suplemento do jornal causa operária nº 41
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SUPLEMENTO dO SEMaNáriO NaciONaL OPEráriO E SOciaLiSTa
CAUSA OPERÁRIAWWW.PCO.ORG.BR/CAUSAOPERARIA • ANO XXXIV • SUPlEmENtO dA EdIçãO Nº 747 • dE 15 A 21 dE jUNhO dE 2013 • dIStRIBUIçãO GRAtUItA
FORA ALCKMINABAIXO A REPRESSÃO
depois de reprimir barbara-
mente a manifestação do últi-
mo dia 13 usando a tropa de choque e colocando a cidade sob estado de sítio, o gover-
no do PSdB decidiu, apoia-
do na campanha da imprensa
burguesa, “pegar leve” com a manifestação desta segunda-feira (17).
a manobra do governo em
crise é incapaz de reverter o
estrago que já foi feito. A re-
pressão às manifestações con-
tra o aumento das passagens deixou centenas de feridos, alguns inclusive com sequelas graves.
a tentativa de calar os pro-
testos e impedir que novas manifestações avancem con-
tra o governo permanece en-
gatilhada com o uso de um nú-
mero ainda maior de policiais
à paisana, acompanhando as
manifestações “por dentro”, em substituição aos homens fardados normalmente desta-
cados para escoltar as passe-
atas.
A infiltração policial se in-
tensificou na medida em que o governo Alckmin decidiu pas-
sar da repressão escancarada
às atividades de provocação e
espionagem.
Com o coro orquestrado pela imprensa burguesa, a di-reita tenta disfarçar seus pro-
pósitos. Querem “suavizar” a repressão que fica escancara-
da quando os protestos se ra-
dicalizam e investem contra o
governo.
Querem fazer a população acreditar na fábula de que a polícia militar de São Pau-
lo, a que mais mata em todo o mundo, seria pacífica e que os manifestantes nas ruas, re-
alizando um protesto político, são os agressores.
Por isso, é preciso dizer
claramente que não vamos aceitar o engodo do governo.
É preciso que o governo retire a polícia das ruas que não seja aberto nenhum processo con-
tra os manifestantes detidos
nas passeatas anteriores.
a repressão desencadeada
pelo governo alckmin coloca
em pauta a necessidade de afas-tar do poder aqueles que repri-mem um protesto legítimo.
A postura do prefeito, Fer-nando haddad (Pt), demons-
trou que o Pt e o PSdB são dois pilares de sustentação do regime político brasileiro.
depois de décadas de con-
trole do PSdB sobre a maior
cidade do País, os paulistanos conseguiram derrotar a direita nas últimas eleições mesmo
com as fraudes eleitorais e a manipulação da imprensa ca-
pitalista e alguns chegaram a pensar que haddad ia ser me-
nos agressivo que o PSdB nos ataques à população. Não foi o que aconteceu.
devemos exigir todos a re-
núncia do governador do es-
tado, que mandou a Pm agir ilegal e brutalmente contra o povo. É preciso repudiar o Pt, que está assumindo o papel da direita nos ataques à população.
Fora Alckmin!
REduçÃO IMEdIAtA
dAS tARIFAS!
EStAtIzAR OS
tRANSPORtES!
PASSE LIvRE já!A luta contra o aumento
da passagem coloca em pau-
ta uma necessidade sentida por toda a população: acabar com a mamata dos empresá-
rios que sobrevivem às cus-
tas do dinheiro público.
Todos os anos, milhões de
reais são gastos pela Prefei-
tura para sustentar as empre-
sas de ônibus, que são defi-
citárias e não sobreviveriam sem o dinheiro público. Só
no ano passado, foram mais
de R$821 milhões nessa operação de entrega do di-
nheiro da população a em-
presas privadas.
Em nível estadual, o go-
verno do PSdB gastou mais de R$ 2 bilhões para cons-
truir a linha 4/Amarela do metrô e entregá-la de bande-
ja a um consórcio privado.as Parcerias Público-Pri-
vadas (PPPs) das quais tanto PSdB quanto Pt se orgu-
lham de ter feito são apenas
uma cobertura para o assalto aos cofres públicos promo-
vido por empresas privadas
que só querem saber do lu-
cro.
