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nº 1598 – 19 mar. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Olerícolas Frutícolas Outras Culturas Criações Preços Semanais Notas Agrícolas Regionalização da Emater/RS- Ascar Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3. Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. CDU 63(816.5) © 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

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nº 1598 – 19 mar. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.

Sumário

Palavra da Casa

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Olerícolas

Frutícolas

Outras Culturas

Criações

Preços Semanais

Notas Agrícolas

Regionalização da Emater/RS-Ascar

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar

I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.

Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

CDU 63(816.5)

© 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a

fonte.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 2, 19 mar. 2020

Palavra da Casa

Emater/RS-Ascar está unida e focada no esforço à prevenção do Covid-19

Nesta quinta-feira (19/03), queremos abordar também aqui no Informativo Conjuntural a

importância de estarmos unidos neste momento difícil, resultado da instalação dessa pandemia do Covid-

19 (novo Coronavírus), pela qual passa toda a sociedade e da qual nós extensionistas fizemos parte. O

momento é extremamente delicado, porém unidos e agindo de acordo com as recomendações das

autoridades de saúde conforme orientações das empresas e instituições, com certeza sairemos mais

fortes e muito em breve desse processo.

Para que isso aconteça é necessária muita responsabilidade, e é isso que pedimos a cada

extensionista. Desde a semana passada, o Comitê de Gestão Coronavírus da Emater/RS-Ascar, parceira da

Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), vem se reunindo para deliberar

sobre as medidas de controle ao avanço do vírus, em cumprimento às recomendações das autoridades

competentes.

Dessa forma, nesta semana foi determinada a suspensão da realização de quaisquer tipos de

eventos coletivos (reuniões, encontros, palestras, etc.) sob organização e/ou responsabilidade da

Instituição até o dia 12 de abril. Também devemos evitar receber pessoas de fora que possam causar

aglomeração (mais de cinco pessoas) nas dependências da Instituição.

Salientamos que até o dia 31 de março, todos os empregados com idade superior a 60 anos,

gestantes e portadores de doenças crônicas, que compõem o chamado grupo de risco para o Covid-19,

deverão executar suas atividades por meio de teletrabalho, ficando a cargo da respectiva gerência o

controle e o monitoramento da realização das mesmas.

Ainda para atender as demandas sanitárias de evitar circulação de pessoas, os empregados não

incluídos no grupo de risco deverão trabalhar em regime de revezamento entre os empregados de cada

gerência e entre as modalidades de trabalho presencial e teletrabalho. A escala de trabalho e o

monitoramento das atividades também ficam a cargo da respectiva gerência, de forma a garantir a

continuidade dos serviços.

Orientamos ainda que qualquer empregado que apresentar febre ou sintomas respiratórios

(tosse seca, dor de garganta, mialgia, cefaleia e prostração, dificuldade para respirar), comunique a

respectiva gerência, permanecendo em casa e adotando o regime de teletrabalho. Cabe a todos cumprir

essas e outras medidas preventivas ao Covid-19 e promover orientações ao público assessorado,

utilizando fontes oficiais e confiáveis, como o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde,

evitando a disseminação de fake news.

Todas essas recomendações poderão ser revistas, atualizadas e melhoradas pela Diretoria a

qualquer tempo para acompanhamento das decisões, medidas e orientações das autoridades

competentes. É dever do empregado acompanhar os informes institucionais que estão sendo

encaminhados pelo e-mail funcional.

Por fim, pedimos que todos cuidem de si, da família e de toda a sociedade. Previnam-se e evitem

a proliferação do vírus. Façam a sua parte! Contem conosco, estamos atentos e focados na preservação

da saúde e do bem-estar de todos os colegas.

Geraldo Sandri – presidente da Emater/RS e superintendente-geral da Ascar

DESTAQUES

Perdas no Estado crescem com a continuidade da seca.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 3, 19 mar. 2020

Condições Meteorológicas

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 12 A 18/03/2020

A última semana apresentou chuvas significativas em diversas áreas do RS. Na quinta-

feira (12) o tempo permaneceu seco e quente em todo Estado. Entre a sexta (13) e o sábado

(14), a intensificação da massa de ar quente favoreceu a ocorrência de temperaturas

próximas a 40°C em diversas localidades. No domingo (15) e segunda-feira (16), a

propagação de uma frente fria provocou pancadas de chuva em todas as regiões. Na terça

(17), o tempo seco e quente predominou; porém no decorrer da quarta-feira (18), o

deslocamento de uma área de baixa pressão provocou chuva em todo Estado, com registro

de temporais isolados.

Os acumulados foram mais significativos sobre a Metade Sul e no Litoral Norte, com

volumes entre 20 e 35 mm na Campanha, e que superaram 60 mm em algumas localidades

da Fronteira Oeste. Nas faixas Norte e Noroeste e no Extremo Sul, ocorreram chuvas fracas

com valores entre 2 e 10 mm. No restante das áreas, os totais oscilaram entre 10 e 20 mm.

Os volumes mais expressivos registrados na rede de estações do INMET/SEAPDR ocorreram

em São Vicente do Sul e São Gabriel (32 mm), Canguçu e Alegrete (34 mm), Santa Maria (35

mm), Caçapava do Sul (36 mm), Dom Pedrito (37 mm), Uruguaiana (48 mm), Tramandaí (63

mm), Quaraí e Santana do Livramento (64 mm).

A temperatura máxima da semana foi registrada em Santa Maria (40,4°C) em 14/03 e

a mínima ocorreu em Jaguarão (13,8°C) em 17/03.

Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 04/03/2020.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 4, 19 mar. 2020

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 19 A 25/03/2020

Nos próximos sete dias ocorrerão chuvas de baixo volume na maior parte do RS. Na

quinta-feira (19), ainda ocorrerá grande variação de nuvens, com pancadas isoladas de

chuva nas faixas Norte e Nordeste. Na sexta (20), o ar seco predominará, com temperaturas

amenas e formação de nevoeiros ao amanhecer na maioria das regiões; somente no Litoral a

circulação de umidade do mar para o continente vai provocar chuviscos/garoas no decorrer

do dia. No sábado (21) e domingo (22), a presença do ar seco manterá o tempo firme em

todo Estado, com temperaturas mais baixas no período noturno. Entre a segunda (23) e a

quarta-feira (25), o tempo permanecerá seco e o ingresso de ar quente favorecerá a

elevação das temperaturas, com valores acima de 30°C durante o dia e superiores 35°C na

Fronteira Oeste e nas Missões.

Os valores de precipitação deverão ser inferiores a 10 mm na maioria das regiões.

Nas faixas Norte e Nordeste, os totais previstos oscilarão entre 10 e 20 mm, e somente no

Alto Vale do Uruguai e nos Campos de Cima da Serra os volumes deverão superar os 30 mm.

Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 5, 19 mar. 2020

Grãos

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

CULTURAS DE VERÃO

Soja

Mais uma semana marcada por tempo seco, alta taxa de radiação solar, baixa

umidade relativa do ar e altas temperaturas, que agravam a situação de redução dos

rendimentos nas lavouras de soja em todo Rio Grande do Sul. As áreas se encontram nas

seguintes fases: 1% em germinação/desenvolvimento vegetativo, 4% em floração, 32% em

enchimento de grãos, 45% maduro e 18% das lavouras foram colhidas.

Fases da cultura da soja no Rio Grande do Sul

Soja 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 19/03 Em 12/03 Em 19/03 Em 19/03

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Vegetativo 1% 1% 0% 1%

Floração 4% 7% 4% 4%

Enchimento de grãos 32% 48% 45% 43%

Maduro e por colher 45% 36% 37% 36%

Colhido 18% 8% 14% 16%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

Produtores de todas as regiões do Estado solicitam perícias de Proagro e seguros. Há

redução de produtividade em todas as regiões, no entanto variável.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a semana foi marcada pela

continuidade da estiagem; nos horários mais quentes do dia, aumentou o número de plantas

murchas. As áreas em fase final de enchimento de grãos e em maturação vêm apresentando

retenção de folhas secas, hastes verdes, queda de vagens – principalmente as situadas no

topo da planta, vagens sem grãos e falhadas, inclusive com morte de plantas. À medida que

a estiagem avança, os grãos diminuem de tamanho, de peso, apresentam rugosidade e com

esverdeamento do tegumento, causado por estresse térmico e hídrico. Esse quadro

evidencia perdas significativas na qualidade fisiológica da semente, na redução da qualidade

do grão – com menores teores de proteína e de lipídeos, além de conferir maior índice de

acidez do óleo. As lavouras que estão sendo colhidas têm mostrado alto percentual de

impurezas devido à desuniformidade de maturação das plantas, além de abertura natural

das vagens e também mecânica durante o processo de corte e transporte das plantas para

trilha nas colheitadeiras. Alguns produtores vêm realizando dessecação pré-colheita a fim de

uniformizar as lavouras e reduzir as perdas.

Na região de Santa Rosa, 2% da cultura está na fase de desenvolvimento vegetativo

(lavouras da safrinha), 4% em floração, 43% em enchimento de grãos e 42% em maturação.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 6, 19 mar. 2020

O clima seco e as altas temperaturas provocam maturação antecipada, ampliando assim a

área já colhida para 9%; a produtividade é variável, de acordo com as chuvas ocorridas no

período de floração e enchimento dos grãos, com o tipo de solo e também de acordo com o

manejo de rotação de cultivos de verão. Em Santo Cristo e Doutor Maurício Cardoso, há

lavouras com produtividade de 4.200 quilos por hectare; em outras áreas, a produtividade

está abaixo de 1.500 quilos por hectare. A situação de perdas vem se alterando em função

da persistência da estiagem com sol forte e baixa umidade do ar, principalmente nas

lavouras de soja de ciclo médio e tardio, que ainda estão em fase de enchimento de grãos e

maturação, fases sensíveis à falta de umidade para formação do grão. Em áreas com

problemas de solos rasos, pedregosos e em lavouras com solos compactados, as plantas

apresentam folhas murchas e precocemente secas, sintomas de forte estresse hídrico, aos

quais se somam a virada das folhas na maior parte das lavouras e a má formação de vagens.

