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1 Sumário 1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................8 2. BIODIVERSIDADE, SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS E INTERDEPENDÊNCIAS ....................................................8 2.1. Biodiversidade...................................................................................................................................9 2.2. Serviços Ecossistêmicos ................................................................................................................... 11 2.2.1. As Florestas e os Recursos Hídricos ......................................................................................... 16 2.2.2. As Florestas e as Mudanças do Clima....................................................................................... 18 2.3. As interdependências....................................................................................................................... 19 2.4. Hotspots de biodiversidade .............................................................................................................. 21 3. FLORESTAS ............................................................................................................................................ 23 3.1. As florestas no mundo ..................................................................................................................... 23 3.2. As florestas no Brasil ....................................................................................................................... 24 3.2.1. Amazônia .............................................................................................................................. 26 3.2.2. Cerrado ................................................................................................................................. 27 3.2.3. Caatinga ............................................................................................................................... 28 3.2.4. Pampa .................................................................................................................................. 29 3.2.5. Pantanal ................................................................................................................................ 30

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Page 1: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................8

2. BIODIVERSIDADE, SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS E INTERDEPENDÊNCIAS ....................................................8

2.1. Biodiversidade...................................................................................................................................9

2.2. Serviços Ecossistêmicos ................................................................................................................... 11

2.2.1. As Florestas e os Recursos Hídricos ......................................................................................... 16

2.2.2. As Florestas e as Mudanças do Clima....................................................................................... 18

2.3. As interdependências....................................................................................................................... 19

2.4. Hotspots de biodiversidade .............................................................................................................. 21

3. FLORESTAS ............................................................................................................................................ 23

3.1. As florestas no mundo ..................................................................................................................... 23

3.2. As florestas no Brasil ....................................................................................................................... 24

3.2.1. Amazônia .............................................................................................................................. 26

3.2.2. Cerrado ................................................................................................................................. 27

3.2.3. Caatinga ............................................................................................................................... 28

3.2.4. Pampa .................................................................................................................................. 29

3.2.5. Pantanal ................................................................................................................................ 30

Page 2: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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4. A MATA ATLÂNTICA ................................................................................................................................ 31

4.1. Importância da Mata Atlântica .......................................................................................................... 31

4.2. Ecossistemas .................................................................................................................................. 34

4.3. Aspectos históricos e a sua degradação ............................................................................................ 37

4.4. Trilhas indígenas e caminho dos Tropeiros ........................................................................................ 40

4.5. A Mata Atlântica e a situação atual ................................................................................................... 41

4.6. Comunidades indígenas remanescentes – Os Guarani ........................................................................ 42

4.7. A Serra do Mar e sua geomorfologia ................................................................................................. 44

5. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ................................................................................................................. 47

5.1. Unidades de Conservação no mundo ................................................................................................ 47

5.2. Unidades de Conservação no Brasil ................................................................................................... 49

6. O PARQUE ESTADUAL SERRA DO MAR ..................................................................................................... 55

6.1. A criação do parque ........................................................................................................................ 55

6.2. A importância do Parque Estadual Serra do Mar ................................................................................ 56

6.3. Núcleos, macrorregiões e municípios abrangidos ............................................................................... 58

6.3.1. Macrorregiões do Estado de São Paulo .................................................................................... 58

6.3.2. Municípios abrangidos ............................................................................................................ 62

6.4. Plano de Manejo ............................................................................................................................. 64

7. NÚCLEOS ............................................................................................................................................... 65

Page 3: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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7.1. Núcleo Bertioga............................................................................................................................... 65

7.1.1. História ................................................................................................................................. 65

7.1.2. Patrimônio Cultural ................................................................................................................ 66

7.1.3. Comunidades tradicionais ....................................................................................................... 67

7.1.4. Ecossistema .......................................................................................................................... 67

7.1.5. Fauna e Flora ........................................................................................................................ 67

7.1.6. Serviços Ecossistêmicos .......................................................................................................... 71

7.1.7. Atrativos ............................................................................................................................... 72

7.1.8. Informações gerais sobre o Núcleo .......................................................................................... 74

7.2. Núcleo Caraguatatuba ..................................................................................................................... 77

7.2.1. História ................................................................................................................................. 77

7.2.2. Patrimônio Cultural ................................................................................................................ 79

7.2.3. Comunidades tradicionais ....................................................................................................... 80

7.2.4. Ecossistema e Geomorfologia ................................................................................................. 80

7.2.5. Fauna e Flora ........................................................................................................................ 80

7.2.6. Serviços Ecossistêmicos .......................................................................................................... 85

7.2.7. Pesquisas .............................................................................................................................. 86

7.2.8. Atrativos ............................................................................................................................... 87

7.2.9. Informações gerais sobre o Núcleo .......................................................................................... 90

7.3. Núcleo Cunha ................................................................................................................................. 93

7.3.1. História ................................................................................................................................. 93

7.3.2. Patrimônio Cultural ................................................................................................................ 95

7.3.3. Comunidades tradicionais ....................................................................................................... 95

7.3.4. Clima, Ecossistema e Geomorfologia ....................................................................................... 96

7.3.5. Fauna e Flora ........................................................................................................................ 96

7.3.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 100

7.3.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 101

Page 4: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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7.3.8. Atrativos ............................................................................................................................. 102

7.3.9. Informações gerais sobre o Núcleo ........................................................................................ 105

7.4. Núcleo Curucutu ........................................................................................................................... 108

7.4.1. História ............................................................................................................................... 108

7.4.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 109

7.4.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 110

7.4.4. Ecossistema, Fauna e Flora ................................................................................................... 112

7.4.5. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 116

7.4.6. Pesquisas ............................................................................................................................ 117

7.4.7. Atrativos ............................................................................................................................. 118

7.4.8. Informações gerais sobre o Núcleo ........................................................................................ 121

7.5. Núcleo Itariru ................................................................................................................................ 124

7.5.1. História ............................................................................................................................... 124

7.5.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 126

7.5.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 127

7.5.4. Ecossistema, Fauna e Flora ................................................................................................... 128

7.5.5. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 131

7.5.6. Pesquisas ............................................................................................................................ 132

7.5.7. Atrativos ............................................................................................................................. 135

7.5.8. Informações gerais sobre o Núcleo ........................................................................................ 137

7.6. Núcleo Itutinga Pilões .................................................................................................................... 140

7.6.1. História ............................................................................................................................... 140

7.6.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 142

7.6.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 146

7.6.4. Ecossistema e Geomorfologia ............................................................................................... 146

7.6.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 146

7.6.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 150

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7.6.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 152

7.6.8. Atrativos ............................................................................................................................. 152

7.6.9. Informações gerais sobre o Núcleo ........................................................................................ 158

7.7. Núcleo Padre Dória ........................................................................................................................ 161

7.7.1. História ............................................................................................................................... 161

7.7.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 162

7.7.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 164

7.7.4. Ecossistema ........................................................................................................................ 164

7.7.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 164

7.7.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 169

7.7.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 171

7.7.8. Projetos Socioambientais ...................................................................................................... 171

7.7.9. Atrativos ............................................................................................................................. 172

7.7.10. ........................................................................................................ Outros pontos de interesse

173

7.7.11. ............................................................................................. Informações gerais sobre o Núcleo

174

7.8. Núcleo Picinguaba ......................................................................................................................... 177

7.8.1. História ............................................................................................................................... 177

7.8.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 180

7.8.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 180

7.8.4. Geomorfologia e Ecossistema ............................................................................................... 184

7.8.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 184

7.8.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 189

7.8.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 190

7.8.8. Projetos socioambientais ...................................................................................................... 195

7.8.9. Atrativos ............................................................................................................................. 195

7.8.10. ............................................................................................. Informações gerais sobre o Núcleo

202

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7.9. Núcleo Santa Virgínia..................................................................................................................... 206

7.9.1. História ............................................................................................................................... 206

7.9.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 208

7.9.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 209

7.9.4. Ecossistema ........................................................................................................................ 209

7.9.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 210

7.9.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 214

7.9.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 215

7.9.8. Atrativos ............................................................................................................................. 219

7.9.9. Informações gerais sobre o Núcleo ........................................................................................ 223

7.10. Núcleo São Sebastião ................................................................................................................ 227

7.10.1. .................................................................................................................................... História

227

7.10.2. .................................................................................................................... Patrimônio Cultural

229

7.10.3. .......................................................................................................... Comunidades tradicionais

230

7.10.4. .............................................................................................................................. Ecossistema

231

7.10.5. ........................................................................................................................... Fauna e Flora

231

7.10.6. ............................................................................................................. Serviços Ecossistêmicos

235

7.10.7. ................................................................................................................................... Atrativos

236

7.10.8. ............................................................................................. Informações gerais sobre o Núcleo

241

8. ANEXOs ............................................................................................................................................... 244

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Anexo 1 – PEGADA ECOLÓGICA ................................................................................................................. 244

ANEXO 2 - OUTRAS ESPÉCIES ................................................................................................................... 248

ANEXO 3. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO ......................................................... 251

Anexo 4. Lista de Aves do Parque Estadual da Serra do Mar ........................................................................ 277

Tabela 1. Lista de aves do Parque Estadual da Serra do Mar, SP. ...................................................... 277

Tabela 2. Lista completa de aves do Núcleo Bertioga ........................................................................ 294

Tabela 3. Lista completa de aves do Núcleo Caraguatatuba .............................................................. 306

Tabela 4. Lista completa de aves do Núcleo Cunha .......................................................................... 317

Tabela 5. Lista completa de aves do Núcleo Curucutu....................................................................... 327

Tabela 6. Lista completa de aves do Núcleo Itariru ........................................................................... 339

Tabela 7. Lista completa de aves do Núcleo Itutinga Pilões ............................................................... 346

Tabela 8. Lista completa de aves do Núcleo Padre Dória ................................................................... 355

Tabela 9. Lista completa de aves do Núcleo Picinguaba .................................................................... 366

Tabela 10. Lista completa de aves do Núcleo Santa Virgínia .............................................................. 377

Tabela 11. Lista completa de aves do Núcleo São Sebastião.............................................................. 386

9. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................... 493

Page 8: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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1. INTRODUÇÃO

O presente relatório representa o Produto 4 do projeto que visa propor “Cenários de

comunicação interativa e sinalização nas estruturas de Uso Publico do Parque Estadual Serra do

Mar” e tem como principal objetivo consolidar o conteúdo técnico a ser utilizado de base para o

desenvolvimento da comunicação e sinalização do Parque Estadual Serra do Mar (PESM). Este

projeto está inserido na estratégia do “Programa de Recuperação da Serra do Mar e Sistema de

Mosaicos da Mata Atlântica”, ação do Governo do Estado de São Paulo por intermédio das

Secretarias da Habitação e do Meio Ambiente.

O Produto 4, também referenciado como “Documento síntese” é fruto de pesquisa e revisão

bibliográfica das principais referências sobre o histórico e panorama atual da conservação ambiental

no Brasil e no mundo, com foco na Mata Atlântica, assim como de visitas a todos os núcleos que

compõem o PESM.

O programa tem por objetivo promover a conservação, o uso sustentável e a recuperação

socioambiental da Serra do Mar. Pretende-se com isso gerar benefícios sociais e ecológicos,

promovendo a efetiva proteção da biodiversidade dos ambientes terrestres e marinhos, e dos

mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Litoral Norte.

As unidades de conservação que compõem o programa de Recuperação Socioambiental da

Serra do Mar e Mosaicos da Mata Atlântica protegem parte dos mais importantes remanescentes

florestais de Mata Atlântica em todo o país.

Assim, este projeto que tem como objetivo final fomentar as visitas, estimular as pesquisas

e expandir o conhecimento sobre o PESM através do desenvolvimento de projetos executivos,

programas e aplicativos do sistema de comunicação e cenários interativos para o Uso Público, Bases

e Centros de Visitante do Parque Estadual Serra do Mar.

2. BIODIVERSIDADE, SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS E INTERDEPENDÊNCIAS

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2.1. Biodiversidade

A palavra “biodiversidade”, uma contração da expressão sinônima “diversidade biológica” é

definida como a variabilidade entre organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre

outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos

ecológicos de que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade de genes dentro das espécies,

entre espécies e de ecossistemas. Essa é a definição utilizada pela Convenção sobre Diversidade

Biológica (CDB, 2010).

Infelizmente, a diversidade de seres vivos no planeta continua a ser desgastada como

resultado de atividades humanas. As pressões que levam à perda da biodiversidade mostram

poucos sinais de abrandamento e, em alguns casos, estão aumentando. As consequências das

tendências atuais são muito piores do que se pensava anteriormente e colocam em dúvida a

contínua prestação de serviços ecossistêmicos (item 2.2 deste relatório), considerados vitais (CDB,

2010).

Estes genes, espécies e habitats são peças de um sistema único e cujos produtos são

extremamente diversos, conhecidos em conjunto como serviços ecossistêmicos. Nossa sociedade e

economia dependem fortemente dos serviços ecossistêmicos de diversas formas diferentes, e

estes serviços dependem da biodiversidade para funcionar. Por isso, uma vez extinta, uma espécie

coloca em risco toda uma cadeia produtiva e todos os indivíduos que dela dependem.

Justamente por esse motivo, foi criada a Convenção sobre Diversidade Biológica. A CDB é

uma das três “Convenções do Rio”, resultantes da Conferência das Nações Unidas sobre Meio

Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Cúpula da Terra, realizada no Rio de

Janeiro em 1992. Ela entrou em vigor no final de 1993, com os seguintes objetivos: “A conservação

da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e

equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos, mediante, inclusive, do

acesso adequado aos recursos genéticos e a transferência adequada de tecnologias pertinentes,

levando em conta todos os direitos sobre tais recursos e tecnologias, e mediante financiamento

adequado” (CDB, 2010).

Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma

redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global, regional e nacional,

de forma a contribuir para a redução da pobreza e para benefício de toda a vida na Terra. Esta

meta não foi alcançada no nível global, embora algumas submetas tenham sido parcial ou

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localmente atingidas. Apesar de um aumento nos esforços de conservação, o estado da

biodiversidade continua em declínio de acordo com a maioria dos indicadores (CDB, 2010).

Um indicador interessante do nível de perda de biodiversidade é o Índice da Lista Vermelha

da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) que acompanha o risco médio de

extinção de espécies ao longo do tempo. Esse índice tem mostrado que todos os grupos que foram

avaliados para o risco de extinção estão cada vez mais ameaçados.

As categorias da Lista Vermelha da IUCN refletem a probabilidade de que uma espécie pode

extinguir-se se as condições atuais persistirem, sendo que a condição de risco das espécies é

baseada em informações geradas a partir do trabalho de milhares de cientistas.

As avaliações seguem um rigoroso sistema que classifica as espécies em uma das oito

categorias. Extinta, Extinta na Natureza, Criticamente em Perigo, Em Perigo, Vulnerável, Quase

Ameaçada, Não Ameaçada e Deficiente em Dados. As espécies classificadas como Criticamente em

Perigo, Em Perigo ou Vulnerável são consideradas ameaçadas. A figura demonstra a situação de

ameaça de espécies em grupos taxonômicos avaliados completamente (CDB, 2010).

Page 11: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Figura 1. Situação de ameaça de espécies em grupos taxonômicos avaliados completamente

Fonte: CDB, 2010

2.2. Serviços Ecossistêmicos

A diversidade é de vital importância para a humanidade, pois ela sustenta uma grande

variedade de serviços ecossistêmicos, dos quais as sociedades humanas sempre dependeram,

embora sua importância seja muitas vezes desvalorizada ou ignorada. Quando os elementos da

biodiversidade se perdem, os ecossistemas se tornam mais vulneráveis a pressões repentinas, como

as doenças e os eventos climáticos extremos (CDB, 2010). Os serviços ecossistêmicos podem ser

desde os mais tangíveis como água, alimentos, fibras, princípios ativos de remédios e cosméticos,

até os mais subjetivos como o bem estar proporcionado por uma bela vista da Serra do Mar. Eles

podem ser divididos em quatro categorias (BECKER e SEEHUSEN, 2011):

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● Serviços de provisão: relacionados com a capacidade dos ecossistemas em prover bens,

sejam eles alimentos (frutos, raízes, pescado, caça, mel); matéria-prima para a geração de

energia (lenha, carvão, resíduos, óleos); fibras (madeiras, cordas, têxteis); fitofármacos;

recursos genéticos e bioquímicos; plantas ornamentais e água.

● Serviços de regulação: benefícios obtidos a partir de processos naturais que regulam as

condições ambientais que sustentam a vida humana, como a purificação do ar, regulação do

clima, purificação e regulação dos ciclos das águas, controle de enchentes e de erosão,

tratamento de resíduos, desintoxicação e controle de pragas e doenças.

● Serviços de suporte: São os processos naturais necessários para que os outros serviços

existam, como a ciclagem de nutrientes, a produção primária, a formação de solos, a

polinização e a dispersão de sementes.

● Serviços culturais: Estão relacionados com a importância dos ecossistemas em oferecer

benefícios recreativos, educacionais, estéticos, espirituais.

As florestas e outras formas de vegetação produzem bens e serviços ambientais

essenciais para a conservação da diversidade de vida, manutenção dos rios, lagos e depósitos de

água, conservação do solo, contenção da erosão e regularização do clima, além de proporcionar

recreação e lazer (MMA, 2014).

A biodiversidade também tem um importante papel econômico, pois os produtos da flora

e da fauna constituem uma imensa riqueza de recursos que a humanidade utiliza para sustentar

um sistema de produção cada vez mais sofisticado capaz de gerar emprego e renda para as

populações locais. Quase todos os produtos que utilizamos cotidianamente, à exceção dos

minérios e derivados de petróleo, são produtos de origem vegetal ou animal e constituem o

acervo da biodiversidade do planeta. Nesse conjunto incluem-se a madeira das árvores, os frutos,

a carne e outros alimentos, óleos e essências (usados na fabricação de alimentos e cosméticos),

medicamentos, borracha, fibras e uma infinidade de outros bens úteis para o homem (MMA,

2014).

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Figura 2. Exemplos de serviços ecossistêmicos

Biodiversidade

As florestas tropicais são os ecossistemas terrestres mais biodiversos do mundo. A biodiversidade

proporciona muitos benefícios para a sociedade, por exemplo, a madeira, as folhas, os frutos e as

sementes das plantas que podem servir como medicamentos, alimentos, matérias-primas para a

fabricação de móveis e para a construção de casas e muitos outros. Ela propicia serviços de

polinização e garante a resiliência de sistemas agrícolas. Ademais, ela ainda é chave à

bioprospecção para novos medicamentos, contribui para a formação dos solos e para a ciclagem de

nutrientes. Por fim, também oferece benefícios recreacionais, espirituais e culturais, fundamentais

para o bem-estar humano (BECKER e SEEHUSEN, 2011).

O ambiente marinho também é extremamente biodiverso. Apresenta a maior diversidade de

organismos, em termos de linhagens filogenéticas. O ambiente marinho apresenta potencialmente

uma enorme reserva de biodiversidade que pode ser explorada de maneira sustentável, como fonte

de recursos renováveis, incluindo fonte de diversos alimentos e produtos naturais (JOLY et al.,

2011). Além disso, o mar é vital para a sobrevivência do homem do ponto de vista ecológico e

socioeconômico, pois se estima que seus diversos ecossistemas forneçam cerca de US$ 14

trilhões/ano em bens e serviços (COSTANZA et al, 1997).

Armazenamento e sequestro de carbono

Plantas absorvem carbono através da fotossíntese do dióxido de carbono atmosférico. Nas florestas

em crescimento, o montante de carbono sequestrado aumenta, estabilizando quando elas chegam

à maturidade. Em um hectare de floresta tropical são armazenados cerca de toneladas de

biomassa, contendo cerca de 110.3 toneladas de carbono. Estima-se que as florestas brasileiras

armazenam 49.335 milhões de toneladas de carbono em sua biomassa: mais do que todas as

florestas europeias juntas conseguem armazenar (FAO, 2007).

Os oceanos também têm papel fundamental no sistema climático através do armazenamento da

maior parte da energia solar que chega a Terra, distribuição do calor, evaporação e participação no

ciclo do carbono (HERR e GALLAND, 2009). Além disso, foram responsáveis pela absorção de mais

de 80% do calor adicionado ao clima nos últimos 40 anos (LEVITUS et al., 2005). Um dos principais

responsáveis pelo equilíbrio dos oceanos é o fitoplâncton. Também conhecidos como microalgas,

estes organismos são unicelulares, em sua maioria fotossintetizantes e que se deslocam

passivamente com os movimentos de correntes e de massas d’água. São ainda a base da cadeia

alimentar marinha, responsáveis por 95% da produção de matéria orgânica (NYBAKKEN e

BERTNESS, 2001) e capazes de absorver 1,8 Gt/ano de carbono através da fotossíntese

(HALLEGRAEFF, 2010).

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Serviços hidrológicos

Florestas influenciam os processos hidrológicos, como a regulação dos fluxos hídricos e a

manutenção da qualidade da água. Florestas preservadas em margens de rios, encostas e topos de

morros e montanhas reduzem os riscos de inundações e deslizamentos por extremos climáticos.

Elas protegem os solos contra erosão e evitam que as águas das chuvas carregadas de sedimentos

escorram diretamente aos rios, além de amenizarem a rápida perda de água em épocas de seca

(BECKER e SEEHUSEN 2012).

Beleza cênica

As belas paisagens formadas pela composição entre florestas, grandes e pequenos rios, cachoeiras,

montanhas e praias, somadas à mistura de populações e culturas, fazem das florestas tropicais

algo especial. O lazer, a recreação e a inspiração provida por esses ecossistemas beneficiam não só

as populações locais, mas as de grandes centros urbanos, inclusive turistas internacionais. Cada

vez mais viajantes apreciam a natureza intacta, a diversidade de ecossistemas e culturas (BECKER

e SEEHUSEN 2012).

Serviços culturais

Os ecossistemas e as espécies proveem serviços culturais para a sociedade ao satisfazer suas

necessidades espirituais, psicológicas e estéticas. Elas oferecem inspiração para a cultura, arte e

para experiências espirituais. Populações rurais e particularmente as tradicionais, como caiçaras,

indígenas, quilombolas e caboclos, têm sua cultura, crenças e modo de vida associados aos

serviços culturais de ecossistemas nativos (BECKER e SEEHUSEN 2012).

A figura abaixo descreve a relação entre as categorias de serviços ecossistêmicos e o bem-

estar humano, no qual o tamanho da seta indica o nível de dependência entre o serviço

ecossistêmico e o bem estar humano. Além disso, a figura também indica fatores socioeconômicos

afetados pela inexistência do serviço ecossistêmico, representado pelo tom de amarelo. Um

exemplo disso é a necessidade e possibilidade de comprar um substituto para um serviço

degradado, como tratamento e fornecimento de água própria para consumo humano (MA, 2005).

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Figura 3. Relação entre serviços ecossistêmicos e bem-estar humano

Fonte: MA, 2005

Desde 2008, a iniciativa Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB) vem

promovendo um grande esforço de cientistas do mundo inteiro para aprofundar os conhecimentos

sobre os valores dos serviços ambientais providos pelos ecossistemas e pela biodiversidade. Ela visa

sensibilizar cidadãos, empresas e tomadores de decisão sobre os valores da biodiversidade e os

impactos da sua perda na economia. Um de seus estudos compilou alguns valores econômicos

providos por florestas tropicais, como ilustra a figura abaixo.

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Figura 4. Estimativas de valores econômicos de serviços ambientais de florestas tropicais

Fonte: Traduzida e adaptada de TEEB, 2010.

2.2.1. As Florestas e os Recursos Hídricos

Como destaque de serviço ecossistêmico, podemos citar os recursos hídricos. A água é um

recurso natural de valor inestimável. É vital para a manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e

químicos que mantém o equilíbrio dos ecossistemas. Além disso, é um recurso estratégico para o

desenvolvimento econômico e indispensável à qualidade de vida da população.

A água é essencial para a floresta do mesmo modo que a floresta é imprescindível para

garantir a qualidade e o volume dos recursos hídricos. As principais nascentes das grandes bacias

hidrográficas estão dentro das florestas protegidas pelas unidades de conservação, que exercem

seu papel de preservação. Só na Mata Atlântica estão localizadas sete das nove grandes bacias

hidrográficas do Brasil, alimentadas pelos Rios São Francisco, Paraíba do Sul, Doce, Tietê, Ribeira

de Iguape e Paraná.

Os rios e lagos da Mata Atlântica também abrigam ricos ecossistemas aquáticos, grande

parte deles ameaçada pelo desmatamento das matas ciliares. Assim como os cílios protegem os

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olhos, a mata ciliar protege os rios, lagos e nascentes. Com suas raízes, ela evita também a erosão

e retém partículas do solo e materiais diversos.

Crise hídrica e a ameaça ao ecossistema:

O mau uso das fontes de água doce, a poluição, o excesso de consumo e a devastação das

florestas colocam em risco a disponibilidade e a qualidade dos recursos hídricos. Essa situação é

gravada quando uma ação realizada em uma determinada região de uma bacia pode comprometer

ainda outra região, como é o caso de lançamento de esgotos e a contaminação por agrotóxicos.

Além disso, o desmatamento tem ocasionado sérios danos para a produção hídrica. O

desmatamento da Amazônia tem alterado o regime de chuvas na região Sudeste do Brasil. Para se

ter uma ideia, diariamente, cada árvore amazônica bombeia em média 500 litros de água. A

Amazônia inteira é responsável por levar 20 bilhões de toneladas de água por dia do solo até a

atmosfera, 3 bilhões de toneladas a mais do que a vazão diária do Amazonas, o maior rio do mundo

(GLOBO, 2014).

Essa umidade forma os chamados “rios voadores”. No oeste da Amazônia, a massa de

umidade encontra uma barreira de montanhas de quatro quilômetros de altura, a cordilheira dos

Andes, que funciona como uma represa no céu, contendo a correnteza aérea. Boa parte do vapor

fica acumulada nos próprios Andes, sob a forma de neve. Ao derreter, essa água desce as

montanhas, dando origem a córregos que, por sua vez, formarão os principais rios da bacia

Amazônica, como o Amazonas. No entanto, nem todo vapor fica por ali. Cerca de 40% dessa

cachoeira celeste segue rumo ao sul. A umidade passa por Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do

Sul e São Paulo, terminando a viagem no norte do Paraná, cerca de seis dias depois

(NOVAKOWSKI, 2010).

Assim, mais da metade da água das chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do

Brasil e também na Bolívia, no Paraguai, na Argentina, no Uruguai e até no extremo sul do Chile

vem da Amazônia. No entanto, com o desmatamento da Amazônia e da Mata Atlântica, essa

situação vem se alterando. As imagens dos satélites que acompanham a movimentação das nuvens

de chuva comprovam que a grande seca que assola as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil,

em parte, está relacionada aos desmatamentos. No estado de São Paulo, por exemplo, a

devastação da Mata Atlântica permite a formação de uma massa de ar quente na atmosfera, tão

densa que chega a bloquear os “rios voadores”, já enfraquecidos por conta do desmatamento na

Amazônia. Represados no céu, eles acabam desaguando no Acre e em Rondônia, onde, este ano,

foram registradas as maiores enchentes da história (GLOBO, 2014).

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2.2.2. As Florestas e as Mudanças do Clima

Nos últimos 20 anos a preocupação com o processo de aquecimento global e seus impactos

sobre o clima cresceram de maneira significativa. Este fato se deve, por um lado, ao aumento da

certeza da influência humana sobre o fenômeno do aquecimento global, associado à emissão de

gases de efeito estufa (IPCC, 2013) e, por outro, ao aumento nos registros e intensidade de

eventos relacionados à mudança do clima como ondas de calor, derretimento das geleiras, aumento

do nível do mar, aumento na intensidade e frequência de tempestades e secas, redução na

intensidade dos fluxos dos rios (IPCC, 2014).

As alterações no sistema climático global são cada vez mais frequentes ocupando a agenda

das políticas públicas da maior parte dos países. No início, os esforços e iniciativas concentraram-se

em entender e desenvolver medidas de mitigação de emissões de gases de efeito estufa, buscando,

desta forma, controlar seus efeitos sobre o incremento da temperatura média, numa tentativa de

mantê-la em níveis aceitáveis.

A preservação das florestas tropicais tem grande importância no combate às mudanças

climáticas, seja como medida de mitigação de emissões de GEE, seja como forma de possibilitar a

adaptação do homem a um novo clima.

Quando ocorrem mudanças no uso do solo, ou seja, uma floresta é derrubada e queimada,

dando lugar ao estabelecimento de pastagem, agricultura ou outra forma de uso da terra, ocorre a

liberação de uma grande quantidade de carbono na forma de CO2 para a atmosfera contribuindo,

assim, para o aquecimento global. Estima-se que 1,6 bilhões de toneladas de carbono foram

emitidas para a atmosfera por ano devido às mudanças no uso do solo (IPCC, 2007) durante a

década de 1990.

Nos últimos 300 anos, cerca de 10 milhões de km2 de florestas deram lugar a outro tipo de

uso da terra. Nas regiões tropicais, a retirada da cobertura florestal poderá causar alterações no

balanço hídrico, tornando o clima mais seco e quente (FOLEY, 2005). A taxa de evapotranspiração

da floresta é muito maior do que qualquer cultivo ou pastagem, e com a mudança no uso do solo, o

fluxo de vapor de água para a atmosfera diminui sensivelmente, alterando o ciclo hidrológico. Na

Amazônia, por exemplo, estudos prevêem que a temperatura poderá subir de 5 a 8ºC até 2100 e a

redução no volume de chuva pode chegar a 20% (MARENGO, 2007), além de ocasionar secas em

outras regiões, como citado no tópico acima.

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2.3. As interdependências

Cada espécie animal, vegetal e microrganismo tem um papel a cumprir dentro do seu

ecossistema. Os seres vivos relacionam-se entre si e com o ambiente em que se encontram de

várias formas: como alimento um para o outro (cadeia alimentar), fertilizando o solo (produção de

húmus) ou por meio de sua reprodução (polinização das flores). Se uma espécie é retirada do

ambiente, a função que ela realizava deixa de acontecer e assim ocorre um desequilíbrio nos

serviços ecossistêmicos (MMA, 2014).

Mudanças nos aspectos que afetam indiretamente a biodiversidade, tais como população,

tecnologia e estilo de vida, podem levar a mudanças em fatores que afetam diretamente a

biodiversidade, tais como a captura de peixe ou a aplicação de fertilizantes. Estes resultam em

alterações dos ecossistemas e os serviços que prestam, afetando o bem-estar humano. Estas

interações podem ocorrer em nível global, regional e local. Essa situação é ilustrada pela figura

abaixo.

Figura 5. Interações entre biodiversidade, serviços ecossistêmicos e bem estar humano

Fonte: MA, 2005

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Ao suprimir a vegetação de uma floresta, por exemplo, temos como consequência uma

alteração climática. Este fato é facilmente percebido. Nas áreas onde a floresta está preservada, a

temperatura ambiente varia muito pouco entre o dia e a noite (1,5 a 2 graus Celsius), mas nas

áreas desmatadas, a temperatura pode variar bastante (cerca de 10 graus Celsius) (MMA, 2014).

A mudança climática pode afetar de forma negativa a disponibilidade de água doce, a

produção de alimentos e a distribuição e propagação sazonal de doenças infecciosas de transmissão

vetorial, como a malária, a dengue e a esquistossomose.

A biodiversidade também sofre prejuízos, pois muitas espécies animais e vegetais sensíveis

a alterações de temperatura e umidade podem entrar em extinção.

Para melhorar a produção de alimento, por exemplo, o homem acaba utilizando mais

agrotóxicos, que por sua vez contaminam rios e lençóis freáticos, ocasionando poluição de rios e

morte de diversas espécies de peixes, que se manejadas de forma sustentável, também poderiam

servir de alimento. Além disso, também ocorre o extermínio de insetos, como as abelhas,

importantes agentes de polinização de espécies vegetais.

Na Mata Atlântica, um exemplo típico de desequilíbrio causado pelo homem ocorreu

com a extração irregular de palmito juçara, uma das espécies-chave para o funcionamento do

ecossistema (ECOLNEWS, 2014). Seus frutos e sementes são importantes para a sobrevivência de

mais de 75 espécies de animais silvestres, como aves, roedores e até de macacos, como tucano,

macaco-prego, arapongas, sabiás-unas, veados, esquilos, cutias, antas e etc.

Com uma menor disponibilidade de alimento, esses animais ficam seriamente

ameaçados. Além disso, eles participam da dispersão das sementes de várias outras espécies de

plantas e árvores por toda a floresta. Desse modo, a derrubada das palmeiras juçara afeta em

vários níveis os processos ecológicos, fragilizando ainda mais os escassos remanescentes da Mata

Atlântica (ECOLNEWS, 2014).

A TEIA TRÓFICA OU CADEIA ALIMENTAR

Todos os seres vivos (animais, vegetais, microorganismos) relacionam-se direta ou

indiretamente entre si, pois cada um alimenta-se de um outro, e serve de alimento a um terceiro.

As plantas e algas produzem seu próprio alimento a partir da energia radiante (luz) e dos

compostos orgânicos (húmus) e inorgânicos (água e sais minerais) existentes no solo e nos

ambientes aquáticos, por meio da fotossíntese. Os herbívoros como boi, cavalo, veado, anta,

vários pássaros, insetos, entre outros, alimentam-se das plantas; os carnívoros (onça, raposa,

gato-do-mato, gavião, jacaré) alimentam-se dos herbívoros; todos estes, ao morrerem, são

aproveitados pelos fungos, bactérias, protozoários e outros seres que se alimentam de matéria

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orgânica morta, decompondo-a e produzindo o húmus do solo, que armazena os nutrientes que as

plantas utilizam. Esse processo, que é complexo e cíclico, é chamado de teia trófica (trofos =

alimento) ou cadeia alimentar. Quando determinada espécie é extinta no ecossistema, retira-se

um elemento da teia trófica, podendo causar sua interrupção, com consequente desequilíbrio

ecológico (MMA, 2014).

2.4. Hotspots de biodiversidade

O conceito Hotspot foi criado em 1988 pelo ecólogo inglês Norman Myers para resolver um

dos maiores dilemas dos conservacionistas: quais as áreas mais importantes para preservar a

biodiversidade na Terra?

Ao observar que a biodiversidade não está igualmente distribuída no planeta, Myers

procurou identificar quais as regiões que concentravam os mais altos níveis de biodiversidade e

onde as ações de conservação seriam prioritárias. Ele chamou essas regiões de Hotspots. Para ser

classificado como um Hotspot, uma região deve seguir dois critérios:

● Abrigar no mínimo 1500 espécies de plantas vasculares endêmicas;

● Restar menos de 30% de sua área original, portanto é altamente ameaçada.

Atualmente existem 35 Hotspots no mundo, representado apenas 2,3% da superfície do

planeta e 50% das plantas e 42% dos vertebrados conhecidos (CONSERVATION INTERNATIONAL,

2014a). São eles (CONSERVATION INTERNATIONAL, 2014b):

● África:

o Província Florística do Cabo

o Florestas da Guiné

o Plantas Suculentas do Karoo

o Madagascar e Ilhas do Oceano Índico

o Florestas afromontanas

o Maputaland-Pondoland-Albany

o Chifre da África

o Montanhas do Arco Oriental

● Ásia e Pacífico:

o Ilhas da Melanésia Oriental

o Himalaias

o Japão

o Montanhas do Centro-Sul da China

o Nova Caledónia

o Nova Zelândia

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o Filipinas

o Ilhas da Polinésia e Micronésia

o Sudoeste da Austrália

o Sunda

o Wallacea

o Ghats Ocidentais

o Regiões da Indo-Birmânia

● Europa e Ásia Central:

o Cáucaso

o Bacia do Mediterrâneo

o Região Irano-Anatólica

o Montanhas da Ásia Central

● América do Sul e Central:

o Mesoamérica

o Ilhas do Caribe

o Província Florística da Califórnia

o Floresta de Pinho-Encino de Sierra Madre

● América do Sul:

o Mata Atlântica

o Cerrado

o Chile Central - Florestas Valdivias

o Andes Tropicais

o Tumbes-Chocó-Magdalena

Figura 6. Hotspots de biodiversidade

Fonte: CONSERVATION INTERNATIONAL, 2014b

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No Brasil há dois Hotspots: a Mata Atlântica e o Cerrado. Originalmente, a Mata Atlântica

estendia-se por 17 estados brasileiros, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, além da faixa

leste do Paraguai e de parte da Argentina. Ao longo dos séculos, porém, a exploração e devastação

deste bioma foram tão agressivas que a classificação como hotspot alerta não só para sua riqueza

ambiental, mas principalmente para a necessidade da conservação de suas áreas remanescentes

(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2013). A Mata Atlântica será aprofundada no item 4 deste

relatório.

3. FLORESTAS

Cotidianamente, denomina-se "floresta" qualquer vegetação que apresente predominância

de indivíduos lenhosos, onde as copas das árvores se tocam formando um dossel. Sinônimos

populares para florestas são: mata, mato, bosque, selva. No meio científico e governamental

existem diversas definições de floresta. Uma das mais utilizadas é a definição da Organização das

Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, 2004):

Floresta - área medindo mais de 0,5 ha com árvores maiores que 5 m de altura e cobertura

de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ. Isso não inclui

terra que está predominantemente sob uso agrícola ou urbano.

3.1. As florestas no mundo

A área total de florestas no mundo é de aproximadamente 4 bilhões de hectares,

correspondendo a 31% da área terrestre total e uma taxa de 0,6 hectares per capita. Somente

cinco países representam mais de 50% da área florestal mundial – Rússia, Brasil, Canadá, Estados

Unidos e China. Além disso, 10 países não dispõem de áreas florestais e 54 tem áreas florestais em

menos de 10% de seu território (FAO, 2011).

As taxas de desmatamento e de perda de áreas florestais por causas naturais ainda é

bastante alta, entretanto vem decrescendo nos últimos anos. No nível global, a taxa caiu de 16

milhões de hectares por ano na década de 90 para 13 milhões de hectares por ano na última

década. Por outro lado, as taxas de reflorestamento e de expansão natural de áreas de florestas

permitiram que diminuição da perda líquida de áreas florestais (FAO, 2011).

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A maior parte da diminuição de áreas florestais ocorre em regiões tropicais, enquanto que o

aumento ocorre em zonas temperadas e boreais.

O desenvolvimento de políticas públicas visando à proteção das florestas sofreu progressos

significativos. 76 países desenvolveram ou atualizaram suas legislações nos últimos anos, tornando

possível uma cobertura de 75% da área florestal mundial (FAO, 2011).

A figura abaixo apresenta os remanescentes de áreas florestais.

Figura 7. Mapa mundial de áreas florestais

Fonte: GREENPEACE INTERNATIONAL, 2006

3.2. As florestas no Brasil

O Brasil é um país com 463 milhões de hectares de área florestal, o que representa 54,4%

do seu território. As áreas de florestas naturais brasileiras são extremamente biodiversas, enquanto

as áreas de florestas plantadas são formadas principalmente por espécies dos gêneros Eucalyptus e

Pinus (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).

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Tabela 1. Áreas estimadas de florestas no Brasil em 2012

Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013.

Nosso país abriga uma fauna e flora extremamente diversa e exuberante do planeta.

Estudos indicam que pelo menos 103.870 espécies animais e 43.020 espécies vegetais ocorrem no

Brasil e, em média, 700 novas espécies animais são reconhecidas anualmente (MMA, 2011).

O Brasil abriga seis biomas continentais: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga,

Pampa e Pantanal.

BIOMA

Segundo o IBGE, bioma é um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de

tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas

similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria

(SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).

Figura 8. Biomas brasileiros

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Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013

3.2.1. Amazônia

A Amazônia é o maior bioma do Brasil e representa cerca de 30% de todas as florestas

tropicais remanescentes do mundo. Sua importância é reconhecida nacionalmente e

internacionalmente. Isso se deve principalmente à sua larga extensão e enorme diversidade de

ambientes, com mais de 600 tipos diferentes de habitats terrestres e de água doce, o que resulta

numa riquíssima biodiversidade, composta por 2.500 espécies de árvores – ou um-terço de toda a

madeira tropical do mundo – 30 mil espécies de plantas (MMA, s/d(a)), totalizando cerca de 45.000

espécies de plantas e vertebrados (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).

Tabela 2. Área do Bioma Amazônia

Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013

*Em relação à área do Brasil.

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As vegetações que mais caracterizam o bioma Amazônia são a floresta ombrófila densa e a

floresta ombrófila aberta. Além dessas florestas, são encontradas tipologias vegetacionais típicas de

savana, campinaranas, formações pioneiras e de refúgio vegetacional. A Amazônia abriga vastos

estoques de madeira comercial e possui uma grande variedade de produtos florestais não

madeireiros, que sustenta diversas comunidades locais (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).

O bioma comporta a bacia amazônica, maior bacia hidrográfica do mundo: cobre cerca de 6

milhões de km2 e tem 1.100 afluentes. O Rio Amazonas, seu principal rio, corta a região e desagua

no Oceano Atlântico, lançando ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo (MMA,

s/d(a)).

3.2.2. Cerrado

O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448

km², cerca de 24% do território nacional. Nesse espaço territorial encontram-se as nascentes das

três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata)

(MMA, 2011).

Tabela 3. Área do Bioma Cerrado

Fonte:SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013

*Em relação à área do Brasil.

Do ponto de vista da diversidade biológica, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a

savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. Cerca de

200 espécies de mamíferos e 837 espécies de aves são conhecidas. O número de peixes endêmicos

não é conhecido, porém os valores são bastante altos para anfíbios e répteis: 28% e 17%,

respectivamente.

Dessas espécies, mais de 220 têm uso medicinal e 416 podem ser usadas como barreiras

contra o vento, na proteção contra a erosão e na recuperação de solos degradados. Mais de 10

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tipos de frutos comestíveis são regularmente consumidos pela população local e vendidos nos

centros urbanos, como os frutos do pequi (Caryocar brasiliense) e o buriti (Mauritia flexuosa) (MMA,

s/d(b)).

Contudo, inúmeras espécies de plantas e animais correm risco de extinção. Estima-se que

20% das espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137

espécies de animais que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de extinção. Nas três últimas

décadas, o Cerrado vem sendo degradado pela expansão da fronteira agrícola brasileira. Além

disso, o bioma Cerrado é palco de uma exploração extremamente predatória de seu material

lenhoso para produção de carvão (MMA, s/d(b)).

O Cerrado é classificado como um hotspot de biodiversidade (item 2.4), porém, apesar do

reconhecimento de sua importância biológica o Cerrado é a região que possui a menor

porcentagem de áreas sob proteção integral. O Bioma apresenta 8,21% de seu território legalmente

protegido por unidades de conservação; desse total, 2,85% são unidades de conservação de

proteção integral e 5,36% de unidades de conservação de uso sustentável, incluindo RPPNs (MMA,

s/d(b)).

Além dos aspectos ambientais, o Cerrado tem grande importância social. Muitas populações

sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, geraizeiros, ribeirinhos,

babaçueiras, vazanteiros e quilombolas que também fazem parte do patrimônio histórico e cultural

brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade (MMA, s/d(b)).

3.2.3. Caatinga

O bioma Caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 km², o equivalente a 10% do

território nacional e é o único bioma exclusivamente brasileiro. Sua vegetação é um mosaico de

arbustos espinhosos e florestas sazonalmente secas, e, apesar de ocupar uma região semiárida, é

extremamente heterogênea.

Tabela 4. Área do Bioma Caatinga

Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013

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*Em relação à área do Brasil.

Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de

répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas

vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver (MMA,

s/d(c)). A biodiversidade da caatinga ampara diversas atividades econômicas voltadas para fins

agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de

alimentos (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).

Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada, devido

principalmente ao consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins

domésticos e indústrias, ao sobrepastoreio e a conversão para pastagens e agricultura (SERVIÇO

FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).

3.2.4. Pampa

O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 176.496

km². Isto corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro (MMA, s/d(d)).

Tabela 5. Área do bioma Pampa

Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013

*Em relação à área do Brasil.

A estrutura da vegetação dos campos – se comparada à das florestas e das savanas – é

mais simples e menos exuberante, mas não menos relevante do ponto de vista da biodiversidade e

dos serviços ambientais. Ao contrário: os campos têm uma importante contribuição no sequestro de

carbono e no controle da erosão, além de serem fonte de variabilidade genética para diversas

espécies que estão na base de nossa cadeia alimentar (MMA, s/d(d)).

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Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora e fauna

próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência. Estimativas

indicam valores em torno de 3000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas, são

mais de 450 espécies. Nas áreas de campo natural, também se destacam as espécies de compostas

e de leguminosas (150 espécies) como a babosa-do-campo, o amendoim-nativo e o trevo-nativo.

Nas áreas de afloramentos rochosos podem ser encontradas muitas espécies de cactáceas. Entre as

várias espécies vegetais típicas do Pampa vale destacar o Algarrobo (Prosopis algorobilla) e o

Nhandavaí (Acacia farnesiana) arbusto cujos remanescentes podem ser encontrados apenas no

Parque Estadual do Espinilho, no município de Barra do Quaraí (MMA, s/d(d)).

Em relação às áreas naturais protegidas no Brasil o Pampa é o bioma que menor tem

representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), representando

apenas 0,4% da área continental brasileira protegida por unidades de conservação. Atualmente,

esse bioma sofre forte pressão sobre seus ecossistemas, com introdução de espécies forrageiras e

com a atividade pecuária (MMA, s/d(d)).

3.2.5. Pantanal

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta.

Este bioma continental é considerado o de menor extensão territorial no Brasil, entretanto este

dado em nada desmerece a exuberante riqueza que o referente bioma abriga. A sua área

aproximada é 150.355 km², ocupando assim 1,76% da área total do território brasileiro. Em seu

espaço territorial o bioma, que é uma planície aluvial, é influenciado por rios que drenam a bacia do

Alto Paraguai. O Pantanal sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia,

Cerrado e Mata Atlântica. Além disso, sofre influência do bioma Chaco (nome dado ao Pantanal

localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia) (MMA, s/d(e)).

Tabela 6. Área do bioma Pantanal

Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013

*Em relação à área do Brasil.

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O bioma Pantanal mantêm 86,77% de sua cobertura vegetal nativa. A vegetação não

florestal (savana [cerrado], savana estéptica [chaco], formações pioneiras e áreas de tensão

ecológica ou contatos florísticos [ecótonos e encraves]) é predominante em 81,70% do bioma.

Desses, 52,60% são cobertos por savana (cerrado) e 17,60% são ocupados por áreas de transição

ecológica ou ecótonos. Os tipos de vegetação florestais (floresta estacional semi-decidual e floresta

estacional decidual) representam 5,07% do Pantanal. A maior parte dos 11,54% do bioma

alterados por ação antrópica é utilizada para a criação extensiva de gado em pastos plantados

(10,92%); apenas 0,26% é usado para lavoura (MMA, s/d(e)).

Uma característica interessante desse bioma é que muitas espécies ameaçadas em outras

regiões do Brasil persistem em populações avantajadas na região, como é o caso do tuiuiú – ave

símbolo do Pantanal. Estudos indicam que o bioma abriga os seguintes números de espécies

catalogadas: 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies

de aves e 132 espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas. Segundo a Embrapa Pantanal, quase

duas mil espécies de plantas já foram identificadas no bioma e classificadas de acordo com seu

potencial, e algumas apresentam vigoroso potencial medicinal (MMA, s/d(e)).

Apesar de sua beleza natural exuberante o bioma vem sendo muito impactado pela ação

humana, principalmente pela atividade agropecuária, especialmente nas áreas de planalto

adjacentes do bioma (MMA, s/d(e)).

Assim como a fauna e flora da região são admiráveis, há de se destacar a rica presença das

comunidades tradicionais como as indígenas, quilombolas, os coletores de iscas ao longo do Rio

Paraguai, comunidade Amolar e Paraguai Mirim, dentre outras. No decorrer dos anos essas

comunidades influenciaram diretamente na formação cultural da população pantaneira.

Apenas 4,4% do Pantanal encontra-se protegido por unidades de conservação, dos quais 2,9%

correspondem a UCs de proteção integral e 1,5% a UCs de uso sustentável (apenas RPPNs, no

Pantanal, até o momento) (MMA, s/d(e)).

4. A MATA ATLÂNTICA

4.1. Importância da Mata Atlântica

Originalmente a Mata Atlântica cobria quase 1,5 milhão km2, 16% do território brasileiro. Ela

também cobria parte do território paraguaio e argentino. Além disso, a Mata Atlântica tinha

conexões com outros biomas sul-americanos, como a Amazônia e os Andes Tropicais (WWF, 2013),

como mostra a Figura 5.

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Figura 9. Formação original da Mata Atlântica

Fonte: Imagem de satélite da NASA

A grande extensão longitudinal e latitudinal garantiu uma alta variação de condições

climáticas e ecológicas. Por exemplo, em áreas da costa brasileira a taxa pluvial é de mais de 4.000

mm por ano, enquanto que no interior do continente essa taxa fica em torno de 1.000 mm anuais

(WWF, 2013).

Tais condições permitem que a Mata Atlântica seja considerada atualmente como um dos

mais ricos conjuntos de ecossistemas em termos de biodiversidade do planeta e abriga uma enorme

variedade de mamíferos, aves, peixes, insetos, répteis, árvores, fungos e bactérias.

Estima-se que nesse bioma existam cerca de 20.000 espécies vegetais (cerca de 35% das

espécies existentes no Brasil). Essa riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 espécies

na América do Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata Atlântica é altamente

prioritária para a conservação da biodiversidade mundial (MMA, s/d(f)).

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Em relação à fauna, os levantamentos mais recentes indicam que a Mata Atlântica abriga

1.020 espécies de aves, 340 espécies de anfíbios e 270 de mamíferos (WWF, 2013).

A riqueza pontual é tão significativa que os dois maiores recordes mundiais de diversidade

de árvores foram registrados na Mata Atlântica: 454 espécies em um único hectare do sul da Bahia

e 476 espécies em amostra de mesmo tamanho na região serrana do Espírito Santo

(CONSERVATION INTERNATIONAL DO BRASIL, s/d).

Outra dado que impressiona é a enorme quantidade de espécies endêmicas, ou seja, que

não podem ser encontradas em nenhum outro lugar do planeta. Estima-se que 40% das espécies

vegetais, 20% dos mamíferos, 19% das aves e 26% dos anfíbios sejam endêmicas (WWF, 2013).

Além de sua rica biodiversidade, a Mata Atlântica presta diversos serviços ao homem e

exerce influência direta na vida de mais de 120 milhões de pessoas (75% da população brasileira),

que vive em seu domínio (WWF, 2013). Seus remanescentes regulam o fluxo dos mananciais e

garantem o abastecimento de água para 60% da população e é responsável pelo sequestro de 2

bilhões de toneladas de CO2 (WWF, 2013). Além disso, asseguram a fertilidade do solo, controlam o

clima, protegem escarpas e encostas das serras. Esta região possui ainda belíssimas paisagens,

paraísos tropicais, cuja proteção é essencial para nossa cultura e para o desenvolvimento

econômico, por meio do turismo e do ecoturismo (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).

Dois terços da população brasileira, que vivem em áreas de abrangência da Mata

Atlântica, dependem do provimento de água em quantidade e qualidade, do ciclo de chuvas, da

polinização natural provida por remanescentes de vegetação nativa a plantações agrícolas, da

proteção contra desastres naturais e pestes agrícolas, da beleza cênica para recreação e dos

serviços culturais e espirituais. Mas a Mata Atlântica não beneficia somente a população local e

regional. A sociedade global também se favorece da proteção de recursos genéticos, da beleza

cênica, da proteção de espécies endêmicas, e da mitigação das mudanças climáticas (MMA, 2011).

Por fim, a Mata Atlântica abriga uma grande diversidade cultural, constituída por povos

indígenas, como os Guarani, e outras culturas tradicionais representadas pelos caiçaras,

quilombolas, caipiras e o caboclo ribeirinho. Algumas destas populações vivem em unidades de

conservação de uso direto ou indireto (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). Além disso, há também

diversos patrimônios culturais, que podem ser definido como um conjunto de todos os bens,

materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, devem ser considerados de interesse relevante

para a permanência e a identidade da cultura de um povo.

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4.2. Ecossistemas

Ecossistema pode ser definido como um sistema formado pelos seres vivos e o lugar onde

eles vivem, em perfeito equilíbrio. Exemplo: as plantas retiram nutrientes do solo e energia da luz

do sol; há animais que se alimentam das plantas; esses animais servem de alimento para outros

animais; quando morrem, os seres vivos se decompõem e fornecem nutrientes ao solo, que vão

novamente ser aproveitados pelas plantas – num ciclo de vida em que cada ser tem importância

fundamental (Ministério do Meio Ambiente).

O Bioma Mata Atlântica é composto por diversos ecossistemas. São eles (SERVIÇO

FLORESTAL BRASILEIRO, 2013):

a. Floresta ombrófila densa (floresta pluvial tropical)

A palavra ombrófila tem origem grega e significa "amigo das chuvas", o mesmo que pluvial

de origem latina, e caracteriza uma formação vegetal cujo desenvolvimento depende de regime de

águas pluviais abundantes e constantes. Também conhecida como florestal pluvial tropical; possui

uma vegetação densa em todos os estratos (arbóreo, arbustivo, herbáceo e lianas); ocorre em

regiões onde o período biologicamente seco é praticamente inexistente (SERVIÇO FLORESTAL

BRASILEIRO, 2010).

b. Floresta ombrófila aberta

É uma variação da floresta ombrófila densa, sendo uma formação florestal mais aberta,

onde comumente observam-se combinações de espécies particulares em associações (fasciações ou

fascies); ocorre nas regiões com mais dias secos do que nas regiões onde ocorre Floresta Ombrófila

Densa (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2010).

c. Floresta ombrófila mista (floresta de araucária)

Caracteriza-se como uma floresta ombrófila, porém com predomínio da espécie Araucaria

angustifolia, e por isso é também conhecida como Mata de Araucária; ocorre onde as chuvas são

regularmente distribuídas ao longo do ano e as temperaturas são mais baixas em relação às outras

regiões com formações ombrófilas (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2010).

d. Vegetação com influência marinha ou fluviomarinha (mangue e restinga)

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A vegetação com influência fluviomarinha ou manguezal é uma formação também

conhecida como floresta de alagados litorâneos. A maior concentração desta vegetação situa-se na

desembocadura de rios e/ou canais onde ocorre o encontro das águas doces com as águas

salgadas (EMBRAPA, 2011a).

A vegetação denominada de influência marinha, também chamada de vegetação de

restinga. É uma vegetação relativamente pouco densa com árvores em torno de 10 a 12 metros de

altura, troncos finos, ramificação geralmente baixa, caules às vezes tortuosos e copas irregulares e

por vezes compreendendo áreas abertas onde se desenvolve uma vegetação conhecida como

campo de restinga com presença marcante de gramíneas (EMBRAPA, 2011b).

e. Floresta estacional decidual

É também denominada Floresta Tropical Caducifólia. Sua vegetação caracteriza-se por duas

estações climáticas bem demarcadas: uma chuvosa seguida de outro longo período biologicamente

seco, onde a maior parte das espécies perde suas folhas (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO,

2010), conforme indicado pelo nome da formação (decidual ou caducifólia).

f. Floresta estacional semidecidual

É também denominada Floresta Tropical Subcaducifólia. Apresenta vegetação condicionada

pela dupla estacionalidade climática: uma tropical com época de intensas chuvas de verão, seguida

por estiagem acentuada e outra subtropical sem período seco, mas com seca fisiológica provocada

pelo intenso frio do inverno, quando parte da vegetação perde suas folhas (SERVIÇO FLORESTAL

BRASILEIRO, 2010). É um ecossistema típico em áreas de transição entre os biomas Mata Atlântica

e Cerrado.

g. Estepe arborizada

Vegetação submetida à dupla estacionalidade, uma fisiológica, provocada pelo frio das

frentes polares e outra seca, mais curta, com déficit hídrico; apresenta composição florística

gramíneo-lenhosa. Ocorre em regiões próximas aos polos ou regiões que apresentem homologia

ecológica (IBGE, 2012).

h. Savana estépica florestada e arborizada (caatinga arbórea)

No Brasil, o termo designa formações vegetais como a Caatinga, Campos de Roraima,

Chaco Sul-Mato-Grossense e Parque de Espinilho da Barra do Rio Quaraí (RS); vegetação tropical

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de características estépicas (vide Estepe). Ocorre em regiões com clima que se caracteriza por

dupla estacionalidade (IBGE, 2012).

i. Savana florestada (cerradão)

No Brasil, é sinônimo de Cerrado; caracteriza-se por vegetação xeromorfa (adaptada a

regiões com pouca água) que ocorre preferencialmente em regiões de clima estacional, podendo

ocorrer também em clima ombrófilo (IBGE, 2012).

j. Ecótono (zona de transição)

Este contato entre tipos de vegetação com estruturas fisionômicas semelhantes é impossível

de ser detectado no mapeamento por simples fotointerpretação. Também é muito difícil separar ou

identificar este contato, mesmo quando os tipos de vegetação envolvidos apresentam estruturas

fisionômicas diferentes. Também é muito difícil separar ou identificar este contato, mesmo quando

os tipos de vegetação envolvidos apresentam estruturas fisionômicas diferentes (IBGE, 2012).

k. Vegetação secundária

Vegetação que surge após uma intervenção humana para o uso da terra, seja com

finalidade mineradora, agrícola ou pecuária, descaracterizando a vegetação primária. Assim sendo,

essas áreas, quando abandonadas, reagem diferentemente de acordo com o tempo e a forma de

uso da terra, refletindo os parâmetros ecológicos do ambiente (IBGE, 2012).

l. Reflorestamento

Áreas de reflorestamento, usualmente das espécies Eucalyptus e Pinus (IBGE, 2012).

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Figura 10. Formações vegetais do bioma Mata Atlântica

Fonte: FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2013

4.3. Aspectos históricos e a sua degradação

Durante 500 anos a Mata Atlântica propiciou lucro fácil ao colonizador europeu e seus

descendentes. Ainda no século XVI, ato contínuo ao descobrimento, já foi iniciada a extração

predatória do pau-brasil, marcando o início da destruição da Mata Atlântica. Outras madeiras de

alto valor para a construção civil, naval e mobiliária como, sucupiras, canelas, canjaranas,

jacarandás, araribás, louro, cedro, peroba, e vinhático, também foram intensamente exploradas.

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Igualmente os animais silvestres rapidamente transformaram-se em souvenirs preciosos

exibidos nos jardins e salões europeus. A este modelo predatório de exploração da natureza somou-

se o sistema de concessão de sesmarias, originando uma combinação altamente destrutiva para a

Mata Atlântica. Destruir, passar a propriedade adiante e receber outra era um excelente negócio

(INSTITUTO FLORESTAL, 2008).

O Brasil é o único país no mundo a herdar seu nome de uma árvore. Durante muitos

anos, o Pau-Brasil, uma árvore da Mata Atlântica, foi fonte de riqueza para os portugueses, que

extraíam dela um pigmento vermelho, muito utilizado para tingir tecidos. Hoje sua madeira ainda

é utilizada para fabricação de violinos, mas a árvores está ameaçada de extinção (MMA, 2014).

Outras grandes investidas como o ciclo da cana-de-açúcar estimularam a destruição Mata

Atlântica, não apenas para abrir espaço para os canaviais, mas também para alimentar as

construções dos engenhos e as fornalhas da indústria do açúcar. No século XVIII, as jazidas de

ouro atraíram para o interior um grande número de portugueses, levando novos desmatamentos

estendidos até os limites com o Cerrado, para a implantação de agricultura e pecuária. No século

seguinte foi o café que estimulou o desmatamento das florestas da região do Vale do Paraíba. As

florestas remanescentes se tornaram alvo dos carvoeiros para alimentar locomotivas e as novas

fornalhas industriais. Na metade do século XX as matas passaram a ser derrubadas para fornecer

matéria-prima para a indústria de papel e celulose (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).

Em São Paulo, nos anos 1940, a construção da via Anchieta dinamizou a implantação do

Polo Petroquímico de Cubatão, sendo esse mais um vetor de pressão negativa. Na década de 1950

veio a construção da Rodovia dos Tamoios, que alavancou o desenvolvimento turístico e as

primeiras pressões de especulação imobiliária no litoral norte, que com a abertura da Rodovia Rio-

Santos (BR 101) na década de 70 vem sofrendo uma verdadeira invasão humana (INSTITUTO

FLORESTAL, 2008). Além disso, em 1974 ocorreu a construção da Rodovia que liga Paraty a

Ubatuba e em 1985 a que liga Bertioga a São Sebastião, contribuindo ainda mais para o turismo na

região.