Queremos a redução ime-
diata da tarifa, que moti-vou os protestos realizados até agora, mas defendemos
também, de maneira intran-
sigente, todo o programa do
movimento e o desenvolvi-
mento dessa luta.Nesse sentido, reivindica-
mos a completa estatização
dos transportes, a reversão
da privatização daqueles que tenham sido entregues aos abutres capitalistas e o con-
trole da população sobre os serviços públicos.
- Redução do preço das passagens já!- Fim do monopólio capitalista sobre os transportes públicos urbanos- Estatização das grandes companhias de transporte- Passe livre nos transportes!
Uma proposta para organizar a luta:
Por uma assembleia geral para discutir os rumos do movimentoPara permitir que os trabalhadores e a juventude atuem de ma-neira unificada e consciente, é preciso dar voz a todos os setores combativos em uma assembleia que possa decidir os próximos passos da luta
O movimento que se ini-ciou com a luta contra o aumento das passagens de ônibus, trens e metrô em S. Paulo se ampliou e atingiu proporções inéditas.
O tamanho das últimas
manifestações, as ameaças
a que elas estão sujeitas, o perigo de a direita seques-
trar os protestos para colo-
car em pauta seu programa, coloca em pauta a necessi-dade de melhorar a organi-
zação do movimento.
até agora, os atos pú-
blicos foram convocados e
controlados (quem decide quando, onde, qual o tra-
jeto etc.) pelo movimen-
to Passe Livre, o Psol e o
PSTU.
Essas organizações
transformaram a manifes-
tação em segredo para os
próprios manifestantes,
que saem às ruas sem saber para onde segue a passeata.
Não fizeram uma aliança ampla com os setores ope-
rários, estudantis, popula-
res que estão participando da luta.
Essas “direções” fizeram acordos com o governo e a
polícia para tirar o protes-
to das zonas de conflito. A PM, a direita e o governo
sabem de tudo, enquanto a esmagadora maioria dos
manifestantes que saem às ruas descobrem na última hora para onde estão sendo
conduzidos.É preciso realizar uma
assembleia democrática, das organizações de es-
querda, populares etc., para dar um rumo à mani-festação.
Este chamado se coloca
no mesmo sentido do cha-
mado à organização de um comitê de representantes
do povo, com representan-
tes de cada fábrica, cada local de trabalho e estudo, dos bairros etc., para unifi-
car a luta e ampliar o pro-
testo popular.
Generalizar a revolta popular contra os governos do PSDB e do PT:
Formar um conselho de
representantes do povo de cada
local de trabalho, estudo e bairrosNossa luta não é só por
transporte. O aumento das passagens foi apenas a gota
d’água que transbordou o copo.
A revolta da população e o crescimento das ma-
nifestações a cada ato e a
cada enfrentamento com a
polícia, mostram o que já está aí para todos verem: ninguém aguenta mais tanta exploração e tanta
repressão contra aqueles que nada mais fizeram do que protestar por uma vida melhor.
É preciso ligar os setores
que saíram às ruas, lutando contra o aumento das pas-
sagens, às lutas de tantas outras categorias de traba-
lhadores, da juventude es-
tudantil e operária.Precisamos nos orga-
nizar mais e melhor para
enfrentar o governo e suas forças repressivas.
É preciso que todos os setores em luta se unifi-
quem para que, juntos, possam decidir os rumos do movimento e estar liga-
dos a cada canto da cidade.
É preciso organizar a
luta contra os governos burgueses, de direita e de esquerda.
Neste sentido, o Partido
da Causa Operária propõe a formação de conselhos
de representantes em cada
local de trabalho e estudo, em cada bairro operário, nas periferias da cidade,
para dar voz e força reais
à aos trabalhadores e à ju-
ventude.Organizar já um conse-
lho geral, com represen-
tantes de cada canto da
cidade, vai permitir que
nossa luta se espalhe ain-
da mais, atinja os setores aos quais ela ainda não chegou.
