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1 Junho de 2011 Sumário BOLETIM DIÁRIO DO TEMPO......................................................................................................... 2 Boletim do Tempo para 10 de junho (CHUVA) ......................................................................... 2 Boletim Técnico CPTEC.............................................................................................................. 8 Nível 250 hPA ........................................................................................................................ 8 Nível 500 hPA ........................................................................................................................ 8 Nível 850 hPA ........................................................................................................................ 9 Superfície............................................................................................................................... 9 Boletim Técnico do SIPAM ...................................................................................................... 10 Condições Climáticas Globais .............................................................................................. 10 Análise Sinótica ................................................................................................................... 11 Mesoescala 06-12 UTC dia 11/06/11 .................................................................................. 11 Mesoescala 18 UTC dia 11/06/11 e 00 UTC dia 12/06/11 .................................................. 11 Perfil Termodinâmico de Belém .......................................................................................... 13 RADAR meteorológico banda S de Belém ........................................................................... 14 10

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1

Junho de 2011

Sumário

BOLETIM DIÁRIO DO TEMPO......................................................................................................... 2

Boletim do Tempo para 10 de junho (CHUVA) ......................................................................... 2

Boletim Técnico CPTEC .............................................................................................................. 8

Nível 250 hPA ........................................................................................................................ 8

Nível 500 hPA ........................................................................................................................ 8

Nível 850 hPA ........................................................................................................................ 9

Superfície ............................................................................................................................... 9

Boletim Técnico do SIPAM ...................................................................................................... 10

Condições Climáticas Globais .............................................................................................. 10

Análise Sinótica ................................................................................................................... 11

Mesoescala 06-12 UTC dia 11/06/11 .................................................................................. 11

Mesoescala 18 UTC dia 11/06/11 e 00 UTC dia 12/06/11 .................................................. 11

Perfil Termodinâmico de Belém .......................................................................................... 13

RADAR meteorológico banda S de Belém ........................................................................... 14

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BOLETIM DIÁRIO DO TEMPO

Boletim do Tempo para 10 de junho (CHUVA)

As imagens de satélite do dia 10 de junho (Figura 01) mostraram nebulosidade na costa do

Pará desde as primeiras horas do dia. Apenas a região mais ao sul do Estado apresentou céu

praticamente limpo, com apenas algumas nuvens rasas em baixos níveis e nuvens

estratiformes. As 18:00 GMT, já se observava a presença de convecção mais profunda ao longo

da costa associada com a circulação brisa.

Na imagem das 21:00 GMT (Figura 02), observou-se o desenvolvimento de convecção local por

toda a parte norte do Pará. Um ciclone extratropical esteve sobre a região sudeste do Brasil e

influenciou toda a parte sul da região amazônica. Também se observa a presença de ondas de

leste chegando ao litoral leste do nordeste brasileiro.

Através da Figura 03, que mostra os sistemas convectivos as 21:00 GMT, é possível verificar

que as células convectivas já estavam em sua fase madura, porém com sua maioria em estágio

de dissipação.

O acumulado de precipitação entre as 12:00 GMT de 10 e as 12:00 GMT de 11 de junho (Figura

04) mostra claramente a precipitação associada com a convecção que se desenvolveu pelo

litoral paraense. Sobre Bélem, o acumulado ultrapassou os 80 mm/dia.

Quando se observa a intensidade de precipitação medida pelos disdrômetros parsivel e joss

(Figura 05), instalados no sítio Outeiro, entre os horários das 20:45 e 20:58 GMT, tem-se um

pico as 20:53 GMT de 56,7 mm/h registrado pelos disdrômetros. Pelo Pluviômetro1, o pico

ocorreu as 20:54 GMT, com valor de aproximadamente 61 mm/h, e pelo pluviômetro2, o pico

ocorreu as 20:51 GMT, com o mesmo valor.

O CAPPI do radar meteorológico (Figura 06) Banda X instalado em Belém mostra a

refletividade da linha de instabilidade a 2 km, no momento em que passou sobre a região as

20:53 GMT. A refletividade do sistema atingiu 45 dBZ, o que equivale a mais de 25 mm/h de

intensidade de chuva.