DEVASTAÇÃO DE FLORESTAS

A devastação das florestas tem causado diversos prejuízos para a humanidade. A redução do habitat

tem levado diversas espécies à extinção. Para ter uma ideia, desde o século 16 o homem já erradicou 322

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espécies de vertebrados no mundo. Até então, apenas uma em cada 10 milhões de espécies desapareciam

no período de um ano. Esse número aumentou mil vezes. Atualmente 100 em milhão são eliminadas

atualmente, de acordo com um estudo da Universidade de Standford, na Califórnia (ESTADÃO

SUSTENTABILIDADE, 2014).

No Brasil, uma espécie criticamente ameaçada é a onça pintada, restando apenas 250 animais na

Mata Atlântica, o que representa uma redução de 80% nos últimos 15 anos (TURTELLI, 2014). Com a

fragmentação do território, as onças acabam cruzando entre si e enfraquecendo a espécie (ESTADÃO

SUSTENTABILIDADE, 2014).

A onça pintada é uma espécie de topo da cadeia alimentar. De acordo com estudo publicado na

revista Science1, a perda de espécies no topo da cadeia alimentar pode representar um dos maiores

impactos da ação humana nos ecossistemas terrestres, afetando os mais variados aspectos do como o clima,

a perda de hábitats, poluição, sequestro de carbono, espécies invasoras e até mesmo a propagação de

doenças (AGÊNCIA FAPESP, 2011). Segundo Morato, a extinção da onça pintada pode significar o fim da

Mata Atlântica. O felino é predador de herbívoros, como veados e capivaras e sua falta poderá ocasionar um

grande desiquilíbrio ambiental (TURTELLI, 2014). A Figura abaixo estima a posição dos indivíduos da espécie

na Mata Atlântica.

Figura 11. Onde está a onça?

1 O artigo Trophic Downgrading of Planet Earth (doi:10.1126/science.1205106), de James Estes e

outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.

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Fonte: TURTELLI, 2014

A extinção também gera prejuízos econômicos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a redução de 40%

do número de abelhas levou a um prejuízo da ordem de US$ 2 bilhões nos últimos 6 anos (ESTADÃO

SUSTENTABILIDADE, 2014).

O livro “A Ferro e Fogo” (1996), de Warren Dean, aprofunda o tema e conta com detalhe a

história e a devastação da Mata Atlântica Brasileira.

4.4. Trilhas indígenas e caminho dos Tropeiros

Do ponto de vista histórico, o emaranhado de trilhas que havia na Serra do Mar era de

movimentações de indígenas que, sazonalmente, desciam e subiam a Serra. Os caminhos dos

indígenas seguiam o caminha já traçado pelas antas, espécie animal característica da região.

Quando se deu o início da colonização brasileira estas trilhas auxiliaram na expansão territorial

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portuguesa (RESSURREIÇÃO, 2002) e na comunicação e comércio entre as recém-formadas vilas.

Era primordial a qualquer vila estabelecer relações comerciais para a sua sobrevivência.

Durante os séculos XVII e XVIII, as trilhas serviram para o transporte de ouro, diamantes

das Minas Gerais aos portos do Litoral, como o de Ubatuba e São Sebastião, e que, na volta, as

tropas traziam além dos mantimentos para as Minas, o sal que era artigo escasso na época

(ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).

Posteriormente, as trilhas também serviram o escoamento do café.

Muitas dessas trilhas ainda podem ser percorridas, onde é possível visualizar estruturas e

elementos da época. No Parque Estadual Serra do Mar, há, por exemplo, a Rota Dória e a Trilha

dos Tropeiros, que serão vistas adiante.

4.5. A Mata Atlântica e a situação atual

Do período colonial aos dias de hoje, as florestas da Mata Atlântica no Brasil foram

reduzidas a aproximadamente 11,7% de sua cobertura original. A grande parte dos remanescentes

está isolada em um mosaico juntamente com vegetação secundária, reflorestamento, pastagens a

lavouras. A pressão continua pela expansão urbana e da agricultura, além de outras ameaças

consequências da presença humana como a caça e extração de madeira (WWF, 2013).

Tabela 7. Área do Bioma Mata Atlântica

Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013

*Em relação à área do Brasil.

Atualmente, a Mata Atlântica conta com 1.010 áreas protegidas, sendo 331 unidades de

proteção integral e 679 unidades de uso sustentável (Ministério do Meio Ambiente, 2014). Além

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disso, há diversas terras indígenas, algumas inclusive com superposição com unidades de

conservação, o que ajuda também na conservação dos recursos naturais.

Essa quantidade de unidades de conservação no Bioma mostra que as áreas protegidas não

são suficientes para assegurar a resiliência2 do bioma no longo prazo. Uma grande parte dos

fragmentos remanescentes está localizada em terras privadas, portanto são necessárias iniciativas

socioambientais para fomentar a criação de novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural

(RPPNs) e garantir a preservação da Mata Atlântica. Atividades como o turismo e o manejo de

produtos florestais não madeireiros também são importantes opções para a conservação e o uso

sustentável da floresta fora das áreas protegidas (WWF, 2013).

Apesar de pouco representativas na área total do bioma, a criação de áreas protegidos

diminuiu a aceleração da taxa de desmatamento anual da Mata Atlântica, como é possível perceber

no gráfico abaixo.

Gráfico 1. Taxa de desmatamento anual da Mata Atlântica e média exponencial

Fonte: FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2013

4.6. Comunidades indígenas remanescentes – Os Guarani

Os Guarani vêm da família Tupi-Guarani, origem de diversas etnias indígenas presentes na

América Meridional. Uma antiga tese afirma que os Tupi-Guarani formaram, muito antes da

presença inicial dos europeus em território indígena, um só povo que se localizava as margens do

2 Resiliência significa voltar ao estado normal, e é um termo oriundo do latim resiliens. Resiliência

possui diversos significados para a área da psicologia, administração, ecologia e física. Resiliência é a

capacidade de voltar ao seu estado natural, principalmente após alguma situação crítica e fora do comum. No contexto da ecologia, a resiliência é a aptidão de um determinado sistema que lhe permite recuperar o

equilíbrio depois de ter sofrido uma perturbação. Este conceito remete para a capacidade de restauração de

um sistema. A noção de resiliência ambiental ficou conhecida a partir de 1970, graças ao trabalho do famoso ecologista canadiano C. S. Holling (SIGNIFICADOS.COM.BR, s/d).

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Médio Paraná-Paraguai, de onde, tempos depois, empreenderam uma grande migração que tomaria

três direções: um dos ramos subiria o litoral atingindo a foz do Amazonas; outro ramo estendera-se

para o noroeste; o terceiro desceria os cursos dos rios Tapajós, Madeira e Uaicali (Itanhaém, s/d).

Os Tupi-Guarani do litoral brasileiro ficaram conhecidos, à época da colonização, como

Tupinambá, Tamoio, Tupiniquim, Carijó, Caeté, Tabajara, Potiguara, Guajajara, etc.. No Brasil,

habitam três grupos Guarani de dialetos e fundamentos culturais diferenciados: os Ñandeva (maior

população em território brasileiro); os Mbyá (a maioria das aldeias do litoral de São Paulo, Rio de

Janeiro e Espírito Santo) e os Kaiguá (maior presença no Sul de Mato Grosso do Sul) (ITANHAÉM,

s/d).

No território brasileiro, as rotas de penetração dos Mbyá foram iniciadas pelo Rio Grande do

Sul, vindos da Argentina, viajaram pela costa brasileira e mais tarde formaram os aldeamentos de

Rio Branco (SP); de Boa Esperança (ES) e Boa Vista (SP). Outra rota partiu do Paraguai, atingindo o

estado do Paraná, formando vários aldeamentos (Palmeirinha, Rio das Cobras, etc..), que foram

responsáveis também pela população de alguns aldeamentos em São Paulo e Rio de Janeiro

(ITANHAÉM, s/d).

Atualmente, no bioma da Mata Atlântica no Estado de São Paulo, as terras indígenas somam

42.137,7336 hectares onde vive uma população de aproximadamente 2.260 índios (COMISSÃO

PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013). No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da

etnia Guarani reconhecidas pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-

Mirim, Guarani do Aguapeú, Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e

Tenondé Porã (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013).

Já no Estado de São Paulo vivem, segundo o censo 2010, 41.981 índios (IBGE, 2010). As

terras indígenas estão localizadas em diversas regiões do estado, havendo uma concentração no

litoral e no Vale do Ribeira. A maior população nessas terras é do povo Guarani Mbya e Tupi-

Guarani (Ñandeva) (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013).

Algumas unidades de conservação, entre elas o Parque Estadual Serra do Mar, possuem

sobreposição com algumas terras indígenas, como mostra a tabela abaixo.

Figura 12. Sobreposição Terras Indígenas e Unidades de Conservação

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Fonte: COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013

Figura 13. Sobreposição com o Parque Estadual Serra do Mar

Fonte: COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013

4.7. A Serra do Mar e sua geomorfologia

Do ponto de vista geológico a região de estudo é predominantemente constituída por rochas

de idade Pré-Cambriana, que estão inseridas no contexto da Faixa Ribeira. É composta por

conjuntos litológicos variados, marcados por uma evolução tectonometamórfica distinta, separados

por zonas de cisalhamento transcorrentes dextrais, definindo uma estruturação regional de direção

NE-SW (STARZYNSKI, 2014).

Do ponto de vista geomorfológico a paisagem física da Serra do Mar pode ser

compartimentada em três grandes domínios de: Planaltos, Escarpas e Planícies Litorâneas. O

Domínio dos Planaltos situa-se nos flancos norte e ocidental da Serra do Mar (onde as altimetrias

alcançam mais de 1.200 m) e limita-se aos setores de relevo inferiores, nos níveis de 800 a 900 m;

os processos denudacionais são predominantes, implicando em ambiente de alta energia. O

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Domínio das Escarpas consiste em uma faixa de encostas com vertentes abruptas; geralmente suas

formas caracterizam-se por espigões digitados (interflúvios formando promontórios) intercalados a

anfiteatros côncavos e paredões retilíneos. Os processos denudacionais também são

predominantes, implicando igualmente em ambiente de alta energia. O Domínio das Planícies

Litorâneas abrange todo o litoral da área de estudo; esta zona compreende a porção delimitada

pela linha do litoral, que demarca o contato entre as águas e as terras e varia com as amplitudes de

maré, e a linha de costa, e se estende até o sopé da escarpa da Serra do Mar, compreendendo

formações recentes (desde o Pleistoceno), nas quais é predominante o processo de acumulação

(STARZYNSKI, 2014).

A região da Serra do Mar possui solos que se diferenciam em função do compartimento da

paisagem em que se encontram. Geralmente os solos são mais rasos na região da escarpa sobre

granitos, pouco profundos a profundos no planalto sobre gnaisses e mais profundos na planície

litorânea sobre sedimentos predominantemente marinhos e fluviais. Os Cambissolos são os solos

mais comuns, ocorrendo no planalto, escarpa, e nas planícies fluviais; os Latossolos encontram-se

nas baixas vertentes das escarpas, nos coluviões e no planalto; os Argissolos ocorrem no planalto,

em declives variados, na escarpa, em vertentes de relevo forte ondulado e montanhoso; os

Neossolos Litólicos são encontrados em pendentes bem inclinadas do relevo; os Gleissolos

encontram-se nas zonas de inundação dos principais rios, sobre sedimentos fluviais e continentais e

os Organossolos ocorrem em áreas abaciadas, nas depressões da planície litorânea

permanentemente encharcada (STARZYNSKI, 2014).

Page 46: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Figura 14. Formação geológica da Serra do Mar

Fonte: SERVIÇO GEOLÓGICO DO PARANÁ, s/d

Figura 15. As etapas de evolução da Serra do Mar

Fonte: SERVIÇO GEOLÓGICO DO PARANÁ, s/d

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5. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

As Unidades de Conservação (UCs) são espaços territoriais e marinhos detentores de

atributos naturais e culturais de especial relevância para a manutenção do equilíbrio ecológico. São

áreas protegidas, pois têm um papel fundamental na proteção e preservação do meio ambiente.

Algumas categorias de Unidades de Conservação protegem também o patrimônio histórico-

cultural e as práticas e o modo de vida das populações tradicionais, permitindo o uso sustentável

dos recursos naturais (WWF, 2008).

Para a população humana, as UCs contribuem especialmente para (WWF, 2008):

Regulação da quantidade e qualidade de água para consumo;

Fertilidade dos solos e estabilidade das encostas (relevo);

Equilíbrio climático e manutenção da qualidade do ar;

Alimentos saudáveis e diversificados;

Base para produção de medicamentos para doenças atuais e futuras;

Áreas verdes para lazer, educação, cultura e religião;

Fornecer matéria-prima para tudo o que se possa imaginar.

Outro aspecto positivo das UCs é o fato de que elas promovem a geração de renda e

estimulam o desenvolvimento local, apoiando programas de turismo sustentável, criação de

cooperativas de ecoprodutos, entre outros, além de incentivarem atividades de pesquisa científica e

processos educativos (WWF, 2008).

5.1. Unidades de Conservação no mundo

As florestas sempre foram vistas como fontes de riqueza e de sobrevivência para o ser

humano. Desde a Antiguidade diversos povos isolavam áreas para a proteção da natureza com

finalidades diversas, seja por questões culturais, religiosas, esportivas ou políticas (WWF, 2008).

A Rússia, por exemplo, tinha florestas consideradas sagradas. Reservas reais de caça já

aparecem nos registros históricos assírios de 700 AC. Os romanos já se preocupavam em manter

reservas de madeira que visavam à construção de navios, dentre outros produtos. Na Índia,

reservas reais de caça foram estabelecidas no século III (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).

Apesar disso, o surgimento do atual modelo de "áreas naturais protegidas" ocorreu nos

EUA, devido ao problema da grande expansão urbana e agrícola sobre as áreas naturais. Em 1872

foi criada a primeira área institucionalmente protegida, o Parque Nacional de Yellowstone (WWF,

2008).

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Posteriormente, diversos países começaram a criar suas áreas protegidas nos mesmos

moldes: em 1885, o Canadá criou seu primeiro parque nacional, a Nova Zelândia o fez em 1894, e

a África do Sul e a Austrália, em 1898. Na América Latina, o México criou sua primeira área

protegida em 1894; a Argentina, em 1903 e o Chile em 1926 (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).

No entanto, cinquenta anos depois da criação da primeira área natural protegida, ainda não

havia uma definição aceita mundialmente sobre os objetivos dos parques nacionais. Assim, em

1933 foi realizada, em Londres, a Convenção para a Preservação da Flora e Fauna. Nessa ocasião,

definiram-se três características dos parques nacionais:

1) Áreas controladas pelo poder público;

2) Áreas para a preservação da fauna e flora, objetos de interesse estético, geológico e

arqueológico, onde a caça é proibida; e

3) Áreas de visitação pública.

Já em 1959, foi elaborada pelas Nações Unidas a primeira lista dos parques nacionais e

reservas equivalentes. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), uma das

mais importantes organizações internacionais dedicadas à conservação dos recursos naturais,

estabeleceu, no ano seguinte, a Comissão de Parques Nacionais e Áreas Protegidas, com o intuito

de promover, monitorar e orientar o manejo destes espaços (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).

Em 1992, na Venezuela, ocorreu o 4º Congresso Mundial de Parques Nacionais, onde foi

estabelecido um conjunto de categorias de áreas protegidas, logo depois adotado, em 1994, pela

IUCN e que vigora até os dias de hoje (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d). São elas:

Categoria Ia - Reserva natural estrita: área natural protegida, que possui algum

ecossistema excepcional ou representativo, característica geológicas ou fisiológicas e/ou

espécies disponíveis para pesquisa científica e/ou monitoramento ambiental.

Categoria Ib - Área de vida selvagem: área com suas características naturais pouco ou

nada modificadas, sem habitações permanentes ou significativas, que é protegida e

manejada para preservar sua condição natural.

Categoria II - Parque nacional: área designada para proteger a integridade ecológica de

um ou mais ecossistemas para a presente e as futuras gerações e para fornecer

oportunidades recreativas, educacionais, científicas e espirituais aos visitantes desde que

compatíveis com os objetivos do parque.

Categoria III - Monumento natural: área contendo elementos naturais – eventualmente

associados com componentes culturais – específicos, de valor excepcional ou único,

dada sua raridade, representatividade, qualidades estéticas ou significância cultural.

Categoria IV - Área de manejo de habitat e espécies: área sujeita a ativa intervenção

para o manejo com finalidade de assegurar a manutenção de habitats que garantam as

necessidades de determinadas espécies.

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Categoria V - Paisagem protegida: área onde a interação entre as pessoas e a natureza

ao longo do tempo produziu uma paisagem de características distintas com valores

estéticos, ecológicos e/ou culturais significativos e, em geral, com alta diversidade

biológica.

Categoria VI – Área protegida para manejo dos recursos naturais: área abrangendo

predominantemente sistemas naturais não modificados, manejados para assegurar

proteção e manutenção da biodiversidade, fornecendo, concomitantemente, um fluxo

sustentável de produtos naturais e serviços que atenda as necessidades das

comunidades.

A IUCN disponibiliza uma ferramenta interativa de todas as unidades de conservação do

mundo e suas principais informações, como localização e espécies nativas. A ferramenta é gratuita

e está disponível no link http://www.protectedplanet.net/.

5.2. Unidades de Conservação no Brasil

No Brasil, a primeira área protegida foi criada em 1911, pelo então Presidente da República,

Hermes da Fonseca. A Reserva Florestal do Acre, como foi chamada, foi instituída com o propósito

de conter a devastação desordenada das matas, que estava produzindo efeitos sensíveis e

desastrosos, entre eles alterações climáticas (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).

No entanto, a criação do primeiro Parque Nacional ocorreu apenas em 1937. O Parque

Nacional de Itatiaia fica localizado entre os estados de MG e RJ e foi criado com o objetivo de

incentivar a pesquisa científica e oferecer lazer às populações urbanas. Logo em seguida, em 1939,

foram criados os Parques de Iguaçu e Serra dos Órgãos (WWF, 2008).

Em 1965 o Brasil teve um grande avanço em sua legislação e instituiu, pela lei n° 4.771, o

Novo Código Florestal Brasileiro (WWF, 2008). O Código previa a definição de espaços a serem

protegidos, como as áreas de preservação permanente (APP) a reserva legal.

As APPs constituem áreas protegidas, cobertas por vegetação nativa ou reflorestada, com a

função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a

biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, além de proteger o solo e assegurar o bem-estar

das populações humanas. Ela não pode ser explorada.

Já a reserva legal é uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural

necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos

ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. A

Reserva Legal não se confunde com as Áreas de Preservação Permanente, uma vez que nela é

permitida a exploração econômica de forma sustentável.

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O Brasil continuou avançando em sua legislação ambiental e em 1981 instituiu a sua Política

Nacional de Meio Ambiente. Em 1988 foi promulgada a Constituição Federal Brasileira, que

assegura a todos, em seu artigo 225, um “meio ambiente ecologicamente equilibrado” e impõe ao

Poder Público o dever de defendê-lo e preservá-lo. Assim, um dos instrumentos que ela aponta

para o cumprimento desse dever é a “definição de espaços territoriais e seus componentes a serem

especialmente protegidos”, ou seja, indica que o Poder Público deve criar áreas protegidas e

garantir que elas contribuam para a existência de um “meio ambiente ecologicamente equilibrado”

(INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).

A partir dessa base constitucional, o país concebeu um Sistema Nacional de Unidades de

Conservação (SNUC), ou seja, um conjunto de unidades de conservação (UC) federais, estaduais e

municipais. O processo de elaboração e negociação desse Sistema durou mais de dez anos e foi

institucionalizado apenas em 2000, pela Lei nº 9.985/2000 (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).

O SNUC é composto por 12 categorias de UC, cujos objetivos específicos se diferenciam

quanto à forma de proteção e usos permitidos: aquelas que precisam de maiores cuidados, pela sua

fragilidade e particularidades, e aquelas que podem ser utilizadas de forma sustentável e

conservadas ao mesmo tempo (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).

Assim, as 12 categorias estão divididas em dois grupos: unidades de proteção integral e

unidades de uso sustentável. As Unidades Proteção Integral visam à preservação da natureza em

áreas com pouca ou nenhuma atividade humana e admitem apenas o uso indireto dos seus

recursos naturais. Já as de Uso Sustentável têm como objetivo a harmonia entre conservação da

natureza e utilização de seus recursos em benefício da comunidade local. A exploração do ambiente

é permitida desde que, como o próprio nome indica, seja feita de forma sustentável (WWF, 2008).

As tabelas abaixo apresentam todas as unidades, seus objetivos e usos.

Tabela 8. Unidades de Proteção Integral

Categoria Objetivo Uso

Estações

Ecológicas Preservar e pesquisar.

Pesquisas científicas, visitação pública com

objetivos educacionais.

Reservas

Biológicas

(REBIO)

Preservar a biota (seres vivos) e

demais atributos naturais, sem

interferência humana direta ou

modificações ambientais.

Pesquisas científicas, visitação pública com

objetivos educacionais.

Parque

Nacional

(PARNA)

Preservar ecossistemas naturais de

grande relevância ecológica e beleza

cênica.

Pesquisas científicas, desenvolvimento de

atividades de educação e interpretação

ambiental, recreação em contato com a

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natureza e turismo ecológico.

Monumentos

Naturais

Preservar sítios naturais raros,

singulares ou de grande beleza

cênica.

Visitação pública.

Refúgios de

Vida Silvestre

Proteger ambientes naturais e

assegurar a existência ou

reprodução da flora ou fauna.

Pesquisa científica e visitação pública.

Fonte: WWF, s/d

Tabela 9. Unidades de Uso Sustentável

Categoria Característica Objetivo Uso

Área de

Proteção

Ambiental (APA)

Área extensa, pública ou

privada, com atributos

importantes para a

qualidade de vida das

populações humanas locais.

Proteger a biodiversidade,

disciplinar o processo de

ocupação e assegurar a

sustentabilidade do uso

dos recursos naturais.

São estabelecidas

normas e restrições

para a utilização de uma

propriedade privada

localizada em uma APA.

Área de

Relevante

Interesse

Ecológico (ARIE)

Área de pequena extensão,

pública ou privada, com

pouca ou nenhuma

ocupação humana, com

características naturais

extraordinárias.

Manter os ecossistemas

naturais e regular o uso

admissível dessas áreas.

Respeitados os limites

constitucionais, podem

ser estabelecidas

normas e restrições

para utilização de uma

propriedade privada

localizada em uma

ARIE.

Floresta

Nacional

(FLONA)

Área de posse e domínio

público com cobertura

vegetal de espécies

predominantemente

nativas.

Uso múltiplo sustentável

dos recursos florestais

para a pesquisa científica,

com ênfase em métodos

para exploração

sustentável de florestas

nativas.

Visitação, pesquisa

científica e manutenção

de populações

tradicionais.

Reserva

Extrativista

(RESEX)

Área de domínio público

com uso concedido às

populações extrativistas

tradicionais.

Proteger os meios de vida

e a cultura das populações

extrativistas tradicionais, e

assegurar o uso

sustentável dos recursos

naturais.

Extrativismo vegetal,

agricultura de

subsistência e criação

de animais de pequeno

porte. Visitação pode

ser permitida.

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Reserva de

Fauna (REFAU)

Área natural de posse e

domínio público, com

populações animais

adequadas para estudos

sobre o manejo econômico

sustentável.

Preservar populações

animais de espécies

nativas, terrestres ou

aquáticas, residentes ou

migratórias.

Pesquisa científica.

Reserva de

Desenvolvimento

Sustentável

(RDS)

Área natural, de domínio

público, que abriga

populações tradicionais,

cuja existência baseia-se

em sistemas sustentáveis

de exploração dos recursos

naturais.

Preservar a natureza e

assegurar as condições

necessárias para a

reprodução e melhoria dos

modos e da qualidade de

vida das populações

tradicionais.

Exploração sustentável

de componentes do

ecossistema. Visitação e

pesquisas científicas

podem ser permitidas.

Reserva

Particular do

Patrimônio

Natural (RPPN)

Área privada, gravada com

perpetuidade.

Conservar a diversidade

biológica.

Pesquisa científica,

atividades de educação

ambiental e turismo.

Fonte: WWF, s/d

Atualmente, o Brasil tem 1860 unidades de conservação em área continental e 151 em área

marinha, conforme a tabela abaixo.

Tabela 10. Unidades de conservação brasileiras por bioma

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Fonte: MMA, 2014b

Tabela 11. Número e a área das unidades de conservação que estão em acordo com o SNUC por tipo (proteção integral e uso sustentável), categoria e esfera (federal, estadual e municipal).

Fonte: (MMA, 2014b)

http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80112/CNUC_Biomas_Out14.pdf

De acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, somente no Estado de

São Paulo há 205 unidades de conservação. A Lista completa pode ser vista no anexo 3.

Em 2012, a lei conhecida como novo Código Florestal foi sancionada (Lei nº 12.651, de 25

de maio de 2012), trazendo alterações que apresentam inúmeras implicações para o

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encaminhamento das questões que vinculam uso do solo e proteção/recuperação da vegetação

nativa em todo o território brasileiro (GUYOT e CAVALCANTI, 2014).

As figuras abaixo detalham as categorias de APP e de Reserva Legal.

Figura 16. Categorias possíveis de APP dentro de uma propriedade

Fonte: GUYOT e CAVALCANTI,2014

http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80112/CNUC_Categorias_Out14.pdf

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Figura 17. Reserva legal

Fonte: GUYOT e CAVALCANTI, 2014

http://www.copersucar.com.br/pdf/cartillha_-_codigo_florestal.pdf

6. O PARQUE ESTADUAL SERRA DO MAR

6.1. A criação do parque

O Parque Estadual Serra do Mar (PESM) é a maior área de proteção integral do litoral

brasileiro e o maior parque de toda a Mata Atlântica. Criado em 1977, o parque possui uma

extensão de 332 mil hectares, abrangendo parte de 25 municípios paulistas, desde a divisa com o

Rio de Janeiro até o litoral sul do Estado de São Paulo (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,

2013).

Figura 18. Núcleos do Parque Estadual Serra do Mar

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O Parque Estadual Serra do Mar foi criado através do Decreto n° 10.251/1977, na época da

construção da BR 101 – Rodovia Rio Santos, que abriu o litoral ao desenvolvimento do turismo

(Fundação Florestal, 2007) e ampliado em 2010 pelo Decreto nº. 56.572/2010 (ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2010).

Segundo o Decreto n° 10.251, “o Parque Estadual Serra do Mar foi criado com a finalidade

de assegurar integral proteção à flora, à fauna, às belezas naturais, bem como para garantir sua

utilização a objetivos educacionais, recreativos e científicos e caracteriza-se por ser uma Unidade de

Conservação de Proteção Integral”. Algumas comunidades tradicionais também foram incluídas nos

seus limites para evitar sua expulsão gradual ou violenta, como ocorreu em outras regiões da Mata

Atlântica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2007).

6.2. A importância do Parque Estadual Serra do Mar

Atualmente, o Parque é considerado um polo de concentração das atenções de toda

comunidade científica, ONG’s, governos, empresas privadas e demais setores da sociedade, em

função da preocupação com a preservação da Mata Atlântica e da necessidade de aprofundamento

dos conhecimentos sobre a fauna e a flora regionais. A região apresenta ainda características

histórico-culturais valiosas, mantidas pelas comunidades tradicionais e também por meio de

registros dos diversos momentos da ocupação humana na Serra do Mar (INSTITUTO FLORESTAL,

2008).

A contribuição do Parque é clara para a sustentabilidade da vida, especialmente nos núcleos

urbanos localizados em seu entorno. Ele presta diversos serviços ecossistêmicos para a sociedade.

Suas florestas, além da constituição de belezas cênicas e paisagens notáveis, preservam nascentes

e cabeceiras de rios formadores das bacias hidrográficas do Paraíba do Sul e Tietê, e mananciais

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que abastecem diversos municípios por onde passa como Baixada Santista, Litoral Norte e Litoral

Sul, beneficiando milhões de habitantes (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).

Contribuem também amenizando o clima, oferecendo a estabilização das encostas dando

melhor proteção aos moradores de áreas críticas, propiciando espaços para recreação, lazer e

visitação pública e a proteção e a conservação da sua rica biodiversidade (INSTITUTO FLORESTAL,

2008), composta por 468 espécies de aves (SCHUNCK, 2015), 111 de mamíferos, 144 de anfíbios e

46 de répteis (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Específico em relação a aves, das 468 espécies de aves, 142 são endêmicas da Mata

Atlântica (Bencke et al., 2006), 39 espécies estão ameaçadas no estado de São Paulo (São Paulo,

2014), 12 espécies estão ameaçadas a nível nacional (MMA, 2014) e 52 espécies ameaçadas

globalmente (IUCN, 2012). Em relação à lista das aves do PESM elaborada em 2006 (Buzzetti,

2006), 14 espécies foram retiradas por falta de documentação ou por estar fora da sua área de

ocorrência, 109 espécies foram adicionadas por serem registros recentes ou por não terem sido

compiladas anteriormente e 359 espécies permaneceram sem alterações. A avifauna do PESM está

dividida atualmente da seguinte maneira entre os dez núcleos administrativos: Curucutu (365),

Bertioga (353), Padre Dória (314), Picinguaba (308), Caraguatatuba (296), Cunha (274), Santa

Virgínia (256), Itutinga-Pilões (230), Itariru (165) e São Sebastião (162). (SCHUNCK, 2015). A lista

completa de todas as aves pode ser vista no anexo 4.

Segundo dados do Governo do Estado de São Paulo/Secretaria do Meio Ambiente/SMA, o

Parque contribui para a conservação de 19% do total de espécies de vertebrados de todo o país e

46% de toda a Mata Atlântica, além de proteger 39% de anfíbios, 40% de mamíferos e 23% de

répteis do bioma (Mata Atlântica) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Além disso, das 200 espécies exclusivas ou endêmicas da Mata Atlântica, 131 ocorrem no

PESM e 42 estão ameaçadas de extinção, como a jacutinga, o macuco, o papagaio-de-cara-roxa, o

papagaio-chaua, a sabiá-cica e o gavião-pombo-grande (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Por outro lado, a localização do PESM o torna vulnerável em função, principalmente, das

pressões de urbanização e das atividades econômicas, decorrentes da mais populosa região do

país, a cidade São Paulo e seu entorno (Grande São Paulo), bem como da Baixada Santista, pólo

industrial de Cubatão e o Litoral Norte, com altas taxas de crescimento populacional. Dentre os

principais impactos estão: implantação de pastagens, reflorestamentos, extrações ilegais,

agricultura, moradias e infraestrutura de base, como rodovias, linhas de transmissão, dutos,

ferrovias, torres, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

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6.3. Núcleos, macrorregiões e municípios abrangidos

Devido a sua imensa área e as diversas pressões que sofre, o parque é gerenciado por meio

de núcleos administrativos. Esses núcleos configuram um mosaico de situações diversas,

caracterizadas em função do uso do solo, das várias regiões abrangidas e dos programas de

manejo desenvolvidos ou potenciais, demandando uma atuação diferenciada da administração,

considerando ainda o domínio das terras, que são públicas ou estão em diversos estágios de

regularização fundiária (Plano de Manejo). Atualmente o parque conta com 10 núcleos, distribuídos

tanto em áreas litorâneas, como de planalto.

6.3.1. Macrorregiões do Estado de São Paulo

As principais macrorregiões onde eles estão presentes são: Região Metropolitana de São

Paulo, Região Metropolitana da Baixada Santista, Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral

Norte, além do Vale do Ribeira. Os municípios abrangidos pelo PESM dentro de casa região estão

destacados em negrito e itálico.

Região Metropolitana de São Paulo

A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é composta por 39 municípios. Foi instituída

pela Lei Complementar Federal nº 14, de 1973, e disciplinada pela Lei Complementar Estadual nº

94, de 1974. No entanto, sua existência legal e política dependia da aprovação de uma lei estadual

específica, de acordo com as regras da Constituição Federal de 1988, que atribuiu aos Estados a

responsabilidade pela criação das regiões metropolitanas (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,

s/d(a)).

O Projeto de Lei Complementar nº 6, de 2005, aprovada no dia 13 de junho de 2011, pela

Assembleia Legislativa, criou a RMSP preenchendo definitivamente o vazio institucional existente na

mais importante concentração urbana do país. A nova lei busca promover o planejamento regional

para o desenvolvimento socioeconômico e a melhoria da qualidade de vida, a proteção do meio

ambiente, a integração do planejamento e da execução de funções públicas de interesse comum e

a redução das desigualdades sociais e regionais (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, s/d(a)).

A RMSP é o maior pólo de riqueza nacional. O Produto Interno Bruto (PIB) atingiu em 2011

R$ 760.044,16, o que corresponde a cerca de 56% do total do Estado (SEADE, 2014). Os

municípios que compõem a RMSP são: Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar,

Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco

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Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapevi, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba,

Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá,

Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana de Parnaíba, Santo

André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, São Paulo,

Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,

s/d(a)).

Tabela 12. Dados da Região Metropolitana de São Paulo

Território e População Ano RMSP Estado

Área (Em km2) 2014 7.946,84 248.223,21

População 2014 20.284.891 42.673.386

Densidade Demográfica (Habitantes/km2) 2014 2.552,57 171,92

Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População –

2010/2014 2014 0,78% a.a. 0,87% a.a.

Grau de Urbanização 2014 98,86% 96,21%

Habitação e Infraestrutura Urbana Ano RMSP Estado

Coleta de Lixo – Nível de Atendimento 2010 99,67% 99,66%

Abastecimento de Água – Nível de Atendimento 2010 98,29% 97,91%

Esgoto Sanitário – Nível de Atendimento 2010 87,98% 89,75%

Economia Ano RMSP Estado

PIB (Em milhões de reais correntes) 2011 760.044,16 1.349.465,14

PIB per Capita (Em reais correntes) 2011 38.348,15 32.454,91

Participação no PIB do Estado 2011 56,32% -

Fonte: SEADE, 2014

Região Metropolitana da Baixada Santista

A Região Metropolitana da Baixada Santista foi criada mediante Lei Complementar Estadual

815, em 30 de julho de 1996, tornando-se a primeira região metropolitana brasileira sem status de

capital estadual (ANPM, 2014).

A região abrange 2.419,93 quilômetros quadrados (corresponde a menos de 1% da

superfície do estado de São Paulo). É a 15ª região metropolitana mais populosa do Brasil, com uma

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população de cerca de 1.731.403 de moradores fixos (SEADE, 2014). Nos períodos de férias, acolhe

igual número de pessoas, que se instalam na quase totalidade em seus municípios.

A região atingiu um PIB de R$ 52.364,70 em 2011, o que corresponde a 4% do total do

Estado (SEADE, 2014). Os municípios abrangidos pela região são: Bertioga, Cubatão, Guarujá,

Itanhaém, Monguagá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.

Tabela 13. Dados da Região Metropolitana da Baixada Santista

Território e População Ano RM Baixada

Santista Estado

Área (Em km2) 2014 2.419,93 248.223,21

População 2014 1.731.403 42.673.386

Densidade Demográfica (Habitantes/km2) 2014 715,48 171,92

Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População –

2010/2014 2014 1,02% a.a. 0,87% a.a.

Grau de Urbanização 2014 99,81% 96,21%

Habitação e Infraestrutura Urbana Ano RM Baixada

Santista Estado

Coleta de Lixo – Nível de Atendimento 2010 99,42% 99,66%

Abastecimento de Água – Nível de Atendimento 2010 96,59% 97,91%

Esgoto Sanitário – Nível de Atendimento 2010 75,14% 89,75%

Economia Ano RM Baixada

Santista Estado

PIB (Em milhões de reais correntes) 2011 52.364,70 1.349.465,14

PIB per Capita (Em reais correntes) 2011 31.183,51 32.454,91

Participação no PIB do Estado 2011 3,88% -

Fonte: SEADE, 2014

Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte

A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte foi criada pela lei complementar

estadual 1166, de 9 de janeiro de 2012. É uma das quatro regiões metropolitanas do estado

brasileiro de São Paulo. É formada pela união de 39 municípios agrupados em cinco sub-regiões

(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, s/d (b)). São elas (EMPLASA, s/d):

1. Caçapava, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna, Santa Branca e São

José dos Campos.

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2. Campos do Jordão, Lagoinha, Natividade da Serra, Pindamonhangaba, Redenção da

Serra, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luiz do Paraitinga, Taubaté

e Tremembé.

3. Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Cunha, Guaratinguetá, Lorena, Piquete, Potim e

Roseira.

4. Arapeí, Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras.

5. Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.

A região possui uma área de 16.192,77 km², uma população de 2,3 milhões de habitantes,

que corresponde a 5,5% do Estado de São Paulo. A região está estrategicamente situada entre as

duas Regiões Metropolitanas mais importantes do País: São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso,

destaca-se nacionalmente por intensa e diversificada atividade econômica. Como forma um

quadrilátero entre as cidades de Santos, Campinas, São Paulo e São José dos Campos, a chamada

Macrometrópole Paulista abriga dois terços da população paulista. A região concentra 82,7% do PIB

estadual e, aproximadamente, 27,7% do nacional (EMPLASA, s/d).

A produção industrial é altamente desenvolvida, predominando os setores automobilístico,

aeronáutico, aeroespacial e bélico nos municípios localizados no eixo da Rodovia Presidente Dutra,

as atividades portuárias e petroleiras no Litoral Norte e o turismo na Serra da Mantiqueira, litoral e

cidades históricas (EMPLASA, s/d).

A região caracteriza-se, ainda, por importantes reservas naturais, como as Serras da

Mantiqueira, da Bocaina e do Mar e pelas fazendas de valores histórico e arquitetônico. Além do

mais, é o segundo maior produtor de leite do País – atividade que sustenta grande parte da

população rural dos pequenos municípios. Na agricultura, a produção tradicional é a cultura de

arroz nas várzeas do Rio Paraíba (EMPLASA, s/d).

Tabela 14. Dados da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte

Território e População Ano RM Vale do Paraíba e

Litoral Norte Estado

Área (Em km2) 2014 16.192,77 248.223,21

População 2014 2.358.600 42.673.386

Densidade Demográfica (Habitantes/km2) 2014 145,66 171,92

Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População –

2010/2014 2014 1,05% a.a. 0,87% a.a.

Grau de Urbanização 2014 94,39% 96,21%

Fonte: SEADE, 2014

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Vale do Ribeira

O Vale do Ribeira está localizado no sul do estado de São Paulo e norte do estado do

Paraná, abrangendo a Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape e o Complexo Estuarino Lagunar

de Iguape-Cananéia-Paranaguá. Possui uma área de 2.830.666 hectares distribuídos integralmente

em 31 municípios (22 paulistas e 9 paranaenses) e parcialmente em outros 21 municípios no

Paraná e 18 em São Paulo (QUILOMBOS DO RIBEIRA, 2011). Sua população é de 481.224

habitantes, de acordo com o Censo do IBGE de 2000.

As cidades do Estado de São Paulo são: Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Cajati,

Cananéia, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itaoca, Itapirapuã Paulista, Itariri,

Jacupiranga, Juquiá, Juquitiba, Miracatu, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Registro, Ribeira,

São Lourenço da Serra, Sete Barras, Tapiraí. Já os do Estado do Paraná são: Adrianópolis,

Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu, Rio Branco do Sul e Tunas do Paraná.

A região destaca-se pelo alto grau de preservação de suas matas e por grande diversidade

ecológica, possuindo áreas preservadas de Mata Atlântica, Restingas e Manguezais. Em contraste a

este valioso patrimônio ambiental, o Vale do Ribeira é historicamente uma das regiões mais pobres

dos estados de São Paulo e Paraná. Seus municípios possuem índices de desenvolvimento humano

inferiores às respectivas médias estaduais, assim como os graus de escolaridade, emprego e renda

de suas populações menores do que os de outras populações paulistas e paranaenses (QUILOMBOS

DO RIBEIRA, 2011).

Os principais ciclos econômicos que se instalaram no Vale do Ribeira ao longo da história

foram a exploração aurífera, a partir do século 17, e de outros minérios até décadas recentes, e as

culturas do arroz, do café, do chá e da banana. Estes ciclos transformaram o Vale do Ribeira em

fornecedor de recursos naturais de baixo custo, explorados sem qualquer respeito ao patrimônio

ambiental e cultural e sem geração de benefícios para a população residente. A principal cultura

atualmente é a da banana, seguida da carne bovina, do tomate e da tangerina (QUILOMBOS DO

RIBEIRA, 2011).

6.3.2. Municípios abrangidos

O PESM abrange 25 municípios paulistas, como pode ser visto nas tabelas abaixo.

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Tabela 15. Municípios abrangidos pelo PESM por núcleo

Núcleo Municípios abrangidos

Bertioga Bertioga e Biritiba Mirim

Caraguatatuba Caraguatatuba, Paraibuna, Natividade da Serra

Cunha Cunha e Ubatuba

Curucutu Juquitiba, São Paulo, Itanhaém, Mongaguá e São Vicente

Padre Dória Salesópolis, Paraibuna e Biritiba-Mirim

Itariru Peruíbe, Pedro de Toledo, Juquitiba

Itutinga Pilões Mogi das Cruzes, São Bernardo do Campo, Santo André,

São Paulo, Cubatão, Santos, Praia Grande

Picinguaba Ubatuba

Santa Virgínia São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra, Cunha,

Ubatuba e Caraguatatuba.

São Sebastião São Sebastião

Fonte: (INSTITUTO FLORESTAL, 2008)

Tabela 16. Áreas aproximadas dos municípios abrangidas pelo PESM

Município

Área aproximada dos

municípios Abrangidos pelo

PESM (ha)

% da Área Total

do Município

Bertioga 24.060 50%

Biritiba Mirim 5.702 14%

Caraguatatuba 35.947 78%

Cubatão 7.389 50%

Cunha 11.042 8%

Itanhaém 21.095 37%

Juquitiba 2.942 5%

Mogi das Cruzes 287 0,4%

Mongaguá 3.773 28%

Natividade da

Serra 8.522 10%

Paraibuna 4.866 7%

Pedro de Toledo 41.607 66%

Peruíbe 6.697 21%

Praia Grande 4.532 31%

Salesópolis 8.084 19%

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Santo André 414 2%

Santos 12.694 47%

São Bernardo do

Campo 11.691 28%

São Luiz do

Paraitinga 7.728 11%

São Paulo 6.934 2%

São Sebastião 28.393 59%

São Vicente 8.408 58%

Ubatuba 54.271 80%

Fonte: (INSTITUTO FLORESTAL, 2008)

6.4. Plano de Manejo

O plano de manejo é um documento elaborado a partir de diversos estudos, incluindo

diagnósticos do meio físico, biológico e social, sua elaboração é essencial para guiar a gestão de

uma UC. Ele estabelece as normas, restrições para o uso, ações a serem desenvolvidas e manejo

dos recursos naturais da UC, seu entorno e, quando for o caso, os corredores ecológicos a ela

associados. Estes planos podem também incluir a implantação de estruturas físicas dentro da UC,

visando minimizar os impactos negativos, garantir a manutenção dos processos ecológicos e

prevenir a simplificação dos sistemas naturais (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).

Uma das ferramentas mais importantes do plano de manejo é o zoneamento da UC, que a

organiza espacialmente em zonas sob diferentes graus de proteção e regras de uso. O plano de

manejo também inclui medidas para promover a integração da UC à vida econômica e social das

comunidades vizinhas, o que é essencial para que implementação da UC seja mais eficiente. É

também neste documento que as regras para visitação são elaboradas (INSTITUTO FLORESTAL,

2008).

O Plano de Manejo do PESM foi aprovado em 2006. Caracteriza-se por ser um plano

inovador, pela sua característica de documento estratégico, elaborado a partir de uma abordagem

que procurou selecionar temas, atividades e ações que fossem consideradas prioritárias para a

utilização dos recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis, identificando as áreas de

concentração de esforços necessários às soluções (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).

Ele foi elaborado por meio de um processo multidisciplinar, participativo e contou com o

levantamento e a análise de dados primários e secundários de fauna, flora, pressões e ameaças

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causadas pela ocupação humana, turismo, educação ambiental, patrimônio cultural, recursos

hídricos, gestão administrativa e gestão financeira do Parque (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).

Para conhecer o Plano de Manejo do PESM, acesse o link: http://fflorestal.sp.gov.br/planos-

de-manejo/planos-de-manejo-planos-concluidos/

7. NÚCLEOS

7.1. Núcleo Bertioga

7.1.1. História

Em 2010, o Núcleo Bertioga surgiu ao ser destacado da área do Núcleo Itutinga Pilões, o

que foi considerado como um marco para a conservação da Mata Atlântica na região, uma vez que

o Núcleo era grande demais e a gestão raramente atuava em Bertioga.

Atulamente, o Núcleo Bertioga compreende uma área de 29.945 mil hectares, incluindo a

área da planície de Bertioga, que corresponde ao trecho litorâneo paulista mais preservado de Mata

Atlântica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Adjacente ao Núcleo Bertioga, encontra-se outra unidade de conservação – o Parque

Estadual da Restinga de Bertioga - criada também em 2010 e que abriga rica diversidade de

ambientes, como dunas, praias, rios, florestas, mangues e uma variada vegetação de restinga, nos

quais vivem animais raros e ameaçados de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Ambos as

unidades possuem o mesmo gestor, potencializando a preservação na região.

O Núcleo Bertioga abrange dois municípios paulistas: Bertioga e Biritiba Mirim. Seu nome é

o mesmo da cidade de Bertioga, que antes da chegada de Portugueses, era chamada pelos índios

de “Buriquioca” que na língua Tupi tem como significado Morada dos Macacos Buriquis

(buriqui/muriqui - Brachyteles arachnoides: macaco grande; oca: morada) (BERTIOGASP, 2014).

A História de Bertioga

A história de Bertioga começa oficialmente a partir de 1532, quando Martin Afonso de

Souza, nomeado por Portugal, Governador Geral da Costa, aportou seus navios na entrada do Canal

de Bertioga, palco de árduas lutas de portugueses e seus aliados tupiniquins contra os tupinambás.

Ao chegar no Brasil, fundou a Capitania de São Vicente (a qual pertencia Bertioga), com sede onde

hoje é a nova cidade de Santos. Sua missão na Capitania era defender as missões portuguesas dos

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ataques dos índios e colonizar a região. Naquela época introduziu a cana-de-açúcar como meio

sustentável para que a Capitania prosperasse (JORNAL DA BAIXADA, s/d).

Nessa mesma ocasião, os índios tupinambás (aliados aos franceses) que dominavam a

região de Ubatuba, não queriam a presença dos colonizadores portugueses, uma vez que Martin

Afonso já veio a mando da Coroa Portuguesa. Por outro lado, os portugueses contavam com o

auxílio dos índios tupiniquins, fixados na região de Bertioga à Itanhaém. As duas tribos eram

inimigas mortais (JORNAL DA BAIXADA, s/d).

Neste mesmo ano, João Ramalho teria vindo à cidade a fim de verificar a possibilidade de

estabelecer no local uma fortificação para defender São Vicente dos ataques tamoios. Assim como

em vários pontos da costa brasileira, aqui foram construídas as paliçadas de um fortim. Essa

paliçada primitiva daria origem ao que é hoje o cartão postal de Bertioga: o Forte São João. A

fortaleza, considerada a mais antiga ainda erguida no Brasil, é um patrimônio histórico, tombado

pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1940 (BERTIOGASP, s/d).

Uma das figuras mais importantes para a história de Bertioga foi, sem dúvida, o artilheiro

alemão Hans Staden, que deixou gravado várias observações a respeito da terra, fauna, flora e

civilizações indígenas locais. Hans Staden fez duas viagens ao Brasil. Na primeira, em 1547, foi

nomeado condestável do Forte São Felipe que, juntamente com o Forte São João de Bertioga, era

responsável pela defesa da Vila de São Vicente. Capturado pelos tupinambás, permaneceu

prisioneiro entre eles por cerca de nove meses. Foi também de Bertioga que, em 1565, Estácio de

Sá e sua esquadra saíram para fundar a cidade do Rio de Janeiro (BERTIOGASP, s/d).

Bertioga foi, até 1943, região livre e soberana. A história da dominação santista tem início

em 1944, quando o então governador do Estado, Ademar de Barros, decretou a anexação de todo

litoral norte a Santos. Em 1946, a prefeitura de Santos elevou Bertioga à condição de subprefeitura.

No fim da década de 70, o desenvolvimento da região intensificou-se, devido à abertura das

estradas Mogi-Bertioga e Rio-Santos. Em 1991, realizou-se o plebiscito que confirmaria a autonomia

do Distrito, transformando-o num dos mais novos municípios paulistas. Realizada a primeira eleição

em 1992, Bertioga consolidava sua autonomia, elegendo seu primeiro prefeito (BERTIOGASP, s/d).

7.1.2. Patrimônio Cultural

A Trilha do Itapanhaú era um caminho histórico que ligava o Planalto (Mogi das Cruzes) ao

Litoral (Bertioga). A trilha ainda conserva vestígios do traçado original, como trechos do caminho

construído com pedras, além da Casa de Pedra, antigo casarão sede de uma fazenda inglesa que

foi erguido em 1805 e restaurado no ano de 1916 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

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7.1.3. Comunidades tradicionais

No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da etnia Guarani reconhecidas

pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-Mirim, Guarani do Aguapeú,

Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e Tenondé Porã.

No Núcleo Bertioga há a Terra Indígena Ribeirão Silveira, que abrange também os

municípios de Bertioga, São Sebastião e Salesópolis com uma área de 8.500 hectares (COMISSÃO

PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) e também tem superposição de terras com o Núcleo São

Sebastião. Essa aldeia conta com aproximadamente 400 membros do povo guarani que mantêm a

tradição viva através da dança, da música, do artesanato e da agricultura (SECRETARIA DE

CULTURA E TURISMO, s/d).

7.1.4. Ecossistema

O Núcleo Bertioga está inserido no bioma Mata Atlântica e tem como ecossistemas Floresta

Ombrófila Densa de Terras Baixas e Floresta Ombrófila Densa Submontana e Montana (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

7.1.5. Fauna e Flora

O Núcleo apresenta uma fauna característica da Mata Atlântica, com a presença de animais

como a Onça-Parda, Anta, Lontra, Cateto, Queixada, Gambá, Paca, Macuco, Jacutinga, Caracoleiro,

Araponga, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Em relação à flora, a região tem uma grande quantidade plantas epífitas, ou seja, espécies

que costumam usar as árvores ou rochas como suporte para obter mais luz, umidade e nutrição e

são características do continente americano, principalmente nas regiões tropicais, como as

bromélias e orquídeas.

LONTRA (Lontra longicaudis)

As lontras são animais de médio porte. Atingem de 53,0 cm 80,0 cm de comprimento. Possuem

corpo alongado, com uma pelagem densa formada por uma camada interna de pelos mais finos e

macios e outra externa de pelos mais longos e rígidos, com uma coloração predominantemente

marrom e na região da garganta um pouco mais clara. Possuem uma longa cauda, que utiliza de

leme quando estão na água. São animais solitários e com hábitos predominantemente diurnos,

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porém podem ser vistos durante a noite. São semiaquáticos, abrigando-se em tocas feitas por eles

as margens dos rios. Alimentam-se de peixes, crustáceos, moluscos e ocasionalmente de

mamíferos e aves. Distribuem-se do México ao Uruguai. No Brasil habitam quase todo território

nacional, onde as condições dos corpos d’água são propicias para a espécie (ViaRondon, 2011).

CACHORRO-DO-MATO (Cerdocyon thous)

Animais de médio porte da mesma família dos cães domésticos (Canidae) chegando a atingir de

60 cm a 70 cm de comprimento na fase adulta. Sua pelagem varia do cinzento ao castanho, com

faixas de pêlos pretos da nuca até a cauda. Possui hábitos noturnos e costumam andar em pares

ou em grupos familiar na hora da caça. Alimentam-se de frutos, pequenos vertebrados, insetos,

peixes, crustáceos e carniça. No Brasil habitam os biomas Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e

Pantanal (ViaRondon, 2011).

JAGUATIRICA (Leopardus pardalis mitis)

A jaguatirica tende a ser a espécie de felino de pequeno-médio porte dominante nas áreas de

cobertura vegetal mais densa, especialmente nas úmidas. O gradiente altitudinal vai desde o nível

do mar até 3.800 m. É um táxon de porte médio, com corpo esbelto, cabeça e patas grandes e

cauda pouco curta, caracterizada pela presença de rosetas abertas que coalescem, formando

bandas longitudinais, numa pelagem de fundo amarelo-ocráceo. O comprimento médio da cabeça

e do corpo varia entre 67 e 101,5 cm, enquanto o da cauda é de 30 a 44,5 cm e o peso médio fica

em torno entre 8 a 15,1 kg.

O período de gestação varia entre 70 e 85 dias, após o qual nascem de 1 a 4 filhotes. O potencial

reprodutivo máximo de uma fêmea de sete anos, em vida livre, é de 5 a 7 filhotes. São solitários

e noturnos. A área do macho engloba, normalmente, a área de duas a três fêmeas. Carnívora,

possui um consumo médio de presas na natureza é de cerca de 700 g (OLIVEIRA et al., 2008).

PACA (Cuniculus paca)

A paca (Cuniculus paca) é considerada uma espécie Guarda-chuva e Cinegéticas para o Parque

Estadual Serra do Mar (TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011). É um animal de hábitos

noturnos, terrestres, territoriais e de comportamento solitários. Habita áreas florestadas e tocas

feitas em barrancos ou rochas. Vivem sempre próximo a cursos d´água, podendo imergir em

busca de refugio contra predadores. Possuem hábito alimentar herbívoro e é dieta a base de

frutos e brotos (Reis, Peracchi, Pedro, & Lima, 2011). Essa espécie não consta da lista Nacional

nem da global de espécies ameaçadas, porém é considerada quase ameaçada regionalmente no

estado de São Paulo (IUCN, 2011); (MMA, 2008); (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTAL DO

ESTADO DE SÃO PAULO, 2009); (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

GAMBÁ (Didelphis aurita)

Também chamado de saruê, são animais de médio porte apresentando de 35,5 cm a 45 cm de

comprimento. Pelagem de coloração negra ou grisalha onde na região da face apresenta uma

coloração mais esbranquiçada. As fêmeas dessa espécie possuem marsúpio, uma bolsa situada na

parte ventral do animal, onde os embriões completam o desenvolvimento, agarrados a um mamilo

para a sucção do leite materno. Possuem hábitos noturnos e solitários. Essa espécie adapta-se

muito bem a vários ambientes vivendo até mesmo em grandes centros urbanos. Alimentam-se de

pequenos mamíferos, invertebrados, aves, répteis, sementes e frutos (ViaRondon, 2011).

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BROMÉLIAS

As bromélias têm grande importância na manutenção da biodiversidade da fauna na Mata

Atlântica, já que a disposição de suas folhas em roseta forma um reservatório onde se acumulam

água e matéria orgânica, criando microhabitats para muitos organismos (STEINER et al., 2006).

Vários animais como Bicho-preguiça (Bradypus variegatus), Bugio (Alouatta guariba), Quatis

(Nasua nasua), além de diversas espécies de aves, se utilizam dos vasos de bromélias como

bebedouro, como recurso alimentar, ou ainda, como fonte de alimento, por funcionarem como

habitat e área de reprodução de insetos e pererecas, os quais são procurados aí por predadores

como as serpentes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Uma espécie típica de bromélia encontrada no núcleo é a Bromélia-zebra (Aechmea sp.)

No núcleo também é possível observar espécies pioneiras indicadoras, como o Manacá da

serra (Tibouchina mutabilis Cogn. - Melastomataceae), Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul. –

Urticaceae). As espécies pioneiras são aquelas que iniciam o processo de regeneração natural da

floresta quando a cobertura florestal sofreu algum tipo de interferência (FUNDAÇÃO FLORESTAL,

2013).

MANACÁ DA SERRA (Tibouchina mutabilis)

O manacá da serra é uma planta pioneira e tolerante à luminosidade direta. Tem como

característica flores com cores diversas e que mudam de coloração, indo do branco ao roxo

passando pelo rosa, e que costuma florir entre os meses de Novembro e Fevereiro. Pode atingir

até 12 metros de altura, com diâmetro de seu tronco de 30 centímetros. Suas folhas são rijas e a

frutificação costuma a ocorrer em fevereiro-Março. Normalmente a dispersão das sementes ocorre

pelo vento (anemocoria). O manacá da serra é muito utilizado para paisagismo. Além disso,

fornece madeira para a construção civil (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DE SÃO PAULO, s/d).

EMBAÚBA (Cecropia pachystachya Trécul)

A embaúba é uma espécie pioneira, ou seja, aquelas que iniciam o processo de regeneração

natural da floresta quando a cobertura florestal sofreu algum tipo de interferência, pois sua

semente necessita de elevada luminosidade para germinar.

Seu tamanho é de 4 a 7 m de altura com tronco de até 25 cm de diâmetro. Possui folhas de

superfície superior áspera e inferior com “pêlos” microscópicos, o que dá uma aparência de

penugem esbranquiçada; sua raiz é escora. A floração ocorre em setembro e outubro, com

polinização realizada por abelhas. Já a frutificação é em junho e a dispersão é realizada por

animais (zoocórica), como o Bicho-preguiça, Macaco-bugio, Morcegos e Aves, encontrados no

núcleo. As formigas utilizam seu caule oco como abrigo e sua seiva como alimento. Em troca,

afugentam predadores herbívoros (mamíferos e aves) que consomem suas folhas e frutos

(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

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Lista das principais espécies da fauna e flora

FAUNA:

- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.

Jaó-Do-Sul (Crypturellus noctivagus)

Jacutinga (Aburria jacutinga)

Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)

Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)

Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)

Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)

Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)

Bacurau-Tesoura-Gigante (Hydropsalis forcipata)

Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)

Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)

Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)

Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus)

Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista)

Saí-De-Pernas-Pretas (Dacnis nigripes)

Pixoxó (Sporophila frontalis)

Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris)

Cais-Cais (Euphonia chalybea)

Fonte: SCHUNCK, 2015

- MAMÍFEROS

● Jaguatirica (Leopardus pardalis)

● Paca (Cuniculus paca)

● Muriqui (Brachyteles arachnoides)

● Sussuarana (Puma concolor)

● Lontra (Lontra longicaudis)

● Macaco-prego-preto (Cebus nigritus)

● Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita)

● Cateto (Pecari tajacu)

● Queixada (Tayassu pecari)

● Anta (Tapirus terrestres)

● Gambá (Didelphis sp)

● Quati (Nasua nasua)

● Bugio (Alouatta guariba)

● Tatu (Dasypus novemcinctus)

● Veado mateiro (Mazama americana)

● Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

- ANFÍBIOS E RÉPTEIS

● Sapinho-de-riacho (Cycloramphus cf. boraceiensis)

● Rã-de-corredeira (Hylodes phyllodes)

● Sapo-cururuzinho (Rhinella ornata)

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● Rãzinha (Physalaemus sp.);

● Sapinho-de-riacho na forma jovem (Cycloramphus cf. boraceiensis);

● Sapo-cururu (Rhinella cf. schneideri)

● Jararaca (Bothropoides jararaca)

● Lagarto-camaleão (Enyalius perditus)

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

FLORA:

● Manacá da Serra (Tibouchina mutabilis)

● Embaúba (Cecropia pachystachya)

● Palmito-juçara (Euterpe edulis)

● Figueira-mata-pau (Ficus guaranitica Chodat. – Moraceae),

● Samambaiaçu (Cyathea atrovirens)

● Samambaia-xaxim (Dicksonia sellowiana – Dicksoniaceae)

● Bromélia-zebra (Aechmea sp.)

● Helicônia (Heliconia velloziana)

● Lianas herbáceas (Philodendron sp. – Araceae)

● Samambaia (Thelypteris subg. Meniscium (Thelypteridaceae - Pterophyta)

● Samambaia-do-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) – Gleicheniaceae)

● Calatéia (Calathea sp. – Marantaceae)

● Gravatá (Nidulariun sp. – Bromeliaceae)

● Licopodium (Lycopodium cernuum Linn. – Lycopodiaceae)

● Jucá (Caesalpinia ferrea Mart. Ex Tul. Var. ferrea – Fabaeae)

● Palmeira-indaiá (Attalea dubia (Mart.) Burret – Arecaceae)

● Brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret – Arecaceae)

● Erva-de-anta (Psychotria nuda (Cham. and Schltdl.) Wawra – Rubiaceae)

● Camboatá (Cupania sp.)

