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nº 1591 – 30 jan. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Olerícolas Frutícolas Outras Culturas Criações Preços Semanais Notas Agrícolas Regionalização da Emater/RS- Ascar Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3. Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. CDU 63(816.5) © 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

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Page 1: Sumário - tche.br · Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : ... na TVE, TV Assembleia, TV Caxias, TV Campus UFSM, TV UCPel e Unisc,

nº 1591 – 30 jan. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.

Sumário

Palavra da Casa

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Olerícolas

Frutícolas

Outras Culturas

Criações

Preços Semanais

Notas Agrícolas

Regionalização da Emater/RS-Ascar

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar

I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.

Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

CDU 63(816.5)

© 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a

fonte.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 2, 30 jan. 2020

Palavra da Casa

Comunicação gera reconhecimento e premiação à Emater/RS-Ascar

Pela destacada atuação, a Emater/RS-Ascar recebeu premiações no ano de 2019. Em dezembro, o Prêmio

Folha Verde, da Assembleia Legislativa, foi entregue à Emater/RS-Ascar nas categorias Mídia Agrícola: programas de

Rádio e também na Categoria Agrícola pelo trabalho de toda a Instituição.

No mesmo mês, a jornalista Ellen Bonow obteve o terceiro lugar no 5º Prêmio Sindilat de Jornalismo, na

categoria Jornalismo Eletrônico, com a reportagem “Agroindústria Estrelat produz leite tipo A”, com imagens do

estagiário de Comunicação Wesley Andriel. Em outubro, a jornalista Taline Schneider e o cinegrafista Paulo Carneiro

também ficaram em terceiro lugar no Prêmio José Lutzenberger de Jornalismo Ambiental, na categoria

Webjornalismo, com uma reportagem produzida em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(Ufrgs), intitulada “Conhecer para cuidar: 20 anos do Atlas Ambiental de Porto Alegre”.

Esses são simbólicos e valiosos reconhecimentos pelas mais de seis décadas em que a Emater/RS-Ascar é

responsável pelo trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) no Rio Grande do Sul com

qualidade e de forma gratuita. Atualmente, são mais de 220 mil famílias de agricultores e pecuaristas familiares,

pescadores artesanais, indígenas e quilombolas, além de assentados da reforma agrária, assistidos em 100% dos 497

municípios gaúchos, por uma equipe qualificada de 2,1 mil empregados.

A credibilidade da Emater/RS-Ascar se dá ao longo dos anos pelos resultados da atuação, em parceria com a

Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), na geração de renda e melhoria da

qualidade de vida dos produtores rurais gaúchos.

Além de atuar diretamente na geração de renda e melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais

gaúchos, é de extrema e fundamental importância comunicar a todos os envolvidos na agricultura e também à

sociedade em geral, consumidora da produção do primeiro setor.

De nada adianta atuar sem comunicar. E a imprensa gaúcha conta com total apoio na divulgação do nosso

trabalho a campo e dos levantamentos de dados relevantes analisados e compilados pelas gerências Técnica e de

Planejamento, que dão origem às publicações semanais do Informativo Conjuntural e Cotações Agropecuárias, bem

como de outros periódicos: Séries Históricas, Acompanhamento de Safras, Estimativa de Safras e também de Perdas

(no caso de estiagem ou alagamentos). A Emater/RS-Ascar reproduz um retrato fiel da realidade agrícola do Estado.

Todas essas informações são repassadas à imprensa por meio da Gerência de Comunicação, que produz,

distribui a mais de 1,5 mil veículos de comunicação de todo o Estado e alguns a nível nacional, e posta no site uma

média de 60 notícias mensalmente. Também é postada por mês cerca de 50 notícias nas redes sociais, como

Facebook, Instagram e Twitter. O Núcleo de Assessoria de Imprensa também é responsável por uma média de dez

atendimentos diários, no Escritório Central, a repórteres de diversos veículos do Rio Grande do Sul e Brasil que

buscam nossos técnicos como fonte oficial de suas reportagens, bem como de nossos assistidos e beneficiários de

nossa Aters como cases.

A equipe de Comunicação também é composta pelos núcleos de Criação e Arte, responsável por todo

material gráfico e impresso da Instituição, e pelo núcleo de Rádio e TV. Só no Rádio, são produzidos sete programas

diários, distribuídos a quase 200 emissoras gaúchas e ao site do Governo do Estado, e outros três programas

semanais distribuídos a 80 emissoras.

Já na TV, é produzido um programa semanal de 50 minutos, o Rio Grande Rural, veiculado estadualmente

na TVE, TV Assembleia, TV Caxias, TV Campus UFSM, TV UCPel e Unisc, além dos canais nacionais TV Brasil, Rede Vida

e Agrobrasil TV.

É por meio da unicidade no trabalho, assertividade nas estimativas e levantamento de dados, e de uma boa

comunicação que a Instituição conquista cada vez mais credibilidade e reconhecimento.

Geraldo Sandri – presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

DESTAQUES

Soja – maior parte das lavouras está em fase reprodutiva.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 3, 30 jan. 2020

Condições Meteorológicas

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 23 A 29/01/2020

Nos últimos sete dias novamente ocorreram chuvas expressivas em algumas áreas do

RS. Na quinta-feira (23), ainda ocorreram pancadas isoladas de chuva na Metade Norte, com

registro de temporais isolados em áreas próximas à SC. Na sexta-feira (24), o ingresso de

umidade do mar manteve a condição de chuva fraca entre a região Metropolitana, Serra de

Nordeste e o Litoral Norte, com tempo firme e temperaturas amenas no restante do Estado.

No sábado (25), o tempo seco predominou e somente na Zona Sul foram observadas

pancadas de chuva durante a noite, associadas à passagem de uma frente fria no Oceano.

No domingo (26), o ingresso de ar quente e úmido elevou as temperaturas, e ocorreram

pancadas de chuva de verão em áreas isoladas. Entre a segunda (27) e a terça-feira (28), a

massa de ar quente seguiu atuando, com temperaturas próximas a 35°C na maior parte do

Estado. Na quarta-feira (29), a propagação de uma área de baixa pressão provocou chuva

em todas as regiões.

Os valores de precipitação acumulados no período foram inferiores a 10 mm na

maioria das regiões. Nas Missões, no Alto Vale do Uruguai, Planalto, na região Metropolitana

e na Campanha os volumes variaram entre 10 e 20 mm e superaram 30 mm em algumas

localidades. Nos Campos de Cima da Serra e no Litoral Norte os valores alcançaram 50 mm

em alguns municípios. Os totais de chuva mais elevados registrados na rede INMET/SEAPDR

ocorreram em Teutônia (80 mm), Cambará do Sul (69 mm), Torres (55 mm), Bagé (31 mm),

Camaquã (25 mm), Passo Fundo e Santa Rosa (22 mm) e em Dom Pedrito (21 mm).

A temperatura mínima foi observada em São José dos Ausentes (7,9°C) em 25/01 e a

máxima ocorreu em 26/01 em Quaraí (35,5°C).

Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 29/01/2020.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 4, 30 jan. 2020

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 30/01 A 05/02/2020

A próxima semana permanecerá com calor e chuvas de verão no RS. Na quinta (30), o

deslocamento de uma área de baixa pressão vai provocar pancadas de chuva e trovoadas,

com chance de temporais isolados nas faixas Norte e Nordeste. Na sexta-feira (31/01), a

nebulosidade seguirá predominando, com condição de chuva na maioria das regiões. No

sábado (01/02), o tempo permanecerá seco e quente em praticamente todo Estado, e

apenas entre a Serra de Nordeste e o Litoral Norte o ingresso de umidade do mar manterá a

condição de chuva fraca e isolada. No domingo (02/02), a presença do ar quente e úmido

manterá o forte calor em todo RS, com temperaturas superiores a 35°C em diversas

localidades. Na segunda (03) e terça-feira (04), o calor seguirá predominando, com

temperaturas entre 35°C e 38°C no interior gaúcho e possibilidade de pancadas de chuva,

típicas de verão, em áreas isoladas. Na quarta-feira (05), o deslocamento de uma frente fria

provocará chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados.

A previsão indica que os valores acumulados deverão oscilar entre 20 e 35 mm na

maior parte das áreas do RS, e no Alto Vale do Uruguai os totais poderão superar 45 mm em

algumas localidades. Na Zona Sul, na região Central e no Planalto, os volumes previstos

deverão ser inferiores a 20 mm.

Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 5, 30 jan. 2020

Grãos

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

CULTURAS DE VERÃO

Soja

As chuvas registradas nas últimas semanas em todas as regiões do Estado

amenizaram os efeitos do déficit hídrico provocado pela estiagem, e as plantas já

apresentam sinais de retomada no desenvolvimento.

A cultura está nas seguintes fases: 37% das lavouras na fase de desenvolvimento

vegetativo, 36% em floração e 27% na fase de enchimento de grãos.

