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LEIA NO EDITORIAL Ascar, há 63 anos fortalecendo a agricultura familiar gaúcha LEIA NO PANORAMA GERAL Governo Federal anuncia R$ 194,3 bi para Plano Agrícola e Pecuário PAP 2018/19 LEIA NESTA EDIÇÃO Emater/RS-Ascar divulga 1ª estimativa de trigo para o Estado SAFRA 2018 N.º 1.505 7 de junho de 2018 Aqui você encontra: Editorial Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Análises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte. Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Ascar, há 63 anos fortalecendo a agricultura familiar gaúcha Nesta Semana do Meio Ambiente, cuja data é celebrada no dia 5 de junho, comemoramos, com muito orgulho e satisfação, os 63 anos da Ascar. Fundada em 2 de junho de 1955, a Ascar é referência no Brasil na prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters), pois desde sua criação busca melhorar as condições de vida das famílias de agricultores, quilombolas, indígenas e pescadores que vivem em nosso Estado. Para comemorar essas datas, realizamos no Escritório Central, em Porto Alegre, um Dia de Campo de Metodologia da Extensão Rural. A atividade, tão comum nos municípios onde há Emater/RS-Ascar, foi dirigida aos nossos extensionistas e ao pessoal administrativo, mas também foi prestigiada por autoridades, como os secretários estaduais da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Odacir Klein, e de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Tarcisio Minetto, além do deputado estadual Edegar Pretto, representando a Assembleia Legislativa do RS. Hortas em pequenos espaços, Compostagem, Aproveitamento Integral de Alimentos e Separação de Lixo foram algumas das estações oferecidas aos participantes, que foram acompanhadas por mim e pelos diretores Lino Moura e Silvana Dalmás, além de diretores da SDR, gerentes estaduais e empregados da Emater/RS- Ascar, do delegado federal da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (Sead), Márcio Madalena, e representantes de órgãos e entidades parceiras. Aproveitamos esse Dia de Campo para lançar campanhas permanentes aqui na Emater/RS-Ascar de recolhimento de resíduos eletrônicos, de lacres de alumínio e de tampinhas plásticas, doados igualmente a instituições de caridade, para compra, por exemplo, de cadeiras de roda e de bengalas. Colaborando com o ambiente, auxiliamos entidades socioassistenciais, como a Cooperativa Paulo Freire e a Associação de Cegos do RS. Nesse sentido, entendemos a realização dessa atividade e a criação desses pontos de coleta como oportunidades de refletirmos sobre hábitos e atitudes que podemos ter para melhorar ainda mais as condições de vida da população. E comemorar os 63 anos da Ascar é como um presente que nos é ofertado para projetar a nossa Instituição para os próximos 100 anos, fortalecendo o nosso trabalho e o nosso compromisso de manter viva a Missão da Emater/RS-Ascar, que é a de “Promover o Desenvolvimento Rural Sustentável do RS” nos pilares que nos tornam especialmente reconhecidos há 63 anos, que são o social, o econômico e o ambiental. Parabéns Ascar e que, juntos e mantendo nossas ações cotidianas, possamos celebrar a preservação do ambiente que nos acolhe e alimenta. Iberê de Mesquita Orsi Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

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LEIA NO EDITORIAL

Ascar, há 63 anos fortalecendo a agricultura familiar gaúcha

LEIA NO PANORAM A GERAL

Governo Federal anuncia R$ 194,3 bi para Plano Agrícola e Pecuário – PAP 2018/19

LEIA NESTA EDIÇÃO

Emater/RS-Ascar divulga 1ª estimativa de trigo para o Estado – SAFRA 2018

N.º 1.505

7 de junho de 2018

Aqui você encontra:

Editorial

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Análises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Informativo Conjuntural – Desde 1989

auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Ascar, há 63 anos fortalecendo a agricultura familiar gaúcha

Nesta Semana do Meio Ambiente, cuja data é celebrada no dia 5 de junho, comemoramos, com muito orgulho e satisfação, os 63 anos da Ascar. Fundada em 2 de junho de 1955, a Ascar é referência no Brasil na prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters), pois desde sua criação busca melhorar as condições de vida das famílias de agricultores, quilombolas, indígenas e pescadores que vivem em nosso Estado. Para comemorar essas datas, realizamos no Escritório Central, em Porto Alegre, um Dia de Campo de Metodologia da Extensão Rural. A atividade, tão comum nos municípios onde há Emater/RS-Ascar, foi dirigida aos nossos extensionistas e ao pessoal administrativo, mas também foi prestigiada por autoridades, como os secretários estaduais da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Odacir Klein, e de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Tarcisio Minetto, além do deputado estadual Edegar Pretto, representando a Assembleia Legislativa do RS. Hortas em pequenos espaços, Compostagem, Aproveitamento Integral de Alimentos e Separação de Lixo foram algumas das estações oferecidas aos participantes, que foram acompanhadas por mim e pelos diretores Lino Moura e Silvana Dalmás, além de diretores da SDR, gerentes estaduais e empregados da Emater/RS-Ascar, do delegado federal da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (Sead), Márcio Madalena, e representantes de órgãos e entidades parceiras. Aproveitamos esse Dia de Campo para lançar campanhas permanentes aqui na Emater/RS-Ascar de recolhimento de resíduos eletrônicos, de lacres de alumínio e de tampinhas plásticas, doados igualmente a instituições de caridade, para compra, por exemplo, de cadeiras de roda e de bengalas. Colaborando com o ambiente, auxiliamos entidades socioassistenciais, como a Cooperativa Paulo Freire e a Associação de Cegos do RS. Nesse sentido, entendemos a realização dessa atividade e a criação desses pontos de coleta como oportunidades de refletirmos sobre hábitos e atitudes que podemos ter para melhorar ainda mais as condições de vida da população. E comemorar os 63 anos da Ascar é como um presente que nos é ofertado para projetar a nossa Instituição para os próximos 100 anos, fortalecendo o nosso trabalho e o nosso compromisso de manter viva a Missão da Emater/RS-Ascar, que é a de “Promover o Desenvolvimento Rural Sustentável do RS” nos pilares que nos tornam especialmente reconhecidos há 63 anos, que são o social, o econômico e o ambiental. Parabéns Ascar e que, juntos e mantendo nossas ações cotidianas, possamos celebrar a preservação do ambiente que nos acolhe e alimenta.