● Guaricanga (Geonoma elegans Mart. – Arecaceae)

● Bicuíba (Virola bicuhyba– Myristicaceae)

● Jatobá (Hymenaea courbaril)

● Espécies de Orchidaceae e Bromeliaceae

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

- FUNGOS

● Elevada riqueza de organismos decompositores do grupo dos Basidiomycota.

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

7.1.6. Serviços Ecossistêmicos

O Núcleo Bertioga presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do

entorno:

● Regulação da qualidade do ar e do clima;

● Proteção dos morros e encostas;

● Proteção dos solos;

● Bem-estar, lazer e turismo;

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● Polinização;

● Recursos hídricos.

O Núcleo ajuda a preservar importantes mananciais de água que formam, juntamente com

outros rios, a Bacia Hidrográfica da Baixada Santista. Assim, todo abastecimento de água de

Bertioga tem origem no PESM. Alguns rios que nascem no Núcleo são: Rio Itapanhaú, principal rio

do município em volume de água, Rio Guaratuba e Rio Itaguaré.

Além disso, a Usina hidrelétrica Itatinga, de propriedade da CODESP (Companhia Docas de

Santos), localizada no sopé da Serra do Mar, produz, com água do rio Itatinga, energia elétrica

suficiente para abastecer praticamente todo o porto de Santos.

7.1.7. Atrativos

O Núcleo Bertioga conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas

naturais. Os principais atrativos do núcleo são:

Trilha do Itapanhaú

A Trilha do Itapanhaú abrangia uma parte do caminho histórico entre o Planalto (Mogi das

Cruzes) e o Litoral (Bertioga), sendo utilizado para práticas mercantis até a década de 80, quando

foi construída a estrada Mogi-Bertioga (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Sua denominação tem origem indígena, tupi guarani, significando em sua toponímia

“Caminho das Pedras”. Na trilha em meio a Mata Atlântica é possível os vestígios da pavimentação

ainda de pedra. Entre os diversos atrativos, destaca-se (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013):

● Cachoeira Véu de Noiva: com enormes paredes de rocha em meio à mata atlântica a

Cachoeira do Véu de Noiva tem aproximadamente 70 metros de altura e se projeta em

uma fantástica queda rumo ao profundo vale do rio Itapanhaú;

● Poço do Rio Itapanhaú: quando a trilha atinge o fundo do vale, o rio Itapanhaú forma

um profundo poço de águas verdes e cristalinas, cercado por uma exuberante Mata

Atlântica. O poço é uma parada ideal para um lanchinho contemplativo e refrescante

banho nas águas do rio;

● Poço do Bóia-Cross: o Rio Itapanhaú se alarga formando um gigantesco poço com

águas calmas e cristalinas. Cercado por rochas e uma bela floresta fechada, densa e

com rica biodiversidade é o ponto de partida para aventureiros que decidem conhecer

mais intimamente o traçado do rio através do Bóia-cross;

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● Casa de Pedra: antigo casarão sede de uma fazenda inglesa que foi construído em

1805 e restaurado no ano de 1916. Atualmente serve de moradia para uma família e

pertence a uma empresa de mineração.

Percurso: 11.367 metros

Tempo estimado: 05h00min

Nível de dificuldade: moderado a difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha Torre 47

A trilha começa na ponte da Banana, que foi construída em 1929, e que passa em cima do

Rio Jacareguava e segue pelo linhão de transmissão de energia, até a torre 47, que dá nome para

trilha e cachoeira.

Percurso: 4.4800 metros

Tempo estimado: 04h00min (ida e volta)

Nível de dificuldade: moderado

Outros atrativos em Bertioga

Bertioga tem mais de uma dezena de trilhas ecológicas, algumas fáceis, outras nem tanto,

mas a maioria delas proporcionando banhos em rios e cachoeiras, além do contato com a

biodiversidade da Mata Atlântica. As trilhas só podem ser utilizadas por agências credenciadas e

com o acompanhamento de um monitor treinado e autorizado pela Prefeitura (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Trilha da Prainha Branca

Também é conhecida como Vila dos Pescadores, fica do outro lado do canal de Bertioga, na

Ilha de Santo Amaro (Guarujá) e é tombada pelo Condephaat. No final da Rodovia Guarujá –

Bertioga há uma trilha que dá acesso às ruínas da Ermida de Santo Antônio do Guaíbê e da

Armação das Baleias. Depois é só subir o morro em direção à Vila, durante a caminhada pode-se

ter contato com a biodiversidade da Mata Atlântica e uma visão maravilhosa do mar aberto. Na

Prainha Branca, lugar de águas calmas e límpidas, é possível se banhar além de ter contato com a

vida dos pescadores e seus equipamentos artesanais. Até hoje, muitos pescadores da comunidade

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fazem da pesca artesanal, o seu sustento e fabricam canoas feita com troncos de árvores

(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 3.000 metros

Tempo estimado: 04h00min

Nível de dificuldade: regular

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013.

7.1.8. Informações gerais sobre o Núcleo

Dados gerais

Área 29.945 mil hectares

Bioma Mata Atlântica

Município da sede Bertioga

Municípios Abrangidos Bertioga e Biritiba Mirim

Endereço da sede Sede administrativa: Rua Gonçalo da Costa, 140 - Centro - Bertioga-SP

CEP 11250-000

Escritório urbano Sede administrativa: Rua Gonçalo da Costa, 140 - Centro - Bertioga-SP

CEP 11250-000

Bases e outras funções Ainda não há

Telefones (13) 3317-2094

Sinal de celular da sede s/n

Sinal de celular da base s/n

E-mail da UC [email protected]

Nome do Gestor Carlos Sergio dos Santos

Esportes Radicais

Capacidade de hospedagem

Valor da hospedagem na UC

Centro de visitantes

Capacidade do auditório

Capacidade do refeitório

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Lanchonete

Quiosques pic nic

Camping na UC

Facilidades no entorno imediato Pousadas e Restaurantes

Tipo de Acesso Rodoviário

Distância de SP 122,2 km

Distância cidade mais próxima(s) Santos 63 km; Mogi das Cruzes 65 km; Guarujá 40 km

Cobrança de Ingresso e valor

Amplitude Altitudinal 20 a 70m

Amplitude de Temperaturas 10° a 34°C

Bases e outras funções

Base de Proteção/Uso Público

Endereço

Telefone

Capacidade de Hospedagem

Mais Informações

Sede Administrativa

Dias e horário de funcionamento de Segunda a Sexta-feira, das 8:00 às 17:00

Telefones para informação (13) 3317 2094

E-mail [email protected]

Gestor (a) Carlos Sergio dos Santos

Endereço Rua Gonçalo da Costa, 140 - centro - Bertioga SP

CEP. 11250-000

Visitação

Dias e horário de funcionamento

Endereço

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Normas de Visitação e Segurança do PESM

É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);

É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;

É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;

É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;

É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro

produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.

Normas para as trilhas

Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;

Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento

da trilha;

Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;

Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que

se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;

Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,

não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;

Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;

Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a

permanência, deverá ser trazido de volta;

Símbolo

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7.2. Núcleo Caraguatatuba

7.2.1. História

Os primeiros estudos para a criação da Reserva Florestal de Caraguatatuba datam de 1939,

mas a efetivação da Reserva como Unidade de Conservação aconteceu apenas em 1956, por meio

do Decreto Estadual nº 26.393. No entanto, a configuração da Reserva como Parque Estadual de

Caraguatatuba ocorreu em 14/05/1962 com a promulgação do Decreto Estadual nº 6.884. Em

1977, o parque foi então incorporado ao Parque Estadual Serra do Mar, criado nesse mesmo ano

pelo Decreto n° 10.251 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra Mar, 35.947 mil hectares estão

localizados no Núcleo Caraguatatuba. Os remanescentes de Mata Atlântica presentes nesse núcleo

são formados por exuberantes paisagens, como os mananciais da represa de Paraibuna, os incríveis

cenários vistos a partir da Rodovia dos Tamoios e da Estrada do Rio Pardo, matas de encosta, rios e

cachoeiras (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)).

O Núcleo Caraguatatuba abrange 3 municípios paulistas: Caraguatatuba, Natividade da

Serra e Paraibuna. Seu nome, assim como da cidade de Caraguatatuba remonta a planta caraguatá

(Bromelia pinguin), espécie da família Bromeliaceae, que na língua indígena quer dizer planta

espinhosa, pois apresenta longas folhas com fortes espinhos nas bordas e de colorido vermelho-

arroxeado quando em flor e tuba, que em tupi significa “muito”, ou seja, região onde havia muito

caraguatá.

As fibras contidas no fruto dessa planta serviam para o preparo de roupas, cintos e bolsas.

Os frutos são apreciados crus, cozidos ou assados e era importante na alimentação dos índios.

Quando ocupam grandes áreas, formam barreiras que servem de esconderijos para ninhos de

jacarés e refúgios de cobras, tatus, porcos e tamanduás. Na medicina popular, seus frutos, são

utilizados para xaropes contra tosse, gripe e pneumonia.

História de Caraguatatuba e a catástrofe de 67

Os primeiros sinais de povoamento surgiram após 1534, quando o rei Dom João III de

Portugal dividiu o Brasil em 15 Capitanias Hereditárias e as entregou em regime de hereditariedade

a nobres, militares e navegadores ligados à da Corte. O objetivo do reino português era facilitar a

administração e acelerar a colonização das recém-ocupadas terras brasileiras (SECRETARIA

MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d).

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Foi criada então a Capitania de Santo Amaro, que se estendia da foz do Rio Juqueriquerê,

em Caraguatatuba, até Bertioga. Mas Caraguatatuba surgiu apenas no século 17, por meio da

concessão de Sesmarias -- um instituto jurídico criado pelo Império de Portugal para distribuição de

terras a particulares para a produção de alimentos. Foi exatamente naquele ponto que a cidade

começou a nascer entre 1664 e 1665. Mas o pequeno povoado foi assolado por diversos surtos,

entre eles o mais mortífero ocorreu em 1693 - a varíola, que dizimou boa parte da população

(SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d).

O novo povoado foi elevado à condição de Vila de Santo Antônio de Caraguatatuba em

1770. No século 19, o presidente da Província de São Paulo, Manuel da Fonseca Lima e Silva,

ordenou que a vila passasse a ser denominada Freguesia. Caraguatatuba recebeu sua emancipação

política e administrativa em 1857. A população ainda teve de superar um surto de malária, em

1884, e outro de gripe espanhola, em 1918 (SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE

CARAGUATATUBA, s/d).

O ressurgimento e, posteriormente, o crescimento do povoado só veio com a chegada de

famílias de estrangeiros, que se instalaram na Fazenda dos Ingleses. A propriedade se estabeleceu

em 1927 e trouxe benefícios como o aumento da população, a formação de trabalhadores agrícolas

e artesãos, o surgimento do comércio e o crescimento substancial da arrecadação municipal

(SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d).

O progressismo da Freguesia de Santo Antônio de Caraguatatuba forçou o Governo do

Estado de São Paulo a reconhecê-la como Estância Balneária em 1947. Sua comarca foi instalada

poucos anos depois, em 1965 (SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d).

Em 1967 ocorreu uma nova catástrofe, uma espécie de dilúvio dos morros. Após vários dias

de chuvas constantes, o solo acabou enfraquecido e saturado, provocando deslizamentos de terras.

Centenas de casas foram soterradas e os rios ganharam fortes correntezas arrastando não somente

casas, mas árvores, pontes, entre outros.

Na ocasião, o governador do Estado decretou alerta máximo, uma vez que a cidade ficou

ilhada, e o Exército teve de prestar auxílio para os sobreviventes. Não se sabe ao certo quantas

foram as vítimas desse episódio, que destruiu a cidade, fazendo-a a partir daí renascer, por meio

daqueles que sobreviveram e acreditaram no recomeço.

Como medida de emergência plantou-se o pinus devido à facilidade de crescimento e por

reter grande quantidade de água do solo e, também, por conta do estado possuir na época um

grande banco de sementes da árvore. O pinus faz parte do grupo de espécies de pinheiros com

área de distribuição no Canadá e Estados Unidos da América. Possui grande porte com altura entre

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18 m e 30 m. É conhecido por ser uma espécie agressiva, pois captura uma grande quantidade de

água e minerais do solo.

7.2.2. Patrimônio Cultural

No Núcleo Caraguatatuba é possível observar alguns patrimônios culturais. São eles:

Trilha dos Tropeiros

Os registros históricos do uso da trilha remontam ao século XIX, quando era uma estrada

com calçamento de pedra utilizada para atividades de comércio entre o litoral e o planalto. Todavia,

há indícios que o traçado era utilizado anteriormente pelos índios para atividades de caça. Essa

afirmação baseia-se em relatos de que, na década de 1960, foram encontrados objetos

arqueológicos, como pontas de lanças, por antigos moradores. Outro fato relatado é que a trilha,

além de utilizada para o comércio, faria parte de diversos caminhos alternativos usados para o

tráfico de escravos, dentre os quais o mais importante era a Rota Dória. Seu traçado inicial foi

bastante alterado pela Catástrofe de 1967, quando grande parte do percurso original

(aproximadamente 80%) foi soterrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

● Forno de carvão da sede: O forno de carvão não está localizado no traçado da trilha e

sim na sede do núcleo, após a hospedaria, próximo à saída da trilha dos Tropeiros. É

considerado no Plano de Manejo como um bem prioritário para conservação, dentro

da Zona Histórico-Cultural Arqueológica. Insere-se no histórico da segunda metade do

século XIX, quando houve a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (São Paulo

Railway) que levou à transformação do padrão de ocupação do litoral (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

● Estruturas remanescentes da trilha construída e percorrida pelos escravos que

conectava o litoral ao planalto, com estruturas de arrimo. Na trilha já foram

encontrados ferraduras, com aproximadamente 100 anos, que eram usadas pelas

tropas de mulas que carregavam a carga para troca ou para venda no Vale do

Paraíba; e telhas de barro moldadas nas coxas de escravos. Com o processo de

industrialização resultado em produtos perfeitos, as telhas que saiam com defeito

eram apelidadas de “feitas nas coxas”. E até hoje tudo que apresenta defeito é

chamado de feito nas coxas.

Trilha do Poção

● Forno de carvão: O forno de carvão localiza-se na trilha, próximo à sede do núcleo. É

considerado pelo Plano de Manejo como bem cultural de baixa significância em estado

crítico de conservação. Insere-se no histórico da segunda metade do século XIX,

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quando houve a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (São Paulo Railway)

que levou à transformação do padrão de ocupação do litoral (FUNDAÇÃO FLORESTAL,

2013).

PAU JACARÉ (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr.)

A apresentação do bem cultural (forno de carvão) relaciona-se à explicação sobre a

árvore mais utilizada, na época, para a produção do carvão. Esta árvore é uma das primeiras a se

instalar numa área em regeneração natural e, por isso mesmo, é muito abundante e frequente

nos fragmentos de Mata Atlântica nos estágios inicial, médio e até no bordo dos fragmentos mais

preservados. A espécie é adaptada às condições ambientais severas, como maior insolação, menor

disponibilidade de água e nutrientes, solo geralmente compactado. Além disso, produz uma

grande quantidade de sementes e possui uma taxa de crescimento elevada, atingindo cerca de 5m

aos 2 anos. Todavia, tem ciclo de vida curto, de 20 a 40 anos e por isso é denominada pioneira.

Por ser uma madeira mole é utilizada para acabamentos internos, armação de móveis, miolos de

portas, confecção de brinquedos e embalagem. Porém, sua utilização mais frequente é como

lenha e carvão. Suas flores têm também valor melífero, por isso pode ser utilizada em apicultura

(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

7.2.3. Comunidades tradicionais

Não há comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e caiçaras) no Núcleo

Caraguatatuba e no seu entorno. Há apenas moradores locais.

7.2.4. Ecossistema e Geomorfologia

O núcleo Caraguatatuba está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como

ecossistemas Florestas Deciduais Densa e Áreas Degradadas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O

núcleo possui relevo montanhoso, sendo cortado por vales profundos e encostas íngremes que tem

como pontos máximos de altitude os Picos do Ouriço (1.297m), da Pedra Verde (1.297m), da Pedra

Preta (1.213m) e a Pedra da Onça (1.297m) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

7.2.5. Fauna e Flora

O núcleo apresenta uma grande diversidade de fauna e flora. Apesar de seu símbolo ser a

onça-pintada, atualmente é muito difícil encontrá-la. Atualmente, os principais animais vistos são:

anta, paca, lontra, muriqui, queixada, jaguatirica, onça parda, macaco-prego, cateto, macuco,

caracoleiro, sabiá-cica, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Em relação à flora, as principais

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espécies vegetais encontradas no núcleo são: palmito juçara, samambaiaçu, bromélias, orquídeas,

caraguatá, jequitibá, figueira, canela, embaúba e pinus (exótica) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

ONÇA-PARDA (Puma concolor)

Os pumas são felinos de grande porte, seu tamanho pode chegar a 1,95 m e podem alcançar 70

kg. Possui coloração branca nas patas e em algumas regiões do peito e pescoço. Sua cauda é

comprida e fina, escurecendo gradativamente até chegar a uma ponta preta. Habita florestas

densas e bordas de florestas, mas também campos e cerrado, sempre próximo a regiões com

água em abundância. É encontrada em todo o Brasil. É um animal carnívoro e possui alimentação

bastante variada, desde pequenos vertebrados até os de médio porte, como veados e porcos

(ICMBio). O período de gestação é de aproximadamente 95 dias. As fêmeas têm de um a seis

filhotes por ninhada. Possui uma enorme importância na natureza, pois realiza controle

populacional das espécies de roedores e marsupiais, evitando que suas populações cresçam de

forma descontrolada (ICMBio). Vive solitário, é noturno e terrestre (ViaRondon, 2011).

MACACO – BUGIO (Alouatta guariba)

Primata que mede entre 42 e 63 cm (cabeça e corpo), com sua cauda variando de 48 a 69 cm que

auxilia na locomoção e na alimentação. Possui barba espessa, os machos adultos são

avermelhados e pesam entre 5 e 9 kg e as fêmeas adultas são marrons, menores que os machos

e pesam entre 4 e 7 kg. O bugio é pouco ativo e raramente desce ao solo. Tudo que necessita

para viver é obtido nas copas das árvores, inclusive a água, que é retirada de troncos ocos, vasos

de bromélias, musgos e outras plantas epífitas. Alimenta-se de folhas de embaúba, presentes no

núcleo , tapiá, frutos de jerivá, sementes, flores, caules, cascas de diversas outras espécies de

árvores e liquens, facilmente encontradas no Núcleo. É fácil identifica-lo pela sua vocalização

(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

CATETO (Tayassu tajacu)

O cateto é considerado uma espécie guarda-chuva e cinegética da Mata Atlântica. Também

conhecido como porco do mato, mede de 82 a 100 cm de comprimento total e pesa entre 17 e 30

kg. Seus pêlos são longos e grossos, a coloração geral é preto-acinzentada com reflexos

esbranquiçados, por terem as pontas dos pêlos brancas; o filhote é mais claro que o adulto. A

fêmea tem 4 pares de mamas, mas apenas 2 são funcionais. Alimenta-se principalmente de frutos

silvestres caídos no chão, folhas, brotos, talos, raízes, pequenos animais vertebrados, como rãs,

ratos e cobras pequenas e invertebrados como minhocas, larvas etc. Tem hábito diurno e

crepuscular. Chega a viver até 20 anos. Só ocorrem em áreas bem preservadas de florestas e de

relativa extensão. O cateto assim como o queixada, são os únicos representantes de porcos do

mato brasileiros.

Por ser um animal de médio porte torna-se alvo fácil dos caçadores e está desaparecendo em

muitos lugares. Os desmatamentos vêm reduzindo seu hábitat o que causa escassez de alimento e

conseqüentemente o extermínio da espécie. O hábitat reduzido também facilita a ação dos

caçadores, já que eles não têm para onde fugir ou se esconder. A espécie está ficando rara

(INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d (a)).

TATU-GALINHA (Dasypus novemcinctus)

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O tatu-galinha é um animal de pequeno porte, podendo atingir de 39,5 cm a 57,3 cm de

comprimento e sua cauda pode chegar de 29 a 45 cm. Apresenta uma carapaça dura com

coloração marrom escura com escudos amarelados. Possui o hábito de viver em tocas, que

chegam até 6 metros de profundidade. Preferencialmente tem hábitos noturnos, mas também

pode ser vistos durante o dia. Alimenta-se de invertebrados, plantas, pequenos vertebrados, ovos

e carniças. Habita desde o Sul dos Estados Unidos atravessando a América Central até o noroeste

da Argentina e do Uruguai. Nos biomas brasileiros ocorrem na Amazônia, caatinga, cerrado, Mata

Atlântica, Pantanal e Campos Sulinos (ViaRondon, 2011).

IRARA (Eira barbara)

A irara é um animal de médio porte, seu comprimento varia de 56 cm a 68 cm. A cor da pelagem

é marrom escura no corpo, escurecendo em direção à cauda, e a cabeça e o pescoço tendem a

apresentar um marrom mais claro. Alimenta-se de pequenos vertebrados, frutos, cana-de-açúcar e

mel. Localizam-se desde sul do México até o norte da Argentina. Distribui-se em quase todo o

Brasil, pelos biomas Amazônia, cerrado, caatinga, Pantanal e Mata Atlântica. São animais que

normalmente são solitários com hábitos diurnos, são muito ágeis, ótimos corredores e nadadores

e com bastante habilidade em escalar em árvores a procura de aves ou abelhas silvestres

(ViaRondon, 2011).

EMBAÚBA (Cecropia pachystachya Trécul)

A embaúba é uma espécie pioneira, ou seja, aquelas que iniciam o processo de regeneração

natural da floresta quando a cobertura florestal sofreu algum tipo de interferência, pois sua

semente necessita de elevada luminosidade para germinar.

Seu tamanho é de 4 a 7 m de altura com tronco de até 25 cm de diâmetro. Possui folhas de

superfície superior áspera e inferior com “pêlos” microscópicos, o que dá uma aparência de

penugem esbranquiçada; sua raiz é escora. A floração ocorre em setembro e outubro, com

polinização realizada por abelhas. Já a frutificação é em junho e a dispersão é realizada por

animais (zoocórica), como o Bicho-preguiça, Macaco-bugio, Morcegos e Aves, encontrados no

núcleo. As formigas utilizam seu caule oco como abrigo e sua seiva como alimento. Em troca,

afugentam predadores herbívoros (mamíferos e aves) que consomem suas folhas e frutos

(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

JEQUITIBÁ-ROSA (Cariniana legalis (Mart.). Kuntze)

Nas trilhas do núcleo é possível observar jequibás-rosa com, em média de 500 anos. Essa espécie

pode atingir de 30 a 50 m de altura, e por este motivo possui raiz pivotante, raiz com um eixo

principal alongado e que penetra mais profundamente no solo. Sua copa globosa tem a forma de

um guarda-chuva. O caule é lenhoso e reto, com diâmetro de 70 a 100 cm. Suas folhas são

simples, membranáceas, glabras (lisas), de formato elíptico-lanceolado e semicaducas (algumas

caem). A floração ocorre durante os meses de dezembro a fevereiro. Suas flores são bissexuadas,

de cor amarela, e ocorrem em inflorescência dispostas em forma panícula terminal densa. A

polinização se faz por abelhas (melitofilia). O fruto do tipo seco é uma caixinha lenhosa, com uma

abertura deiscente. Devido à semelhança com o covo, uma armadilha para peixe utilizada pelos

índios Tupi-Guarani (ibá=fruto e iqui=armadilha), esta árvore leva esse nome. A frutificação

acontece no período de agosto a setembro, e sua semente alada é dispersa por anemocoria

(vento). Seu crescimento é de moderado a rápido, chegando a atingir até 3 m em 2 anos.

É uma das maiores espécies arbóreas brasileiras, e pelo fato de ocorrer sempre em ambiente

florestado é classificada como espécie secundária tardia, por esta razão pode ser utilizada como

espécie indicadora de mata secundária em estágios médio a avançado de regeneração, ou ainda

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de mata primária. O “gigante das florestas” como é merecidamente cognominado, pode

ultrapassar 500 anos de idade.

Atualmente, esta espécie encontra-se em risco de extinção, devido principalmente à utilização de

sua madeira de lei e pela diminuição dos ambientes florestais, uma vez que o Jequitibá-rosa além

de pouco abundante em seu ambiente natural, necessita das condições ambientais dos

ecossistemas florestais para se desenvolver (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Lista das principais espécies da fauna e flora

FAUNA:

- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.

Jacutinga (Aburria jacutinga)

Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)

Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)

Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)

Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)

Peixe-Frito-Pavonino (Dromococcyx pavoninus)

Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)

Beija-Flor-De-Topete (Stephanoxis lalandi)

Sabiá-Cica (Triclaria malachitacea)

Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)

Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)

Entufado (Merulaxis ater)

Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)

Chibante (Laniisoma elegans)

Anambezinho (Iodopleura pipra)

Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus)

Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista)

Maria-Pequena (Phylloscartes sylviolus)

Papa-Moscas-Estrela (Hemitriccus furcatus)

Vite-Vite (Hylophilus thoracicus)

Pixoxó (Sporophila frontalis)

Fonte: SCHUNCK, 2015

- MAMÍFEROS:

Bugio (Alouatta guariba)

Macaco-prego (Cebus nigritus)

Anta (Tapirus terrestris)

Jaguatirica (Leopardus pardalis)

Onça-parda (Puma concolor)

Queixada (Tayassu pecari)

Cateto (Pecari tajacu)

Lontra (Lontra longicaudis)

Paca (Cuniculus paca)

Cutia (Dasyprocta azarae)

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Caxinguelê (Guerlinguetus ingrami)

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

- RÉPTEIS E ANFÍBIOS

Adenomera cf. marmorata

Bufo ornatus

Cycloramphus boraceiensis

Sapinho-da-bromélia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)

Eleutherodactylus binotatus

Eleutherodactylus bolbodactylus

Eleutherodactylus guentheri

Eleutherodactylus parvus

Enyalius cf. iheringi

Flectonotus fissilis

Hyla albosignata

Hyla hylax

Hyla semilineata

Hyla sp. 2

Hylodes asper

Hylodes phyllodes

Phasmahyla sp.

Proceratophrys appendiculata

Scinax sp. 3

Scinax sp. (gr. perpusillus)

Canina (Spilotes pullatus)

Rã-das-pedras (Thoropa miliaris)

Bufo ictericus

Hyla faber

Hyla sp. 1

Imantodes cenchoa

Scinax angrensis

Eleutherodactylus cf. guentheri (esverdeado)

Eleutherodactylus sp. 1

Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d

FLORA:

Palmeira-juçara (Euterpe edulis)

Gravatá (Nidulariun sp. – Bromeliaceae)

Bambu (Olyra sp. - Poaceae)

Embaúba (Cecropia pachystachya)

Figueira-mata-pau (Ficus insipida Willd. - Moraceae)

Quaresmeira (Tibouchina granulosa Cogn.)

Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis – Cogn.)

Canela (Licania armeniaca (Ness) Kosterm.)

Canela-sassafrás (Aniba firmula (Nees and Mart) Mez)

Araçarana (Marlierea sp.)

Caroba (Jacaranda micrantha Cham. – Bignoniaceae)

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Pariparoba (Piper umbellatum L. - Piperaceae)

Ingá (Inga striata (Benth.) – Fabaceae).

Guapuruvu (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake - Fabaceae)

Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.)

Cedro (Cedrela fissilis Vell. – Meliaceae)

Figueira (Ficus insipida Willd. – Moraceae)

Jequitibá-rosa (Cariniana legalis)

Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)

Pau-brasil (Caesalpinia echinata)

Bromelia (gênero)

Orchidaceae (família)

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

7.2.6. Serviços Ecossistêmicos

O Núcleo Caraguatatuba presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do

entorno:

● Regulação da qualidade do ar;

● Proteção dos morros e encostas;

● Proteção dos solos;

● Bem-estar, lazer e turismo;

● Polinização;

● Recursos hídricos.

Um importante papel exercido pela Mata Atlântica é a proteção de encostas das serras

contra deslizamentos provocados por eventos climáticos extremos. Como exemplo, podemos citar

um estudo de caso realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, que fez uma análise das regiões

mais atingidas pelas enchentes de 2011 e que demonstrou que apenas 8% dos deslizamentos

ocorreram em áreas de vegetação nativa bem conservada, ou seja, pouco antropizadas (MMA,

2014).

Um caso real para o núcleo é a “Catástrofe de 67”. Em 1967, Caraguatatuba foi assolada

por uma forte tromba d´água que se abateu sobre a Serra do Mar descendo as encostas,

destruindo tudo por onde passava, arrastando centenas de árvores e fazendo vítimas fatais. Apesar

do grande volume de chuva, a “Catástrofe de 67” não foi apenas um fenômeno climatológico.

Colaborou também com a tragédia a falta de planejamento quando da ocupação irregular e

remoção de vegetação das encostas da Serra do Mar, incentivadas por investimentos como o da

Fazenda dos Ingleses, que provocaram, após intensas chuvas, a maior catástrofe ambiental da

História do Brasil. As mesmas chuvas inviabilizaram o funcionamento da Fazenda dos Ingleses que

encerrou suas atividades logo após a tromba d'água (MUSEU NÁUTICO, 2013). Talvez se a

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vegetação não tivesse sido removida, os desastres provocados pela intensa chuva poderiam ter sido

menores.

Além disso, a Mata Atlântica preservada pelo Núcleo Caraguatatuba também fornece outro

serviço fundamental para a população. O Núcleo é percorrido por rios que formam as Bacias do Rio

Juqueriquere, maior bacia do litoral norte e com trechos navegáveis; do Rio Santo Antônio; do Rio

Mococa e do Rio Guaxinduba. Esses rios abastecem todo município de Caraguatatuba, fornecendo

água para mais de 100 mil habitantes.

No planalto (Natividade da Serra), o núcleo também abriga nascentes que contribuem para

os mananciais da represa de Paraibuna, considerado “Berço do Rio Paraíba do Sul”. Juntamente

com o Rio Piraitinga, dão origem ao Rio Paraíba (PREFEITURA DE PARAIBÚNA, s/d). A bacia do rio

Paraíba do Sul, porção do Estado de São Paulo, constitui-se como grande produtor dos serviços

ambientais para os três estados – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Denominado como rio

Federal, é o principal curso d’água da região, abastecendo cerca 12 milhões de pessoas entre os

estados de São Paulo e Rio de Janeiro e fornecendo água para 86% da população do município de

Rio de Janeiro.

7.2.7. Pesquisas

Algums pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPESP são:

14/07853-1: Análise de Uso Público do Parque estadual Serra do Mar - Núcleo:

Caraguatatuba

14/00648-3: Estudo sobre impactos causados pelos cães domésticos

semidomiciliados presentes na área de Mata Atlântica do município de

Caraguatatuba e a correlação entre a variabilidade genética dos carrapatos dos cães

e do ambiente silvestre

13/04398-9: Efeito da deposição atmosférica na ecofisiologia do uso de nitrogênio

em espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa, Caraguatatuba, SP

12/51509-8: Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da

Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e

Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)

07/04073-1: Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de

anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo

O detalhe delas está no anexo 05.

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7.2.8. Atrativos

O Núcleo Caraguatatuba conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e

piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:

Trilha dos Tropeiros:

A trilha dos Tropeiros é um caminho histórico, de grande valor cultural, utilizado no século

XIX para transporte de carga entre o litoral e o planalto e para o tráfico de escravos. Seu traçado

inicial foi bastante alterado pela Catástrofe de 1967, quando grande parte do percurso original

(aproximadamente 80%) foi soterrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

No trajeto, os visitantes encontram cachoeiras, árvores centenárias como Jequitibás de até

300 anos, pegadas e tocas de mamíferos, além de algumas espécies de aves, anfíbios e répteis,

muros de pedras da época das tropas que por ali trafegavam e fornos de carvão (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Percurso: 8.000 metros

Tempo estimado: 5h30min

Nível de dificuldade: moderado a difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha do Jequitibá

Historicamente, o uso inicial da trilha está relacionado ao trabalho de controle de endemias

realizado pela SUCEN. A trilha, em formato de ferradura, tem seu início e fim junto à área de lazer

da sede do núcleo, que se localiza logo atrás do centro de visitantes. Uma trilha em meio a Mata

Atlântica, praticamente plana com pequenos aclives e declives, margeando, em determinados

momentos, o Rio Santo Antônio (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

O nome da trilha deve-se à existência de um grande Jequitibá em seu percurso. Porém, em

1991, durante um temporal, o Jequitibá tombou e assim permanece até hoje ao lado da trilha. A

trilha também possui como atrativo uma piscina natural de águas calmas e cristalinas ideal para o

banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 1.200 metros

Tempo estimado: 00h50min

Nível de dificuldade: muito fácil

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Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha do Poção

O uso inicial da trilha está relacionado ao trabalho de controle de endemias realizado pela

SUCEN. Atualmente consiste em uma caminhada em meio à Mata Atlântica, com moderados aclives

e declives. Em alguns trechos existe a necessidade de transposição de rios e caminhadas sobre

lajes de pedra. A trilha possui dois atrativos, a Cachoeira Pedra Redonda e Cachoeira da Esmeralda,

sendo essa última de grande beleza cênica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Cutias, esquilos, tamanduás, tucanos, tiês-sangue e surucuás estão entre as espécies de

animais possíveis de serem avistados. Sobre a flora, destacam-se árvores como jequitibás,

figueiras-brancas e canelas. A trilha termina na cachoeira Pedra Redonda, onde os visitantes podem

tomar banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 7.056 metros

Tempo estimado: 04h00min

Nível de dificuldade: moderado a difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha Noturna

Na trilha a audição fica mais aguçada e os sons da floresta se tornam mais claros: o sopro

do vento nas árvores, o barulho dos rios e dos animais. Entre as espécies que mais chamam a

atenção e podem ser avistadas algumas espécies noturnas como as corujas. Trata-se da mesma

Trilha do Jequitibá, porém realizada no período noturno.

Percurso: 1.200 metros

Tempo estimado: 01h00min

Nível de dificuldade: muito fácil

Outras trilhas e pontos de interesse

Trilha Pirassununga

A partir do km 14 da Estrada do rio Pardo, dá acesso a mirantes, cachoeiras e um viaduto

abandonado na década de 70 utilizado atualmente para a prática de rapel (FUNDAÇÃO FLORESTAL,

s/d(a)).

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Percurso: 3.300 m

Nível de dificuldade: baixa

Fonte: (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a))

Estrada do Rio Pardo

Estrada que liga Caraguatatuba a Salesópolis, por acesso de terra, sendo 40 km no Parque,

com proposta de requalificação como Estrada Parque, margeada por mata nativa. Contêm trilhas,

mirantes, piscinas naturais, cachoeiras e locais para esportes radicais. Restrita a mountain bike e

veículos tracionados (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)).

Percurso: 70.000 m

Tempo estimado: 03h00min

Nível de dificuldade: xxxxx

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)

Estrada do Tucano

Estrada de terra, com acesso pela Rodovia dos Tamoios (km 62). Trecho antropizado entre

belos cenários da represa, vegetação nativa e cachoeiras. Outrora circundava o lago da CESP

(Centrais Elétricas de São Paulo) passando pela Fazenda Pavoeiro.

Percurso: 5.000 m

Nível de dificuldade: baixa

Estrada do Pavoeiro

Estrada de terra, ao alto da serra, em Paraibuna, que possui belas paisagens cênicas até

alcançar a Fazenda Pavoeiro e as margens da represa (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)). Travessia

realizada com veículo.

Percurso: 20.000 m

Nível de dificuldade: baixa

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)

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Represa de Paraibuna

Limitante com o Parque, ideal para a prática de esportes náuticos tais como canoagem,

iatismo, mergulho, pesca esportiva, natação, entre outros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)).

Mococa

Partindo de Natividade da Serra, é parte do antigo caminho de tropeiros para o litoral, por

meio de um caminho sinuoso e compactado pela floresta de encosta, onde o visitante chega a um

mirante para observação de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e o arquipélago de Ilhabela.

Percurso: 9.000 m

Tempo estimado: 04h00min

Nível de dificuldade: alta

7.2.9. Informações gerais sobre o Núcleo

Dados gerais

Área 35.947 mil hectares

Bioma Mata Atlântica

Município da sede Caraguatatuba

Municípios Abrangidos Caraguatatuba, Natividade da Serra e Paraibuna

Endereço da sede Rua do Horto Florestal, nº1200 – Rio do Ouro/ Caraguatatuba –SP CEP 11675-736

Escritório urbano

Bases e outras funções Base Graví de Proteção e Uso Público (Natividade da Serra)

Telefones (12) 3882-3166 / (12) 3882-5999

Sinal de celular da sede

Sinal de celular da base

E-mail da UC [email protected]

Nome do Gestor Miguel Nema Neto

Esportes Radicais Não

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Capacidade de

hospedagem 12 pessoas (somente pesquisadores)

Valor da hospedagem

na UC R$17,00

Centro de visitantes Sim

Capacidade do

auditório 60 pessoas

Capacidade do

refeitório

Lanchonete

Quiosques pic nic 09 quiosques

Camping na UC

Facilidades no entorno

imediato

Tipo de Acesso Asfalto

Distância de SP 200 km

Distância cidade mais

próxima(s)

Ubatuba: 55,4 km

São Sebastião: 25,2 km

Paraibuna: 50,2 km

São José dos Campos: 87,4 km

Cobrança de Ingresso e

valor

Inteira R$9,00 Meia R$4,50 Acima de 60 e menores de 12 anos - Isentos

Amplitude Altitudinal 1.297 Pedra da Onça

Amplitude de

Temperaturas

Bases e outras funções

Base Graví- Proteção e Uso Público (Natividade da Serra)

Endereço Estrada do Pouso Alto, s/n - Bairro Rio Negro - Natividade da Serra/SP

Telefone

Capacidade de

Hospedagem

Base de Uso Público

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Mais Informações

Sede Administrativa

Dias e horário de

funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.

Telefones para

informação (12) 3882-3166 / (12) 3882-5999

E-mail [email protected] e [email protected]

Gestor (a) Miguel Nema Neto

Endereço Rua do Horto Florestal, nº1200 – Rio do Ouro/ Caraguatatuba –SP CEP 11675-730

Visitação

Dias e horário de

funcionamento

Dias e horário de funcionamento das trilhas (Jequitibá, Poção e Tropeiros) de

terça-feira a domingo e feriados, das 8h às 17h.

Trilha Noturna: das 19h às 21:30h. Segunda-feira fechado para manutenção das

trilhas. Mediante agendamento prévio de 1 dia.

Trilha dos Tropeiros: Finais de semana e feriados mediante agendamento prévio

de 03 dias.

O acesso às trilhas do período diurno é permitido somente até às 16h.

Endereço Rua do Horto Florestal, nº1200 – Rio do Ouro/ Caraguatatuba –SP CEP 11675-730

Normas de Visitação e Segurança do PESM

É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);

É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;

É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;

É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;

É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro

produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.

Normas para as trilhas

Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;

Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento

da trilha;

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Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;

Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que

se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;

Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,

não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;

Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;

Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a

permanência, deverá ser trazido de volta;

É proibido fumar nas trilhas;

É proibido comer ou beber nas trilhas.

Símbolo

A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino do continente americano. Possui o corpo robusto,

compacto e musculoso. Sua pelagem varia do amarelo-claro ao castanho-ocreáceo e é

caracterizada por manchas pretas em forma de rosetas de diferentes tamanhos. Estas rosetas são

como sua “impressão digital”, pois cada indivíduo possui um padrão único de pelagem.

A onça-pintada exerce importante função ecológica, principalmente por regular o tamanho das

populações de suas espécies presas como, capivaras e jacarés. Dessa forma, a onça-pintada é

considerada uma espécie guarda chuva, pois suas exigências ecológicas englobam todas as

exigências das demais espécies que ocorrem no seu ambiente.

É um animal que exige extensas áreas preservadas para sobreviver e se reproduzir. A extensa

conversão de seu habitat natural para atividades agropecuárias forçou a sua inclusão na lista de

espécies ameaçadas de extinção pelo IBAMA e “quase ameaçada” pela IUCN (INSTITUTO ONÇA

PINTADA, 2009).

7.3. Núcleo Cunha

7.3.1. História

Em 1974 foi criada a Reserva Florestal de Cunha. Em 1977, com a criação do Parque

Estadual Serra do Mar pelo Decreto 10.251, a reserva foi incorporada, formando então o Núcleo

Cunha (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 13,3 mil estão localizados

no Núcleo Cunha (Fundação Florestal, 2013). Localizado no extremo norte do Parque Estadual, seu

território abriga uma das áreas com maior biodiversidade do Parque, onde podem ser encontrados

remanescentes de matas nebulares, características de áreas com grande altitude (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, s/d(b)).

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O Núcleo Cunha, como o próprio nome diz, abrange o município paulista de Cunha, além do

de Ubatuba. Sua sede é em Cunha, localizada a 250 km da capital paulista e conhecida atualmente

pelas tradições da cultura caipira e importante centro produtor de cerâmica artesanal.

Origem e evolução de Cunha

A Estância Climática de Cunha tem suas origens por volta de 1695. Nessa época, muitos

aventureiros subiam a serra pela trilha dos Guaianás com destino ao Sertão de Minas Gerais, em

busca de ouro e pedras preciosas. Com isso, Cunha era parada obrigatória para descanso e

reabastecimento das tropas. Já em 1730, os viajantes que se fixaram na região construíram um

povoado onde a família portuguesa Falcão ergueu uma capela chamada Sagrada Família, dando

nome ao povoado de Freguesia do Falcão (Estância Climática de Cunha).

No início do século XVIII, muito ouro que vinha de Minais Gerais para embarcar em Paraty,

rumo a Portugal, era desviado. Devido à necessidade de se criar um posto para vigiar o local, surgiu

a Barreira do Taboão, localizada entre a Freguesia do Falcão e Paraty. Com o declínio do ciclo do

ouro, muitos desbravadores acabaram ficando na região. Em 15 de setembro de 1785 o povoado é

elevado à vila, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Conceição de Cunha, em homenagem ao

capitão general Francisco da Cunha Menezes, governador da Província de São Paulo. A autonomia

política veio em 1858, ano em que foi elevada à categoria de cidade, e em 1883 tornou-se comarca

(ESTÂNCIA CLIMÁTICA DE CUNHA, s/d).

Em 1932, Cunha foi palco de batalha na Revolução Constitucionalista, movimento contrário

ao Governo Vargas. Um batalhão da marinha composto de 400 praças subiu a Serra do Mar com a

intenção de chegar a São Paulo pelo Vale do Paraíba. Os combates no município duraram três

meses e nesse período a cidade conheceu seu herói e mártir, o lavrador Paulo Virgínio, que foi

morto por não revelar a posição das tropas paulistas. Em homenagem a esse ilustre cidadão, foi

construído um monumento às margens da estrada Cunha-Paraty (ESTÂNCIA CLIMÁTICA DE

CUNHA, s/d).

Tempos depois, com a paz já pairando sobre a região, o potencial turístico do município

começou a ganhar corpo apoiado principalmente em seus atrativos naturais. No dia 28 de outubro

de 1948 foi promulgada pelo governador de São Paulo a lei nº. 182 que converteu a cidade de

Cunha em Estância Climática, título dado a cidades que apresentam atrativos como o clima ameno

entre montanhas, cachoeiras e muito verde, onde visitantes podem usufruir da prática de esportes

de aventura. Atualmente, apenas 12 municípios paulistas possuem esse título (CIDADES

PAULISTAS, s/d).

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7.3.2. Patrimônio Cultural

No Núcleo Cunha, muitas das trilhas existentes funcionavam como antigos caminhos para a

extração e transporte de madeira e de carvão, nos tempos em que a área ainda pertencia aos

fazendeiros da região. Assim, em alguns locais é possível visualizar antigos fornos de carvão de

vegetal.

O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido

através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para

aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na

história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo,

utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a

retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar sua

estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por parte

dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com finalidade de

combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV, s/d).

7.3.3. Comunidades tradicionais

Não há comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e caiçaras) no Núcleo Cunha e no

seu entorno. Há apenas moradores locais com predomínio da cultura caipira.

CULTURA CAIPIRA

Segundo Camara Cascudo – caipira seria uma corruptela de “caapora”, palavra de origem tupi que

significa “morador do mato”. Outras definições, mais recentes, consideram caipira, matuto ou

capiau, o homem ligado ao campo que possui uma identidade e cultura própria – o que de fato

era verdade, até meados do século 20, quando os meios de transporte e comunicação de massa

interferiram nos costumes locais e regionais, padronizando-os a partir de modelos urbanos

(BrasilCultura, 2010).

A cultura caipira representa a adaptação do colonizador europeu ao Brasil e seu modo de ser,

pensar e agir no território brasileiro. O modo de vida caipira inclui o fogão a lenha, o café feito no

coador de pano, o leite quente ordenhado da vaca, biscoito de polvilho, pães de queijo, broas,

bolos de fubá, geleias e licores de frutas típicas (pequi e jenipapo) e, é claro, na famosa cachaça –

que se transformou numa espécie de bebida típica do Brasil (BrasilCultura, 2010).

Nas casas simples, todos têm direito a um “dedo de prosa” para ouvir um “causo”, passar as horas

na janela, sentar na soleira da porta, pitar um cigarro de palha. Até meados do século 20, essas

casas eram feitas de pau-a-pique – madeira trançada e barro batido – e cobertas de palha ou

sapé (BrasilCultura, 2010).

O caipira formou sua cultura através de uma mistura: herdou a religiosidade dos portugueses, a

familiaridade com o mato, a arte das ervas e o ritmo do bate-pé com os índios. A autêntica música

caipira, a “moda de viola”, retratava a vida do homem no campo, a lida na roça, o contato com a

natureza, a melancolia e a solidão do caboclo. Na literatura, o caipira é retratado por Monteiro

Lobato em seu personagem Jeca Tatu, do livro “Urupês” (BrasilCultura, 2010).

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7.3.4. Clima, Ecossistema e Geomorfologia

Apesar de abrigar um território que abrange os municípios de Ubatuba e Cunha, um dos

principais diferenciais do Núcleo Cunha é o seu clima de montanha. Em Cunha, sede do Núcleo, a

altitude chega a 1500 m, o que influencia o clima e o ecossistema da região.

O clima é o temperado seco, com variações de temperatura de –3 a 15 º C no inverno e de

15 a 25 º C no verão (ESTÂNCIA CLIMÁTICA DE CUNHA, s/d). Já o ecossistema é formado

predominantemente de Floresta Ombrófila Densa Montana (ou Floresta Sempre-verde do Planalto),

com alguns estratos de Floresta de Neblina (Floresta da Crista da Serra do Mar), esta última pouco

conhecida e típica de altitudes mais elevadas.

7.3.5. Fauna e Flora

O núcleo Cunha abriga diversas espécies de animais, muitas delas em risco de extinção.

Algumas espécies características são jacuguaçu, pica-pau-rei, jaguatirica, onça parda, lontra, sagui,

paca, cateto, queixada, anta, lontra, dentre outros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). No núcleo há

também espécies endêmicas, ou seja, espécies que habitam uma área geográfica única e bem

definida. Um exemplo é o, Brachycephalus, pequeno sapo de cor amarelo brilhante ou alaranjado.

Em relação à flora, o núcleo Cunha protege importantes remanescentes de matas

nebulares, a mais de mil metros de altitudes, com árvores de grande porte, como araucária, cedro,

peroba, ipê e canela que abrigam uma enorme quantidade de bromélias, orquídeas e samambaias

(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

ARAUCÁRIA (Araucaria angustifólia)

A araucária é característica do bioma Mata Atlântica em regiões de altitudes mais elevadas e clima

mais ameno. Elas podem atingir até 50 metros de altura e possuem uma madeira leve, macia,

pouco durável quando exposta ao tempo. Todavia, sua madeira foi largamente explorada durante

o período das guerras e para a produção de forros, molduras, ripas, brinquedos, estrutura de

móveis, palitos de fósforos, lápis, carretéis, utensílios domésticos, etc. Produz sementes

comestíveis conhecidas como “pinhão”, muito utilizadas na alimentação. Cunha é o município de

São Paulo com a maior produção de pinhão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

A araucária também interage intensamente com a fauna, que constitui um elemento muito

importante para a dispersão das sementes. Entre estes animais destacam-se os roedores e as

aves. Alberts (1992 apud IPEF, s/d) cita, entre os roedores, as cotias, as pacas, os ouriços, os

camundongos e os esquilos. Entre as aves são citados o papagaio-de-peito-roxo (Solórzano,1999

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apud IPEF, s/d), a gralha azul e os tucanos (Bustamante, 1948 apud IPEF, s/d).

Atualmente a redução das matas de pinhais, ou floresta de araucárias, e a exploração predatória

forçaram a inclusão da Araucaria angustifolia nas listas das espécies de plantas ameaçadas de

extinção do IBAMA e da IUCN (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

MURIQUI (Brachyteles arachnoides)

Já o macaco muriqui, também conhecido como mono-carvoeiro é uma espécie endêmica da Mata

Atlântica. Considerado o maior primata das Américas, tem um peso corporal médio de 15 kg

(macho adulto) e 12 kg (fêmea adulta), pelagem espessa de coloração amarelada, cauda longa

prênsil, com terço final desnudo, servindo de superfície táctil e prensora. São animais herbívoros,

ou seja, se alimentam de uma grande diversidade de itens vegetais: frutos, folhas (maduras e

novas), flores de árvores, lianas e epífitas, de acordo com sua disponibilidade sazonal e vivem em

grupos grandes de vários machos e fêmeas, podendo formar grupos com mais de 50 indivíduos.

Infelizmente, embora reconhecido pela UNESCO como identificador de qualidade ambiental, o

Muriqui está entre as 35 espécies mais criticamente ameaçadas da Terra (PROGRAMA MURIQUI,

s/d).

PICA-PAU-REI (Campephilus robustus)

Considerado o maior pica-pau do Brasil, medindo cerca de 36 centímetros de comprimento, com

peso médio de 200 gramas. De rara beleza, possui a cabeça e o pescoço vermelhos, dorso creme,

asas e cauda negras. O peito e o ventre são brancos, inteiramente barrados de finas faixas

horizontais negras. O macho tem uma pequena mancha auricular preta e branca, enquanto a

fêmea possui uma grande estria malar branca, vilada de negro. Assim como as demais espécies de

pica-pau, possui um canto territorial, diversos tipos de chamados e uma música instrumental, o

“tamborilar”. Ela é executada através de repetidos golpes do bico sobre a superfície de troncos

secos ou ocos, substrato escolhido de maneira a proporcionar boa ampliação da sonoridade e

alcance do ruído. Possui dieta insetívora, forrageando em árvores infestadas pelos mais variados

tipos de insetos e larvas. Martelam o tronco com força, perfurando a casca, e capturam as presas

com a língua pegajosa de ponta afiada. A língua móvel é também adequada para lamber o sumo

de frutas moles (WikiAves, s/d (a)).

QUEIXADA (Tayassu pecari)

Estes porcos-do-mato são conhecidos popularmente como queixadas, devido à mandíbula branca.

O nome do gênero, Tayassu, tem origem no idioma tupi e significa “dentes grandes”. Os

queixadas estão ameaçados de extinção da lista da IUCN (IUCN, 2011) e na lista regional do

Estado de São Paulo (MMA, 2008). Além disso, é uma espécie guarda-chuva e cinegética

(TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011).

Por serem animais de porte relativamente grande, e viverem em bandos que podem passar de

100 indivíduos, a manutenção de populações de queixadas em vida livre exige grandes áreas

naturais conservadas. Vive em regiões de florestas densas. São animais onívoros, ou seja, se

alimentam de uma grande variedade de itens, como sementes, insetos, fungos e principalmente

frutos. Tem uma enorme importância na natureza, pois pelas fezes espalha sementes de várias

plantas e participa da cadeia alimentar, servindo de alimento para espécies carnívoras (ICMBio,

s/d).

CUTIA (Dasyprocta azarae)

A cutia mede de 50 a 60cm e pesa de 1 a 3 kg. A cauda é rudimentar como na capivara. A

coloração geral é marrom-avermelhada, sendo o lado ventral mais claro. A região próxima à cauda

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é mais avermelhada. Os membros dianteiros são curtos e têm cinco dedos providos de fortes

unhas. Os posteriores são longos e tem três dedos também com fortes unhas. O membro

posterior alongado auxilia a cutia a pular. É um animal herbívoro, alimentando-se de frutos, tais

como bacupari (Rheedia gardneriana), cambucá, palmito, ingá entre outros, e talos de palmito

jovem. Este animal pode estocar um grande número de frutos, enterrando-os para alimentação

posterior, assim acaba por esquecer parte deles, que, desta forma, acabam germinando, o que faz

desse animal um ótimo dispersor da floresta.

A cutia vive em regiões com floresta densa, ou em matas ralas. Ocorre também no cerrado. É

mais ativa durante as horas crepusculares, apesar de poder ser vista durante o dia em regiões

onde não sofre perseguições. Procura como abrigo tocas que constrói em barrancos, ocos de

árvores caídas e sob raízes. Vive praticamente solitária e quando pressente algum perigo costuma

ficar parada, tentando passar despercebida. Ao comer, a cutia costuma segurar o alimento com as

patas dianteiras, ficando sentada sobre as patas traseiras. Este hábito de usar os membros na

alimentação é bastante comum entre os roedores (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA A CONSERVAÇÃO

DA BIODIVERSIDADE, s/d (b).

Lista das principais espécies da fauna e flora

FAUNA

- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.

Jacutinga (Aburria jacutinga)

Urubu-De-Cabeça-Amarela (Cathartes burrovianus)

Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)

Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)

Beija-Flor-De-Topete (Stephanoxis lalandi)

Seriema (Cariama cristata)

Choquinha-Da-Serra (Drymophila genei)

Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri)

Tovaca-De-Rabo-Vermelho (Chamaeza ruficauda)

Arapaçu-De-Cerrado (Lepidocolaptes angustirostris)

Pi-Puí (Synallaxis cinerascens)

Fruxu (Neopelma chrysolophum)

Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)

Saudade (Tijuca atra)

Caneleirinho-De-Chapéu-Preto (Piprites pileata)

Estalinho (Phylloscartes difficilis)

Catraca (Hemitriccus obsoletus)

Tucão (Elaenia obscura)

Papa-Moscas-De-Costas-Cinzentas (Polystictus superciliaris)

Tesoura-Cinzenta (Muscipipra vetula)

Gralha-Do-Campo (Cyanocorax cristatellus)

Caminheiro-De-Barriga-Acanelada (Anthus hellmayri)

Bico-Grosso (Saltator maxillosus)

Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus)

Peito-Pinhão (Poospiza thoracica)

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Quete (Poospiza lateralis)

Pixoxó (Sporophila frontalis)

Negrinho-Do-Mato (Amaurospiza moesta)

Fonte: SCHUNCK, 2015

- MAMÍFEROS

Jaguatirica (Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758))

Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771))

Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818))

Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (É. Geoffroy, 1806))

Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))

Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita (É. Geoffroy, 1812))

Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758))

Queixada (Tayassu pecari (Linnaeus, 1795))

Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758))

Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))

Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))

Dados secundários

Cuíca-de-quatro-olhos (Philander frenatus (Olfers, 1818))

Sauá ou Guigó (Callicebus nigrifrons (Spix, 1823))

Morcego (Tadarida brasiliensis (I. Geoffroy, 1824))

Morcego-borboleta (Myotis levis (I. Geoffroy, 1824))

Morcego-vermelho (Myotis ruber (É. Geoffroy, 1806))

Rato-do-mato, rato-do-chão (Akodon serrensis (Thomas, 1902))

Rato-do-mato (Delomys dorsalis (Hensel, 1873))

Rato-do-mato (Oligoryzomys nigripes (Olfers, 1818))

Rato-da-árvore (Rhipidomys mastacalis (Lund, 1840))

Rato-do-mato (Trinomys iheringi (Thomas, 1911))

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

- ANFÍBIOS E RÉPTEIS

Adenomera cf. marmorata

Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca)

Sapinho-pingo-douro (Brachycephalus sp).

Bufo ictericus

Sapinho-da-bromélia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)

Eleutherodactylus binotatus

Eleutherodactylus cf.parvus

Eleutherodactylus guentheri

Eleutherodactylus parvus

Eleutherodactylus sp.

Enyalius cf. iheringi

Flectonotus fissilis

Hyla albosignata

Hyla faber

Hyla hylax

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Hylodes phyllodes

Paratelmatobius poecylogaster

Physalaemus sp. (gr. olfersii)

Proceratophrys appendiculata

Scinax sp. (gr. perpusillus)

Fonte: INSTITUO EKOS BRASIL, s/d

FLORA:

Araucária (Araucaria angustifólia)

Cedro (Cedrela fissilis Vell.)

Palmito (Euterpe edulis Mart.)

Bambu (Chusquea sp.)

Samambaia-de-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) Underw.)

Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul)

Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.f. Macbr.)

Taquara (Chusquea sp.)

Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)

Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis (Vell.) Cogn.)

Canela (Ocotea sp.)

Canela-sassafrás (Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer)

Quaresmeiras (Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.)

Guapuruvú (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake)

Jatobá (Hymenaea courbaril L.)

Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)

Guaricangas (Geonoma elegans Mart.)

Bromélias;

Orquídeas;

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

7.3.6. Serviços Ecossistêmicos

O Núcleo Cunha presta diversos serviços, principalmente para a sua comunidade do

entorno. Os principais são:

● Regulação da qualidade do ar;

● Polinização;

● Proteção dos morros e encostas;

● Proteção dos solos;

● Bem-estar, lazer e turismo;

● Recursos hídricos.

As florestas preservadas do Núcleo Cunha abrigam importantes mananciais para o

abastecimento de água das cidades do Vale do Paraíba e até mesmo do Rio de Janeiro. O núcleo é

cortado por diversos rios, como Rio Paraibuna, Rio Bonito e Rio Ipiranga.

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O Rio Paraibuna é considerado “Berço do Rio Paraíba do Sul”, pois juntamente com o Rio

Piraitinga, dão origem ao Rio Paraíba do Sul. Além do fornecimento de água, desempenha outro

importante papel: ao chegar na cidade de Paraibuna, suas águas são aproveitadas para gerar

energia elétrica (PREFEITURA DE PARAIBÚNA, s/d).

7.3.7. Pesquisas

Simulador de chuvas

No Núcleo Cunha há um experimento chamado Simulador de Chuva. O simulador é um

equipamento preparado para produzir chuva e simular uma situação em que é possível comparar o

que ocorre quando há precipitação, simultaneamente, sobre superfície de solo com algum tipo de

cobertura vegetal e quando essa cobertura vegetal não existe.

Quando a vegetação é suprimida, o solo fica desprotegido e mais impermeável. Assim, a

água da chuva não consegue penetrar e acaba escorrendo e levando consigo sedimentos do solo.

Esse processo causa dois fenômenos: erosão e assoreamento.

A erosão é o processo de desagregação de partículas do solo normalmente causado por

chuva e ventos. O homem vem acelerando esse processo através da supressão da vegetação e do

uso incorreto do solo. Muitos desses sedimentos acabam indo parar dentro de corpos d´água,

causando o assoreamento dos rios. Como consequência do assoreamento, há uma redução no

volume de água do rio, que também se tornam turvas e impedem a entrada de luz, impossibilitando

a renovação do oxigênio que os peixes e outros organismos precisam para sobreviver. Além disso,

os rios tornam-se mais rasos, podendo provocar alagamentos em épocas de chuva.

Laboratório de Hidrologia Walter Emerich

Local onde são realizadas pesquisas hidrológicas sobre a Mata Atlântica.

Pesquisas acadêmicas

Algumas pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPES foram:

12/51509-8: Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da

Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e

Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)

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07/04073-1: Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de

anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo

00/12405-5: Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta Atlântica do

núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP

97/11798-9: Estudo das anomalias apresentadas no balanço hídrico de duas

microbacias monitoradas no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Cunha - SP

O descritivo delas estão no anexo 5.

7.3.8. Atrativos

O Núcleo Cunha conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas

naturais. Os principais atrativos do núcleo são:

Trilha do Rio Paraibuna

A trilha acompanha a margem esquerda do Rio Paraibuna, por entre araucárias e palmeiras.