Fases da cultura da soja no Rio Grande do Sul

Soja 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 30/01 Em 23/01 Em 30/01 Em 30/01

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. vegetativo 37% 48% 23% 26%

Floração 36% 39% 41% 42%

Enchimento de grãos 27% 13% 36% 32%

Maduro e por colher 0% 0% 0% 0%

Colhido 0% 0% 0% 0%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a área de soja

corresponde a 11,8% dos cultivos no Estado, e as fases da cultura são as seguintes: 32% da

área se encontra na fase de desenvolvimento vegetativo, 54% em florescimento e 14% em

enchimento de grãos. As chuvas registradas nas últimas semanas em todas as localidades

amenizaram os efeitos do estresse hídrico nas plantas. A cultura apresenta bom

desenvolvimento vegetativo, sendo observado grande acúmulo de matéria seca na parte

aérea das plantas e formação de um bom dossel, que proporciona o fechamento de linhas

na maior parte das lavouras semeadas em meados de novembro. As lavouras em floração

evidenciam formação de novas floradas e das primeiras vagens. Nas áreas implantadas em

outubro com cultivares de ciclo precoce, o rendimento foi prejudicado irreversivelmente

pelo déficit hídrico e pelas altas temperaturas ocorridas nas fases críticas de floração e de

enchimento de grãos, sobretudo em locais com afloramento de rochas e solos rasos. A maior

parte dos cultivos (68%) encontra-se em floração e enchimento de grãos, fase em que a

presença de umidade no solo é determinante para garantir uma boa produção e durante a

qual as precipitações determinarão o aumento ou não de perdas na região. Já nas áreas

implantadas na resteva de milho silagem, atualmente em fase de germinação e início de

desenvolvimento vegetativo, a umidade no solo favoreceu o bom estande atual de plantas,

fator estratégico para o rendimento de grãos. Na semana foram realizadas análises

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 6, 30 jan. 2020

fitossanitárias que identificaram a presença de esporos de fungos e também de tripes e

ácaros; os produtores realizaram aplicações de inseticida na calda de pulverização contendo

fungicida para controle da ferrugem.

Na regional de Ijuí, onde a cultura representa 16,3% da área do Estado, 35% das

lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo, 45% em floração, 19% em

enchimento de grãos e iniciando a fase de maturação (1%). A soja foi beneficiada pela

umidade que permitiu a retomada do desenvolvimento vegetativo; as folhas que se

encontravam amareladas caíram, e as lavouras passaram a apresentar coloração verde

escura. O crescimento acelerou com emissão de novas folhas e aumento da altura das

plantas, já próxima da ideal para as áreas implantadas em novembro com cultivares de ciclo

mais longo. As de ciclo mais rápido, implantadas em final de outubro, não estão conseguindo

se recuperar da estiagem, apresentando baixo número de vagens por planta. Em pequenas

áreas, produtores de Quinze de Novembro e Panambi vêm optando por deixar de cultivar

soja para implantar nova lavoura de milho. Os tratos culturais de aplicação de fungicidas e

inseticidas estão sendo intensificados, beneficiados pelas condições climáticas favoráveis de

umidade, temperatura do ar e ausência de ventos.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, que representa 7,3% da área do RS, a

cultura foi favorecida com as condições do tempo na semana; a ocorrência de chuvas na

terça (21) e quarta-feira (22) elevou o nível de umidade do solo que, associado a

temperaturas mais amenas e boa taxa de radiação solar, acelerou o crescimento e o

desenvolvimento das plantas, que recuperaram a altura e a área foliar. Tal situação se

verifica na maior parte da região. Das lavouras de soja implantadas na regional de Soledade,

35% estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 55% em floração e 10% em enchimento

de grãos. No Baixo Vale do Rio Pardo, houve mortalidade de plântulas decorrente das

condições do solo seco à época da emergência; com a normalização da umidade do solo,

parte dessas falhas vem sendo compensada pelo fato de as plantas estarem emitindo maior

número de ramificações. As condições de tempo mais ameno e a maior disponibilidade de

umidade relativa do ar propiciam ambiente favorável à incidência de doenças,

principalmente ferrugem asiática. Os produtores realizam tratamentos fúngicos preventivos.

Em relação às pragas, há baixa incidência de lagartas; em algumas lavouras, a presença de

percevejos e ácaros vem sendo controlada.

Na de Erechim, que apresenta 4% da área com a cultura no Estado, 20% das lavouras

estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 75% em floração e 5% em enchimento de

grãos. Com as chuvas ocorridas na semana anterior, a umidade do solo ainda é suficiente

para manter o bom desenvolvimento da cultura. Em geral, as lavouras apresentam bom

aspecto e baixa incidência de insetos e de doenças. Apesar disso, o estresse hídrico reduziu o

potencial produtivo na região.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, que detém 7% da área

do Estado, as lavouras se encontram nas seguintes fases: 20% em desenvolvimento

vegetativo, 30% em floração, 44% em enchimento de grãos e 6% já entraram na fase de

maturação. As chuvas ocorridas na semana anterior contribuíram para que a umidade do

solo se mantivesse adequada ao bom desenvolvimento da cultura. Em geral, as lavouras

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 7, 30 jan. 2020

apresentam bom aspecto e baixa incidência de insetos e de doenças. Os produtores

sinalizam redução do potencial produtivo.

Na de Passo Fundo, que compreende 11% da área de soja do Estado, 25% das

lavouras implantadas estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 55% em florescimento e

20% em enchimento de grãos. A redução das precipitações dos últimos meses, associada às

altas temperaturas, prejudicou o desenvolvimento da cultura resultando em perdas,

principalmente em Camargo, Casca, Ernestina, Nova Alvorada e São Domingos do Sul. Com o

fechamento da entrelinha nas lavouras, a maioria dos produtores já aplicaram fungicida para

fins de proteção do estágio reprodutivo, que tem maior propensão à ocorrência de doenças.

Junto com o controle da ferrugem, é realizado também o controle de lagartas. Outros

insetos que recomendam atenção no período reprodutivo são os percevejos,

predominantemente o percevejo-marrom (Euschistus heros).

Na região de Bagé, que conta com 13,1% da área de soja do Estado, a chuva trouxe

um pouco de tranquilidade aos produtores, apesar da manutenção das altas temperaturas

(36°C a 39°C). Em Rosário do Sul, as lavouras semeadas no cedo estão entrando em floração

e enchimento de grãos e já recebem aplicação de fungicida. Em Dom Pedrito, as chuvas

abrangentes e com volumes significativos ocorridas em janeiro favoreceram as plantas. Em

geral, as lavouras que se apresentam nas fases de desenvolvimento vegetativo e em floração

estão em bom estado fitossanitário; os produtores vêm controlando as ervas invasoras nas

lavouras mais novas e, nas mais adiantadas, as pragas. Em Hulha Negra, no geral, o estande

da maior parte das lavouras apresenta falhas motivadas pela ocorrência de chuvas

excessivas pós-plantio nas lavouras do cedo, e nas do tarde, pela falta de precipitações. Tal

irregularidade ocasionou porte desuniforme das plantas. A fitossanidade é boa, com poucos

casos de doenças de manchas foliares e oídio; nas pragas, constata-se incidência de lagartas

desfolhadoras, ácaros e tripes. Os produtores realizam os controles, juntamente com o das

reinfestações de ervas daninhas. Em Manoel Viana e São Borja, apesar das chuvas, o volume

tem sido insuficiente às plantas em período crítico de florescimento e enchimento de grãos.

Já são observadas reduções no potencial produtivo das lavouras.

Na região de Pelotas, que apresenta 6,8% da área da cultura no Estado, a cultura está

nas fases de emergência/desenvolvimento vegetativo, florescimento e em enchimento de

grãos. As chuvas no período ocorreram de forma localizada e com volumes bastante

variados, contribuindo para a recuperação parcial das plantas. Em geral, não são suficientes

para a necessidade de aporte hídrico, principalmente para as cultivares em fase de floração.

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, onde há 2% da área

implantada no Estado, as chuvas ocorridas nas últimas semanas vêm atenuando os efeitos

das perdas provocadas pela estiagem. Ao mesmo tempo, têm proporcionado aos produtores

a continuidade dos tratamentos fitossanitários e do controle de invasoras, que haviam sido

interrompidos.

Na de Caxias do Sul, que representa 3,7% das áreas, o desenvolvimento da soja vem

evidenciando boa recuperação, principalmente com as precipitações e a consequente

reposição da umidade do solo. Também contribuem para esse quadro as mudanças das

condições do tempo, com arrefecimento das temperaturas diurnas e das altas taxas de

insolação. As lavouras não têm apresentado sinais de ataque de pragas e nem incidência de

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 8, 30 jan. 2020

doenças. No entanto, os produtores vêm realizando tratamentos foliares preventivos para a

manutenção da sanidade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Maria a área de soja

representa 16,7% da safra do Estado, 58% das lavouras estão na fase de desenvolvimento

vegetativo, 32% em floração e 10% em enchimento de grãos. A estiagem afetou a

uniformidade de algumas lavouras e reduziu o estande de plantas, acarretando perdas de

rendimento.

Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar para a soja

comercializada no Estado, a cotação média foi de R$ 77,48/sc., com redução de 0,91% em

relação à semana anterior.

Nas regiões de Passo Fundo e Santa Maria, a oleaginosa continua sendo

comercializada a R$ 77,00; na de Erechim, a R$ 80,00; na de Santa Rosa, a R$ 73,50; em

Caxias do Sul, a R$ 79,00/sc. Na região de Bagé, oscilou entre R$ 71,00 e R$ 86,00. Na de Ijuí,

o preço médio foi de R$ 75,55/sc. O produto disponível em Cruz Alta é comercializado a R$

84,50. Em Soledade, os preços variaram entre R$ 77,00 e R$ 79,50; em Porto Alegre, as

oscilações de preço se mantiveram entre R$ 78,00 e R$ 87,00; na região de Frederico

Westphalen, o preço médio foi de R$ 76,50; e na de Pelotas, entre R$ 79,00 e R$ 87,00/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2112, de 30 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Milho

As chuvas ocorridas no período contribuíram para melhorar a situação das lavouras

no RS. As fases da lavoura são as seguintes: 14% em germinação e desenvolvimento

vegetativo, 11% em floração, 24% em enchimento de grãos, 25% maduro e 26% do total já

foram colhidos.