Iberê de Mesquita Orsi Presidente da Emater/RS

e superintendente geral da Ascar

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PANORAM A GERAL Governo Federal anuncia R$ 194,3 bi para Plano Agrícola e Pecuário

PAP 2018/2019

Com redução de 1,5 ponto percentual nas taxas de juros do crédito rural, o presidente Michel Temer anunciou, nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto, junto com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, R$ 194,37 bilhões para financiar e apoiar a comercialização da produção agropecuária brasileira. Os recursos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/2019 poderão ser acessados pelos agricultores entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2019. Do montante, são destinados R$ 151,1 bilhões para o crédito de custeio, sendo R$ 118,8 bilhões com juros controlados (taxas fixadas pelo governo) e R$ 32,3 bilhões com juros livres (livre negociação entre a instituição financeira e o produtor). O crédito para investimentos ficou em R$ 40 bilhões. Além dos recursos de crédito para custeio e para investimentos de R$ 191,1 bilhões, estão sendo destinados R$ 2,6 bilhões para o apoio à comercialização (Aquisição do Governo Federal, contratos de opções, Prêmio para Escoamento do Produto, Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e R$ 600 milhões para subvenção ao seguro rural. O ministro Blairo Maggi destacou ganhos de produtividade e de eficiência do setor durante seu discurso. “Na medida em que ficamos mais fortes e presentes no mundo, enfrentamos mais resistências. E concorrentes se voltam contra o Brasil. É nesse momento que o protecionismo mostra suas garras e o país sofre fortemente. Mas o objetivo é continuar a crescer cada vez com o uso da ciência e da tecnologia”. Como avanço do plano 2018/2019, Maggi lembrou dos recursos para armazenagem com juros atrativos. Disse também que o setor mais capitalizado, tem produtores em condições de realizar investimentos e de custear a produção com recursos próprios, além de ser crescente a presença do setor privado como financiador. Segundo o ministro, a necessidade de financiamento do agro é de R$ 390 bilhões ante os R$ 191,1 bilhões de fontes oficiais ofertados (a diferença em relação aos R$ 194,3 bilhões se refere a seguro rural e apoio à comercialização). “Hoje, 50% da produção não depende mais do crédito oficial e outros agentes estão também chegando para financiar. Com a política responsável do governo, produtores também estão bancando sua própria produção. Com o passar

tempo, o setor vai ganhando condições para andar sozinho”. Maggi encerrou sua fala de maneira otimista sobre o agro “que dá muita alegria ao país, à economia”, afirmando: “Rumo a 250 milhões de toneladas na próxima safra”. O secretário de Política Agrícola do ministério, Wilson Vaz de Araujo, lembrou que a origem dos recursos de financiamento não são do Tesouro, mas de caderneta de poupança rural, fundos constitucionais, letras de crédito do agronegócio. Maior produção por ha Araujo apresentou dados a partir da safra 1991/1992, ressaltando que enquanto a produção de grãos cresceu, desde então, 3,4 vezes, passando de 68,4 milhões de toneladas para 232,6 milhões de toneladas, o total de área plantada aumentou apenas 1,6, passando de 38,5 milhões de hectares para 61,5 milhões de hectares, no mesmo período. O presidente Temer lembrou o Certificado de país Livre sem Aftosa recebido recentemente pelo governo da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em sua última reunião realizada em Paris. Sobre o montante destinado ao agro pelo PAP, afirmou que são recursos que estimulam a produção e impulsionam o crescimento da economia. Linhas de crédito Para o apoio ao setor cafeeiro, o Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) está destinando R$ 4,9 bilhões para financiamentos de custeio e de comercialização. As taxas de juros de custeio foram reduzidas para 6% ao ano para os médios produtores (com renda bruta anual de até R$ 2 milhões) e para 7% ao ano para os demais. Já as taxas para os financiamentos de investimento ficaram entre 5,25% a.a. e 7,5% a.a.. Parte dos recursos captados em Letras de Crédito do Agronegócio será destinada ao financiamento complementar de custeio e de comercialização, com juros de até 8,5% ao ano. Uma das novidades do Plano é a inserção da piscicultura integrada nos financiamentos de custeio, com juros de 7% a.a.. A piscicultura integrada, assim como a suinocultura e avicultura integradas, contam com até R$ 200 mil por beneficiário e por atividade. Para cooperativas de produção agropecuária o limite nessa modalidade de financiamento é de R$ 500 mil (para o conjunto dessa atividade). Outros destaques são o maior apoio para o financiamento de construção de armazéns com capacidade de até 6 mil toneladas nas propriedades dos pequenos e médios produtores rurais e à recuperação de reserva legal e de áreas de preservação permanente no âmbito do

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Programa ABC. Para essas finalidades, o governo concede taxas de juros favorecidas de 5,25% a.a.. O Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), que objetiva financiar práticas e tecnologias agropecuárias sustentáveis, a exemplo dos sistemas integrados Lavoura-Pecuária-Floresta, teve o limite alterado de R$ 2,2 milhões para R$ 5 milhões para todas as finalidades financiáveis. A implantação de florestas comerciais já previa esse limite de financiamento. A pecuária também foi beneficiada com as medidas do governo. O apoio contempla prazo de até dois anos no crédito de custeio para a retenção de matrizes bovinas de leite, suínas, caprinas e ovinas. Também foi aprovada linha de financiamento de até R$ 50 milhões para capital de giro a cooperativas de leite, com juros de 7% a.a. e 12 meses de prazo para pagamento. Os pecuaristas também podem contar com empréstimos para aquisição de animais para reprodução ou criação, a juros controlados de 7% ao ano e limite de R$ 450 mil por beneficiário no ano agrícola. Para melhorar a produtividade pecuária e a qualidade do rebanho, foi reforçado, dentro do Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária), o apoio para aquisição de matrizes e reprodutores com registro genealógico. O limite de financiamento para essa finalidade aumentou de R$ 330 mil para R$ 650 mil por beneficiário. O limite de renda para o enquadramento dos produtores rurais no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) foi aumentado. Agora o limite é de R$ 2 milhões, ante R$ 1,76 milhão na safra anterior. Além desse benefício, o produtor rural conta com mais flexibilidade para ser enquadrado no Pronamp e se beneficiar das condições do Programa, sendo revogada a condição que exigia ser de no mínimo 80% da renda para enquadramento oriunda das atividades agropecuárias. Mais informações à imprensa:

Coordenação-geral de Comunicação Social [email protected]

MANUAL DE QUALIDADE DO LEITE PARA PEQUENOS PRODUTORES

A Embrapa elaborou um manual com recomendações para a produção de leite com qualidade, desde a ordenha até o transporte ao laticínio. Tem foco em protocolos de higienização de tanques coletivos ou comunitários de armazenamento refrigerado de leite cru, para pequenos produtores, técnicos, transportadores e coletores de amostras de leite. Aborda questões técnicas, normativas e legais relacionadas à

produção, ao armazenamento e transporte, com guia para coleta de amostras para análise. São protocolos modernos para produtores que armazenam em recipientes caracterizados como unidades que compartilham o equipamento coletivamente. No leite resfriado ocorre multiplicação de microrganismos, e caso a higienização desses reservatórios não seja adequada, haverá formação de películas microbianas que contaminam e alteram as características do leite. Por isso, é preciso implementar os protocolos não só na ordenha, mas também nos processos de armazenamento e transporte do produto. A aplicação dessas recomendações na cadeia leiteira de pequena escala contribui para o aumento do lucro, através do pagamento por qualidade, do rendimento industrial e da qualidade dos produtos lácteos ofertados ao consumidor final. O manual está disponível gratuitamente para download no Portal da Embrapa. Fonte: Embrapa