Autoguiada, seus principais atrativos são poços e cachoeiras para banho e contemplação, entre elas

a Cachoeira do Paredão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

A caminhada é tranquila e o visitante pode desfrutar o visual de corredeiras e de quedas

d’águas, como a do Paredão, que está localizada após uma descida de pedras que o deixará de

frente para ela. Na região há também um poço profundo bastante utilizado para banho (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Percurso: 1.700 metros

Tempo estimado: 01h

Nível de dificuldade: fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(b)

Trilha do Rio Bonito

Circuito circular, marcada pelo ambiente de floresta e pela presença do Rio Bonito, que dá

nome à trilha. Proporciona o contato com águas cristalinas, cachoeiras e poços para banho que

compensam o esforço físico feito pelos visitantes nos trechos iniciais do percurso. Destaca-se a

Cachoeira da Laje, ideal para banho, relaxamento e contemplação da natureza (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

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A trilha cruza uma área de Mata Atlântica bem preservada com diversos tipos de palmeiras e

percorre um trecho que margeia o Rio Bonito com sua água pura e transparente, podendo

visualizar facilmente o fundo com areia e pedras. Como um espelho, o curso d’água reflete a

floresta, criando um belo visual (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 7.600 metros

Tempo estimado: 04h30min

Nível de dificuldade: dificuldade alta

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(b)

Trilha das Cachoeiras

A trilha margeia os rios Paraibuna e Ipiranga com vários pontos de contemplação da Mata

Atlântica de altitude, muito bem preservada e belas cachoeiras, como a do Ipiranguinha com quatro

quedas d’água e poços ótimos para banho. Apesar de sua extensão, 14,4 quilômetros (ida e volta),

existe a possibilidade de percorrer parte desse caminho de carro (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Durante o percurso de aproximadamente seis horas para quem o faz a pé, o visitante

poderá observar pegadas de diversos animais, como gatos-do-mato e até mesmo de onças-pardas

(suçuarana). Aves como nhambu, macuco, jacu, e alguns tipos de gaviões, além de macacos-prego

e bugios, estão entre as espécies mais facilmente avistadas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Na trilha é possível observar a preservação de importantes áreas remanescentes da Mata

Atlântica, cachoeiras e águas cristalinas dos rios Paraibuna e Ipiranga, como destaque para a

cachoeira do Ipiranguinha, com 4 quedas d’água e poços ótimos para banho (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Percurso: 14.400 metros

Tempo estimado: de 4h a 6h

Nível de dificuldade: média

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(b)

Trilha Mirante:

A Trilha Mirante percorre as margens do Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e

piscinas naturais de águas cristalinas. Permite um convívio grande com a biodiversidade, sendo

possível observar araucárias, palmitos, canelas, mata ciliar e diversas espécies da fauna, como o

sapinho-pingo-douro, jararacas, saíras, macucos, tucano-de-bico-verde, etc. A trilha possui altíssimo

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potencial para a prática de observação de aves por apresentar avifauna muito rica, com espécies

raras, endêmicas, visualmente vistosas e ameaçadas de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

No caminho há o Mirante, onde é possível observar o Oceano Atlântico com a Ilha das

Couves, além das Vilas do Puruba e do Cambucá, no munícipio de Ubatuba. É possível também

tomar banho na cachoeirinha do Mirante, piscina natural de fácil acesso, com águas calmas e

cristalinas, rodeadas de rochas e florestas. Seu poço raso apresenta dimensões aproximadas de

8,50 metros de comprimento por 5 metros de largura, apresentando condições ideais para um

refrescante banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Antigamente, uma parcela da extensão da trilha servia como caminho para a extração,

transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de antigas

fazendas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 8.022 metros

Tempo estimado: 4h30min

Nível de dificuldade: moderado a difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha do Espigão:

A trilha permite um convívio com a biodiversidade, tangenciando num trecho as margens do

Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais para por fim transpor um espigão

com paisagismo destacado (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Antigamente, uma parcela da extensão da trilha era um caminho que serviu para a

extração, transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de

antigas fazendas. Assim, é possível observar antigos fornos de carvão da época (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Percurso: 11.398 metros

Tempo estimado: 4h30min

Nível de dificuldade: moderado a difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha Tranquilo:

A trilha permite um convívio com a biodiversidade, tangenciando num trecho as margens do

Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

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Antigamente, uma parcela da extensão da trilha era um caminho que serviu para a

extração, transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de

antigas fazendas. Assim, é possível observar antigos fornos de carvão da época (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Percurso: 1.522 metros

Tempo estimado: 1h30min

Nível de dificuldade: fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha Adaptada do Tranquilo:

A trilha permite um convívio com a biodiversidade, tangenciando num trecho as margens do

Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Antigamente, uma parcela da extensão da trilha era um caminho que serviu para a

extração, transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de

antigas fazendas. Assim, é possível observar antigos fornos de carvão da época (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Percurso: 739 metros

Tempo estimado: 1h00min

Nível de dificuldade: fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

7.3.9. Informações gerais sobre o Núcleo

Dados gerais

Área 14.000 hectares

Bioma Mata Atlântica

Município da sede Estância Climática de Cunha

Municípios Abrangidos Cunha – Ubatuba

Endereço da sede Estrada do Paraibuna km 20, Bairro Paraibuna, Cunha – SP

Escritório urbano Praça Midair José Teodoro, nº 101. Bairro do Falcão, Cunha SP. CEP

12.530-000

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Bases e outras funções

Telefones (12) 3111-2353 / (12) 3111-1818

Sinal de celular da sede

Sinal de celular da base

E-mail da UC [email protected]

Nome do Gestor Luane Reni Mattos Fenille

Esportes Radicais Não

Capacidade de hospedagem 20 vagas

Valor da hospedagem na UC R$ 17,00

Centro de visitantes Sim

Capacidade do auditório 50 pessoas

Capacidade do refeitório 30

Lanchonete Não

Quiosques pic nic Não

Camping na UC Não

Facilidades no entorno

imediato

Pousadas, restaurantes, pesqueiros, barracas de artesanato e comidas

típicas da região.

Tipo de Acesso Terra

Distância de SP 250 km

Distância cidade mais

próxima(s) 30 km

Cobrança de Ingresso e valor Não

Amplitude Altitudinal 1000 a 1500

Amplitude de Temperaturas 10ºC a 22ºC

Bases e outras funções

Base da Barra

Endereço Estrada do Caçador Novo, s/n - Bairro da Barra - Cunha/SP

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Telefone

Capacidade de hospedagem

Base de Uso Público

Endereço

Telefone

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Sede Administrativa

Dias e horário de

funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 7h30min às 17h.

Telefones para informação (12) 3111-2353 / (12) 3111-1818

E-mail [email protected]

Gestor (a) Luane Reni Mattos Fenille

Endereço Praça Midair José Teodoro, nº101 - Bairro do Areião/ Cunha –SP CEP

12530-000

Visitação

Dias e horário de

funcionamento De segunda-feira a domingo das 8h às 17h.

Endereço Estrada do Paraibuna km 20, Bairro Sertão do Paraibuna / Cunha – SP

Normas de Visitação e Segurança do PESM – Núcleo Cunha

É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);

É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;

É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;

É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;

É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro

produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.

Normas para as trilhas

Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;

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Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento

da trilha;

Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;

Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que

se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;

Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,

não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;

Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;

Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a

permanência, deverá ser trazido de volta;

Símbolo

A araucária (Araucaria angustifolia) é característica do bioma Mata Atlântica em regiões

de altitudes mais elevadas e clima mais ameno. Elas podem atingir até 50 metros de altura e

possuem uma madeira leve, macia, pouco durável quando exposta ao tempo. Todavia, sua

madeira foi largamente explorada durante o período das guerras e para a produção de forros,

molduras, ripas, brinquedos, estrutura de móveis, palitos de fósforos, lápis, carretéis, utensílios

domésticos, etc. Produz sementes comestíveis conhecidas como “pinhão”, muito utilizadas na

alimentação. Cunha é o município com a maior produção de pinhão no Estado de São Paulo.

Atualmente a redução das matas de pinhais, ou floresta de araucárias, e a exploração

predatória forçaram a inclusão da Araucaria angustifolia nas listas das espécies de plantas

ameaçadas de extinção do IBAMA e da IUCN (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

7.4. Núcleo Curucutu

7.4.1. História

O Núcleo Curucutu tem seu histórico alicerçado na preservação do manancial que atende a

metrópole paulista. O núcleo foi criado em 1958 quando a antiga Fazenda Curucutu, produtora de

carvão vegetal, foi desapropriada pelo Estado pelo decreto Nº 36.544/60 e transformada em

Reserva Florestal com uma área de 12.029 ha sob os cuidados do então Serviço Florestal do

Estado, através da Seção de Reservas da Capital, a qual além de garantir a integridade física da

área, desenvolvia pesquisas objetivando a recuperação da área desflorestada com espécie de

rápido crescimento “experimentalmente”, onde a partir de 1963 foram produzidas e cultivadas

aproximadamente 63.000 árvores de Pinus elliottii (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Em 1977, como a criação do Parque Estadual Serra do Mar pelo Decreto 10.251, a reserva

florestal foi incorporada, dando origem então ao Núcleo Curucutu (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

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Apesar da exploração de madeira para a carvoaria nas décadas de 1940 e 1950, o Núcleo

não tem ocupação humana intensa e se localiza em um dos trechos menos conhecidos e estudados

da Mata Atlântica de São Paulo (INSTITUO KAIRÓS, 2012, p. 28).

Atualmente, dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 37.518 mil

estão localizados no Núcleo Curucutu, que abrange parte dos municípios de Juquitiba, Itanhaém,

Monguagá e São Paulo. Tem como característica o clima de serra, mar de morros e paisagem

característica dos campos nebulares, assim chamados por terem a influência direta e frequente da

neblina formada pela ascensão do ar pela Serra do Mar (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)).

Segundo as lendas locais, o nome Curucutu pode ter origem indígena. Acredita-se que,

durante a migração dos índios guaranis em busca de lugares altos, ao alcançarem estes campos, no

alto da Serra, depararam com enorme quantidade de corujas e batizaram a região com algo

relacionado ao local, ou seja, Curucutu - espécie de coruja (MUNICÍPIO DE ITANHAEM, 2014). Há

ainda quem fale na lenda indígena do “protetor das matas”. Além disso, na região também a uma

Aldeia Indígena chamada Krukutu. No entanto, não é possível afirmar isso atualmente e o nome do

Núcleo é atribuído ao nome da antiga Fazenda do local.

7.4.2. Patrimônio Cultural

No Núcleo Curucutu há importantes patrimônios culturais, como:

Fornos de carvão utilizados no processo exploratório da década de 40 (INSTITUTO

FLORESTAL, 2008);

O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido

através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para

aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na

história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo,

utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a

retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar

sua estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por

parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com

finalidade de combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV, s/d).

Trilha do Mirante: capela datada de 04/08/1963, onde até hoje são realizadas missas.

Trilha de Santo Amaro – Itanhaém: caminho utilizado para a instalação da linha de

telégrafo entre São Paulo e Itanhaém e que provavelmente trata-se de uma antiga trilha

indígena (ITANHAÉM, 2013);

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Estrada do Telégrafo: a construção da linha do telégrafo foi viabilizada através do

traçado da antiga trilha do Mambu, também denominada Estrada da Conceição, pois se

acredita que era um antigo caminho de ligação de São Paulo a Itanhaém (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Aldeias indígenas: no Núcleo Curucutu há duas terras indígenas: Tenondé Porã

(COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) e Rio Branco (ITANHAÉM, 2013).

7.4.3. Comunidades tradicionais

No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da etnia Guarani reconhecidas

pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-Mirim, Guarani do Aguapeú,

Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e Tenondé Porã.

No Núcleo Curucutu há duas terras indígenas: Tenondé Porã e Rio Branco. Além disso, há a

Aldeia Krukutu, não situada na área do PESM, mas não muito distante e a Aldeia Indígena Aguapeú,

situada no munícipio de Monguaguá, onde o PESM também abrange uma área. Muitas das trilhas

do Núcleo eram utilizadas como passagem, entre as aldeias do planalto (Tenondé Porã e Krukutu) e

do litoral (Rio Branco – Itanhaém) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Aldeia Tenondé Porã

A aldeia Tenondé Porã está localizada em Parelheiros, zona sul do município de São Paulo,

em uma das rotas históricas da Migração Guarani. Esta aldeia também é chamada de Morro da

saudade ou Aldeia barragem. Ocupa um território de 26 hectares, demarcado como Reserva

Indígena na década de 80 e homologado pelo Decreto Federal n° 94.223, de 15 de abril de 1987

(SMA/ CEA, 2010).

Sua criação aconteceu em 1965 por famílias vindas de outras aldeias – Aldeia Palmeirinha

do Paraná, do Vale do Ribeira e do Litoral Paulista. Com mais de 100 famílias e aproximadamente

900 pessoas, entre as quais a maioria são crianças, é a mais populosa aldeia paulista (SMA/ CEA,

2010).

A Aldeia mantém suas tradições, como a dança, o canto e a reza. Preocupados com o

processo de manutenção e resgate cultural, a aldeia possui duas escolas, uma Municipal de

Educação Infantil, Centro de Educação da Criança Indígena – CECI – e outra estadual. Nas duas

escolas lecionam professores indígenas (SMA/ CEA, 2010).

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Aldeia Rio Branco

Já a aldeia Rio Branco, passa pelos municípios de Itanhaém, São Vicente, São Paulo, com

uma superfície de 2.856,10 hectares (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) e com cerca de

120 indígenas que vivem de extrativismo, o palmito Juçara, artesanato que vendem na cidade,

alguma agricultura de subsistência e caça (ITANHAÉM, 2013).

Aldeia Krukutu

A aldeia Krukutu fica apenas no município de São Paulo, com uma superfície de 25,88

hectares (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013). Ela foi homologada pelo Decreto Federal

n° 94222/87. De acordo com Ladeira (2008), a aldeia originou-se como um prolongamento da

aldeia Morro de Saudade, em decorrência de sua dependência econômica, ritual e vínculos

familiares. A formação dos assentamentos familiares ocorre em locais que tenham condições para a

manutenção do modo de ser indígena (SMA/ CEA, 2010).

Atualmente, na aldeia vivem cerca de 138 pessoas distribuídas em 29 famílias nucleares

(GRANADO, 2005). Existem duas escolas, uma CECI e outra estadual de ensino fundamental básico

(primeiro ciclo). Em ambas são trabalhadas questões da cultura e da língua indígena (SMA/ CEA,

2010).

Aldeia Indígena Aguapeú

A Terra Indígena do Aguapeú está localizada no município de Mongaguá. É formada por

índios Guarani Mbya e Tupi-Guarani (Ñandeva). Possui uma dimensão de 4.372,26 hectares e uma

população de 109 índios (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013).

Nessa aldeia, a miscigenação não é permitida e assim eles mantêm viva a cultura indígena

herdada de seus ancestrais e garantem sua linhagem. A aldeia Aguapeú é uma das poucas da

região onde não há mistura de raças. Reservados, os guaranis tem pouco contato com a população

da Cidade e sobrevivem da venda do artesanato produzido pelas índias. As peças — brincos,

colares, chocalhos, bibelôs — são feito com sementes e bambus colhidos na própria mata ou

comprados na Cidade (DIÁRIO DO LITORAL, 2007).

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7.4.4. Ecossistema, Fauna e Flora

O núcleo Curucutu está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como ecossistemas

áreas que vão desde Floresta Ombrófila Densa Submontana localizadas nos municípios de São

Paulo, Itanhém e Mongaguá, até áreas com Campo Alto Montano e Floresta Ombrófila Densa Alto

Montano no município de São Paulo (MALAGOLI, 2013).

O núcleo é marcado pelos campos nebulares, ou seja, influência direta e frequente da

neblina formada pela ascensão do ar pela Serra do Mar. Sua paisagem típica é formada de

gramíneas e samambaias. O Núcleo Curucutu é o único núcleo do PESM com a presença desse

ecossistema. Além disso, no núcleo há uma diversidade de outras espécies, como bromélias,

orquídeas, palmito-juçara, guapuruvu, quaresmeira, araçá piranga, jequitibá, cambuci, canela,

cidreira silvestre, dentre outras (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)).

Já em relação às espécies da fauna, as principais são: coruja jurucutu, símbolo do núcleo,

anta, paca, cateto, cutia, lontra, onça parda, macaco-prego, muriqui, tucano do bico-verde, tucano-

do-bico-preto, chibante, pica-pau-rei, gralha-azul, dentre outros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

BROMÉLIAS

As bromélias têm grande importância na manutenção da biodiversidade da fauna na Mata

Atlântica, já que a disposição de suas folhas em roseta forma um reservatório onde se acumulam

água e matéria orgânica, criando microhabitats para muitos organismos (STEINER et al., 2006).

Vários animais como Bicho-preguiça (Bradypus variegatus), Bugio (Alouatta guariba), Quatis

(Nasua nasua), além de diversas espécies de aves, se utilizam dos vasos de bromélias como

bebedouro, como recurso alimentar, ou ainda, como fonte de alimento, por funcionarem como

habitat e área de reprodução de insetos e anuros, os quais são procurados aí por predadores

como as serpentes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Elas são plantas epífitas, ou seja, costumam

usar as árvores ou rochas como suporte para obter mais luz, umidade e nutrição e são

características do continente americano, principalmente nas regiões tropicais.

MACACO-PREGO (Cebus nigritus)

O macaco-prego é um primata de médio porte, chegando de 35 cm à 49 cm de comprimento. Sua

pelagem pode ser de marrom-amarelado até quase preta. Seus membros e a cabeça apresentam

pelos com uma coloração preta. Essa espécie é considerada uma das mais inteligentes espécies de

macacos. Possui mãos muito manipulativas e ágeis onde, utilizam ferramentas na natureza a fim

de facilitar a exploração dos recursos. O macaco-prego possui hábitos diurnos e arborícolas,

vivendo mais na parte central do dossel, sendo animais que costumam viver em bandos de 6 a 35

indivíduos. Alimentam-se de Frutos sementes, brotos e também pequenos invertebrados. No Brasil

são encontrados nos biomas: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (ViaRondon, 2011).

MURIQUI (Brachyteles arachnoides)

Já o macaco Muriqui é uma espécie endêmica da Mata Atlântica. Considerado o maior primata das

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Américas, tem um peso corporal médio de 15 kg (macho adulto) e 12 kg (fêmea adulta), pelagem

espessa de coloração amarelada, cauda longa prênsil, com terço final desnudo, servindo de

superfície táctil e prensora. São animais herbívoros, ou seja, se alimentam de uma grande

diversidade de itens vegetais: frutos, folhas (maduras e novas), flores de árvores, lianas e epífitas,

de acordo com sua disponibilidade sazonal e vivem em grupos grandes de vários machos e

fêmeas, podendo formar grupos com mais de 50 indivíduos. Infelizmente, embora reconhecido

pela UNESCO como identificador de qualidade ambiental, o Muriqui está entre as 35 espécies mais

criticamente ameaçadas da Terra (PROGRAMA MURIQUI, s/d).

ANTA (Tapirus terretris)

A anta é um mamífero de grande porte, cujo corpo mede de 1,70 a 2,00 m e pode pesar até 300

kg. É o maior mamífero brasileiro. Sua coloração é marrom escura e o focinho tem uma pequena

tromba móvel. Nas patas anteriores possui quatro dedos e nas patas posteriores três dedos.

Frequenta diversos ambientes florestais, desde que se sinta segura nessas áreas. Tem hábitos

solitários e geralmente é vista durante a noite. São animais herbívoros, considerados importante

dispersora de sementes nas florestas, como as sementes de palmito juçara (ICMBio, s/d).

Além disso, o Núcleo Curucutu recebe todos os anos dezenas de espécies de aves

migratórias, mas uma merece atenção especial, é a guaracava-de-crista-branca (Elaenia chilensis)

(SCHUNK, 2014).

GUARACAVA-DE-CRISTA-BRANCA (Elaenia chilensis)

Espécie de ave migratória que se reproduz no Chile e migra por uma boa parte da

América do Sul depois de criar os filhotes. Durante a migração estas aves sobem pela faixa leste

do Brasil até o nordeste brasileiro, entram pela caatinga, passam pelo cerrado, pelo Sul da

Amazônia até chegar nos Andes, de onde retornam para o Sul até atingir as áreas de reprodução

no Chile, completando o ciclo anual. Desde 2009 estas aves são registradas e estudadas no Núcleo

Curucutu pelo pesquisador Fabio Schunck e sua equipe, que faz seu doutorado na USP com as

aves desta região. Já foram anilhadas 140 guaracavas, mas nenhuma destas aves ainda foi

recuperada no Núcleo ou em outra região, mas as chances vão aumentando a cada ano e a cada

ave anilhada. As guaracavas são muito pontuais, elas passam pelo Núcleo Curucutu sempre na

primeira semana de março, isso já se repete por seis anos consecutivos. Estas aves também usam

as ilhas litorâneas durante sua migração, sendo um dos itens da dieta da jararaca-ilhoa, espécie

de serpente arborícola e endêmica da ilha da Queimada Grande, litoral Sul de São Paulo. O

anilhamento de aves silvestres é uma ferramenta fundamental para se estudar rotas migratórias,

além de características biológicas das espécies, como seu tempo de vida. Este tipo de estudo,

assim como as matas nebulares da parte alta do Núcleo Curucutu são de extrema importância

para conservação desta espécie migratória que passa pelo PESM todos os anos (SCHUNK, s/d).

Em relação aos anfíbios, o Núcleo Curucutu é o núcleo do PESM que possui a maior riqueza

de espécies, atualmente com 66 espécies. Este amplo conhecimento foi obtido a partir de um

estudo sistemático e de longo prazo, realizado desde 2005 até os dias de hoje, totalizando mais de

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nove anos de trabalhos de campo e laboratório. Sua fauna de anfíbios é muito peculiar com

espécies associadas aos campos de altitude, às matas nebulares, matas de encosta e também às

matas de baixada. Dentre as espécies que ocupam os campos naturais (Campos de Altitude) e sua

transição com as matas nebulares, destacam-se a perereca-das-folhagens (Phyllomedusa distincta),

a rãzinha-assobiadora (Leptodactylus furnarius), a rãzinha-piadeira (Adenomera aff. marmorata) e a

rãzinha-de-barriga-colorida (Paratelmatobius cardosoi), que costumam habitar alguns ambientes no

entorno da sede do núcleo. Já nas matas nebulares e de encosta, destacam-se o sapinho-pingo-de-

ouro (Brachycephalus ephippium), o sapinho-de-bromélia (Dendrophryniscus brevipollicatus), a rã-

de-vidro (Vitreorana uranoscopa), a perereca-flautinha (Aplastodiscus aff. albosignatus), a rã-de-

corredeira (Cycloramphus dubius) e a rãzinha-de-corredeira (Hylodes phyllodes). O Núcleo Curucutu

apresenta espécies raras e com distribuição restrita ao estado de São Paulo. Este fato ressalta o seu

papel fundamental na conservação dos anfíbios da Serra do Mar, graças à grande diversidade de

fisionomias vegetais e ambientes aquáticos presentes em seus limites (MALAGOLI, 2013).

Lista das principais espécies da fauna e flora

FAUNA:

- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.

Jaó-Do-Sul (Crypturellus noctivagus)

Jacutinga (Aburria jacutinga)

Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)

Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)

Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)

Narcejão (Gallinago undulata)

Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)

Mocho-Diabo (Asio stygius)

Bacurau-Tesoura-Gigante (Hydropsalis forcipata)

Apuim-De-Costas-Pretas (Touit melanonotus)

Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)

Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)

Choquinha-De-Asa-Ferrugem (Dysithamnus xanthopterus)

Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri)

Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)

Chibante (Laniisoma elegans)

Sabiá-Pimenta (Carpornis melanocephala)

Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus)

Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista)

Estalinho (Phylloscartes difficilis)

Guaracava-De-Crista-Branca (Elaenia chilensis)

Tucão (Elaenia obscura)

Tesoura-Cinzenta (Muscipipra vetula)

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Caminheiro-De-Barriga-Acanelada (Anthus hellmayri)

Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus)

Pixoxó (Sporophila frontalis)

Negrinho-Do-Mato (Amaurospiza moesta)

Cais-Cais (Euphonia chalybea)

Fonte: SCHUNCK, 2015

- MAMÍFEROS

Jaguatirica (Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758))

Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771))

Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (Geoffroy, 1806))

Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))

Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758))

Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))

Dados secundários

Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818))

Cuíca-cauda-de-rato (Metachirus nudicaudatus (Desmarest, 1817))

Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758))

Morcego (Tadarida brasiliensis (I. Geoffroy, 1824))

Morcego-beija-flor (Anoura caudifer (É. Geoffroy, 1818))

Morcego (Anoura geoffroyi Gray 1838)

Morcego-das- frutas (Artibeus cinereus (Gervais, 1855))

Morcego-das- frutas (Artibeus obscurus (Schinz, 1823))

Morcego (Lonchorhina aurita (Tomes, 1863))

Morcego-das- frutas (Sturnira lilium (É. Goffroy, 1810))

Morcego (Sturnira tildae (de la Torre, 1959))

Morcego-borboleta (Myotis nigricans (Schinz, 1821))

Rato-do-chão (Akodon cursor (Winge, 1887))

Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

- ANFÍBIOS E RÉPTEIS

Adenomera cf. marmorata

Sapinho-de-brómelia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)

Eleutherodactylus cf. guentheri

Eleutherodactylus guentheri

Eleutherodactylus sp. 1

Eleutherodactylus sp. 3

Cágado-da-serra (Hydromedusa maximilianii)

Hyla hylax

Hyla sp. 3

Scinax sp. (gr. perpusillus)

Thamnodynastes cf. nattereri

Bufo cf. margaritifer

Bufo ornatus

Eleutherodactylus binotatus

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Flectonotus fissilis

Proceratophrys melanopogon

Scinax cf. perpusillus

Scinax littoralis

Bufo ictericus

Cycloramphus boraceiensis

Eleutherodactylus sp. 2

Hyla hylax

Hyla sp. 2

Hylodes phyllodes

Micrurus corallinus

Eleutherodactylus sp. 4

Flectonotus sp.?

Hyla sp. 1

Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d

FLORA:

Canela (Ocotea curucutuensis Baitello)

Manacá (Tibouchina sellowiana (Cham.) Cogn.)

Jacatirão (Miconia cinnamomifolia (DC.) Naud.)

Palmito-juçara (Euterpe edulis)

Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)

Araçá (Psidium cattleianum Sabine)

Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul)

Caqui (Diospyros kaki Thunb.)

Herbáceas, notadamente das famílias Poaceae, Cyperaceae e Asteraceae

Bambu (Merostachys spp.)

Guaricanga (Geonoma elegans Mart.)

Araçá-piranga (Eugenia leitonii D. Legram sp. Inéd.)

Micônias (Miconia sp.)

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

7.4.5. Serviços Ecossistêmicos

O Núcleo Curucutu presta diversos serviços, principalmente para a sua comunidade do

entorno:

● Regulação da qualidade do ar;

● Proteção dos morros e encostas;

● Proteção dos solos;

● Polinização;

● Bem-estar, lazer e turismo;

● Recursos hídricos.

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O Núcleo Curucutu abriga as nascentes dos rios Capivari e Embu-Guaçu, que são

importantes contribuintes do sistema Guarapiranga, um dos principais mananciais da Região

Metropolitana de São Paulo.

A bacia Guarapiranga foi construída originalmente para atender às necessidades de

produção de energia elétrica na Usina Hidroelétrica de Parnaíba. Sua área é extensa, com cerca de

630 km². Engloba partes dos territórios de diferentes municípios, como Embu-Guaçu, Itapecerica da

Serra, São Lourenço da Serra, Juquitiba, Embu e São Paulo (SABESP, 2008).

O Sistema Guarapiranga é o segundo maior em produção de água, com uma produção

média de 14m³/s, que por seu lado, atende a cerca de 3,7 milhões de consumidores (cerca de 20%

da população da Região Metropolitana de São Paulo). Além da água produzida dentro da sua bacia

hidrográfica, o Sistema Guarapiranga também conta com a contribuição das águas dos rios Capivari

e Monos (capacidade de 3,2 m³/s), afluente do rio Capivari, e da Represa Billings, através do braço

Taquacetuba (capacidade de 4m³/s) (SABESP, 2008).

O processo de crescimento descontrolado da mancha urbana sobre os mananciais da

Represa Guarapiranga coloca em risco a capacidade de abastecimento deste importante manancial

da metrópole de São Paulo, pois além de promover a degradação da cobertura vegetal, a

impermeabilização do solo, favorece o lançamento de esgotos e dejetos urbanos na represa e a

contaminação de córregos e das águas subterrâneas que drenam para o seu corpo d’água,

comprometendo a qualidade e a quantidade de água disponível (SABESP, 2008).

A proteção e a recuperação das áreas degradadas deste manancial, bem como o controle

mais efetivo da expansão de diferentes formas de uso e ocupação do solo na sua bacia hidrográfica

são peças fundamentais para o futuro do abastecimento hídrico da Região Metropolitana de São

Paulo (SABESP, 2008).

7.4.6. Pesquisas

Dentre os projetos existentes no PESM, Núcleo Curucutu, destacam-se:

Pesquisador Leo Malagoli - Projeto "Diversidade e distribuição dos anfíbios anuros

em diferentes fisionomias do Núcleo Curucutu do Parque Estadual Serra do Mar,

SP" e "Diversidade filogenética, funcional e conservação dos anfíbios da Serra do

Mar, sudoeste do Brasil";

Pesquisador Fabio Schunck com Projeto "Levantamento de aves do Parque

Estadual Serra do Mar, Núcleo Curucutú, São Paulo - SP";

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Pesquisadora Lilian Borjorne de Almeida com o Projeto “Uso da paisagem por

onças-pardas (Puma concolor) em fragmentos de Mata Atlântica e Cerrado na

Região Metropolitana de São Paulo”;

Pesquisadora Silara Fatima Batista com o Projeto "Diversidade e distribuição de

serpentes no mosaico de fisionomias do Núcleo Curucutu - Parque Estadual Serra

do Mar" (em análise pelo Cotec).

Outras pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPES foram:

04/15531-2: Reconstrução da paleovegetação e do paleoclima em regiões do litoral

Sul do Estado de São Paulo (Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo de Curucutu

e Ilha do Cardoso) no Quaternário tardio

06/00017-7: Climate changes and vegetation dynamics during the late pleistocene in

the Parque Estadual da Serra do mar-nucleo curucutu, São Paulo State, southeastern

Brazil, inferred from pollen and carbon..

03/03297-2: Estudo multi/interdisciplinar de reconstrução da vegetação e clima na

região do Parque Estadual da Serra do mar-nucleo curucutu, São Paulo, SP no

quaternário tardio

07/00705-3: Reconstrução da vegetação no Parque Estadual da Serra do Mar -

Núcleo Curucutu, desde o Holoceno Médio

98/00178-2: Parâmetros geomorfológicos na determinação da fragilidade ambiental

no Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar.

O descritivo delas pode ser visto no anexo 5.

7.4.7. Atrativos

O Núcleo Curucutu conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas

naturais. Os principais atrativos do núcleo são:

Trilhas abertas a visitação

Trilha do Mirante:

A trilha do Mirante percorre o divisor de águas entre a Bacia do Rio Capivari. Ao percorrê-la

é possível observar à diversidade de paisagens de mar de morros e encostas da Serra do Mar

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(FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)). Durante a caminhada, o visitante poderá presenciar e sentir

diferenças e mudanças climáticas como nevoadas, umidade variando, calor, mormaço, entre outros

(TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011a).

A trilha atinge o cume da serra, limite entre os municípios de São Paulo e Itanhaém onde,

em dias de baixa nebulosidade (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)), é possível apreciar parte do litoral

sul do Estado, como as praias de Mongaguá, Itanhaém e Praia Grande, além da Laje de Santos –

formação rochosa que integra o Parque Estadual Marinho Laje de Santos (única Unidade de

Conservação marinha de proteção integral marinha do Estado de São Paulo) e a Ilha da Queimada

Grande, também conhecida como Ilha das Cobras (TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011a).

Há relatos de que a trilha do Mirante existe desde os tempos anteriores a criação do núcleo,

quando ainda havia a Fazenda Curucutu. Na época, a região era utilizada para a produção

madeireira de pinus e as pessoas visitavam o caminho que dava acesso ao mirante, bem como a

capela existente nas mediações (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 2.654 metros

Tempo estimado: 2h00min

Nível de dificuldade: fácil

Fonte: (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)

Trilha do Mambu/Trilha da Travessia

Trilha histórico cultural que atravessa a Serra. Denominada por equivoco como Trilha do

Telégrafo, pois se tratava de um antigo caminho dos indígenas da etnia Guarani que ligava o

planalto ao litoral e que viabilizou a construção da linha do telégrafo. A antiga Trilha do Mambu,

também era chamada de Estrada da Conceição, pois se acredita que era um antigo caminho de

ligação de São Paulo a Itanhaém (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Durante a trilha é possível observar vegetação em diferentes níveis, desde áreas mais

abertas e com plantação de pinus, até áreas com vegetação mais densa. A fauna é bem diversa,

marcada por rastros e presença de pacas, antas, bugios, macacos-prego, veado-mateiro e onça-

parda (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 7.600 metros

Tempo estimado: 04h30min

Nível de dificuldade: dificuldade alta

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Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)

Trilha da Bica

Acredita-se que a Trilha da Bica existe desde os tempos anteriores a criação do núcleo,

quando ainda havia a Fazenda Curucutu. Na época, a região era utilizada para a produção

madeireira de pinus e as pessoas visitavam o caminho que dava acesso ao mirante, bem como a

capela existente nas mediações (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Durante o percurso é possível observar a flora, passando por estágios mais iniciais de

vegetação e com presença de pinus reflorestado que era utilizado antigamente para a produção de

madeira, até áreas mais conservadas. Possui uma parada em uma bica d´água, ideal para os

visitantes se refrescarem. A trilha pode ser feita por crianças e idosos (FUNDAÇÃO FLORESTAL,

2013).

Percurso: 1.102 metros

Tempo estimado: 01h30min

Nível de dificuldade: fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)

Outras trilhas (não abertas à visitação)

Trilha da Cachoeira da Usina Capivari

Antigamente, o percurso da trilha era inicialmente o acesso até a usina Capivari.

Atualmente, em uma de suas áreas foi criada a Terra Indígena Tenondé Porã. A trilha margeia o rio

Capivari com vários pontos de contemplação da Mata Atlântica de altitude, até a Cachoeira da Usina

com uma queda d’água de 80 metros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 8.716 metros

Tempo estimado: 06h00min

Nível de dificuldade: moderado

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha da Santa Margarida (Corredeiras do Rio Mambu)

Extensão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013)

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Trilha do Degrau (Cachoeira do Rio Mambu)

Extensão aproximada 8.000 metros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

7.4.8. Informações gerais sobre o Núcleo

Dados gerais

Área 37.518 hectares

Bioma Mata Atlântica

Município da sede São Paulo e Itanhaém

Municípios Abrangidos Itanhaém, São Paulo Juquitiba e Mongaguá

Endereço da sede

Município da Sede Administrativa: Itanhaém (Rua Dom Sebastião Leme,

135 - Jardim Ivoty – Itanhaém/SP);

Município da Sede de Uso Público: São Paulo (Estrada Bela Vista, 7090 -

Emburá do Alto, Parelheiros/SP).

Escritório urbano

Bases e outras funções Base de Proteção Juquitiba (inativa)

Telefones (11) 5975-2000 / (13) 3422-5657 / (13) 3426-9223

Sinal de celular da sede

Sinal de celular da base

E-mail da UC [email protected]

Nome do Gestor Marcelo José Gonçalves

Esportes Radicais Não

Capacidade de hospedagem Não

Valor da hospedagem na UC Não

Centro de visitantes Sim

Capacidade do auditório 46 pessoas

Capacidade do refeitório Não possui

Lanchonete Não

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Quiosques pic nic 1 galpão amplo que serve como área para lanche

Camping na UC Não

Facilidades no entorno imediato Não Há

Tipo de Acesso Asfalto, Terra, 19 km

Distância de SP 70 km

Distância cidade mais próxima(s) 24 km – Embu Guaçu; 22 km – Parelheiros

Cobrança de Ingresso e valor Não

Amplitude Altitudinal 756 m

Amplitude de Temperaturas Média de 20°C

Bases e outras funções

Base de Proteção Juquitiba – atualmente inativa

Endereço

Telefone

Capacidade de hospedagem

Base de Proteção

Endereço

Telefone

Capacidade de hospedagem

Mais Informações

Sede Administrativa

Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.

Telefones para informação (11) 5975-2000 / (13) 3422-5657 / (13) 3426-9223

E-mail [email protected]

Gestor (a) Marcelo José Gonçalves

Endereço Rua Dom Sebastião Leme, nº135, Jardim Ivoty/ Itanhaém –SP CEP

11740-000

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Visitação

Dias e horário de funcionamento De terça-feira a domingo, das 8h30 às 17h.

Endereço Estrada Bela Vista, nº7090 - Emburá do Alto –SP

Normas de Visitação e Segurança do PESM

É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);

É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;

É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;

É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;

É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto

(pedras, madeiras, etc.) desta UC.

Normas para as trilhas

Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;

Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da

trilha;

Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;

Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se

camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;

Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não

os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;

Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;

Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a

permanência, deverá ser trazido de volta;

Símbolo

O nome do núcleo é devido a antiga Fazenda Curucutu, onde hoje o núcleo estpa localizado.

Antigamente, nome era atribuído a uma espécie de coruja, que se tornou o seu símbolo.

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7.5. Núcleo Itariru

7.5.1. História

Conformada como Reserva Florestal de Itariru, em 1977 foi incluída no Parque Estadual

Serra do Mar criado pelo Decreto 10.251, formando o Núcleo Itariru. Em 2010, com a ampliação do

PESM, algumas glebas foram incluídas no Núcleo Itariru, totalizando 4 mil ha, sendo duas delas no

município de Miracatu, que anteriormente não fazia parte do Parque.

Atualmente, dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 53.927 mil

estão localizados no Núcleo Itariru, que abrange parte dos municípios de Itariri, Juquitiba, Peruíbe,

Miracatu e Pedro de Toledo. Localizado no Vale do Ribeira, configura-se como uma das regiões de

Mata Atlântica mais conservadas do país (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(d)).

O Núcleo Itariru apresenta uma vegetação exuberante e protege as únicas manchas de

floresta de várzea de todo o Parque. As matas de várzea constituem ambientes frágeis, cuja origem

e funcionamento estão ligados à deposição de sedimentos geologicamente recentes, caracteriza-se

pela vazão constante dos rios, ou seja, pela entrada e saída de água das marés fluviais. Essas

mesmas condições propiciaram a formação de solos com bons níveis de nutrientes e estoques

biológicos.

O nome Itariru significa “Pedra Preciosa”. Em tupi-guarani, “ita” quer dizer pedra, firme,

forte, resistente. No município de Peruíbe também há um rio chamado Itariru.

Cidades abrangidas pelo Núcleo

Itariri

Localizada na antiga região do Rio do Azeite, cujo povoamento foi iniciado em 1865, Itariri

teve como marco inicial a construção de uma estação da Estrada de Ferro Sorocabana, trecho

Santos–Juquiá, inaugurada apenas em 1914. No ano seguinte, recebeu um grande número de

imigrantes japoneses. Com o loteamento de terras vizinhas à estação, em 1922, e a construção da

capela de São Benedito, em 1925, teve início o desenvolvimento mais efetivo do povoado. Foi

elevado a distrito do município de Itanhaém em 30 de novembro de 1938 e adquiriu autonomia

municipal em 24 de dezembro de 1948. O vocábulo Itariri provém do tupi, ita, “pedra”, riri, “ostra”

(BATTISTELLA, 2012).

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Juquitiba

A fundação do bairro de São Lourenço por Manoel Jesuíno Godinho, em 1887, deu início ao

município de Juquitiba (“terras de muitas águas”, em tupi-guarani). Passou a ser conhecido,

posteriormente, como Capela Nova da Bela Vista do Rio Juquiá e, em 27 de dezembro de 1907, foi

elevado à categoria de distrito do município de Itapecerica da Serra, com sede no povoado de Bela

Vista de Juquiá. Apenas em 28 de fevereiro de 1964, obteve autonomia político-administrativa

(BATTISTELLA, 2012).

Pedro de Toledo

O núcleo inicial do futuro município foi marcado pela Parada Carvalho, pertencente à

Estrada de Ferro Sorocabana, construída em 1912, no trecho que ligava Santos a Juquiá, no litoral

sul. A estação fazia limite com a propriedade de Manoel Francisco de Carvalho, um dos primeiros

moradores locais. Passou a ser chamada de Parada Vasconcelos, em homenagem a outro pioneiro,

o Coronel Raimundo Vasconcelos e, posteriormente, Parada Alecrim, devido ao arbusto bastante

comum na região (BATTISTELLA, 2012).

O povoado, que se desenvolveu em torno da estação, tornou-se distrito no município de

Iguape, em 13 de dezembro de 1929, com o nome de Alecrim, e se dedicava basicamente à

agricultura, em especial, ao cultivo da banana. Seu nome foi alterado para Pedro de Toledo em 20

de setembro de 1937. Transferido para o município de Prainha (atual Miracatu), em 30 de

novembro de 1938, obteve autonomia político-administrativa em 24 de dezembro de 1948

(BATTISTELLA, 2012).

Miracatu

O antigo povoado de Prainha, localizado na margem esquerda do Rio São Lourenço, deve

seu nome a uma pequena praia onde paravam canoeiros para descansar e fazer refeições durante a

viagem. Sua origem estaria ligada ao núcleo formado nas terras do francês Pierre Laragnoit, que,

em 1871, doou dois alqueires para a construção da igreja Nossa Senhora das Dores de Prainha. Em

6 de abril de 1872, o povoado foi elevado a freguesia do município de Iguape. Em 30 de novembro

de 1938, tornou-se município autônomo que, em 30 de novembro de 1944, teve sua denominação

alterada para Miracatu (em tupi, “gente boa”) (BATTISTELLA, 2012).

O transporte na região era basicamente fluvial, e os dois principais rios navegáveis eram o

São Lourenço e o Ribeira de Iguape. Grande número de canoas e depois de vapores de tonelagem

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regular cruzavam essesrios ligando o Porto de Iguape, escoadouro das riquezas de toda a região, à

vila de Prainha. A navegação fluvial perdeu sua importância a partir de 1914, quando foi

inaugurado o ramal Santos–Juquiá da Estrada de Ferro Sorocabana e o Porto de Iguape, aos

poucos, foi substituído pelo Porto de Santos. A partir do início do século XX, a região recebeu

grande contingente de imigrantes japoneses que desenvolveram a cultura do arroz e da banana

(BATTISTELLA, 2012).

Peruíbe

A origem de Peruíbe está vinculada à história de São Vicente e, em especial, à trajetória dos

jesuítas pelo litoral do Estado de São Paulo. No século XVI, uma missão jesuítica estabeleceu-se no

local que recebeu o nome de Aldeamento de São João Batista, ou São João da Aldeia, cujo objetivo,

além de converter e pacificar os índios Carijós e Tamoios, que viviam ao sul da capitania de

Itanhaém, era o de servir como pouso a viajantes. Situava-se em uma região estratégica na defesa

contra investidas de corsários (BATTISTELLA, 2012).

No final do século XVIII, com a expulsão dos padres jesuítas, a aldeia passou a ser

administrada pelos franciscanos e o núcleo de Peruíbe entrou em declínio. Só retomou o

desenvolvimento como cidade balneária em meados do século XX, quando foi transformada por lei,

em 18 de fevereiro de 1959, em distrito e município, com território desmembrado de Itanhaém

(BATTISTELLA, 2012).

Peruíbe, em tupi-guarani, significa “no rio dos tubarões”. Consta, porém, de alguns

documentos que esse nome estaria associado ao modo como José de Anchieta se referia ao lugar,

chamando-o de Tapirema do Peru, por suas semelhanças com a região peruana, onde os jesuítas

haviam enfrentado dificuldades no exercício da catequese (BATTISTELLA, 2012).

7.5.2. Patrimônio Cultural

No Núcleo Itariru, na trilha da Cachoeira da Usina, é possível observar as ruínas de uma

antiga hidroelétrica construída em 1939 por imigrantes suíços, bem como fornos de carvão da

mesma época.

O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido

através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para

aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na

história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo,

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utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a

retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar

sua estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por

parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com

finalidade de combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV).

7.5.3. Comunidades tradicionais

No entorno do Núcleo Itariru sobrevivem índios Guarani que ainda preservam costumes

tradicionais, como roças de mandioca, a produção de farinha e o artesanato de cipó e palha.

TI Bananal (Peruíbe)

● Localização: município de Peruíbe

● Bioma: Mata Atlântica

● Aldeia: Bananal

● Povo: Tupi-Guarani (Ñandeva)

● População: 31 índios (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013)

● Situação fundiária: homologada em 1994, com registro no CRI

● Dimensão: 480,4737 hectares

TI Piaçaguera

● Localização: município de Peruíbe

● Bioma: Mata Atlântica

● Aldeias: Piaçaguera, Tanyguá, Nhamandu-mirim, Kuaray Mirim e Tabaçure Koypy (ISA,

2012)

● Povo: Tupi-Guarani (Ñandeva)

● População: 254 índios (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013)

● Situação fundiária: declarada em 2011 e em fase de demarcação física

● Dimensão: 2.795 hectares

TI Itariri (Serra do Itatins)

● Localização: município de Itariri

● Bioma: Mata Atlântica

● Aldeias: Rio do Azeite e Capoeirão

● Povos: Tupi-Guarani (Ñandeva)

● População: 66 índios COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO

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● Situação fundiária: homologada em 1987, com registro no SPU e CRI

● Dimensão: 1.212 hectares

7.5.4. Ecossistema, Fauna e Flora

O núcleo Itariru está inserido dento do bioma Mata Atlântica e abrange tanto áreas

próximas ao litoral, quanto áreas com altitudes mais elevadas, tendo uma amplitude altitudinal de

20 à 780 metros. Como consequência, o Núcleo tem como ecossistemas vegetação formada pela

Floresta Ombrófila Densa Montana (ou Floresta Sempre-verde do Planalto), com alguns estratos de

Floresta de Neblina (Floresta da Crista da Serra do Mar). Esta vegetação é muito pouco conhecida e

muitas vezes encontrada em altitudes mais elevadas, com probabilidade de estender dentro do

Núcleo (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

O núcleo Itariru possui uma das áreas mais preservadas do Parque Estadual Serra do Mar,

com as únicas manchas de floresta de várzea de todo o parque. Algumas espécies vegetais típicas

do núcleo são: jequitibá, palmito juçara, guapuruvu, angico, canela branca, jatobá, ipês, palmeiras

e bromélias. Em relação à fauna, as principais espécies encontradas são o bicho preguiça, anta,

jacu, sagui, gambá, tucano do bico verde, araçari banana (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

BICHO PREGUIÇA (Bradypus variegatus)

O bicho preguiça é a espécie símbolo do núcleo. Essas espécies medem, em média, 60 cm

e chegam a pesar até 5 kg. Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo,

responsável pelos seus movimentos extremamente lentos e por seus hábitos de dormir por

aproximadamente 15 horas ao dia. Preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa,

onde se penduram usando as garras que, embora possam parecer assustadoras, praticamente não

servem para nenhuma defesa, devido à lentidão dos seus movimentos. Graças a essa lentidão, à

sua coloração e ao fato de permanecerem na copa de árvores muito altas, é muito difícil enxergar

as preguiças na mata. Mesmo assim, elas têm predadores naturais como onças e serpentes. Os

Bichos Preguiça são animais com hábitos noturnos e alimentam-se de folhas novas de um número

restrito de árvores como a embaúba. Dela são consumidas as folhas, flores e frutos. Grande parte

da agua necessária para sua sobrevivência é obtida a partir da digestão, tornando o hábito de

beber água inexistente (UNIVERSITY OF MICHIGAN, 2011).

PALMITO JUÇARA (Euterpe edulis Mart.)

O palmito juçara serve de alimento para um grande número de espécies de aves e

mamíferos, como a anta, o tucano do bico verde e o muriqui, sendo considerada uma espécie

chave para a Mata Atlântica. Sua palmeira atinge até 25 m de comprimento, possuindo tronco reto

e fino, com diâmetro de até os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido,

recoberto pelas bainhas das folhas palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores

pequenas de cor creme, polinizadas por insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação

ocorre de abril a novembro - fruto carnoso, esférico e roxo-escuro. Pelo sabor e alto valor

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comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as

plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse

incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

CACHORRO-DO-MATO (Cerdocyon thous)

Animais de médio porte da mesma família dos cães domésticos (Canidae) chegando a

atingir de 60 cm a 70 cm de comprimento na fase adulta. Sua pelagem varia do cinzento ao

castanho, com faixas de pêlos pretos da nuca até a cauda. Possui hábitos noturnos e costumam

andar em pares ou em grupos familiar na hora da caça. Alimentam-se de frutos, pequenos

vertebrados, insetos, peixes, crustáceos e carniça. No Brasil habitam os biomas Amazônia,

Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal (ViaRondon, 2011).

MÃO-PELADA (Procyon cancrivorus)

São animais mamíferos, de hábitos noturnos (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA

CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d(e)) e de pequeno porte, com tamanho variando de

40cm a 1m de comprimento. Possuem a pelagem densa e curta e a coloração de seu corpo varia

de marrom escuro ao grisalho. Apresentam uma pelagem mais escura na região dos olhos, o que

lembra uma “máscara” e vários anéis escuros na cauda. O termo “Mão-pelada” refere-se ao fato

de suas mãos serem desprovidas de pelos. Além disso, possuem muita agilidade nas mãos para

capturarem seus alimentos. Possuem uma dieta carnívora e habitam desde a América central, até

Uruguai, nordeste da Argentina e Brasil. No território nacional ocorrem em todos os biomas:

Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Campos Sulinos (ViaRondon, 2011).

ESQUILO (Guerlinguetus ingrami)

Também conhecido como caxinguelê ou serelepe, é um animal de pequeno porte. Possui

uma cauda tão longa que ultrapassa o tamanho do corpo, sua pelagem é longa densa e crespa,

com uma coloração cinza-amarelada. Os esquilos têm o hábito arborícola (vivem em árvores) e

terrestre, são ótimos escaladores. Alimentam-se de pequenos frutos e sementes e habitam o

sudeste do estado de Minas Gerais, parte sudeste do estado da Bahia até o estado do Rio Grande

do Sul (ViaRondon, 2011).

SAMAMBAIAÇU (Dicksonia sellowiana)

A samambaiaçu é uma espécie de samambaia característica da Floresta Ombrófila Mista,

na Mata Atlântica. Também é conhecida como xaxim, xaxim imperial, xaxim bugio, samabaiaçu-

imperial e feto arborescente. Foi muito explorada até o ano 2000 para a confecção de vasos para

a jardinagem, motivo que levou essa espécie endêmica da Mata Atlântica a lista oficial do IBAMA

como espécie ameaçada de extinção. Caracteriza-se por ser uma planta grande, podendo chegar a

até 4m de altura. É resistente ao frio e possui crescimento lento (OLIVEIRA et al., 2013).

As samambaias são plantas vasculares que se reproduzem por meio de esporos. Quando

adultas são formadas por um caule, um rizoma e por folhas, denominadas de frondes. Essas

plantas são as mais antigas existentes, predominam no planeta terra por cerca de 345 milhões de

anos (OLIVEIRA et al., 2013).

Lista das principais espécies da fauna e flora

FAUNA:

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- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.

Jacutinga (Aburria jacutinga)

Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)

Bacurau-Tesoura (Hydropsalis torquata)

Beija-Flor-De-Bochecha-Azul (Heliothryx auritus)

Barbudo-Rajado (Malacoptila striata)

Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)

Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)

Choquinha-De-Peito-Pintado (Dysithamnus stictothorax)

Chocão-Carijó (Hypoedaleus guttatus)

Pintadinho (Drymophila squamata)

Assanhadinho (Myiobius barbatus)

Tiririzinho-Do-Mato (Hemitriccus orbitatus)

Sabiá-Pimenta (Carpornis melanocephala)

Gralha-Azul (Cyanocorax caeruleus)

Fonte: SCHUNCK, 2015

- MAMÍFEROS

● Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))

● Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))

● Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))

● Serelepe (Guerlinguetus ingrami)

Dados secundários

● Onça parda (Puma concolor (Linnaeus, 1771)

● Veado-mateiro (Mazama americana)

● Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)

● Mão-pelada (Procyon cancrivorus)

● Gato-do-mato (Leopardus sp.)

● Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus)

● Bicho-preguiça (Bradypus variegatus)

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

- ANFÍBIOS E REPTÉIS

● Adenomera cf. marmorata

● Jararacuçu (Bothrops jararacuçu)

● Bufo ornatus

● Crossodactylus caramaschii

● Cycloramphus boraceiensis

● Eleutherodactylus binotatus

● Eleutherodactylus bolbodactylus

● Eleutherodactylus parvus

● Eleutherodactylus guentheri

● Hyla hylax

● Hylodes dactylocinus

● Hylodes sp. 1 (gr. heyeri)

Page 131: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

131

● Scinax cf. perpusillus

● Siphlophis pulcher

● Zachaenus parvulus

Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d

FLORA:

● Ingás (Inga sessilis (Vell.) Mart. e Inga edulis Mart.)

● Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr.)

● Micônias (Miconia sp.)

● Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul)

● Palmito-juçara (Euterpe edulis)

● Samambaiaçus (Dicksonia sellowiana Hook. e Nephelea sternbergii Lem.)

● Tapiá (Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg.)

● Guapuruvú (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake)

● Figueiras (Ficus sp.)

● Bicuíba (Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb.)

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

7.5.5. Serviços Ecossistêmicos

O Núcleo Itariru presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do entorno:

● Regulação da qualidade do ar;

● Proteção dos morros e encostas;

● Proteção dos solos;

● Bem-estar, lazer e turismo;

● Recursos hídricos.

No Núcleo Itariru há o Rio São Lourencinho, importante afluente da Bacia Ribeira de Iguape,

que além de ser importante para o abastecimento hídrico da região, possui potencial para o

ecoturismo.

O rio Ribeira de Iguape localiza-se na região sul do Estado de São Paulo. Nasce no Estado

do Paraná e apresenta um desenvolvimento aproximadamente paralelo à orla marítima,

confrontando-se, ao norte e a leste, com as bacias dos rios Paranapanema e Tietê,

respectivamente, e, ao sul, com a bacia do rio Iguaçu (SECRETARIA DE SANEAMENTO E RECURSOS

HÍDRICOS, 2007).

A bacia do Ribeira do Iguape abrange uma área total de 24.980 km2, dos quais 15.480 km2

(62%) pertencem ao Estado de São Paulo, abrangendo 23 municípios e 9.500 km2 (38%) ao

Estado do Paraná, com 5 municípios. O principal tributário do Ribeira é o rio Juquiá, cuja foz está

localizada 10 km a montante de Registro, abrangendo uma área de contribuição de 5.280 km2. A

vazão mínima (Q7,10) é de 153 m3/s, enquanto que a vazão média total da bacia é de 508 m3/s,

Page 132: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

132

que corresponde a cerca de 17% da vazão média total do Estado de São Paulo (SECRETARIA DE

SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS, 2007).

7.5.6. Pesquisas

As pesquisas cadastradas no Núcleo Itariru são:

TÍTULO PESQUISADOR INSTITUIÇÃO ANO

Análise filogenética e biogeográfica

e revisão sistemática de Goniosomatinae (Arachnida,

Opiliones, Gonyleptidade).

Marcio Bernardino da Silva

Usp Instituto de Biociências

Depto de Zoologia 2001

Em direção ao turismo sustentável: o caso do Parque Estadual Serra do

Mar Yara Margarida Evans

Institute of Geography and Earth Sciences UK

2001

Estudo taxonômico do gênero Schefflera J. R. Forst & G. Forst

(Araliaceae) na região sudeste do Brasil.

Pedro Fiaschi IB-USP Depto de Botânica 2001

Histórias do Parque Estadual Serra

do Mar – Conflitos entre moradores, funcionários e

proprietários na visão dos protagonistas.

Ana Mendonça Poletto

Faculdade de Comunicação Social

Cásper Líbero 2002

Uso da estrutura genética e do

mapeamento da diversidade genética de espécies em extinção

de Passiflora (Passifloreaceae) no planejamento da conservação in

situ e ex situ

Giancarlo Conde Xavier

Oliveira Esalq /USP 2002

Matrizes demonstrativas de árvores nativas

Ricardo Ribeiro Rodrigues

Esalq /USP 2002

Filogeografia, sistemática e

distribuição espacial de um bagre na Mata Atlântica, Trichomycterus

zonatus (Eigenmann, 1918) (Siruliformes: Trichomycteridae)

Sérgio Maia Queiroz

Lima UFRJ – Depto de Genética 2005

A estrutura das comunidades de

peixes na bacia do rio Itanhaém no Litoral Sul Paulista

Fábio Cop Ferreira Unesp Rio Claro 2005

O efeito do mesohabitat, da

estação do ano e da ordem do riacho sobre a distribuição de

insetos aquáticos em riachos da

Serra do Mar, Estado de SP.

Pitágoras C. Bispo Unesp Assis 2005

Os peixes ornamentais do sul de

São Paulo Walter Barrella

PUC SP – Depto de

Ciências do Ambiente 2005

Estrutura e desenvolvimento de sementes de Paullinia L.

(Sapindaceae)

Sandra Heliany Obando Polo

Unicamp – Instituto de Biologia – Departamento

de Botânica 2005

Estudo do Uso e Ocupação do Solo no Núcleo Pedro de Toledo Parque

Estadual Serra do Mar.

Iara Fonseca de Sousa

UNESP – São Vicente 2005

Page 133: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

133

Estudo da Viabilidade de implantação do ecoturismo no

Núcleo Pedro de Toledo Parque Estadual da Serra Mar.

Léo Eduardo de Campos Ferreira

UNESP – São Vicente 2005

O gênero Loxosceles (Araneae,

Sicariidae) no Brasil. Rute Maria Gonçalves

de Andrade Instituto Butantan 2006

Ecologia e Taxonomia de insetos aquáticos de riachos

Pitagoras C. Bispo Unesp Assis 2006

Avaliação de populações de

minhocas (Annelida: Oligochaeta) em sistemas agrícolas e naturais, e

seu potencial como bioindicadoras ambientais.

George Gardner Brown

Embrapa 2006

Percepção ambiental, perfil

socioeconômico e uso e ocupação

do solo pela comunidade residente no núcleo Pedro de Toledo –

Parque Estadual Serra do Mar – SP.

Iara Fonseca de Sousa,

Léo Eduardo Campos Ferreira,

Christiano Magini, Denis Moledo de Sousa

Abessa.

UNESP – São vicente 2006

Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de

anta (Tapirus Terrestris) da Mata

Atlântica de São Paulo.

Alexandra Sanches UNESP Rio Claro 2007

Efeitos do Plano de Manejo do

Parque Estadual Serra do Mar sobre as estratégias de ocupação

do Bananal, Guanhanhã e Rio do

Ouro; município de Peruíbe/SP.

Mariany Martinez dos

Santos UNESP São Vicente 2007

Políticas Públicas e construção dos

bairros Bananal, Guanhanhã e Rio

do Ouro no Parque Estadual Serra do Mar; município de Peruíbe/SP.

Mariany Martinez dos

Santos UNESP São Vicente 2007

Diversidade de Fungos conidiais na serapilheira de plantas do Estado

de São Paulo. Priscila da Silva Instituto de Botânica 2008

Onças da Região do Vale do Ribeira e do Alto Paranapanema.

RENOVADO EM 2013.

Beatriz de Mello

Beisiegel CENAP - ICMBio 2008

Trilha nos Parques Estaduais Waldir Joel de Andrade IF 2009

Anarcadiaceae R. Brown. Nom. na

flora Fanerogâmica do Estado de SP

Cintia Luiza da Silva Luz

IB USP Depto de Botânica 2009

De onde vêm os pássaros

apreendidos no comércio legal? Juliana Machado

Ferreira USP IB Depto de genética

e biologia evolutiva 2009

Reconhecimento da avifauna do

Estado de São Paulo. Luiz Fernando de

Andrade Figueiredo CEO – Centro de Estudos

Ornitológicos 2009

Dados espaciais como uma

ferramenta para resolução de conflitos fundiários em Peruíbe.

Ana Flora Sarti de Oliveira, Denis Moledo

de Souza Abessa,

Rogério Hartung Toppa

UNESP – São Vicente 2009

Estudos Florísticos e Sistemáticos

em Acanthaceae no Brasil Cíntia Kameyama Instituto de Botânica 2010

Extinção ecológica de grandes herbívoros e diversidade de plantas

em um gradiente de defaunação na Mata Atlântica

Gabriela Schmaedecke Unesp Rio claro – Depto

de Ecologia 2010

Page 134: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

134

Ecologia e biogeografia do gênero Brachycephalus Fitzinger 1971

(Anura: Brachycephalidae) Thais Helena Condez

Unesp Rio Claro – Depto

de Zoologia 2010

Taxonomia e biogeografia de Urticinae (senso amplo) do Brasil e

países limítrofes, evidenciando os centros de endemismo e zonas a

proteger.