As condições de tempo seco também proporcionaram baixa evolução de doenças nessa

safra, e embora tenham dificultado a realização de pulverização de fungicidas e inseticidas, o

aspecto sanitário das lavouras no geral está muito bom; a pressão de ferrugem se mantém

baixa, se comparada à da safra passada. Entretanto, há relatos de lavouras que sofreram

alguns danos por percevejo. As lavouras de soja de segundo plantio semeadas após a

colheita do milho tiveram boa emergência, porém já vêm sentindo e muito a falta de chuva e

de umidade no solo. Em algumas lavouras em floração haverá grandes prejuízos.

Na de Santa Maria, as lavouras de soja estão predominantemente nas fases de

enchimento de grãos e maturação, e a colheita já alcança 10%. Em Tupanciretã, a

produtividade tem variado entre 600 e 2.400 quilos por hectare. Já em Formigueiro e São

Sepé, o rendimento médio chegou a 1.200 quilos por hectare.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, há 1% da área da cultura

ainda em desenvolvimento vegetativo, 80% em floração e enchimento de grãos, 14% em

maturação fisiológica e 5% já foram colhidos. A falta de chuva nessa fase da cultura

provocou queda de flores, redução do número e do peso de grãos nas vagens, consolidando

perdas de produção. O maior número de laudos de Proagro foi realizado em Manuel Viana,

Maçambará e Hulha Negra. A produtividade tem variado de acordo com as microrregiões e

solos: na Fronteira Oeste, Central e Missões, pode-se chegar a até mil quilos por hectare em

áreas irrigadas com pivô; na Campanha e Sul, ao redor de 2.500 quilos por hectare. O

rendimento das áreas já colhidas tem oscilado entre 600 e 1.800 quilos por hectare.

Na de Soledade, 10% das lavouras estão em enchimento de grãos, 80% em

maturação e 10% já foram colhidas. As condições do tempo das últimas semanas, com dias

secos, baixa umidade relativa do ar e temperaturas altas, mudaram o aspecto das lavouras

de soja. De forma geral, as plantas entraram em maturação forçada, cuja característica são

folhas secas retidas nas plantas, indicando que o ciclo não foi completo e que a planta foi

forçada a amadurecer; no processo normal de maturação, essas folhas caem naturalmente.

As condições de estiagem aceleram o ciclo da cultura, resultando em grãos com menor

tamanho e peso. As perdas são inevitáveis. As produtividades variam entre 600 e 2.100

quilos por hectare.

Na de Frederico Westphalen, 1% da área ainda está na fase de desenvolvimento

vegetativo, 4% em floração, 40% em enchimento de grãos, 35% em maturação e 20% já

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 7, 19 mar. 2020

estão colhidos. A produtividade média tem atingido 3.140 quilos por hectare. Com a

permanência da estiagem na região, aliada às altas temperaturas no período, as perdas já

atingem 19% e poderão se agravar caso não ocorram chuvas nos próximos dias. Os

produtores finalizaram os tratamentos de controle de doenças fúngicas.

Na região da Emater/RS-Ascar Erechim, 30% estão em enchimento de grãos, 50% em

maturação e 20% das lavouras já foram colhidas. A situação de perdas tem se agravado

progressivamente, porque não tem havido precipitações. A produtividade média está em

2.700 quilos por hectare.

Na de Caxias do Sul, a colheita das variedades precoces avançou no período, com

rendimentos abaixo do esperado; a produtividade variou entre 1.800 e três mil quilos por

hectare. A redução do potencial produtivo está associada às altas temperaturas e à ausência

de chuvas durante a fase de enchimento de grãos.

Na de Porto Alegre, 4% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo,

15% em floração, 60% em enchimento de grãos, 20% em maturação e 1% foi colhido.

Diversas áreas apresentam perdas decorrentes da desaceleração do crescimento das

plantas, do aborto de flores e das dificuldades de enchimento de grãos, estimadas em 35%.

Já nas áreas onde choveu mais, as lavouras de soja apresentam bom desenvolvimento. Nas

irrigadas, a produtividade da oleaginosa deverá ficar acima dos 70 sacos por hectare.

Na de Pelotas, a cultura se encontra predominantemente nas fases de floração e

enchimento de grãos. A maturação está sendo forçada pela estiagem que se prolonga.

Embora tenham ocorrido precipitações esparsas na semana que passou, o predomínio de

tempo seco, associado à radiação solar intensa, a baixa umidade relativa do ar e as

temperaturas diurnas muito elevadas têm agravado as perdas. As colheitas seguem na

região. Em São Lourenço do Sul, Santana da Boa Vista, Canguçu e Jaguarão, já chegaram a

5%; em Pelotas, a 8% e a 10% em Herval e Cerrito. Em geral, os rendimentos alcançados são

de 1.400 a 1.500 quilos por hectare; nas lavouras com cultivares precoces, chegam a até

2.100 quilos por hectare. Atualmente as perdas estão em 41% da produção esperada

inicialmente.

Na de Passo Fundo, 20% das lavouras estão na fase de enchimento de grãos, 65% em

maturação e 15% já foram colhidas. A continuidade da falta das precipitações dos últimos

meses associada às altas temperaturas prejudica o rendimento das lavouras.

Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar para a soja

comercializada no Estado, a cotação média foi de R$ 85,11/sc., com aumento de 2,11% em

relação à da semana anterior.

Na região de Santa Rosa, o preço da soja esteve em elevação, e foi comercializada a

R$ 82,50; em Caxias do Sul, a R$ 84,25 e na região de Ijuí, ao preço médio de R$ 83,57; em

Santa Maria, é de R$ 83,66 e na de Porto Alegre, de R$ 85,00. Na região de Bagé, o preço

oscilou entre R$ 75,00 e R$ 87,00; em Erechim, chegou em R$ 85,00 e na de Soledade, R$

83,50; na região de Frederico Westphalen, a variação se manteve entre R$ 81,00 e R$ 82,00;

na de Pelotas, entre R$ 82,50 e R$ 89,00/sc.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 8, 19 mar. 2020

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2119, de 19 de março de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Milho

As lavouras no Estado estão nas seguintes fases: 4% em germinação e

desenvolvimento vegetativo, 5% em floração, 13% em enchimento de grãos, 15% maduro e

63% já foram colhidos.

Fases da cultura do milho no Rio Grande do Sul

Milho 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 19/03 Em 12/03 Em 19/03 Em 19/03

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Vegetativo 4% 5% 4% 4%

Floração 5% 7% 8% 6%

Enchimento de grãos 13% 18% 16% 18%

Maduro e por colher 15% 13% 15% 19%

Colhido 63% 57% 57% 53%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, 12% das lavouras estão em

desenvolvimento vegetativo, 4% em floração, 1% em enchimento de grãos, 1% em

maturação e 82% já foram colhidas. As lavouras de milho safra colhidas, em geral,

apresentaram baixo percentual de perdas de produtividade, inclusive muitos municípios das

microrregiões da Grande Santa Rosa e de Três de Maio não tiveram perdas nas lavouras de

milho safra grão e de silagem. Já as lavouras de milho safrinha têm se ressentido com a

estiagem; as plantas estão paralisando o crescimento, e as folhas começam a secar; além

disso, não tem sido possível realizar adubação nitrogenada em cobertura, fazendo com que

as perdas aumentassem para 8%, com rendimento de 7.267 quilos por hectare. Eugênio de

Castro e Entre-Ijuís são os municípios que registram as maiores perdas, respectivamente

50% e 41,7%. As condições do tempo seco na semana paralisaram a aplicação de adubação

de cobertura nitrogenada. É baixo o ataque de pragas.

Na regional de Frederico Westphalen, 90% das lavouras já estão colhidas. Os milhos

híbridos precoces semeados até a primeira quinzena de setembro apresentam bom

potencial produtivo; diante do atual cenário de estiagem, há lavouras chegando a até 9.600

quilos por hectare. Já nas lavouras semeadas a partir da segunda quinzena de setembro, a

68,00

70,00

72,00

74,00

76,00

78,00

80,00

82,00

84,00

86,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Média mês

85,11

83,35

78,53

74,75

82,20 82,20

R$

Soja - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

2,11

8,38

13,86

3,54 3,54

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

Comparativo percentual do preço médio semanal da Soja (R$ 85,11/saca de 60 kg)

%

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 9, 19 mar. 2020

cultura se ressentiu mais com a estiagem e as perdas são maiores, chegado a até 35%. Os

produtores estão solicitando Proagro.

Na de Ijuí, a colheita de milho foi interrompida para a realização de colheita da soja.

O milho de segundo cultivo com destino à colheita de grão apresenta pequena área

implantada, concentrada em locais com irrigação.

Na de Erechim, a colheita já alcançou 90% da área plantada. O rendimento médio

tem chegado a 7.560 quilos por hectare.

Na de Soledade, 60% das lavouras já foram colhidas. Entre as demais, 13% estão em

estágio de desenvolvimento vegetativo, 7% em floração, 14% em enchimento de grãos e 6%

em maturação. As lavouras de semeadura tardia são as mais afetadas pela estiagem na

região e já acumulam perdas de 42% em relação à produtividade esperada. Por conta do

clima seco, os serviços de adubação nitrogenada em cobertura e de controle de plantas

invasoras em lavouras do tarde estão paralisados. Somente estão sendo feitos controles de

lagartas do cartucho nos locais de infestação.