Enquanto os candidatos dos patrões se elegem com
o voto da população para governar para empresas,
bancos e para o imperia-
lismo, os trabalhadores e
a juventude devem se le-
vantar e fazer valer a sua vontade.
Protesto não é vandalismo
vândalos são o governo e a polícia
alckmin acusa os ma-
nifestantes. Segundo ele, manifestantes são “ba-
derneiros” e terão que “pagar pelo vandalismo”.
A imprensa burguesa, a serviço da direita, repete a
acusação em seus editoriais e exige do governo dar um bas-ta aos protestos.
A polícia, por sua vez, aca-
tará a ordem e já anunciou que mobilizará a tropa de Choque para as manifestações.
mas, quem são os respon-
sáveis pela “baderna” senão o próprio governo antipovo, a
imprensa mentirosa e a polícia
assassina?
O governo ataca a popu-
lação, entregando aquilo que é de direito de cada cidadão
a empresas privadas. É o go-
verno que expulsou centenas de famílias do Pinheirinho,
em São josé dos Campos, em uma das maiores operações de “reintegração de posse” do Estado, usando a polícia para arrancar famílias inteiras de
suas casas e entregar a terra a um especulador. Ele é o vân-
dalo.
A imprensa burguesa, mentirosa por natureza, detur-pa as declarações dos mani-
festantes, ataca o movimento
repetindo as acusações do go-
verno direitista como se fos-
sem verdades inquestionáveis. Ela é cúmplice do vandalismo
do governo do PSdB.
A polícia assassina, usada pelo governo para reprimir
uma manifestação democráti-ca legítima, é a ferramenta de
destruição usada pelo governo de vândalos contra a popula-
ção.
Quebramos uma vidraça, porque nos quebram os ossos com seus cassetetes.
Atiramos uma pedra, por-que atiram balas que podem nos cegar, e até matar, contra
nós.
Usam as bombas de gás, armas químicas que foram proibidas inclusive por con-
venções internacionais de
guerra, para dispersar aqueles que estão lutando por seus di-reitos.
Não vamos abaixar a cabe-
ça. Vândalo é o governo ini-migo do povo.
Não deixemos que imprensa burguesa
manipule as manifestaçõesA imprensa burguesa mo-
dificou seu discurso de quin-
ta-feira passada para ontem.
Aparentemente, a mudança foi radical. A baderna, a arru-
aça, passou a ser considerada uma livre manifestação da democracia.
Até quinta-feira, a orien-
tação era chamar os mani-
festantes de baderneiros e de
ignorantes, mostrando apenas
vidros quebrados, lixo quei-mado. Procurou-se mostrar também que o movimento era despropositado e que era impossível reduzir o preço da passagem, alegando-se que, qualquer que fosse a redução, seria o próprio povo a pagar
por ela.
O discurso de ontem pas-
sou a ser o da “democracia”. O próprio governador, que vinha chamando os manifes-
tantes de criminosos, passou a elogiar a manifestação, a
democracia e a ordem com
que ocorreram as passeatas. O comentarista do jornal da Globo, Arnaldo jabor, aban-
donou sua notória arrogância para “reconhecer” a legitimi-dade do movimento.
É preciso, no entanto, res-
saltar que essa mudança de discurso, provocada pela enormidade dessa última ma-
nifestação, não foi apenas um recuo. trata-se sim de um re-
cuo, mas de um recuo plane-
jado. A ideia era aproveitar-se do movimento para caracteri-
zá-lo como um movimento ordeiro, contra a corrupção.
Lemos, nessas palavras,
um movimento contra o Pt, contra a PEC 37. Vez ou ou-
tra, mencionou-se os gastos para a Copa do mundo. A im-
prensa tenta passar a mensa-
gem de que as reivindicações populares são contra o gover-no central e contra o PT.
E, quando a manifestação dirigiu-se contra o poder le-
gislativo, com a tomada do
congresso Nacional, em Bra-
sília, e o ataque à AlERj, no Rio de janeiro, essas movi-
mentações foram tratadas
com a mesma linguagem an-
teriormente usada contra todo o movimento.