O RHI (Figura 07) no azimute de Outeiro revela a estrutura vertical do sistema. A refletividade

da célula mostrada ultrapassou 50 dBZ as 20:50 GMT e atingiu uma altura de 12 km.

Por fim, os dados coletados na torre meteorológica instalada no sítio Outeiro revelam as

variações de temperatura, umidade, velocidade e direção do vento antes e após a passagem

da linha de instabilidade (Figura 08). A temperatura variou em torno de 4,5°C. Observou-se um

forte aumento na umidade relativa. Nestes instantes, a variação foi de quase 40%. Quanto a

velocidade do vento, observaram-se vários pico,com o maior ocorrendo as 20:51 GMT com

intensidade de 6 ms-1. Na direção, o vento variou de norte a sudeste.

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(a)

(b)

(c)

(d)

Figura 1. Imagens do Satélite GOES-12 às (a) 00:00 GMT, (b) 06:0 GMT, (c) 12:00 GMT e (d)

18:15 GMT do dia 10 de junho de 2011 recortadas para o Estado do Pará.

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Figura 2. Imagem do Satélite GOES-12/METEOSAT às 21:00 GMT do dia 10 de junho de 2011.

Figura 3. Sistemas convectivos observados na imagem das 21:00 GMT do satélite GOES

determinado pelo sistema FORTRACC (CPTEC/DSA) no dia 10 de junho de 2011 e sua fase no

ciclo de vida (amarelo-crescimento, vermelho-maturação, verde-dissipação). Fonte: DSA/INPE.

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Figura 4. . Precipitação diária (mm) estimada por satélite sobre o Estado do Pará entre as 12h

do dia 10 de junho de 2011 e as 12h do dia 11 de junho de 2011. Fonte: DSA/INPE.

Figura 5. Taxa de precipitação estimada pelos disdrômetro parsivel, disdrômetro joss e por

dois pluviômetros instalados no sítio Outeiro para evento observado no dia 10 de junho de

2011.

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Figura 6. Radar meteorológico

Figura 7. RHI (Range Height Indicator

de 2011 às 20:50 GMT.

Radar meteorológico Banda X das 20:53 GMT do dia 10 de junho de 2011.

Range Height Indicator) do sistema observado sobre Belém no dia

6

de 2011.

no dia 10 de junho

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(a) (b)

Figura 8. (a) Temperatura (°C) e umidade relativa (%) e (b) direção (°) e velocidade (m/s) do

vento entre as 20:00 e as 21:30 do dia 10 de junho de 2011 no sítio Outeiro.

Por Clênia R. Alcântara

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Boletim Técnico CPTEC

Nível 250 hPA

Na análise da carta sinótica de altitude (250 hPa) da 00Z desta sexta-feira (10/06), percebe-se o amplo cavado sobre o continente Sulamericano. O Eixo deste sistema estende-se entre o sul do Peru, sul e sudeste da Bolívia, Paraguai, Províncias de Formosa, Corrientes e Missiones na Argentina, RS prosseguindo até um Vórtice Ciclônico posicionado sobre o Atlântico em torno de 39S/52W. Este cavado, que provoca cirragem sobre áreas do Centro-Oeste, Sudeste e do Sul no dia de hoje (ver imagem de satélite) é contornado, a sotavento, pelo Jato Subtropical (JST) e pelo ramo Norte do Jato Polar (JPN). Na borda equatorial do JST, nota-se forte difluência entre o sul de MT, norte e nordeste de MS, centro-sul de GO, SP, centro-sul de MG e Triângulo Mineiro e RJ. Este comportamento dinâmico provoca divergência que reforça a convecção nos níveis mais baixos da troposfera sobre as áreas de atuação, o que pode favorecer a formação de nuvens de grande desenvolvimento vertical e de tempo severo em algumas localidades, principalmente entre MG, GO e MT. A barlavento deste cavado, citado anteriormente, nota-se também a presença dos Máximos de vento, inclusive com a presença do ramo Sul do Jato Polar (JPS) que tem um direcionamento bastante meridional entre o norte da Patagônia e o norte da Argentina o que indica a incursão de um ar mais refrigerado pelo interior do continente (pelo menos até Paraguai e Bolívia. Nota-se uma área de alta pressão atuando sobre grande parte da Amazônia e o Nordeste brasileiro. Esta circulação apresenta dois núcleos, um sobre o Atlântico próximo a costa do Estado de AL e o outro núcleo posicionado em torno de 1S/57W, sobre o noroeste do Estado do PA. Na borda norte do primeiro núcleo anticiclônico percebe-se um cavado invertido. Apesar de pouco amplificado, a combinação de sua circulação com a do anticiclone provoca difluência sobre a faixa norte do CE, do PI, do MA e nordeste do PA. Este comportamento associado ao padrão termodinâmico nas camadas mais baixas da troposfera poderá favorecer a instabilidade sobre estas áreas.