Na regional de Santa Maria, as lavouras de milho safra estão em fase final de ciclo;

nas de segundo plantio, as fases variam conforme o período de plantio, desde o

desenvolvimento vegetativo até maturação. A falta de precipitações que restringiu as

condições ideais de umidade no solo fez com que os produtores plantassem área 4,2%

menor que o esperado, totalizando 38.600 hectares.

Na de Bagé, 70% das lavouras estão colhidas, 7% em maturação, 20% entre floração

e enchimento de grãos e 3% em desenvolvimento vegetativo. A produtividade tem sido

variável na região. Em cultivos menos tecnificados e com limites nas áreas físicas – em

função, por exemplo, da topografia e do tipo de solos–, chegou a 2.300 quilos por hectare.

Em áreas irrigadas, a produtividade alcançou 7.800 quilos por hectare, como em Itaqui,

Alegrete, Maçambará e São Borja. Nas áreas restantes, que representam 50% da região e

onde são plantadas lavouras sem irrigação, a estiagem tem causado perdas e a previsão é de

rendimentos de 1.600 quilos por hectare.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a cultura está predominantemente na

fase de enchimento dos grãos. Segue a colheita; em Pelotas, 25% das áreas estão colhidas;

em São Lourenço do Sul, 10%; e em Canguçu, 9%. As produtividades alcançadas refletem as

perdas na região. Em Canguçu, o rendimento foi de 1.701 quilos por hectare; e em São

Lourenço do Sul, 2.090 quilos por hectare.

Na de Porto Alegre, segue a colheita do milho. Em toda região, a estiagem causou

dificuldades no desenvolvimento, ficando abaixo do normal devido à falta de umidade no

solo. Há falhas de germinação, florescimento sem chuva, falhas no enchimento de grãos e

aceleração da maturação, ocorrências que têm causado grande queda na produção de grãos.

Diante da manutenção das altas temperaturas e da baixa umidade relativa do ar, a

estimativa de perdas tende a se agravar para os cultivos realizados pós-fumo que se

encontram nas fases de desenvolvimento vegetativo e em início de floração.

Na de Passo Fundo, 20% das lavouras estão nas fases de enchimento de grãos e

maturação e 80% já foram colhidas. O reduzido volume de precipitações provocou queda

acentuada na produtividade, sobretudo pela ausência de umidade nas fases de floração e

enchimento de grãos.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 10, 19 mar. 2020

Na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, março até o momento tem uma das

piores estiagens já registradas nos Vales do Taquari e Caí. Já são 17 dias sem chuvas na

região. Esta primeira quinzena foi marcada pela baixa umidade relativa do ar e por altas

temperaturas, o que fez com que se agravassem as perdas na produção de milho na região.

Aumentam a cada dia as perdas consolidadas. É uma perda silenciosa, sem morte de plantas;

o que ocorre é o retardo do desenvolvimento e a senescência das plantas sem que tenham

atingido todo o seu potencial de produção. Nas localidades com microclimas, nas noites

frias, há formação de orvalho, e a planta absorve umidade que ameniza o quadro. As plantas

que estariam enchendo o grão neste momento estão em senescência e “deitando a espiga”,

resultando grãos totalmente murchos, que não servirão nem para grão e sequer para uma

silagem de qualidade. Com isso, há a preocupação de toda a cadeia produtiva ligada à

alimentação animal, baseada no milho em grão e na silagem que estará comprometida ao

longo deste ano. O segundo plantio está igualmente comprometido, salvo entre alguns

produtores que plantaram mais cedo e cujas lavouras escaparam da janela crítica dessa

grande estiagem; outra exceção ao comprometimento grave da cultura são as lavouras

localizadas em pequenos microclimas de baixada, que reservam mais água, ou as raras

lavouras que contam com algum sistema de irrigação. As perdas na cultura do milho

excederão 50% nos grãos, com silagem de baixíssima qualidade, com plantas secas, baixa

matéria seca e baixa qualidade nutricional. Em Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, foram

plantados 1.250 hectares destinados a milho grão. A expectativa é de colher 5.100 quilos por

hectare, com redução de produtividade de 32%.

Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de cotações realizado pela Emater/RS-Ascar, o

preço médio do milho no Estado ficou em R$ 44,51/sc., com aumento de 0,82% em relação

ao da semana anterior.

Na regional de Santa Rosa, o preço está cotado em R$ 42,00/sc.; em Frederico

Westphalen, a variação se manteve entre R$ 43,00 e R$ 44,00; na de Pelotas os preços

variaram entre R$ 42,00 e R$ 50,00; na de Erechim chegou a R$ 45,00; em Ijuí, a R$ 43,56;

em Bagé, os preços têm variado entre R$ 41,00 e R$ 50,00. Em Caxias do Sul, o preço médio

permaneceu em R$ 44,50; em Ijuí, em R$ 43,56; na regional de Soledade, em R$ 43,50; em

Santa Maria, o preço médio chegou a R$ 44,78 e em Porto Alegre a R$ 50,00/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2119, de 19 de março de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Ano anterior Média geral Média mês

44,51 44,15 43,27

33,7336,83 36,24

R$

Milho - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

0,822,87

31,96

20,8522,82

0

5

10

15

20

25

30

35

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Milho (R$ 44,51/saca de 60 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 11, 19 mar. 2020

Milho silagem

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, as lavouras de milho para

silagem estão em colheita e já colhidas. Em Cerrito, a colheita já foi realizada em 70% das

áreas semeadas. A silagem elaborada é de qualidade inferior e com rendimentos bastante

baixos, de seis mil a oito mil quilos por hectare. Isto impactará na produção leiteira e no

ganho de peso dos animais. As perdas no milho silagem se referem tanto à quantidade

quanto à qualidade do produto.

Na região de Ijuí, o milho destinado à confecção de silagem está altamente

prejudicado pela estiagem prolongada. As plantas apresentam porte baixo, folhas enroladas

e murchas; em algumas lavouras, não houve formação/emissão de espigas e senescência das

folhas baixeiras.

Na regional de Porto Alegre, com a continuidade do período sem precipitações, o

milho colhido apresenta baixa qualidade e está demasiadamente seco, o que dificulta a

realização da compactação. O preço de comercialização da silagem está em R$ 320,00/ton.

Na de Erechim, o milho silagem está totalmente colhido. A produtividade alcançada

foi de 36.514 quilos por hectare.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Lajeado, em Colinas, o

desenvolvimento do milho silagem foi atingido pela estiagem. Estimam-se perdas superiores

a 35% na produtividade. A qualidade do produto ensilado também está prejudicada, e os

produtores estão adicionando inoculante e grãos de milho picado para melhorar a

qualidade. Em Cruzeiro do Sul, na área plantada de 1.850 hectares, o rendimento médio de

27 toneladas por hectare é resultado de uma perda de 29%.

Arroz

A cultura do arroz no Rio Grande do Sul está atualmente nas seguintes fases: 3% em

floração, 20% em enchimento de grãos, 47% em maturação e 30% foram colhidos.

Fases da cultura do arroz no Rio Grande do Sul

Arroz 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 19/03 Em 12/03 Em 19/03 Em 19/03

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Vegetativo 0% 1% 0% 0%

Floração 3% 6% 4% 5%

Enchimento de grãos 20% 26% 22% 23%

Maduro e por colher 47% 44% 46% 45%

Colhido 30% 23% 28% 27%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

Na regional de Bagé, 45% das lavouras estão em florescimento e enchimento de

grãos, 25% em fase de maturação fisiológica e 30% colhido. Devido às ótimas condições das

lavouras e ao tempo favorável durante o ciclo da cultura, o rendimento chegou em 8,6

toneladas por hectare, principalmente na Fronteira Oeste. Os cultivos estão com bom

estado fitossanitário. Em algumas lavouras, o tempo seco continuado que favoreceu a

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 12, 19 mar. 2020

colheita reduziu a umidade do grão devido às altas temperaturas, aumentando o índice de

grãos quebrados e diminuindo o rendimento.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a cultura está

predominantemente na fase de enchimento de grãos e em maturação. Segue a

intensificação da colheita. Em Piratini, 70% das lavouras já estão colhidas; em Turuçu, 60%;

em Rio Grande, 20% e em Pelotas a colheita já foi realizada em 30% das lavouras. Nas áreas

colhidas em Rio Grande, o rendimento está em 9.121 quilos por hectare; em Jaguarão em

oito mil quilos por hectare; em São Lourenço do Sul, 7.500 quilos por hectare; e em Pelotas

em 8.400 quilos por hectare.

Na de Soledade, 3% da cultura está em floração, 72% em enchimento de grãos, 15%

em maturação e 10% das lavouras já foram colhidas. A produtividade média está em sete mil

quilos por hectare, apresentando ótima qualidade de grãos. Em geral, é bom o estado

fitossanitário da cultura, com presença localizada de pragas e doenças. A disponibilidade de

água vem sendo reduzida, circunstância que limita o potencial produtivo nas lavouras

implantadas tardiamente.

Na de Santa Maria, continua bom o desenvolvimento da cultura, favorecido pelas

condições de tempo favorável e pela disponibilidade de água. Mas as lavouras que têm

aporte hídrico limitado já sentem efeitos da estiagem. A estimativa de perdas aponta para

redução de 10% no rendimento.

Na região administrativa de Santa Rosa, as atividades de colheita continuam com

bom andamento, já que as condições de umidade no solo favorecem o trânsito de máquinas

e equipamentos de carga. Os produtores relatam que a produtividade deve se manter

próxima de 8.100 quilos por hectare nas próximas áreas a serem colhidas.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, 16% das lavouras foram colhidas,

4% estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 12% em floração, 33% em enchimento de

grãos e 35% em maturação. Em geral, as lavouras estão sadias, sem doenças e pragas,

condição favorecida pelo tempo seco. Até o momento não há registros de falta de água; em

algumas localidades, os reservatórios estão abaixo do normal, o que pode comprometer o

consumo. As perdas de 7% estão relacionadas ao atraso nos plantios devido à ausência das

condições ideais para a implantação da cultura. A estiagem em si não causou maiores

prejuízos no arroz.