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA

SEMANA DE 31/5/2018 A 06/6/2018

A última semana alterou períodos úmidos com dias secos e frios em todo RS. Entre a quinta-feira (31/5) e o sábado (02/6), a propagação de uma frente fria provocou chuva em todas as regiões. No domingo (03/6), o ingresso de uma massa de ar seco e frio afastou a nebulosidade e manteve o tempo firme, com temperaturas baixas e formação de geadas. Na terça (05/6) e na quarta-feira (06/6), o deslocamento de área de baixa pressão novamente provocou chuva na maioria das regiões, principalmente na Metade Norte e na faixa Leste. Os totais de chuva registrados oscilaram entre 20 e 35 mm na maioria das localidades do Estado. Na Campanha, Fronteira Oeste, Missões e parte do Vale do Uruguai os valores variaram entre 40 e 50 mm. Os totais mais significativos observados nas estações do INMET e da rede SEAPI/SEMA ocorreram em Irai (47 mm), Santana do Livramento (62 mm), São Borja e Quaraí (70 mm) e Alegrete (71 mm). A temperatura mínima ocorreu no dia 03/6 em Quaraí e São José dos Ausentes (0,9°C) e a máxima foi registrada em Campo Bom (26,3°C) no dia 31/5. Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação

(SEAPI)

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PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE

07/6/2018 A 13/6/2018

Os próximos sete dias serão de frio em todo RS. Entre a quinta-feira (07/6) e o sábado (09/6) o predomínio de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas muito baixas, próximas de 0°C em vários municípios e formação de geadas em todas as regiões. No domingo (10/6) e na segunda-feira (11/6) o deslocamento de uma área de baixa pressão provocará chuva em todo Estado, com risco de temporais isolados, rajadas de vento e eventual queda de granizo em áreas isoladas. A partir da terça-feira (12/6), o ingresso de uma nova massa de ar frio e seco afastará a nebulosidade, com redução acentuada das temperaturas e formação de geadas na maioria das regiões. Os volumes de chuva esperados deverão oscilar entre 30 e 50 mm em praticamente todas as regiões e poderão superar 70 mm na maioria das localidades do Planalto, Serra do Nordeste e no Litoral Norte. No Vale do Taquari, Vale do Rio Pardo e na Região Metropolitana os totais esperados poderão alcançar 100 mm.

GRÃOS Culturas de Inverno Trigo – O retorno das chuvas nas principais regiões produtoras do grão propiciou o avanço significativo na implantação da cultura no Estado. Na região de Ijuí, por exemplo, o plantio está muito avançado em relação ao mesmo período do ano anterior, quando pesadas chuvas impediam a normalidade dos trabalhos, atrasando o processo. Nessa região, no momento o percentual alcança pouco mais de 50% do previsto para esta safra de 2018. Na região de Santa Rosa, também importante produtora, a evolução do plantio segue a contento e atinge metade da área prevista para 2018. Em termos estaduais, o percentual é estimado em 30% para esta semana, ficando dentro da média dos últimos anos que é de 33% para o período, e implantando a cultura dentro do período recomendado. As lavouras semeadas apresentam excelente emergência, com uniformidade de stand e desenvolvimento inicial rápido. Observa-se também que práticas suspensas em função da falta de insumos e óleo diesel, decorrentes da greve dos caminhoneiros, estão normalizadas; o andamento da semeadura e outras atividades de manejo das lavouras deverão retornar à normalidade, desde que as condições meteorológicas o permitam. Apresentamos o mapa do zoneamento agroclimático para a cultura do trigo nas diversas regiões produtoras.

21/5 – 10/7 21/6 – 31/7

11/5 – 30/6

21/5 – 10/7

01/6 – 20/7

Fonte: Embrapa-CNPTrigo Elaboração: Emater/RS-Ascar Recentemente o aumento da procura por semente junto a algumas cooperativas e cerealistas trouxe a expectativa de um possível aumento de área em

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relação ao ano passado, principalmente após a elevação do preço do produto (25% nos últimos 12 meses), principal motivo para a tomada de decisão para o cultivo do cereal. Alguns municípios ainda relatam possibilidade de redução da área, enquanto outros tendem para a manutenção dos anos anteriores. Nesse contexto, a Emater/RS-Ascar finalizou na última semana de maio o Primeiro Levantamento de Intenção de Plantio para a Safra do Trigo 2018. Os números analisados indicam uma redução de 3,35% em relação à safra passada, quando, segundo o IBGE, foram cultivados 691.553 hectares, passando para 668.395 hectares este ano. Levando-se em conta uma produtividade média de 2.142 kg/ha, calculada a partir da tendência apresentada pelas produtividades médias dos municípios produtores do cereal nas últimas dez safras, a produção total a ser alcançada seria de 1,431 milhão de toneladas. Isso significa um aumento de 16,71% em relação ao ano passado, quando o RS colheu apenas 1,226 milhão de toneladas, devido à baixa produtividade registrada naquela safra (1.777 kg/ha). O primeiro levantamento foi realizado em 282 municípios, abrangendo 97% da área de produção do Estado. Na tabela abaixo são registradas as estimativas iniciais de área produção e produtividade para a safra de trigo de 2018 no RS e nas 12 regiões administrativas da Emater/RS-Ascar.