68,00

70,00

72,00

74,00

76,00

78,00

80,00

82,00

84,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Média mês

77,4878,19

78,72

73,12

82,2082,66

R$

Soja - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

-0,91-1,58

5,96

-5,74-6,27

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

Comparativo percentual do preço médio semanal da Soja (R$ 77,48/saca de 60 kg)

%

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 9, 30 jan. 2020

Fases da cultura do milho no Rio Grande do Sul

Milho 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 30/01 Em 23/01 Em 30/01 Em 30/01

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. vegetativo 14% 15% 14% 18%

Floração 11% 12% 13% 13%

Enchimento de grãos 24% 25% 30% 30%

Maduro e por colher 25% 26% 19% 17%

Colhido 26% 22% 24% 22%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, que corresponde a 10% da área cultivada no

Estado, a cultura encontra-se nos seguintes estágios: em fase final de floração (1%), 4% em

fase de enchimento de grãos, 38% em maturação e 57% avançando na fase da colheita. As

lavouras cultivadas em locais com irrigação também apresentam produtividade inferior à

estimada inicialmente. O longo período de temperaturas acima de 30°C, que perduram

elevadas durante a noite, provocou redução de rendimento e senescência de folhas. Já nas

áreas de sequeiro, ocorreu maior redução de produtividade e grãos pouco desenvolvidos. O

rendimento médio das lavouras alcançou 122 sacos por hectare.

Na de Santa Rosa, da área plantada até o momento, 14% encontram-se em

desenvolvimento vegetativo, 2% em enchimento de grãos, 13% em maturação e 71% das

lavouras já foram colhidas. As chuvas renovaram as plantas em fase final de formação de

espigas. A colheita avançou e evidenciou produtividades de 7.666 quilos por hectare nas

lavouras implantadas em agosto, nas quais não houve falta de chuvas durante o ciclo. Os

produtores intensificam a semeadura do milho de segundo plantio em áreas de lavouras já

colhidas, com o aproveitamento da umidade do solo. No decorrer da semana, deverá ser

ampliada a área plantada, à medida que avança a colheita das lavouras de milho safra,

liberando as áreas. A produtividade inicial esperada entre os municípios da região era de

7.666 quilos de milho grão por hectare; porém, a baixa umidade do solo devido à estiagem

ocorrida em dezembro/2019 e no início de janeiro/2020 e que atingiu lavouras em plena

floração e formação inicial do grão, resultou em produtividade de 7.529 quilos por hectare.

Na de Frederico Westphalen, com 11,9% da área destinada à cultura no Rio Grande

do Sul, as lavouras estão nos seguintes estágios: 1% em germinação e desenvolvimento

vegetativo, 4% em floração, 10% em enchimento de grãos, 30% em maturação e 55% das

lavouras já foram colhidas. Os produtores evidenciam perdas de rendimento das lavouras

em decorrência do efeito da estiagem, sobretudo naquelas semeadas a partir da segunda

quinzena de setembro, quando comparadas com as que foram plantadas até a primeira

quinzena. Em geral, o percentual de perdas deverá variar conforme o comportamento do

regime de precipitações ao longo do restante do ciclo. Em alguns municípios da região, os

produtores continuam solicitando cobertura de Proagro.

Na região de Caxias do Sul, mesmo com o retorno de precipitações e com a redução

da temperatura e da radiação solar, as lavouras implantadas mais cedo não demonstram

capacidade de recuperação do potencial produtivo da cultura, haja vista a fase reprodutiva

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já ter encerrado. Já nas tardias, evidencia-se excelente recuperação, tanto no crescimento

das plantas quanto na qualidade das folhas e na intensidade da coloração verde.

A regional de Soledade representa 9% da área de milho do Estado. Das lavouras da

região, 37% estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 4% em floração, 14% em

enchimento de grãos, 40% em maturação e 5% já foram colhidas. A ocorrência de chuvas

regulares nas últimas semanas, embora de volumes variados, encorajou os produtores a

intensificarem a semeadura do milho em restevas de lavouras de tabaco, de milho e feijão

primeira safra, tanto para grãos como para silagem. As lavouras implantadas nas últimas

semanas têm boa germinação, emergência e estande de plantas; por outro lado, lavouras

implantadas em dezembro apresentam falhas de plantas devido à irregularidade das chuvas

na fase inicial de desenvolvimento.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, a cultura ocupa 8,2% da área do

Estado; das lavouras na região, 15% estão na fase de floração, 80% em enchimento de grãos

e 5% já foram colhidas. Tanto a redução no volume das precipitações quanto a distribuição

irregular na região geraram perdas na produtividade, especialmente nas lavouras que

estavam em floração e em enchimento de grãos, como nas localizadas em Cacique Doble,

Santa Cecília do Sul e Ernestina. Ao todo, 456 produtores que tiveram o rendimento das

lavouras comprometido solicitaram vistorias a fim de comprovação de perdas para o acesso

ao seguro agrícola.

Na região de Erechim, com 5,7% da área do Estado, o principal estágio é o de

enchimento de grãos (80%); as áreas já colhidas chegaram a 15%, cujo rendimento evidencia

perdas na produtividade. Produtores solicitam vistorias para comprovação das perdas e

acesso ao Proagro.

Na de Bagé, as chuvas ocorridas na região promoveram mudanças no

comportamento da cultura. Os produtores aproveitaram esse momento e passaram a

realizar os tratos culturais que haviam sido suspensos por falta de condições, fosse de

umidade no solo, fosse de umidade relativa do ar. Nos municípios próximos a Bagé, as

últimas chuvas registradas ao longo da semana permitiram recuperar parcialmente o

estande das lavouras. Mesmo com volumes pouco expressivos de chuvas desde 15 de

dezembro, as lavouras de milho implantadas durante novembro apresentam bom aspecto

visual, o porte é médio e as plantas responderam eficientemente às aplicações de herbicidas

e fertilizantes nitrogenados. Em São Gabriel, as áreas semeadas estão nas fases de

desenvolvimento vegetativo e em floração; as lavouras em fase de enchimento de grãos na

época da estiagem foram perdidas. Em Rosário do Sul, a semeadura foi concluída com o

retorno da chuva. Os produtores que semearam no cedo realizam a aplicação de herbicida

pós-emergente e a segunda aplicação de ureia. Em São Borja, a colheita está em andamento

nas áreas mais do cedo, com produtividades acima dos 100 sacos por hectare.

Na regional de Pelotas, 42% da área com a cultura está em desenvolvimento

vegetativo, 38% em floração e 20% em enchimento de grãos. A partir de dezembro, quando

diminuíram as chuvas, o plantio também foi reduzido; os produtores aguardam as

precipitações para retomar os plantios, o que implica em avanços em pequena escala.

Dependo das condições do tempo, os produtores poderão decidir não plantar.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 11, 30 jan. 2020

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, 32% das lavouras estão em

germinação e desenvolvimento vegetativo, 17% em floração, 20% em enchimento de grão,

19% em maturação e 12% delas já foram colhidas. Das lavouras da primeira safra, 10% estão

na fase de desenvolvimento vegetativo, 15% em floração, 55% em enchimento de grão, 10%

em maturação e 10% das áreas já foram colhidas. As chuvas que continuam a ocorrer na

região têm mantido as condições de umidade do solo favorável para semeadura do segundo

plantio de milho.

Na regional de Porto Alegre, as chuvas da última semana foram determinantes para

atenuar os efeitos da estiagem nas lavouras de milho em desenvolvimento vegetativo,

floração e enchimento de grãos. A estiagem e as altas temperaturas do final do ano, nas

fases críticas de desenvolvimento, geraram perdas irreversíveis nas lavouras atingidas. Há

casos de perda total.

Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal realizado pela Emater/RS-Ascar, o preço médio

ficou em R$ 41,92/sc., com aumento de 2,39% em relação à semana anterior.

Na regional de Santa Rosa, o preço médio teve aumento, e foi cotado a R$ 41,88/sc.;

em Frederico Westphalen e Bagé, o cereal ficou cotado a R$ 42,00/sc.; na de Pelotas, os

preços variaram entre R$ 38,00 a R$ 45,00/sc.; em Ijuí, o preço chegou a R$ 41,50/sc.; em

Caxias do Sul, a R$ 42,00/sc.; em Erechim, a R$ 43,00/sc.; em Passo Fundo, a R$ 46,00; em

Soledade, o preço chegou a R$ 41,75; em Santa Maria, aumentou para R$ 41,22; e em Porto

Alegre, teve ligeira alta, sendo comercializado ao preço médio de R$ 43,00/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2112, de 30 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Milho silagem

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Soledade, as semeaduras de milho

silagem continuam sendo realizadas em áreas de restevas pós-colheita de milho e do tabaco;

as lavouras implantadas nas últimas semanas têm boa germinação, emergência e estande de

plantas; por outro lado, lavouras implantadas em dezembro apresentam falhas, devido à

irregularidade das chuvas na fase inicial de desenvolvimento.

Na de Pelotas e na de Porto Alegre, em parte das lavouras destinadas à silagem,

segue a situação do período anterior: a semeadura ainda não foi concluída nos locais em que

não há umidade do solo adequada. Por outro lado, a colheita deverá ser antecipada para

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Ano anterior Média geral Média mês

41,92 40,94 38,1834,55

36,83 36,31

R$

Milho - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

2,39

9,80

21,33

13,8215,45

0

5

10

15

20

25

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Milho (R$ 41,92/saca de 60 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 12, 30 jan. 2020

evitar ampliação das perdas em áreas inicialmente introduzidas para finalidade de grãos e

que não vêm atingindo o propósito por causa das condições desfavoráveis do tempo.

Na de Ijuí, o milho silagem de segundo cultivo está em final de implantação,

apresentando boa emergência e satisfatório desenvolvimento inicial. Até o momento, é

baixa a incidência da lagarta do cartucho.

Arroz

As precipitações ocorridas nas regiões produtoras ao longo da semana contribuíram

para a reposição dos mananciais hídricos, trazendo um alento aos produtores de arroz

atingidos pelos efeitos da estiagem em dezembro e durante boa parte de janeiro.