Mercado (saca de 50 quilos)

No levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, a cotação do

arroz no RS alcançou preço médio de R$ 49,36/sc., com aumento de 0,12% em relação ao da

semana anterior.

Na regional de Bagé, o preço está cotado em R$ 47,00; na de Soledade, o arroz foi

comercializado a R$ 48,00; na de Pelotas, o preço variou entre R$ 46,00 e R$ 53,00; em

Santa Maria, se manteve em R$ 48,38; na de Santa Rosa, em R$ 48,50, e na regional de

Porto Alegre, o produto foi cotado a R$ 50,00/sc.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 13, 19 mar. 2020

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2119, de 19 de março de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Feijão 1ª safra

Na de Pelotas, predomina a fase de colheita, e a região se encaminha para o final de

safra. Em São Lourenço do Sul, a produtividade média está em 420 quilos por hectare; em

Canguçu, 600 quilos por hectare; em Pinheiro Machado, 864 quilos por hectare.

Iniciou a colheita nos Campos de Cima da Serra, na regional de Caxias do Sul. O

rendimento das primeiras áreas colhidas está em 1.800 quilos por hectare, abaixo do

esperado de 2.520 quilos por hectare. A maioria das lavouras se encontra em fase de

maturação, o que fará com que a colheita se estenda até o início de abril.

Feijão 2ª safra

Na regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, a segunda safra está

integralmente semeada e se encontra 100% na fase de emergência e desenvolvimento

vegetativo. Em geral, as lavouras têm se mantido com bom estande, mas apresentam sinais

de estresse hídrico. Os tratos culturais necessários às plantas estão suspensos em virtude

da ausência de umidade no solo.

Na de Santa Rosa, as lavouras do feijão safrinha estão em floração e apresentam

folhas baixeiras amareladas e secas devido à falta de umidade no solo. Como ocorre com os

demais cultivos de verão, o feijão safrinha também sofre com a falta de umidade, e em se

mantendo o quadro climático atual, a produtividade deve diminuir significativamente.

Na regional de Ijuí, 44% das lavouras estão em enchimento de grãos, 40% em

maturação e 16% já foram colhidas. Há redução considerável da área cultivada na safrinha.

Destaque para Santo Augusto, que no ano anterior plantou 1.100 hectares e nessa safra

apenas 50 hectares. Em geral, as lavouras de feijão segunda safra sofrem forte impacto pela

falta de chuvas e já apresentam plantas com folhas murchas, queda de flores e vagens sem

formação de grãos.

Na de Soledade, a maior parte das lavouras implantadas se encontra em

desenvolvimento vegetativo (75%) e o restante em florescimento (25%). A falta de chuva

vem diminuindo o teor de umidade do solo e afetando o crescimento e o desenvolvimento

da cultura, que já apresenta estresse hídrico. O estado fitossanitário da cultura é bom. Por

conta das condições de estiagem, seguem sem execução os tratos culturais de adubação

nitrogenados em cobertura, controle de plantas invasoras e de doenças.

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Média mês

49,36 49,30 48,66

40,91

49,47 49,05

R$

Arroz - preço médio pago ao produtor - R$/saca 50 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

0,121,44

20,66

-0,22

0,63

-5

0

5

10

15

20

25

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Arroz (R$ 49,36/saca de 50 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 14, 19 mar. 2020

Na de Porto Alegre, o plantio da safrinha ficou reduzido em relação à safra passada

devido às condições de tempo seco e altas temperaturas. As lavouras implantadas em fase

de desenvolvimento vegetativo e floração sentem os efeitos da estiagem, mesmo com a

chuva ocorrida na semana.

Mercado (saca de 60 quilos)

O preço médio do feijão no Estado foi cotado a R$ 144,71/sc., com aumento de

0,77% em relação ao da semana anterior, conforme o levantamento semanal de preços da

Emater/RS-Ascar.

Na região de Frederico Westphalen, o preço está cotado em R$ 140,00/sc.; na de

Soledade, o preço tem se mantido em R$ 150,00; na de Ijuí, em R$ 135,40; em Pelotas,

variou entre R$ 180,00 e R$ 290,00. Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, ficou

entre R$ 140,00 e R$ 185,00; na de Porto Alegre, o preço é de R$ 277,00/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2119, de 19 de março de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Hortigranjeiros

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

OLERÍCOLAS

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a situação das

olerícolas continua semelhante à da semana anterior, sofrendo com o período seco e a forte

insolação; mudas recém-transplantadas apresentam pegamento reduzido e necessidade de

irrigação recorrente; porém não há condições para realização do preparo do solo para

futuros cultivos. As altas temperaturas prejudicam o desenvolvimento das hortaliças –

mesmo as cultivadas em ambiente protegido, refletindo em perdas na produção, na redução

da oferta, da qualidade do produto e em aumento de preços ao consumidor. O cultivo de

novas áreas a campo somente tem ocorrido em áreas com irrigação, pois nas demais não há

condições de plantio em função da baixa umidade do solo. Há produção de folhosas

30,00

50,00

70,00

90,00

110,00

130,00

150,00

170,00

190,00

210,00

230,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

144,71 143,61 138,44

186,17

202,28

227,36

R$

Feijão - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

0,77

4,53

-22,27

-28,46

-36,35-40

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Feijão (R$ 144,71/saca de 60 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 15, 19 mar. 2020

somente em cultivos com irrigação e telas de sombreamento. Segue alto o ataque de pragas

como lagartas, pulgões, ácaros, tripes e coleópteros crisomelídeos. Abóbora e moranga em

plena colheita; tomate-cereja em franca produção, sendo alternativa para a elaboração de

saladas e/ou como ingrediente de receitas.

Na regional de Ijuí, hortaliças tropicais e subtropicais irrigadas foram beneficiadas

pelas altas temperaturas diurnas, noturnas e pela baixa umidade no ar. Há atraso na

implantação da alface cultivada a campo, tanto entre produtores comerciais quanto entre os

que cultivam para autoconsumo. Continua a produção em ambiente protegido, com redução

do tamanho final do produto e menor quantidade de folhas. A cultura da mandioca

apresenta bom desenvolvimento; inicia a comercialização da nova safra. Embora o

crescimento das brássicas esteja reduzido, é boa a qualidade dos produtos; destaque para o

brócolis, com inflorescência verde escura, tenra e macia. Produtores aguardam o retorno da

umidade no solo para intensificar o preparo de canteiros e a implantação de novas áreas.

Preços médios praticados na região Produto Unidade Preço (R$)

Alface cab. 1,84

Beterraba kg 3,60

Brócolis kg 4,30

Cenoura kg 4,00

Couve-flor kg 5,30

Mandioca c/ casca kg 1,86

Mandioca s/ casca kg 4,80

Pepino kg 5,25

Repolho kg 2,50

Rúcula maço 2,00

Tomate kg 5,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Ijuí.

Na regional de Bagé, as condições climáticas de elevadas temperaturas prejudicaram

os cultivos a campo sem irrigação e proteção, aumentando as perdas; tais circunstâncias

motivaram o afastamento de produtores da atividade e/ou o manejo da olericultura em

geral para ser sazonal. Os cultivos hidropônicos e semi-hidropônicos em ambientes

protegidos mantêm oferta de produtos.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, a seca continuou na semana que

passou, restringindo o volume de água para a irrigação e implicando em perdas nos cultivos,

irrigados e não irrigados. O transplante de hortaliças permanece praticamente paralisado. O

crescimento está comprometido em cultivos a campo sem irrigação de aipim, abóbora,

moranga, batata-doce e milho verde. Há relatos de perdas de produção em algumas áreas.

De maneira geral, a estiagem tem ocasionado prejuízos significativos na produção e na

qualidade das hortaliças. Segue intensa a incidência de vaquinha (Diabrotica spp) e lagarta.

As folhosas protegidas por sombrites e aluminetes têm bom desenvolvimento e ainda há

boa oferta. Alguns produtores começam a limitar a irrigação por falta de água. Está

paralisado o plantio de cenoura e beterraba. O pepino conserva em cultivo protegido e

irrigado segue em fase de crescimento; no entanto a continuidade da estiagem prejudica seu

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desenvolvimento. Segue a colheita de abóboras e morangas, se encaminhando para o final

em muitas áreas. Os preços pagos ao produtor na semana foram os seguintes: pepino

conserva a R$ 3,00/kg; aipim, R$ 35,00/cx. de 22 quilos; morangas Cabotiá a R$ 18,00 e a

vermelha a R$ 8,00/sc. de 20 quilos; milho verde a R$ 0,35/unid.

Na regional de Pelotas, a produção de abóbora segue reduzida. As perdas nas

hortaliças em geral começam a se intensificar devido à falta de água para irrigação e aos

danos causados pela radiação solar intensa e altas temperaturas, que danificam as principais

hortaliças, comprometendo o aspecto visual e a qualidade. Olericultores estão deixando de

plantar as hortaliças por falta de água. Alface, brócolis e couve-flor apresentam redução da

oferta devido ao excesso de calor. Há redução de oferta também de repolho e das couves

verde e manteiga. Brócolis e repolho estão com boa sanidade. O feijão de vagem está com

bom desenvolvimento e em plena colheita, com aumento da oferta; cenoura, em semeadura

e colheita, com bom desenvolvimento. O milho verde e o doce estão em plena colheita.