A jogada da direita, agora, é tentar manipular o movi-mento, colocando palavras
de ordem nele, como “abai-xo a corrupção”, “punição aos mensaleiros” e, com isso, atraindo grupos de direita para o movimento. No Face-
book, por exemplo, já existe um abaixo-assinado pedindo a renúncia de dilma.
Fora isso, há ainda a ideia de tentar descaracterizar o
movimento como um ato político. Algumas pessoas gritavam, na manifestação
de ontem, que não queriam partidos políticos ali. hoje, o próprio presidente do PSdB,
de Alckmin, foi aos jornais para dizer que o povo re-
jeita os partidos políticos (leia-se, partidos politicos de
ESQUErda; os de direita,
sim, esses podem participar
alegremente do movimento).Precisamos tomar cuidado
com tudo isso; precisamos repudiar e denunciar a tenta-
tiva da direita de manipular e de tomar conta do movimen-
to; e convocar todos os par-
tidos de esquerda para que participem do movimento
erguendo bem alto todas as suas bandeiras.
um programa de luta para ampliar a mobilizaçãoNacionalizar já todas as empresas privatizadas
Os governos de FhC e PSdB entregaram bilhões em
riquezas. Privatizaram a pre-
ço de banana a Vale, empre-
sas siderúrgicas, de energia,
de telefonia, nosso petróleo e
a Petrobrás, que tem 72% de suas ações nas mãos de capi-talistas.
O governo do PT não can-
celou a roubalheira e agora imita FhC entregando petró-
leo, aeroportos, portos e rodo-
vias e aprofunda as terceiriza-
ções nas empresas estatais e
órgãos públicos.
Querem privatizar a maior empresa do País, os correios,
com terceirizações e ataques aos direitos dos trabalhadores.
Vamos defender nossos salários e empregos por meio da organização independente
e da luta. Sair às ruas! • Fim da terceirização! • Fim das privatizações! • Reestatizar as empresas privatizadas!
Responder à ofensiva da direita contra as mulheres
A direita mundial, usan-
do a religião como cober-
tura, vem organizando uma ofensiva contra as mulhe-
res e homossexuais como forma indireta de atacar a
organização, a luta popular e os direitos democráticos do povo. É isso o que te-
mos visto no crescimento
da extrema-direita europeia e norte-americana. É preci-
so dar uma resposta a esta ofensiva:
• Pelo direito de aborto • Pelo estado laico
Punição para os criminosos da ditadura militar
A ditadura não é coisa do passado como muitos pen-
sam. Seus responsáveis e herdeiros continuam man-
dando no país.
O regime militar brasi-
leiro aprovou uma lei de Anistia para garantir sua im-
punidade e de todos os que torturaram e assassinaram.
Está na hora de anular esta lei vergonhosa e julgar todos os assassinos torturadores e responsáveis pelos crimes da ditadura.
Que os capitalistas paguem pela crise
a crise capitalista se apro-
funda em todo o mundo.O imperialismo, os gran-
des capitalistas e seus gover-nos têm uma única fórmula para enfrentar a crise: fazer o povo pagar, se necessário pela força.
Na américa Latina, o im-
perialismo e a direita local
atuam para impor esta fór-mula através do golpe de es-
tado. É o que estamos vendo na Venezuela, onde, até ago-
ra, o governo dos EUa não
reconheceu o governo eleito.Querem derrotar os traba-
lhadores, destruir suas orga-
nizações para fazer com que nós paguemos pela crise.
Derrotar a direita golpista
No Brasil, a direita tem
sofrido sucessivas derrotas eleitorais.
Por isso, tenta aumentar o controle sobre os órgãos
que ninguém elegeu, como o Supremo tribunal Federal, o Ministério Público e a Polí-
cia Federal.Isso ficou evidente no pro-
cesso do mensalão, em que passaram por cima das leis e
da Constituição, para tentar manipular as eleições e con-
denar sem provas o partido
mais votado nas últimas elei-
ções.