A cultura no RS mantém bom estado de desenvolvimento e se encontra nas

seguintes fases: 55% das lavouras em fase de germinação/desenvolvimento vegetativo, 28%

em floração, 14% em enchimento de grãos e 3% em maturação.

Fases da cultura do arroz no Rio Grande do Sul

Arroz 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 30/01 Em 23/01 Em 30/01 Em 30/01

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. vegetativo 55% 62% 41% 43%

Floração 28% 26% 35% 33%

Enchimento de grãos 14% 11% 20% 20%

Maduro e por colher 3% 1% 4% 4%

Colhido 0% 0% 0% 0%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, as lavouras encontram-se nas fases de

germinação/desenvolvimento vegetativo, floração e em enchimento de grãos, mantendo

adequado estado de desenvolvimento. Em Hulha Negra, mais uma semana com alta

disponibilidade de radiação solar influenciou positivamente no bom desempenho das

lavouras cujo potencial produtivo fora afetado pelas semeaduras tardias. Em Uruguaiana,

98% das lavouras encontram-se em estágio de florescimento e apresentam ótimo estado de

desenvolvimento. Igualmente, em Dom Pedrito, as lavouras estão com bom

desenvolvimento e bom estado fitossanitário.

Na regional de Pelotas, 48% da cultura encontra-se na fase de desenvolvimento

vegetativo e 52% em floração. Os produtores realizam manejo de água, adubação de

cobertura e monitoramento fitossanitário. A semana transcorreu com tempo quente e com

dias de plena radiação solar, condições que favorecem o ciclo produtivo.

Na de Santa Maria, a cultura se encontra 80% em desenvolvimento vegetativo, 17%

em floração e 3% na fase enchimento de grãos. A recorrência de chuvas em janeiro tem

contribuído para manter os mananciais para irrigação. Os produtores seguem realizando

tratos culturais nas lavouras e monitorando a incidência de pragas e doenças.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 13, 30 jan. 2020

Na de Porto Alegre, as lavouras apresentam bom desenvolvimento. A maioria se

encontra no estágio vegetativo e apresenta adequado estado fitossanitário. Até o momento,

a cultura conta com suficiente disponibilidade de água para as necessidades de irrigação das

plantas; os mananciais vêm sendo recuperados parcialmente com as chuvas ocorridas nas

duas últimas semanas.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, durante a semana foram observadas

boas condições para o desenvolvimento das lavouras de Garruchos e Santo Antônio das

Missões, maiores produtores da região. Os orizicultores vêm realizando tratamento

preventivo contra doenças fúngicas. Em geral, há baixa incidência de pragas, embora na

bordadura das lavouras seja recorrente a presença de percevejos do grão e do colmo. Tal

situação não impacta no rendimento das lavouras, a ponto de sequer recomendar-se

controle químico, já que é observada a presença de inimigos naturais. As lavouras precoces

devem estar aptas para colheita até o final da primeira quinzena de fevereiro.

Mercado (saca de 50 quilos)

No levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, a cotação no RS

alcançou preço médio de R$ 48,19/sc., aumento de 3,10% em relação à semana anterior. Na

regional de Bagé, o preço tem variado entre R$ 45,00 e R$ 49,00; na de Soledade, entre R$

46,00 e R$ 47,00; e na de Pelotas, entre R$ 44,00 e R$ 52,50. Na região de Porto Alegre, o

arroz foi comercializado entre R$ 45,00 e R$ 55,00; e em Santa Maria, entre R$ 45,00 e R$

49,00/sc. Na de Santa Rosa, a saca de 50 quilos é comercializada a R$ 46,00.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2112, de 30 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Feijão 1ª safra

Na região de Ijuí, 98% dos cultivos de primeira safra se aproximam do final da

colheita. Diante do atual cenário e apesar das perdas, os produtores estão satisfeitos com o

rendimento médio obtido de 25 sacos por hectare.

Na de Santa Rosa, praticamente toda a área das lavouras de feijão primeira safra está

colhida. A produtividade média obtida é de 1.200 quilos por hectare. Em Salvador das

Missões, a produtividade é de 1.650 quilos por hectare.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, 5% das lavouras estão na

fase de enchimento de grãos e 95% já foram colhidas. A cultura teve um bom

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Média mês

48,19 46,74 45,8041,85

49,4751,65

R$

Arroz - preço médio pago ao produtor - R$/saca 50 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

3,10

5,22

15,15

-2,59

-6,70-10

-5

0

5

10

15

20

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Arroz (R$ 48,19/saca de 50 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 14, 30 jan. 2020

desenvolvimento na região, com produtividade média de 1.800 quilos por hectare, e os

grãos colhidos têm apresentado boa qualidade.

As lavouras da regional de Pelotas encontram-se nas fases de enchimento de grãos,

maturação e colheita. Atualmente, 65% das áreas já foram colhidas. A cultura foi bastante

prejudicada pelo excesso de umidade nas fases iniciais do cultivo e, posteriormente, pela

estiagem nas fases de floração e de enchimento de grãos. Tais fatores determinaram perdas

nos rendimentos do feijão.

Na região de Soledade, 15% da cultura está na fase de enchimento de grãos, 10% em

maturação e 75% já foi colhida. As chuvas ocorridas nas últimas semanas têm favorecido as

lavouras que se encontram nas fases de florescimento e enchimento de grãos, assegurando

a manutenção do potencial produtivo. Por outro lado, a combinação de volumes

satisfatórios de precipitação e de temperaturas amenas propiciou a incidência de doenças,

principalmente a antracnose; por conta disso, muitos produtores têm realizado tratamentos

fúngicos nas lavouras.

Nas regiões de Santa Maria e Erechim, a cultura está finalizando o ciclo da primeira

safra. Em Santa Maria, 28% das lavouras estão na fase de maturação e 72% já foram

colhidas. Apesar das precipitações, os reflexos da estiagem acarretaram perdas irreversíveis

na região. Já em Erechim, 10% das lavouras encontram-se em fase de maturação e 90% já

foram colhidas. A produtividade alcançada é de 1.842 quilos de feijão por hectare.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, as lavouras se encontram nas fases

de enchimento de grãos, maturação e já colhidas. As que estão sendo colhidas seguem com

rendimento dentro da normalidade na microrregião do Litoral, com média de 1.200 quilos

por hectare. Já na microrregião Centro-Sul, as perdas foram maiores, em função de a cultura

ter sido atingida pela estiagem nas fases críticas da floração e enchimento de grãos,

chegando à produtividade de 500 quilos por hectare.

Feijão 2ª safra

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a semeadura vem avançando

a partir da liberação de áreas pós-colheita do milho. A área prevista na intenção de plantio é

de 3.868 hectares.

Na de Santa Rosa, os cultivos de segunda safra estão em andamento; as primeiras

lavouras apresentam boa germinação e desenvolvimento vegetativo. Entretanto, já há

ataque de pragas que exigem a realização precoce de pulverizações com inseticidas.

Na de Soledade, mais de 20% da área cultivada foi semeada; as chuvas regulares nas

últimas semanas, embora esparsas e com volumes variados, contribuíram para a

germinação, emergência e início do desenvolvimento vegetativo da cultura, que apresenta

ótimo estande de plantas.

Na de Santa Maria, os produtores seguem semeando após o retorno das chuvas. A

intenção de plantio é de 1.053 hectares.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, na microrregião Centro-Sul é

esperado aumento do cultivo do feijão safrinha, buscando amenizar as perdas com a

estiagem no feijão da primeira safra.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 15, 30 jan. 2020

Mercado (saca de 60 quilos)

O preço médio do feijão no Estado foi cotado em R$ 133,46/sc., com redução de

5,10% em relação à semana anterior, conforme o levantamento semanal de preços da

Emater/RS-Ascar. Na região de Frederico Westphalen, o preço chegou em R$ 120,00; na de

Soledade, se manteve em R$ 163,33; na de Ijuí, em R$ 133,75; na de Pelotas, o preço

permaneceu entre R$ 180,00 e R$ 210,00; na de Santa Maria, o valor oscilou entre R$

130,00 e R$ 150,00. Na região de Porto Alegre, a variação de preço se manteve entre R$

180,00 e R$ 450,00/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2112, de 30 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Hortigranjeiros

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

OLERÍCOLAS

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, as condições climáticas das últimas

semanas foram desfavoráveis para as espécies olerícolas cultivadas a campo, tendo em vista

principalmente as altas temperaturas registradas. Ocorreram também prejuízos nos cultivos

protegidos, tanto em função da queima das folhas pelo excesso de calor como por causa da

ocorrência de pragas e da dificuldade de controle em função das altas temperaturas, com

forte ataque de pulgões, ácaros, tripes e coleópteros crisomelídeos. Foi necessário aplicar

inseticidas. A maior parte dos cultivos de tomate está na fase de colheita, mas sofre ataque

de pragas e doenças, que exigem permanente controle. Está encerrada a colheita de pepino.

Folhosas como alface e rúcula estão em produção somente em hortas com irrigação e sob

telas de sombreamento. Produtores realizam plantio principalmente de alface. Segue a

colheita de alface, rúcula, couve folha, agrião, tomate e tempero verde. As vendas são muito

boas, principalmente pela dificuldade de produção doméstica. O preço recebido pela alface,

rúcula, couve folha e temperos fica na faixa se R$ 2,00/unid. Nos últimos dias, houve

30,00

50,00

70,00

90,00

110,00

130,00

150,00

170,00

190,00

210,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

133,46140,63 139,67

170,15

202,28 203,15

R$

Feijão - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

-5,10 -4,45

-21,56

-34,02 -34,30

-40

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Feijão (R$ 133,46/saca de 60 kg)

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aumento na demanda por encaminhamento de rastreabilidade em função das cobranças dos

mercados locais.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, as olerícolas apresentaram bom

desenvolvimento durante a semana. Temperaturas mais amenas contribuíram para a

fecundação das culturas de tomate e pepino. Em Ijuí, produtores encontram dificuldades

para controle eficiente em lavouras de alface que apresentam ataque de mosca-branca e

tripes. Esta alta incidência das pragas está impactando na produção e reduzindo a oferta de

folhosas no mercado local. A cultura da batata-doce está com atraso na formação das raízes

tuberosas, mas com sistema vegetativo bem desenvolvido. Já a mandioca está com bom

desenvolvimento das raízes e boa perspectiva de produtividade. Há aumento da incidência

de cercosporiose na beterraba. Os preços permaneceram estáveis.