Preços médios praticados na região Produto Unidade Preço (R$)

Alface cx. com 12 unid. 12,00 a 15,00

Brócolis unid. 3,00 a 3,50

Cenoura kg 2,50 a 2,90

Couve-flor unid. 4,50 a 5,00

Couve molho 0,80 a 1,00

Couve manteiga molho 1,10 a 1,30

Milho verde unid. 0,40 a 0,50

Milho doce unid. 0,37

Repolho unid. 2,00 a 2,50

Repolho unid. 2,00 a 2,50

Tomate cx. 20 kg 20,00 a 25,00

Vagem kg 2,00 a 2,50 Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Pelotas.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Lajeado, a primeira quinzena de

março encerrou sem registro de chuvas e desde 06 de março as temperaturas máximas

registradas estão acima da média climatológica. O clima muito quente e muito seco já

começa a deixar sinais de prejuízos na atividade. O sol forte prejudica o desenvolvimento

das culturas e provoca danos nas plantas. Os olericultores, em sua maioria, ainda contam

com boas reservas em açudes, o que garante água para irrigação; a maioria das famílias

produtoras utiliza o sistema de irrigação por gotejamento, mais racional na utilização da

água. Na maioria das espécies olerícolas, a baixa oferta de produto mantém o preço maior

que o esperado para a época. Por outro lado, os produtos gaúchos não têm boa saída devido

à perda de qualidade em decorrência da seca no RS e à entrada intensiva de produtos com

melhor aparência oriundos de outros estados, em especial São Paulo e Minas Gerais.

Pimentão

Na regional de Lajeado, produtores seguem com dificuldade de venda do produto;

no entanto, o preço melhorou, e o pimentão de primeira é comercializado a R$ 30,00/cx. de

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 17, 19 mar. 2020

18 quilos em Bom Princípio e a R$ 25,00/cx. em São Sebastião do Caí. O calor excessivo

interfere no padrão de qualidade.

Na de Pelotas, a cultura está com boa oferta e apresenta boa sanidade; produtores

realizam tratos culturais e colheita. O preço pago ao produtor varia entre R$ 10,00 e R$

15,00/cx. de 10 quilos.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, as lavouras estão em colheita e

apresentam boa produtividade. O preço do pimentão verde está em R$ 3,00/kg e o do

colorido é de R$ 4,50/kg.

Moranga Cabotiá

Em Cruzeiro do Sul, na regional de Lajeado, a colheita foi concluída, e o rendimento

da safra foi de sete a oito toneladas por hectare. O produto é armazenado em galpões para

posterior comercialização. Poucos produtores realizam plantio de safrinha; lavouras sofrem

com a falta de chuvas, levando à morte de algumas plantas. O preço recebido pelo produtor

é de R$ 13,00/sc. de 20 quilos em Cruzeiro do Sul e São Sebastião do Caí.

Alface

Na regional de Lajeado, a redução no volume pluviométrico registrado nas últimas

semanas preocupa os olericultores, visto que grande parte deles conta com irrigação nos

canteiros e o nível de água nos açudes tem baixado drasticamente. As perdas na produção

em função do forte calor e da ausência de chuvas são amenizadas pela irrigação, mas podem

aumentar caso não chova. Com a redução na oferta, a cotação da alface aumentou: em São

José do Hortêncio, o preço médio variou entre R$ 12,00 a R$ 15,00/dz. para comercialização

na Ceasa; o da alface americana chegou a R$ 20,00/dz.; em Bom Princípio, em média foi de

R$ 18,00/dz. para alface americana e R$ 15,00/dz. para os demais tipos de alface.

Milho verde

Em Cruzeiro do Sul, na regional de Lajeado, segue a colheita de milho verde. As

lavouras estão em vários estádios: sendo colhidas, prontas para colher, em desenvolvimento

e recém-plantadas, a fim de escalonar a produção. Lavouras sofrem com a seca: as prontas

para colher passam do ponto rapidamente e as que estão florescendo apresentarão espigas

falhadas. O preço pago aos produtores é de R$ 0,28 a R$ 0,35/espiga na propriedade, a

granel. Em Bom Princípio, agricultores que investiram em irrigação nas lavouras de milho

verde conseguem colocá-lo no mercado; contudo, há forte concorrência com o milho verde

oriundo de outros estados, pois a qualidade do milho gaúcho é menor, mesmo com

irrigação. Os preços giram em torno de R$ 2,00/band. com três unidades.

No Litoral Norte, a oferta de milho verde está diminuindo com a aproximação do

outono e término do veraneio. O preço está em R$ 0,50/unid. de espiga.

Mandioca/Aipim

Na regional de Lajeado, a cultura segue em fase de crescimento das raízes, com

atraso em torno de 60 dias em virtude da estiagem. A expectativa atual de produtividade é

de 13 toneladas por hectare, com raízes menores. Poucas lavouras foram colhidas até o

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 18, 19 mar. 2020

momento, mas a expectativa nessa safra é de preços melhores que os da anterior devido à

redução de área e da produtividade das lavouras. Em Cruzeiro do Sul e São José do

Hortêncio, o preço de comercialização é de R$ 25,00/cx. de 20 quilos.

Na regional de Santa Rosa, prossegue a colheita da safra; produto de boa qualidade,

bom cozimento, mas ainda com baixa concentração de polvilho. A estiagem ainda não

provoca danos no desenvolvimento desta cultura. Segue o controle de ervas daninhas. O

preço pago ao produtor permaneceu estável em R$ 2,00/kg com casca; a mandioca

descascada, entre R$ 3,00 e R$ 4,00/kg.

Brássicas

Em Linha Nova, maior produtor de brássicas do Vale do Caí, na regional da

Emater/RS-Ascar de Lajeado, as áreas de cultivo em geral se encontram em distintas fases

de desenvolvimento, sem problemas com doenças, mas sendo necessária a atenção para

traça. A couve-flor apresenta qualidade variável, pois parte significativa das lavouras sofreu

com os efeitos do calor, resultando em perdas estimadas entre 20% e 30%. Produtores

aguardam a normalização climática para intensificar a implantação de novas áreas, típicas

das cultivares de inverno. Em baixas altitudes (abaixo de 400 metros), é indicado realizar o

transplantio de tais cultivares entre abril e junho, período de maior expressão em área de

cultivo, principalmente de couve-flor e brócolis. O preço das brássicas segue aumentando,

principalmente o da couve-flor, do repolho roxo e brócolis, com aumento de mais de 50%. O

preço médio da couve-flor é de R$ 50,00/dz. para Ceasa e de R$ 34,00/dz. no mercado local;

o do brócolis está entre R$ 35,00 e R$ 50,00/dz. na Ceasa e R$ 25,00/dz. no comércio local; o

repolho verde é comercializado em média a R$ 2,50/unid. na Ceasa e a R$ 1,80/unid. no

mercado local; o roxo, a R$ 45,00/dz.

Berinjela

Na regional de Lajeado, em São Sebastião do Caí, a berinjela está sendo

comercializada a R$ 22,00/cx. de 17 quilos.

Alho

Na regional de Caxias do Sul, ao finalizar a colheita da safra de uva, os agricultores

retomam atividades de preparo do alho para a comercialização, como o corte das raízes e do

pseudocaule. Normalmente a classificação e o embalamento são realizados no packing

house dos atacadistas, compradores do produto. Com a questão da pandemia e a

desvalorização da moeda nacional, a exportação do bulbo, principalmente para a China, fica

dificultada no momento; ainda há alho estocado na região Serrana. A rentabilidade

financeira impacta positivamente no planejamento da safra futura, havendo considerável

procura por bulbos-semente livres de viroses. Preços firmes e em ascensão; em média os

preços por quilo para bulbos toaletados e classificados são os seguintes: classe 5, R$ 12,00;

classe 6, R$ 13,00; 7, R$ 14,00 e o alho orgânico a R$ 25,00/kg.

Na regional de Passo Fundo, segue a comercialização; o preço pago ao produtor para

alho sem classificação ficou em R$ 10,00/kg.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 19, 19 mar. 2020

Cebola

Na regional de Passo Fundo, segue a comercialização em Muliterno e Caseiros, com

preços estáveis entre R$ 0,90 e R$ 1,00/kg.

Na regional de Caxias do Sul, assim como ocorre entre os produtores de alho,

também os de cebola aceleram o preparo para comercialização do produto estocado nos

galpões, atividade favorecida e intensificada a partir da liberação da mão de obra que estava

ocupada com a colheita da safra de uva. O grande volume ainda estocado é basicamente dos

cebolicultores que operam nas Ceasas da capital e de Caxias do Sul. O forte calor e a baixa

umidade do ar no período contribuíram para a conservação do produto estocado. O preço

apresenta tendência de alta; para bulbos toaletados e classificados, as caixas 1 e 2 da

variedade Crioula são comercializadas em média a R$ 0,50/kg; para caixas 3 e 4, o valor é de

R$ 1,00/kg na propriedade.

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, resta pouca cebola a

comercializar; no entanto, em Tavares há sérios problemas de armazenamento, ocorrendo

muitas perdas pelo apodrecimento. Os preços pagos para a cebola classificação tipo 3 estão

em elevação, chegando a valores entre R$ 1,00 e R$ 1,20/kg. Produtores que contam com

boa quantidade de produto bem curado, casca firme e mais avermelhada recebem até R$

1,60/kg. Para cebola tipo 2, o preço está entre R$ 0,50 e R$ 0,60/kg.

Tomate

No Litoral Norte, na de Porto Alegre, o tomate cultivado a campo está em colheita,

com produtividade de cinco a oito quilos de fruto por planta. Alguns produtores já

implantaram cultivo de inverno para colher em maio. O preço pago ao produtor aumentou

consideravelmente, ficando em R$ 2,80/kg, havendo relatos de até R$ 4,50/kg.