Sergio Romaniuc Neto Instituto de Botânica 2010

Diversidade e distribuição de insetos aquáticos do sudeste do

Sudeste do Brasil Jorge Luiz Nessimian UFRJ 2010

Análise da dinâmica espacial de ocupação de áreas do Parque

Estadual Serra do Mar Núcleo Itariru (Peruíbe e Pedro de Toledo,

SP) e áreas contíguas.

Ana Flora Sarti de

Oliveira UNESP

São Vicente 2010

Influência dos fatores climáticos e geomorfológicos nas bacias

hidrográficas da Serra do Mar: a história natural impressa no DNA

dos peixes continentais.

Sérgio Maia Queiroz Lima

Universidade Federal do

Rio Grande do Norte (UFRN)

2011

Modelagem preditiva de comunidades de insetos aquáticos

em riachos da Mata Atlântica, do

Estado de São Paulo, utilizando abordagens tradicionais e redes

neurais.

Pitágoras da Conceição

Bispo Unesp Assis 2011

Busca por pontos de ocorrência de

Harpia harpyja no litoral sul do

Estado de São Paulo Bruno de Almeida Lima 2012

Pomar de Sementes – implantação

de ensaio de conservação genética

de espécies arbóreas nativas na Floresta Ombrófila Densa, no PESM

N. Picinguaba.

Miguel Luiz Menezes

Freitas IF 2012

Estrutura e dinâmica de comunidades em rios e riachos

costeiros da Mata Atlântica – Bacia do Rio Itanhaém

Antônio Fernando

Monteiro Camargo UNESP Rio Claro 2013

Enriquecimento botânico da

Palmeira Juçara nas matas nativas do Vale do Itariri.

Sandro Vinicius Ortega

Nicodemo e Daniel Kurupira Turi

Ibiosfera 2013

Plano Diretor Como Ferramenta

Efetiva na Preservação da Espécie Puma Concolor.

Kátia Mazzei

Instituto Florestal

2013

Conhecimento Ecológico Local das populações rurais do Núcleo Itariru,

Parque Estadual Serra do Mar. Nicole Katin Tulane University 2013

Entrevistas e observação participante nas unidades de

conservação do Estado de São

Paulo

Nicole Katin Tulane University 2014

Diversidade Filogenética, funcional

e conservação dos anfíbios da Serra do Mar, sudeste do Brasil.

Leo Ramos Malagoli Unesp Rio Claro 2014

“Diversidade alfa, beta, funcional e

filogenética de Opiliões na Mata

André do Amaral

Nogueira 2014

Page 135: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

135

Atlântica: Padrões e relação com fatores ecológicos e históricos”. Educação ambiental em Áreas

Protegidas do estado de São Paulo e sua contribuição à prática

docente

Maria Luísa Bonazzi

Palmieri (IF/SMA) e Vânia Galindo Massabni

(ESALQ/USP)

IF E ESALQ 2014

Delimitação taxonômica de espécies de Tabernaemontana L.

(Apocynaceae, Rauvolfioidea, Tabernaemontaneae).

Natali Gomes Bordon IB

UNICAMP 2014

7.5.7. Atrativos

O Núcleo Itariru conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas

naturais. Os principais atrativos do núcleo são:

Trilha da Cachoeira da Usina

A trilha leva o visitante às ruínas de uma pequena central hidroelétrica construída por

imigrantes suíços no ano de 1939 e à Cachoeira da Usina ou das Antas que é uma bela sequencia

de quedas d’água, com cerca de 12 metros, formando uma piscina natural com vegetação de

entorno bem preservada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(d)).

No percurso é possível observar as ruínas da usina, como a antiga Casa das Máquinas e

fornos de carvão utilizados durante a ocupação pelos imigrantes suíços (FUNDAÇÃO FLORESTAL,

2013).

Percurso: 6.400 metros

Tempo estimado: 04h00min

Nível de dificuldade: moderado

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(d)

Trilha Zé Bedeu

A trilha recebe esse nome devido a um morador local que vive na região há 30 anos, o Zé

Bedeu, que atua de forma voluntária na conservação e fiscalização da área. Apresenta um trajeto

curto, de fácil acesso, em meio à Mata Atlântica e termina na cachoeira Zé Bedeu, que possui 10

metros de altura e forma uma piscina natural propícia para banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 1.200 metros

Tempo estimado: 00h30min

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136

Nível de dificuldade: fácil

Observação: 12 km pela estrada, saindo da Sede, sentido o bairro Piririca - tempo do

deslocamento de carro 01h00min.

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha do Ribeirão Grande

Por entre rios e pedras a estrada de acesso ao Bairro com o mesmo nome a trilha leva a

uma grande formação rochosa com uma queda d’água de cerca de 6 metros formando piscinas

naturais próprias ao banho. Dista cerca de 12 km da sede administrativa do Núcleo (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, s/d(d)).

Percurso: 1.000 metros

Tempo estimado: 00h20min

Nível de dificuldade: muito fácil

Observação: 6,0 km pela estrada (sentido bairro Ribeirão Grande), saindo da sede –

tempo estimado de deslocamento de carro de 00h30min.

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha Sensorial do Itariru

Conformado por um conjunto de ambientes como um jardim, uma pequena trilha em terra e

uma sala sensorial com pontos tangíveis que informam sobre árvores, plantas, pedras, restos de

madeira, papel, areia, folhas secas e outros materiais, que estimulam os diferentes sentidos, por

meio de aromas e tato em diversos objetos, utilizando diferentes materiais oriundos do meio

ambiente (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

A trilha deverá ser desenvolvida para atender escolas ou instituições que trabalhem com

pessoas de necessidades especiais de aprendizado (deficientes motores, visuais, auditivos, mentais

e analfabetos), essas trilhas são criadas com o objetivo de proporcionar um passeio educativo e

seguro (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 70 metros

Tempo estimado: 00h30min

Nível de dificuldade: muito fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Page 137: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

137

Viveiro de Mudas Nativas

Viveiro de mudas nativas da Mata Atlântica, com 384 m2 e mais de 20 espécies diferentes

de mudas. Possui capacidade para 20 mil mudas, onde é possível aprender a diferenciar algumas

espécies vegetais características do bioma Mata Atlântica, sobre a produção de mudas, as técnicas

de semeaduras, preparo da terra e etapas do plantio. As mudas produzidas são utilizadas para

recuperação de áreas no Núcleo e para trabalho de Educação ambiental com escolas locais.

7.5.8. Informações gerais sobre o Núcleo

Dados gerais

Área 53.927 mil hectares

Bioma Mata Atlântica

Município da sede Pedro de Toledo

Municípios Abrangidos Peruíbe, Itariri, Miracatu e Pedro de Toledo

Endereço da sede Estrada do Caracol n.º 410 – bairro Caracol – Pedro de Toledo – CEP

11790-000

Escritório urbano

Bases e outras funções Base de Proteção Pedra Lisa

Telefones (13) 3419.2792

Sinal de celular da sede

Sinal de celular da base

E-mail da UC [email protected]

Nome do Gestor Joaquim do Marco Neto

Esportes Radicais Não

Capacidade de hospedagem Não

Valor da hospedagem na UC Não

Centro de visitantes

Não. Não possui o centro de visitantes efetivo, mas conta com uma

estrutura similar (sede administrativa) onde se encontra materiais

informativos sobre o parque. Neste ambiente que é realizada a recepção

dos visitantes e demais reuniões com colaboradores e parceiros.

Capacidade do auditório Auditório para 35 pessoas na Sede Administrativa

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138

Capacidade do refeitório Não possui

Lanchonete Não

Quiosques pic nic Não

Camping na UC Não

Facilidades no entorno imediato Pousadas

Tipo de Acesso Asfalto

Distância de SP 170 km

Distância cidade mais próxima(s) 1,5 km – Pedro de Toledo

Cobrança de Ingresso e valor Não

Amplitude Altitudinal 20 à 780 metros

Amplitude de Temperaturas Mínima de 13ºC e máxima de 30ºC

Bases e outras funções

Base de Proteção Pedra Lisa

Endereço Estrada da Siderúrgica, s/n - Pedro de Toledo/SP

Telefone

Capacidade de hospedagem

Base de Proteção

Endereço

Telefone

Capacidade de hospedagem

Mais Informações

Sede Administrativa

Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.

Telefones para informação (13) 3419 2792 / (13) 3419 2631

Page 139: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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E-mail [email protected]

Gestor (a) Joaquim de Marco Neto

Endereço Estrada do Caracol, nº410 - bairro Caracol/ Pedro de Toledo –SP CEP

11790-000

Visitação

Dias e horário de funcionamento Diariamente das 8h às 17h. Somente mediante agendamento prévio.

Endereço Estrada do Caracol, nº410 - bairro Caracol/ Pedro de Toledo -SP CEP

11790-000

Normas de Visitação e Segurança do PESM

É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);

É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;

É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;

É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;

É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto

(pedras, madeiras, etc.) desta UC.

Normas para as trilhas

Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;

Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da

trilha;

Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;

Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se

camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;

Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não

os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;

Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;

Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a

permanência, deverá ser trazido de volta.

Símbolo

O bicho-preguiça (Bradypus variegatus) medem, em média, 60 cm e chegam a pesar até 5 kg.

Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus

movimentos extremamente lentos e por seus hábitos de dormir por aproximadamente 15 horas ao

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140

dia. Preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa, onde se penduram usando as

garras que, embora possam parecer assustadoras, praticamente não servem para nenhuma

defesa, devido à lentidão dos seus movimentos. Graças a essa lentidão, à sua coloração e ao fato

de permanecerem na copa de árvores muito altas, é muito difícil enxergar as preguiças na mata.

Mesmo assim, elas têm predadores naturais como onças e serpentes. As preguiças alimentam-se

de folhas novas de um número restrito de árvores como a embaúba. Dela são consumidas as

folhas, flores e frutos. Grande parte da agua necessária para sua sobrevivência é obtida a partir

da digestão, tornando o hábito de beber água inexistente (UNIVERSITY OF MICHIGAN, 2011).

7.6. Núcleo Itutinga Pilões

7.6.1. História

Localizado junto à antiga Reserva Estadual da Serra do Mar, criada por meio de diversos

Decretos Estaduais s/nº de 23/03/1960; 6.933 de 02/02/1935, Decretos-leis nº. 12.753 de

12/06/1942; 15.634 de 09/02/1946; Decretos nº. 34.083 de 28/11/1958 e 46.865 s/nº de

25/06/1968. Nos anos de 1935, 1942, 1946 e 1958 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Atualmente, a sede administrativa do núcleo localiza-se na base de Pilões que antigamente

envolvia, além da Reserva da Serra do Mar, as Reservas de Rio Branco - Cubatão (criada pelo

Decreto Estadual nº. 6.933 de 02/02/1935) e São Vicente (criada por meio do Decreto Estadual nº.

30.773 de 28/01/1958). Essas Reservas foram incorporadas ao Parque Estadual Serra do Mar por

meio do Decreto Estadual nº. 10.251 em 1977 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 43,8 mil estão localizados

no Núcleo Itutinga Pilões, o que representa 13,43% da sua área total. Atualmente, abrange os

municípios de Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos, Cubatão, São Bernardo do Campo,

Santo André e Mogi das Cruzes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

O Núcleo sofre constantes pressões com o crescimento urbano-industrial da Grande São

Paulo e da Baixada Santista, duas grandes regiões metropolitanas de grande importância para a

economia nacional (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Assim, como parte do apoio à Fiscalização, Proteção e Programa de Uso Público, dentro do

PESM Núcleo Itutinga Pilões, conta-se com a SEDE Itutinga Pilões de Cubatão e suas 02 bases de

Apoio: Base Tibiriçá e Guariuma, instaladas em São Bernardo do Campo e Praia Grande,

respectivamente.

Atualmente, ainda operamos de forma tímida na Base Tibiriçá (SBC), com poucas visitações

e alguns programas de Educação Ambiental. A Base Guariúma (PG) está em fase de finalização das

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instalações e estrutura (centro de visitantes, refeitório, receptivo, sanitários) para que se possa dar

início às visitas.

A história da região

Cubatão teve sua formação em 1532 e foi onde as primeiras Sesmarias do Brasil foram

doadas. A Sesmaria que hoje é a atual região do Núcleo Itutinga Pilões era conhecida como

“Sesmaria de Antônio Rodrigues de Almeida”, de 1556 (MATTOSO, 2012).

Em 1653 os Jesuítas dominam as regiões das Sesmarias e tinham como objetivo

desenvolver essas regiões, estimulando o crescimento demográfico e da economia local em prol da

região portuária da Baixada para o Planalto. Uma das maneiras era a cobrança por uso de qualquer

transporte dentro de suas áreas. O acesso principal dava-se pelo Rio Cubatão, ligando o município a

Santos (MATTOSO, 2012).

Foi em 1759 o ano de expulsão dos Jesuítas no Brasil. As terras da Região passaram a ser

administradas pelo Poder do Estado. E em 1792, o português Bernardo José Maria de Lorena ficou

responsável por construir o caminho de Cubatão a São Paulo. O caminho escolhido é a “Calçada do

Lorena” (MATTOSO, 2012). O aumento do movimento de cargas praticamente obrigou as

autoridades a estudarem novos caminhos. A saturação da Calçada do Lorena levou o Brigadeiro

Rafael Tobias de Aguiar, em 1841, a defender a ideia de uma nova estrada. Em 1846, o Imperador

D. Pedro II inaugurou a Estrada da Maioridade, posteriormente conhecida como Caminho do Mar

(FERREIRA et al., 2008).

A construção da Calçada do Lorena e do Caminho do Mar propiciou uma melhoria

considerável no trânsito de mercadorias. Isso, consequentemente, refletiu no aumento das

exportações e importações. Todas as atividades refletiam em Cubatão (FERREIRA et al., 2008). A

Região da Vila de Itutinga-Pilões, conhecida como “Cubatão de Cima” a partir dos anos de 1800

também possuía caminhos que davam acesso a São Paulo, só que eram de difícil viabilidade.

A Região passou por desenvolvimentos em 1881 quando a Companhia inglesa The City of

Santos Improvements Company Ltda. foi contratada para operar na captação de água no Rio das

Pedras, em Itutinga Pilões (MATTOSO, 2012).

Em 1947, as plantações de Eucalipto tomam espaço nas áreas do Itutinga para fornecer a

celulose para a Cia Santista de Papel (de 1931), contudo o fracasso é certo devido às condições do

solo e das formigas (MATTOSO, 2012).

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Com o surgimento de novas companhias de Eletricidade e desenvolvimento intensificado no

centro da Cidade, a Vila passou a ser produtora de Banana, Laranjas e Tangerinas. A Vila teve um

desenvolvimento considerável e passou a ter cadeia e inclusive um hospital próprio (MATTOSO,

2012).

A Ferrovia Pilões, que ligava os moradores à Usina de Itutinga e também à cidade é

desativada devido a trombas d´água. A vila passa a resumir-se em apenas sítios. Assim, em 1977 é

criado o Parque Estadual Serra do Mar com o objetivo de cuidar e preservar o que ainda existe de

Mata Atlântica (MATTOSO, 2012).

SIGNIFICADOS DO NOME CUBATÃO

Há várias origens e significados para o nome Cubatão. Segundo o historiador Francisco Martins

dos Santos, o nome da cidade deriva do tupi Cui-pai-ta-ã, contraído em Cui-pai-tã e transformado

por assimilação em Cubatão. Para ele, a palavra significa “rio que cai do alto”. Outro estudioso,

José de Souza Bernardino, considera que o significado seja “pequeno morro”, mas não cita a

origem da palavra. Já o historiador João Mendes de Almeida, defende a teoria de que o nome

Cubatão significa “empinado em escadaria” e provém da palavra Gu-bi-itã. O termo defendido por

um dos grandes cronistas do século XVIII, frei Gaspar da Madre de Deus, é que Cubatão era a

designação comum de portos fluviais. A região possuía muitos portos devido à existência de vários

rios. Para o estudioso cubatense Joaquim Miguel Couto, a palavra vem de Cu-ba-tã, ou seja, “rio

de pé de serra” (FERREIRA et al., 2008).

SIGNIFICADO NO NOME ITUTINGA

Do tupi “i”, água; “tu”, rumorejante, que faz barulho; “tinga”, branco. Significado: “água branca

rumorejante” ou “água branca que cai do alto”.

7.6.2. Patrimônio Cultural

No Núcleo Itutinga Pilões é possível encontrar diversas evidências de patrimônios culturais

com valor significativo para a história da região e do Brasil. São eles:

a) Ruínas da Vila de Itutinga:

Na sede do núcleo é possível observar as ruínas da antiga Vila de Itutinga, como o

antigo hospital, construído da na década de 20 que atendia moradores da vila e da região.

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b) Calçada de Lorena e Caminhos dos Mar

A Calçada do Lorena foi a primeira estrada pavimentada com macadames (blocos de pedra)

do Brasil e que serviu de ligação entre o planalto e a baixada. Construída em 1792, a mando do

governador Bernardo José Maria de Lorena, a estrada foi aberta para substituir o caminho

anteriormente utilizado para acessar o litoral, ou seja, a trilha do vale do rio Mogi. Tal medida foi

tomada por conta dos ataques dos Tamoios (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

A estrada foi construída pelo Corpo Real de Engenheiros vindo de Portugal. Os profissionais

escolheram um local por onde não passava nenhum curso d´água para instalar a calçada. Ademais,

a estrada, toda em pedra, foi construída em “zig-zag” para diminuir o declive e, ao contrário do

sistema atual, o escoamento da chuva se dava pelo meio da estrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL,

2013).

O caminho era majoritariamente utilizado para o transporte do café que era produzido no

interior do Brasil para o Porto de Santos. Além disso, Dom Pedro passou pela Calçada do Lorena

para proclamar a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822 (FUNDAÇÃO FLORESTAL,

2013).

A calçada foi usada por aproximadamente 50 anos. O aumento do movimento de cargas

praticamente obrigou as autoridades a estudarem novos caminhos. A saturação da Calçada do

Lorena levou o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, em 1841, a defender a ideia de uma nova

estrada (FERREIRA et al., 2008).

Assim, em 1846, o Imperador D. Pedro II inaugurou a Estrada da Maioridade, que recebeu

este nome em homenagem à maioridade do segundo imperador. A estrada recebia manutenção por

parte dos presidentes da província. Em 1864, José Vergueiro era o responsável pelas reformas e,

em sua homenagem, a via passou a ser denominada Estrada do Vergueiro. O traçado deste

caminho abrangia desde o planalto, a Serra do Mar, até a margem esquerda do rio Cubatão. O seu

intenso uso, no século XIX, resultou em sua denominação mais popular, ou seja, Caminho do Mar

(FERREIRA et al., 2008). Posteriormente, foi construída a ferrovia, o que acabou por inutilizar

parcialmente a Estrada Velha de Santos (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Em 1922, Washington Luiz, então governador do Estado de São Paulo, entregava ao público

os Ranchos do Caminho do Mar, ou seja, seis monumentos construídos como homenagem aos 100

anos da Independência do Brasil: Cruzeiro Quinhentista, Pontilhão da Serra, Belvedere Circular,

Padrão de Lorena, Rancho da Maioridade, e Pouso de Paranapiacaba. Esses monumentos,

juntamente com alguns outros, como o monumento do Pico, as ruínas do Pouso, a Calçada do

Lorena e a Casa de Visitas Alto da Serra foram tombadas como patrimônio Histórico Cultural pelo

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CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do

Estado de São Paulo) em 1972 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Assim, os principais atrativos da Calçada do Lorena e da estrada Caminhos do Mar são:

Atrativos da Calçada do Lorena

● Monumento do Pico: Construído por ordem do Prefeito de São Paulo, Firmino de

Moraes Pinto. Localiza-se onde, em 1792, foi inaugurado o marco que homenageava o

governador Lorena e que continha as placas de pedra colocadas no Padrão do Lorena,

no Km 47,2. Marca o início do trecho de serra da antiga calçada (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013);

● Pouso Circular ou Belvedere Circular: situa-se no Km 45 do caminho do Mar. Trata-se

de uma construção simples de alvenaria de pedra, mas com grande requinte

arquitetônico. Marca o primeiro encontro da Calçada do Lorena com a estrada

Caminhos do Mar (FERREIRA et al., 2008);

● Rancho da Maioridade: parada de descanso e reabastecimento durante a viagem entre

São Paulo e Santos. O prédio relembra a antiga Estrada da Maioridade, reproduzindo

símbolos da autoridade de D. Pedro II, como as armas do Império com seu escudo e

esfera armilar. Na curva onde se encontra é preservado o piso em macadame da

estrada original (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013);

● Padrão Lorena: Marca um dos três pontos de cruzamento da estrada caminhos do mar

com a Calçada do Lorena. É formado por um paredão de pedra, escadarias, um belo

painel de azulejos e um arco de abrigo que possui em seu topo a esfera armilar o

símbolo da família real brasileira (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013);

● Pontilhão da Raiz da Serra: Localizado na planície, após o fim da serra. Foi construído

junto com o fim da pavimentação com asfalto da estrada, com o propósito de

homenageá-la. Não é de fato uma ponte, mas somente as "paredes" da ponte

disposta no chão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Atrativos do Caminhos do Mar:

● Cruzeiro Quinhentista: construído no ponto de encontro entre o Caminho do Mar e a

Calçada do Lorena, o Cruzeiro Quinentinsta apresenta no seu corpo centrak, além das

datas 1500 e 1922, os nomes dos colonizadores e jesuítas que utilizaram os primitivos

acessos do Planalto Paulista ao mar: Tibiriçá, Anchieta, Mem de Sá, Nóbrega,

Leonardo Nunes, Martim Afonso e João Ramalho (FERREIRA et al., 2008).

● Pouso Paranapiacaba: Se localiza na estrada do caminho do mar, com uma vista

deslumbrante a bela casa de pedra representa a época moderna, a era rodoviária. Há

um painel de azulejos retratando um mapa rodoviário do estado de São Paulo, com

estradas que nem ao menos existiam, demonstrando a visão de futuro de seus

idealizadores (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013);

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● Ruínas do Pouso: Uma casa em ruínas que se encontra na estrada do caminhos do

mar, especula-se que era a casa dos engenheiros responsáveis pela construção da

estrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013);

● Centro de interpretação Henry Borden: complexo Henry Borden, localizado no sopé da

Serra do Mar, em Cubatão, é composto por duas usinas de alta queda (720 m),

denominadas de Externa e Subterrânea. Nesse ponto a estrada da serra do mar cruza

com os dutos da usina (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

c) Estrada de Ferro Santos Jundiaí

A São Paulo Railway foi a primeira estrada de ferro construída em solo paulista. Por

iniciativa de Irineu Evangelista de Souza, o barão de Mauá, foram realizados estudos de viabilidade

que confirmaram a exequibilidade de um empreendimento ligando Santos à Jundiaí, passando pela

Serra do Mar. O empresário obteve o direito de explorar a linha férrea em 1856 (Junior, 2010).

A inauguração da linha férrea ocorre em fevereiro de 1867, pouco mais de sete anos depois

de iniciada a sua construção. O sucesso da empreitada foi imediato, tanto no transporte de cargas,

quanto no transporte de passageiros. A ferrovia passou por inúmeras reformas e em 1946 a SPR foi

nacionalizada, noventa anos depois da assinatura do contrato que permitiu o seu funcionamento

(SOUKEF JUNIOR, 2010).

Atualmente, boa parte da antiga via permanente da São Paulo Railway está em mau estado,

assim como a maioria de suas estações, armazém, oficinas, depósitos, vilas, etc., por terem sido

alvo de modificações descaracterizadoras, ou pelo descaso ou abandono, correndo, portanto, risco

de desaparecimento, como por exemplo o caso dos imóveis remanescentes nos pátios ferroviários

de Santos e Jundiaí (SOUKEF JUNIOR, 2010).

d) Vila de Paranapiacaba

A Vila de Paranapiacaba e seu entorno constituem uma porção de território de grande

importância histórica e ambiental. Registra um período que mostra a influência da cultura inglesa.

As origens da ocupação da Vila de Paranapiacaba estão associadas à construção da ferrovia, a São

Paulo Railway, a partir de 1860. Para a realização das referidas obras, foi necessária a construção

de alojamentos provisórios destinados ao abrigo dos operários, os quais se instalaram ao longo do

leito de implantação da linha férrea (PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ, s/d).

Depois da inauguração da ferrovia, em 1867, houve a necessidade de se fixar parte deles no

local para cuidar da manutenção do sistema. Assim, construiu-se a Estação Alta da Serra, que

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também foi o primeiro nome dado ao lugarejo. Por causa da sua localização, último ponto antes da

descida da serra, a vila começou a ganhar importância. Também nesta época foi fundada, em torno

da estação São Bernardo, a futura cidade de Santo André, à qual a vila de Paranapiacaba pertence

hoje (CIDADES HISTÓRICAS BRASILEIRAS, s/d).

Paranapiacaba teve seu patrimônio cultural, tecnológico e ambiental reconhecido em 1987

pelo tombamento do CONDEPHAAT, em 2002 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e

Artístico Nacional), e em 2003 na esfera municipal, pelo Comdephaapasa (PREFEITURA DE SANTO

ANDRÉ, s/d).

7.6.3. Comunidades tradicionais

Não há comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e caiçaras) no Núcleo

Itutinga Pilões e no seu entorno. Há apenas moradores locais.

7.6.4. Ecossistema e Geomorfologia

O Núcleo Itutinga Pilões abrange territórios de municípios tanto litorâneos, quanto do

planalto, possuindo uma amplitude altitudinal que varia de 30 a 800 m. Como consequência, seu

ecossistema varia desde Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas até Floresta Ombrófila Densa

Submontana e Montana (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

O Núcleo apresenta alguns trechos com vegetação em mau estado de conservação,

possivelmente ocasionado pela ocupação urbana e industrial da região metropolitana de São Paulo

e da Baixada Santista (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

7.6.5. Fauna e Flora

O Núcleo Itutinga Pilões possui diversas espécies características da fauna e da flora de Mata

Atlântica, sendo que muitas delas estão ameaçadas de extinção.

As espécies da fauna mais típicas no núcleo são: tucano do bico verde, araçari-poca,

papagaio-da-cara-roxa, entufado, araponga, onça parda, macaco-prego, anta, cutia, cateto. Em

relação à flora são: Palmito juçara, guaricana, quaresmeira, figueira, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL,

2013).

PALMITO JUÇARA (Euterpe edulis Mart.)

O palmito juçara serve de alimento para um grande número de espécies de aves e

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mamíferos, como a anta, o tucano do bico verde e o muriqui, sendo considerada uma espécie

chave para a Mata Atlântica. Sua palmeira atinge até 25 m de comprimento, possuindo tronco reto

e fino, com diâmetro de até os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido,

recoberto pelas bainhas das folhas palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores

pequenas de cor creme, polinizadas por insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação

ocorre de abril a novembro - fruto carnoso, esférico e roxo-escuro. Pelo sabor e alto valor

comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as

plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse

incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

TUCANO DE BICO VERDE (Ramphastos dicolorus)

O tucano do bico verde tem cerca de 48 centímetros de tamanho, sendo que boa parte

corresponde ao bico, pesa em torno de 320 g a 400, com papo amarelo e bico verde. O serrilhado

do bico é bem desenvolvido e realçado pela cor vermelha sanguínea. Vive em áreas florestadas,

desde o litoral até as zonas montanhosas, incluindo as florestas de planalto. Habita a copa de

florestas altas, principalmente em áreas montanhosas da Mata Atlântica, em seu interior e nas

bordas (Wikiaves, s/d (c)).

CUTIA (Dasyprocta azarae)

A cutia mede de 50 a 60cm e pesa de 1 a 3 kg. A cauda é rudimentar como na capivara.

A coloração geral é marrom-avermelhada, sendo o lado ventral mais claro. A região próxima à

cauda é mais avermelhada. Os membros dianteiros são curtos e têm cinco dedos providos de

fortes unhas. Os posteriores são longos e tem três dedos também com fortes unhas. O membro

posterior alongado auxilia a cutia a pular. É um animal herbívoro, alimentando-se de frutos, tais

como bacupari (Rheedia gardneriana), cambucá, palmito, ingá entre outros, e talos de palmito

jovem. Este animal pode estocar um grande número de frutos, enterrando-os para alimentação

posterior, assim acaba por esquecer parte deles, que, desta forma, acabam germinando, o que faz

desse animal um ótimo dispersor da floresta.

A cutia vive em regiões com floresta densa, ou em matas ralas. Ocorre também no

cerrado. É mais ativa durante as horas crepusculares, apesar de poder ser vista durante o dia em

regiões onde não sofre perseguições. Procura como abrigo tocas que constrói em barrancos, ocos

de árvores caídas e sob raízes. Vive praticamente solitária e quando pressente algum perigo

costuma ficar parada, tentando passar despercebida. Ao comer, a cutia costuma segurar o

alimento com as patas dianteiras, ficando sentada sobre as patas traseiras. Este hábito de usar os

membros na alimentação é bastante comum entre os roedores (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA A

CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d(b)).

GAMBÁ (Didelphis aurita)

Também chamado de saruê, são animais de médio porte apresentando de 35,5 cm a 45

cm de comprimento. Pelagem de coloração negra ou grisalha onde na região da face apresenta

uma coloração mais esbranquiçada. As fêmeas dessa espécie possuem marsúpio, uma bolsa

situada na parte ventral do animal, onde os embriões completam o desenvolvimento, agarrados a

um mamilo para a sucção do leite materno. Possuem hábitos noturnos e solitários. Essa espécie

adapta-se muito bem a vários ambientes vivendo até mesmo em grandes centros urbanos.

Alimentam-se de pequenos mamíferos, invertebrados, aves, répteis, sementes e frutos

(ViaRondon, 2011).

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Lista das principais espécies da fauna e flora

FAUNA:

- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.

Macuco (Tinamus solitarius)

Caracoleiro (Chondrohierax uncinatus)

Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)

Beija-Flor-Rajado (Ramphodon naevius)

Rabo-Branco-Rubro (Phaethornis ruber)

Araçari-Banana (Pteroglossus bailloni)

Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)

Choquinha-De-Peito-Pintado (Dysithamnus stictothorax)

Cuspidor-De-Máscara-Preta (Conopophaga melanops)

Entufado (Merulaxis ater)

Arapaçu-De-Garganta-Branca (Xiphocolaptes albicollis)

Chibante (Laniisoma elegans)

Garrinchão-De-Bico-Grande (Cantorchilus longirostris)

Pula-Pula-Ribeirinho (Myiothlypis rivularis)

Catirumbava (Orthogonys chloricterus)

Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus)

Pixoxó (Sporophila frontalis)

Papa-Capim-De-Costas-Cinzas (Sporophila ardesiaca)

Gaturamo-Bandeira (Chlorophonia cyanea)

Fonte: SCHUNK, 2015

- MAMÍFEROS

Sussuarana (Puma concolor)

Macaco-preto-preto (Cebus nigritus)

Anta (Tapirus terrestres)

Cutia (Dasyprocta azarae)

Preguiça (Bradypus variegatus)

Veado-mateiro (Mazama americana)

Dados secundários

Cateto (Pecari tajacu)

Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)

Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)

Quati (Nasua nasua)

Gambá (Didelphis sp.)

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

- ANFÍBIOS E RÉPTEIS

Adenomera cf. marmorata

Dendrophryniscus cf. brevipollicatus

Eleutherodactylus cf. guentheri

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Eleutherodactylus guentheri

Eleutherodactylus sp. 1

Eleutherodactylus sp. 3

Cágado-da-serra (Hydromedusa maximilianii)

Hyla hylax

Hyla sp. 3

Scinax sp. (gr. perpusillus)

Thamnodynastes cf. nattereri

Bufo cf. margaritifer

Bufo ornatus

Eleutherodactylus binotatus

Flectonotus fissilis

Proceratophrys melanopogon

Scinax cf. perpusillus

Scinax littoralis

Bufo ictericus

Cycloramphus boraceiensis

Eleutherodactylus sp. 2

Hyla hylax

Hyla sp. 2

Hylodes phyllodes

Micrurus corallinus

Eleutherodactylus sp. 4

Flectonotus sp.?

Hyla sp. 1

Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca)

Eleutherodactylus parvus

Enyalius cf. iheringi

Hyla bischofii

Scinax fuscovarius

Scinax sp. 1

Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d

FLORA:

Embaúba (Cecropia pachystachya)

Araribá (Centrolobium robustum)

Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)

Bromélia (Vriesa sp.)

Micônias (Miconia sp.)

Manacá (Tibouchina sellowiana (Cham.) Cogn.)

Manacá-da-serra (Tibouchina granulosa)

Pariparoba (Piper umbellatum– Piperaceae)

Palmito-juçara (Euterpe edulis)

Helicônias (Heliconia spp. – Heliconiaceae)

Trapoeraba (Piper sp.)

Tapiá (Alchornea triplinervia – Euphorbiaceae)

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Caninha-do-brejo (Costus spiralis – Zingiberaceae)

Morango silvestre (Rubus rosaefolius – Rosaceae)

Maracujá (Passiflora edulis– Passifloraceae)

Brejaúva (Astrocaryum sp.)

Jambolão (Syzygium cumini)

Mangue-do-mato (Clusia criuva Clusiaceae)

Jacatirão (Miconia sp. Melastomataceae)

Carqueja (Baccharis trimera Asteraceae)

Assa-peixe (Vernonia ferruginea Asteraceae)

Ingá (Inga edulis - Fabaceae-Mimosoidae)

Ingá-macaco (Inga sessilis - Fabaceae-Mimosoidae)

Cambará (Piptocarpha axillaris– Asteraceae)

Macuqueiro (Bathysa meridionalis)

Pixirica (Miconia sp.)

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

7.6.6. Serviços Ecossistêmicos

O Núcleo Itutinga Pilões presta diversos serviços, principalmente para a sua comunidade do

entorno. Os principais são:

● Regulação da qualidade do ar e do clima;

● Polinização;

● Proteção dos morros e encostas;

● Proteção dos solos;

● Bem-estar, lazer e turismo;

● Produção de energia pela Usina Henry Borden;

● Recursos hídricos e abastecimento hídrico.

O Núcleo está inserido em uma área de grande ocupação urbana e industrial da região

metropolitana de São Paulo e Baixada Santista. A região é marcada pela poluição atmosférica,

principalmente na região de Cubatão e pela poluição hídrica. Assim, dois importantes serviços

ecossistêmicos que merecem ser destacados são: regulação da qualidade do ar e recursos hídricos.

Em relação aos recursos hídricos, o Núcleo preserva importantes rios, como o Rio

Passariúva, Rio Pilões e o Rio Cubatão, responsáveis pelo abastecimento de água de 80% da

Baixada Santista, além dos mananciais da Represa Billings.

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Represa Billings

Com o crescimento da população e do parque industrial de São Paulo e dos municípios

vizinhos na década de 20, o engenheiro ASA White Kenney Billings começa a estudar a implantação

do “Projeto Serra”, cujo objetivo era aproveitar o desnível de 720 m da Serra do Mar para a

geração de energia elétrica em Cubatão (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA

DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010).

A Serra do Mar é uma barreira geográfica naturalmente intransponível para os rios. Assim,

para aproveitar o grande desnível provocado pela Serra para a geração de energia elétrica é

necessário reverter o fluxo dos rios e represar suas águas. Com esse intuito, as águas do Rio

Grande e Rio das Pedras foram represadas, originando o Reservatório Rio das Pedras. Para atingir

então Cubatão, foi construída a Usina Henry Borden (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/

COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010).

Para aumentar a capacidade da Usina Henry Borden e atender a demanda por energia

elétrica do pólo industrial perto do Porto de Santos, foi a autorizado a construção do Reservatório

Billings em 1925. O Reservatório Rio das Pedras é ligado a Represa Billings através do Canal

Summit Control, hoje localizado na Base São Bernardo do Núcleo Itutinga Pilões (SECRETARIA DO

MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010).

Na década de 50, o reservatório passou a servir de manancial para o abastecimento público

da região do ABC, atendendo a demanda de água da população, que estava crescendo

(SECRETARIA DE GESTÃO AMBIENTAL DA PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2013).

Atualmente, a Represa Billings possui um volume aproximado de 1,2 bilhões de metros

cúbicos de água, sendo o maior reservatório de água da Região Metropolitana de São Paulo. Seu

espelho d´água tem 12.750 hectares, aproximadamente 100 km² e abastece cerca de 1,2 milhões

de pessoas. No entanto, estima-se que a represa teria capacidade para fornecer água para

aproximadamente 4,5 milhões, o que não ocorre devido à poluição em alguns trechos, resultante da

falta de planejamento urbano e da intensa ocupação irregular ocorrida principalmente nas décadas

de 60 e 80 (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL,

2010).

Apesar de ser uma área protegida desde a década de 70, a Billings vem sofrendo com o

processo acelerado de expansão urbana e ocupação irregular, que levou ao lançamento de

efluentes domésticos, industriais e agrícolas diretamente nos corpos d´água, ao descarte

inadequado de lixo e à perda da cobertura vegetal, devido ao desmatamento indiscriminado,

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comprometendo a quantidade e a qualidade do manancial (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/

COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010).

7.6.7. Pesquisas

Uma pesquisa realizada no núcleo com bolsa FAPES foi:

13/20035-3: O contexto territorial e ambiental no Programa de Uso Público do

Parque Estadual da Serra do Mar

O descritivo dela estão no anexo 5.

7.6.8. Atrativos

O Núcleo Itutinga Pilões conta com diversos atrativos naturais, como trilhas,

cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:

A. Caminho do Mar e Trilha Calçada do Lorena:

O histórico Caminho do Mar é uma grande atração do Núcleo Itutinga Pilões. São vários

roteiros estruturados a partir da Estrada Velha de Santos, observando a floresta e suas cachoeiras,

a Calçada do Lorena, o conjunto de monumentos construídos em 1922, em comemoração ao

centenário da Independência do Brasil, tombados pelo Condephaat em 1972 (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Para maiores informações, consultar item sobre patrimônio histórico cultura.

Trilha Calçada do Lorena

Percurso: 2.427 metros

Tempo estimado: 1h30min

Nível de dificuldade: fácil a moderado

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Caminhos do Mar

Para escolher o melhor roteiro, acesse o site: http://www.caminhosdomar.org.br/

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Percurso: 16.000 metros

Tempo estimado: 06h00min

Nível de dificuldade: moderado a difícil

Fonte: GUIA DO LITORAL, 2009

B. Trilhas da Sede Itutinga-Pilões

Trilha do Rio Pilões

Beirando às águas do Rio Pilões é possível observar as belezas da flora e da fauna local. É a

trilha mais usada para educação ambiental. Iniciamente a trilha tinha 1.200 metros, mas com as

chuvas de 2013, parte da trilha foi destruída.

Percurso: 600 metros

Tempo estimado: 00h30min

Nível de dificuldade: fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)

Trilha da Usina

Por dentro de densa floresta, margeando o Rio Vubatão, chega-se às ruínas da antiga usina

da antiga Usina da Companhia Santista de Papel e Celulose, construída em 1919.

Atualmente a trilha está em manutenção, sem previsão de reabertura.

Percurso: 9.000 metros

Tempo estimado: 06h00min

Nível de dificuldade: moderado a difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)

Trilha do Rio Passaeúva

Acesso às águas claras e límpidas da cachoeira do Passareúva (FUNDAÇÃO FLORESTAL,

s/d(e)).

Ao realizar a trilha, o visitante estará em uma espécie de “tríplice fronteira” ao cruzar o Rio

Pilões: de um lado fica o município de Cubatão, do outro o município de São Vicente e a cachoeira

do Passareúva está localizada no município de São Bernardo do Campo (TRILHAS DE SÃO PAULO,

2011b).

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O trajeto é repleto de belezas naturais, em um trecho da Floresta atlântica de encosta, rico

em espécies nativas como as palmeiras juçara, embaúbas e samambaias, além de macacos-prego e

tucanos (TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011b).

Percurso: 3.000 metros

Tempo estimado: 03h00min

Nível de dificuldade: baixo

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e) e TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011b

C. Trilhas da Vila de Paranapiacaba

Trilha do Rio Mogi:

Com inicio na histórica localidade de Paranapiacaba, a trilha do Rio Mogi se caracteriza por

ter um traçado misto e ao mesmo tempo interessante, pois se inicia por uma longa descida da

Serra do Mar, cuja declividade constante e moderada se estende em meio a uma preservada Mata

Atlântica. No momento em que a trilha encontra-se com o Rio Mogi, ela se desdobra por um

profundo vale, estendendo-se pelo interior do leito largo e rochoso, ora por pedras, ora por dentro

das cristalinas águas do rio (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Antigamente a trilha era um caminho indígena utilizado para ligar o planalto à baixada e

também caminho da colonização. Entrou em desuso em 1564 quando Mem de Sá, governador

geral, mandou fechar o trajeto em função dos sucessivos ataques dos Tamoios. Passados trezentos

anos de desuso do caminho do vale do rio Mogi, o local volta a adquirir importância como caminho

de acesso à baixada. Encomendado pelo Barão de Mauá, Edson Fox realizou um estudo para

encontrar o local mais apropriado para a construção da ferrovia que ligaria o interior do estado ao

Porto de Santos. Fox apenas descobriu o que os índios já sabiam: o vale do rio Mogi era o melhor

lugar com a melhor topografia para subir a Serra do Mar (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Como atrativos, possui diversos poços ideais para o banho, como o Poço do Rio Mogi I e II,

com águas cristalinas de cor azul esverdeada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 10.520 metros

Tempo estimado: 06h00min

Nível de dificuldade: moderado a difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)

Page 155: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Trilha da Cachoeira Escondida

A trilha permite o acesso a um mirante, que oferece uma visão fantástica da Serra do Mar e

da baixada santista.

Percurso: 7.000 metros (apenas ida)

Tempo estimado: 04h00min

Nível de dificuldade: moderado a difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)

Trilha da Cachoeira da Fumaça

A trilha leva a um mirante com visual da Serra do Mar e de onde se chega a uma cachoeira

que possui 4 quedas d'águas, com piscinas naturais e mirante ao final da Trilha.

Percurso: 9.000 metros (apenas ida)

Tempo estimado: xxhxxmin

Nível de dificuldade: difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)

Trilha do Poço Formoso

Próximo a Vila e as ferrovias de Paranapiacaba. Neste passeio é possível observar paisagens

fantásticas das Serra, tendo como a maior atração uma refrescante piscina natural.

Percurso: 4.000 metros

Tempo estimado: 03h30min

Nível de dificuldade: moderada

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)

D. Trilhas da Base São Bernardo do Campo

Trilha da Barragem

À beira da Represa Billings, observando bromélias e orquídeas, cruzando riachos até chegar

à barragem e à represa, refúgio de garças, socós e Martins-pescadores.

Percurso: 2.000 metros

Tempo estimado: 02h30min

Page 156: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Nível de dificuldade: moderado a difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)

Trilha da Ferradura

Trilha mais comum da base. O seu percurso é circular e é possível perceber a

declividade/aclividade. A trilha foi alvo de Enriquecimento Florestal com a finalidade de se aumentar

a biodiversidade nela existente. A Trilha não possui cachoeira. Não é para crianças.

Percurso: 1.500 metros

Tempo estimado: 00h50min

Nível de dificuldade: fácil

Um pequeno trecho da Trilha da Ferradura pode ser feito para público infantil ou com

mobilidade reduzida sem perder o contato junto ao ambiente de Mata Atlântica. Neste trecho é

possível desenvolver atividades de percepção do meio natural e explanação de espécies da flora da

Mata Atlântica.

Percurso: xxxx metros

Tempo estimado: 00h15min

Nível de dificuldade: trilha muito fácil

E. Trilhas da Base Guariúma

Trilha do Guariúma

Localizada na Praia Grande, a trilha do Guariuma é caracterizada por estar próxima a um

ponto de captação de água da Sabesp e ao bairro do Jardim Melvi. A trilha se desenvolve em um

traçado praticamente plano em meio a uma mata preservada. Ao longo de sua extensão, a trilha

acompanha o conduto que é proveniente da adutora da Sabesp responsável pela captação de água

potável (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Na trilha há cachoeira do Melvi, que se projeta em queda livre do alto de uma parede

rochosa de aproximadamente 20 metros de altura e em sua base, em meio às rochas, forma-se um

majestoso poço de águas cristalinas e geladas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). É possível tomar

banho apenas nos poços de águas cristalianas, abaixo da captação de água.

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Percurso: 1.728 metros

Tempo estimado: 01h00min

Nível de dificuldade: muito fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha Lambari

Localizada na Praia Grande, a trilha do Lambari se localiza na área de captação de água

para abastecimento da Sabesp, rodeada por Mata Atlântica, com serrapilheira bem conservada. É

uma trilha de fácil acesso, sem muitos aclives e declives (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Ao final da trilha encontra-se um rio represado pela SABESP – captação Lambaria, formando

um poço em meio às rochas, exclusivamente para o abastecimento da população, com 19 metros

de largura (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 1.326 metros

Tempo estimado: 01h00min

Nível de dificuldade: muito fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha Laranjal

Localizada na Praia Grande, a trilha do Laranjal se localiza na área de captação de água

para abastecimento da Sabesp. A trilha possui a mesma característica de um leito de estrada,

praticamente plana e com a mata bem preservada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

No percurso é possível tomar um banho na Cachoeira do Laranjal, que na sua parte baixa

apresenta uma queda em uma laje de pedra de 30 metros de largura, com um poço profundo de

águas cristalinas e esverdeadas, com um comprimento de 10 metros (FUNDAÇÃO FLORESTAL,

2013).

Percurso: 2.706 metros

Tempo estimado: 01h30min

Nível de dificuldade: fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

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Trilha Serraria

Localizada na Praia Grande, a Trilha Serraria é rodeada por uma mata bem preservada,

acompanhando os dutos de captação de água para abastecimento da Sabesp (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

No caminho há o poço Serraria, ponto ideal para um banho em meio a Mata Atlântica, raso

e bem seguro, tem 10m de largura por 25 de comprimento e a Cachoeira Serraria, que possui

aproximadamente 30 metros de altura em uma laje de pedra (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 1.452 metros

Tempo estimado: 1h00min

Nível de dificuldade: muito fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha Soldado

Localizada na Praia Grande, a Trilha Soldado é rodeada por uma mata bem preservada,

acompanhando os dutos de captação de água para abastecimento da Sabesp. No caminho há a

captação Soldado, local de captação de água para a SABESP (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 1.386 metros

Tempo estimado: 01h00min

Nível de dificuldade: muito fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

7.6.9. Informações gerais sobre o Núcleo

Dados gerais

Área 43.800 hectares

Bioma Mata Atlântica

Município da sede Cubatão

Municípios Abrangidos São Bernardo do Campo, Cubatão, São Vicente, Santos, Praia Grande,

Santo André, Mogi das Cruzes e São Paulo

Endereço da sede Estrada Elias Zarzur, Km 8 s/nº. Bairro Água Fria. Cubatão -SP

Escritório urbano

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Bases e outras funções

Bases de Apoio:Base Tibiriçá no Bairro do Riacho Grande em São

Bernardo do Campo e; Base Guariúma, instalado no Jardim Melvi na Praia

Grande.

Estas bases servem de apoio à Fiscalização, Proteção, Educação Ambiental

e Eventos.

Telefones (13) 3361 8250 / (13) 3377 9154

Sinal de celular da sede

Sinal de celular da base

E-mail da UC [email protected]

Nome do Gestor Patrícia Cristiane Camargo Rodrigues

Esportes Radicais Não

Capacidade de hospedagem Não

Valor da hospedagem na UC Não

Centro de visitantes Sim

Capacidade do auditório 60 pessoas

Capacidade do refeitório Não

Lanchonete Não

Quiosques pic nic Não

Camping na UC Não

Facilidades no entorno

imediato Não

Tipo de Acesso Asfalto, terra

Distância de SP 57 km

Distância cidade mais próxima(s)

Centro da Cidade de Cubatão: 8km; São Vicente: 10km; Santos 8km; Praia Grande - 27km

Cobrança de Ingresso e valor Não

Amplitude Altitudinal 30 a 800 metros

Amplitude de Temperaturas 10° a 34° C

Bases e outras funções

Base de Proteção e Uso Público Guariuma

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Endereço Rua Wilson de Oliveira, nº 20.029 - Bairro Jardim Melvi - Praia Grande -

SP

Telefone Não há.

Capacidade de hospedagem

Base de Proteção e Uso Público São Bernardo (Tibiriçá)

Endereço Rodovia Anchieta, KM 35,5 - sentido São Paulo->Litoral.

Bairro Riacho Grande - São Bernardo do Campo

Telefone (11) 4359 9191

Área de atuação Planalto (São Bernardo do Campo, Santo André, Paranapiacaba, São Paulo

e Mogi das Cruzes).

Capacidade de hospedagem

Mais Informações

Sede Administrativa

Dias e horário de

funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.

Telefones para informação (13) 3377-9154 / (13) 3361-8250

E-mail [email protected]

Gestor (a)

Endereço Estrada Elias Zarzur, Km 8, s/nº - Água Fria - Cubatão - –SP

Visitação

Dias e horário de

funcionamento

De terça-feira a sexta-feira das 9h às 17h, somente mediante

agendamento prévio. Aos sábados das 9h até às 12h.

Não atendemos aos domingos.

Endereço Estrada Elias Zarzur, Km 8 s/nº - Cubatão -SP.

Normas de Visitação e Segurança do PESM

É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);

É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;

É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;

É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;

É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro

produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.

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Normas para as trilhas

Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;

Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento

da trilha;

Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;

Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que

se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;

Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,

não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;

Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;

Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a

permanência, deverá ser trazido de volta.

Símbolo

O tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicoloru) tem cerca de 48 cm e pesa em torno de 320 g.

Além de seu bico verde, apresenta uma coloração amarelada no papo. Sua alimentação é baseada

principalmente de frutos do palmito juçara, embaúba, artrópodes e pequenos vertebrados. É

responsável pela dispersão dessas espécies vegetais e com a exploração ilegal do palmito juçara

houve um decréscimo na população do tucano-de-bico-verde.

Com a destruição de seu habitat natural, tem se tornado cada vez mais raro em sua área de

ocorrência original (Wikiaves, s/d (c)).

7.7. Núcleo Padre Dória

7.7.1. História

O Núcleo Padre Dória foi instituído no Parque Estadual Serra do Mar em 2014. Possui

uma área de aproximadamente 19.320 hectares, sendo 3.630 hectares oriundos do Núcleo

Caraguatatuba e 15.690 hectares do Núcleo São Sebastião. Assim, ele compreende toda a parte de

planalto dos núcleos citados, abrangendo os municípios de Salesópolis, Paraibuna e Biritiba-Mirim

(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2014).

O nome do Núcleo Padre Dória é em homenagem ao Padre Manuel de Faria Dória,

responsável pela construção da Estrada Dória, que liga as regiões do Vale do Paraíba e Grande São

Paulo ao Litoral Norte Paulista, além de ser o fundador da cidade de Salesópolis (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2014).

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Padre Manuel de Faria Dória

O Padre Manoel de Faria Dória nasceu na Vila de São Sebastião, Litoral Norte Paulista, no ano de

1781, filho do Capitão Amaro Alvares e Maria Barbosa do Amaral. Foi vigário de São Sebastião

entre os anos de 1816 e 1837, tendo sido inscrito, nas ordens diocesanas no ano de 1816. Foi

também deputado provincial por quatro legislaturas entre os anos de 1835 a 1842, ano de sua

morte. Foi o responsável pela abertura e construção da Estrada Nova entre São José do

Parahytinga e São Sebastião, estrada que mais tarde levou seu nome (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA

DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).

A Estância Turística de Salesópolis é o berço do lendário e histórico Rio Tietê, um dos mais

importantes rios do Estado de São Paulo. Localiza-se a 96 km da Capital, na Serra do Mar. Tem

clima ameno (18°C) e muita tranquilidade, pois preserva as características de cidade do interior.

98% do seu território é abrangido pela Lei de Proteção aos Mananciais, que trata da proteção e

recuperação de condições ambientais específicas com o intuito de garantir a produção de água

necessária para o abastecimento e consumo das gerações atuais e futuras.

O nome da cidade quer dizer “Terra de Sales”, uma homenagem ao presidente da República Dr.

Manuel Ferraz de Campos Sales. Antigamente, o nome do município era São José do Parahytinga.

A cidade surgiu entre os séculos XVI e XVII no cruzamento das poucas que serviam de rotas

comerciais e que ligavam o Litoral Norte Paulista ao Alto do Tietê e Vale do Paraíba (ESTÂNCIA

TURÍSTICA DE SALESÓPOLIS, s/d).

7.7.2. Patrimônio Cultural

No Núcleo Padre Dória passa a Rota Dória, trilha do século XVIII que ligava o litoral ao

planalto. Muitas das rotas existentes eram traçados abertos pelos índios que subiam e desciam a

Serra e que posteriormente foram utilizadas no período de colonização do Brasil (ASSOCIAÇÃO LAR

TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).

Com a Estrada Doria não foi diferente. Era uma antiga trilha indígena, que depois passou a

ser a Rota do Sal ligando as Minas Gerais ao Porto de São Sebastião na época da mineração. Tal

rota era assim conhecida devido ao movimento de tropas que transportavam ouro para ser

exportado no porto e que, na volta, traziam além dos mantimentos para as Minas, o sal que era

artigo escasso na época (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO

AMBIENTAL, 2013).

Em 1832, essa antiga rota ganhou um traçado definitivo sendo oficializada graças ao

trabalho do Padre Dória, com o objetivo de intensificar o comércio entre o porto de São Sebastião,

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o Vale do Paraíba e parte do Alto Tietê. A Estrada está ligada também ao desenvolvimento do

núcleo populacional que deu origem a Salesópolis e a um dos períodos de auge do Porto de São

Sebastião, quando servia como porto de escoamento de artigos de grandes ciclos econômicos como

o ouro e o café. Em 1842, com a morte do Padre Dória, a estrada foi fechada por um de seus

inimigos políticos, o Padre Pinto (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO

AMBIENTAL, 2013).

A partir de 1850, com a lei Eusébio de Queiroz o tráfico de escravos ficava proibido. No

entanto, alguns lugares resistiram à legislação e, oito anos após o fechamento da Estrada, ela volta

a ser muito utilizada como uma rota clandestina que serve ao tráfico negreiro. Com isso, São José

do Parahytinga (Salesópolis), entra no contexto do tráfico negreiro como o principal ponto de venda

desses escravizados no Alto da Serra. Acredita-se que após a Lei Eusébio de Queiroz passaram mais

de 25.000 escravos pela Rota (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO

AMBIENTAL, 2013).

Várias praias de São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba eram portas de entrada para o

desembarque de negros escravizados que subiam a Serra por diversas trilhas, tendo a antiga

Estrada Dória como espinha dorsal dessa Rota Clandestina. Essas trilhas convergiam para um

antigo Casarão localizado à margem do Rio Parahytinga há menos de uma légua da sede da Vila de

São José do Parahytinga, conhecido atualmente como Casarão Senzala que, na época, foi um

importante entreposto comercial do tráfico de diversos gêneros, mas principalmente de escravos,

servindo a fazendeiros de diversos pontos do Estado, principalmente os localizados no Vale do

Paraíba, mas sendo identificados também outros pontos do Estado, como em Fazendas na região

de Jundiaí (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).

Atualmente, a Rota Dória reúne diversos bens históricos, culturais, religiosos, ambientais e

turísticos nos municípios por onde passa. Parte dela passa pelo Parque Estadual Serra do Mar,

saindo do município de Salesópolis até o sítio arqueológico São Francisco, localizado no Núcleo São

Sebastião (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).

Os possíveis percursos e ativos são (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E

EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013):

● De Salesópolis – Marco Zero na Igreja Matriz, percorrendo os Municípios de Paraibuna,

Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, temos: o Casarão Senzala, Casarão do Café,

Cruz do Dória, em Salesópolis, Capela de São Lourenço, além de equipamentos como

o Parque Estadual Serra do Mar, Sítio Arqueológico São Francisco, barcos e paisagens.

● De Salesópolis – Marco Zero na Igreja Matriz a Aparecida do Norte, como rota cultural

e religiosa, percorrendo antigos trechos da Rota Dória pelo Vale do Paraíba e com

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destino a Basílica de Aparecida, marcadamente roteiro de romarias, herança de uma

cultura religiosa, centrada na figura de Nossa Senhora Aparecida, Virgem Negra;

● De Salesópolis – Marco Zero na Igreja Matriz ao Pateo do Colégio em São Paulo,

percorrendo o traçado, passando pela Aldeia Indígena Lobo Velho em Suzano e

atingindo o destino do Padre Dória quando Deputado Provincial na busca de interesses

da região.

7.7.3. Comunidades tradicionais

No Núcleo não há presença de comunidades tradicionais, como as indígenas, quilombolas

ou caiçaras.

7.7.4. Ecossistema

O Núcleo Padre Dória está inserido no ecossistema de Floresta Ombrófila Densa,

representativa do domínio mata atlântica com ampla diversidade de tipos de vegetação

originalmente contínuos e integrados sobre uma variedade de compartimentos morfológicos de

relevos e variações climáticas.

A atividade de reflorestamento dos Municípios do entorno vieram crescendo e invadindo os

fragmentos florestais de forma que hoje observa-se um mosaico intrincado entre espécies regionais

de floresta madura, espécies regionais cobrindo áreas em estágio inicial de regeneração, espécies

exóticas plantadas e espécies exóticas que invadiram a região pela exposição do solo.

7.7.5. Fauna e Flora

O Núcleo abriga diversas espécies animais e vegetais, diversas delas ameaçadas de

extinção. Em relação a fauna, algumas espécies características do núcleo são jaguatirica, esquilo

(serelepe), sagui da cara branca e as aves tangará, tie-sangue e araponga. Já as espécies vegetais

mais características são: cambuci, araçá, angico, manacá, chá de bugre.

CAMBUCI (Campomanesia phae)

Como espécie característica do Núcleo, podemos citar o cambuci (Campomanesia phae). A história

da Rota Dória se entrelaça à dessa árvore nativa, endêmica da Serra do Mar paulista, com

consumo tradicional secular dos seus frutos pelos índios, bandeirantes e caipiras, além da fauna

brasileira. O cambucizeiro atinge cerca de 8m de altura, sua frutificação ocorre de abril a junho.

Seu fruto varia entre o verde e o verde-amarelado, o sabor é ácido e é rico em vitamina c, além

de possuir agentes antioxidantes e adstringentes, que combatem radicais livres, retardam o

envelhecimento e fortalecem o sistema imunológico.

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O fruto pode ser utilizado para a produção de geleias, sorvetes, sucos, licores e molhos para

carnes e peixes. Faz-se ainda chá da casca do fruto e das folhas das árvores, além de extraírem-

se óleos essenciais que bem poderiam ser empregados na indústria de cosméticos, de alimentos e

farmacológica. O homem também utiliza sua madeira para a fabricação de cabos de ferramentas e

instrumentos agrícolas.

Sua interação com a fauna é grande. Seu fruto serve de alimento para diversas espécies de aves e

mamíferos. Os principais disseminadores da espécie são as pacas, as antas e os veados. Ao se

alimentarem, espalham suas sementes pelos locais em que circulam.

Até os dias atuais o cambuci permeia a Rota Dória e tem grande importância cultural, social e

ambiental da preservação de espécies animais que dele se alimentam.

Fonte: ANDRADE e LEMOS, 2011

TANGARÁ (Chiroxiphia caudata)

Ave que possui cerca de 13 centímetros e apresenta dimorfismo sexual. Os machos têm

plumagem azul-celeste, cauda preta com duas penas centrais mais longas que as outras e, no alto

da cabeça, uma brilhante coroa vermelha. Os mais jovens são verde-oliva, já as fêmeas são

verde-escuras, cauda mais longa que a dos machos, o que as torna ligeiramente maiores que

estes. São, também, mais silenciosas.