Na regional de Santa Maria, com o retorno das chuvas e temperaturas mais amenas,

as condições climáticas foram favoráveis às olerícolas, normalizando a produção. No

município sede da regional, a produção de rúcula e repolho está atendendo o mercado local;

já a de brócolis está em declínio. Não ocorreu alteração nos preços praticados.

Na de Soledade, o aspecto geral das olerícolas melhorou com as condições climáticas

favoráveis, boa radiação solar, chuvas regulares e temperaturas mais amenas. Os cultivos

tardios a campo sem irrigação, principalmente de abóbora, moranga, batata-doce, mandioca

e milho verde, apresentam quadro de recuperação. Os plantios precoces e intermediários

apresentam perdas significativas. Seguem atividades de preparo do solo para plantios e,

embora tenha ocorrido o período de estiagem, não há restrição no abastecimento. O preço

pago ao produtor de milho verde é de R$ 0,40/espiga.

Na de Porto Alegre, olerícolas seguem em desenvolvimento, favorecido pelas

condições climáticas. Contudo, a produtividade das culturas será menor em virtude da

estiagem ocorrida. Os preços praticados para algumas hortaliças sofreram ajuste.

Preços praticados na região metropolitana Espécie Preço (R$/dz.)

Alface 8,00

Brócolis 25,00

Couve 8,00

Couve-flor 30,00

Espinafre 15,00

Radite 10,00

Repolho roxo 30,00

Rúcula 10,00

Tempero verde 7,00 Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Porto Alegre.

Na regional de Passo Fundo, as chuvas ocorridas favoreceram o bom

desenvolvimento das culturas e permitiram reduzir a utilização de equipamentos de

irrigação para os cultivos a céu aberto, reduzindo assim os custos de produção.

Na regional de Erechim, as folhosas estão com desenvolvimento prejudicado em

virtude do calor, com diminuição de tamanho, perda da qualidade e incidência de pragas

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 17, 30 jan. 2020

(tripes). Estão em plena colheita couve-flor, feijão vagem, repolho e tomate Gaúcho, além

de cenoura, pepino, rabanete, folhosas e brócolis. Encerrou a colheita de couve chinesa.

Batata

Na regional de Passo Fundo, produtores finalizaram a colheita. O produto desta safra

é de boa qualidade. O preço pago ao produtor pela batata rosa permanece a R$ 60,00/sc. de

50 quilos; já o da branca aumentou para R$ 45,00/sc.

Cebola

Na regional de Passo Fundo, o produto colhido é de excelente qualidade. O preço

pago ao produtor para cebola de primeira é de R$ 0,70; o das demais categorias é de R$

0,60/kg.

Na regional de Pelotas, foi finalizada a colheita dos 2.785 hectares desta safra. O

produto colhido é de boa qualidade, ótima casca e cor. A comercialização segue lenta,

principalmente pelo preço ofertado, que não cobre os custos. O preço não ultrapassa

valores de R$ 0,50 a R$ 0,60/kg pela cebola de classificação tipo 3.

Na regional de Porto Alegre, a produção se concentra no Litoral. As variedades

precoces apresentaram formação de bulbos, mas com baixa qualidade de casca e sem

condições de armazenamento devido a doenças. A falta de chuvas em dezembro afetou a

formação dos bulbos das variedades de ciclo médio e tardio, deixando-as com tamanho não

adequado e de menor valor comercial. Com o aumento da oferta na região e devido aos

problemas na qualidade dos bulbos, os valores praticados estão abaixo da previsão; o preço

pago ao produtor varia de R$ 0,40 a R$ 0,50/kg, conforme classificação.

Batata-doce

Com a chuva ocorrida no Vale do Caí, foi realizado o replante de ramas em áreas

onde houve comprometimento dos plantios. As demais áreas estão em fase de

desenvolvimento e colheita. O preço médio de comercialização ficou em R$ 1,20/kg.

Na regional de Porto Alegre, a cultura encontra-se na fase de plantio, retomado com

a melhoria da umidade; nas lavouras já implantadas, são realizados tratos culturais. O

plantio desta safra está atrasado em função da falta de umidade no solo, e as lavouras

implantadas sentiram o efeito da estiagem, reduzindo o crescimento vegetativo. Embora

seja uma cultura rústica e de grande potencial de recuperação, há perdas em cultivos jovens,

que deverão ser replantados. A colheita da safra 2018-2019 está praticamente encerrada.

Na lavoura, a comercialização está a R$ 15,00; na Ceasa, de R$ 28,00 a R$ 35,00/cx. de 20

quilos. Na região, os principais municípios produtores de batata-doce são Mariana Pimentel,

Barra do Ribeiro e Guaíba.

Abobrinha

Na regional de Lajeado, a cultura apresentou recuperação e se encontra em fase de

desenvolvimento e colheita. As condições do clima permitiram a renovação de áreas de

cultivo desta cultura de ciclo curto. O preço médio de comercialização foi de R$ 16,00/cx. de

20 quilos.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 18, 30 jan. 2020

Mandioca/aipim

Na regional de Santa Rosa, a cultura encontra-se em desenvolvimento vegetativo,

apresentando bom desenvolvimento e boa sanidade até o momento. Seguem atividades de

controle de invasoras. A comercialização da produção desta safra iniciou em Nova

Candelária, e os produtores estão recebendo R$ 40,00/cx. de 20 quilos de aipim novo. A

produtividade é de aproximadamente um quilo por planta.

Tomate

Na de Lajeado, no Vale do Caí, ocorreram chuvas com intensidade significativa de 25

mm, mantendo-se elevado calor, que requer uso complementar de água nas áreas de cultivo

a campo. A cultura está em fase de desenvolvimento e colheita, sem maiores dificuldades

fitossanitárias. Produtores encomendam mudas para a próxima sequência de cultivo. O

tomate-cereja foi comercializado a R$ 10,00/cx. com seis cumbucas de 250 gramas.

Pepino

A cultura em ambiente protegido na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, no

Vale do Caí, está em plena produção e colheita, sem problemas fitossanitários. Há

expectativa de ampliação da área de cultivo. Na semana que passou, aumentou o preço de

comercialização do pepino salada Japonês, e chegou a R$ 40,00/cx. de 20 quilos. O preço do

pepino conserva variou entre R$ 60,00 e R$ 70,00/cx. de 20 quilos, refletindo as perdas

ocorridas nos cultivos a campo.

Abóbora Japonesa

Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, há uma área expressiva de plantio de

abóbora Japonesa, com 1.400 hectares em Herval e 150 hectares em Arroio Grande, na qual

a semeadura foi concluída no início de janeiro e onde foram iniciadas as colheitas das

lavouras semeadas mais cedo. A cultura começa a sentir os efeitos da estiagem, mas sem

ainda quantificar prejuízos. Em Pelotas, os preços pagos ao produtor estão entre R$ 0,90 e

R$ 1,00/kg. Em Herval, as abóboras são comercializadas a R$ 0,55/kg na lavoura.

Vagem

Na regional de Lajeado, houve redução de produção e qualidade e de ciclo nas

lavouras que sofreram com a estiagem. Seguem os preparos para implantação de novas

áreas a campo, que tradicionalmente ocorrem em fevereiro; as deste atual ciclo são

implantadas em túneis baixos. O saco de 10 quilos é comercializado entre R$ 75,00 e R$

80,00.

Beterraba

Na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, a cultura está em fase final de

desenvolvimento, com poucas áreas em produção. Há registro de perdas significativas pelo

calor e pela falta de água durante o ciclo, pois em poucas áreas da cultura se usam sistemas

de irrigação complementar. O preço pago ao produtor pela dúzia de molhos é de R$ 25,00 a

R$ 30,00 para comercialização na Ceasa.

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FRUTÍCOLAS

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a área ocupada com

fruticultura é de 537 hectares. Citros estão em plena frutificação, fase crítica para controle

de pulgões; inicia o controle de pinta preta. Há relatos de baixa quantidade de frutos nas

plantas cítricas. Ainda há colheita de uva; as parreiras apresentaram brotação desuniforme,

com cachos pequenos e em menor quantidade, porém com boa sanidade. Nessa fase final

de colheita, é intenso o ataque de insetos que deixam cachos com aspecto feio e bagas

avariadas. A falta de chuvas não ocasionou prejuízos. Segue a colheita de morango; alguns

produtores têm dificuldade de controlar pragas nos cultivos hidropônicos e de manejar a

condutividade de água em dias mais quentes. Culturas de verão como o melão encontram-se

em plena colheita; a comercialização ocorre com bons preços, compensando a

produtividade menor das lavouras neste ano. A alta insolação e o elevado calor das últimas

semanas provocaram queima de folhas e frutos de melancia e melão, prejudicando um

pouco a produtividade. Colheita da melancia em andamento. O preço da uva de mesa é de

R$ 3,00/kg; o do morango varia de R$ 12,00 a R$ 16,00/kg e o da melancia entre R$ 10,00 e

R$ 20,00/unid., dependendo do tamanho dos frutos. O preço recebido pelos produtores de

melão está em torno de R$ 5,00/kg.