O PcO é o maior crítico
dos ataques do Pt contra os trabalhadores e contra o
povo, mas não vamos apoiar
o golpismo da direita.
Exigimos que todo o judiciá-
rio seja eleito e controlado pelo povo. Queremos uma reforma política que fortaleça o controle popular sobre todas as institui-
ções e a garantia dos principais
direitos democráticos.• Eleição do judiciário e de todos os cargos de mando• Fim do Senado, câmara única• Eleição proporcional para o Congresso• Fim das medidas provi-sórias• Liberdade de manifesta-ção e expressão• Fim de toda censura• Direito de greve
Para enfrentar esse desa-
fios é preciso que os traba-
lhadores se organizem de
maneira independente, em
um partido próprio, para lutar pelos seus próprios interes-
ses, por um governo dos tra-
balhadores, pelo Socialismo!
• Por um partido operário!• Por um governo dos tra-balhadores!• Pelo socialismo!
jovem, trabalhador, venha lutar conosco! Filie-se ao [email protected]
vaza, reaça!É preciso dar uma respos-
ta à direita. Não aceitaremos
que o alvo principal das ma-
nifestações populares se in-
filtrem no movimento.Na manifestação do dia
17 policiais infiltrados, a mando da direita golpista,
tentaram tomar conta das
manifestações, não apenas
em São Paulo, mas em ou-
tras cidades do país. ataca-
ram os partidos de esquer-da, organizações sindicais
e populares que estão nas ruas há muito tempo, acu-
sando-as de “oportunismo”. Oportunismo é a direita ten-
tar usar a luta popular para fazer campanha contra a es-
querda e suas organizações
de luta, sejam os sindicatos, ou partidos políticos.
A burguesia quer usar o povo que já está na rua por-que não tem condições de mobilizar ninguém por suas próprias forças. coloca po-
liciais infiltrados para man-
dar abaixar bandeiras dos
partidos de esquerda porque não tem coragem de levar a
sua própria bandeira para a rua, especialmente em São Paulo, onde vem perdendo espaço, inclusive eleitoral-mente.
A luta é contra o aumento das passagens e contra a re-
pressão promovida pela di-
reita; pelo Passe Livre; por
direitos democráticos e de
organização. Pela participa-
ção popular, e não da direita disfarçada, infiltrada.
além da Globo, o Marco
Feliciano que está no Con-
gresso Nacional promoven-
do ataques aos direitos de homossexuais e mulheres tenta usar as manifestações populares. Generais e pes-
soas da hierarquia do Exér-cito brasileiro também. Não
aceitaremos.
a direita é a principal
promovedora da repressão e
dos ataques aos direitos de-
mocráticos do povo. já can-
tamos “Fora Globo”, “Fora Alckmin” agora uma das palavras de ordem deve ser: “Vaza reaça dessa marcha”.
Por que a direita
quer acabar com o
movimento do passe
livre por dentro?há mais de uma década,
as organizações de esquer-da e jovens sem partido vêm se organizando em
manifestações e passeatas
contra o aumento das tari-fas e pelo passe livre. Em
vários desses atos houve repressão policial.
Esse ano não foi diferen-
te. a imprensa capitalista e
a direita se colocaram con-
tra os manifestantes em to-
das as oportunidades. Em 2013, o mote da direita era “contra os vândalos e ba-
derneiros”.Mas diferentemente dos
atos anteriores, agora a re-
pressão policial violenta
fez com que o ato apenas fosse aumentando de tama-
nho.
Na quinta-feira, 13 de junho, o governo jogou a carta do esmagamento da
manifestação. Reprimiu com uma brutalidade não vista nem mesmo nos atos
contra a ditadura uma ma-
nifestação de quase 20 mil pessoas.
mas o tiro saiu pela culatra. longe de esmagar o movimento, a repressão,
que colocou a nu a verda-
deira ditadura em que vive-
mos; a falta de liberdades;
a proibição de manifesta-
ções que de fato vigora, e o estado de sítio em que a Pm colocou a cidade, con-
quistou o apoio geral da população ao movimento.