Nível 500 hPA

Na análise da carta sinótica de nível médio (500 hPa) da 00Z desta sexta-feira (10/06),

observamos um comportamento bastante similar ao descrito na alta troposfera, ou seja,

percebe-se a circulação anticiclônica entre o Atlântico, boa parte da Região Nordeste e da

Amazônia Sulamericana. O núcleo deste sistema sobre o continente está posicionado sobre o

sudeste do PA (07S/51W). O escoamento ciclônico também predomina sobre o centro-sul do

Brasil,Paraguai, norte e nordeste da Argentina, Paraguai e Uruguai. O cavado que provocou

instabilidade sobre o PR, SP, MS, Triângulo Mineiro e sul de MG no dia de ontem atua entre

MG e norte do RJ de forma menos amplificada. Toda esta área, citada anteriormente, tem seu

núcleo (Vórtice Ciclônico) posicionado sobre o Atlântico (39S/53W), a leste da Província de

Buenos Aires. Este sistema está associado a uma massa bastante fria. As temperaturas chegam

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a -9C entre GO, centro-sul do MT e MS; -10C sobre o sul de MG, sul do RJ e SP; -12C sobre o

PR; -14C sobre SC e -20C sobre o RS chegando a -30C no núcleo do VC. A presença do forte

gradiente de temperatura e de geopotencial e os fortes ventos indicam a presença de uma

área com intensa baroclinia. As baixas temperaturas descritas sobre o MT, GO, MG associadas

às temperaturas relativamente elevadas em superfície combinado ao teor de umidade na

coluna troposférica entre 500 hPa, 700 hPa, 850 hPa podem intensificar os índices de

instabilidade podendo aumentar o potencial para a formação de nuvens associadas a tempo

severo em algumas áreas destes Estados.

Nível 850 hPA

Na análise da carta sinótica de nível baixo (850 hPa) da 00Z desta sexta-feira (10/06) nota-se o

padrão de circulação ciclônico também neste nível sobre parte do Centro-Sul do Brasil. Este

escoamento perturbado, principalmente entre MS, sul de MT, Triângulo Mineiro e centro-sul

de MG e norte de SP ajuda a formar instabilidade e, nebulosidade sobre estas áreas. Sobre o

Atlântico a leste da Região Nordeste do Brasil, percebe-se a circulação anticiclônica, condição

que se reflete ao longo de toda a coluna troposférica. Cavados invertidos no escoamento de

leste deste anticiclone são observados entre o leste do CE, RN, PB, Pernambuco, AL e SE o que

de certa forma auxilia o levantamento sobre estas áreas. Na borda oeste e sudoeste deste

anticiclone percebe-se ventos mais significativos direcionados do quadrante noroeste/sudeste

o que indica uma condição de advecção de umidade e massa de áreas da Amazônia para a

parte central do país (MT, GO e MG) alimentando à formação de instabilidade sobre esta área.

A área de maior baroclinia pode ser observada a sul de 30S onde atuam os ventos mais

significativos.