Na regional de Ijuí, a colheita de uvas se encaminha para o final, restando colher as

variedades mais nobres cultivadas em ambiente protegido. O alto brix da cultura confere

bom sabor e grande procura para a confecção de suco, vinho e para o consumo in natura.

Grandes volumes da fruta são adquiridos fora da região, principalmente da Serra e de

Sarandi, pois a região de Ijuí não produz a quantidade demandada. A cultura do melão e

melancia segue em plena colheita; a produção de melancia não atende à demanda local,

sendo adquirida em outros mercados produtores. Áreas cultivadas apresentam boa condição

fitossanitária. Os produtores realizam limpeza e desbaste das plantas do morangueiro das

variedades de dia neutro, com baixa produtividade no momento. Em Panambi, uma

cooperativa de citros contabiliza grandes perdas de laranja devido à estiagem. Os preços

pagos aos produtores de frutas permaneceram estáveis em relação à semana anterior.

Na regional de Santa Maria, a condição favorável de luz e a melhora na umidade do

solo favorecem o crescimento dos frutos. Na cultura da banana, seguem atividades de raleio

nas touceiras e adubação.

Na regional de Bagé, segue a colheita de pêssego; na maioria das variedades, as

frutas são colhidas por camadas, pois na mesma planta se encontram frutos em três fases

diferentes de frutificação. Figueiras estão em maturação e colheita; produtores realizam

tratos culturais. As culturas dos citros, olivas e noz estão em desenvolvimento dos frutos.

Iniciou a colheita de uva. Seguem os tratamentos fitossanitários para controle de pragas nas

videiras, que apresentam excelente carga e boa perspectiva de produção. Prossegue a

colheita de melancia e melão, e está em fase final a de morango.

Na regional de Erechim, a uva está em plena colheita, com frutos de boa qualidade.

Os preços para o produtor estão entre R$ 2,50 e R$ 4,00/kg. A cultura do morango está em

plena colheita. Seguem as atividades de poda e limpeza das plantas, os tratos culturais e a

construção de novas estufas. Na cultura do pêssego, 95% da área está colhida, com frutas

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com boa qualidade; os preços para produtor estão entre R$ 3,00 e R$ 4,00/kg. Os citros

encontram-se em fase de formação de frutos, com boa expectativa de produção. Nas

laranjas, há ataque intenso de larva minadora e pulgões. A área de laranjas na região é de

3.100 hectares e a de bergamota, 389 hectares.

Pêssego

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, segue a colheita de

pêssego destinado ao mercado in natura.

Na de Soledade, segue a colheita, entrando em fase final. O fruto tem boa qualidade,

porém menor tamanho. É alta a incidência de mosca-das-frutas.

Na de Passo Fundo, segue a colheita; os frutos apresentam redução do tamanho em

virtude do menor nível de umidade dos solos no período do desenvolvimento. A produção é

comercializada nos mercados locais a valores entre R$ 3,00 e R$ 5,00/kg.

Uva

Na regional de Passo Fundo, a produção apresenta um decréscimo em relação à

esperada inicialmente em virtude das condições de estiagem no período de maturação;

somadas às altas temperaturas, ocorreu murchamento das bagas. Poucos produtores

relatam problemas com ataque de vespas e abelhas; basicamente ocorre em uvas da

variedade Niágara, em colheita. Os parreirais em implantação encontram-se com boa

sanidade e desenvolvimento. As demais variedades de uva encontram-se na fase de

maturação dos frutos. Os produtores realizam o monitoramento de pragas e doenças, os

tratamentos de controle de invasoras e os preventivos das doenças fúngicas, típicas de pré-

colheita. O preço recebido permanece de R$ 2,00 a R$ 2,50/kg nos mercados locais.

Na regional de Soledade, as videiras em geral estão em fase de maturação, mas em

fase de colheita as variedades viníferas como Cabernet, Merlot e Chardonay. A qualidade da

uva é excelente; houve redução da produção, baga menor, mas o grau Babo (concentração

de açúcar) é elevado, e consequentemente, os vinhos serão de ótima qualidade. Uvas

americanas de mesa e indústria como Bordô, Concord e niágaras se encontram em

maturação no Vale do Rio Pardo e em início de maturação no Alto da Serra do Botucaraí.

Também se destacam pela qualidade de cor e sabor.

Citros

Na regional de Lajeado, as frutas cítricas no Vale do Caí, principal produtor de

bergamotas e limões do Estado, encontra-se em entressafra. As chuvas ocorridas em janeiro

aliviaram a situação de estiagem. O déficit hídrico de dezembro poderá afetar o tamanho

final das frutas, que só será confirmado quando estiverem na época da maturação, e que

ocorrerá diferente conforme a cultivar, se de maturação precoce, média ou tardia.

Entretanto, a cultivar precoce de bergamota, a Caí, e a de ciclo médio Pareci, estão com

diâmetro menor do que seria esperado para este período. Com as chuvas ocorridas, foram

retomados os manejos fitossanitários, a adubação e o controle de plantas espontâneas com

roçadas e controle químico, operações que haviam sido suspensas em função da estiagem. A

principal atividade a partir de fevereiro é o raleio das bergamoteiras. O raleio é a operação

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 21, 30 jan. 2020

de retirada de parte das frutas nas plantas para que as remanescentes cheguem a um

tamanho maior. As variedades cítricas, de maneira geral, produzem muitas flores e,

dependendo da cultivar, somente uma pequena porcentagem tem pegamento, podendo ser

inferior a 0,2%. Entretanto, esse baixo vingamento raramente é limitante à produção, tendo

em vista o elevado número de flores produzido pela maioria das cultivares, que pode ser de

100 mil a 200 mil por planta adulta. Mesmo com toda essa queda natural, a produção de

frutos ainda é muito intensa, como é o caso das variedades de tangerinas cultivadas

comercialmente no País. Este excesso de frutas, se não retirado, tem duas consequências: a

formação de frutas de tamanho reduzido, com menor valor comercial e a alternância de

produção – uma grande produção em um ano e pequena produção na safra seguinte. Para

evitar estes problemas, os citricultores realizam o raleio, que é a retirada das frutas

pequenas, com média de três centímetros. Esta retirada pode ser de até 80%. Na safra atual,

o raleio deverá ser menor que na safra de 2019 em razão de que o pegamento das frutas foi

menor. O raleio é realizado principalmente nas cultivares do grupo das mediterrâneas,

também conhecido como bergamotas do grupo das comuns, que são a Caí, a Pareci e a

Montenegrina, nesta mesma ordem de maturação e também de raleio. Estima-se que tenha

sido realizado raleio em 25% das plantas da cultivar Caí, sendo que as cultivares Pareci e

Montenegrina serão raleadas na sequência, durante fevereiro e março. A única fruta em

colheita no Vale do Caí é o Tahiti, o limãozinho verde. A planta do Tahiti tem floração

durante todo o ano e, portanto, produção durante todo o ano, com diferente intensidade,

conforme o fluxo de floração. O volume de produção atual, entretanto, é pequeno.

Ameixa

Na de Caxias do Sul, a cultura foi a espécie frutífera mais afetada pelas intempéries,

principalmente pelo excesso de chuvas e pela pouca insolação no período de florescimento e

pegamento das frutas. A cultura é altamente dependente de polinização cruzada – flor de

uma cultivar e pólen de outra, e efetivada por abelhas; mas em dias de chuva ou neblina,

esses insetos permanecem em suas colmeias. Inicia atrasada a colheita da principal

variedade de ameixa cultivada na região, a Letícia, sendo também a mais afetada na quebra

da produção; muitos pomares estão sem produção. O preço médio para fruta de primeira é

de R$ 4,00/kg.

Maçã

Na mesma regional, a cultura se encontra na fase de desenvolvimento e maturação

de frutos. A colheita iniciará na próxima semana para a principal cultivar produzida na Serra

gaúcha, a Gala, visto que as maçãs estão atingindo a plena maturação. Esta cultivar

apresenta uma alta carga de frutos; isso ocorre porque, no momento do raleio, havia um

temor de que houvesse poucas flores e, assim, se realizou um raleio mais moderado,

resultando numa carga um pouco acima do esperado. Esse fato aliado à deficiência hídrica

causada pela estiagem teve como consequência o tamanho médio dos frutos em geral.

A cultivar Fuji, mais tardia, está na fase de desenvolvimento de frutos e tem uma

carga inferior, com frutos de tamanho médio. Houve recuperação da cultura com o retorno

das chuvas e, como esta cultivar ainda tem em torno de 50 dias para se desenvolver, é

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 22, 30 jan. 2020

provável que terá frutos de calibre dentro da média na ocasião da colheita. Diariamente, os

produtores de maçã monitoram os pomares quanto à ocorrência de pragas, principalmente

a mosca-das-frutas e lagartas, e quanto à incidência da fitopatia mancha da Gala. A sanidade

dos frutos é boa, com tratamentos foliares preventivos, e os níveis populacionais dos

insetos-praga estão baixos, não havendo necessidade de controle químico. Também está em

execução a poda verde.

Oliva

Na regional de Pelotas, está implantada uma área de 1.275,25 hectares com olivais,

todos pomares novos e recém-implantados, sendo a maior região produtora do Estado. São

17 propriedades rurais com esta atividade. Destaque para Canguçu, com cinco propriedades,

totalizando 619 hectares. A maior área individual de cultivo está em Pinheiro Machado.

Pomares em plena fase de frutificação. O estado sanitário é de bom a ótimo, decorrente do

clima seco. Nos pomares não irrigados, deverá ocorrer redução da produtividade devido aos

efeitos da estiagem.