Entre os seus principais hábitos, está a típica dança pré-nupcial, onde os machos se revelam

verdadeiros acrobatas, enfileirando-se vários deles num galho e exibindo-se ante a fêmea, um de

cada vez. Depois de executarem o rito, cada um volta ao fim da fila e espera a vez de exibir-se

novamente. São onívoros, alimentando-se de bagas e pequenos artrópodes e apreciam a Michelia

champaca (Magnólia-amarela) e fruta do sabiá

Fonte: WikiAves, s/d (e)

JAGUATIRICA (Leopardus pardalis mitis)

A jaguatirica tende a ser a espécie de felino de pequeno-médio porte dominante nas áreas de

cobertura vegetal mais densa, especialmente nas úmidas. O gradiente altitudinal vai desde o nível

do mar até 3.800 m. É um táxon de porte médio, com corpo esbelto, cabeça e patas grandes e

cauda pouco curta, caracterizada pela presença de rosetas abertas que coalescem, formando

bandas longitudinais, numa pelagem de fundo amarelo-ocráceo. O comprimento médio da cabeça

e do corpo varia entre 67 e 101,5 cm, enquanto o da cauda é de 30 a 44,5 cm e o peso médio fica

em torno entre 8 a 15,1 kg.

O período de gestação varia entre 70 e 85 dias, após o qual nascem de 1 a 4 filhotes. O potencial

reprodutivo máximo de uma fêmea de sete anos, em vida livre, é de 5 a 7 filhotes. São solitários

e noturnos. A área do macho engloba, normalmente, a área de duas a três fêmeas. Carnívora,

possui um consumo médio de presas na natureza é de cerca de 700 g

Fonte: OLIVEIRA et al., 2008

CAPIVARA (Hydrochoerus hydrochaeris)

A capivara é um animal de grande porte. Considerado o maior roedor do mundo, atingindo altura

média de 50 cm. Sua pelagem é grossa de coloração marrom-avermelhada. Possui hábitos

semiaquáticos, sendo uma excelente nadadora, podendo permanecer submersas por vários

minutos. As capivaras são ativas a qualquer hora do dia. Alimenta-se de gramíneas (capim) e

plantas aquáticas. Ocorrem na Bolívia, Colômbia, Venezuela, Guianas, Paraguai e Brasil, em todos

os estados, em geral próximo a lagos e rios (ViaRondon, 2011)

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TAMANDUÁ-MIRIM (Myrmecophaga tedradactyla)

O tamanduá-mirim apresenta atividade predominantemente noturna, e quando não estão ativos

costumam descansar nos ocos das árvores e nas tocas dos tatus. Possui um hábito, que quando

atacado assume uma postura ereta, deixando suas garras dianteiras livres para se defender.

Possui porte médio, variando de 47 cm a 77 cm de comprimento. Apresenta uma pelagem curta e

densa e uma coloração amarela pálida, com duas listras pretas que avançam da região escapular

do animal, lembrando um colete. Alimenta-se de formigas e cupins. Vive na América do Sul, a

leste a leste dos Andes da Venezuela até o norte da Argentina. Sul do Brasil e norte do Uruguai.

Onde no Brasil ocorrem em todos os biomas (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,

Pantanal e Campos Sulinos) (ViaRondon, 2011)

Lista das principais espécies da fauna e flora

FAUNA:

- Aves: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no

anexo 4.

Jacutinga (Aburria jacutinga)

Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)

Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)

Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)

Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)

Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)

Bacurau-Tesoura-Gigante (Hydropsalis forcipata)

Beija-Flor-De-Topete (Stephanoxis lalandi)

Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri)

Juruva-Verde (Baryphthengus ruficapillus)

Araçari-Poca (Selenidera maculirostris)

Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)

Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)

Choca-De-Chapéu-Vermelho (Thamnophilus ruficapillus)

Matracão (Batara cinerea)

Fruxu (Neopelma chrysolophum)

Araponga-Do-Horto (Oxyruncus cristatus)

Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)

Chibante (Laniisoma elegans)

Papinho-Amarelo (Piprites chloris)

Estalinho (Phylloscartes difficilis)

João-Pobre (Serpophaga nigricans)

Tesoura-Cinzenta (Muscipipra vetula)

Tico-Tico-Do-Mato (Arremon semitorquatus)

Pula-Pula-Ribeirinho (Myiothlypis rivularis)

Sanhaçu-Pardo (Orchesticus abeillei)

Saí-De-Pernas-Pretas (Dacnis nigripes)

Tico-Tico-Do-Banhado (Donacospiza albifrons)

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Pixoxó (Sporophila frontalis)

Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris)

Cais-Cais (Euphonia chalybea)

Fonte: SCHUNCK, 2015

- Mamíferos:

● Bugio (Alouatta guariba)

● Macaco-prego (Cebus nigritus)

● Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)

● Anta (Tapirus terrestris)

● Jaguatirica (Leopardus pardalis)

● Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus)

● Onça-parda (Puma concolor)

● Queixada (Tayassu pecari)

● Cateto (Pecari tajacu)

● Lontra (Lontra longicaudis)

● Quati (Nasua nasua)

● Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita)

● Preguiça-comum (Bradypus variegates)

● Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)

● Paca (Cuniculus paca)

● Cutia (Dasyprocta azarae)

Fonte: GUAPURUVU, s/d

- ANFIBIOS E REPTEIS:

● Cobra-coral-verdadeira (gênero: Micrurus)

● Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca)

● Jararacuçu (Bothrops jararacuçu)

● Cobra-cipó (gênero: Chironius)

● Caninana (Spilotes pullatus)

- PEIXES:

● Lambari (Astyanax eigenmanniorum)

● Saguiru (Cyphocharax modestus)

● Acará (Geophagus brasiliensis)

● Peixe Cadela (Oligosarcus sp.)

● Turvina (Gymnotus carapo)

● Traira (Hoplias malabaricus)

● Trairão (Hoplias lacerdae)

● Cascudo (Hypostomus sp)

● Bagre (Rhamdia quelen)

● Tilapia (Oreochromis niloticus)

● Mandi (Pimelodella meeki)

● Tamboatá (Hoplosternum littorale)

FLORA:

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● Angico (Parapiptadenea sp. Fabaceae)

● Araçá (Myrcia citrifolia Myrtacea)

● Araçá piranga (Eugenia leitonii Myrtaceae)

● Araucária (Araucaria angustifolia)

● Aroeira pimenteira (Schinus terebinthifolius Anacardiaceae)

● Caetê (Heliconia sp. Heliconiaceae)

● Cambuizinho (Myrcia selloi Myrtaceae)

● Canafistula (Peltophorum dubium Fabaceae)

● Canela (Ocotea sp. Lauraceae)

● Canela guaicá (Ocotea Puberula Lauraceae)

● Capixingui (Croton floribundus Euphorbiaceae)

● Capororoca (Rapanea umbellata Myrsinaceae)

● Caraguatá (Bromelia sp. Bromeliaceae)

● Cedro (Cedrela fissilis Meliaceae)

● Chá (Camellia sinensis Theaceae)

● Cha de bugre (Cordia sellowiana Boraginaceae)

● Clusia (Clusia sp. Clusiaceae)

● Crindiúva (Trema micrantha Cannabaceae)

● Cuvantã (Cupania vernalis Sapindaceae)

● Embauba (Cecropia glaziovi Cecropiaceae)

● Espinheiro (Maytenus ilicifolia Celastraceae)

● Eucalipto (Eucalyptus sp.* Myrtaceae)

● Fumão (Bathysa meridionalis Rubiaceae)

● Guabiroba (Campomanesia pubescens Myrtaceae)

● Guabiroba (Campomanesia pubescens Myrtaceae)

● Helicônia (Heliconia velloziana Heliconiaceae)

● Ingá (Inga sessilis Mimosaceae)

● Jaboticaba do mato (Plinia sp. Myrtaceae)

● Jacatirão (Leandra sp. Melastomataceae)

● Japecanga (Smilax brasiliensis Liliaceae)

● Jerivá (Syagrus romanzoffiana Arecaceae)

● limão bravo (Siparuna guianensis Siparunaceae)

● Lirio-do brejo (Hedychium coronarium* Zingiberaceae)

● Mamica de porca (Zanthoxylum riedelianum Rutaceae)

● Manacá (Tibouchina mutabilis Melastomataceae)

● Moranguinho (Fragaria vesca Rosaceae)

● Nespera (Eriobothrya japonica* Rosaceae)

● Orelha de onça (Tibouchina grandiflora Melastomataceae)

● Palmito (Euterpe edulis Arecaceae)

● Pente de macaco (Amphilophium crucigerum Bignoniaceae)

● Piper (Piper sp. Piperaceae)

● Psichotria (Psichotria sp. Rubiaceae)

● Pteridium (Pteridium sp. Dennstaedtiaceae)

● Quaresmeira (Tibouchina grandulosa Melastomataceae)

● Quina de São Paulo (Solanum pseudoquina Solanaceae)

● Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana Dicksoniaceae)

● Sangra d'agua (Croton urucurana Euphorbiaceae)

● Tapiá (Alchornea sidifolia Euphorbiaceae)

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● Taquara (NI Graminae)

● Terminalia (Terminalia sp. Combretaceae)

● Vinhático (Plathymenia sp. Mimosaceae)

● Xilopia (Xilopia sp. Annonaceae)

Fonte:material enviado pela gestora,

7.7.6. Serviços Ecossistêmicos

O Núcleo Padre Dória presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do

entorno:

● Regulação da qualidade do ar e do clima;

● Proteção dos morros e encostas;

● Proteção dos solos;

● Bem-estar, lazer e turismo;

● Recursos hídricos e abastecimento.

O Núcleo Padre Dória tem um papel fundamental na preservação dos recursos hídricos,

contribuindo para dois importantes sistemas: Sistema do Rio Claro e Sistema Produtor de Água do

Alto Tietê - SPAAT. O Rio Tietê nasce a uma altitude de 1.030 metros da Serra do Mar, no

município de Salesópolis. Ao contrário de muitos rios, que descem para o litoral e desaguam no

mar, o Rio Tietê não consegue vencer os picos da Serra do Mar e atravessa a Região Metropolitana

de São Paulo, seguindo para o interior do Estado, desaguando posteriormente no rio Paraná, num

percurso de quase 1.136 km, cortando o estado de leste a oeste (DAEE, s/d).

Possui importância histórica e econômica diretamente relacionada às conquistas territoriais,

realizadas pelos Bandeirantes que desbravavam os sertões, fundando povoados e cidades ao longo

de suas margens (DAEE, s/d).

O Rio banha 62 municípios ribeirinhos e sua bacia compreende seis sub-bacias

hidrográficas: Alto Tietê, onde está inserida a Região Metropolitana de São Paulo; Piracicaba;

Sorocaba/Médio Tietê; Tietê/Jacaré; Tietê/Batalha e Baixo Tietê (DAEE, s/d).

Suas nascentes fornecem água de boa qualidade para a população. No entanto, quando o

rio começa a avançar próxima a região metropolitana de São Paulo (RMSP) a situação muda

bastante. As características geográficas e o processo de ocupação territorial da RMSP levaram a

quando crítico de degradação das águas em virtude do processo de urbanização desordenado e do

despejo de efluentes domésticos e industriais tratamento adequado, comprometendo o uso de seus

mananciais e reduzindo a disponibilidade hídrica por habitantes da bacia (SMA/ CEA, 2010).

Atualmente, a disponibilidade hídrica da bacia equivale somente a 50% da demanda,

fazendo que essa região seja uma das mais críticas do estado. Assim, a demanda – disponibilidade

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de água da Bacia já apresenta índices comparáveis às áreas mais secas do Nordeste brasileiro e é

necessário um complexo sistema para importar águas de outras bacias para que as necessidades da

população da RMSP sejam supridas (SMA/ CEA, 2010).

A quantidade de água disponível para consumo por habitante em determinada região ou

bacia hidrográfica é medida pela disponibilidade hídrica. Segundo a ONU, a disponibilidade hídrica

no mundo é classificada da seguinte forma (Secretaria do Meio Ambiente/Coordenadoria de

Educação Ambiental, 2010):

● Abundante > 20.000 m³/hab.ano

● Adequada (ou correta) > 2.500 m³/ hab.ano

● Podre < 2.500 m³/ hab.ano

● Crítica < 1.500 m³/ hab.ano

No Brasil, a quantidade de água disponível por habitante é dividida de forma muito

heterogênea entre as regiões, sendo que em alguns locais a disponibilidade hídrica, adotando a

classificação da ONU, é muito abaixo da situação crítica, como acontece com a RMSP (SMA/ CEA,

2010).

REGIÃO

DISPONIBILIDADE HÍDRICA

RELATIVA

(m³/hab.ano)

Brasil 35.000*

Estado de São Paulo 2.468*

Pernambuco 1.118*

Bacia Hidrográfica do Piracicaba 408* ou 400**

Bacia Hidrográfica do Alto Tietê 201* ou 60**

Fonte: *Água Doces do Brasil, 2002 apud SMA/ CEA, 2010 e **SMA CRHi, 2009 apud SMA/ CEA,

2010.

Já o sistema produtor do Rio Claro é composto do reservatório do ribeirão do Campo,

implantado no Ribeirão do Campo, que propicia a regularização das afluências. Tendo como

afluentes principais o rio Clarinho, Rio São João, rio do Alferes e rio do Campo. As águas

descarregadas pelo reservatório e as contribuições intermediárias da bacia do ribeirão do Campo e

do rio Claro são parcialmente captadas em um local denominado Poço Preto e transferidas para a

Estação de Tratamento de Água de Casa Grande. As águas remanescentes do rio Claro são

complementadas com a transposição de cerca de 0,50 m3/s do rio Guaratuba da vertente Marítima

que, juntamente com as contribuições intermediárias, são parcialmente captadas no local

denominado km 76 e transferidas para a Estação de Tratamento de Água de Casa Grande. As águas

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remanescentes do rio Claro descarregam no rio Tietê, no reservatório de Ponte Nova, pertencente

ao sistema produtor do Alto Tietê (COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO TIETÊ, 2009)

Os Sistemas Produtores do Alto Tietê e do Rio Claro controlam uma área de drenagem de

919 km2 com uma vazão média de longo termo de 19,9 m3/s, resultando em uma vazão específica

de 21,7 l/s.km2. A vazão mínima média mensal é de 5,9 m3/s enquanto a vazão média mensal

associada a uma garantida de 95 % é de 8,8 m3/s. Portanto, o limite máximo de produção dos

Sistemas Produtores do Alto Tietê e do Rio Claro é de 19,9 m3/s (COMITÊ DA BACIA

HIDROGRÁFICA DO ALTO TIETÊ, 2009).

7.7.7. Pesquisas

A Estação Biológica de Boracéia - EBB, criada pelo Decreto Lei nº 23198/1954, é uma

Unidade de conservação pertencente à Universidade de São Paulo – USP. Administrada pelo Museu

de Zoologia está localizada dentro do Núcleo Padre Dória. A região de localização da estação é

considerada um "hotspot" mundial por apresentar mais de 70% da sua cobertura vegetal original

destruída e com altas porcentagens de espécies endêmicas. A EBB sempre atraiu, mesmo antes de

sua implementação, a atenção de inúmeros pesquisadores, tanto da área zoológica quanto da

botânica.

Um histórico das atividades ali realizadas, até o ano de 1957, pode ser encontrado em

Travassos-Filho e Camargo (1958). Os autores enfocam as coletas noturnas de insetos

especialmente de "diptera" e "lepidoptera".

Uma lista das espécies de mariposas Arctiidae com registro de ocorrência na Estação

Biológica de Boracéia (EBB) é apresentada. Esta listagem foi obtida através da observação de

material depositado em quatro coleções científicas brasileiras. A riqueza registrada na EBB foi de

237 espécies, sendo uma das maiores já encontradas em apenas um sítio de coleta no Brasil.

http://www.biotaneotropica.org.br/v7n3/pt/abstract?inventory+bn03107032007

Estação Biológica de Boraceia - www.mz.usp.br

7.7.8. Projetos Socioambientais

A Rota Gastronômica do Cambuci, uma iniciativa da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde

da Cidade de São Paulo e Associação Holística de Participação Comunitária Ecológica - AHPCE com

participação atual dos Núcleos Padre Dória e Caraguatatuba, tem como objetivo resgatar o cultivo e

o consumo dessa fruta nativa da Mata Atlântica e endêmica na região, promovendo o

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desenvolvimento socioambiental e econômico sustentável das comunidades do entorno. Engloba

em um único projeto aspectos históricos, culturais, de preservação ambiental, turísticos e de

geração de renda. Tem potencial para se constituir como uma alternativa econômica sustentável

para os municípios envolvidos através de Arranjos Produtivos Locais.

7.7.9. Atrativos

O Núcleo Padre Dória conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e

piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:

Trilha da Rota Dória

Antiga rota que ligava São Sebastião ao Alto do Tietê e Vale do Paraíba, oficializada pelo

Padre Dória, cujo objetivo era intensificar o comércio de ouro e sal e, posteriormente, tornou-se

uma rota clandestina para o tráfico de escravos. No caminho é possível atravessar diversas

estruturas da época da escravidão, como Casarão Senzala, Casarão do Café, Cruz do Dória, em

Salesópolis, Capela de São Lourenço, terminando no Sítio Arqueológico São Francisco, localizado no

Núcleo São Sebastião.

Como espinha dorsal na Serra do Mar, temos a Estrada do Rio Pardo, que dá acesso ao

litoral Norte, passando pelos Núcleos de Caraguatatuba e São Sebastião, num percurso de

aproximadamente 49 km dentro da área do PESM, contando com cenário contemplativo e muitas

trilhas, cachoeiras e rios, além do aspecto histórico, arqueológico e cultural.

Percurso: 95 km de carro

Tempo estimado: 12h00min

Nível de dificuldade: médio

Caminhadas por PICADAS pelo Rio Claro (opcional) e pela TRILHA DO SAL, também

conhecido como Rota Dória. No século XVIII até meados do século XX a troca de mercadorias entre

a região de Mogi das Cruzes e o Vale do Paraíba com o Litoral Norte era feita por trilha que cortava

a Mata Atlântica. Parte dessa trilha margeava o Rio Clarinho e parte passava pela Serra do Mar. Até

hoje estão conservados os sulcos feitos pelos cascos dos burros que, carregados, levavam para o

litoral, café, açúcar, farinha, etc e subiam com produtos manufaturados recebidos dos navios que

vinham do além mar. A trilha percorrida pelas tropas de burros recebeu, por causa dessa ligação

com o litoral, o nome de Trilha do Sal. Ao longo da trilha existem cachoeiras e até o local de uma

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antiga Fazenda de Café da qual se pode ver vestígios. Durante determinado período foi muito

utilizada para o contrabando de Escravizados que vinham por Ilhabela, eram comercializados em

Salesópolis, antiga São José do Paraitinga e tinha como destino o Vale do Paraíba e São Paulo de

Piratininga.

Trilha da Cachoeira do Poço Bonito

Percurso: 4.420metros

Tempo estimado: 09h00min

Nível de dificuldade: média

Trilha da Cachoeira do Guardião

Percurso: 1.000 metros

Tempo estimado: 05h00min

Nível de dificuldade: fácil

Trilha da Cachoeira do Balcão

Nesta trilha é possível observar as ruínas de uma antiga fazenda instalada no meio da rota

do sal, que segundo a lenda local, hoje ainda é escavada por aventureiros em busca de um tesouro.

No local é possível observar as escavações feitas no entorno das grandes palmeiras e resquícios de

plantações de chá (planta oriental trazida por europeus para produção de diferentes infusões),

Camellia sinensis. Esta planta também foi largamente difundida na região do vale do Anhangabaú

em São Paulo e que acabou por dar nome ao viaduto que ali está - viaduto do chá.

Percurso: 4.000 metros

Tempo estimado: 08h00min

Nível de dificuldade: média

7.7.10. Outros pontos de interesse

Estudos de Interesse Arqueológicos: Fazenda Rio Claro, Cruz do Dória, vestígios da estrada

colonial construída pelo Padre Dória.

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7.7.11. Informações gerais sobre o Núcleo

Dados gerais

Área 19.320 hectares

Bioma Mata Atlântica

Município da sede Salesópolis

Municípios Abrangidos Paraibuna, Salesópolis e Biritiba Mirim

Endereço da sede

Escritório urbano

Bases e outras funções Base 1 - Estrada Rodrigues de Campos, km 3, bairro dos Pintos. Função:

apoio às trilhas do Balcão, Poço Bonito e Guardião

Telefones

Sinal de celular da sede

Sinal de celular da base

E-mail da UC [email protected]

Nome do Gestor Ana Lucia de Moraes Wuo

Esportes Radicais

Capacidade de hospedagem

Valor da hospedagem na UC

Centro de visitantes

Capacidade do auditório

Capacidade do refeitório

Lanchonete

Quiosques pic nic

Camping na UC

Facilidades no entorno

imediato

Tipo de Acesso Estradas de terra

Distância de SP Varia de acordo com o local a ser visitado dentro do Núcleo Padre Dória, de

90 a 110 km.

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Distância cidade mais

próxima(s)

Salesópolis: 12 km;

Mogi das Cruzes: 52 km;

São José dos Campos: 60 km.

Cobrança de Ingresso e valor

Amplitude Altitudinal Varia de 900 a 1.200

Amplitude de Temperaturas Mínima 15º, máxima 22º e média 19ºC.

Índice pluviométrico - media de 1.300mm.

Bases e outras funções

Base 1

Endereço Estrada Rodrigues de Campos, km 3, bairro dos Pintos. Função: apoio as

trilhas do Balcão, Poço Bonito e Guardião

Telefone

Capacidade de hospedagem

Base de Uso Público

Endereço

Telefone

Capacidade de hospedagem

Mais Informações

Sede Administrativa

Dias e horário de

funcionamento

Telefones para informação

E-mail

Gestor (a) Ana Lúcia Moraes Wuo

Endereço (11) 97204-6316

Visitação

Dias e horário de

funcionamento

Endereço

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Normas de Visitação e Segurança do PESM

É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);

É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;

É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;

É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;

É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro

produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.

Normas para as trilhas

Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;

Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento

da trilha;

Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;

Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que

se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;

Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,

não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;

Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;

Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a

permanência, deverá ser trazido de volta;

Símbolo

Homenagem ao Padre Manuel de Faria Dória, responsável pela construção da Estrada

Dória, que liga as regiões do Vale do Paraíba ao Litoral Norte Paulista, além de ser o fundador da

cidade de Salesópolis.

Poesia de More Ventura

Resultado da sua experiência na visita a ROTA DORIA

dias 30 e 31 de julho 2011.

Do rio e Do ria

Duas rotas surgem, nos anais de nossa historia

a do rio Tietê, e a do padre Doria

Pelas mãos do Padre Nosso, surge a primeira

pelas mãos do padre deles, vem a derradeira

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seus vestígios em terra, aos poucos vão aparecendo

uma no seu leito estreito, outra capinando o despeito

Ambas surgem, de cristalinas fontes

ligando distantes regiões, feito grandes pontes

Formando duas, rotas de alegria

atando os distantes, pela mercadoria

Uma é o ventre, donde nasce a metrópolis

A Outra traz riqueza, e justiça a Salesópolis

Mas se paralelas, as duas vem do nascimento

No meio do caminho, se bifurcam em lamento

Uma asfixiada, em seu leito de cimento

A outra assassinada, pelo trafico ciumento

Mas como após centenas, de km em movimento

O Tietê renasce, do seu lixo lamacento

Após séculos de mato, e esquecimento

A Rota Doria, ressuscita perante o olho atento

Revelando a luta do padre, do africano e seu rebento

Por um Brasil sem dor, com justiça a contento

Que reúna suas rotas em unificado leito

límpido, transparente com paixão e amor no peito.

De dó não Rio de Dó não Ria

Mas sim aprendo

Do Rio e Do-Ria !

More Ventura

7.8. Núcleo Picinguaba

7.8.1. História

O Núcleo Picinguaba corresponde ao extremo norte do PESM situado no município de

Ubatuba e contém 47.500 hectares, abrangendo cerca de 80% do território municipal,

predominantemente da altitude de 100m até os picos mais altos da Serra do Mar que formam os

divisores de água. Em 1979 a antiga Fazenda Picinguaba, área de domínio do governo do Estado,

contendo cerca de 7.800 hectares, foi incorporada ao PESM, de modo a incluir trecho na divisa com

o município de Paraty atingindo o nível do mar, onde foi possível implantar as estruturas

administrativas a partir de 1984 e a Base de Visitação da Praia da Fazenda, em 1990 (NAVARRO,

2013).

Dessa forma foram incorporados ao PESM restingas, manguezais, praias e costões rochosos

que se tornaram parte do cenário protegido pela Unidade de Conservação, assim como os

territórios utilizados historicamente por comunidades tradicionais (caiçaras e quilombolas)

habitantes da região do distrito municipal de Picinguaba há cerca de 200 a 300 anos. Entre os

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territórios tradicionais situados no Núcleo Picinguaba destacam-se a Terra Indígena Boa Vista

(demarcada em 1987), no bairro do Promirim, o Quilombo do Cambury (reconhecido em 2005) e o

Quilombo da Fazenda (em fase de reconhecimento), situados nos bairros de mesmo nome

(NAVARRO, 2013).

Em 2007 foram incorporados cerca de 13.300 hectares à área de domínio público do Estado,

com a desapropriação da Fazenda Sesmarias da Cachoeira Grande, situada no Sertão do

Puruba/Cambucá, onde está em fase de implantação uma nova base de visitação pública

(NAVARRO, 2013).

O Núcleo Picinguaba contém paisagens diversificadas, desde a costa marinha, protegendo

cinco belíssimas praias (Brava da Almada, Fazenda, Picinguaba, Cambury e Brava do Cambury) até

as escarpas da Serra do Mar, onde se encontram os picos do Corcovado, Pedra do Espelho, Corisco,

Cuscuzeiro e Papagaio, todos com mais de mil metros de altitude, que demarcam as divisas com os

municípios de Caraguatatuba, São Luiz do Paraitinga, Cunha e Paraty, este último já no Estado do

Rio de Janeiro (NAVARRO, 2013).

Cerca de 20% do território do Núcleo Picinguaba em seu extremo mais ao norte está

sobreposto com o Parque Nacional da Serra da Bocaina, criado em 1971. A área costeira do Núcleo

é contígua à Área de Proteção Ambiental (APA) Marinha do Litoral Norte, criada em 2008. E ainda,

faz divisa com a APA Cairuçú e a Reserva Estadual da Juatinga, situadas em Paraty. Dessa forma,

juntamente com os outros Núcleos do PESM e o Parque Estadual da Ilha Anchieta (Ubatuba),

compõe extenso corredor ecológico com cerca de 250.000ha, transformado em Mosaico Bocaina

(Decreto Federal MMA nº 349/2006) em 2006, abrangendo assim: 9 municípios, 18 Unidades de

Conservação, 5 Terras Indígenas e 4 Terras Quilombolas, do sul fluminense e norte paulista

(NAVARRO, 2013).

Origem do nome

Os povos que viviam nessa região entre 6 a 10 mil anos atrás utilizavam esse ponto como área de

pesca e coleta. A fartura de alimento permitia a adaptação tecnológica, como a produção de

utensílios e ferramentas a partir de rochas polidas. Posteriormente, a vila que dá nome ao Parque,

foi formada a partir do trânsito de embarcações e dos movimentos de comerciantes que viajavam

de Paraty-RJ para Santos e paravam na região para realizar trocas e se alimentarem. A vila se

formou antes mesmo do município de Ubatuba e foi considerada durante muito tempo, como um

distrito.

O nome Picinguaba possui um significado amplo que remete a geografia da região ("enseada -

lugar de parada"), pois a reentrância da costa com abertura para o mar forma uma grande baía e

as barras de rios são consideradas refúgios/berçários para peixes que se reproduzem e se

alimentam nesses locais. Por fim, poderíamos dizer que o nome remete a um sentido de "lugar

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próspero que atrai e serve de refúgio muitos peixes".

A História de Ubatuba

Os índios Tupinambás foram os primeiros habitantes da região de Ubatuba. Eram excelentes

canoeiros e viviam em paz com os índios vizinhos de São Vicente, os Tupiniquins, até a chegada

dos portugueses e franceses, que tentaram escravizar os índios, com o intuito de colonização

(FUNDART, s/d(a)).

Naquela época Ubatuba era conhecida como Aldeia de Iperoig e passou a categoria de Vila

somente em 1554. Travou-se uma batalha diplomática fundamental para se decidir o futuro do

Brasil, pois os portugueses e franceses disputavam essa região (FUNDART, s/d(a)).

Incitados pelos europeus, Tupinambás e Tupiniquins passam a guerrear, até reconhecerem

sua dependência dos estrangeiros. Formam, então, a "Confederação dos Tamoios" (o termo

Tamoios significa “o mais antigo, o dono da terra”, portanto a Confederação era a união dos índios,

verdadeiros donos da terra) para combater os portugueses. Para evitar o conflito, os portugueses

convocaram, em 1563, uma dupla de negociadores, os Jesuítas Manoel da Nóbrega e José de

Anchieta (FUNDART, s/d(a)).

Nesse mesmo ano, o Padre Anchieta promove junto aos índios, a chamada Paz de Iperoig,

que impediu os silvícolas de destruir as Vilas de São Paulo e São Vicente. Em 14 de setembro de

1563 foi assinado o tratado que para algumas tribos significou sua aniquilação. Os franceses foram

expulsos e os índios pacificados. Eles partiram de São Vicente para a Aldeia de Iperoig e sua missão

de paz foi lenta e difícil (FUNDART, s/d(a)).

Anchieta ficou prisioneiro durante aproximadamente quatro meses, enquanto Manoel da

Nóbrega voltava à Aldeia de São Paulo para concluir o Tratado da Paz de Iperoig – o primeiro

tratado de paz das Américas. Com a paz firmada, o Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador

Corrêa de Sá e Benevides, tomou providências para colonizar a região, enviando os primeiros

moradores para garantir a posse da terra para a Coroa Portuguesa (UBATUBASP, s/d).

Nessa época, os portugueses instalaram engenhos de cana, serrarias, fornos de olaria,

fazendas e pequenas indústrias. Com o porto para escoamento da produção, a cidade começa a

prosperar, até que em 1787, quando as embarcações passam a se dirigir ao porto de Santos, por

ordem do presidente da Província de São Paulo. Com isso, Ubatuba entra em franca decadência.

Isso dura até 1808, quando ocorre a reabertura dos portos ao comércio estrangeiro. Recupera-se o

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porto local e ele passa a ser o mais movimentado de todo o Estado, escoando a produção do Vale

do Paraíba e Minas Gerais (UBATUBASP, s/d).

Na cidade erguem-se inúmeros casarões que atestam os fartos recursos dos comerciantes

locais. Mais tarde a maioria deles é demolia em nome do progresso. A cidade entra em nova crise

com a construção da estrada de ferro D. Pedro II, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, desviando

as exportações do porto de Ubatuba. A cidade isola-se novamente e só se recupera em 1952, com

a construção da rodovia ligando Ubatuba a Taubaté, a SP 125, e mais tarde a rodovia BR 101, ou

Rio-Santos. Hoje, ambas contribuem para alimentar o fluxo turístico na cidade, que chega a receber

por volta de 800 mil há 1.000 milhão de visitantes a cada temporada (UBATUBASP, s/d).

7.8.2. Patrimônio Cultural

Na trilha do Jatobá há importantes patrimônios histórico-culturais, como a Casa da Farinha e

a antiga roda d´água. A Casa de Farinha localiza-se no sertão da Fazenda Picinguaba, ao norte da

rodovia, e faz parte de um conjunto de ruínas de uma antiga usina de açúcar e álcool construída no

final do século passado por imigrantes italianos. Abandonada a usina, aproveitou-se a roda d'água

para movimentar os aviamentos de uma casa de farinha construída na década de 50, a qual foi

recuperada em 1986. Atualmente, é utilizada pela comunidade quilombola para a produção de

farinha de mandioca (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Além disso, a Vila de Picinguaba foi tombada como patrimônio histórico e cultural em 1983.

Trata-se de uma vila de pescadores que preserva a cultura caiçara, as antigas canoas e a edificação

da época (GERALDES, 2001).

Há também a Toca da Josefa, local onde a escrava Josefa teria se refugiado. Acredita-se

que a Josefa era uma escrava fugida da região de Paraty, sendo umas das primeiras escravas a

ocupar a Fazenda Cambory, local onde hoje está a comunidade quilombola (GERALDES, 2001).

7.8.3. Comunidades tradicionais

No Núcleo Picinguaba há a presença de comunidades indígenas, caiçaras e quilombolas.

Indígenas

A aldeia Boa Vista é habitada pelo povo indígena Guarani, que, além de ocupar terras em

outras regiões do Estado de São Paulo, possui comunidades no Espírito Santo, Rio de Janeiro,

Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. O povo Guarani também está

presente na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e na Bolívia. A aldeia, onde residem 30 famílias,

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está localizada na Terra Indígena Boa Vista do Sertão do Promirim, no município de Ubatuba. Essa

terra indígena já se encontra demarcada pelo Decreto Presidencial N.º 94.220/87, que garantiu aos

Guarani 920,66 hectares (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(a)).

A terra indígena está localizada em área de Mata Atlântica, o que é fundamental para os

Guarani. Na visão Guarani, um bom Tekoa (expressão Guarani para denominar o local onde é

possível realizar o modo de ser Guarani) deve estar próximo da floresta. Na busca por áreas que

tenham tais características, nas últimas décadas os Guarani têm retornado para seus antigos

territórios na faixa litorânea (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(a)).

A aldeia Boa Vista é um exemplo desse processo. Ela se formou em meados dos anos 1960,

quando três famílias, vindas da aldeia de Rio Silveira, chegaram à região e ali se estabeleceram. Na

época, a única ligação da aldeia com Ubatuba era uma pequena trilha, a quatro horas de

caminhada (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(a)). Hoje a aldeia conta com 156 índios,

sendo possível visita-los e comprar o seu artesanato (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO,

2013).

Caiçaras

A Vila de Picinciguaba é marcada pela cultura caiçara, exemplo vivo da combinação

índio/colono, terra/mar – que se estabeleceram nos costões rochosos, restingas, mangues e

encostas da Mata Atlântica. A palavra caa-içara é de origem tupi-guarani. Separadas, as duas

palavras sugerem uma definição: caa significa galhos, paus, “mato”, enquanto que içara significa

armadilha, ou seja, armadilha de galhos (FUNDART, s/d(b)).

Com poucos contatos com o “mundo de fora”, os caiçaras evoluíram aproveitando os

recursos naturais à sua volta, que resultou numa grande intimidade com o ambiente. Assim,

sobrevivem principalmente da pesca e da agricultura, cujos limites são exclusivamente familiares.

Além disso, ainda combinam atividades de coleta, extrativismo e artesanato (FUNDART, s/d(b)).

A associação do peixe com a farinha de mandioca é um dos aspectos mais gerais da dieta

deste povo, que se vê hoje dividido entre a necessidade de dinheiro expressa pela intensa relação

com a cultura urbana e o receio de perder sua identidade de grupo de pescadores artesanais

situados em áreas preservadas (FUNDART, s/d(b)).

Os caiçaras são, originalmente, um povo de religião católica, herança esta gerada pelo

colono português. Há várias festas relacionadas ao catolicismo, porém a mais famosa acontece no

mês de maio em homenagem à Cruz (Santa Cruz). É necessário que se realize no “claro”, isto é, na

lua cheia, para que todos possam comparecer. A cada ano é escolhido o festeiro – figura central na

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organização da festa – que, por sua vez, escolhe outros responsáveis. Durante três dias, a

comunidade estará ocupada na realização da Festa de Santa Cruz (FUNDART, s/d(b)).

Atualmente várias comunidades caiçaras fazem parte de Igrejas Pentecostais e Associações,

dado o forte grau de contato das últimas décadas. Igrejas da Assembléia do Reino de Deus e

Congregação de Cristo estão se tornando comuns e se espalhando rapidamente, o que faz com que

o Catolicismo tradicional, suas festas e rituais vão se tornando cada vez mais raros e, também, são

responsáveis por alguns conflitos entre comunidades (FUNDART, s/d(b)).

Quilombolas

No Núcleo Picinguaba há duas comunidades quilombolas: Cambury e Fazenda.

O Quilombo da Fazenda fazia parte da antiga “Fazenda Picinguaba”, que remonta o final do

século XIX, período em que faleceu Maria Alves de Paiva, proprietária da Fazenda. Em 1884 ela

falece e em testamento declara o desejo que seus escravos sejam libertos e que possam habitar em

certas áreas da Fazenda (QUILOMBO DA FAZENDA PICINGUABA, 2010).

A Fazenda Picinguaba possuiu vários proprietários até que no ano de 1943 seu novo dono

Saint Claire adquire parte da Fazenda e nomeia o Sr. Leopoldo Braga o administrador da Fazenda

Picinguaba. Leopoldo recebe a autorização de trazer 12 famílias para trabalharem através de

usufruto, sendo proibidas de vender a arrendar suas terras (QUILOMBO DA FAZENDA PICINGUABA,

2010).

Em 1951, a Fazenda Picinguaba foi hipotecada pela Caixa Econômica do Estado de São

Paulo e perdurou esse domínio até 1974, por isso, a Fazenda Picinguaba também é conhecida como

Fazenda da Caixa. Em 1975, o trecho entre Ubatuba e Paraty (RJ) da rodovia Rio-Santos - BR 101 -

foi construído e no ano de 1979 a Fazenda é anexada ao Parque Estadual Serra do Mar. No ano de

2005, a Fazenda Picinguaba recebeu o reconhecimento da Fundação Palmares como sendo um

remanescente de quilombo (QUILOMBO DA FAZENDA PICINGUABA, 2010).

Já o Quilombo do Cambury abrigou, no início de sua ocupação, vários núcleos de escravos

fugidos de fazendas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Segundo relatos dos moradores da

comunidade, um grupo de negros, liderado por uma escrava chamada Josefa, que vieram fugidos

de fazendas da região de Paraty, no Rio de Janeiro, teria sido um dos primeiros a ocupar a área.

Muitos moradores se referem à escrava Josefa como uma "parenta" distante e o lugar onde ela

teria se refugiado até hoje se mantém na comunidade como um marco histórico: a Toca da Josefa

(Comissão Pró-Índio de São Paulo).

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Nessa região também havia uma fazenda denominada Cambory, que não fugia ao padrão

das outras fazendas do litoral norte dessa época (séculos XVIII e XIX): grandes propriedades que

tiveram, num primeiro momento, engenhos de cana-de-açúcar e posteriormente produziram café

para exportação com mão-de-obra escrava. E, a partir da metade do século XIX, entraram em

decadência, tendo suas terras divididas e doadas, vendidas ou mesmo abandonadas (COMISSÃO

PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)).

Ao que tudo indica, a Fazenda Cambory foi ocupada, por compra e doação, por núcleos de

escravos que nela trabalhavam. Este núcleo de escravos agregava-se a outros núcleos, vindos de

outras regiões (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)).

O quilombo permaneceu relativamente isolado até a década de 1970 quando uma série de

acontecimentos ameaçou sua permanência em suas terras e trouxe mudanças para seu modo de

vida. Por um lado, houve a construção da BR 101 que atraiu para a região grileiros, especuladores e

empresas que usaram de todo tipo de violência e subterfúgios para expulsar as comunidades

tradicionais da região, como as dos Quilombos do Camburi e da Caçandoca (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO

DE SÃO PAULO, s/d(b)).

A comunidade foi alvo de diversos processos de grilagem e compras ilegais de posse,

derivados da especulação imobiliária. No início da década de 1970, 80% do território do Quilombo

do Camburi estava sob o domínio e posse de dois grandes compradores de terra, Francisco Munhoz

e José Bento de Carvalho, que expulsaram os antigos moradores. Estes se deslocaram para as

áreas mais íngremes, de mais difícil acesso, ou se mudaram para outras cidades do litoral paulista,

como Santos (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)).

Por outro lado, ocorreu a criação do Parque Nacional da Serra da Bocaina (em 1972) e do

Parque Estadual Serra do Mar/Núcleo Picinguaba (em 1977). Atualmente 60% do bairro são

reconhecidos como Quilombo, onde é possível conhecer os projetos comunitários e realizar roteiros

especiais de visita (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)).

A inclusão das comunidades tradicionais nos limites do PESM - Núcleo Picinguaba, teve, na

época, o objetivo de "proteger" as mesmas da fortíssima especulação imobiliária que gerou

inúmeros conflitos fundiários no litoral, principalmente partir da construção da rodovia Rio/Santos,

em 1974. Durante sua construção, a região foi palco de inúmeros conflitos de terra onde, muitas

vezes, os caiçaras foram bastante prejudicados, pois muitos venderam suas áreas por preços

aviltantes, ou até mesmo foram expulsos por "grileiros" das mais diversas maneiras. A proteção do

seu território pelo Parque, embora tenha criado sérias limitações para a abertura de roças ou

extrativismo, limitou também, embora não completamente, a especulação imobiliária nesta região.

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7.8.4. Geomorfologia e Ecossistema

O Núcleo Picinguaba possui desde áreas litorâneas, até áreas de Pico, como o Pico

do Corcovado, tendo, portanto, uma altitude que varia da cota zero a 1600m, no ponto de divisa

entre Ubatuba, Paraty e Cunha. Esse relevo repercute na formação dos seus ecossistemas, que são

formados por Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana (também denominadas Floresta da

Encosta da Serra do Mar), apresentando vários trechos degradados possivelmente decorrentes da

antiga exploração madeireira, pela existência de roças e pela extração de palmito (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Além dessas formações, o Núcleo apresenta a maior porção da Floresta de Terras

Baixas (também conhecida como Floresta Alta do Litoral, Floresta de Planície ou Restinga Alta) no

Parque da Serra do Mar, ecossistema bastante ameaçado pela especulação imobiliária do litoral

(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

7.8.5. Fauna e Flora

O Núcleo Picinguaba abriga uma grande diversidade de fauna e flora. Possui

espécies típicas da Mata Atlântica, como tucano de bico verde, guaiamu, jacu, saracura, lagarto,

palmito juçara; bem como ecossistemas e espécies características de ambiente litorâneo, como o

jundu (restinga de praia), os manguezais e o uçá.

GUAIAMU (Cardisoma guanhumi)

O Guaiamu é um grande caranguejo terrestre de ampla distribuição no litoral brasileiro. É um

importante recurso econômico, uma espécie bastante consumida, sendo comercializada

frequentemente em feiras ou em beiras de estrada próximas a manguezais. Geralmente são

coletados utilizando-se armadilhas, chamadas de “ratoeiras”, feitas com latas de óleo de cozinha.

Algumas populações nativas têm mostrado uma redução preocupante, em especial nas regiões

Norte e Nordeste, sobretudo secundário à degradação ambiental. É incluída na lista oficial de

espécies sobre-exploradas do Ministério do Meio Ambiente (2004).

É um dos maiores crustáceos terrestres, sua carapaça podendo atingir 11 cm de largura, mais de

30 cm de envergadura incluindo as pernas, e pesar 500 gramas. Possui carapaça oval, alta, com

olhos pedunculados. As pernas são longas e robustas, dispostas lateralmente. Garras bem

desenvolvidas, assimétricas, em especial nos machos adultos. Seu aspecto geral lembra um pouco

os Uçás, mas não possuem muitos pêlos nas pernas, e a coloração é distinta. Há uma variação no

padrão de coloração da carapaça destes animais, influenciada pela sua maturidade. A cor é

determinada por diferentes combinações de efeitos da presença de pigmentos na carapaça e

cromatóforos da epiderme. Em animais juvenis são observadas ambas as fontes de coloração, na

fase de transição os pigmentos da carapaça são mais expressivos, e nos adultos a coloração é

devida exclusivamente aos cromatóforos da epiderme.

São onívoros funcionais, tendendo a herbivorismo. Coleta frutas e folhas mortas no solo próximo à

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sua toca, num raio de aproximadamente 2 metros. Sua alimentação principal é constituída por

folhas de árvores do mangue. Consomem também animais mortos (inclusive outros caranguejos),

insetos e outros pequenos animais. Geralmente carregam estes alimentos para dentro da sua

toca, onde se alimentam, ou deixam estocados para comer depois. Já foram vistos caranguejos

entrando na toca de outros animais para roubar comida.

Fonte: PLANETA INVERTEBRADOS, 2013

UÇÁ (Ucides cordatus)

O Uçá é um caranguejo de grandes dimensões que vive nos manguezais, comestível, também

chamados de “caranguejo-verdadeiro”, “caranguejo-do-mangue”, “uçaúna” ou simplesmente

“caranguejo”. É uma importante fonte de subsistência das populações litorâneas, pois trata-se de

ser o caranguejo de maior interesse comercial dos manguezais brasileiros. São vendidos em beiras

de estrada, geralmente amarrados a cordões. Algumas populações nativas têm mostrado uma

redução preocupante. Está incluído na lista oficial de espécies sobre-exploradas do ministério do

meio ambiente (2004). A coleta deste caranguejo é supervisionada pelo IBAMA, determinando

dimensões mínimas e época adequada para a coleta. As pessoas que coletam os caranguejos no

mangue são chamadas de “catadores” ou “tiradores”. A captura geralmente é feita manualmente,

durante a maré baixa, eventualmente com o auxílio de um gancho artesanal.

É um caranguejo de grandes dimensões, sua carapaça pode atingir 10 cm de largura. Possui

carapaça oval, alta, com olhos pedunculados. As pernas são longas e robustas, dispostas

lateralmente, com muitos pêlos, especialmente na face ventral. Garras bem desenvolvidas, com

espinhos curtos de extremidade negra na face interna. A carapaça tem cor variável, dependendo

da época do ano. A coloração básica é em tons de marrom, mas por volta de outubro ocorre a

muda nupcial, quando os animais adquirem uma coloração azul celeste intensa. Suas pernas

mostram um tom lilás ou roxo desde a fase jovem, embora possam adquirir tonalidade ferruginosa

ou marrom-escura pouco antes da muda.

São animais onívoros, mas essencialmente herbívoros, se alimentam de folhas do mangue em

decomposição. É considerada uma espécie-chave dos manguezais como reciclador de nutrientes,

sendo responsável pelo consumo e degradação de mais da metade das folhas mortas produzidas

nestes ambientes. Em cativeiro, devem ser alimentados idealmente com folhas de mangue

(Rhizophora, Laguncularia, etc.).

Fonte: PLANETA INVERTEBRADOS, 2013

RESTINGA

Segundo a Resolução CONAMA n°07 de 23 de Julho de 1996, “entende-se por vegetação de

restinga o conjunto de comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e

fluvio-marinha. Estas comunidades, distribuídas em mosaicos, ocorrem em áreas de grande

diversidade ecológica, sendo consideradas edáficas por dependerem mais da natureza, do solo e

do clima”.

Ecologicamente, as restingas são ecossistemas costeiros, fisicamente determinados pelas

condições edáficas (solo arenoso) e pela influência marinha, possuindo origem sedimentar recente

(início do período Quartenário), sendo que as espécies que ali vivem (fauna e flora) possuem

mecanismos para suportar os fatores físicos dominantes como: salinidade, extremos de

temperatura, forte presença de ventos, escassez de água, solo instável, insolação forte e direta,

entre outros.

A vegetação das restingas é formada principalmente por plantas herbáceas com caules longos e

flexíveis que se transformam em árvores cada vez mais altas ao se afastarem do mar. Algumas

espécies características são: Sumaré, alfa-goela, açucena, aroeirinha, jurema, caixeta, canela,

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argelim, etc.

A fauna é bastante diversificada, sendo formados principalmente por caranguejos, sabiás,

pererecas, aves migratórias, etc.

Fonte: CORTE, 2009

MANGUE

O manguezal é caracterizado pela transição entre os ambientes marinho e terrestre, típico de

regiões tropicais e subtropicais (SCHAEFFER-NOVELLI, 1995). Os mangues são formados pelo

encontro do estuário de rios com os mares; portanto, quando o relevo é quase plano, como no

caso de Picinguaba, se favorece a entrada das marés, justificando a característica salobra da água

(ANASTÁCIO e SILVA, 2010).

A vegetação é adaptada a este ambiente caracterizado pela salinidade, porém não é muito

variada, sendo verificada a ocorrência majoritária das espécies Rhizophora mangle (mangue

vermelho), Laguncularia racemosa (mangue branco - Figura 3), e Avicennia sp (mangue preto)

(COSTA et al., 2004). Estas árvores que se fixam no solo dos mangues possuem pneumatóforos,

que são como raízes projetadas para fora da água, para poderem absorver o oxigênio

(ANASTÁCIO e SILVA, 2010).

Os mangues são considerados um verdadeiro berçário para as espécies que conseguem se

adaptar às suas condições, e possuem uma grande variedade de microorganismos, microalgas,

moluscos e crustáceos. Por possuírem uma grande quantidade de matéria orgânica e abrigos

(raízes e plantas), estas espécies encontram um ótimo local para a sua reprodução (RAMOS, 2002

apud COPQUE et al., 2010; ANASTÁCIO e SILVA, 2010).

MANGUE VERMELHO (Rizophora mangle)

Também conhecido como mangue verdadeiro, mangue sapateiro, mangue preto, mangue de

pensão, quarapaíba e apareíba, tem como característica mais peculiar o seu sistema de

sustentação, com raízes-escoras (rizóforos) que partem do troco e as raízes adventícias que

partem dos galhos. Os frutos germinam ainda presos à árovore-mãe e dão origem a propágulos

em forma de lança. Em geral, as plantas desse gênero toleram salinidade de até 55ppm, porem

crescem melhor quando esses valores se aproximam ou são menores do que 35ppm (salinidade

da água do mar) (FRUEHAUF, 2005).

Além disso, no Núcleo está situada a Base Cambucá, local que funciona como um

observatório de aves.

Ubatuba é referência em observação de aves. Em um dia de observação pode-se avistar

tranquilamente 120 espécies. Segundo o trabalho de Carlos Rizzo, só em 2011, foram catalogadas

560 espécies de aves em Ubatuba.

O Brasil tem 230 espécies de aves endêmicas, sendo que destas, 60 estão em Ubatuba.

O Cambucá é um dos locais mais prováveis de encontro do tiê-de-coroa, que está entre as

50 espécies mais raras do mundo.

Dentre os roteiros de Birdwatching em Ubatuba têm-se a Fazenda Capricórnio, Fazenda

Angelim (ao lado da Capricórnio), Fazenda Folha Seca que é referência mundial em observação de

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beija-flor e a trilha do Lago do Cambucá, no PESM.

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Lista das principais espécies da fauna e flora

FAUNA:

- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no

anexo 4.

● Tesourão (Fregata magnificens)

● Atobá-Pardo (Sula leucogaster)

● Águia-Pescadora (Pandion haliaetus)

● Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)

● Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)

● Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)

● Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)

● Batuiruçu-De-Axila-Preta (Pluvialis squatarola)

● Batuíra-De-Bando (Charadrius semipalmatus)

● Batuíra-De-Coleira (Charadrius collaris)

● Maçarico-Rasteirinho (Calidris pusilla)

● Gaivotão (Larus dominicanus)

● Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)

● Ariramba-De-Cauda-Ruiva (Galbula ruficauda)

● Barbudo-Rajado (Malacoptila striata)

● Apuim-De-Costas-Pretas (Touit melanonotus)

● Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)

● Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)

● Pintadinho (Drymophila squamata)

● Entufado (Merulaxis ater)

● Tapaculo-Pintado (Psilorhamphus guttatus)

● Vira-Folha-De-Peito-Vermelho (Sclerurus macconnelli)

● Chibante (Laniisoma elegans)

● Anambezinho (Iodopleura pipra)

● Caneleiro-Bordado (Pachyramphus marginatus)

● Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus)

● Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista)

● Papa-Moscas-Estrela (Hemitriccus furcatus)

● Piolhinho-Serrano (Phyllomyias griseocapilla)

● Maria-Cabeçuda (Ramphotrigon megacephalum)

● Japacanim (Donacobius atricapilla)

● Saíra-Sapucaia (Tangara peruviana)

● Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus)

● Pixoxó (Sporophila frontalis)

● Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris)

● Cigarra-Do-Coqueiro (Tiaris fuliginosus)

Fonte: SCHUNCK, 2015

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- MAMÍFEROS

● Jaguatirica (Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758))

● Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771))

● Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818))

● Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (É. Geoffroy, 1806))

● Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))

● Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758))

● Queixada (Tayassu pecari (Linnaeus, 1795))

● Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758))

● Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))

● Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))

Dados secundários

● Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus (Schreber, 1775))

● Furão (Galictis cuja (Molina, 1782))

● Marmosa, Guaiquica, Catita (Marmosops incanus (Lund, 1840))

● Catita, Cuíca-de-três-listras (Monodelphis americana (Müller, 1776))

● Rato-do-mato (Euryoryzomys russatus (Wagner, 1887))

● Rato-da-Árvore (Oecomys catherinae (Thomas, 1909))

● Rato-do-mato-laranja (Rhagomys rufescens (Thomas, 1886))

● Rato-de-espinho (Kannabateomys amblyonyx (Wagner, 1845))

● Rato-de-espinho (Trinomys dimidiatus (Günther, 1877))

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

- ANFÍBIOS E RÉPTEIS

● Jararacuçu (Bothrops jararacuçu)

● Dendrophryniscus cf. leucomystax

● Eleutherodactylus binotatus

● Eleutherodactylus bolbodactylus

● Eleutherodactylus guentheri

● Eleutherodactylus parvus

● Hyla albomarginata

● Hyla albosignata

● Hylodes phyllodes

● Scinax angrensis

● Scinax sp. (gr. perpusillus)

● Adenomera cf. marmorata

● Bufo ornatus

● Cycloramphus boraceiensis

● Sapinho-de-brómelia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)

● Micrurus corallinus

● Proceratophrys appendiculata

● Scinax sp. (gr. catharinae)

Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d

FLORA:

● Embiruçu (Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns)

● Bicuíba (Virola bicuíba (Schott ex Spreng.) Warb.)

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● Ingá (Inga vera Willd.)

● Cedro (Cedrela fissilis Vell.)

● Jatobá (Hymenaea courbaril L.)

● Jequitibá (Cariniana legalis (Mart.) Kuntze)

● Chichá (Sterculia chicha A. St.-Hil. ex Turpin).

● Palmito-juçara (Euterpe edulis)

● Brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret.)

● Araçarana (Calyptranthes clusiifolia (Miq.) O. Berg)

● Trombeta-dos-anjos (Datura arbórea L.)

● Figueira (Ficus insipida Willd.)

● Embaúbas (Cecropia pachystachya Trécul e Cecropia hololeuca Miq.)

● Samambaia-de-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) Underw.)

● Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis (Vell.) Cogn.)

● Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)

● Canelas (Nectandra sp. Roe. ex Rottb. e Ocotea odorifera Rohwer)

● Mulungus (Erythrina speciosa Andrews)

● Tapiá (Alchornea triplinervia (Spreng.) müll. Arg.)

● Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr)

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

7.8.6. Serviços Ecossistêmicos

O Núcleo Picinguaba presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do

entorno:

● Regulação da qualidade do ar;

● Proteção dos morros e encostas;

● Proteção da paisagem cultura, testemunho da pré-urbanização do litoral, das

comunidades caiçaras e quilombolas;

● Proteção dos solos;

● Bem-estar, lazer e turismo;

● Recursos hídricos.

Em relação aos recursos hídricos, o Núcleo Picinguaba preserva importantes rios que são

utilizados tanto para o abastecimento de água da cidade de Ubatuba, como para atividades

recreativas e de lazer.

Um exemplo é a Bacia do Rio Grande. Ela é formada por diversos rios que nascem na Serra

do Mar, como por exemplo, o Rio Puruba, Rio Quiririm, Rio Grande, Rio Pruminim, dentre outros

(MAGALHÃES, s/d). A Bacia ocupa uma área de 703 km², extensão de 13 km, desaguando na Praia

do Cruzeiro e sendo responsável pelo abastecimento de água de 88% da população do município

de Ubatuba (MINNITI et al., 2014).

Page 190: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

190

Atualmente, a Bacia do Rio Grande está em uma situação bem crítica por conta de diversos

fatores, como a falta de saneamento da população que vive próxima aos rios, desmatamento,

construção irregular de casas e a presença de um pequeno porto (MINNITI et al., 2014).

Além disso, o Núcleo Picinguaba abrange territórios litorâneos com belas praias e um

enorme potencial de turismo e lazer. A praia da Fazenda foi utilizada como cenários de várias

produções cinematográficas, bem como de novelas e minissérie da Globo, tais como "A Muralha", a

"Casa das Sete Mulheres", o filme "Desmundo", de Alain Fresnot, além de uma novela global das 7.

É uma das únicas praias do litoral brasileiro cuja paisagem remete a época do descobrimento.

7.8.7. Pesquisas

Para o desenvolvimento da pesquisa no PESM - Núcleo Picinguaba é necessário encaminhar

o projeto para cadastramento no Instituto Florestal (IF). O IF é responsável pela gestão da

pesquisa científica nas UC’s Estaduais integrantes do Sistema Estadual de Florestas (SIEFLOR).

O projeto é recebido, cadastrado e avaliado pela Comissão Técnico-científica (COTEC) do

Instituto Florestal. Todos os projetos de pesquisa na Unidade devem ser aprovados pelo COTEC -

perante parecer técnico elaborado pelo Núcleo Picinguaba, juntamente com a cópia da licença

SISBIO/ICMBio.

Normas de Pesquisa

A visita para pesquisa é realizada mediante agendamento e através do ofício de

solicitação de pesquisa enviado via e-mail;

Durante a estadia e trabalhos de campo é obrigatório o uso do crachá, tanto o

pesquisador e o ajudante de campo.

No final da visita é preenchido relatório parcial de pesquisa e acrescentado às

coordenadas da área de estudo.

Banco de Dados – NP

Projetos aprovados: 78

Concluídos: 352

Aguardando aprovação: 15

Cancelados: 37

S/COTEC: 6

Total: 488

Antes de 2000: 11%

Page 191: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

191

Depois de 2000: 90%

Principais Instituições

Demais Universidades: 25%

Parcerias Internacionais: 2%

Instituto Florestal: 2%

UFSCar: 3%

UFRJ: 5%

USP: 28%

UNICAMP: 21%

ÁREA DE ESTUDO

Botânica: 169

Fauna (Zoologia): 130

Socioambiental: 22

Uso público: 24

Geografia: 17

Historico cultural: 16

Demais áreas: 98

Algumas pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPES foram:

03/12595-7 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrofila

Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque

13/24929-9 Comunidade de aves como indicadora da qualidade florestal

01/05263-2 Etnoecologia do mar e da terra na costa paulista da Mata Atlântica:

áreas de pesca e uso de recursos naturais

08/57174-2 Ciclagem de carbono, nitrogênio e enxofre na serapilheira em Floresta

Ombrófila Densa sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no

Estado de São Paulo

06/61759-0 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo:

comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família

Myrtaceae

07/52482-8 Ciclagem de carbono, nitrogênio e nutrientes de solo em Floresta

Ombrófila Densa do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo

Page 192: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

192

05/01354-4 A comunidade de plantas esfingófilas da floresta ombrófila densa do

Núcleo Picinguaba: composição, fenologia e biologia da polinização

06/55136-0 Processos hidrológicos e transporte de nitrogênio em bacias com

cobertura de floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo

92/01390-9 Forrageamento ótimo: pesca e dieta em comunidades de pescadores

da região de Ubatuba - II parte

93/03604-9 Estudos fenológicos em Floresta Atlântica, Núcleo Picinguaba,

Ubatuba, SP

93/04286-0 Ecologia do tiê-sangue, Ramphocelus bresilius (aves:thraupidae),no

Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, ubatuba,sp

94/06258-7 Uso de recursos por comunidade de caiçaras da Mata Atlântica:

etnobiologia, modelos de subsistência e territorialidade

08/10740-3 Levantamento taxonômico e distribuição ecológica de Trentepohliales

(Ulvophyceae, Chlorophyta) em diferentes biomas brasileiros

11/50384-4 O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em florestas

ombrófilas densas de terras baixas e montana situadas nos núcleos de Picinguaba

e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar

06/60185-0 Ciclagem de nitrogênio e fluxo de gases em floresta tropical de Mata

Atlântica do estado de São Paulo

05/53390-4 Efito da saturação hídrica no solo na taxa de assimilação de CO2 de

Calophyllum brasiliense Camb. (Clusiaceae)

05/54267-1 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica, Núcleo Picinguaba, Parque

Estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo: comparação entre estratos e

influência de borda natural

04/14354-0 A comunidade de plantas esfingófilas da Floresta Ombrófila Densa do

Núcleo Picinguaba: composição, fenologia e biologia da polinização

08/57314-9 Variação sazonal no incremento diamétrico de indivíduos arbóreos em

uma Floresta de Restinga do Parque Estadual da Serra do Mar - SP, Núcleo

Picinguaba

06/53412-0 Formas inorgânicas de nitrogênio em diferentes áreas de floresta

tropical de Mata Atlântica do Estado de São Paulo

05/56837-0 Ciclagem de nitrogênio e fluxo de gases em floresta tropical de Mata

Atlântica do estado de São Paulo

Page 193: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

193

12/51509-8 Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da

Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba

e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)

12/50466-3 O dilema das decisões sobre populações humanas em parques:jogo

compartilhado entre técnicos e residentes no Núcleo Picinguaba

08/53648-0 Alternativas de subsistência da comunidade caicara/quilombola do

sertão da fazenda, no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar,

Ubatuba-SP

07/02947-4 Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação

da biomassa arbórea em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual

da Serra do Mar, SP

08/09350-6 Análise morfológica e cromossômica de duas populações da palmeira

clonal Geonoma elegans Mart. em diferentes altitudes no Núcleo Picinguaba,

Parque Estadual da Serra do Mar - SP

10/09146-0 Dinâmica do carbono e nitrogênio do solo sob restinga na Ilha do

Cardoso e Núcleo Picinguaba no Estado de São Paulo

07/50561-8 Caracterização química do solo em Floresta Ombrófila Densa do

Parque Estadual da Serra do Mar

05/59168-1 Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila densa

dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar

09/03676-0 Estrutura genética e variação altitudinal em uma espécie da Mata

Atlântica

03/04154-0 Etnoictiologia em Picinguaba e Ilhabela, litoral de São Paulo

01/12454-9 Análise citogenética em algumas espécies de opiliões (Opiliones

Laniatores, Gonyleptidae) da Mata Atlântica (Parque Estadual da Serra do Mar,

núcleo de Picinguaba, Ubatuba, SP, Alto da Serra..