Na regional de Pelotas, a cultura do tomate está com bom desenvolvimento

vegetativo e boa sanidade. Produtores realizam tratos culturais e colheita. Os preços

recebidos pelos produtores variam entre R$ 20,00 e R$ 25,00/cx. de 20 quilos.

Na de Soledade, está encerrando a colheita dos cultivos a campo. Em estufas,

produtores realizam plantios e manejo dos tomateiros já implantados. As altas temperaturas

prejudicam os cultivos em estufas.

Abóbora Japonesa

Na de Pelotas, segue a colheita da cultura. Em Herval, a produtividade das lavouras é

de apenas oito toneladas por hectare. Os preços ao produtor permanecem estáveis.

Abobrinha Italiana

No Litoral Norte – que integra a regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, 100%

das lavouras estão em fase vegetativa, com ótimo desenvolvimento. O cultivo de abobrinha

italiana se dá entre fevereiro e março. A colheita inicia em abril e se estende até junho. O

plantio desta safra é uma reação diante do aumento da demanda próximo ao inverno, que

eleva o preço ao produto.

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FRUTÍCOLAS

Na regional de Santa Rosa, reduz a oferta de frutas como morango, melancia, melão

e uva. Está sendo finalizada a colheita de butiá, manga, abacaxi, figo e banana. Goiaba em

final de colheita, com boa carga de frutos; a produção é utilizada para autoconsumo in

natura ou em forma de schmier e geleias. Nos citros, laranjas apresentam baixa carga de

frutos. As plantas estão com boa brotação, circunstância na qual o produtor precisa estar

atento ao ataque de pulgões e larva minadora. Bergamota com boa carga de frutos, em

pleno desenvolvimento; em colheita a variedade Satsuma Okitsu, cujos frutos apresentam

queima devido à forte insolação. Limão e laranja do Céu já estão em fase de colheita.

Na de Ijuí, foi finalizada a comercialização de melancia produzida localmente.

Produtores satisfeitos com a produtividade e qualidade dos produtos obtidos nesta safra.

Videiras e pessegueiros apresentam aumento da queda de folhas. Citros com bom

desenvolvimento dos frutos, mas as plantas apresentam sintomas de déficit hídrico, embora

ainda não tenha sido constatada queda de frutos devido à estiagem. Período de finalização

de reserva de mudas de morangueiro. Cultivares de dias neutros já foram manejadas e estão

em crescimento das folhas. O preço médio pago ao produtor pelas frutas ficou estável.

Abacaxi

Na regional de Porto Alegre, a deficiência hídrica não prejudicou a cultura, que é

bastante resistente. No entanto, o calor e a intensa radiação solar causam queima,

implicando em prejuízos significativos e acarretando em emprego extra de mão de obra por

parte dos produtores na proteção dos frutos. A produção desta safra ficou em torno de 35

mil frutos por hectare, ou seja, 21 toneladas por hectare. A cultura é bianual, e foram

colhidos 95% desta safra. Os frutos são comercializados com valores diferenciados em

função do tamanho. O preço segue estável, de R$ 40,00 a R$ 45,00/cx. com 12 a 40 frutos.

Figo

Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a colheita se encaminha para o

final. A safra foi marcada pela qualidade das frutas, com alto teor de açúcar, intensa

coloração e ausência de podridões; porém, foi significativa a redução no rendimento,

causada pelas condições climáticas durante o período de dezembro a março, com elevada

insolação e baixíssimos índices pluviométricos. As plantas apresentaram carga inferior de

frutas pela redução do crescimento dos brotos novos e menor área foliar para abastecer as

demandas de nutrientes. Também perderam considerável número de folhas antes do

tempo, refletindo-se em figueiras com vigor abaixo do potencial e do esperado. Os preços

médios praticados na propriedade para frutas destinadas à indústria foram de R$ 1,25 a R$

1,40/kg; o figo maduro para consumo in natura foi comercializado a R$ 5,00/kg.

Jacutinga é o município com maior área e produção na regional de Erechim, na qual

a cultura está implantada em uma área de 25 hectares; 86% da safra já foi colhida, e a

produtividade é de 15 toneladas por hectare. O preço de venda é de R$ 5,00/kg. Falta fruta

para abastecer as agroindústrias da região.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 21, 19 mar. 2020

Na regional de Frederico Westphalen, a safra já foi finalizada. A produtividade ficou

em três toneladas por hectare. O preço pago ao produtor para a fruta verde destinada à

industrialização ficou em R$ 2,00/kg; pelo figo maduro, R$ 2,50/kg.

Morango

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Soledade, a ocorrência de ácaros

segue alta em virtude da baixa umidade relativa do ar e do calor. Prosseguem as condições

de limitações de água para irrigação. Produtores encomendam mudas importadas, ao preço

de R$ 1,00/unid. A produção de morango segue bastante reduzida, e o preço pago ao

produtor permanece entre R$ 16,00 e R$ 18,00/kg.

Na regional de Erechim, produtores realizam plantio de mudas espanholas; as áreas

já implantadas estão em florescimento e formação inicial da fruta. Com o quadro de pouca

precipitação, houve melhora na sanidade dos frutos. A comercialização segue sendo

praticada a preços entre R$ 12,00 e R$ 20,00/kg.

Na região de Lajeado, o estresse pelo calor fez com que o morango produzido em

Bom Princípio perdesse qualidade; associada à forte concorrência com o morango mineiro, a

menor qualidade da fruta dificultou a saída do produto local neste momento de entressafra.

Morangos selecionados conseguem ser vendidas a R$ 10,00/kg; no entanto a maioria é

comercializada a R$ 6,00/kg. Produtores realizam poda de renovação de áreas que irão para

o segundo ciclo e aguardam normalização das condições de umidade para plantio de mudas

nacionais em novas áreas. O forte do plantio de mudas de morango importadas acontece a

partir de maio.

Na regional de Caxias do Sul, a semana teve ausência plena de chuvas e altíssimas

temperaturas para a época, impactando diretamente no desenvolvimento e florescimento

da cultura. A colheita da fruta segue em situação de normalidade, proporcionando volume

baixo/mediano de frutas, compatível com a época do ano e com o estádio de

desenvolvimento das plantas. Alguns produtores que plantaram mudas de origem espanhola

em fevereiro e março de 2019 estão em dúvida quanto ao manejo a ser adotado – é

conveniente realizar poda drástica ou é suficiente apenas limpeza de folhas velhas? – pois as

plantas estão com porte grande e em excelente desenvolvimento vegetativo. As mudas

espanholas plantadas no mês passado estão com bom desenvolvimento inicial e já com a

primeira florada em desenvolvimento (neste tipo de muda, a orientação atual é não retirar

as flores das plantas jovens, pois as mesmas têm elevado nível de reservas de nutrientes).

Outras mudas espanholas devem estar disponíveis para o plantio a partir do próximo dia 20.

Os preços de comercialização continuam estáveis. Na venda direta ao consumidor, os

produtores recebem entre R$ 12,00 e 15,00/kg; para mercados e fruteiras, o preço varia de

R$ 10,00 a R$ 12,00/kg; e às margens da RS-235, os preços podem chegar R$ 20,00/kg na

venda direta ao consumidor.

Maracujá

Na regional de Porto Alegre, a cultura sofreu o efeito da estiagem e das altas

temperaturas no final do ano, retardando um pouco o início da colheita pelo atraso da

floração e pelo abortamento de flores. Os prejuízos são amenizados pelo uso de irrigação. Os

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 22, 19 mar. 2020

pomares chegam ao pico de safra, o que reflete na comercialização com preços

estabilizados; frutas com classificação extra 4A são comercializadas a preços entre R$ 18,00

e R$ 20,00/cx. de 12 quilos.

Oliva

Na regional de Pelotas, segue a colheita. A produtividade de menos de mil quilos por

hectare está muito aquém do esperado.

Na regional de Soledade, a seca prejudicou severamente os olivais; os frutos têm

tamanho reduzido e estão murchos. A produção será bastante reduzida nessa safra em

função da seca e das chuvas excessivas na época de floração, em outubro, que resultou em

deficiência de polinização e abortamento de frutos. Na região, estão implantados

aproximadamente mil hectares de oliveira em Soledade, 900 em Encruzilhada do Sul, 33 em

Ibarama e sete hectares em Vale Verde.

Citros

Na de Erechim, a área destinada ao cultivo de laranja é de 3.100 hectares e 379

hectares para bergamota. Os pomares começam a sentir o déficit hídrico consequente da

falta de chuvas por longo período. Variedades tardias de bergamota estão em fase de

desenvolvimento de frutas, com possível queda na produção em função da estiagem; a

variedade Satsuma Okitsu está em plena colheita, comercializada ao preço de R$ 30,00/cx.

de 24 quilos.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, pomares de laranja apresentam

bom potencial de produtividade para a próxima safra; produtores realizam tratamentos para

controle de doenças e pragas, principalmente a mosca-das-frutas.

Na regional de Porto Alegre, os citros estão em boas condições de frutificação até o

momento; no entanto, preocupa a possibilidade de a estiagem limitar o tamanho dos frutos.

Iniciou a colheita da bergamota Satsuma, comercializada ao preço de R$ 25,00/cx. 20 quilos.

A bergamotinha verde é vendida ao preço de R$ 7,00/cx. de 20 quilos, e o limão Taiti a RS

20,00/cx. de 20 quilos.

Na regional de Soledade, a cultura está em desenvolvimento dos frutos. Muitas

plantas de citros estão com as folhas murchas. A bergamota Okitsu está em colheita; os

frutos estão com tamanho reduzido devido à seca. Produtores seguem o cronograma de

manejo fitossanitário para o controle de pragas e doenças, mas a incidência é moderada.

COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da

Ceasa/RS, 21 produtos ficaram estáveis em preços, sete tiveram alta e outros sete baixaram.

Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos

com variação de preços de 25% para cima ou para baixo. Um produto destacou-se em alta e

um em baixa.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 23, 19 mar. 2020

Média em volume por dia forte Valor médio por dia forte

Março de 2017 a março de 2019

17/03/2020 Março de 2017 a março de 2019

17/03/2020

Melancia 270.680 kg 104.140 kg R$ 0,85/kg R$ 1,20/kg

Vagem 17.500 kg 11.705 kg R$ 5,08/kg R$ 4,50/kg

Melancia – de R$ 0,90 para R$ 1,20/kg (+ 33,33%)

A safra gaúcha 2019-2020 da melancia já se encaminha para o final. Nesta terça-feira

entraram na Ceasa melancias de lavouras mais tardias procedentes do Sul do Estado. A

estiagem ocorrida a partir do final do ano passado ocasionou o encurtamento da safra,

influenciando inclusive as lavouras do tarde. A lei da oferta e da procura está pressionando

os preços para cima.

Vagem – de R$ 6,00 para R$ 4,50/kg (- 25,00%)

Como já vem sendo comentado nas últimas semanas, o produto foi bastante afetado

pelo calor intenso e pela estiagem, principalmente. Os preços praticados vêm oscilando

basicamente em relação à procura, visto que os volumes de entrada nestas duas últimas

terças-feiras se equipararam; nota-se que a elevação ocorrida na semana passada, chegando

a R$ 6,00/kg, pode ter reduzido o interesse do consumidor pela aquisição.

Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta 10/03/2020

(R$/kg) 17/03/2020

(R$/kg) Aumento

(%)

Abacate 2,78 3,06 +10,07

Banana Prata 2,75 2,91 +5,82

Beterraba 2,22 2,25 +1,35

Laranja suco 1,75 2,10 +20,00

Melão Espanhol 3,46 3,84 +10,98

Melancia 0,90 1,20 +33,33

Pimentão verde 3,50 4,00 +14,29

Produtos em baixa Unidade 10/03/2020

(R$) 17/03/2020

(R$) Redução

(%)

Batata kg 1,80 1,72 -4,44

Brócolis unid. 4,17 3,33 -20,14

Couve molho 1,25 1,00 -20,00

Espinafre molho 1,50 1,25 -16,67

Manga kg 3,06 3,05 -0,33

Morango kg 12,00 10,00 -16,67

Vagem kg 6,00 4,50 -25,00 Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 24, 19 mar. 2020

Outras Culturas

Erva-mate

Na regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, a área cultivada com erva-mate é de

7.100 hectares. A colheita está em andamento, mas alguns produtores optam por não colher

para não prejudicar a planta, pois o corte pode causar estresse hídrico e causar a morte da

planta. O preço segue entre R$ 11,00 e R$ 15,00/arroba.

Na regional de Soledade, a estiagem causou redução na brotação da cultura e, em

locais de solos rasos, há queima das folhas em função do déficit hídrico, resultando em

perdas na produção. Em determinadas áreas de plantios novos, ocorreu morte de 50% das

mudas. O preço pago ao produtor varia de R$ 12,00 a R$ 13,00/arroba, não incluído o

serviço de colheita (tarefeiro), que fica em torno de R$ 3,00/arroba.

Na regional de Passo Fundo, a escassez de chuva neste período não causa perda

significativa nos ervais, pois esta cultura perene não é sensível a fenômenos climáticos que

em geral afetam e prejudicam as demais culturas. Em função da redução da precipitação no

período, a colheita apresentou uma leve queda sem, no entanto, prejudicar a oferta de folha

para a indústria. A produtividade média fica ao redor de 900 arrobas por hectare; no

entanto, ervais com maior aplicação tecnológica já atingiram nível de produtividade que

varia de 1.800 a duas mil arrobas por hectare. Os tratos culturais são intensificados para

monitoramento e controle de pragas, manejo da cobertura de solo e adubação. Há aumento

no ataque da ampola da erva-mate, inseto que ataca as folhas jovens das erveiras. No

entanto, de maneira geral ocorreu a redução no aparecimento do inseto adulto (besouro) da

broca da erva-mate. Medidas de controle deverão ser adotadas para o próximo período. O

preço da erva-mate folha é de R$ 13,50/arroba, entregue na indústria; a da cultivar

Cambona 4 é de R$ 15,00/arroba. A muda de erva-mate é comercializada a R$ 1,50/unid.

Criações

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

PASTAGENS

Nas diversas regiões do Estado, os pastos tiveram uma sensível redução da produção

de massa verde e perderam qualidade nutricional.

A persistência do clima seco das últimas semanas agravou a situação das pastagens

nativas e cultivadas para a grande maioria dos criadores. A grande redução do volume de

água reservada dificulta o uso dos sistemas de irrigação disponíveis em algumas

propriedades.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 25, 19 mar. 2020

A continuidade da estiagem começa a implicar, também, em atraso na implantação

de pastagens cultivadas anuais de inverno. Com isso, é gerada uma expectativa negativa de

aumento da duração do vazio forrageiro outonal deste ano. Isso pelo fato de que a

tendência projetada é que haja um encurtamento antecipado da disponibilidade de pastejo

das forrageiras de verão, combinado com o atraso na implantação e no desenvolvimento das

pastagens de inverno.

BOVINOCULTURA DE CORTE

As condições físicas apresentadas pelo gado bovino de corte são diferenciadas nas

diversas regiões do Estado. A situação predominante é de perda de escore corporal; em

áreas onde ocorreram apenas algumas chuvas nas últimas semanas, o ganho de peso é

pequeno ou está paralisado, e nas áreas mais castigadas pelo clima seco, ocorre perda de

peso mais acentuada.

A preocupação dos bovinocultores aumenta à medida que diminui a disponibilidade

de água para os animais, com o prolongamento da estiagem.

O estado sanitário dos rebanhos, no geral, é satisfatório, mediante o controle de

parasitos internos e externos. Nesta semana, começou a vacinação contra a febre aftosa.

Comercialização

Os preços médios do boi e da vaca para abate no Rio Grande do Sul registraram uma

queda durante a semana. O preço do boi baixou 0,60%, passando de R$ 6,72 para R$ 6,68/kg

vivo, e o da vaca caiu 0,68%, de R$ 5,86 para R$ 5,82/kg vivo.

Ainda assim, esses valores continuam bem mais elevados que os registrados há um

ano. O valor atual do quilo vivo do boi para abate teve um acréscimo de 23,70%, e o da vaca

está 25,43% maior que em 21 de março de 2019.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2119, de 19 de março de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

6,68 6,72 6,66

5,40

6,13 6,26

Boi - preço médio pago ao produtor - R$/kg vivo

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

R$

-0,60

0,30

23,70

8,97

6,71

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

Comparativo percentual do preço médio semanal do Boi (R$ 6,68/kg vivo)

%

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 26, 19 mar. 2020

Preços médios das categorias de bovinos de corte em regiões e municípios do RS Categoria

(R$ por kg/cab.)

Região de

Bagé

Região de

Porto Alegre

Região de

Caxias do Sul

Bossoroca

Boi gordo (kg) 6,50 6,70 6,80 6,50

Vaca gorda (kg) 5,80 6,00 5,80 5,50

Vaca de invernar (kg | cab. | kg) 5,40 1.450,00 5,30 -

Vaca c/cria ao pé (cab.) - 2.150,00 - 2.600,00

Novilha (cab.| kg) - 1.200,00 5,20 6,00

Terneira (kg) - 6,10 - 7,00

Novilho (kg | cab. | kg) 6,50 1.500,00 6,40 6,75

Terneiro (kg) 7,50 6,80 7,30 7,50

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.

BOVINOCULTURA DE LEITE

Durante a semana, na maior parte do Estado, reduziu o escore corporal dos bovinos

de leite, exigindo mais suplementação alimentar para a manutenção do rebanho e para

diminuir as perdas na produção.

Segundo os escritórios regionais da Emater/RS-Ascar, as quedas na produção leiteira

mais significativas ocorrem nas respectivas áreas de abrangência dos seguintes escritórios:

regional de Santa Rosa – entre 10 e 15%, Erechim – 15%, Santa Maria – 27%, Porto Alegre –

30%, Soledade – 35%, Bagé – 40% e Pelotas entre 30 e 55%.

A estiagem tem prejudicado severamente a produção de silagem, o que projeta um

aumento dos custos de suplementação alimentar durante o vazio forrageiro outonal.

Em relação ao manejo sanitário, o destaque é o início da vacinação contra a febre

aftosa, nesta semana.

Comercialização

O leite no Estado, conforme o levantamento de preços da Emater/RS-Ascar, fechou a

R$ 1,32/L.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2119, de 19 de março de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

1,18

1,20

1,22

1,24

1,26

1,28

1,30

1,32

1,34

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Média mês

1,321,33

1,28

1,23

1,271,26

Leite - preço médio pago ao produtor-R$/litro

R$

-0,75

3,13

7,324,76 3,94

-10,00

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Leite (R$ 1,32/litro)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 27, 19 mar. 2020

OVINOCULTURA

Em todo o Estado, os rebanhos ovinos continuam apresentando bom estado físico e

sanitário. Durante o mês, têm prosseguimento os banhos obrigatórios para controle de

sarna e piolho. As demais parasitoses são controladas com práticas de manejo e uso

estratégico de medicamentos.

