suplemento do jornal causa operária nº131

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Page 1: Suplemento do Jornal Causa Operária nº131

Suplemento gratuito do Semanário nacional operário e SocialiSta

CAUSA OPERÁRIAano Xi, nº 131, de 5 a 11 de dezembro de 2015 - diStribuição nacional - internet: www.pco.org.br - endereço eletrônico: [email protected]

cunha pede o Impeachment de dilma:É hora de passar para o

ataque contra os golpistasCunha cumpriu parte decisiva de sua função. Foi eleito, já no ano passado, presidente da

Câmara dos Deputados para colocar em pauta o impeachment de Dilma Rousseff e aprova-lo.Por que o impeachment é um golpe

Cunha  sempre  defendeu o golpe, sempre foi, desde a campanha eleitoral milioná-ria que fez, o homem-chave do golpe e da oposição gol-pista. As histórias de que a aceitação do pedido de  im-peachment  do PMDB seria emocional não tem qual-quer seriedade e visam encobrir o que está em pau-ta desde antes da eleição, ou seja, o golpe.

Cunha não tem autorida-de para conduzir o processo, ainda mais sob o argumento absurdamente cínico de que ele próprio não tem interes-se político no caso, que o está fazendo por um proble-ma técnico, para “cumprir a lei”. Está sendo acusado de corrupção, ou seja, com o principal cavalo de batalha dos próprios golpistas, com evidências infinitamente mais sólidas dos que as que levaram muita gente à ca-deia para buscar um motivo para derrubar o atual gover-no.

O fato de que Cunha es-tá para cair tornou urgente colocar em votação o pe-dido entregue por Miguel Reale Jr. e Hélio Bicudo em meados de setembro. Mas a

trama do  impeachment  já é antiga, já vinha sendo plane-jada e trabalhada há meses pela direita, por Cunha e pelo PSDB, até mesmo an-tes do início do segundo mandato de Dilma Rous-seff. Estão aí para provar a campanha coordenada do cartel dos grandes monopó-lios da imprensa capitalista, os atos fascistóides da direi-ta, a Operação Lava Jato etc.

As denúncias contra Cunha atrapalharam momentanea-mente os planos da direita golpista, que esperava navegar em águas tranquilas no Con-gresso no segundo semestre rumo ao  impeachment. A luta parlamentar contra o golpe, eixo da política do PT e do governo, como não po-dia deixar de ser, só produziu resultados limitados. Conse-guiu apenas um fôlego curto diante da ofensiva golpista.

Não ao impeachment, não ao golpe!

A abertura do  impeach-ment,  no entanto,  contra o que se poderia pensar à pri-meira vista é a oportunidade ideal para passar ao ataque contra a direita golpista. É preciso partir para a ofensiva e desmascarar de vez o golpe coordenado por uma figura

desmoralizada como Cunha. É preciso denunciar vigoro-samente os golpistas, mostrar ao povo quem são de fato, o que realmente querem e onde vão levar o país se consegui-rem tomar o poder.

É preciso levar a luta para o terreno das massas, do po-vo trabalhador, da maioria do País que não tem como ga-nhar da direita por meio do voto no Congresso Nacio-nal, mas que pode impedir o golpe nas ruas, mobiliza-da e organizada para resistir à ofensiva golpista.

análise política da semana

assista uma análise dos acontecimentos da semana de um ponto de vista socialista e

revolucionárioTodos os sábados às 9h30

Sábado é dia de assistir a transmissão ao vivo da Análise Política da Semana.

Nela, o companheiro Rui Costa Pimenta faz um balanço dos acontecimentos da semana, apresentando um ponto de vista diferente daquele apresentado pela imprensa burguesa.

Polemizando com a esquerda e denunciando a direita.Não perca a transmissão a vivo, sábado às 9h30.

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do pco

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causa operária

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e socialista

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todo sáBado, às 9h30

análise política semanal

com rui costa pimenta

www.pco.org.br/blog/tv

suplemento semanal do Jornal causa operária Ano X, edição semanal • nº 131, 5 a 11 de dezembro de 2015 • tiragem: 100 mil exemplares • distribuição gratuita • editado pela Secretaria Nacional de Agitação e Propaganda do CCN/PCO • Rua Serranos nº 108, Saúde, São Paulo-SP, CEP 04147-030 • fone (11) 9-4999-6537• site: www.pco.org.br

Filie-se ao pco, o partido que defende a luta do povo negro

O capitalismo em crise provoca seus primeiros efei-tos nos setores mais oprimi-dos da sociedade, como é o caso da população negra.