06/59536-3 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em

uma microbacia com plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de

São Paulo

06/51488-0 Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na microbacia do

ribeirão do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

06/52519-6 Florística e estrutura da comunidade arbórea da Floresta Ombrófila

Densa Submontana do Núcleo Picinguaga - PESM, Ubatuba, SP

06/54292-9 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em

uma microbacia de primeira ordem com cobertura de pastagem no litoral norte do

Estado de São Paulo

Page 194: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

194

08/08344-2 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo:

comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família

Myrtaceae

08/08346-5 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo:

comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família

Myrtaceae

99/06902-7 Mapeamento das áreas suscetíveis a prática agroecológica no Núcleo

Picinguaba (Parque Estadual da Serra do Mar), através do geoprocessamento

como subsídio a atividades econômicas sustentáveis

00/00011-2 Ecologia da polinização de duas espécies de bromélias de Mata

Atlântica no Estado de São Paulo

96/08000-2 Fenologia de vegetação de duna da praia da fazenda, Parque Estadual

da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP

96/06757-9 Morfo-anatomia de espécies de Marantaceae do Núcleo Picinguaba,

Parque Estadual da Serra do Mar - Ubatuba - SP

97/11592-1 Proposta de um plano de educação ambiental com ênfase na questão

dos resíduos sólidos, para a comunidade caiçara do bairro de camburi, localizado

no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba..

10/51494-5 Biologia reprodutiva e polinização de espécies de Melastomataceae em

duas áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil

94/03387-0 Ecologia do tiê-sangue Ramphocelus bresilius (aves, Thraupidae) no

Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP

07/57284-0 Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de

Mata Atlântica no Nordeste do Estado de São Paulo

08/52279-0 Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com

cobertura florestal no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

06/57135-1 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila

Densa nos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar

06/57790-0 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila

Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do

Mar, Estado de São Paulo, Brasil

06/60183-8 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila

Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do

Mar, Estado de São Paulo, Brasil

09/15175-5 Ciclagem do fósforo em Floresta Ombrófila Densa dos núcleos de

Picinguaba e Santa Virginia -SP

Page 195: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

195

Os descritivos delas estão no anexo 5.

7.8.8. Projetos socioambientais

“Manejo Florestal Comunitário da Juçara e Cambuci”

O projeto “Manejo Florestal Comunitário da Juçara e Cambuci”, consiste na continuidade das

experiências desenvolvidas pelo Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica - IPEMA e

uma rede de parcerias com objetivo de fortalecer os arranjos produtivos da sociobiodiversidade na

Mata Atlântica, por meio da promoção do manejo sustentável da palmeira juçara e outras espécies

nativas (MANEJO COMUNITÁRIO DA JUÇARA E DO CAMBUCI, s/d).

O projeto está sendo realizado na Comunidade Tradicional Caiçara do Sertão do

Ubatumirim. A comunidade tem seu território em sobreposição com áreas de interior e entorno de

duas Unidades de Conservação (UC) de Proteção Integral: o Parque Estadual Serra do Mar (PESM)

e o Parque Nacional da Serra Bocaína (PNSB). A maior produção de banana e mandioca do

município vem desta comunidade, sendo também área onde está concentrado o maior estoque da

palmeira juçara e de cambuci, mantido devido ao uso tradicional dos recursos do território. Além da

preservação dos estoques existentes destas duas espécies, o plantio visando o manejo sustentável

tem contribuído na geração de renda e permanência desta população em seu território (MANEJO

COMUNITÁRIO DA JUÇARA E DO CAMBUCI, s/d).

A consolidação da cadeia produtiva da polpa de juçara (Euterpe edulis) e do Cambuci

(Campomanesia phae), aliada ao repovoamento e conservação destas espécies, ambas ameaçadas

de extinção, assim como de outras espécies nativas e de uso tradicional, irá contribuir para

promover o manejo sustentável do Bioma, fortalecendo a organização social e produtiva de uma

comunidade tradicional (MANEJO COMUNITÁRIO DA JUÇARA E DO CAMBUCI, s/d).

Vale ainda ressaltar, que essa forma de extrativismo só ocorre no interior da UC, devido ao

zoneamento específico que permite o uso de recursos naturais no interior do Parque através da

Zona Histórico-Cultural Antropológica, prevista no Plano de Manejo.

7.8.9. Atrativos

O Núcleo Picinguaba conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras

e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:

Page 196: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

196

Trilha do Picadão da Barra

Passeio de barco ou caminhada passando pela praia e restinga chegando ao manguezal, na

barra dos Rios Fazenda e Picinguaba.

Percurso: 2.500 metros

Tempo estimado: 02h30min

Nível de dificuldade: fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)

Trilha do Corisco/Rasa/Jatobá

Percurso que pode ser efetuado em vários trechos a partir da Casa de Farinha e alcançando

o Pico do Cuscuzeiro a 1.240 metros de altitude com mirante para Ubatuba e Paraty. A área onde

se localiza a Trilha do Jatobá era uma fazenda, onde havia a produção de açúcar, álcool, farinha.

Atualmente, o local é o bairro Sertão da Fazenda, que abriga a comunidade do Quilombo da

Fazenda. A visitação inclui o contato com a comunidade quilombola, roda de conversa, a visita à

Casa de Farinha, à roda d´água construída por imigrantes italianos (patrimônio histórico-cultural do

final do século XIX) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 20.000 metros

Tempo estimado: xxhxxmin

Nível de dificuldade: xxxxxxxxxxx

Trilha do Cubatão

A trilha por entre a planície e a mata de encosta, com culturas de subsistência e poço

natural do Rio Picinguaba. Atualmente a trilha está desativada.

Percurso: 3.300 metros

Tempo estimado: xxhxxmin

Nível de dificuldade: xxxx

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

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Trilha do Camburi/Trindade

A trilha atravessa a divisa entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ) interligando duas vilas caiçaras,

por entre mirantes, brejos e tocas em mata costeira, trechos em costão rochoso e trechos do

Parque Nacional da Serra da Bocaina, com pontos mais altos que atingem 300m de altitude.

É recomendável roupa de banho por baixo da roupa, protetor solar e repelente e obrigatório

o uso de calça comprida até o pé e tênis/sapato fechado. Há também necessidade de transporte

para o retorno (condição própria).

Percurso: 6.000 metros

Tempo estimado: 04h30min

Nível de dificuldade: difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)

Trilha da Toca da Josefa

Atividade de turismo de aventura em caminho acidentado até chegar à toca a 850 metros

de altitude, na Toca da Josefa, com lindo mirante para o Cambury, passando por cachoeiras e

remansos em meio à floresta. Boas possibilidades de avistamento de aves e mamíferos silvestres.

A toca foi utilizada por uma escrava chamada Josefa, que fugiu de Fazenda e se refugiou no

local, dando origem à história do quilombo do Cambury.

Percurso: 4.500 metros

Tempo estimado: 00h00min

Nível de dificuldade: moderado

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)

Trilha Cunha - Puruba

Travessia interligando o Planalto, as Encostas e a Planície Litorânea no Núcleo Picinguaba.

Atualmente, a trilha não está cadastrada nos atrativos da Unidade, sendo realizada somente para

fim de fiscalização.

A trilha inicia no Núcleo Cunha, percorrendo trechos de mata de altitude e fazendo ligação

com o Núcleo Picinguaba. Esse trecho é um dos mais importantes do PESM, refúgio de grandes

primatas, felinos e várias outras espécies, onde se pode encontrar vários vestígios e pegadas

desses animais.

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198

Percurso: 24.000 metros

Tempo estimado: 00h00min

Nível de dificuldade: difícil

Fonte: (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013)

Trilha dos Três Poços

A trilha indica ter sido um caminho primitivo para o transporte de madeira e carvão

anteriormente à construção da BR 101. Percorre trechos de Mata Atlântica bem preservada, às

margens do Rio do Cedro que apresenta três quedas d´água , a Cachoeira dos Poços, que formam

poços cristalinos propícios para banho. Além disso, o trajeto abrange o interior da comunidade

Quilombola com possibilidade de aquisição de artesanato local e a Praia Brava do Camburi, com

ondas fortes e grande beleza cênica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 2.912 metros

Tempo estimado: 04h00min

Nível de dificuldade: fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha Brava do Camburi - surfistas

O traçado da trilha Brava do Camburi Surfistas sai da rodovia BR 101, no Km 04, na beira da

estrada, onde há acesso para a praia. Esse caminho é utilizado pelos surfistas que descem a pé até

a praia. Não há elementos históricos associados a esse caminho e pode-se relacioná-lo ao período

posterior à construção da estrada, que data da década de 1970 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Já a Praia Brava do Camburi, com ondas fortes e grande beleza cênica, faz parte do antigo

percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba e outras praias sucessivamente

até se chegar a Ubatuba. O caminho era utilizado para trocas mercantis e atividades culturais; era o

principal acesso ao Camburi antes da construção da estrada BR 101 (1971) (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Percurso: 996 metros

Tempo estimado: 00h30min

Nível de dificuldade: fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

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199

Trilha Brava do Camburi – via Camburi

Trilha histórica anterior à construção da estrada BR 101. Acredita-se que o percurso data de

mais de 100 anos e era utilizado para comércio de produtos como peixes, bananas e farinha, além

de atividades culturais como a Festa de Reis (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

A trilha passa por mata costeira e praia Grossa alcançando a vila caiçara e quilombola que

mantém atividades de uma casa de farinha artesanal, pesca e passeios de barco. Por fim, chega-se

na Praia Brava do Camburi, que possui ondas fortes e grande beleza cênica e faz parte do antigo

percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba e outras praias sucessivamente

até se chegar a Ubatuba (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 3.062 metros

Tempo estimado: 01h30min

Nível de dificuldade: fácil a moderado

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha Brava da Almada

A trilha da Brava da Almada era usada pela comunidade tradicional para atividades

mercantis, como a venda de peixe, farinha, marisco, etc., entre a Almada e Picinguaba. A trilha

inicia no costão rochoso da praia da Fazenda e percorre trechos de mata de encosta e da praia das

Conchas até atingir a praia dos pescadores (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 6.596 metros

Tempo estimado: 05h00min

Nível de dificuldade: moderado

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha Lago do Cambucá

A área era uma antiga fazenda que foi desapropriada com a implantação do Parque

Estadual Serra do Mar. No local está situado o Centro de Observação de Aves, possui um grande

lago com beleza paisagística excepcional, onde são avistadas e registradas as paradas de aves

migratórias (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 1.526 metros

Tempo estimado: 01h30min

Page 200: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

200

Nível de dificuldade: fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)

Trilha do Pico do Corcovado - Picinguaba

A Trilha do Corcovado é compartilhada entre os Núcleos Santa Virgínia e Picinguaba.

Partindo do Bairro da Vargem Grande (município de Natividade da Serra) tem seu traçado bem

suave acompanhando o rio e sua transição do relevo de morro para os contrafortes da serra do

mar. A Pedra do Corcovado com altitude de 1.168 metros é o grande atrativo, de onde se avista

toda a baía de Ubatuba e a encosta da Serra do Mar. No caminho também há poços para banho

(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

O traçado da Trilha é bastante antigo, sendo um caminho histórico usado para duas

finalidades: acesso entre o local onde hoje se localiza o Bairro do Corcovado no Sertão da Praia

Dura em Ubatuba e a região de Vargem Grande em Natividade da Serra para realização de trocas

mercantis (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 11.120 metros

Tempo estimado: 12h00min

Nível de dificuldade: muito difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)

Outros pontos de interesse

Praia da Fazenda

Praia plana e de águas mansas, ideal para ir com crianças e para caminhar. A Praia da

Fazenda faz parte do antigo percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba e

outras praias sucessivamente até se chegar a Ubatuba. O caminho era utilizado para trocas

mercantis e atividades socioculturais; era o principal acesso entre Picinguaba e Almada antes da

construção da estrada BR 101 (1971) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).

Praia de Picinguaba

Vila de pescadores situada em uma pequena e calma baía (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).

Page 201: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

201

Praia Brava da Almada

Vila de pescadores situada em uma pequena e calma baía. A Praia Brava da Almada está

posicionada à margem do antigo percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba

e outras praias sucessivamente até se chegar a Ubatuba. O caminho era utilizado para trocas

mercantis e atividades socioculturais; era o principal acesso entre Picinguaba e Almada antes da

construção da estrada BR 101 (1971) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).

Praia e Vila de Cambury

Vila caiçara e quilombola, que mantém casa de farinha artesanal, pesca de cerco e passeios

de barco (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).

Casa de Farinha

Movida à roda d´água, estruturas que, junto com o moinho de fubá foram recuperadas das

ruínas de uma antiga fábrica de açúcar e álcool, construída por italianos no início do século

passado. Está localizada no Sertão da Fazenda (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).

Aldeia Boa Vista

Terra indígena demarcada pela FUNAI, em sobreposição ao Parque (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, s/d(f)).

Vila de Picinguaba

Antiga aldeia de pescadores tombada como patrimônio histórico e cultural em 1983, de

onde se pode sair para passeios de barco (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).

Sítios arqueológicos

Rochas á beira-mar com registros que atestam a ocupação humana há mais de 6 mil anos

(FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).

Page 202: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

202

Quilombo de Cambury

60% do bairro foi reconhecido como quilombo, onde é possível conhecer os projetos

comunitários e roteiros especiais de visita (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).

7.8.10. Informações gerais sobre o Núcleo

Dados gerais

Área 47.900 hectares

Bioma Mata Atlântica

Município da sede Ubatuba

Municípios Abrangidos Ubatuba

Endereço da sede Rodovia BR 101 km 08, Bairro de Picinguaba, CP 157, CEP: 11.680-000,

Ubatuba/SP

Escritório urbano

Bases e outras funções

Telefones (12) 3832-1397 / (12) 3833-6552 / (12) 3832-9011

Sinal de celular da sede

Sinal de celular da base

E-mail da UC [email protected]

Nome do Gestor Danilo Santos da Silva

Esportes Radicais Não

Capacidade de hospedagem 44 leitos

Valor da hospedagem na UC R$ 17,00/pessoa

Centro de visitantes 120 Praia da Fazenda e 50 Base Centro

Capacidade do auditório 120 pessoas

Capacidade do refeitório 80 pessoas

Lanchonete Sim, terceirizada Quilombo Fazenda

Quiosques pic nic Não

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Camping na UC Caracol, Praia da Fazenda, posse particular; Ipê, Cambury, posse

particular.

Facilidades no entorno imediato

3 pousadas na Vila de Picinguaba, 2 restaurantes; 3 pousadas e 6

restaurantes no entorno (Almada e Ubatumirim); rodovia asfaltada, ônibus

diversos horários

Tipo de Acesso Asfalto

Distância de SP 270 km

Distância cidade mais

próxima(s) 40km centro Ubatuba e 30km centro de Paraty

Cobrança de Ingresso e valor

Valor geral: R$ 6.

Isentos de pagamentos: Menores de 12 e maiores de 60 anos de idade;

Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; Escolas públicas de

primeiro e segundo graus e ensino técnico em visita com finalidade

educativa, autorizado pela Unidade; Frequentadores rotineiros e moradores

do entorno, mediante apresentação de comprovante de residência, e/ou

cadastro autorizado pelo responsável da Unidade; Cobrança de meia

entrada: Estudantes legalmente identificados; Professores da rede pública

estadual e das redes municipais de ensino.

Amplitude Altitudinal Cota zero a 1260m de altitude

Amplitude de Temperaturas 15° a 35° C

Bases e outras funções

Base Cambucá

Endereço

Telefone

Capacidade de hospedagem

Base de Uso Público

Endereço

Telefone

Capacidade de hospedagem

Base de Uso Público

Endereço

Telefone

Área

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Mais Informações

Sede Administrativa

Dias e horário de

funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.

Telefones para informação (12) 3845-1155 / (12) 3833 – 6552

E-mail [email protected]

Endereço Rodovia BR 101 – Km 08 – Picinguaba - Ubatuba/SP

Centro de Visitantes

Dias e horário de

funcionamento Diariamente das 8h às 17h.

Telefones para informação: (12) 99707-2426 / (12) 3833-6552.

Para realização de trilhas no parque é necessário agendamento prévio.

Agendamento [email protected]

Endereço Rodovia BR, nº101, km 11 – Picinguaba – Ubatuba / SP

Escritório Regional

Dias e horário de

funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.

Telefones para informação (12) 3832-1397 / (12) 3832-6552

E-mail [email protected]

Endereço Rua Dr. Esteves da Silva, n º 510 – Centro – Ubatuba / SP – CEP: 11680-

000

Normas de Visitação e Segurança do PESM

É obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota) e calça comprida até os pés para a realização de todas

as trilhas. No caso do passeio fluvial é permitido o uso de roupas mais leves, como chinelos e bermudas,

porém é obrigatório o uso de coletes salva vidas, que são fornecidos pelo parque.

É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;

É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;

É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;

É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro

produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.

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Devido às condições climáticas, todas as atividades podem sofrer alterações sem aviso prévio.

A maioria das atividades requer meio de transporte como van, ônibus, etc. Fique atendo ao agendar com o

transporte a Km a ser percorrida para acessar os locais a serem visitados, conforme previsto e sua

programação (o parque não dispõe de veículos para apoiar ao visitante).

Recomenda-se a saída para as atividades pela manhã, podendo ser feita a partir das 08h, com término às

17h, podendo se estender até às 18h no horário de verão.

O número máximo de visitantes por trilha foi definido visando à segurança do visitante, a qualidade da

vivência na trilha e a redução dos impactos ambientais. Desta forma, o Núcleo Picinguaba não permitirá a

entrada de pessoas acima da capacidade estabelecida por trilha.

Nenhuma trilha deve ser percorrida no Núcleo Picinguaba sem o acompanhamento de monitor cadastrado.

Itens como repelente, protetor solar e capa de chuva são fundamentais para uma visita agradável ao Parque.

Sugere-se que o visitante traga lanche, cantil ou garrafa para água, lanterna, roupa extra e, em caso de

alérgicos, medicamentos pessoais.

Normas para as trilhas

Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;

Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da

trilha;

Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;

Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se

camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;

Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,

não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;

Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;

Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a

permanência, deverá ser trazido de volta.

Os serviços realizados em parceria com as comunidades locais devem ser remunerados em dinheiro

diretamente aos prestadores cadastrados.

Sem autorização prévia é proibida qualquer tipo de coleta – animal, vegetal e mineral, mesmo que apenas

partes deles (sementes, flores, galhos, folhas, frutos, conchas, carapaças, etc.) com ou sem vida. Para

grupos que tenham interesse em realizar coleta / manipulação, enviar ofício incluindo projeto de pesquisa

(disciplina, justificativa, projeto de trabalho, objetivos da coleta, área de coleta, quantidade de exemplares)

para solicitar autorização a esta administração. O responsável pela atividade deve portar a autorização no ato

de sua visita a Unidade.

Ônibus e/ou vans necessitam de uma senha expedida pela COMTUR (Companhia de Turismo de Ubatuba)

para circularem no município de Ubatuba. Informações no telefone (12) 3833-9887.

Enviar relatórios, apostilas, resumos e/ou resultados obtidos referentes às atividades realizadas no Núcleo

Picinguaba.

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Símbolo

7.9. Núcleo Santa Virgínia

7.9.1. História

O Núcleo Santa Virgínia foi criado em 02 de maio de 1989 através das desapropriações das

antigas fazendas Ponte Alta e Santa Virgínia, cujo nome foi mantido durante a criação do núcleo

(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 17.500 mil estão localizados

no Núcleo Santa Virgínia, incluindo os municípios de São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra,

Cunha, Ubatuba e Caraguatatuba, em uma região denominada Vale do Paraíba (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

O maior atributo do núcleo é proteger parte da maior porção de florestas intactas do Vale

do Paraíba. A vegetação denominada Mata Atlântica é composta por Floresta Ombrófila Densa

Montana e Floresta Ombrófila Alto Montana, onde ainda existem várias espécies da flora e da fauna

ameaçadas de extinção. Além disso, o relevo acidentado da região favorece a formação de

cachoeiras, tornando- o Núcleo o principal atrativo natural das cidades de São Luiz do Paraitinga e

de Natividade da Serra (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Vale do Paraíba

O Vale do Paraíba é uma região socioeconômica que abrange cidades do estado de São Paulo e

Rio de Janeiro. Recebe esse nome, pois é cortado pela Bacia do Rio Paraíba do Sul, que fornece

água para ambos os estados.

A região também tem uma enorme importância histórica. A colonização do Brasil passa pelo Vale

do Paraíba, onde nasceram as principais bandeiras compostas por exploradores que saiam desta

região em busca de novas terras, índios, pedras preciosas e ouro. O Vale do Paraíba foi, no

passado, a região mais rica do país em função do ciclo do café, gerando muita riqueza e

prosperidade, principalmente com a fundação de vários municípios importantes no cenário

nacional como Bananal, Guaratinguetá, São José dos Campos, Taubaté, Aparecida do Norte e

Jacareí, entre outros. Com o declínio do café, o Vale foi tomado pela pecuária de leite, que até os

anos de 1970, foi conhecido como a maior bacia leiteira do Brasil. Tanto o café, quanto a pecuária

leiteira, gerou um passivo ambiental muito grande na região, restando apenas algumas áreas com

cobertura florestal nativa, distribuídas nas encostas da Serra da Mantiqueira, Serra do Mar e Serra

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da Bocaina (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

São Luís do Paraitinga

As primeiras sesmarias nos sertões do Rio Paraitinga foram concedidas em 1688, mas somente no

século seguinte ocorreu a fundação do povoado, que deu origem ao município de São Luís do

Paraitinga. O centro surgiu como entreposto de tropeiros e sua primeira atividade econômica foi a

agricultura de subsistência: feijão, mandioca, milho e cana-de-açúcar.

Em meados do século XVIII, moradores locais, por meio do sargento mor Manoel Antônio de

Carvalho (considerado seu fundador) conseguiram, do governador D. Luís Antônio Mourão, licença

para fundar a nova povoação, que recebeu o nome de São Luís e Santo Antônio do Paraitinga, nas

terras de Taubaté. A capela existente, construída em louvor a Nossa Senhora dos Prazeres, mudou

depois para São Luís. Em 2 de maio de 1769, criou-se a freguesia de São Luís do Paraitinga na vila

de Taubaté. Tornou-se vila em 9 de janeiro de 1773, e recebeu foros de cidade em 30 de abril de

1857 (BATISTELLA, 2012).

A economia do município permaneceu, durante um longo período, restrita à cultura de cereais, até

que se iniciassem as plantações de café e algodão. No século XX, mais precisamente a partir da

década de 30, a pecuária leiteira começou a se sobressair, tornando-se a principal atividade

econômica, ao lado da agricultura de subsistência, que voltou a ganhar importância com a queda

da produção cafeeira (BATISTELLA, 2012).

A cidade abriga o maior conjunto arquitetônico tombado do Estado de São Paulo e é famosa pelo

intenso calendário cultural, tais como a Festa do Divino, a Folia de Reis, o carnaval, as congadas e

os festivais de marchinhas, músicas juninas, da cachaça, gastronômico e pelas manifestações do

tradicional modo de vida caipira (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)).

Em 2010, a cidade foi devastada por uma enchente. Com o grande volume de chuvas, o Rio

Piraitinga subiu cerca de 12 m, derrubando grande parte da cidade e provocando o maior desastre

da região (PREFEITURA MUNICIPAL E SÃO LUIZ DO PARAITINGA, s/d).

Esta catástrofe promoveu uma reflexão do governo Estadual ao qual vem criando vários projetos,

como: pagamento por serviços ambientais, proteção das nascentes, manejo sustentável da

pastagem e certificação orgânica e restauração florestal. Varias iniciativas da sociedade civil

também estão sendo desenvolvidas no sentido de recuperar a paisagem, promovendo o

desenvolvimento da agricultura orgânica, restauração florestal, diagnósticos participativas,

mapeamento e planejamento de micro bacias hidrográficas e o manejo sustentável do palmito

Juçara para fabricação de polpa.

Natividade da Serra: história e economia

Em 1853, o Coronel José Lopes Figueira de Toledo fundou a capela do Rio do Peixe. Em 24 de

abril de 1858, foi criada a freguesia pertencente ao município de Paraibuna, com a denominação

de Natividade de Nossa Senhora do Rio do Peixe. Em 18 de abril de 1863, tornou-se vila com o

nome de Vila da Natividade. Em 3 de julho de 1934, foi reconduzida à categoria de distrito,

incorporado ao município de Paraibuna. Obteve autonomia político-administrativa em 5 de julho

de 1935 e, em 30 de novembro de 1944, recebeu sua atual denominação (BATISTELLA, 2012).

Em Natividade da Serra havia muitos escravos, que foram levados pelo fundador da cidade,

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Coronel José Lopes Figueira de Toledo. O maior número de escravos trabalhava no bairro do

Porto, hoje propriedade da família de Norberto Jacinto. A produção das fazendas do município era

de cana de açúcar, feijão, milho, arroz, na época tinha muito engenhos que fabricavam rapadura,

pois, não existia açúcar. Por volta de 1870 começou a plantação de café, as fazendas que

plantavam café vendiam a produção nas grandes cidades da região e no século 19 começou a

exploração pecuária leiteira e gado de corte. Hoje a agricultura esta no índice baixo devido à

construção da represa Paraibuna/ Paraitinga. Atualmente é o plantio de eucalipto para utilização

na fabrica de celulose que vem se destacando (NATIVIDADE DA SERRA, 2008).

7.9.2. Patrimônio Cultural

No Núcleo Santa Virgínia, há diversos patrimônios culturais materiais. Na Trilha Pirapitinga,

ainda é possível visualizar antigos fornos de carvão de vegetal utilizados quando a área ainda

pertencia as Fazendas Ponte Alta e Santa Virgínia.

O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido

através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para

aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na

história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo,

utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a

retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar

sua estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por

parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com

finalidade de combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV, s/d).

Além dos fornos de carvão, há outros patrimônios que merecem destaque (GUIMARÃES,

2013):

1. Trilhas do Açúcar e do Café;

2. Antiga sede da Fazenda Ponte Alta;

3. Capela da Fazenda Ponte Alta;

4. Estrada Catuçaba - Alto da Serra;

5. Sítio arqueológico na estrada de Santa Virgínia;

6. Trechos de panos de calçamento de pedra;

7. Alicerces em pedra e vestígios dispersos por Catuçaba;

8. Evidências de estruturas de madeira e alvenaria de concreto no cruzamento da antiga

estrada para Catuçaba; e

9. Estruturas escavadas em encosta com cobertura de tijolos em abóboda na Trilha do

Ipiranga.

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7.9.3. Comunidades tradicionais

No Núcleo não há presença de comunidades tradicionais, como as índigenas, quilombolas

ou caiçaras. No entanto, em São Luiz do Paraitinga e Cunha há a presença de comunidades

caipiras.

Cultura caipira

Segundo Camara Cascudo – caipira seria uma corruptela de “caapora”, palavra de origem tupi que

significa “morador do mato”. Outras definições, mais recentes, consideram caipira, matuto ou

capiau, o homem ligado ao campo que possui uma identidade e cultura própria – o que de fato

era verdade, até meados do século 20, quando os meios de transporte e comunicação de massa

interferiram nos costumes locais e regionais, padronizando-os a partir de modelos urbanos.

A cultura caipira representa a adaptação do colonizador europeu ao Brasil e seu modo de ser,

pensar e agir no território brasileiro. O modo de vida caipira inclui o fogão a lenha, o café feito no

coador de pano, o leite quente ordenhado da vaca, biscoito de polvilho, pães de queijo, broas,

bolos de fubá, geleias e licores de frutas típicas (pequi e jenipapo) e, é claro, na famosa cachaça –

que se transformou numa espécie de bebida típica do Brasil.

Nas casas simples, todos têm direito a um “dedo de prosa” para ouvir um “causo”, passar as horas

na janela, sentar na soleira da porta, pitar um cigarro de palha. Até meados do século 20, essas

casas eram feitas de pau-a-pique – madeira trançada e barro batido – e cobertas de palha ou

sapé.

O caipira formou sua cultura através de uma mistura: herdou a religiosidade dos portugueses, a

familiaridade com o mato, a arte das ervas e o ritmo do bate-pé com os índios. A autêntica música

caipira, a “moda de viola”, retratava a vida do homem no campo, a lida na roça, o contato com a

natureza, a melancolia e a solidão do caboclo. Na literatura, o caipira é retratado por Monteiro

Lobato em seu personagem Jeca Tatu, do livro “Urupês”.

Fonte: BrasilCultura, 2010

7.9.4. Ecossistema

O núcleo Santa Virgínia está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como

ecossistemas vegetação formada por Floresta Ombrófila Densa Montana e Alto Montana; e Áreas

Reflorestadas com espécies exóticas. Sob a forma de mosaicos, onde 60% das áreas são compostas

por florestas primitivas ou poucas antropizadas, sendo o restante formado por campo limpo, campo

sujo, capoeira, capoeirão, floresta secundária e reflorestamento de Eucalyptus saligna (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

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7.9.5. Fauna e Flora

O núcleo apresenta uma grande diversidade de fauna e flora. As espécies da fauna

características do núcleo são: onça parda, lontra, muriqui, sagui-da-serra-escuro, cateto, queixada,

anta, paca e cutia (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Além delas, há a uma espécie endêmica e

ameaçada de extinção, o peixe Pirapitinga-do-Sul (Brycon opalinus), cujo habitat é as águas do Rio

Paraibuna.

Em relação à flora, o Núcleo Santa Virgínia é a área do Parque Estadual Serra do Mar com a

maior densidade de palmito. Além dele, outras espécies facilmente encontradas são: canela, cedro,

guatambu, canela parda, canela amarela, sassafraz, grumixama, guapuruvu e varias espécies de

bromélias, orquídeas e samambaias (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

ONÇA-PARDA (Puma concolor)

Os pumas são felinos de grande porte, seu tamanho pode chegar a 1,95 m e podem alcançar 70

kg. Possui coloração branca nas patas e em algumas regiões do peito e pescoço. Sua cauda é

comprida e fina, escurecendo gradativamente até chegar a uma ponta preta. Habita florestas

densas e bordas de florestas, mas também campos e cerrado, sempre próximo a regiões com

água em abundância. É encontrada em todo o Brasil. É um animal carnívoro e possui alimentação

bastante variada, desde pequenos vertebrados até os de médio porte, como veados e porcos. O

período de gestação é de aproximadamente 95 dias. As fêmeas têm de um a seis filhotes por

ninhada. Possui uma enorme importância na natureza, pois realiza controle populacional das

espécies de roedores e marsupiais, evitando que suas populações cresçam de forma descontrolada

(ICMBio, s/d). Vive solitário, é noturno e terrestre (ViaRondon, 2011).

PIRAPITINGA-DO-SUL (Brycon opalinus)

A Pirapitinga-do-Sul pertence a família Characidae. É um peixe de porte médio, endêmico da Bacia

do Rio Paraíba do Sul (NARAHARA et al., 2002). Caracteriza-se por possuir um corpo alongado,

escamas de tamanho médio e uma nadadeira anal relativamente longa. A boca possui três séries

de dentes em sua mandíbula superior, e uma série na inferior. Atinge um cumprimento máximo de

aproximadamente 30 cm. Alimenta-se de frutas caídas da floresta marginal, bem como de insetos

(CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAPETINGA, s/d).

Atualmente é uma espécie bastante rara e está incluída na lista de espécies de peixes brasileiras

ameaçadas de extinção. Os principais fatores que ameaçam a espécie são: desmatamento,

construção de hidrelétricas, poluição e introdução de espécies exóticas (NARAHARA et al., 2002).

PALMITO JUÇARA (Euterpe edulis Mart.)

O palmito juçara atinge até 25 m de comprimento. Seu tronco é reto e fino, com diâmetro de até

os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido, recoberto pelas bainhas das folhas

palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores pequenas de cor creme, polinizadas por

insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação ocorre de abril a novembro - fruto

carnoso, esférico e roxo-escuro.

A dispersão é realizada por animais, dentre eles várias espécies de aves e mamíferos, que utilizam

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seus frutos como recurso alimentar, por exemplo, o Tucano-de-bico-verde que é comumente

avistado nesta região se alimentando dos frutos dessas palmeiras. Pelo sabor e alto valor

comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as

plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse

incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção.

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

CANELA-GUAICÁ (Ocotea puberula (Rich.) Nees)

Nomes populares: Canela-guaicá, canela, canela-amarela, canela-babosa, canela-branca, canela-

coté, canela-de-corvo, canela-gosmenta, canela-guaiacá, canela-guiacá, canela-parda, canela-

pimenta, canela-pinha, canela-sebo, guaiacá, guaicá, inhumirim, louro, louro-abacate, louro-

bacato, louro-pimenta, louro-vermelho.

Comportando-se como espécie pioneira, ou seja, uma das primeiras espécies a inicializar o

processo de regeneração natural, chegando a dominar um determinado estágio da regeneração.

Todavia é mais adequadamente classificada como espécie secundária inicial, pois se encontra

presente também nas fases intermediárias e avançadas da sucessão secundária.

Espécie com ampla distribuição geográfica, ocorrendo do México até a Argentina, em diferentes

formações florestais. No Brasil, sua extensão de ocorrência é de 6.897.181,724km2, com uma área

de ocupação de 1.736km².

O estado de conservação desta espécie, segundo a lista das espécies ameaçadas de extinção

(IUCN, 2011) é de baixo risco (LR). Na lista oficial do Estado de São Paulo, não se encontra em

nenhuma categoria de ameaça.

Árvore perenifólia (sempre verde), de 10 a 15m de altura e 20 a 60cm de diâmetro, podendo

atingir até 25m de altura e 90cm de diâmetro na fase adulta. Floresce de janeiro a novembro,

sendo as flores desta espécie visitadas por diversos insetos pequenos como abelhas, formigas,

vespas, mariposas, borboletas, moscas, mosquitos e percevejos, dentre outros; mas o inseto

frequentemente observado polinizando suas flores é a abelha.

Frutifica de maio a fevereiro. Seus frutos são muito apreciados pelas aves, que são atraídas pela

coloração vermelha da cúpula que envolve a semente. Produzem anualmente grande quantidade

de sementes que são amplamente disseminadas pela avifauna, seus principais dispersores.

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

LONTRA (Lontra longicaudis)

As lontras são animais de médio porte. Atingem de 53,0 cm 80,0 cm de comprimento. Possuem

corpo alongado, com uma pelagem densa formada por uma camada interna de pelos mais finos e

macios e outra externa de pelos mais longos e rígidos, com uma coloração predominantemente

marrom e na região da garganta um pouco mais clara. Possuem uma longa cauda, que utiliza de

leme quando estão na água. São animais solitários e com hábitos predominantemente diurnos,

porém podem ser vistos durante a noite. São semiaquáticos, abrigando-se em tocas feitas por eles

as margens dos rios. Alimentam-se de peixes, crustáceos, moluscos e ocasionalmente de

mamíferos e aves. Distribuem-se do México ao Uruguai. No Brasil habitam quase todo território

nacional, onde as condições dos corpos d’água são propicias para a espécie (ViaRondon, 2011).

CATETO (Tayassu tajacu)

O cateto é considerado uma espécie guarda-chuva e cinegética da Mata Atlântica. Também

conhecido como porco do mato, mede de 82 a 100 cm de comprimento total e pesa entre 17 e 30

kg. Seus pêlos são longos e grossos, a coloração geral é preto-acinzentada com reflexos

esbranquiçados, por terem as pontas dos pêlos brancas; o filhote é mais claro que o adulto. A

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fêmea tem 4 pares de mamas, mas apenas 2 são funcionais. Alimenta-se principalmente de frutos

silvestres caídos no chão, folhas, brotos, talos, raízes, pequenos animais vertebrados, como rãs,

ratos e cobras pequenas e invertebrados como minhocas, larvas etc. Tem hábito diurno e

crepuscular. Chega a viver até 20 anos. Só ocorrem em áreas bem preservadas de florestas e de

relativa extensão. O cateto assim como o queixada, são os únicos representantes de porcos do

mato brasileiros.

Por ser um animal de médio porte torna-se alvo fácil dos caçadores e está desaparecendo em

muitos lugares. Os desmatamentos vêm reduzindo seu hábitat o que causa escassez de alimento e

conseqüentemente o extermínio da espécie. O hábitat reduzido também facilita a ação dos

caçadores, já que eles não têm para onde fugir ou se esconder. A espécie está ficando rara.

Fonte: INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d (c)

Lista das principais espécies da fauna e flora

FAUNA:

- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.

Inhambu-Chintã (Crypturellus tataupa)

Jacutinga (Aburria jacutinga)

Tauató-Pintado (Accipiter poliogaster)

Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)

Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)

Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)

Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)

Murucututu-De-Barriga-Amarela (Pulsatrix koeniswaldiana)

Falcão-Relógio (Micrastur semitorquatus)

Apuim-De-Costas-Pretas (Touit melanonotus)

Choquinha-De-Asa-Ferrugem (Dysithamnus xanthopterus)

Papo-Branco (Biatas nigropectus)

Trovoada-De-Bertoni (Drymophila rubricollis)

Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri)

Tapaculo-Pintado (Psilorhamphus guttatus)

Fruxu (Neopelma chrysolophum)

Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)

Chibante (Laniisoma elegans)

Tropeiro-Da-Serra (Lipaugus lanioides)

Corocoxó (Carpornis cucullata)

Borboletinha-Do-Mato (Phylloscartes ventralis)

Olho-Falso (Hemitriccus diops)

Maria-Preta-De-Bico-Azulado (Knipolegus cyanirostris)

Catirumbava (Orthogonys chloricterus)

Pixoxó (Sporophila frontalis)

Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris)

Cais-Cais (Euphonia chalybea)

Fonte: SCHUNCK, 2015

Page 213: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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- MAMÍFEROS

Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771))

Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818))

Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (É. Geoffroy, 1806))

Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))

Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita (É. Geoffroy, 1812))

Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758))

Queixada (Tayassu pecari (Linnaeus, 1795))

Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758))

Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))

Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

- ANFÍBIOS E RÉPTEIS

● Sapinho-pingo-douro (Brachycephalus sp.)

● Brachycephalus vertebralis

● Bufo ictericus

● Cycloramphus boraceiensis

● Sapinho-de-brómelia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)

● Eleutherodactylus binotatus

● Eleutherodactylus bolbodactylus

● Eleutherodactylus guentheri

● Eleutherodactylus parvus

● Erythrolamprus aesculapii

● Hyla albosignata

● Hyla hylax

● hyla minuta

● Hyla sp. (listrada)

● Hylodes asper

● Hylodes phyllodes

● Physalaemus sp.

● Scinax sp. (gr. perpusillus)

● Scinax sp. (gr.rizibilis)

Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d

FLORA:

● Palmito-juçara (Euterpe edulis)

● Samambaiaçus (Dicksonia sellowiana Hook. e Nephelea sternbergii (Sternb.) R.M.

Tryon)

● Canjerana (Cabralea canjerana (Vell.) Mart.)

● Maria-mole (Dendropanax cuneatum (DC.) Decne & Planch.)

● Jatobá (Hymenaea courbaril L.)

● Araçarana (Psidium cattleyanum Sabine)

● Figueira (Ficus insipida Willd.)

● Canela (Ocotea puberula (Rich.) Nees.)

● Cedro (Cedrela fissilis Vell.)

● Guatambu (Aspidosperma olivaceum Müll. Arg.)

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● Canela noz-moscada (Cryptocarya moschata Nees.)

● Canela-sassafrás (Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer)

● Grumixama (Eugenia brasiliensis Lam.)

● Caeté (Heliconia sp.)

● Guaricanga (Geonoma elegans Mart.)

● Tapiá (Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg.),

● Guapuruvú (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake),

● Quaresmeira (Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.)

● Brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott.) Burret.)

● Embaúbas (Cecropia pachystachya Trécul)

● Bromélia (Nidularium sp.)

● Orquídeas

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

7.9.6. Serviços Ecossistêmicos

O Núcleo Santa Virginia presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do

entorno:

● Regulação da qualidade do ar;

● Proteção dos morros e encostas;

● Proteção dos solos;

● Polinização;

● Bem-estar, lazer e turismo;

● Recursos hídricos.

Um importante papel exercido pela Mata Atlântica é a proteção do solo e de encostas das

serras contra deslizamentos provocados por eventos climáticos extremos. Um estudo de caso

realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, que fez uma análise das regiões mais atingidas pelas

enchentes de 2011, demonstrou que apenas 8% dos deslizamentos ocorreram em áreas de

vegetação nativa bem conservada, ou seja, pouco antropizadas (MMA, 2014a).

Em 2010, a cidade de São Luiz de Paraitinga foi devastada por uma grande enchente. Com

o excesso de chuvas na região, o Rio Paraitinga subiu 12 acima do normal, inundando grande parte

da cidade, provocando enormes danos. Centenas de pessoas ficaram desalojadas e grande parte do

patrimônio desabou. O que aconteceu na região foi uma somatória de fatores. Um deles é a

ocupação desordenada da região, que teve início na segunda metade do século XVIII (BERGAMO,

2010).

O desenvolvimento dos diferentes ciclos das monoculturas do café, do gado e do eucalipto e

outras formas culturais predatórias do meio ambiente rural como o uso intensivo das várzeas para

as produções de alimentos impactaram negativamente o meio ambiente com a destruição intensa

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da vegetação nativa e de matas ciliares, além do intenso pisoteamento do solo pelo gado,

provocando uma maior impermeabilização (ALVES et al., 2011).

Esses fatores ocasionaram processos erosivos e assoreamentos de córregos e rios à

montante da cidade de São Luiz do Paraitinga e mesmo na sua área urbana, o que tem provocado

um número cada vez maior de enchentes na região (ALVES et al., 2011). Apenas em 2009, o rio

Paraitinga transbordou seis vezes (BERGAMO, 2010). Assim fica claro o papel o papel da vegetação

na proteção do solo e das encostas.

Vale ressaltar que além das agressões do homem, há também fatores naturais cíclicos, que

estão relacionadas com a própria história de formação geográfica da Serra do Mar e da Serra da

Mantiqueira, que envolveram os seus levantamentos pela separação das placas tecnônicas que

uniam a América do Sul à África e os deslizamentos naturais das encostas, etc. (ALVES et al.,

2011).

Além dessa proteção, as florestas preservadas do Núcleo Santa Virgínia preservam também

importantes mananciais para o abastecimento de água das cidades do Vale do Paraíba e até mesmo

do Rio de Janeiro. O núcleo é percorrido diversos rios como Rio Paraibuna, Rio Ipiranga, Ribeirão

Grande, Palmital, Rio da Anta, Rio dos Martins. Eles pertencem a Bacia do Rio Paraíba do Sul

(ALVES et al., 2011).

O Rio Paraibuna é considerado “Berço do Rio Paraíba do Sul”, pois juntamente com o Rio

Piraitinga, dão origem ao Rio Paraíba (PREFEITURA DE PARAIBUNA, s/d). A bacia do rio Paraíba do

Sul, porção do Estado de São Paulo, constitui-se como grande produtor dos serviços ambientais

para os três estados – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Denominado como rio Federal, é o

principal curso d’água da região, abastecendo cerca 12 milhões de pessoas entre os estados de São

Paulo e Rio de Janeiro e fornecendo água para 86% da população do município de Rio de Janeiro e

Baixada Fluminense (FUNDAÇÃO FLORESTAL,2013).

7.9.7. Pesquisas

Atualmente o Núcleo Santa Virgínia é reconhecido mundialmente por abrigar importantes

pesquisas realizadas por universidades Federais, Estaduais, Municipais, Instituição de Ensino,

Institutos de Pesquisas, EMBRAPA, etc.

Por possuir um mosaico de vegetação nativa em vários estágios sucessionais no Bioma Mata

Atlântica e, além de estar situado no Planalto Paraibuna/ Paraitinga em altitudes que variam entre

860 a 1.700 metros, a UC ainda guarda grande diversidade biológica da fauna e flora silvestre,

apresentando significativo numero de espécies endêmicas e ameaçadas. Após 25 anos de existência

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216

o Núcleo apresenta diversos projetos de pesquisas já realizados e em andamento, produzindo um

volume respeitado de publicações acadêmicas, artigos científicos, dissertações e teses.

Algumas pesquisas com bolsa Fapesp realizadas no Núcleo foram:

11/15892-9 "Estrutura e diversidade da família Lauraceae na Mata Atlântica do Parque

Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil"

03/12595-7 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrofila Densa

dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque

13/24929-9 Comunidade de aves como indicadora da qualidade florestal

12/03554-4 Estudo da biomassa radicular em uma área de pastagem em regeneração

natural no Parque Estadual da Serra do Mar- Núcleo Santa Virgínia

08/57174-2 Ciclagem de carbono, nitrogênio e enxofre na serapilheira em Floresta

Ombrófila Densa sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no Estado de

São Paulo

07/52482-8 Ciclagem de carbono, nitrogênio e nutrientes de solo em Floresta Ombrófila

Densa do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo

01/06023-5 Distribuição da comunidade de palmeiras no gradiente altitudinal da Floresta

Atlântica na região Nordeste do estado de São Paulo

06/55136-0 Processos hidrológicos e transporte de nitrogênio em bacias com cobertura de

floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo

92/04627-0 Avaliação diagnóstica da vegetação no Núcleo Santa Virgínia, como subsídio a

elaboração de modelos de reflorestamento

03/09052-1 Biologia alimentar e reprodutiva da piratininga do sul, Brycon cf. opalinus

(Cuvier, 1819) e a diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra

do Mar

10/50811-7 Composição florística e estrutura da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos

Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil

11/50384-4 O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em florestas ombrófilas

densas de terras baixas e montana situadas nos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia do

Parque Estadual da Serra do Mar

12/50425-5 Características florais e reprodutivas de espécies de Melastomataceae em um

gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil

13/19377-7 A efetividade do maior corredor de mata atlântica em manter conectadas

populações de mamíferos de grande porte, como a Anta (Tapirus terrestris)

Page 217: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

217

05/53955-1 Os gêneros physcia (schreber) Michaux e pyxine fries (ascomicetes

liquenizados, physciaceae) no Estado de São Paulo, de São Paulo, Brasil

08/58901-5 Alteraçãoes nos fluxos de CO2 do solo e na ciclagem de carbono após

aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica

03/05696-1 Biologia alimentar e reprodutiva da pirapitinga do sul, Brycon cf. opalinus

(Cuvier, 1819) e a diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra

do Mar

12/51509-8 Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta

Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia,

do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)

05/51011-6 Biologia da polinização e reprodução de espécies arbóreas da família

Fabaceae, polinizadas por abelhas, de Floresta Atlântica no Sudeste do Brasil

07/02947-4 Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação da

biomassa arbórea em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual da Serra do

Mar, SP

05/59168-1 Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila densa dos

núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar

09/03667-0 Demografia de queixada (Tayassu pecari) analisada através de DNA fecal no

Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, SP

06/57010-4 Produtividade primária líquida em diferentes fitofisionomias do Parque

Estadual da Serra do Mar, SP

06/59536-3 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma

microbacia com plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de São Paulo

06/50014-4 Dinâmica e estrutura populacional de quatro espécies arbóreas no Núcleo

Picinguaba e Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, SP

06/51488-0 Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na microbacia do ribeirão

do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

05/57549-8 Perdas de nitrogênio pela emissão de gases e sua relação com a

decomposição da liteira e biomassa de raízes na floresta de Mata Atlântica

06/54292-9 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma

microbacia de primeira ordem com cobertura de pastagem no litoral norte do Estado de São

Paulo

14/01245-0 Avaliação da influência da exclusão experimental de vertebrados insetívoros

na decomposição de folhas de três espécies sob diferentes coberturas do solo no Parque

Estadual da Serra do Mar - núcleo santa virgína

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09/15175-5 Ciclagem do fósforo em Floresta Ombrófila Densa dos núcleos de Picinguaba

e Santa Virginia -SP

07/04073-1 Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta

(Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo

00/12405-5 Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta Atlântica do

núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP

93/03717-8 A sucessão secundária em floresta na encosta Atlântica - SP

10/13593-1 O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em uma Floresta

Ombrófila Densa situada no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

10/13592-5 Ciclagem de nutrientes em áreas de pastagem sob regeneração natural no

Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Santa Virgínia

10/51494-5 Biologia reprodutiva e polinização de espécies de Melastomataceae em duas

áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil

07/57285-6 Estrutura e funcionamento de um trecho de Floresta Ombrófila Densa

Montana com bambus do Núcleo Santa Virgínia/PESM, SP

11/09241-5 Manejo de frutos de Euterpe edulis Martius e uso múltiplo da Mata Atlântica

em Ubatuba e São Luís do Paraitinga (SP) como estratégia de conservação

10/19951-7 "comparação entre dossel e subosque de uma área de Floresta Ombrófila

Densa montanta (Mata Atlântica), Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia,

São Paulo, Brasil"

10/52705-0 Dinâmica do nitrogênio e carbono em rios da bacia do alto Paraíba do Sul,

Estado de São Paulo

07/58666-3 Diversidade, composição florística e biologia reprodutiva da comunidade de

plantas esfingófilas de Floresta Ombrófila Densa Montana - Mata Atlântica, no sudoeste

brasileiro

07/57284-0 Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de Mata

Atlântica no Nordeste do Estado de São Paulo

08/50748-3 Distribuição espacial de insetos predadores em riachos da região norte da

Serra do Mar, Estado de São Paulo

08/52279-0 Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com cobertura

florestal no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

08/52280-9 Alterações nos fluxos de gases do solo e na ciclagem de carbono e nitrogênio

após aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica

06/57135-1 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa

nos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar

Page 219: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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06/57790-0 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa

dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São

Paulo, Brasil

06/60183-8 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa

dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São

Paulo, Brasil

12/25493-7 Políporos (Basidiomycota) do Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da

Serra do Mar, SP, Brasil

"Modelos de sustentabilidade de caça de subsistência na Serra do Mar, Mata

Atlântica"

Priority areas for the conservation of Atlantic forest large mammals

Functional Extinction of Birds Drives Rapid Evolutionary Changes in Seed Size

EXTINÇÃO ECOLÓGICA DE GRANDES HERBÍVOROS E DIVERSIDADE DE PLANTAS EM UM

GRADIENTE DE DEFAUNAÇÃO NA MATA ATLÂNTICA

"Density and Spatial Distribution of Buffy-tufted-ear

Marmosets (Callithrix aurita) in a Continuous Atlantic Forest"

How to not inflate population estimates? Spatial density distribution of white-lipped

peccaries in a continuous Atlantic forest

Mamíferos não voadores do Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, São

Paulo, Brasil

Caracterização do perfil e da qualidade da experiência do praticante de rafting no Parque

Estadual Serra do Mar − Núcleo Santa Virgínia

Efeitos da defaunação na herbivoria, pisoteio de plântulas, remoção e predação de

sementes na Floresta Atlântica

O descritivo delas encontra-se no anexo 5.

7.9.8. Atrativos

O Núcleo Santa Virgínia conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, mirantes

cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:

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Trilhas da Sede (São Luiz do Paraitinga)

Trilha do Pirapitinga

A Trilha do Pirapitinga era uma antiga estrada que serviu para o transporte de madeira e

carvão quando a área do Núcleo ainda pertencia às antigas fazendas de Ponte Alta e Santa Virgínia.

O caminho margeia os Rios Paraibuna e Ipiranga e a trilha recebe esse nome devido à presença da

espécie endêmica e ameaçada em extinção do peixe pirapitinga-do-sul (Brycon opalinus) no Rio

Paraibuna (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

O percurso conta com diversos atrativos: cachoeiras – Cachoeira das Andorinhas, Cachoeira

do Salto Grande, Cachoeira do Saltinho; poço do Peixe Grande; fornos de carvão; e a foz do Rio

Ipiranga com o Paraibuna, ou seja, o encontro entre os dois rios (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 5.700 metros

Tempo estimado: 3h00min

Nível de dificuldade: fácil a moderado

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)

Trilha do Poço do Pito

A trilha percorre uma bela paisagem ao longo do Rio Paraibuna em floresta secundária,

passando pela Pedra do Lageado e chegando até a cachoeira do mesmo nome. É possível observar

o peixe Pirapitinga-do-Sul (Brycon opalinus) espécie endêmica ameaçada de extinção, que promove

saltos para apanhar insetos e frutas silvestres (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 8.000 metros

Tempo estimado: 04h00min

Nível de dificuldade: fácil a moderado

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)

Trilha Ipiranga

Caminhada por uma trilha/estrada às margens do Rio Ipiranga com grande possibilidade de

observação de aves e mamíferos e com parada na cachoeira de mesmo nome (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Percurso: 16.000 metros

Tempo estimado: 04h00min

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Nível de dificuldade: fácil a moderado

Atrativos: Caminhada por uma trilha/estrada às margens do Rio Ipiranga com grande

possibilidade de observação de aves e mamíferos e com parada na cachoeira de mesmo nome.

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)

Rafting Rio Paraibuna

Atividade de turismo de aventura no Rio Paraibuna, passando por cachoeiras e remansos

em meio à floresta. É realizada em botes de borracha com guias credenciados e certificados. No

percurso há diversas cachoeiras e saltos: Cachoeira do Saltinho, Cachoeiras do Salto Grande, Ponte

de Pedra, Foz do Rio Ipiranga no Rio Paraibuna, Corredeira Gamela de Pedra, Cachoeira do

Itapavão e Cachoeira do Surf (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 9.0019metros

Tempo estimado: 05h00min

Nível de dificuldade: nível III e IV

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha Olho D´água

Em formato de circuito esta é uma caminhada agradável que passa por nascentes de água

cristalina em meio a uma preservada Mata Atlântica. Trata-se de uma trilha alternativa a do

Pirapitinga, com menor extensão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

O caminho preserva uma rica biodiversidade e tem como um dos seus atrativos a Cachoeira

Salto Grande (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 1.545 metros

Tempo estimado: 01h00min

Nível de dificuldade: fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

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Trilhas da Base Natividade da Serra / Base Vargem Grande

Trilha do Pico do Corcovado

Por dentro da mata de altitude ou nebular em ótimo estado de conservação, alcança-se o

topo do Pico do Corcovado, um dos pontos mais altos do Parque Estadual Serra do Mar, com

1.168m de altitude, de onde se avista o litoral de Ubatuba e o Vale do Paraíba (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

No caminho é possível se refrescar no poço Lageado, local onde o Ribeirão Grande encontra

uma laje de pedra que proporciona a formação de um lindíssimo poço de águas frias e cristalinas e

meio à mata e na Cachoeira do Rio Calçado, da Laje da Pedra e do Rio Furado (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Percurso: 17.000 metros

Tempo estimado: 08h00min

Nível de dificuldade: difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)

Trilha da Cachoeira da Boneca

Trilha de fácil acesso margeando o Rio Grande sob Floresta Atlântica Montana, ótima para

observação de pássaros e fauna, possui cachoeiras e corredeiras perfeitas para banho.

Percurso: 12.000 m

Tempo estimado: 04h00min

Nível de dificuldade: moderado

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)

Trilha do Garcês

Trilha que percorre bom trecho de mata primária, passando pelo Rio Grande, Cachoeira do

Jacu e do Garcês. Boas possibilidades de visualização de aves e mamíferos silvestres (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

Percurso: 6.000 metros

Tempo estimado: 03h00min

Nível de dificuldade: dificuldade baixa

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)

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Trilhas da Base Catuçaba (São Luiz do Paraitinga)

Trilha Palmital

Trilha de longa duração que parte da base Catuçaba, localizada no Bairro do Sertãozinho no

município de São Luiz do Paraitinga e chega na base Puruba, no mesmo município. A trilha passa

por várias fisionomias florestais e pela cachoeira do Rio Palmital, ótima paisagem da região.

Percurso: 16.000 metros

Tempo estimado: 08h00min

Nível de dificuldade: difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Trilha do Mirante

Trilha com desnível acentuado de 350 metros em uma distancia de 1km, percorre parte dos

altos da Serra do Mar no divisor das bacias hidrográficas dos rios Paraibuna e Paraitinga.

Percurso: 1.000 metros

Tempo estimado: 02h00min

Nível de dificuldade: dificuldade moderada a difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

7.9.9. Informações gerais sobre o Núcleo

Dados gerais

Área 17.500 hectares

Bioma Mata Atlântica

Município da sede São Luiz do Paraitinga

Municípios

Abrangidos São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra, Cunha, Ubatuba e Caraguatatuba

Endereço da sede Rodovia Dr. Oswaldo Cruz, km 78 mais 800 metros

Escritório urbano Ainda não implantado

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Bases e outras

funções

O núcleo possui 05 bases de fiscalização e pesquisa: Base Itamambuca, Base Puruba,

Base Catuçaba e Base Sede em São Luiz do Paraitinga e Base Vargem Grande, em

Natividade da Serra.

Telefones (12)3671-9159 / (12)3671-9266 / (12) 3833-1230

Sinal de celular

da sede

Sinal de celular

da base

E-mail da UC [email protected] ou nú[email protected]

Nome do Gestor João Paulo Villani

Esportes Radicais Rafting no Rio Paraibuna (percurso 10 Km)

Empresas autorizadas: Cia. de Rafting e Paraitinga Turismo

Capacidade de

hospedagem

Somente para Pesquisadores com projetos aprovados pela COTEC/Intituto Florestal e

Fundação Florestal.

30 leitos

Valor da

hospedagem na

UC

R$ 19,00

Capacidade de

sala de

conferencia

40 Pessoas

Centro de

visitantes Não possui

Capacidade do

refeitório 40 Pessoas

Lanchonete Não

Quiosques pic nic Não

Camping na UC Não

Facilidades no

entorno imediato

Existem cinco pousadas na Zona de Amortecimento ou entorno: Eco Pousada Canteiros

(11- 95152875), Reserva Guainumbi (19-97082983), Eco Pousada Canaã da Serra (11-

70489400), Hotel Faz.Catuçaba (12-36716158) e Pousada das 7 Cachoeiras, em

Catuçaba (11- 50722143/12- 36716201)

Tipo de Acesso

Para o Setor “Sede” o acesso é em asfalto até o km 78 mais 800m da Rodovia Dr.

Oswaldo Cruz. Deste ponto, segue por 3km em estrada de terra bem conservada até o

estacionamento.

Para o Setor “Vargem Grande” seguir por asfalto até o km 66 ou ponte sobre o rio

Paraibuna.Deste ponto segue por 14km até a Vila rural da Vargem Grande. Do vilarejo

rural segue por 03 km até a Base Vargem Grande.

Distância de SP 200 km

Distância cidade

mais próxima(s) 16km de Ubatuba, São Luís do Paraitinga 35 km, Natividade da Serra 110km

Page 225: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

225

Cobrança de

Ingresso e valor Não

Amplitude

Altitudinal 860m a 1650m

Amplitude de

Temperaturas Máxima 35º; Média 21º; Mínima -3º

Bases e outras funções

Base de Proteção Catuçaba

Endereço

Rodovia Oswaldo Cruz km 47 - Bairro Catuçaba - São Luiz do Paraitinga/SP

Entrar no km 47 da rodovia Oswaldo Cruz até o distrito de Catuçaba. Seguir pela estrada

do Pinga por 2 km e entrar a direita para o bairro Sertãozinho 6 km até o final da

estrada. Existem placas indicativas.