Região Área (ha)

Produt. (kg/ha)

Produção (t)

Bagé 36.803 2.570 94.582

Caxias do Sul 28.084 3.212 90.195

Erechim 29.843 2.482 74.077

Frederico Westphalen

82.496 2.098 173.065

Ijuí 179.939 2.016 362.748

Lajeado 1.498 2.326 3.484

Passo Fundo 49.498 2.510 124.247

Pelotas 2.431 2.037 4.952

Porto Alegre 513 2.423 1.243

Santa Maria 38.599 2.203 85.038

Santa Rosa 190.628 1.914 364.786

Soledade 28.063 1.888 52.995

RS Safra 2018* 668.395 2.142 1.431.412

RS Safra 2017** 691.553 1.777 1.226.474

Variação % -3,35 20,52 16,71 (*) Estimativa inicial – Emater/RS-Ascar (**) Estimativa - IBGE

Canola - Com a retomada do plantio nesta última semana em decorrência do clima mais seco e frio, aliado ao calendário agroclimático que recomenda essa época, a cultura se encontra em emergência e início de desenvolvimento, com uma produtividade esperada de 1.475 kg/ha. As lavouras se encontram em desenvolvimento vegetativo, mostrando bom stand. Produtores realizam aplicação de herbicidas pelo grande volume de azevém e aveia já emergidos na cultura em algumas lavouras. A ocorrência de geadas de baixa intensidade nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial não afetou a cultura. A canola é umas das alternativas ao trigo que o produtor tem na implantação das produções de inverno do RS. Os preços da saca de 60 quilos variam entre R$ 71,80 e R$ 73,73. Cevada - Produtores antecipam a implantação da cultura aproveitando as condições de umidade do solo adequadas. As áreas já semeadas apresentam boa germinação e início de desenvolvimento. Aveia branca – Está praticamente concluído o plantio da aveia branca no Estado, em razão do clima seco e frio desta última semana, tendo ocorrido um aumento de área em relação ao ano passado, conforme informações que deverão ser divulgadas na próxima edição do Informativo Conjuntural. Inicialmente as lavouras tiveram problema de germinação devido à falta de umidade do solo; no momento, e durante o desenvolvimento inicial, as plantas sofreram ataques severos de lagarta rosca, exigindo dos produtores a realização precoce de pulverizações com inseticidas. Paralelamente, os agricultores estão realizando a adubação nitrogenada em cobertura para potencializar o crescimento vegetativo. Cultura de Verão Feijão 2ª safra – Após a falta momentânea de diesel em decorrência da greve nacional, agricultores retomaram a colheita, mas com redução de trabalho no período. O produto que resta (9%) se encontra pronto para ser colhido. A produtividade ainda está dentro do parâmetro de aproximadamente 27 sacas por hectare. A qualidade dos grãos é considerada muito boa, e a comercialização voltou à sua normalidade.

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Fases da cultura Safra Atual

Safra Anterior

Média*

Em 31/05

Em 24/05

Em 31/05

Em 31/05

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. veget.

0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de grãos 0% 2% 0% 0%

Maduro e por colher 9% 13% 6% 7%

Colhido 91% 85% 94% 93% Fonte: Emater/RS-Ascar *Média 2013-2017

Nessa semana, a cotação da saca de 60 quilos do grão, na média do Estado, foi de R$ 128,53, subindo 0,56% em relação à anterior, mas mantendo uma redução de 36,68% em relação à média histórica para o mesmo período.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais

O clima destes últimos dois decêndios facilitou o trabalho, com chuvas dentro da média (121,8 mm no período), dias abertos e com relativa umidade. As temperaturas foram agradáveis, com dias de sol; houve formação de geada fraca em dois dias nas regiões altas do Vale do Caí. Com tudo isso, foi intensificada a colheita até o evento da greve dos caminhoneiros, e praticamente toda a comercialização foi afetada. Não houve relato de perda de mercadoria, referente a chuchu, repolho e tomate, mas sim retenção de colheita no caso do repolho e tomate, e estoque em câmaras frias no caso do chuchu. Já para culturas mais sensíveis como couve-flor e brócolis, há relatos de que agricultores que têm condições de armazenar a sua produção em câmaras frias chegaram a perder cerca de 30% do seu ordenado mensal, e aqueles que não contam com essa possibilidade de estocagem chegaram a perdas próximas a 70%. As perdas só não foram maiores pelo fato de o clima estar ameno, o que permitiu que a colheita fosse retardada. Nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste, teve início o plantio das variedades de hortaliças de inverno. O tomate teve início com o transplante em estufas. Em geral toda a produção da região é vendida nas feiras livres e nos comércios locais. Em Aceguá, Candiota e Hulha Negra os produtores de sementes de olerícolas estão preparando o solo para o plantio de junho e julho. Tem continuidade a colheita de mandioca e batata-doce. Continuam as vendas para a merenda escolar através do PNAE, PAA e vendas institucionais, como para os restaurantes da Unipampa.

Em Caçapava do Sul os pomares de figo apresentaram bom desenvolvimento de frutas, mas com colheita abaixo da esperada. Citros em geral estão em fase de colheita. Em Rosário do Sul, estão em plena colheita as tangerinas variedades Satsuma e Clemenules. Após encerramento da safra da laranja, estão sendo feito tratamentos para verrugose. As videiras se encontram no período de dormência. Frutícolas

Citros - Os citricultores do Vale do Caí também foram impactados pela paralisação dos caminhoneiros. A situação foi diversa, conforme a localização do município, dos pomares e das barreiras montadas pelos manifestantes. Em São José do Hortêncio o impacto foi menor, e a paralisação nos transportes na última semana não refletiu fortemente nos preços. A grande maioria dos produtores conseguiu levar sua produção à Ceasa por caminhos alternativos. Em São José do Sul, devido à paralisação dos transportes, os citricultores não conseguiram colher as frutas. Entretanto não houve perdas diretas porque os frutos estão nas plantas. Mas as perdas foram inevitáveis porque os agricultores tiveram dificuldade de escoar a produção já colhida. A situação da citricultura no município tornou-se crítica, porque existia uma barreira da manifestação na localidade de Faxinal (em Montenegro), que faz divisa com a localidade de São José do Maratá (onde se concentram os pomares dos citricultores de São José do Sul). Os manifestantes, além de não deixarem passar caminhões carregados com frutas, estavam impedindo que os agricultores circulassem com seus tratores; por isso os agricultores não conseguiam colher e colocar as frutas nas câmaras frias. Somente os agricultores que têm câmara fria junto dos pomares conseguiram colher e armazenar. Em Brochier a colheita parou na última semana devido à paralisação dos caminhoneiros. Nesse município os citricultores que dependem de intermediários para comercializar algumas variedades não conseguiram fazê-lo, pois havia muitos querendo colher, mas não havia compradores. Não se tem registro de perdas das frutas; somente um pequeno atraso na colheita normal. Depois do fim da paralisação, a colheita e o comércio de frutas voltaram à normalidade, pois após as chuvas de pouca intensidade ocorridas no feriado de Corpus Christi, o tempo firmou e permitiu colheita normal. Com a volta da comercialização das frutas cítricas, verificou-se que os preços recebidos pelos