Os planos de contigência, os cortes, ajustes fi scais etc. afetam, em primeiro lugar, a população trabalhadora, que em diversos países é de maioria negra, como no ca-so do Brasil.

Desemprego, baixos salá-rios e ataques da extrema-direita são os fatos que mar-cam a crise do capitalismo, e diante disso o povo ne-gro, os trabalhadores orga-nizados, e as organizações

do movimento negro preci-sam lutar por suas reivindi-cações, como a manutenção dos empregos, salário míni-mo de R$ 3.500,00, titulari-dade imediata das terras dos quilombolas, direito de au-todefesa e dissolução da PM, essa organização criada para executar o povo negro.

Filie-se e lute com o PCO, o partido da revolução e do socialismo.

Visite a página da campa-nha de fi liação e fi lie-se já:

pco.org.br/fi lieseaopco/

aBaiXo a “reorganiZaÇÃo” e toda a política de “aJustes” contra o ensino pÚBlico da direita golpistaAs ocupações de escolas pelos estudantes, professores, pais e funcionários das escolas estaduais paulistas é uma luta fundamental contra a ofensiva da direita golpista que deve ser ampliada e apoiada por todas as organizações de luta dos explorados

Depois de um mês de grandes passeatas que expres-saram a revolta geral da po-pulação contra a “reorgani-zação”, com a qual o governo pretendia fechar mil escolas e demitir 50 mil professores e funcionários, há duas sema-nas as escolas estaduais pas-sam a ser ocupadas por alu-nos, professores, pais e fun-cionários contra esta brutal ofensiva do governo Geraldo Alckmin (PSDB) contra o en-sino público.

As escolas ocupadas já pas-sam de 200 e não param de crescer. Nos dias 24 e 25, em mais de mil escolas, houve protestos e boicote da avalia-ção externa imposta pelo go-verno (SARESP). Locais de provas do maior vestibular do País, o FUVEST, tiveram que ser alterados por conta das ocupações.

O projeto tucano de “ajus-tes” na Educação – que se re-pete  com outros nomes e pe-quenas variações em vários estados como PR, DF, RS, PA e outros -   não passa de um pretexto para fechar milha-res de escola, demitir dezenas de milhares de trabalhadores, deixar milhões de alunos sem direito a uma educação de qualidade, fazendo com que as massas paguem pelo colap-so econômico capitalista.

As ocupações de estudan-tes nas escolas paulistas são a linha de frente da resistên-cia da população contra os planos da burguesia pró-im-perialista de atacar os traba-lhadores e a juventude, dian-te da qual o governo federal (PT) capitula, aprovando cor-

tes nos gastos federais com Educação, diante das pressões da direita de fora e de den-tro do governo, como no caso do banqueiro-ministro da Fa-zenda, Joaquim Levy.

A resistência à ”reorganiza-ção” em SP ganha enorme im-portância pois representa uma reação concreta, não em ter-mos de propaganda eleitoral, à essa política de “ajustes” que os golpistas do PSDB e de to-da a direita, que querem derru-bar o governo federal para, que-rem impor de forma ainda mais violenta, por meio de um corte ainda mais profundo dos gastos públicos com a Educação, Saú-de e serviços essenciais, intensi-fi car as privatizações, terceiri-zações, fechamento de escolas, universidades etc.

A “reorganização” é o pon-to alto de uma política de des-truição do ensino público que vem sendo aplicada a mais de 20 anos em São Paulo. Entre outras coisas esta política le-vou à uma situação de falên-cia a melhor universidade pú-blica do País, a USP;  e num verdadeiro crime de lesa-pá-tria, comprometeu a forma-ção de milhões de crianças e jovens, diplomando-os sem seque saber ler e escrever, por meio da famigerada “aprova-ção automática”.

Por tudo isso, a luta de pro-fessores, funcionários, pais e alunos paulistas deve ser apoiada para que se intensi-fi que por meio da generali-zação das ocupações de uma greve geral da educação co-mo forma de derrotar os pla-nos do governo do PSDB e de toda a direita golpista, defen-

dendo o ensino público e gra-tuito em todos os níveis, mais verbas para edução, fi m da re-pressão nas escolas, controle das escolas pela comunidade e pelos estudantes.

Ao lado das reivindicações contra a ofensiva do governo e pelo atendimento das neces-sidades da comunidade esco-lar, como mais verbas para a Educação, reposição das per-das salariais dos educadores, máximo de 25 alunos por sa-la  de aula etc. é preciso am-

pliar a mobilização dos tra-balhadores, da juventude e de todos explorados pelo “Fo-ra Alckmin”, governo inimigo da Educação e da população.