Superfície

Na análise da carta sinótica de superfície da 00Z desta sexta-feira (10/06), observa-se um

sistema frontal sobre o Atlântico na altura do sul do ES sem atingir o continente. Este sistema

segue até a baixa oclusa de 985 hPa centrada em 41S/32W. A alta pressão transiente é

observada sobre parte da Região Sul, na Argentina e no Uruguai. Uma frente fria é observada,

também, sobre o Atlântico na altura do sul do RS. Outra baixa pressão oclusa é observada em

55S/55W. Observa-se sobre o Pacífico ao sul de 30S sistemas frontais. A Alta Subtropical do

Pacífico Sul (ASPS) está centrada em 29S/88W, com valor pontual de 1024 hPa e emitindo

pulsos até o Chile. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) tem valor pontual de 1030 hPa

centrada a leste de 10W. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) oscila em torno de 6 e

10N sobre o Pacífico. Sobre o Atlântico, este sistema oscila em torno de 5N e 9N.

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Boletim Técnico do SIPAM

Condições Climáticas Globais

Analisando o campo de Temperatura da Superfície do Mar (TSM), na Figura 1a, são

observadas anomalias positivas sobre o Atlântico Tropical Norte (10°N- 20°N) entre 1,5°C e

2,0°C e um padrão de neutralidade com pequenas áreas de anomalias negativas sobre a região

equatorial. Deste modo, essa configuração indica o posicionamento dos sistemas

meteorológicos de grande escala mais próximo ao Hemisfério Norte (HN).

A distribuição espacial da precipitação acumulada para o dia 10 de Junho de 2011 pode

ser vista na Figura 1b. Percebe-se que a precipitação concentrou-se na costa norte, desde o

Estado do Maranhão até o Amapá. Seus valores mantiveram-se m torno de 10 e 20 mm.

Figura 1. Anomalia de TSM (a) para o período de 01 a 09 de Junho de 2011 e (b) precipitação acumulada em mm para o dia 10 de Junho de 2011. Fonte: National Centers for Environmental

Prediction (NCEP), processado pelo Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM).

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Análise Sinótica

Na Figura 2, podemos observar que a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)

apresenta-se deslocada mais para o HN, bem próximo de sua posição climatológica. No Oceano

Atlântico Sul, um ciclone relacionado a um sistema frontal pode ser observado, exercendo

influência significativa sobre o Brasil, em especial sobre as regiões do Sudeste, Centro-este e

porção mais ao Sul da Amazônia. Na faixa litorânea do Norte e Nordeste Brasileiro, a

circulação de brisa é responsável pela nebulosidade desde o Estado do Amapá até a Paraíba.

Figura 2. Imagem de satélite no canal Infravermelho (IR) às 18 UTC de 10 de Junho 2011 do

GOES-12+METEOSAT. Fonte: CPTEC/INPE.

Mesoescala 06-12 UTC dia 11/06/11

O início do dia foi de Sol em grande parte da região Norte/Nordeste devido à presença

de uma massa de ar seco, que persistiu durante a semana, deixando o Estado de Tocantins e a

porção Sul do território paraense sem registro de precipitação nas últimas semanas, além de

baixos valores nos índices de umidade relativa do ar. Na porção norte do Brasil, observa-se a

formação de algumas nuvens com topos mais elevados, nos Estados do Amazonas e Pará. No

centro-sul, é observada presença de nebulosidade com maior atividade convectiva associada ao

sistema frontal sobre o continente.

Mesoescala 18 UTC dia 11/06/11 e 00 UTC dia 12/06/11

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No período da tarde foi observado, na região Norte do território brasileiro, aumento na

nebulosidade com maior atividade convectiva, especialmente na porção norte do Estado do

Pará, norte do Amapá, Sul do Amazonas, norte do Acre e Rondônia e Sul de Roraima. Também

se verifica no litoral leste do Nordeste do Brasil, nebulosidade com características de

intensificação da atividade convectiva. Na região Central do Brasil, ocorreu um

enfraquecimento na nebulosidade em função do Sistema Frontal está se deslocou para o oceano.