Comercialização

Nesta semana, ocorreu mais um episódio da contínua oscilação do preço médio do

cordeiro para abate no Estado. Após ter subido na semana anterior, o preço voltou a cair,

passando de R$ 7,43 para R$ 7,41/kg vivo, uma queda de 0,27%. O valor atual ainda é

10,76% mais alto que o registrado há um ano.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, os preços do quilo dos

principais tipos de lã durante a semana foram os seguintes: Merina – de R$ 19,00 a R$ 21,00;

Ideal (Prima A) – de R$ 12,00 a R$ 17,00; Corriedale (Cruza 1) – de R$ 7,00 a R$ 9,00 e

Corriedale (Cruza 2) – de R$ 3,50 a R$ 7,50. Os preços de comercialização de ovinos foram os

seguintes: ovelha – de R$ 5,50 a R$ 6,50/kg vivo, capão – de R$ 6,20 a R$ 7,50/kg vivo,

cordeiro – de R$ 7,00 a R$ 9,00/kg vivo.

APICULTURA

As condições climáticas favorecem a atividade das colmeias e o manejo dos apiários.

No entanto, nas áreas mais afetadas pela estiagem, a redução das floradas causou

dificuldade para as abelhas coletarem pólen e néctar, refletindo em baixa produtividade na

colheita do mel.

Comercialização

Preços praticados na comercialização do mel Região A granel (R$/kg) Embalado (R$/kg)

Bagé 5,00 25,00

Caxias do Sul 5,80 25,00

Erechim 9,00 20,00

Ijuí - 22,00

Passo Fundo - 22,50

Pelotas 4,00 a 15,00 13,00 a 25,00

Porto Alegre 10,00 25,00

Santa Maria 5,00 12,00 a 25,00

Santa Rosa 5,00 a 10,00 12,00 a 18,00

Soledade 6,00 a 7,00 15,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 28, 19 mar. 2020

PISCICULTURA

Os viveiros continuam com reduzido volume de água, sendo necessária a execução

de práticas de manejo para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento dos peixes,

predominantemente nas fases de crescimento e engorda.

Comercialização

Na região da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, os preços do quilo vivo de peixe

inteiro criado em cativeiro e vendido na propriedade foram os seguintes: Carpa – de R$ 6,00

a R$ 10,00; Tilápia – de R$ 6,00 a R$ 8,00. O preço do quilo da Carpa inteira vendida em

feiras ficou entre R$ 13,00 e R$ 14,00, e o do filé de Tilápia, entre R$ 27,00 e R$ 34,00/kg.

Na região de Erechim, o quilo vivo de peixe inteiro vendido pelos piscicultores

obteve os seguintes valores: Carpa – de R$ 10,00 a R$ 12,00; Jundiá – R$ 18,00; Pacu – R$

15,00; Traíra – R$ 13,00. O preço do filé de Tilápia ficou em R$ 25,00/kg.

Na de Ijuí, os preços do quilo vivo de peixe pagos aos piscicultores foram os

seguintes: Carpa – de R$ 5,40 a R$ 6,50; Jundiá – R$ 13,00; Pacu – R$ 5,50.

PESCA ARTESANAL

Na região de Pelotas, a captura de pescado artesanal na lagoa dos Patos continua

baixa, mas na Mirim ocorre em boa quantidade.

Na de Porto Alegre, em Palmares do Sul e Mostardas, a pesca artesanal marinha não

apresentou bons resultados durante a semana. Em Cidreira, a captura da Pescadinha foi

abundante, e foi bom o volume de pesca de Linguado e Corvina.

Comercialização

Na região da Emater/RS-Ascar de Pelotas, na Lagoa dos Patos, o Camarão com casca

foi comercializado a preços entre R$ 9,00 e R$ 15,00/kg. As espécies de peixes

comercializadas pelos pescadores artesanais tiveram os seguintes preços: Corvina – entre R$

2,50 e R$ 4,00/kg; Tainha – entre R$ 2,50 e R$ 3,50/kg; Traíra – entre R$ 4,50 e R$ 5,50/kg.

Na região de Porto Alegre, em Mostardas, na Lagoa do Peixe, o preço do Camarão

capturado durante a semana ficou em R$ 10,00/kg com casca e entre R$ 40,00 e R$ 45,00/kg

descascado. O preço do peixe eviscerado vendido diretamente aos consumidores ficou entre

R$ 8,00 e R$ 10,00/kg. Em Cidreira, o preço do Camarão com casca ficou em R$ 25,00/kg.

Preços e produção do pescado artesanal em Torres Espécie R$/kg Produção

Tainha 12,80 média

Anchova 14,00 alta

Abrótea (filé) 16,00 média

Peixe-anjo (filé) 21,50 baixa

Papa-terra 12,50 boa

Pescada (filé) 20,80 média

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 29, 19 mar. 2020

Corvina 12,00 boa

Linguado (filé) 32,00 baixa

Tilápia 10,00 boa

Tilápia eviscerada 18,00 média

Tilápia (filé) 23,00 média

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Porto Alegre. Nota: as espécies Peixe-rei, Sardinha, Pampo e Bagre estão sem produção.

Preços do pescado artesanal em Cidreira Espécie R$/kg peixe inteiro R$/kg peixe eviscerado

Corvina 6,00 -

Linguado 7,00 -

Papa-terra - 12,00

Pescada 5,50 -

Tainha - 15,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Porto Alegre.

A regionalização administrativa da Emater/RS-Ascar se organiza em 12 escritórios

regionais, sendo que cada região contempla áreas geográficas dos Conselhos Regionais de

Desenvolvimento – Coredes, conforme mapa abaixo.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 30, 19 mar. 2020

Preços Semanais

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

(Cotações Agropecuárias nº 2119, 19 mar. 2020)

Produtos Unidade

Semana

Atual

Semana

Anterior

Mês

Anterior

Ano

Anterior

Médias dos Valores da

Série Histórica –

2014/2018

19/03/2020 12/03/2020 20/02/2020 21/03/2019 GERAL MARÇO

Arroz 50 kg 49,36 49,30 48,66 40,91 49,47 49,05

Boi kg vivo 6,68 6,72 6,66 5,40 6,13 6,26

Cordeiro kg vivo 7,41 7,43 7,31 6,69 6,91 6,68

Feijão 60 kg 144,71 143,61 138,44 186,17 202,28 227,36

Leite litro 1,32 1,33 1,28 1,23 1,27 1,26

Milho 60 kg 44,51 44,15 43,27 33,73 36,83 36,24

Soja 60 kg 85,11 83,35, 78,53 74,75 82,20 82,20

Sorgo 60 kg 36,13 36,27 36,20 26,04 30,28 28,87

Suíno kg vivo 3,86 3,86 3,87 3,36 4,30 4,31

Trigo 60 kg 44,96 44,83 43,76 45,53 41,20 39,21

Vaca kg vivo 5,82 5,86 5,86 4,64 5,38 5,56

16-20/03 09-13/03 17-21/02 18-22/03

Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2119 (19 mar. 2020).

Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano

Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do

quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da

série histórica 2014-2018.

Notas Agrícolas

Programa de Sementes Forrageiras é lançado com recursos ampliados

Com o objetivo de fomentar a aquisição de sementes forrageiras a serem utilizadas

na formação de pastagens de inverno e verão para alimentação dos rebanhos, o governo do

Estado lançou, nesta quarta-feira (18/3), o Programa de Sementes Forrageiras 2020. O ato

simbólico ocorreu no gabinete do governador Eduardo Leite.

“Fizemos um esforço enorme para ampliar os recursos do programa, beneficiar um

número maior de agricultores familiares e reduzir os impactos negativos da seca. Com

recursos da bancada federal e mais aporte do Estado, vamos duplicar o valor investido,

alcançando R$ 6,6 milhões”, ressaltou o governador.

Somados o período regular de inscrição e o de reabertura dos pedidos por conta da

estiagem, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) recebeu

ofício de 126 entidades interessadas, com um total de 15.981 agricultores em mais de cem

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1598, p. 31, 19 mar. 2020

municípios. Com isso, serão quase 4 mil beneficiados a mais do que na edição passado do

programa.

O total de recursos executados no ano passado no programa foi de R$ 3 milhões.

Para 2020, estão previstos R$ 6,6 milhões – dos quais cerca de R$ 2 milhões foram

disponibilizados pela bancada federal. Além disso, atendendo a uma demanda apresentada

pelas federações, o limite por agricultor foi ampliado de R$ 300 para R$ 450. O valor teto por

entidade (sindicato, associação ou cooperativa) passou de R$ 100 mil para 143,5 mil.

“Teremos não só um número maior de produtores beneficiados como um limite

maior de investimento para cada um. Com isso, acreditamos que o pequeno agricultor,

aquele que foi mais prejudicado pela seca, principalmente na produção de leite, poderá ter

incentivos para se reerguer”, pontuou o secretário da Agricultura, Pecuária e

Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, na presença do presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da

Silva, do diretor da Fecoagro-RS, Tarcisio Minetto, do presidente da Emater, Geraldo Sandri,

do secretário adjunto da Agricultura, Luiz Fernando Rodrigues Junior.

Os recursos são operacionalizados por meio de financiamento subsidiado conforme

regras do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Produtores Rurais

(Feaper).

Importância das forrageiras

Em especial em 2020, devido aos impactos ocasionados pela estiagem, o Programa

de Sementes Forrageiras tem uma função ainda mais importante. O cultivo de forrageiras no

cedo possibilita que se tenha, de forma antecipada, as pastagens de inverno, reduzindo a

escassez de alimento no vazio forrageiro de outono e proporcionando um bom

estabelecimento da cultura, o que é fundamental para a produção de forragem no período

de outono/inverno/primavera.

O aumento da área cultivada com pastagens nesse período é fundamental para a

recuperação e estabilidade na produção leiteira. O incremento no volume de forragem

busca também compensar parte do estoque de alimento de reserva que foi consumido em

decorrência da estiagem, evitando assim perdas ainda maiores na produção.

Fonte: Seapdr (publicado em 18/03/2020).