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citricultores não tiveram impacto da comercialização, ou seja, não houve elevação dos preços. Pelo contrário, houve forte redução em relação aos preços recebidos antes da interrupção da colheita. Isto se deve à época, pois a maturação das frutas cítricas precoces foi acelerada pelos dias frios que não estavam ocorrendo, e que agora têm acelerado a colheita e colocado maior volume de frutas no mercado. Além disso, as frutas que já estavam colhidas e sendo armazenadas em câmaras frias também foram ofertadas, inundando o mercado com frutas cítricas, derrubando os preços. As duas cultivares de bergamotas em colheita são a Caí, do grupo das mediterrâneas, e a Ponkan. Os preços médios recebidos pelos citricultores pela Caí reduziram de R$ 22,00/cx. de 25 quilos na primeira quinzena de maio para os atuais R$ 15,00/cx., o mesmo preço recebido pela Ponkan (veja quadro). Os preços das laranjas céu precoce, Shamouti e umbigo Bahia também tiveram redução, entretanto em menor proporção do que as bergamotas, pois a colheita das laranjas já estava mais adiantada. Em relação à lima ácida Tahiti, o limão da caipirinha, o preço recebido pelos citricultores continua em elevação, reflexo da frustração de safra em São Paulo, estado que tem a maior produção no Brasil. Quadro de percentual colhido e preços das frutas cítricas no Vale do Caí (caixas de 25 kg)

Fruta

% colhido

até 01/6

R$/cx. em 18/5

R$/cx. em 01/6

Bergamota Caí 25% 22,00 15,00

Bergamota Ponkan 10% 28,00 15,00

Laranja céu precoce 40% 16,00 15,00

Laranja Shamouti 35% 22,00 20,00

Laranja umbigo Bahia 35% 22,00 20,00

Lima ácida Tahiti 35% 30,00 35,00

Na região da Serra, a tão esperada chegada do frio vem contribuir para a manutenção da sanidade das plantas e para incrementar a pouca coloração e pouco sabor até agora verificado. O frio também minimiza o intenso ataque de pragas, sobretudo da mosca das frutas, que vem ocorrendo desde o início do outono e que acarreta uma queda de frutas de intensidade nunca vista, mesmo em frutas verdes, como a Valência. Há relatos, inclusive, de bergamotas com presença de larvas da praga. As baixas temperaturas também condicionam a um maior consumo das frutas cítricas, favorecendo o fluxo comercial e, consequentemente, o mercado. Tem início a colheita da bergamota Pareci, e segue a colheita da Ponkan e das laranjas do céu e umbigo Bahia.

Preços médios na propriedade: Ponkan, Caí e laranja do céu: R$ 0,75/kg; laranja umbigo: R$ 1,00/kg; limão Tahiti: R$ 1,25/kg.

Morango - Em decorrência do clima favorável no período, inicia-se na região do Vale do Caí a retomada da produção daquelas áreas em ambiente protegido, em que as mudas foram mantidas para um segundo ciclo produtivo. Muitos agricultores finalizaram o plantio e outros ainda estão aguardando a chegada de lotes de mudas importadas da Argentina e do Chile. A produção atual é baixa, e os produtores estão satisfeitos com o preço do morango, em média, entre R$ 3,00 e R$ 4,00/cumbuca. A greve dos caminhoneiros e a falta de combustível nas cidades não chegaram a prejudicar a colheita porque quem tinha produção realizou entregas nos mercados mais próximos, garantindo a venda, uma vez que a procura pelo morango já começa a ser mais intensa. No Vale do Taquari, foi realizado o replantio das mudas nacionais que não vingaram no plantio de início de abril (ocorreu o tradicional veranico de maio). Chegaram as primeiras caixas de mudas importadas das variedades de dias curtos e nos próximos dias devem chegar as de dias neutros. Ainda há um pouco de produção nas variedades de dias neutros, especialmente Albion de segundo ano, e início de produção da variedade Camarosa, podada em março deste ano. O preço praticado nesta época é de R$ 18,00/kg (orgânico). Na Zona Sul, os produtores seguem aguardando a chegada das mudas de morangueiro, tanto nacionais como importadas; previsão de chegada para a primeira quinzena de junho. Segue a elaboração de projetos de custeio da nova safra. O preço das mudas importadas está entre R$ 0,80 e R$ 0,85/muda; as de produção nacional, entre R$ 0,60 e R$ 0,70/muda. Seguem o preparo de solo, a construção de estufas e demais estruturas em ambientes protegidos. Os preços de comercialização do morango variam de R$ 11,00 a R$ 15,00/kg dependendo do comércio e das condições das frutas. Em Pelotas, término do plantio das mudas no sistema de solo sem cobertura. A produção está com boa qualidade (firmeza da polpa e brix); preço de R$ 10,00 a R$ 15,00; construção de novas estufas; expectativa de chegada de mudas de dias neutros, San Andreas e Albion, para os próximos dias. Em Turuçu todas as mudas foram entregues, e os produtores concentram suas atividades no plantio. A qualidade das mudas está dentro da normalidade dos últimos anos. Os produtores de morango fora do solo estão realizando as primeiras colheitas.

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Noz Pecã - Estamos registrando uma nova iniciativa dentro do município de Santo Antônio das Missões, região Noroeste do RS, que é a produção de nozes. Recentemente um produtor desse município na localidade de Rincão dos Mirandas, após alguns anos da instalação de pomares de nozes, começa a colher os primeiros frutos deste investimento. A família de produtores tem mais de 80 hectares de pomares da cultura e espera chegar o momento de colher os primeiros resultados na produção de nozes em Santo Antônio das Missões. No ano passado, inclusive, ocorreram dias de campo na propriedade, com demonstrações de podas, adubações, entre outros tratos culturais. A Emater/RS-Ascar visita a propriedade regularmente e está se inserindo no processo. A família planeja instalar uma agroindústria para processar a produção e espera agregar valor a esta matéria-prima muito valorizada no mercado brasileiro. Olerícolas

Alface – No Vale do Caí, a alface teve um acréscimo de preço muito forte na semana passada em função da escassez do produto, chegando a dobrar de preço. No entanto, agora o preço voltou ao normal, permanecendo na faixa de R$ 8,00/dz. Aipim – No Vale do Taquari, a colheita está acontecendo com boa produtividade, 14 a 15 t/ha (segundo agricultores), e boa sanidade em decorrência principalmente de um ano seco, o que não favorece o desenvolvimento da principal doença (bacteriose). O preço pago ao agricultor está entre R$ 7,00 e R$ 8,00/cx. de 20 quilos, que não é muito atrativo; mas necessitam vender, pois se ocorrer geada com o produto na lavoura, não vende mais, como aconteceu com algumas famílias no ano passado. No Vale do Caí, a cultura do aipim segue em colheita. Ocorreu elevação nos preços, que agora estão na faixa de R$ 15,00 a 18,00/cx. Na região Noroeste, segue a colheita, com produção média de quatro quilos por pé. As raízes apresentam bom cozimento, e o produto é comercializado diretamente em mercados e para consumidores em feiras dos municípios. A venda do produto está lenta, pois há grande oferta do produto; alguns produtores comercializam produto descascado a um valor entre R$ 3,00 e R$ 4,50/kg. Início da senescência das folhas; com a chegada do frio, produtores iniciaram o corte e a guarda de ramas para o próximo plantio.

