suplemento do jornal causa operária nº 40
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Suplemento gratuito semanal do jornal Causa OperáriaTRANSCRIPT
SUPLEMENTO dO SEMaNáriO NaciONaL OPEráriO E SOciaLiSTa
CAUSA OPERÁRIA
AbAixo A ditAdurA!Na noite do dia 13 de junho,
a Polícia Militar (PM) de São Paulo reprimiu com extrema violência a manifestação de dezenas de milhares de pessoas contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trens na ci-dade de São Paulo. Segundo in-formações da própria imprensa capitalista 243 pessoas foram presas, além de outras viola-ções aos direitos democráticos mais elementares. Para impedir que a população marchasse na avenida Paulista, a PM, sob o comando do governo do estado, dirigido pelo PSdB, usou de uma truculência não vista nem mesmo nos protestos de rua contra a ditadura militar. até a imprensa capitalista foi ataca-da. No afã de esconder toda esta violência contra o povo paulis-tano, jornalistas foram baleados com balas de borracha, câmeras foram destruídas e cartões de memória foram confiscados!
Todo esse aparato de guerra estava voltado apenas e tão so-mente para impedir um protesto político. Na noite de quinta-fei-ra não restou em pé um único direito democrático da popula-ção. Este acontecimento mos-trou o que muitos não querem acreditar: não vigora o Estado de direito no Brasil, não está ga-rantido nenhum direito demo-crático. a chamada democracia é apenas um verniz passado so-bre um aparelho ditatorial bru-tal. Para corroborar este fato, nem a Justiça, nem as câmaras parlamentares disseram uma única palavra diante deste fla-grante esmagamento dos direi-tos políticos do povo. O idiota que faz o papel de ministro da Justiça de dilma roussef, teve o descaramento de apoiar a re-pressão ilegal em São Paulo.
a polícia está sitiando São Paulo para proteger os gover-nos e os capitalistas como as empresas de ônibus contra o
povo. a militarização da cida-de mostra que todas as medidas adotadas no último período ser-viram justamente para impedir a luta da população contra os ataques aos interesses e aos direitos da maioria. O que está acontecendo em São Paulo é uma revolta da população con-tra todos os ataques desferidos pelos governos, seja estadual, municipal ou federal, do PSdB e do PT e seus aliados, ou seja, contra as péssimas condições de vida das massas. O aumento de r$0,20 nas tarifas foi o es-topim da revolta popular.
Desta forma, fica provada que as acusações de “vanda-lismo” e “depredação”, muito utilizadas contra diversas ma-nifestações do último período, nada mais são do que uma fa-chada para cancelar impune-mente e com a cobertura de uma imprensa vendida, o di-reito de manifestação e outros direitos democráticos. Uma desculpa para disfarçar esta di-tadura envergonhada contra os cidadãos.
Os acontecimentos de São Paulo mostram um retrato da situação política nacional. a di-reita, representada por Geraldo alckmin, militarizou a cidade, numa clara política golpista, que nada deixa a desejar aos militares que governaram de 1964 a 1985. O PT, no entanto, vem apoiando direta ou indire-tamente estas iniciativas. Fer-nando Haddad, por exemplo, vem dando apoio à repressão aos manifestantes de São Paulo.
Neste sentido, não se trata mais de uma mera “passea-ta” contra o aumento. Os atos são uma ação independente do povo contra os governos do PSdB e do PT, ou seja, contra o conjunto do regime político burguês. O levante popular, além disso, já mostra com toda clareza que a situação evolui
claramente em um sentido re-volucionário e que estamos a um passo do ascenso político dos principais setores da classe operária brasileira.
Por todas estas razões, o Par-tido da causa Operária (PcO) chama todos a saírem às ruas contra a repressão e o regime político burguês e a defender os seus direitos mais elementa-res de se organizar, falar e se manifestar politicamente. Sem estes direitos, não somos mais que escravos. chamamos a or-ganizar um conselho popular de representantes do povo que deve ter como base a organi-zação nos locais de trabalho e moradia da população para or-ganizar a ampliação desta luta. Somente o povo, por meio da sua luta, pode garantir o direito de manifestação, de organiza-ção e de expressão e conseguir que as suas reivindicações se-jam atendidas.
WWW.PCO.ORG.BR/CAUSAOPERARIA • ANO XXXIV • SUPlEmENtO DA EDIçãO Nº 747 • DE 15 A 21 DE jUNhO DE 2013 • DIStRIBUIçãO GRAtUItA
ForA Alckminas cenas de violência da
Tropa de choque contra as 20 mil pessoas que foram às ruas protestar na cidade de São Paulo ocuparam os no-ticiários do País e também dos jornais internacionais. a população reviu a ditadura militar nas ruas da cidade. a repressão levou mais de 230 presos e deixou mais de 100 feridos.
ao mesmo tempo, no rio de Janeiro, a polícia também reprimiu violentamente os manifestantes. Um estudante foi atingido com uma bala de borracha no olho e pode per-der a visão.
apesar da tentativa da im-prensa capitalista, do prefeito e do governador em trans-formar um movimento de protesto de 20 mil pessoas contra a política do governo em um movimento “peque-no”, “violento” e formado por “vandâlos”, ficou evidente para toda a população que os “vândalos” são os Policiais Militares.
a postura do prefeito, Fer-nando Haddad (PT), demons-trou que o PT e o PSdB são dois pilares de sustentação do regime político brasileiro.
depois de décadas de con-trole do PSdB sobre a maior
cidade do País, os paulistanos conseguiram derrotar a direi-ta nas últimas eleições mes-mo com as fraudes eleitorais e a manipulação da imprensa capitalista e alguns chegaram a pensar que Haddad ia ser menos agressivo que o PSdB nos ataques à população. Não foi o que aconteceu.
devemos exigir todos a re-núncia do governador do es-tado, que mandou a PM agir ilegal e brutalmente contra o povo. É preciso repudiar o PT, que está assumindo o papel da direita nos ataques à população.