Morango

Na regional de Pelotas, segue a colheita das variedades de dia neutro, com produção

reduzida. Os frutos seguem menores devido ao calor e à radiação solar intensa, mas com

intenso sabor e doçura. Produtores intensificam trabalho de limpeza das plantas com

eliminação de folhagens velhas, estolões e raleio das coroas. Além disso, preparam as áreas

para plantio. Também entram mudas da Argentina, Chile e principalmente da Espanha. O

preço permaneceu estável em R$ 8,00/kg para venda direta ao consumidor.

Melancia

Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a cultura está implantada em 860

hectares, principalmente em Arroio Grande, Capão do Leão, Herval, Jaguarão, Pedro Osório,

Pelotas e Rio Grande. Segue a colheita; lavouras apresentam bom desenvolvimento.

Na regional de Porto Alegre, segue a colheita, se encaminhando para o final,

antecipada pela estiagem. Em São Jerônimo, há plantios tardios em áreas mais elevadas. O

preço recebido pelos produtores varia de R$ 0,35/kg a R$ 0,60/kg.

Abacaxi

Na regional de Porto Alegre, Terra de Areia e municípios vizinhos concentram a

quase totalidade da produção de abacaxi comercial no Rio Grande do Sul. A cultura em Terra

de Areia, maior área cultivada, vem se mantendo estável nos últimos anos em cerca de 340

hectares, e envolve diretamente 130 famílias. O clima tem se mantido de forma razoável

para a cultura, que é bastante resistente à deficiência hídrica. Os frutos são comercializados

de R$ 40,00 a R$ 45,00/cx. com 12 a 40 frutos, variando conforme o tamanho. Estima-se que

estejam colhidos 68% da safra.

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COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da

Ceasa/RS, 14 produtos ficaram estáveis em preços, 14 tiveram alta e em sete ocorreu baixa.

Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos

que tiveram variação de preços em 25% para cima ou para baixo. Dois produtos destacaram-

se em alta e um em baixa.

Produtos em alta

Milho verde – de R$ 2,00 para R$ 2,50/band. (+25,00%)

Como já foi bastante informado, o milho verde está atualmente com problemas na

oferta em função da seca que ocorreu em nosso Estado. Nesta terça-feira, o abastecimento

se deu com uma oferta de 10.625 bandejas com três espigas. Naturalmente este volume é

bem reduzido se comparado com a média dos últimos três anos para janeiro, que foi de

28.420 bandejas. Em consequência, o preço de atacado novamente elevou-se. Observa-se

que o preço atual, R$ 2,50/band., é extremamente elevado se comparado com a média

ocorrida no último triênio para janeiro, que foi de R$ 1,24/band.

Tomate-caqui longa vida – de R$ 1,50 para R$ 2,22/kg (+48,00%)

Ocorre acomodação das cotações de atacado na Ceasa/RS em virtude de uma oferta

menor em relação à terça-feira anterior. Entraram para a formação dos preços de atacado

290.370 quilos de tomate-caqui longa vida, enquanto a média por dia forte relativa aos

últimos três anos para janeiro foi de 402.230 quilos. Nesta terça-feira, o preço praticado

para o tomate de boa qualidade foi R$ 2,22/kg, valor levemente superior à média por dia

forte do triênio, que foi de R$ 2,09/kg. Segundo o Cepea, as cotações praticadas na semana

anterior na região Sudeste do Brasil foram menores devido à qualidade reduzida dos frutos,

que apresentaram muitas doenças. O excesso de chuvas naquela região motivou a queda na

qualidade. Os preços aumentaram com a elevação da oferta de Caçador (SC) e Itapeva (SP),

com tomates de boa qualidade, embora em volume menor que o da semana anterior.

Produto em baixa

Laranja suco – de R$ 1,66 para R$ 1,11/kg (-33,13%)

A retração na procura da laranja suco se dá em função de estarmos no período do

mês durante o qual há queda em cotações de atacado. Além deste fator, a presença

abundante de melancia ganha espaço momentâneo sobre esta fruta cítrica. A melancia foi

vendida neste dia a R$ 0,80/kg.

Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta Unidade 20/01/2020

(R$) 28/01/2020

(R$) Aumento

(%)

Abacaxi Caiena unid. 4,00 4,50 +12,50

Alface pé 0,67 0,83 +23,88

Cebola nacional kg 1,00 1,10 +10,00

Cenoura kg 1,75 1,95 +11,43

Couve-flor cab. 2,50 2,92 +16,80

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 24, 30 jan. 2020

Limão Taiti kg 1,94 1,95 +0,52

Maçã Red Delicious kg 4,72 5,00 +5,93

Mamão Formosa kg 2,50 3,00 +20,00

Manga kg 2,66 2,78 +4,51

Melancia kg 0,70 0,80 +14,29

Milho verde bdj. 2,00 2,50 +25,00

Ovo branco dz. 3,17 3,33 +5,05

Repolho verde kg 1,11 1,20 +8,11

Tomate-caqui longa vida kg 1,50 2,22 +48,00

Produtos em baixa Unidade 20/01/2020

(R$) 28/01/2020

(R$) Redução

(%)

Banana Caturra kg 1,75 1,50 -14,29

Batata kg 1,80 1,60 -11,11

Chuchu kg 2,25 2,11 -6,22

Couve molho 0,83 0,67 -19,28

Laranja suco kg 1,66 1,11 -33,13

Pepino salada kg 1,75 1,67 -4,57

Pimentão verde kg 2,50 2,00 -20,00 Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.

Outras Culturas

Cana-de-açúcar

Na região administrativa de Santa Rosa, as lavouras estão com boa evolução até o

momento, sendo que a maioria está em desenvolvimento vegetativo. Com as chuvas das

últimas semanas, as lavouras voltaram a desenvolver bem. Produtores fazem o corte da cana

para agroindústrias de melado, açúcar mascavo, cachaça e etanol em Porto Xavier e Roque

Gonzales, e para alimentação animal no inverno. O preço médio da tonelada aumentou e

está em R$ 83,00.

Na regional de Porto Alegre, a cana-de-açúcar é utilizada para alimentação animal e

principalmente para o processamento em cachaça, melado e açúcar mascavo, realizado em

pequenas agroindústrias do próprio produtor ou de produtores próximos à lavoura. A

produção desta matéria-prima concentra-se na microrregião do Litoral e no vale do Rio dos

Sinos e do Paranhana. As lavouras apresentam bom desenvolvimento vegetativo, retomando

seu crescimento após as últimas chuvas. Em Santo Antônio da Patrulha, a cultura é

tradicional. O melado está sendo comercializado a R$ 2,90/kg, e o açúcar mascavo a R$

5,00/kg na propriedade; os principais consumidores são as indústrias de doces da região.

Nas feiras, o açúcar mascavo é comercializado a R$ 6,00/kg. O preço pago aos produtores é

de cerca de R$ 150,00 a R$ 200,00/t de cana, na lavoura.

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Criações

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

PASTAGENS

Favorecidos pelo clima, tanto os campos nativos quanto as pastagens cultivadas

continuam apresentando boa recuperação e oferecendo melhores condições alimentares e

nutricionais aos animais.

Muitos produtores aproveitaram a maior umidade do solo para realizar adubação de

cobertura em áreas de pastagem cultivada. Algumas áreas onde houve menor incidência de

chuvas ainda apresentam crescimento reduzido, especialmente das pastagens nativas.

BOVINOCULTURA DE CORTE

Os rebanhos bovinos de corte apresentam bom escore corporal, de uma forma geral

em todo o Estado.

Em algumas áreas onde a recuperação das pastagens é mais lenta, o gado apresenta

ganho de peso reduzido, com escore corporal mais baixo.

As condições sanitárias são satisfatórias. Mas, com o aumento da umidade no solo

combinado com altas temperaturas, é necessário intensificar o controle de verminoses,

carrapatos e demais ectoparasitoses, como as miíases e infestações por mosca-do-chifre.

Segue a temporada de monta e inseminação artificial das matrizes.

Comercialização

Os preços do boi e da vaca para abate no RS continuam sua trajetória de queda.

Nesta semana, o preço do boi baixou mais 1,16%, passando de R$ 6,92 para R$ 6,84/kg vivo,

e o da vaca caiu 1%, indo de R$ 6,00 para R$ 5,94/kg vivo.

Ainda assim, esses valores são significativamente maiores que os registrados há um

ano. O valor atual do quilo vivo do boi para abate teve um acréscimo de 27,14% e o da vaca

está 28,29% maior que em 31 de janeiro de 2019.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2112, de 30 de janeiro de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

6,84 6,92 7,13

5,38

6,13 6,39

Boi - preço médio pago ao produtor - R$/kg vivo

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

R$

-1,16

-4,07

27,14

11,58

7,04

-10,00

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

Comparativo percentual do preço médio semanal do Boi (R$ 6,84/kg vivo)

%

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 26, 30 jan. 2020

Preços médios das categorias de bovinos de corte em regiões e municípios do RS Categoria

(R$ por kg/cab.)

Região de

Bagé

Região de

Porto Alegre

Região de

Caxias do Sul

Bossoroca

Boi gordo (kg) 7,00 6,70 7,00 6,90

Vaca gorda (kg) 5,50 6,00 6,00 6,15

Vaca de invernar (kg) 5,10 - 5,80 5,50

Vaca solteira (cab.) - 1.525,00 - -

Vaca c/cria ao pé (cab.) - 2.000,00 - 2.900,00

Novilha (cab.| kg) - 1.250,00 5,80 6,50

Terneiro (kg) 7,00 7,25 7,50 6,90

Novilho (kg | cab. | kg) 6,50 1.475,00 6,45 6,15

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os rebanhos leiteiros gaúchos apresentam boa condição corporal e boa sanidade.

Com a continuidade de um clima mais favorável para o desenvolvimento das

pastagens, a produção de leite, que havia apresentado queda brusca com a estiagem, está

sendo retomada aos poucos. Para tanto, além de dispor de um maior volume de massa

verde nas pastagens, os criadores têm utilizado suplementação alimentar com silagem, feno

e concentrados proteicos.