Milho verde – As últimas áreas da cultura no Vale do Caí estão em desenvolvimento vegetativo e floração; tais lavouras estão no chamado cultivo de risco, devido à possibilidade de geadas. Se não fizer muito frio, como ocorreu ano passado, poderão ser colhidas em junho e julho. Pepino - Produção normal para o período, tanto para o pepino conserva quanto para o pepino salada. A procura pela cultura está em alta nos mercados e indústrias da região, e o preço se manteve o mesmo para a indústria, em média a R$ 3,50/kg (preço de entrega dos produtores) para o pepino indústria. Já os produtores que levaram a produção para a Ceasa informaram preços maiores devido à paralisação dos caminhoneiros; chegou a ser pago aos produtores preço entre R$ 4,50 a R$ 7,00/kg. Em termos fitossanitários a mosca-branca ainda preocupa, mas já começa a reduzir sua intensidade biológica devido à redução das temperaturas. Como praga limitante, tem-se verificado, em unidades de produção do Vale do Caí, a intensificação da ocorrência de nematoides formadores de galhas em unidades de produção; isso tem ocorrido mesmo nos cultivos em substrato, nos quais, por falhas de manejo, acaba sendo contaminado este meio de cultivo. Cebola – As condições climáticas na região Serrana foram favoráveis ao desenvolvimento e manutenção da sanidade das mudas das variedades precoces. Sementeiras das tardias, principalmente da Crioula, iniciam a emergência das plântulas, demonstrando bom estande e uniformidade. A procura por sementes vem confirmando a tendência de acréscimo na área a ser cultivada. Resta saber se essas sementes se converterão em mudas aptas ao transplantio, pois o período de sementeira é longo, e as mudas são mais suscetíveis aos fatores climáticos e de fitossanidade. São iniciados o transplantio das variedades precoces e a preparação dos canteiros para as tardias, com a incorporação de adubos orgânicos, essencialmente cama de aviário. Os últimos bulbos estocados são comercializados via Ceasa de Porto Alegre e Caxias do Sul; porém, venda foi bastante prejudicada pelo bloqueio dos transportes de cargas. Tomate - O tomate cereja se encontra em fase de desenvolvimento vegetativo e colheita; a situação fitossanitária é razoável. O clima dos últimos dias facilitou a colheita e os trabalhos de manejo relacionados ao cultivo. A qualidade dos frutos é muito boa. Devido à paralisação dos caminhoneiros, os preços de venda reagiram nos

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últimos dias, se situando entre R$ 3,00 e R$ 3,50/bandeja ou entre R$ 8,00 e até R$ 15,00/kg. Brássicas – No Vale do Caí, durante a greve dos caminhoneiros, os agricultores em condições de armazenar a produção em câmaras frias chegaram a perder cerca de 30% do seu ordenado mensal. Já os que não contam com essa estrutura de estocagem chegaram a perdas próximas a 70%. As perdas só não foram maiores pelo clima ameno; assim, a colheita pode ser atrasada. A situação comercial das brássicas é de um mercado típico deste momento, com manutenção de preços informados na edição anterior do Informativo Conjuntural: brócolis a R$ 30,00/dz., couve-flor a R$ 35,00/dz. O repolho apresentou alta; o preço atual do repolho verde é de R$ 1,50 a R$ 2,00/cab e de R$ 35,00/dz. de repolho roxo. A tendência é de queda dos preços nos próximos dias, pois durante o período de desabastecimento da Ceasa em função da paralisação, os produtos foram estocados em câmaras frias e estão sendo colocados agora para comercialização, aumentando significativamente a oferta de produtos no mercado. Chuchu - Fruta em fase de colheita no Vale do Caí. A situação fitossanitária é de regular a boa, com alguns problemas de doenças fúngicas, principalmente a antracnose. Também foram relatados alguns problemas pontuais com abortamento, limitação de florescimento e emissão de brotação nova pelo evento do frio nessa época. Afora isso, a cultura se desenvolve bem, aproveitando o clima ainda favorável. O período foi de intensa colheita, com bastante oferta de produto e com a cotação reagindo positivamente. Com relação a preços, nas últimas semanas se situou em média de R$ 0,80 a R$ 1,00/kg.

Comercialização de Hortigranjeiros

Em decorrência da greve dos caminhoneiros ocorrida no período anterior, a CEASA/RS não obteve comparação de preços nesse período.

Os preços na feira do produtor do município de Passo Fundo tiveram aumento significativo em relação aos preços praticados na semana passada, devido à greve dos caminhoneiros. Há perspectivas de que voltem à normalidade com o retorno dos transportes.

Tabela de preços praticados na Feira do Produtor de Passo Fundo Fonte: Diretamente do produtor rural/EM Passo Fundo.

Na região do Alto Uruguai, no município de

Erechim as cotações foram as seguintes:

Alface - produtores retomam a produção devido à dificuldade de comercialização ocasionada pela greve dos caminhoneiros; preços de R$ 0,90 a R$ 2,50/pé. Cenoura - falta produção na região; somente 10% do consumido é produzido na região; preço de R$ 2,00 a R$ 3,00/maço de meio quilo. Tempero verde - boa circulação; preço em média de R$ 2,00/maço. Tomate gaúcho - fim de colheita; R$ 4,00 a R$ 6,00/kg. Tomate longa vida - fim de colheita; R$ 4,00 a R$ 6,00/kg. Repolho - colheita em plena safra; preços de R$ 2,00 a R$ 5,00/cab. Rúcula e radiche - produtos sempre presentes, com boa aceitação; preço de R$ 2,00/maço. Em Santa Maria, na região Central, as cotações foram as seguintes: Bergamota Ponkan e laranja de umbigo - R$ 24,00/cx. de 20 quilos. Alface - R$ 14,00/dz. no mercado de Santa Maria; produto produzido no município. Rúcula - R$ 2,50/unid. vendida em saquinho. Brócolis - R$ 4,00/unid.