A repressão da quinta-feira em São Paulo, levan-
tou todo o País. A direita percebeu que era impos-
sível conter o movimen-
to pela repressão e que os “vândalos” e “badernei-
ros” tinham imenso apoio.Em apenas três dias, 230
mil pessoas confirmaram presença no ato chamado
para segunda-feira. Era a resposta à repressão da
quinta-feira, repressão com que o governo do PSdB vem tratando há anos todas as mobilizações no Estado
de São Paulo.A direita e sua impren-
sa adotaram então outra tática: destruir a mobiliza-
ção por dentro. Por dentro
conter os manifestantes,
esquecer a luta contra o aumento e procurar enfiar de contrabando reivindica-
ções que não tem nenhuma relação com a mobilização.
assim, abandonaram a
luta contra o aumento da tarifa, e querem fazer pas-
sar as reivindicações “con-
tra a corrupção”, “contra a PEC 37”, entre outras, como se fossem as moti-
vadoras da mobilização,
quando não são.A população tomou as
ruas contra a repressão, contra a censura, a ditadura etc. Ou seja, tomou as ruas contra a direita e é isso que agora essa mesma direita
está procurando habilmen-
te ocultar, com o auxílio da imprensa capitalista.
O que está colocado agora é a disputa pela orientação do movimento,
se ela vai se desenvolver
num sentido revolucioná-
rio, progressista, ou se vai ser dominada pela direita
reacionária, que sempre governou esse país e jus-
tamente contra quem a po-
pulação está se levantando nesse momento.
Frente única em defesa de nossas bandeiras e nossas organizações
unir a esquerda na luta contra a direitaNão ao golpismo, é preciso que toda a esquerda se unifique na ação e levante suas bandeiras!
A vontade da massa que se levantou em todo o país ontem é de revolucionar o país, tenhamos certeza
disso! Entretanto, a bur-guesia, o Estado, a Pm, a imprensa capitalista são
organizações entranhadas,
coordenadas, de modo a
transformar e influir con-
cretamente nos rumos dessa massa. A infiltra-
ção reacionária em nosso movimento é óbvia e será nossa próxima tarefa reco-
nhece-la, combate-la.
A base da reação: impe-
dir que a massa crie suas organizações. Um povo
organizado independente-
mente do Estado, do capi-
tal e da imprensa venal, é
o gérmen de uma real mu-
dança, uma mudança capaz de atingir os alicerces mais
importantes da sociedade
atual. R$ 0,20 centavos, é possível ceder. Sem balas
de borracha, foi preciso
ceder. Mas a organização
política da população, isso nunca poderão ceder. Nos-
sos inimigos mostram-nos
o caminho a não ser se-
guido: “fora partidos!” No silêncio da PM ecoa a dita-
dura militar de dentro das manifestações: “abaixem as bandeiras!”
Tentaram reprimir a ma-
nifestação pública. agora
tentam reprimir a manifes-
tação política! A mesma ditadura de formas diferen-
tes. O inimigo derrotado
procura misturar-se entre nós e recriar a reação. já conhecemos essa história
com o nazi-fascismo e com
o golpe militar de 64. Não podemos recuar sequer um centímetro diante isso, companheiros!
dirigentes do Partido
da Causa Operária já en-
traram em contato com as
direções de outros partidos e organizações de esquerda para tentar coordenar uma ação comum em torno a essa proposta.
Convocamos a unidade da esquerda para enfrentar esse ataque a um dos direi-tos democráticos mais fun-
damentais, o direito de se
manifestar livremente! É preciso uma frente na ação. É preciso que nos unamos ombro a ombro na luta contra o inimigo comum! diante dessa ofensiva pe-
rigosa, chamamos todas
as organizações democrá-
ticas, estudantis, torcidas, sindicatos, partidos, todos
a levantarem as suas ban-
deiras!Ou a manifestação é de-
mocrática ou é golpista! Pela unidade de toda a es-
querda na ação!Bandeira, levante a sua
também!jovem, trabalhador, venha lutar conosco! Filie-se ao PCO
www.pco.org.br [email protected]