O menor rendimento na produção de silagem ocorrido até o momento, na maior

parte das regiões, causa preocupação em relação ao vazio forrageiro de outono. Isso porque,

se naquele período não houver silagem suficiente, poderá ocorrer maior queda na produção

ou uma elevação excessiva dos custos, em função da necessidade de usar maior quantidade

de suplementos alimentares mais dispendiosos.

OVINOCULTURA

Nas diversas regiões do Estado, os rebanhos ovinos apresentam bom estado e

mantêm o ganho de peso.

A manutenção de boas condições sanitárias requer cuidados, como o controle

estratégico de verminoses e o combate a parasitos externos.

As parasitoses externas mais comuns nesta época são as miíases, causadas por larvas

de moscas, e as infestações por sarna e piolho.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, foi observada uma grande

incidência de piolhos nos ovinos de alguns municípios.

Em muitas propriedades, o encarneiramento começou no início de janeiro e deverá

ter continuidade até o final de fevereiro.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 27, 30 jan. 2020

Comercialização

Após várias quedas consecutivas, o preço médio do cordeiro para abate no RS reagiu

nesta semana, subindo de R$ 7,48 para R$ 7,53/kg vivo, numa elevação de 0,67%. Cabe

destacar que esse valor é 11,72% maior que o registrado há um ano.

Na região de Pelotas, os preços do quilo dos principais tipos de lã durante a semana

foram os seguintes: Merina – de R$ 16,00 a R$ 21,00; Ideal (Prima A) – de R$ 12,00 a R$

16,00; Corriedale (Cruza 1) – de R$ 7,00 a R$ 9,00 e Corriedale (Cruza 2) – de R$ 3,50 a R$

7,50. Os preços de comercialização de ovinos foram os seguintes: ovelha – de R$ 5,50 a R$

8,00/kg vivo, capão – de R$ 5,50 a R$ 8,00/kg vivo, cordeiro – de R$ 7,00 a R$ 9,00/kg vivo.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, em São Gabriel, os preços do quilo dos

principais tipos de lã foram os seguintes: Merina – de R$ 19,00 a R$ 20,00; Ideal – de R$

17,00 a R$ 19,00; Corriedale – de R$ 8,50 a R$ 9,50; Romney Marsh – R$ 4,50; raças de carne

– R$ 3,50. Os preços de comercialização de ovinos na região tiveram as seguintes médias:

ovelha de cria – R$ 300,00/cab., ovelha de consumo – R$ 250,00/cab., capão – R$ 6,50/kg,

cordeiro – R$ 7,50/kg.

APICULTURA

Em todo o Estado, os enxames laboram intensamente, especialmente nas áreas com

melhores floradas.

A aplicação de agrotóxicos nas lavouras de soja é motivo de preocupação por parte

dos apicultores, pois têm ocorrido casos de mortalidade de abelhas em algumas áreas

próximas a lavouras da leguminosa.

A safra de primavera continua com expectativa de melhor produtividade, tendo em

vista que a primeira colheita não foi boa em vários apiários; os piores resultados ocorreram

nas regiões de Bagé, Pelotas, Soledade e Porto Alegre.

Comercialização

Preços praticados na comercialização do mel Região A granel (R$/kg) Embalado (R$/kg)

Bagé 5,00 23,00

Caxias do Sul 6,00 25,00

Erechim 8,00 20,00

Ijuí - 21,50

Passo Fundo - 20,00 a 30,00

Pelotas 4,00 a 15,00 15,00 a 20,00

Porto Alegre - 15,00 a 25,00

Santa Maria 5,00 15,00 a 25,00

Santa Rosa 4,00 a 8,00 14,00 a 20,00

Soledade 6,00 15,00 a 20,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 28, 30 jan. 2020

PISCICULTURA

Os açudes mantêm um bom volume de água.

O manejo é realizado objetivando principalmente a renovação da água e a

suplementação alimentar para garantir o desenvolvimento dos peixes.

Comercialização

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, durante a semana, os

preços do quilo vivo de peixe inteiro criado em cativeiro foram os seguintes: Carpa – de R$

6,00 a R$ 8,00; Tilápia – de R$ 5,50 a R$ 6,50. O filé de Tilápia vendido pelas agroindústrias

familiares ficou entre R$ 25,00 e R$ 34,00/kg.

Na região de Erechim, o quilo vivo de peixe inteiro foi vendido pelos piscicultores

com os seguintes valores: Carpa – de R$ 10,00 a R$ 13,00; Jundiá – R$ 18,00; Pacu – R$

15,00; Traíra – R$ 13,00. O filé de Tilápia ficou entre R$ 22,00 e R$ 28,00/kg.

Na de Ijuí, os preços do quilo vivo de peixe vendido na propriedade foram os

seguintes: Carpa – de R$ 10,50 a R$ 13,50; Tilápia – de R$ 5,00 a R$ 5,50. O filé de Tilápia

ficou em R$ 30,00/kg.

PESCA ARTESANAL

O período de defeso das bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul, iniciado em 1º de

novembro de 2019, vai encerrar em 31 de janeiro.

Em 1º de fevereiro, começa a safra do Camarão. Na Lagoa do Peixe, a captura de

Camarão está impedida em alguns pontos, mas continua ocorrendo para pescadores

cadastrados no restante de sua extensão, com boa produtividade.

Comercialização

O preço do Camarão capturado na Lagoa do Peixe está entre R$ 8,00 e R$ 15,00/kg

com casca e entre R$ 45,00 e R$ 60,00/kg descascado.

Na região de Pelotas, no Balneário Hermenegildo, em Santa Vitória do Palmar, as

espécies comercializadas pelos pescadores em forma de filé foram Peixe-rei, Papa-terra,

Tainha e Pescadinha. O preço variou entre R$ 25,00 e R$ 30,00/kg.

Na de Porto Alegre, as espécies de pescado artesanal marinho mais capturadas e

vendidas na semana foram o Papa-terra e a Pescada, a preços em torno de R$ 10,00/kg.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 29, 30 jan. 2020

A regionalização administrativa da Emater/RS-Ascar se organiza em 12 escritórios

regionais, sendo que cada região contempla áreas geográficas dos Conselhos Regionais de

Desenvolvimento – Coredes, conforme mapa abaixo.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 30, 30 jan. 2020

Preços Semanais

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

(Cotações Agropecuárias nº 2112, 30 jan. 2020)

Produtos Unidade

Semana

Atual

Semana

Anterior

Mês

Anterior

Ano

Anterior

Médias dos Valores

da Série Histórica –

2014/2018

30/01/2020 23/01/2020 02/01/2020 31/01/2019 GERAL JANEIRO

Arroz 50 kg 48,19 46,74 45,80 41,85 49,47 51,65

Boi kg vivo 6,84 6,92 7,13 5,38 6,13 6,39

Cordeiro kg vivo 7,53 7,48 7,68 6,74 6,91 6,89

Feijão 60 kg 133,46 140,63 139,67 170,15 202,28 203,15

Milho 60 kg 41,92 40,94 38,18 34,55 36,83 36,31

Soja 60 kg 77,48 78,19 78,72 73,12 82,20 82,66

Sorgo 60 kg 33,55 30,17 29,03 27,75 30,28 30,56

Suíno kg vivo 4,10 4,05 4,08 3,25 4,30 4,49

Trigo 60 kg 41,88 40,84 40,09 43,41 41,20 39,15

Vaca kg vivo 5,94 6,00 6,20 4,63 5,38 5,64

27-

31/01/2020

20-

24/01/2020

31/12/2019-

03/01/2020

28/01-

01/02/19

Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2112 (30 jan. 2020).

Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano

Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do

quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da

série histórica 2014-2018.

Notas Agrícolas

Mapa faz esclarecimentos sobre coronavírus

Nota Oficial

Diante da emergência do vírus 2019 novel – Coronavírus (2019n-Cov), identificado na

China em dezembro de 2019 e já detectado em vários países, o Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa que está acompanhando a situação em contato

com o Ministério da Saúde, que emitiu orientação técnica para vigilância e atenção à saúde

no Brasil em conformidade com diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS).

De maneira geral, o coronavírus também pode causar infecções em animais.

Entretanto as investigações ainda estão em andamento para identificar e estabelecer as

espécies com potencial de ser um reservatório dessa doença. Até o momento, com base nas

informações disponíveis, não temos relatos do vírus em qualquer espécie animal.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1591, p. 31, 30 jan. 2020

Ressaltamos ainda que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) não fez nenhuma

restrição de comercialização de produtos e de animais.

O Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária esclarece

que a recomendação geral é que animais doentes nunca devem ser abatidos para consumo.

Já animais mortos devem ser enterrados ou eliminados com segurança. O contato com

carcaças e fluidos deve ser realizado apenas com uso adequado de roupas protetoras.

Ao visitar mercados ou feiras de venda de animais vivos, carnes, peixes ou produtos

de origem animal frescos, recomendam-se medidas gerais de higiene e prevenção, como

lavagem das mãos. Após tocar animais e produtos de origem animal, deve-se também evitar

contato das mãos com olhos, nariz ou boca. Recomenda-se ainda evitar contato com animais

doentes ou produtos animais deteriorados.

O Mapa orienta também que o consumo de produtos animais não inspecionados,

crus ou malcozidos, deve ser evitado.

Qualquer suspeita de doença exótica ou emergente, bem como mudança no perfil

epidemiológico de doenças animais, devem ser relatadas imediatamente ao Serviço

Veterinário Oficial, estruturado no Mapa e nos estados, que são também responsáveis pela

defesa sanitária animal.

Fonte: Mapa (publicado em 27/01/2020).