Produto Preço (R$)

Unidade/medida

Alface lisa e/ou crespa

1,00 pé

Alface americana 1,00 pé

Alface estufa 1,20 pé

Almeirão 1,00 pé

Rúcula 1,50 pé

Brócolis 2,00 molho

Chicória 1,50 pé

Couve-flor 3,00 cabeça

Couve-folha 1,50 molho

Tempero verde 1,50 molho

Cenoura 2,00 kg

Beterraba 2,50 molho

Aipim 4,00 kg descascado

Repolho roxo 3,00 cabeça

Repolho verde 2,00 cabeça

Rabanete 1,00 molho

Abóbora Cabotiá 1,50 kg

Tomate 4,80 kg

Milho verde Pacote 4,00 5 espigas

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Repolho - maior parte do produto com origem na Ceasa, pouco proveniente da produção local; R$ 1,00/kg. Tomate - no momento o forte do abastecimento é através da Ceasa; R$ 55,00/cx. de 24 quilos. Mandioca - R$ 21,00/cx. de 20 quilos. Batata-doce - preço estável; R$ 35,00/cx. de 20 quilos. A região do Litoral Norte já foi implantada 80% da área total de cultivo de folhosas. Os cultivos protegidos estão em plena produção. O preço tem se mantido estável apesar da paralisação do transporte. As câmaras frias e baús refrigerados foram todos carregados para evitar perdas nas lavouras, na expectativa de normalização da situação. As perdas foram à ordem de 10% da safra. Preços ao produtor na região Metropolitana

Espécie Preço (R$/dz.)

Alface 10,00

Tempero verde 5,00

Couve 12,00

Espinafre 15,00

Repolho (roxo) 18,00

Rúcula 12,00

Radite 8,00

Brócolis 35,00

Couve-flor 30,00

OUTRAS CULTURAS Cana-de-açúcar - Em função do clima favorável para a cultura, apresenta-se com ótimo desenvolvimento, e desta forma os agricultores estão confiantes em uma alta produtividade na colheita. A previsão é que a colheita para a indústria seja iniciada na última semana de junho. Foi intensificado o corte de áreas destinadas à fabricação de doces, seja agroindústria ou produção para subsistência familiar, a fim de evitar a perda pelas geadas que podem ocorrer a partir de agora. Grande parte da cultura é destinada à alimentação animal.

CRIAÇÕES Pastagens - Com o retorno da umidade, há boa rebrota do campo nativo e está favorecida a germinação do banco de sementes de azevém que se encontra no solo. No entanto, devido à queda das temperaturas e à formação de geadas em alguns locais, a pastagem começa a apresentar aspecto mais fibroso, com redução da

taxa de forragem e diminuição da qualidade. Por isso, a partir dessa época é importante o fornecimento de sal proteinado, para suprir a deficiência de proteína devido à redução da qualidade das espécies forrageiras do campo nativo. Em vários municípios há pastagens de braquiárias, que ainda estão apresentando um bom aporte de massa verde. Os produtores, na sua maioria, concluíram a implantação das pastagens cultivadas de inverno, principalmente de aveia, azevém, trevo e cornichão. Nas áreas implantadas, as condições climáticas no momento, com dias nublados e excesso de umidade, contribuem para o baixo desempenho das pastagens; há expectativa de que os próximos dias sejam ensolarados, para proporcionar um melhor desempenho das pastagens. Os produtores que fazem a integração lavoura/pecuária, em áreas semeadas mais no cedo com aveia e azevém, estão realizando pastoreio. Na região de Santa Rosa, há propostas de arrendamento de pastagens de inverno com valores em torno de R$ 350,00/ha para 90 dias. Produtores reclamam do aumento no custo de implantação das pastagens de inverno, principalmente pela elevação dos preços dos fertilizantes. Preços de sementes de forrageiras na região da Serra (R$/kg)

Produto (semente) Preço

Capim lanudo 36,00

Aveia 1,30

Azevém 3,60

Trevo branco 32,00

Trevo vermelho 29,00

Cornichão 31,00

Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul Bovinocultura de corte O rebanho ainda permanece com bom estado corporal, mas devido às baixas de temperatura, os animais em campo nativo já apresentam algumas perdas. A condição corporal das animais que estão a campo ainda é confortável, já que praticamente não houve inverno rigoroso até o momento. Ainda permanece a infestação por carrapatos e mosca-do-chifre, com incidência de tristeza parasitária. As terneiras com idade entre três e oito meses estão sendo vacinadas para imunização contra brucelose. Continuam os tratamentos com anti-helmínticos. A campanha da vacinação contra a febre aftosa foi prorrogada até o dia 15 de junho, devido à greve dos caminhoneiros.

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Continuam os diagnósticos de gestação, com a finalidade de apartar as vacas vazias para descarte, engorda ou para proceder entoure novamente. Os produtores que fizeram diferimento das pastagens (processo que consiste em deixar o campo em pousio por um período, para possibilitar a maturação das pastagens) mantêm o fornecimento de sal proteinado. Está encerrado o desmame de terneiros em todas as propriedades. Comercialização Os preços do gado gordo têm se mantido estáveis. Com a aproximação do inverno, aumenta a oferta de terneiros e vacas de descarte, a fim de evitar a perda de peso dos animais. Paralisou a comercialização de terneiros para a exportação. O preço pago para terneiros/terneiras tende a aumentar nas feiras com financiamento bancário. Na região Centro-Sul, criadores de gado de corte que processam sua produção em frigoríficos da região e retornam com as carcaças para suas unidades de fracionamento tiveram dificuldades de transporte, em face da greve dos caminhoneiros, o que refletiu na redução de 40% de carne disponível para comercialização. Na região de Santa Rosa, a comercialização de gado para invernar continua aquecida, porém a venda de animais terminados ainda continua com demanda baixa, mesmo nesta época em que a oferta é pequena. Preços pagos aos pecuaristas da região da Serra (R$/kg vivo)

Produto Preço

Boi gordo 4,90

Vaca gorda 4,00

Terneiro 5,10

Novilho sobreano 4,70

Novilho 2 anos 4,50

Novilho 3 anos 4,30

Vaca descarte 3,50

Novilha 2 anos 4,50

Bovinocultura de leite - O frio mais forte dos últimos dias comprometeu a produção de massa verde das forrageiras de verão, que ainda persistiam durante o período. Os produtores realizam o final do plantio de pastagens de inverno; destaca-se a implantação de aveias e azevém, culturas tradicionais no período de inverno, conseguindo maior longevidade principalmente no que se refere ao azevém, que pode ter pastejo até meados de