Mesoescala 24 UTC (Figura 3d)

Para o período da noite podemos observar que a atividade convectiva descrita

anteriormente (Figura 3c) se intensificou em todas as áreas da região Norte do Brasil. O que

contribuiu para o registro de precipitações na região Nordeste e Baixo Amazonas, onde as

condições de atividades convectivas foram relatadas. O Sistema Frontal que estava atuando

ficou restrito apenas para o Sudeste do Brasil e se deslocou para o oceano.

(a) (b)

(c) (d)

Figura 3. Imagens de satélite GOES-12 realçadas no canal infravermelho (IR) referentes aos

horários de (a) 06 UTC do dia 10/06/11, (b) 12 UTC do dia 10/06/11, (c) 18 UTC do dia

10/06/11 e (d) 00 UTC do dia 11/06/11. Fonte: CPTEC/INPE

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Perfil Termodinâmico de Belém

A sondagem das 12 UTC (Figura 4) mostra o perfil vertical da atmosfera para Belém,

que é representado pela temperatura do ar (linha azul) [T] e da temperatura do ponto de orvalho

(linha vermelha) [Td]. Observa-se que, da superfície até o nível de 900 hPa aproximadamente,

existe uma camada úmida, indicada pela proximidade das curvas de T e de Td. Para as camadas

superiores, verifica-se que as curvas de T e de Td encontram-se afastadas em quase toda a

sondagem, o que indica um comportamento típico de atmosfera seca.

Os ventos tem direção Leste da superfície até aproximadamente o nível de 400 mb,

com intensidade em torno de 20 ms-1. A Energia Potencial Disponível para Convecção (CAPE)

mostra valores acima de 1000 JKg-1. Os índices de Instabilidade K, total totals (TT) e Lifted

Index (LI) dispostos na tabela ao lado do diagrama skew-T, indicam uma atmosfera muito

instável, ou seja, com condições favoráveis para a formação de tempestade.

Figura 4. Perfil termodinâmico da atmosfera em Belém as 12 UTC para o dia 10 de Junho de

2011.

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RADAR meteorológico banda S de Belém

A variação espacial da refletividade do

dos dados do Radar de Belém,

de 56 células convectivas sobre a área abrangente do radar. Utilizando um dos produtos do

software TITAN, a espacialização dos dados para o período de 24 horas de informações

observou-se uma máxima dBz de 51 e um mínimo de 32

células de maior dBz foram à

(Figura 5a).

Os topos das células convectivas

13 Km, ficando os maiores valores sobre a Ilha de Mosqu

Outeiro os topos máximos ficaram

Figura 5. (a) Distribuição espacial do valor de refletividade em (dBz)

espacial dos valores dos topos das células convectivas (k

área abrangente do Radar localizado em Belém

(a)

RADAR meteorológico banda S de Belém

A variação espacial da refletividade do dia10 de junho de 2011 foi

de Belém, utilizando o software TITAN, o qual identificou

de 56 células convectivas sobre a área abrangente do radar. Utilizando um dos produtos do

TITAN, a espacialização dos dados para o período de 24 horas de informações

dBz de 51 e um mínimo de 32. Nesse evento, a conc

à Sudeste e Sudoeste do Radar com uma variação de 48

s topos das células convectivas (Figura 5b) alcançaram valores de altura

Km, ficando os maiores valores sobre a Ilha de Mosqueiro, Colares. Sob

ficaram entre 9 a 10 km.

Distribuição espacial do valor de refletividade em (dBz) e a

topos das células convectivas (km), para o dia 10 de junho de 2011, na

rangente do Radar localizado em Belém. Fonte: SIPAM.

(b)

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10 de junho de 2011 foi observada através

oftware TITAN, o qual identificou no dia um total

de 56 células convectivas sobre a área abrangente do radar. Utilizando um dos produtos do

TITAN, a espacialização dos dados para o período de 24 horas de informações,

a concentração das

Sudeste e Sudoeste do Radar com uma variação de 48 -54 dBz

valores de altura entre 3 km e

eiro, Colares. Sobre a região de

e a (b) distribuição

0 de junho de 2011, na