQFLD�GR�LPSHULDOLVPR�QR�UHVXOWDGR�D�IDYRU�QD�SHUPDQrQFLD�QR�5HLQR�8QLGR" B6

ucrânia

trégua?2V�FRQIURQWRV�HQWUH� R�JRYHUQR�JROSLVWD� H�RV�VHSDUDWLVWDV�FRQWLQXDP��B7

gás dE xistoEstudo mostra que fratura hidráulica induz terremotos B8

Fora o imperialismo da síria!1HVWD�VHJXQGD�IHLUD�����GH�VHWHP�EUR��D�FRDOL]mR�IRUPDGD�SHOR�LPSHULD�OLVPR�QRUWH�DPHULFDQR�FRP�PDLV�GH����SDtVHV�SDUD�DWDFDU�R�(VWDGR�,VOkPLFR��(,��QD�6tULD�FRPHoRX�D�ERPEDUGHDU�R�3DtV��2�(,�IRL�¿QDQFLDGR�SHORV�SUy�

SULRV�QRUWH�DPHULFDQRV�SDUD�GHUUXEDU�R�JRYHUQR�GR�SUHVLGHQWH�VtULR�%DFKDU�$O�$VVDG��$JRUD�VHUYH�GH�SUHWH[WR�SDUD�R�LPSHULDOLVPR��QRUWH�DPHULFDQR�H�HXURSHX��ERPEDUGHDU�R�,UDTXH��QR�YDPHQWH��H�D�6tULD��A3

sEcao fim do volume morto é o legado do PsdB em são PauloB3

semanário nacional operário e socialista

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ESTÁ NAS RUAS O JORNAL

CAUSA OPERÁRIA Nº 814