outubro. Com as chuvas, as pastagens implantadas melhoraram o aspecto de desenvolvimento, aumentando o número de áreas em condição de pastejo. A ocorrência de vazio forrageiro atingiu os produtores de todos os municípios, e foi mais sentida nas propriedades sem reservas de feno, silagem ou em áreas de campo nativo sem boa oferta de forragem. Na maioria das propriedades produtoras de leite, a reserva de silagem é muito expressiva. Algumas fêmeas já apresentam redução de escore corporal, e as matrizes não estão atingindo o pico de produção, devido às restrições na dieta. A produção está em níveis inferiores, se observada a média histórica para esta época do ano. Nas áreas com tífton, que estão praticamente sem rebrote, produtores fazem a sobressemeadura de anuais de inverno, principalmente aveia e azevém; posteriormente é feita uma roçada para uniformizar a área e auxiliar na germinação. A maioria dos produtores já finalizou a produção de silagem do milho safrinha. Os produtores seguem a implantação das pastagens de inverno e em algumas propriedades já promovem o segundo pastejo de aveia. A chuva possibilitou a aplicação de nitrogênio nas áreas já manejadas. Os produtores utilizam silagem, feno e pré-secado para suprir o volumoso aos animais. Os produtores tiveram grandes perdas na produção do leite, devido à paralisação dos caminhoneiros, que afetará diretamente a receita das famílias. Na região de Erechim, muitos produtores tiveram que descartar a produção em virtude da falta de coleta do produto. Algumas propriedades repassaram o leite para pequenas agroindústrias familiares locais. Outros produtores de leite fizeram queijo artesanal para consumo próprio, mas a grande quantidade foi jogada fora causando prejuízos econômicos para esses produtores. Na região Centro-Sul, produtores descartaram 120 mil litros leite por falta de transporte. Cooperativa da região informou que deixou de recolher em torno de 21 mil litros de leite nos sete dias de paralisação. Na região de Santa Maria, foi contabilizado até o momento o não de recolhimento de pelo menos 150 mil litros de leite. Este número deve ser bem mais expressivo, pois a maior parte dos municípios ainda estão contabilizando as perdas. Com a suspensão das paralisações, voltou o fornecimento dos insumos e principalmente das rações, fazendo com que a produção de leite começasse a normalizar. As indústrias de laticínios também retomaram as atividades, normalizando o beneficiamento do leite.

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Comercialização O mercado apresentou uma pequena melhora com prognóstico de mais reação para o próximo mês; porém o custo de produção também aumentou, pois o concentrado adquirido à base de milho e soja vem sofrendo reajustes crescentes, fator que preocupa os agricultores. Ovinocultura - De maneira geral as condições climáticas, de baixas temperaturas e excesso de umidade, influem nas pastagens nativas; em alguns locais os rebanhos começam a apresentar pequena queda no estado corporal, em função da perda gradual da qualidade do pasto nos campos nativos. Recomenda-se manter uma alimentação adequada às matrizes para que possam preservar uma boa condição corporal durante a gestação e parir cordeiros com bom peso, garantindo sua sobrevivência e aumentando a taxa de assinalação do rebanho. Estão sendo feitos o diagnóstico de gestação e o preparo das fêmeas prenhas; o nascimento de cordeiros inicia em algumas propriedades que realizaram o encarneiramento do cedo. São realizadas em especial práticas no controle das verminoses (em especial a hemoncose, a qual afeta frequentemente o rebanho neste período do ano), podridão dos cascos e miíases. O período é de banhos sarnicida e piolhicida com produtos específicos recomendados pelo serviço oficial de defesa agropecuária. Comercialização Se concentra em ovelhas velhas e com problemas reprodutivos. Também ocorrem negócios com borregos até dois dentes; ovelhas de descarte, com dificuldade de comercialização. Pouca oferta de animais para abate. Suinocultura - Nos municípios de Santo Cristo e Novo Machado, há procura por parte das integradoras para ampliar a produção. O carregamento de suínos para abate e de rações foi normalizado após o fim da greve dos caminhoneiros. Em Campina das Missões, houve relatos de morte de suínos em terminação, por causa da greve dos caminhoneiros, principalmente por falta de alimentação e morte súbita. A suinocultura continua com dificuldades. O consumo de carne continua baixo e os preços ao suinocultor, reduzidos. Piscicultura - Na região de Erechim, está encerrada a fase de recuperação e repovoamento dos tanques. Com o advento do frio, a atividade entra em período de latência; peixes

comercializados entre R$ 8,00/kg (carpa inteira) e R$ 25,00/kg (filé de tilápia); preço estável na semana. Na região de Santa Rosa, continuam o manejo dos tanques com peixes e o preparo dos açudes que deverão receber alevinos. O preparo ocorre mediante a fertilização e desinfecção dos tanques e o manejo visando à qualidade da água para o repovoamento com o policultivo de carpas. Produtores estão realizando a encomenda dos alevinos para repovoar os açudes; devido à greve dos caminhoneiros, a entrega de alevinos prevista para a semana passada foi suspensa, sendo reprogramada para esta semana. Apicultura - Os apicultores estão preparando as colmeias para a chegada do inverno, fazendo a retirada das melgueiras e inclusão dos redutores alveolados; alimentação artificial das abelhas e roçadas são algumas práticas em andamento. O período é de pouca florada, baixa luminosidade e baixas temperaturas, reduzindo o trabalho das abelhas. Apicultores seguem em processo de manejo alimentar de inverno, fornecendo os “bifes” – suplemento artificial proteico à base de farelo de soja, mel e açúcar. Fim do período de colheita. No município de Jaguarão, produtores colheram boa quantidade, atingindo produtividades superiores às dos anos anteriores. Com relação à meliponicultura, inicia-se o período crítico para as abelhas sem ferrão, pois há necessidade de aporte de alimento e verificação dos enxames, principalmente de espécies como Mandaçaia e Jataí, para certificação do desenvolvimento do enxame e monitoramento com relação ao ataque de abelha limão, o que ocorre mais frequentemente nesse período. Comercialização Mercado de exportação em baixa; sem procura para aquisição de mel a granel. Comercialização com preços abaixo dos praticados no mesmo período em 2017. Além da falta da procura, estamos gerando grandes estoques nas propriedades. O preço no atacado oscilou entre R$ 9,00 e R$ 12,00/kg; no varejo, entre R$ 20,00 e R$ 24,00/kg.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2013-017

07/06/2018 31/05/2018 10/05/2018 08/06/2017 GERAL JUNHO

Arroz em Casca 50 kg 36,46 36,30 35,65 43,04 45,79 45,14

Feijão 60 kg 128,53 127,81 128,50 159,47 189,96 203,01

Milho 60 kg 36,01 35,55 34,76 24,83 32,03 32,60

Soja 60 kg 75,76 76,95 76,36 64,60 76,42 77,94

Sorgo 60kg 24,33 23,67 22,67 22,23 27,94 29,72

Trigo 60 kg 41,02 41,00 38,18 33,05 38,18 39,30

Boi para Abate kg vivo 4,90 4,80 4,86 5,41 5,39 5,53

Vaca para Abate kg vivo 4,17 4,16 4,13 4,75 4,81 4,96

Cordeiro para Abate kg vivo 5,93 5,93 5,90 6,24 5,72 5,66

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,13 3,14 3,11 3,66 4,00 3,91

Leite (valor liquido recebido) litro 1,07 1,06 1,03 1,32 1,11 1,08

04/06-08/06 28/05-01/06 07/05-11/05 05/06-09/06

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é

a média dos preços mensais do quinquênio 2013-2017 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2013-2017.