Fora Alckmin!
um programa de luta para
as mobilizaçõesNacionalizar já todas as empresas privatizadas
Os governos de FHc e PSdB entregaram bilhões em riquezas. Privatizaram a pre-ço de banana a Vale, empre-sas siderúrgicas, de energia, de telefonia, nosso petróleo e a Petrobrás, que tem 72% de suas ações nas mãos de capi-talistas.
O governo do PT não can-
celou a roubalheira e agora imita FHc entregando pe-tróleo, aeroportos, portos e rodovias e aprofunda as ter-ceirizações nas empresas es-tatais e órgãos públicos.
Querem privatizar a maior empresa do País, os correios, com terceirizações e ataques aos direitos dos trabalhado-
res.Vamos defender nossos
salários e empregos por meio da organização independente e da luta. Sair às ruas!
• Fim da terceirização! • Fim das privatizações! • Reestatizar as empresas privatizadas!
Responder à ofensiva da direita contra as mulheres a direita mundial, usan-
do a religião como cober-tura, vem organizando uma ofensiva contra as mulhe-res e homossexuais como forma indireta de atacar a
organização, a luta popular e os direitos democráticos do povo. É isso o que te-mos visto no crescimento da extrema-direita europeia e norte-americana. É preci-
so dar uma resposta a esta ofensiva:
• Pelo direito de aborto • Pelo estado laico
Punição para os criminosos da ditadura militara ditadura não é coisa do
passado como muitos pen-sam. Seus responsáveis e her-deiros continuam mandando no país.
O regime militar brasi-leiro aprovou uma Lei de anistia para garantir sua im-punidade e de todos os que torturaram e assassinaram.
Está na hora de anular esta lei vergonhosa e julgar todos os assassinos torturadores e responsáveis pelos crimes da ditadura.
Que os capitalistas paguem pela crisea crise capitalista se apro-
funda em todo o mundo.O imperialismo, os gran-
des capitalistas e seus gover-nos têm uma única fórmula para enfrentar a crise: fazer o povo pagar, se necessário
pela força.Na américa Latina, o im-
perialismo e a direita local atuam para impor esta fórmu-la através do golpe de estado. É o que estamos vendo na Venezuela, onde, até agora, o
governo dos EUa não reco-nheceu o governo eleito.
Querem derrotar os traba-lhadores, destruir suas orga-nizações para fazer com que nós paguemos pela crise.
Derrotar a direita golpistaNo Brasil, a direita tem
sofrido sucessivas derrotas eleitorais.
Por isso, tenta aumentar o controle sobre os órgãos que ninguém elegeu, como o Su-premo Tribunal Federal, o Ministério Público e a Polícia Federal.
Isso ficou evidente no pro-cesso do Mensalão, em que passaram por cima das leis e da constituição, para tentar manipular as eleições e conde-nar sem provas o partido mais votado nas últimas eleições.
O PcO é o maior críti-co dos ataques do PT contra os trabalhadores e contra o povo, mas não vamos apoiar
o golpismo da direita.Exigimos que todo o judiciá-
rio seja eleito e controlado pelo povo. Queremos uma reforma política que fortaleça o controle popular sobre todas as institui-ções e a garantia dos principais direitos democráticos.• Eleição do judiciário e de todos os cargos de mando• Fim do Senado, câmara única• Eleição proporcional para o Congresso• Fim das medidas provi-sórias• Liberdade de manifesta-ção e expressão• Fim de toda censura• Direito de greve
Para enfrentar esse desafios é preciso que os trabalhado-res se organizem de maneira independente, em um partido próprio, para lutar pelos seus próprios interesses, por um governo dos trabalhadores, pelo Socialismo!
• Por um partido operário!• Por um governo dos tra-balhadores!• Pelo socialismo!
Jovem, trabalhador, venha lutar conosco!
Filie-se ao PCOwww.pc [email protected]
Generalizar a revolta popular contra os governos do PSDB e do PT:
Formar um conselho de
representantes do povo
de cada local de trabalho,
estudo e bairrosNossa luta não é só por
transporte. O aumento das passagens foi apenas a gota d’água que transbordou o copo.
a revolta da população e o crescimento das manifesta-ções a cada ato e a cada en-frentamento com a polícia, mostram o que já está aí para todos verem: ninguém aguen-ta mais tanta exploração e tanta repressão contra aque-les que nada mais fizeram do que protestar por uma vida melhor.
É preciso ligar os setores que saíram às ruas, lutando contra o aumento das passa-gens, às lutas de tantas outras categorias de trabalhadores, da juventude estudantil e ope-rária.
Precisamos nos organizar mais e melhor para enfrentar o governo e suas forças re-pressivas.
É preciso que todos os setores em luta se unifiquem para que, juntos, possam de-
cidir os rumos do movimento e estar ligados a cada canto da cidade.
É preciso organizar a luta contra os governos burgue-ses, de direita e de esquerda.
Neste sentido, o Partido da causa Operária propõe a formação de conselhos de representantes em cada local de trabalho e estudo, em cada bairro operário, nas periferias da cidade, para dar voz e for-ça reais aos trabalhadores e à juventude.
Organizar já um conse-lho geral, com representantes de cada canto da cidade, vai permitir que nossa luta se es-palhe ainda mais, atinja os se-tores aos quais ela ainda não chegou.
Enquanto os candidatos dos patrões se elegem com o voto da população para go-vernar para empresas, bancos e para o imperialismo, os tra-balhadores e a juventude de-vem se levantar e fazer valer a sua vontade.
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