Telefone (12) 3671-9159 / (12) 3671-9266 / (12) 3833-1230

Capacidade de

hospedagem

Base de Proteção Vargem Grande

Endereço

Rodovia Oswaldo Cruz km 66 - Vila Vargem Grande - Natividade da Serra/SP

Seguir pela Rodovia Oswaldo Cruz até o km 66. Após passar a ponte do Rio Paraibuna,

entrar a direita e percorrer 14,5 km até a vila da Vargem Grande. Ao cruzar a ponte do

Rio Grande dentro da Vila, entrar a esquerda por 3 km até o final da estrada.

Telefone

Capacidade de

hospedagem

Base de Uso Público

Endereço Rodovia Oswaldo Cruz km 78,5 - São Luiz do Paraitinga/SP

Telefone (12) 3671-9159 / (12) 3671-9266 / (12) 3833-1230

Área

Mais Informações

Sede Administrativa

Dias e horário de

funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.

Telefones para

informação (12) 3671-9159 / (12) 3671-9266 / (12) 3833-1230

E-mail [email protected]

Gestor (a) João Paulo Villani

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Endereço Rodovia Dr. Oswaldo cruz, km 78 – Alto da Serra / São Luis do Paraitinga –SP CEP

12140-000. Km 78,5. Caixa postal 13.

Visitação

Dias e horário de

funcionamento Terça-feira a domingo das 8h às 17h.

Endereço Rodovia Dr. Oswaldo cruz, km 78. São Luiz do Paraitinga - SP

CEP 12140-000. Km 78,5.

Normas de Visitação e Segurança do PESM

É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);

É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;

É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;

É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;

É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro

produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.

Normas para as trilhas

Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;

Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da

trilha;

Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;

Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se

camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia. Cuide dos locais por onde passa;;

Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,

não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie. Deixe tudo no seu devido lugar;

Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;

Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a

permanência, deverá ser trazido de volta.

Voce será responsável pela sua segurança;

Não faça fogueiras;

Respeite os animais e plantas;

Seja cordial com outros visitantes e população local;

Não é permitido trazer animais domésticos como: cão, gato, ave e animais exóticos.

Normas para o rafting

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Antes de iniciar a atividade de rafting o usuário deverá assinar o Termo de responsabilidade do Usuário,

apresentado pelas operadoras autorizadas, preencher a ficha médica e efetuar o pagamento diretamente para

operadora;

Obedecer às orientações dadas pelos condutores e ou funcionários da Unidade de Conservação;

Zelar pela infraestrutura disponibilizada, preservando o meio ambiente local;

Utilizar obrigatoriamente todos os equipamentos necessários na prática do rafting, especialmente aqueles

descritos na Norma ABNT NBR 15.370;

Os menores de 18 anos deverão apresentar o Termo de Responsábilidade, assinado pelos pais ou responsável

legal.

Os praticantes autônomos deverão respeitar as Normas NBR 15.370 e 15.285 efetuar o pagamento na

Unidade de Conservação, preencher o Termo de Responsabilidade apresentado pela Fundação Florestal, a

ficha médica e agendar com antecedência as descidas junto a Unidade de Conservação.

Símbolo

O palmito juçara (Euterpe edulis Mart.) atinge até 25 m de comprimento. Seu tronco é reto e fino,

com diâmetro de até os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido, recoberto

pelas bainhas das folhas palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores pequenas de cor

creme, polinizadas por insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação ocorre de abril a

novembro - fruto carnoso, esférico e roxo-escuro.

A dispersão é realizada por animais, dentre eles várias espécies de aves e mamíferos, que utilizam

seus frutos como recurso alimentar, por exemplo, o Tucano-de-bico-verde que é comumente

avistado nesta região se alimentando dos frutos dessas palmeiras. Pelo sabor e alto valor

comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as

plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse

incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção (Fundação Florestal, 2013)

7.10. Núcleo São Sebastião

7.10.1. História

O Núcleo São Sebastião foi criado em 31 de março de 1998 e abrange aproximadamente

26.268 mil hectares do Parque Estadual Serra do Mar, incluindo o município de São Sebastião. O

núcleo protege a serra, mananciais de água e a floresta, que abriga uma alta diversidade de

espécies de aves e de anfíbios (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)).

Em dezembro de 2010, ocorreu à ampliação do PESM e as áreas mais importantes incluídas

localizam-se justamente no Núcleo São Sebastião: a Praia Brava e todo o costão rochoso até

Maresias, bem como a totalidade das penínsulas situadas entre as praias de Maresias, Paúba e

Santiago, Toc Toc Grande e Toc Toc Pequeno. Com isso, o Parque ganhou uma significativa

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extensão de costões rochosos, importantes nichos ecológicos para a alimentação e abrigo de

espécies marinhas.

Seu nome é o mesmo da cidade de São Sebastião, que tem o santo como padroeiro da

cidade.

São Sebastião

O nome São Sebastião deriva do grego sebastós, que significa divino. Originário de Narbonne e

cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo

imperador romano Diocleciano. De acordo com a tradição oral, Sebastião era um soldado que teria

se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração

dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e

Maximiliano, que o designaram capitão da sua guarda pessoal conhecida na época de Guarda

Pretoriana.

São Sebastião nunca deixou de ser um cristão convicto e ativo. Secretamente, Sebastião

conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo, até mesmo o governador de Roma, Cromácio,

e seu filho, Tibúrcio, foram convertidos por ele. Por volta de 286, Sebastião foi denunciado, pois

estava contrariando o seu dever de oficial da lei. O imperador o julgou como traidor e ordenou a

sua execução por meio de flechas. Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não

havia falecido. Encontrado e socorrido por uma viúva chamada Irene (futura Santa Irene) que

retirou as flechas do peito de Sebastião e o tratou.

Assim que se recuperou, se apresentou novamente diante do Imperador, censurando-o pelas

injustiças cometidas contra os cristãos. Novamente foi condenado e açoitado até a morte. O fato

ocorreu no dia 20 de janeiro de 288. São Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e

santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média.

Fonte: SANTO PROTETOR, s/d

A História do município de São Sebastião

São Sebastião é a cidade mais antiga do Litoral Norte. Antes da colonização portuguesa, a

região era ocupada por índios Tupinambás ao norte e Tupiniquins ao sul, sendo a serra de

Boiçucanga uma divisa natural das terras das tribos. O município recebeu este nome em

homenagem ao santo do dia em que passou ao largo da Ilha de São Sebastião - hoje Ilhabela - a

expedição de Américo Vespúcio: 20 de janeiro de 1502 (SÃO SEBASTIÃO, s/d).

A ocupação portuguesa ocorre com o início da História do Brasil, após a divisão do território

em Capitanias Hereditárias. Diogo de Unhate, Diogo Dias, João de Abreu, Gonçalo Pedroso e

Francisco de Escobar Ortiz foram os sesmeiros que iniciaram a povoação, desenvolvendo o local

com agricultura e pesca. Nesta época a região contava com dezenas de engenhos de cana de

açúcar, responsáveis por um maior desenvolvimento econômico e a caracterização como núcleo

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habitacional e político. Isto possibilitou a emancipação político-administrativa de São Sebastião em

16 de março de 1636, motivada também pela necessidade de proteger a região dos ataques dos

piratas e corsários ingleses, franceses e holandeses (SÃO SEBASTIÃO, s/d).

A criação do porto motivou ainda mais o desenvolvimento econômico da região, que era

baseado nas culturas da cana de açúcar, café e fumo. Também era utilizado para o transporte do

ouro de Minas Gerais. Na metade do século passado a região tinha 106 fazendas, onde 2.185

escravos produziram 86 mil arrobas de café no ano de 1854 (SÃO SEBASTIÃO, s/d).

A economia entra em declínio com a abolição da escravatura e abertura da ferrovia Santos-

São Paulo, o que aumentou a saída de mercadorias pelo porto de Santos. É quando passam a

predominar a pesca artesanal e a agricultura de subsistência, com pequenas roças de mandioca,

feijão e milho, característica das comunidades caiçaras isoladas mesmo nos dias de hoje. Nos anos

40, implanta-se a infraestrutura portuária e nos anos 60 chega o terminal marítimo de petróleo, da

Petrobras, fatores decisivos para a retomada do desenvolvimento econômico (SÃO SEBASTIÃO,

s/d).

7.10.2. Patrimônio Cultural

No Núcleo São Sebastião está localizado o sítio arqueológico mais importante do Parque

Estadual Serra do Mar – o Sítio São Francisco (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)). Os vestígios

arqueológicos datam no final do século XVIII e início do século XIX, mas foram descobertos apenas

em 1991 e em 2007 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

O Sítio é composto por elementos que evidenciam uma antiga unidade produtiva. Foram

encontrados vestígios de edificações, sistema de captação de água, estradas, bolsões de cultura

agrícola e áreas de descarte de material, dentre outros. Várias fazendas encontradas no litoral norte

são caracterizadas, por influência direta portuguesa, por grandes construções que uniam as

dependências de morada e as fabris sob o mesmo teto (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Entre as ruínas, foram identificados diversos elementos. Alguns deles são (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013):

● Casa Grande: apresenta técnicas de construção similares às encontradas nas grandes

construções da faixa litorânea brasileira, do século XVI ao XIX, com o emprego de

estruturas de alvenaria de pedra, barro e cal e pau-a-pique. Os restos arquitetônicos

da casa contêm elementos que indicam preocupação estética, como cornijas, jardins e

floreiras. Ademais, também foi observada a utilização de materiais construtivos

nobres, como a ardósia.

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● Alpendre: há indícios da existência de alpendre central, que dava acesso às outras

dependências e que, na época, era essencial pela necessidade de “um espaço aberto

para receber visitantes”, resguardando deste modo a intimidade familiar.

● Seteiras: ambiente para a reclusão da família. Tal estrutura proporciona às famílias um

cenário de segregação.

● Forno circular: espaço destinado para o preparo das “quitandas”, quitutes assados; ou

à chamada “cozinha suja”, cômodo de serviço destinado às atividades mais rústicas de

preparo de alimentos.

● Cozinha: cozinha contígua com fornalhas que possivelmente alimentavam suportes

apoiados em balcão, onde foi encontrado fragmento metálico relacionado ao apoio das

panelas, as bocas do fogão.

● Capela: representa a atenção dada à religiosidade na época

● Grande pátio: espaço destinado aos eventos da fazenda, recepção de visitantes

ilustres, à celebração de um evento familiar ou ainda, à passagem de ordens à

criadagem.

● Fornalhas: local onde era depositado os tachos de cobre com o caldo de cana.

● Senzala: há ruínas que indicam uma suposta senzala, local onde os escravos ficavam

alojados Além das ruínas, foram identificadas assinaturas etnográficas produzidas

pelos escravos, que eram representações de sua cultura e religião.

7.10.3. Comunidades tradicionais

No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da etnia Guarani reconhecidas

pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-Mirim, Guarani do Aguapeú,

Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e Tenondé Porã.

No Núcleo São Sebastião há a superposição com a Terra Indígena Ribeirão Silveira, que

abrange os municípios de Bertioga, São Sebastião e Salesópolis em área declarada de 7.551,6

hectares e 948,4 hectares de área homologada (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013).

Conta com aproximadamente 350 membros do povo guarani de origem Guarani Mbya e Tupi-

Guarani (Ñandeva) que mantêm a tradição viva através da dança, da música, do artesanato e da

agricultura (SECRETARIA DE CULTURA E TURISMO, s/d).

A Terra Indígena Ribeirão Silveira representa um local de importância histórica, material e

simbólica para os Guarani. Os relatos apontam o reconhecimento da área como antiga região de

perambulação e habitação para os ascendentes dos Guarani que estão em Ribeirão Silveira. Esse

território reconhecido pelos Guarani tem uma perspectiva sócioregional que ultrapassa seus limites

territoriais e é revelada pela categoria guára, expressão que significa um conjunto de aldeias unidas

por laços de parentesco e reciprocidade (FUNAI, s/d).

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Na aldeia há intensa circulação de palmiteiros, caçadores e os posseiros que ainda não

foram retirados. A região limítrofe a terra indígena sofre com a expansão urbana e pressões de

projetos de desenvolvimento com objetivo de criar novas cidades e destinos turísticos ao longo da

costa. Empreendimentos de grande porte, tais como pré sal e oleoduto Petrobrás, localizam-se nas

proximidades da área (FUNAI, s/d).

Hoje, a coleta e a roça têm uma grande importância para a sobrevivência, assim como a

venda de artesanatos. A agricultura constitui-se em uma das principais atividades da tradição

Guarani de modo geral, seja no plantio de espécies convencionais voltadas à sua alimentação e

comercialização de excedentes, como, e principalmente, pela presença de vários cultivos agrícolas

tradicionais do grupo, por exemplo, milho, amendoim, feijão, batata, cana-de-açúcar, etc., cujas

sementes, quando da mudança das famílias para outro território, são sempre carregadas consigo

para que possam, nessas novas áreas, plantá-las em suas roças. A criação de animais, também

localizada nos quintais das casas, na porção sudoeste do território indígena delimitado, ocorre em

escala bastante reduzida, e destina-se exclusivamente ao consumo alimentar dos Guarani,

destacando-se, neste caso, basicamente a criação de frangos e patos para consumo de sua carne e,

principalmente, ovos. A pesca é realizada ao longo dos dois rios principais (Rio Vermelho e Ribeirão

Silveira). Para sua execução, os Guarani utilizam redes, covos ou anzóis. Os peixes mais comuns

são a traíra, o bagre e o cará (FUNAI, s/d).

7.10.4. Ecossistema

O núcleo São Sebastião está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como

ecossistemas (Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas, Submontana, Montana), Restinga e

Manguezal (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

7.10.5. Fauna e Flora

O núcleo São Sebastião apresenta uma fauna e flora com uma grande diversidade de

espécies. A flora é rica em epífitas, ou seja, espécies que costumam usar as árvores ou rochas

como suporte para obter mais luz, umidade e nutrição, como orquídeas e bromélias.

As bromélias têm grande importância na manutenção da biodiversidade da fauna na Mata

Atlântica, já que a disposição de suas folhas em roseta forma um reservatório onde se acumulam

água e matéria orgânica, criando microhabitats para muitos organismos (Steiner, Zillikens,

Marcondes, Harter-Marques, & Lopes, 2006). Vários animais como Bicho-preguiça (Bradypus

variegatus), Bugio (Alouatta guariba), Quatis (Nasua nasua), além de diversas espécies de aves,

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se utilizam dos vasos de bromélias como bebedouro, como recurso alimentar, ou ainda, como

fonte de alimento, por funcionarem como habitat e área de reprodução de insetos e pererecas, os

quais são procurados aí por predadores como as serpentes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Além de espécies epífitas é possível encontrar outras espécies como Guapuruvu, Pau-Jacaré,

Embaúba, Jerivá, Palmito – Juçara, Jequitibá-rosa, Jatobá, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

PAU-JACARÉ (Piptadenia gonoacantha)

Esta árvore é uma espécie pioneira, pois é uma das primeiras a se instalar numa área em

regeneração natural e, por isso mesmo, é muito abundante e frequente nos fragmentos de Mata

Atlântica nos estágios inicial, médio e até no bordo dos fragmentos mais preservados (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

JEQUITIBÁ-ROSA (Cariniana legalis)

Esta espécie encontra-se em risco de extinção, devido principalmente à utilização de sua

madeira de lei e pela diminuição dos ambientes florestais, uma vez que o Jequitibá-rosa além de

pouco abundante em seu ambiente natural, necessita das condições ambientais dos ecossistemas

florestais para se desenvolver. Na medicina popular, sua casca tem propriedades medicinais e

terapêuticas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

EMBAÚBA (Cecropia hololeuca)

Essa árvore apresenta um rápido crescimento e produz folhas e frutos avidamente

procurados por animais, os quais dispersam suas sementes. Sua semente necessita de muita

luminosidade para quebrar a dormência e germinar. Por estes motivos é muito comum em bordas

de florestas, matas secundárias em diferentes estágios de regeneração e em clareiras, sendo

caracterizada como espécie indicadora de alguma alteração na mata (FUNDAÇÃO FLORESTAL,

2013).

A fauna é marcada pela presença de espécies como: cateto, macaco-prego, cutia, paca,

anta, bicho-preguiça, bugio, quati, sapinho-de-bromélia, jararaca; além de diversas aves, desde as

menos exigentes, como como o sabiá-laranjeira, macuco, jacuaçu e tangará, até as espécies de

hábitos mais florestais como o flautim, o gavião-de-cabeça-cinza, o tucano-de-bico-verde, o

chorozinho-de-asa-vermelha e, o endêmico da Mata Atlântica, cuiú-cuiú (FUNDAÇÃO FLORESTAL,

2013).

QUATI (Hydrochoerus hydrochaeris)

Animais de pequeno porte podem medir cerca de 40 cm a 65 cm de comprimento Pode

possuir coloração alaranjada, avermelhada, acinzentada ou marrom escura, e suas patas possuem

uma coloração quase preta. São essencialmente diurnos e podem viver em grupos de mais de 30

indivíduos. Alimentam-se de invertebrados (insetos e minhocas), bromélias, frutos, e pequenos

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vertebrados. São exclusivos da América do Sul. No Brasil habita em diversos biomas como:

Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Campos Sulinos (ViaRondon, 2011)

BUGIO (Cuniculus paca)

Primata que mede entre 42 e 63 cm (cabeça e corpo), com sua cauda variando de 48 a

69 cm que auxilia na locomoção e na alimentação. Possui barba espessa, os machos adultos são

avermelhados e pesam entre 5 e 9 kg e as fêmeas adultas são marrons, menores que os machos

e pesam entre 4 e 7 kg. O bugio é pouco ativo e raramente desce ao solo. Tudo que necessita

para viver é obtido nas copas das árvores, inclusive a água, que é retirada de troncos ocos, vasos

de bromélias, musgos e outras plantas epífitas. Alimenta-se de folhas de embaúba, tapiá, frutos

de jerivá, sementes, flores, caules, cascas de diversas outras espécies de árvores e liquens,

facilmente encontradas no Núcleo. É fácil identifica-lo pela sua vocalização (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

PACA (Cuniculus paca)

Habita áreas florestadas e tocas feitas em barrancos ou rochas. Vivem sempre próximo a

cursos d´água, podendo imergir em busca de refugio contra predadores. Possuem hábito

alimentar herbívoro e é dieta a base de frutos e brotos (REIS et al., 2011). Essa espécie não

consta da lista Nacional nem da global de espécies ameaçadas, porém é considerada quase

ameaçada regionalmente no estado de São Paulo (MMA, 2008; SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE

DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2009; IUCN, 2011; FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013) e considerada

uma espécie guarda-chuva e Cinegéticas (TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011) para o

Parque Estadual Serra do Mar .

MACUCO (Tinamus solitarius)

O macuco é um Tinamiforme da família Tinamidae. Nome de origem tupi-guarani:

“Mogoico-erê”. É o maior representante dos tinamídeos na Mata Atlântica. É espécie cinegética

(caçada). Atinge até 52 cm e entre 1,5 a 2,0 Kg de peso médio. As fêmeas geralmente são

maiores e mais pesadas que os machos. Possui coloração geral acinzentada com matiz verde-

oliva, e desenho críptico nas penas traseiras (retrizes). Alimenta-se de sementes, bagas, frutas

(ex: merindiba, coquinhos de palmiteiro), insetos e vermes (WikiAves, s/d(f)).

Lista das principais espécies da fauna e flora

FAUNA:

- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.

Jaó-Do-Sul (Crypturellus noctivagus)

Jacutinga (Aburria jacutinga)

Gavião-De-Cabeça-Cinza (Leptodon cayanensis)

Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)

Saracura-Lisa (Amaurolimnas concolor)

Beija-Flor-De-Garganta-Verde (Amazilia fimbriata)

Juruva-Verde (Baryphthengus ruficapillus)

Pica-Pau-Bufador (Piculus flavigula)

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Sabiá-Cica (Triclaria malachitacea)

Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)

Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)

Entufado (Merulaxis ater)

Trepador-Sobrancelha (Cichlocolaptes leucophrus)

Araponga-Do-Horto (Oxyruncus cristatus)

Araponga (Procnias nudicollis)

Tiririzinho-Do-Mato (Hemitriccus orbitatus)

Garrinchão-De-Bico-Grande (Cantorchilus longirostris)

Tiê-Galo (Lanio cristatus)

Saí-Verde (Chlorophanes spiza)

Ferro-Velho (Euphonia pectoralis)

Fonte: SCHUNCK, 2015

- MAMÍFEROS

Cateto (Pecari tajecu)

Macaco-prego (Cebus sp)

Cutia (Dasyprocta azarae)

Paca (Cuniculus paca)

Anta (Tapirus terrestris)

Dados secundários

Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita (É. Geoffroy, 1812)

Bugio (Alouatta guariba)

Quati (Nasua nasua)

Rato d´água (Nectomys squamipes – Cricetidae)

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

- ANFÍBIOS E RÉPTEIS

Adenomera cf. marmorata

Jararacuçu (Bothrops jararacuçu)

Bufo ornatus

Cycloramphus boraceiensis

Sapinho-da-bromélia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)

Eleutherodactylus binotatus

Eleutherodactylus guentheri

Eleutherodactylus parvus

Eleutherodactylus sp.

Enyalius cf. iheringi

Hyla minuta

Rã-de-corredeira (Hylodes asper)

Hylodes phyllodes

Proceratophrys appendiculata

Scinax sp. (gr. perpusillus)

Spilotes pullatus

Rã-das-pedras (Thoropa miliaris)

Bufo ictericus

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Eletherodactylus binotatus

Proceratophrys melanopogon

Bufo cf. margaritifer

Hyla faber

Hyla sp. 3

Myersiella microps

Physalaemus sp.

Scinax sp. 1

Scinax sp. 2

Eleutherodactylus sp. 2

Eluetherodactylus parvus

Hyla hylax

Hyla sp. 1

Tropidophis paucisquamis

Fonte: INSTITUO EKOS BRASIL, s/d

FLORA:

Guapuruvu (Schizolobium parahyba)

Pau-Jacaré (Piptadenia gonoacantha)

Embaúba (Cecropia hololeuca)

Jerivá (Syagrus romanzoff)

Paineiras (Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna - Bombacaceae)

Figueiras (Ficus insipida Willd. – Moraceae)

Plantas epífitas: Bromeliaceae, Orchidaceae, musgos e líquenes

Palmito – Juçara (Euterpe edulis)

Pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae)

Caapeba (Piper sp – Piperaceae)

Helicônia (Heliconia velloziana Emygdio – Heliconiaceae)

Guaricanga (Geonoma elegans Mart. – Arecaceae)

Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)

Samambaiaçu-do-brejo (Blechnum brasiliensis – Blechnaceae)

Samambaia-de-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) - Gleicheniaceae)

Brejauva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret – Arecaceae)

Quaresmeiras (Tibouchina sp. – Melasomataceae)

Araçá-piranga (Eugenia leitonii Legrand sp. inéd. – Myttaceae)

Jatobá (Hymenaea courbaril L. var. stirbocarpa)

Jequitibá-rosa (Cariniana legalis)

Erva de anta (Psychotria nuda)

Bocuva (Virola oleifera (Schott) A.C. Smith – Miristicaceae)

Mirinduva (Lafoensia glyptocarpa Koehne - Lythraceae)

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

7.10.6. Serviços Ecossistêmicos

O Núcleo São Sebastião presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do

entorno:

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● Regulação da qualidade do ar;

● Proteção dos morros e encostas;

● Proteção dos solos;

● Polinização;

● Bem-estar, lazer e turismo;

● Recursos hídricos.

O Núcleo São Sebastião abriga importantes mananciais de água que garantem a qualidade

ambiental da região. A região faz parte da Bacia Hidrográfica do Litoral Norte, formada por vários

cursos d´água que partem de diversas altitudes da Serra do Mar em direção ao Oceano Atlântico.

Alguns rios que nascem no Núcleo são: Rio São Sebastião, Juqueriquere, São Franciso, Ribeirão

Grande, Paúba, Maresias, Rio Grande, Camburi, Saí, Juqueí, Una, Rio Grande e o Ribeirão do Itu em

Boiçucanga, Rio Cristina, Pouso Alto e Rio Verde em Barra do Una.

Além disso, o Núcleo ajuda a proteger a paisagem da Serra do Mar, da Praia Brava e dos

pontões que emolduram as praias de Maresias, Paúba, Santiago, Toc Toc Grande e Toc Toc

Pequeno.

7.10.7. Atrativos

O Núcleo São Sebastião conta com diversos atrativos naturais, como trilhas,

cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:

Trilha São Francisco:

Trilha histórico-cultural em meio à Mata Atlântica que leva ao mais importante sítio

arqueológico do Parque Estadual Serra do Mar, o Sítio São Francisco (Fundação Florestal). Os

vestígios arqueológicos datam no final do século XVIII e início do século XIX, mas foram

descobertos apenas em 1991 e em 2007 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

O Sítio é composto por elementos que evidenciam uma antiga unidade produtiva. Foram

encontrados vestígios de edificações, sistema de captação de água, estradas, bolsões de cultura

agrícola e áreas de descarte de material, dentre outros. Várias fazendas encontradas no litoral norte

são caracterizadas, por influência direta portuguesa, por grandes construções que uniam as

dependências de morada e as fabris sob o mesmo teto (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Entre as ruínas, foram identificadas a Casa Grande, alpendre, seteiras, forno circular,

cozinha, capela, grande pátio, elementos de decoração, fornalhas, área de captação de água, área

de controle e vigilância, senzala e mirante (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

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Percurso: 2.207 metros

Tempo estimado: 04h00min

Nível de dificuldade: moderado a difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)

Trilha Praia Brava

A trilha era um antigo caminho de moradores locais que moravam na Praia Brava e

trabalhavam na fazenda de café de Boiçucanga no século XIX. Como o tempo, o traçado original foi

alterado com a instalação do Oleoduto da Petrobrás (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Durante o caminho, há diversos atrativos, como alguns mirantes: no primeiro é possível

avistar a Praia de Boiçucanga e a Praia de Cambury, além da cadeia de montanhas da Serra do

Mar. Já no segundo, o Mirante da Praia Brava, é possível avistar a Praia Brava e seus ecossistemas,

como a mata de encosta e o costão rochoso; a cachoeira da Praia Brava, pequena cachoeira com

quatro metros de altura, no canto direito da praia, em meio à Mata Atlântica, sendo propícia para

um banho de água doce e por fim a Praia Brava. A Praia Brava começou a ser chamada assim pelos

surfistas e aventureiros em virtude de suas ondas fortes e perigosas. Também é conhecida como a

“praia das pranchas quebradas” (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Não é indicada para crianças (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 3.000 metros

Tempo estimado: 03h00min

Nível de dificuldade: moderado à difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)

Trilha Cachoeira da Ribeira do Itu

A trilha é um caminho supostamente aberto pelos indígenas, que moravam no litoral e

buscavam acessar o planalto e posteriormente utilizado pelos caiçaras. O caminho era um dos

principais acessos à Caraguatatuba (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Atualmente, a trilha consiste em uma longa caminhada em meio a Mata Atlântica

conservada com diversos poços para banho, como o Poço das Antas, piscina natural de águas

verdes e cristalinas com aproximadamente 13 metros de largura e oito de comprimento é propício

para um mergulho; Poço dos Macacos, piscina natural azul-esverdeada de aproximadamente trinta

metros de comprimento por nove metros de largura; Poço da Serpente, formado por uma cachoeira

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de aproximadamente sete metros de altura e um razoável volume de águas cristalinas e geladas e a

Cachoeira Samambaiaçu, queda d´água de aproximadamente vinte metros de altura (FUNDAÇÃO

FLORESTAL, 2013).

No entanto, a intenção do Núcleo São Sebastião, no momento, é priorizar a divulgação da

trilha do Ribeirão do Itu em sua porção inicial (partindo de Boiçucanga) até a 3ª queda (Serpente).

O motivo é o trabalho de monitoria focado nesse trecho, permitindo maior controle sobre a

visitação. Quando houver condições de monitorarmos a trilha como um todo, passaremos a destinar

a visitação por todo o percurso.

O percurso inicial conta com travessias de rios e boa parte são trechos de subida. Possui

atrativos como grandes árvores, presença de bromélias, orquídeas e lianas e ótimas estruturas para

banho, como hidromassagens e escorregador naturais e quedas de diversos tamanhos. No local não

é permitido acessar com bebidas alcoólicas, acampar, acender fogueira e levar animais domésticos.

Todo resíduo gerado, deve ser levado de volta pelo visitante e destinado em local correto. Há

estacionamento no local.

Além disso, embora a cachoeira da Pedra Lisa (1ª queda) não esteja em área do Parque, é

a maior queda do Rio Ribeirão do Itu e a mais visitada pelos turistas, sendo utilizada como um

atrativo para o uso público do Núcleo. Possui uma queda de 50m e uma "hidromassagem", com

quedas menores que formam pequenos poços naturais.

Percurso inicial

Percurso: 1.600 metros

Tempo estimado: 02h00min

Nível de dificuldade: fácil a moderado

Percurso completo

Percurso: 9.670 metros

Tempo estimado: 05h30min

Nível de dificuldade: moderado a difícil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)

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Trilha do Jatobá

A trilha oferece uma caminhada na Mata Atlântica, onde é possível observar diversas

espécies características, como o palmito juçara, jatobá, jequitibá, bromélias e orquídeas. Além

disso, a trilha possui duas cachoeiras com piscina para banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Localizada ao final da trilha, a Cachoeira do Jatobá é formada por uma queda positiva em

corredeira, com aproximadamente 7 metros, rodeada de muita mata em bom estado de

conservação. O pequeno poço de águas cristalinas é convite ideal para um banho refrescante

(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Já a pequena cachoeira do Jatobazinho é caracterizada pelo seu curioso formato em “V”.

Localizada imediatamente ao lado da trilha, em meio a uma preservada Mata Atlântica, seu

caminho é totalmente feito de pedras (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).

Percurso: 1.625 metros

Tempo estimado: 01h30min

Nível de dificuldade: fácil

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)

O Jatobá é uma planta com crescimento lento e mais frequente em matas de vegetação primária

em bom estado de conservação. Podem atingir até 20 m de altura, suas flores brancas florescem

no verão e são polinizadas por diferentes animais. A frutificação inicia-se com 8 a 15 anos de

idade, normalmente na primavera e suas sementes são normalmente dispersas por morcegos.

Por ser uma das dez espécies de árvores consideradas madeiras de lei, essa espécie encontra-se

em perigo de extinção. Estudos realizados indicam um grande potencial para sequestrar carbono

da atmosfera, fornecendo assim um importante serviço ecossistêmico.

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013

Sertão do Camburi

O passeio consiste em 2 km de trilha com quatro cachoeiras de tamanhos variados ao longo

do percurso. É conhecida por suas belezas naturais e mata conservada. Oferece ótimas opções para

banhos. No local não é permitido acessar com bebidas alcoólicas, acampar, acender fogueira e levar

animais domésticos. Todo resíduo gerado, deve ser levado de volta pelo visitante e destinado em

local correto. Há estacionamento no local. Não é monitorada pela equipe de uso público do Núcleo

São Sebastião.

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Percurso: 2.000 metros

Tempo estimado: 02h00min

Nível de dificuldade: baixa

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)

Estrada da Limeira

A estrada da Limeira, mais conhecida como estrada da Petrobrás, liga o bairro do Jaraguá

em São Sebastião até a estrada do Rio Pardo ou Intermediária.O percurso, de 24km, pode ser

percorrido por bicicleta (modelo mountain bike), motocicleta ou veículos de passeio (melhor 4x4) e

é opção de interligação da cidade de São Sebastião Salesópolis (litoral norte ao planalto), com

altitudes de até 900 m.

Durante o percurso é possível também passar por fazendas e sítios antigos com criação de

gado e outros desativados com seus campos verdes. Serve como acesso para os veículos de

manutenção do oleoduto que liga o porto de São Sebastião às refinarias do Estado de São Paulo.

Os atrativos naturais são diversos, desde mirantes onde se avistam algumas praias, como

Maresias e também o canal de São Sebastião e Ilhabela e rios / riachos de diferentes proporções,

que oferecem cenários dos mais interessantes da Mata Atlântica, com sua fauna e flora

característica da região da Serra do Mar.

Já no início da estrada de terra, com acesso pela praia da Enseada e passando pelo bairro

do Jaraguá, a vegetação é predominante e o visual preservado impressiona. São árvores de grande

porte espalhadas pelo caminho, misturadas com orquídeas, bromélias e outras diversas espécies

interessantes. O trajeto, desde o princípio, oferece subidas íngremes que são constantes durante

boa parte do trajeto.

Percurso: 24.000 metros

Tempo estimado:

Carro: 01h30min a 02h00min

Bicicleta: 05h00min

Nível de dificuldade: alto para bicicleta

Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)

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7.10.8. Informações gerais sobre o Núcleo

Dados gerais

Área 26.286 mil hectares

Bioma Mata Atlântica

Município da sede São Sebastião

Municípios Abrangidos São Sebastião

Endereço da sede Praça Simeão Faustino, 17

Escritório urbano

Bases e outras funções

Telefones (12) 3863-1707 / (12) 3863-1575

Sinal de celular da sede

Sinal de celular da base

E-mail da UC [email protected]

Nome do Gestor Ricardo Laerte Romero

Esportes Radicais Não

Capacidade de

hospedagem Não

Valor da hospedagem

na UC Não

Centro de visitantes Sim

Capacidade do auditório Não

Capacidade do

refeitório Não

Lanchonete Não

Quiosques pic nic Não

Camping na UC Não

Facilidades no entorno

imediato

Sim. O Núcleo São Sebastião estende-se paralelamente à orla marítima, onde se

concentra toda a zona urbana do município.

Tipo de Acesso Asfalto

Distância de SP 175 km

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Distância cidade mais

próxima(s) 45 km do centro de São Sebastião

Cobrança de Ingresso e

valor Não

Amplitude Altitudinal 0m a 453m

Amplitude de

Temperaturas Máxima 38º; Média 22º; Mínima 8º

Bases e outras funções

Base de Proteção

Endereço

Telefone

Capacidade de

hospedagem

Base de Uso Público

Endereço

Telefone

Capacidade de

hospedagem

Mais Informações

Sede Administrativa

Dias e horário de

funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.

Telefones para

informação (13) 3419 2792 / (13) 3419 2631

E-mail

Gestor (a)

Endereço

Visitação

Dias e horário de

funcionamento

Endereço

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Normas de Visitação e Segurança do PESM

É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);

É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;

É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;

É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;

É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro

produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.

Normas para as trilhas

Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;

Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da

trilha;

Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;

Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se

camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;

Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,

não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;

Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;

É proibido fumar nas trilhas;

É proibido o uso de bebidas alcoolicas.

Símbolo

Gavinha

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8. ANEXOS

Anexo 1 – PEGADA ECOLÓGICA

A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do

consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. É uma ferramenta que permite

comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade regenerativa da

Terra, ou sua biocapacidade – área efetivamente disponível para a produção dos recursos naturais

e a absorção das emissões de CO2.

Ela é expressa em hectares globais (gha) que representa um hectare de produtividade

média mundial para terras e águas produtivas em um ano.

A pegada ecológica leva em consideração em sua metodologia seis componentes:

● Área construída: Representa a extensão de áreas cobertas por infraestrutura humana,

inclusive transportes, habitação, estruturas industriais e reservatórios para a geração de

energia hidrelétrica.

● Área de cultivo: Representa a extensão de áreas de cultivo usadas para a produção de

alimentos e fibras para consumo humano, ração para o gado, oleaginosas e borracha.

● Pesqueiros: Calculada a partir da estimativa de produção primária necessária para

sustentar os peixes e mariscos capturados, com base em dados de captura relativos a

espécies marinhas e de água doce.

● Área florestal: Representa a extensão de áreas florestais necessárias para o fornecimento

de produtos madeireiros, celulose e lenha.

● Pastagem: Representa a extensão de áreas de pastagem utilizadas para a criação de gado

de corte e leiteiro e para a produção de couro e produtos de lã.

● Carbono: Representa a extensão de áreas florestais capaz de sequestrar emissões de CO2

derivadas da queima de combustíveis fósseis, excluindo-se a parcela absorvida pelos

oceanos que provoca a acidificação.

A pegada ecológica mundial vem crescendo anualmente, como os estudos realizados pela

Global Footprint Network vêm demonstrando. Atualmente, seria necessário 1,5 planeta Terra para

atender o consumo humano, sendo que a maior parte é associada às áreas florestais necessárias

para o sequestro das emissões de carbono (55%) (WWF, 2012a).

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Fonte: WWF, 2012a

A Global Footprint Network também disponibiliza uma ferramenta, na qual é possível o

cálculo da pegada de carbono de pessoas físicas em:

http://www.footprintnetwork.org/en/index.php/GFN/page/calculators/

Uma análise comumente realizada é a associação da pegada ecológica de um determinado

país e seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Assim, é possível determinar a habilidade do

país de atingir padrões adequados de saúde, de educação e econômicos respeitando a

biocapacidade planetária.

Uma pequena pegada ecológica associada a um alto IDH são as condições mínimas para o

desenvolvimento humano sustentável. A área destacada em azul no gráfico demonstra que este

ainda é um cenário pouco atingido pelos países atualmente.

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Fonte: GLOBAL FOOTPRINT NETWORK, 2012

No Brasil, o dado mais relevante é o forte declínio sofrido pela biocapacidade ao longo dos

anos devido ao empobrecimento dos serviços ecológicos e degradação dos ecossistemas. Ainda

assim, o Brasil encontra-se em uma importante posição no cenário mundial, como um dos maiores

credores ecológicos do planeta (WWF, 2012b).

Para se manter nesta posição de credor ecológico, o Brasil precisa reverter este quadro de

declínio de sua biocapacidade com ações de conservação e de produção ecoeficiente, buscando

diminuir a Pegada Ecológica de sua população por meio do consumo consciente e da manutenção

da estabilidade populacional (WWF, 2012b).

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Fonte: WWF, 2012b

A Pegada Ecológica média do Estado de São Paulo é de 3,52 hectares globais per capta

(gha/cap) e de sua capital, a cidade de São Paulo, 4,38 gha/cap. Isso significa que, se todas as

pessoas do planeta consumissem de forma semelhante aos paulistas, seriam necessários quase dois

planetas para sustentar esse estilo de vida. Se vivessem como os paulistanos, quase dois planetas e

meio (WWF, 2012b).

A Pegada Ecológica da cidade de São Paulo é 49% maior que a brasileira, 25% maior do

que a do Estado de São Paulo. O Estado de São Paulo apresenta, por sua vez, uma Pegada

Ecológica 20% maior que a média brasileira, que é de 2,93 hectares globais por pessoa (WWF,

2012b).

Fonte: WWF, 2012b

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ANEXO 2 - OUTRAS ESPÉCIES

GATO MORISCO (Puma yagouaroundi)

O gato mourisco é considerado uma espécie guarda-chuva para o Parque Estadual Serra do Mar

(TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011). Possui cerca de 60 cm de comprimento de corpo, 45 cm de

cauda e pesa de 6 a 9 Kg. Habita áreas de mata primária, secundária, de preferência na mata ciliar dos rios,

lagos e banhados. O gato-mourisco alimenta-se de roedores, lebres, macacos, cotias, quatis e até pequenos

veados. O gato mourisco é um animal de hábitos diurno e noturno, terrestre, podendo subir em árvore. Sua

dieta inclui também de aves, répteis, anfíbios e peixes. Costuma andar sozinho, podendo ser visto aos casais

somente durante a época de reprodução, comportamento típico dos felinos (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA

CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d(d)).

Estudos científicos recentes revelam que a espécie tornou-se muito rara e a destruição de hábitats é

a principal causa de ameaça de extinção (IUCN, 2011). A perda de habitats tem um impacto negativo sobre a

sua probabilidade de ocorrência (MICHALSKI e PERES, 2005). Além disso, o pouco conhecimento sobre a

biologia desta espécie limita a possibilidade de estratégias de conservação eficazes. É uma das espécies de

felinos com maior deficiência de dados, tanto relacionados com a biologia da espécie e padrão de distribuição

geográfica, quanto com a sua atual situação de densidade populacional (SUNQUIST e SUNQUIST, 2002).

SARUCUÁ (Trogon surrucura)

Espécie de ave colorida. Também chamada de dorminhoco porque permanece muito tempo

empoleirado sobre o mesmo galho procurando alimento. Os machos têm as cores mais intensas, com a

cabeça azul e as pálpebras amarelas. Nas fêmeas estas regiões são cinza. Possuem plumagem macia, pernas

curtas, bico grosso e curto e cauda longa, graduada e de ponta quadrada. Vivem em ambientes florestais.

Alimentam-se de insetos, aranhas e frutos como o da embaúba. Constrói seu ninho em ocos de árvores com

até 17 cm de profundidade e em média 10 cm de diâmetro e põe quatro ovos brancos. Tem uma grande

importância na Natureza, pois são dispersores de sementes e auxiliam no controle da população de insetos e

aranhas (ICMBio, s/d).

CUIÚ-CUIÚ (Pionopsitta pileata)

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Emite um som barulhento e semelhante ao da Maitaca-verde. Há dimorfismo sexual. Ambos sexos

apresentam plumagem verde uniforme, mas somente os machos tem a testa, o loro e a corôa vermelha. A

fêmea apresenta a fronte com faixa levemente azulada. Ambos possuem a borda superior das asas, em azul

escuro. Alimenta-se de grande variedade de frutas silvestres, como a candeia, um dos alimentos prediletos

desta espécie, a goiaba e o caqui. O casal vive unido e permanece assim a vida inteira, como outros

psitacídeos faz seu ninho no oco de árvores, aonde a fêmea põe de 3 a 4 ovos e os choca por 24 dias, o

macho cuida de sua alimentação durante todo o período de incubação (Wikiaves, s/d(g)).

ONÇA-PINTADA (Panthera onca)

A onça-pintada é um animal de grande porte com o comprimento de seu corpo atingindo de 188,2 a

207,2 cm. Sua coloração é amarelada na cabeça, dorso, patas e cauda e esbranquiçada no peito e no ventre;

é acompanhada por pintas pretas nas regiões da cabeça, pescoço e patas, rosetas com pontos no interior na

região dos ombros, costas e flancos. Possui hábitos solitários (exceto no período reprodutivo e de cuidado

com os filhotes), noturnos e terrestres, apesar de escalar árvores e nadarem muito bem. Basicamente

carnívora, sua alimentação é composta de animais de médio a grande porte como: anta, capivara, cateto,

tatu, entre outros. Ocorrem em todos biomas brasileiros como: Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata

Atlântica e Campos

Sulinos. Espécie ameaçada (ViaRondon, 2011).

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ANEXO 3. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Código UC Nome do Órgão

Gestor Nome da UC

Esfera Administrativa

Categoria de Manejo

Categoria IUCN

Bioma declarado

Municípios Abrangidos Estados

Abrangidos

0000.00.0011

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ÁREA DE

PROTEÇÃO AMBIENTAL SERRA DA MANTIQUEIRA

Federal Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Aiuruoca (MG), Alagoa (MG), Bocaina de Minas (MG), Baependi (MG), Delfim Moreira (MG), Itamonte (MG), Itanhandu (MG), Liberdade (MG), Marmelópolis (MG), Passa Quatro (MG), Passa Vinte (MG),

Piranguçu (MG), Pouso Alto (MG), Virgínia (MG), Wenceslau Braz (MG), Itatiaia (RJ), Resende (RJ), Campos do Jordão (SP), Cruzeiro (SP), Guaratinguetá (SP), Lorena (SP), Lavrinhas (SP), Pindamonhangaba (SP), Piquete (SP), Queluz (SP), Santo Antônio do Pinhal (SP), São Bento do Sapucaí (SP)

MG, RJ, SP

0000.00.0014

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE CANANÉIA-IGUAPÉ-PERUÍBE

Federal Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Ilha Comprida (SP), Peruíbe (SP), Miracatu (SP), Itariri (SP), Iguape (SP), Cananéia (SP)

SP

0000.00.0025

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ILHAS E VÁRZEAS DO RIO PARANÁ

Federal Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Bataiporã (MS), Eldorado (MS), Iguatemi (MS), Itaquiraí (MS), Ivinhema (MS), Japorã (MS), Jateí (MS), Mundo Novo (MS), Naviraí (MS), Nova Andradina (MS), Novo Horizonte do Sul (MS), Taquarussu (MS), Altânia (PR), Diamante do Norte (PR), Guaíra (PR), Icaraíma (PR), Ivaté (PR), Marilena (PR), Nova Londrina (PR), Porto Rico (PR), Querência do Norte (PR), Santa Cruz de Monte Castelo (PR), São Jorge do Patrocínio (PR), São Pedro do Paraná (PR), Terra Roxa (PR), Vila Alta (PR), Rosana (SP)

MS, PR, SP

0000.00.0030

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA VASSUNUNGA

Federal

Área de Relevante Interesse Ecológico

Category IV

Mata Atlântica

Santa Rita do Passa Quatro (SP) SP

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0000.00.0032

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ÁREA DE

RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA PÉ-DE-GIGANTE

Federal

Área de Relevante Interesse Ecológico

Category IV

Mata Atlântica

Santa Rita do Passa Quatro (SP) SP

0000.00.0036

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA ILHA AMEIXAL

Federal

Área de Relevante Interesse Ecológico

Category IV

Mata Atlântica

Peruíbe (SP) SP

0000.00.0037

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ÁREA DE RELEVANTE

INTERESSE ECOLÓGICO ILHAS QUEIMADA GRANDE E QUEIMADA PEQUENA

Federal

Área de Relevante Interesse Ecológico

Category IV

Marinho Peruíbe (SP) SP

0000.00.0040

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA MATA DE SANTA GENEBRA

Federal

Área de Relevante Interesse Ecológico

Category IV

Cerrado Paulínia (SP) SP

0000.00.0041

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA MATÃO DE COSMÓPOLIS

Federal

Área de Relevante Interesse Ecológico

Category IV

Cerrado Artur Nogueira (SP), Cosmópolis (SP) SP

0000.00.0064

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ESTAÇÃO ECOLÓGICA TUPINAMBÁS

Federal Estação Ecológica

Category Ia

Marinho São Sebastião (SP), Ubatuba (SP) SP

0000.00.0071

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ESTAÇÃO ECOLÓGICA DOS TUPINIQUINS

Federal Estação Ecológica

Category Ia

Marinho Cananéia (SP), Itanhaém (SP), Peruíbe (SP)

SP

0000.00.0073

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ESTAÇÃO ECOLÓGICA MICO LEÃO PRETO

Federal Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Euclides da Cunha Paulista (SP), Marabá Paulista (SP), Presidente Epitácio (SP), Teodoro Sampaio (SP)

SP

Page 253: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

253

0000.00.0079

Instituto Chico

Mendes de Conservação da Biodiversidade

FLORESTA NACIONAL DE CAPÃO BONITO

Federal Floresta Category

VI Mata Atlântica

Buri (SP), Capâo Bonito (SP) SP

0000.00.0094

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

FLORESTA NACIONAL DE IPANEMA

Federal Floresta Category

VI Mata Atlântica

Araçoiaba da Serra (SP), Capela do Alto (SP), Iperó (SP)

SP

0000.00.0098

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

FLORESTA NACIONAL DE LORENA

Federal Floresta Category

VI Mata Atlântica

Lorena (SP) SP

0000.00.0142

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

PARQUE NACIONAL DA SERRA DA BOCAINA

Federal Parque Category

II Mata Atlântica

Angra dos Reis (RJ), Parati (RJ), Areias (SP), Cunha (SP), São José do Barreiro (SP), Ubatuba (SP)

RJ, SP

0000.00.0234

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA EXTRATIVISTA MANDIRA

Federal Reserva Extrativista

Category VI

Mata Atlântica

Cananéia (SP) SP

0000.35.0798

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Bertioga (SP), Biritiba-Mirim (SP), Caraguatatuba (SP), Cubatão (SP), Cunha (SP), Itanhaém (SP), Juquitiba (SP), Moji das Cruzes (SP), Mongaguá (SP), Natividade da Serra (SP), Paraibuna (SP), Pedro de Toledo (SP), Peruíbe (SP), Praia Grande (SP), Salesópolis (SP), Santo André (SP), Santos (SP), São Bernardo do Campo (SP), São Luís do Paraitinga (SP), São Paulo (SP), São Sebastião (SP), São Vicente (SP), Ubatuba (SP)

SP

0000.35.0800

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DE CAMPOS DO JORDÃO

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Campos do Jordão (SP) SP

0000.35.0801

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DO JURUPARÁ

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Piedade (SP), Ibiúna (SP) SP

Page 254: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

254

0000.35.0807

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE PAULO DE FARIA

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Paulo de Faria (SP) SP

0000.35.0808

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA JATAÍ

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Cerrado Luís Antônio (SP) SP

0000.35.0810

Fundação para Conservação e a

Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL

CARLOS BOTELHO

Estadual Parque Category

II Mata

Atlântica Capâo Bonito (SP), Sete Barras (SP), São

Miguel Arcanjo (SP) SP

0000.35.0812

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE RIBEIRÃO PRETO

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Ribeirão Preto (SP) SP

0000.35.0816

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DO MORRO DO DIABO

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Teodoro Sampaio (SP) SP

0000.35.0817

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA CHAÚAS

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Iguape (SP) SP

0000.35.0818

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE SÃO CARLOS

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Brotas (SP) SP

0000.35.0819

Fundação para Conservação e a

Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA

IBICATU Estadual

Estação

Ecológica Category

Ia Mata

Atlântica Piracicaba (SP) SP

0000.35.0820

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA BANANAL

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Bananal (SP) SP

Page 255: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

255

0000.35.0821

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA ITABERÁ

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Itaberá (SP) SP

0000.35.0823

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DE PORTO FERREIRA

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Porto Ferreira (SP) SP

0000.35.0825

Fundação para Conservação e a

Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DAS

FURNAS DO BOM JESUS

Estadual Parque Category

II Mata

Atlântica Pedregulho (SP) SP

0000.35.0826

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL TURÍSTICO DO ALTO DO RIBEIRA

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Iporanga (SP), Apiaí (SP) SP

0000.35.0831

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DO JUQUERY

Estadual Parque Category

II Cerrado Franco da Rocha (SP), Caieiras (SP) SP

0000.35.0833

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL XIXOVÁ-JAPUÍ

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

São Vicente (SP), Praia Grande (SP) SP

0000.35.0834

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL MARINHO DA LAJE DE SANTOS

Estadual Parque Category

II Marinho Santos (SP) SP

0000.35.0836

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DOS MANANCIAIS DE CAMPOS DO JORDÃO

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Campos do Jordão (SP) SP

0000.35.0841

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DA ILHA DO CARDOSO

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Cananéia (SP) SP

Page 256: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

256

0000.35.0844

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DA CANTAREIRA

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

São Paulo (SP), Mairiporã (SP), Guarulhos (SP), Caieiras (SP)

SP

0000.35.0845

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DO AGUAPEÍ

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

São João do Pau D'Alho (SP), Nova Independência (SP), Monte Castelo (SP), Junqueirópolis (SP), Guaraçaí (SP), Castilho (SP)

SP

0000.35.0852

Fundação para Conservação e a

Produção Florestal do Estado de São Paulo

FLORESTA ESTADUAL EDMUNDO

NAVARRO DE ANDRADE

Estadual Floresta Category

VI Mata

Atlântica Rio Claro (SP), Santa Gertrudes (SP) SP

0000.35.0853

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DE VASSUNUNGA

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Santa Rita do Passa Quatro (SP) SP

0000.35.0854

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DA CAMPINA DO ENCANTADO

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Pariquera-Açu (SP) SP

0000.35.0855

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DE ILHABELA

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Ilhabela (SP) SP

0000.35.0856

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DA ILHA ANCHIETA

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Ubatuba (SP) SP

0000.35.0857

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA DOS CAETETUS

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Cerrado Alvinlândia (SP), Gália (SP) SP

0000.35.0859

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DO JARAGUÁ

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

São Paulo (SP), Osasco (SP) SP

Page 257: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

257

0000.35.0862

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA JURÉIA-ITATINS

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Iguape (SP), Itariri (SP), Miracatu (SP), Peruíbe (SP)

SP

0000.35.0863

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA VALINHOS

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Valinhos (SP) SP

0000.35.0870

Fundação para Conservação e a

Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DO RIO PEIXE

Estadual Parque Category

II Mata

Atlântica Dracena (SP), Ouro Verde (SP), Piquerobi

(SP), Presidente Venceslau (SP) SP

0000.35.0909

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE BAURU

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Bauru (SP) SP

0000.35.0910

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ITAPETI

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Moji das Cruzes (SP) SP

0000.35.0911

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE XITUÉ

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Ribeirão Grande (SP) SP

0000.35.0913

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DA ARA

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Valinhos (SP), Campinas (SP) SP

0000.00.1044

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SITIO PALMITAL

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Cerrado Itápolis (SP) SP

0000.00.1045

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO DO JACU

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Caraguatatuba (SP) SP

Page 258: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

258

0000.00.1046

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA

PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO DO CANTONEIRO

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Monteiro Lobato (SP) SP

0000.00.1047

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO CURUCUTU

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

São Paulo (SP) SP

0000.00.1048

Instituto Chico

Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA

PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO CAPUAVINHA

Federal

Reserva

Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Mairiporã (SP) SP

0000.00.1049

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MEANDROS II

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Ibiúna (SP) SP

0000.00.1050

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL RESERVA ECOLÓGICA AMADEU BOTELHO

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Jaú (SP) SP

0000.00.1051

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL PARQUE FLORESTAL SÃO MARCELO

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Moji-Mirim (SP) SP

0000.00.1052

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO PITHON

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Araçariguama (SP) SP

Page 259: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

259

0000.00.1053

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA

PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MORRO DO CURUSSU MIRIM

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Ubatuba (SP) SP

0000.00.1054

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA SILVO AGRO-PASTORIL GONÇALVES

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Tapiraí (SP) SP

0000.00.1055

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FLORESTA NEGRA, PARQUE NATURAL PARA ESTUDOS, PESQUISA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Araçoiaba da Serra (SP) SP

0000.00.1056

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA SAN MICHELE

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

São José dos Campos (SP) SP

0000.00.1058

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA RELÓGIO QUEIMADO

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Cafelândia (SP) SP

0000.00.1059

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MEANDROS

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Ibiúna (SP) SP

Page 260: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

260

0000.00.1060

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA

PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MEANDROS III

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Ibiúna (SP) SP

0000.00.1061

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA HORII

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Guapiara (SP) SP

0000.00.1062

Instituto Chico

Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO

PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA BELA AURORA

Federal

Reserva

Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Cruzeiro (SP) SP

0000.00.1063

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL ESTÂNCIA JATOBÁ

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Jaguariúna (SP) SP

0000.00.1064

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL CENTRO DE VIVÊNCIA COM A NATUREZA - CVN

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Araçoiaba da Serra (SP) SP

0000.00.1065

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL RESERVA RIZZIERI

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

São Sebastião (SP) SP

0000.00.1066

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL PARQUE DOS PÁSSAROS

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Cerrado Bragança Paulista (SP) SP

Page 261: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

261

0000.00.1067

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA

PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA PALMIRA

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Cerrado Serra Azul (SP) SP

0000.00.1068

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO RYAN

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Itapevi (SP) SP

0000.00.1069

Instituto Chico

Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA

PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO SABIUNA

Federal

Reserva

Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Joanópolis (SP) SP

0000.00.1070

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL TOQUE TOQUE PEQUENO

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

São Sebastião (SP) SP

0000.00.1071

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL VOTURUNA II

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Santana de Parnaíba (SP) SP

0000.00.1072

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL VOTURUNA V

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Pirapora do Bom Jesus (SP) SP

0000.00.1073

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA SERRINHA

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Bragança Paulista (SP) SP

0000.00.1074

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL ECOWORLD

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Atibaia (SP) SP

Page 262: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

262

0000.00.1075

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA

PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL CARBOCLORO S/A

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Cubatão (SP) SP

0000.00.1076

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO PRIMAVERA

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

São Luís do Paraitinga (SP) SP

0000.00.1521

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

ÁREA DE

PROTEÇÃO AMBIENTAL BACIA DO PARAÍBA DO SUL

Federal Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Aparecida (SP) SP

0950.35.1570

Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de Campinas

AREA DE PROTEçãO AMBIENTAL DE CAMPINAS

Municipal Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Campinas (SP) SP

0000.35.1672

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ESTAÇÃO

ECOLÓGICA DO BARREIRO RICO

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Anhembi (SP) SP

0000.35.1675

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL CAVERNA DO DIABO

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Iporanga (SP), Eldorado (SP), Cajati (SP), Barra do Turvo (SP)

SP

0000.35.1676

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL INTERVALES

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Ribeirão Grande (SP) SP

0000.35.1677

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DO ITINGUÇU

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Peruíbe (SP), Iguape (SP) SP

Page 263: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

263

0000.35.1678

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL LAGAMAR DE CANANEIA

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Cananéia (SP), Jacupiranga (SP) SP

0000.35.1679

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DO PRELADO

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Iguape (SP) SP

0000.35.1681

Fundação para Conservação e a

Produção Florestal do Estado de São Paulo

REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE DAS ILHAS DO

ABRIGO E GUARARITAMA

Estadual Refúgio de Vida

Silvestre

Category

III Mata

Atlântica Peruíbe (SP) SP

0000.35.1685

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RESERVA EXTRATIVISTA ILHA DO TUMBA

Estadual Reserva Extrativista

Category VI

Marinho Cananéia (SP) SP

0000.35.1686

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RESERVA EXTRATIVISTA TAQUARI

Estadual Reserva Extrativista

Category VI

Mata Atlântica

Cananéia (SP) SP

0000.35.1687

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RDS DA BARRA DO UNA

Estadual

Reserva de Desenvolvimento Sustentável

Category VI

Mata Atlântica

Peruíbe (SP) SP

0000.35.1688

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RDS BARREIRO ANHEMAS

Estadual

Reserva de Desenvolvimento Sustentável

Category VI

Mata Atlântica

Barra do Turvo (SP) SP

0000.35.1689

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RDS DO DESPRAIADO

Estadual

Reserva de Desenvolvimento Sustentável

Category VI

Mata Atlântica

Iguape (SP) SP

0000.35.1690

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RDS LAVRAS Estadual

Reserva de Desenvolvimento Sustentável

Category VI

Mata Atlântica

Cajati (SP) SP

Page 264: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

264

0000.35.1691

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RDS DOS PINHEIRINHOS

Estadual

Reserva de Desenvolvimento Sustentável

Category VI

Mata Atlântica

Barra do Turvo (SP) SP

0000.35.1692

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RDS QUILOMBOS DE BARRA DO TURVO

Estadual

Reserva de Desenvolvimento Sustentável

Category VI

Mata Atlântica

Barra do Turvo (SP) SP

0000.35.1693

Fundação para Conservação e a

Produção Florestal do Estado de São Paulo

RDS

ITAPANHAPIMA Estadual

Reserva de Desenvolvim

ento Sustentável

Category

VI Mata

Atlântica Cananéia (SP) SP

0000.35.1695

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA CABREUVA Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Cabreúva (SP), Indaiatuba (SP), Itu (SP), Salto (SP)

SP

0000.35.1696

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA CAJAMAR Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Cajamar (SP) SP

0000.35.1697

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA CAJATI Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Campos do Jordão (SP) SP

0000.35.1698

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA CAMPOS DO JORDÃO

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Campos do Jordão (SP) SP

0000.35.1700

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA CORUMBATAí, BOTUCATU E TEJUPá PERIMETRO CORUMBATAí

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Analândia (SP), Barra Bonita (SP), Brotas (SP), Corumbataí (SP), Dois Córregos (SP), Ipeúna (SP), Itirapina (SP), Mineiros do Tietê (SP), Rio Claro (SP), Santa Maria da Serra (SP), São Carlos (SP), São Pedro (SP)

SP

0000.35.1701

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA IBITINGA Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Ibitinga (SP) SP

Page 265: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

265

0000.35.1702

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA ILHA COMPRIDA

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Ilha Comprida (SP) SP

0000.35.1703

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA ITUPARARANGA

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Alumínio (SP), Cotia (SP), Ibiúna (SP), Mairinque (SP), Piedade (SP), São Roque (SP), Vargem Grande Paulista (SP), Votorantim (SP)

SP

0000.35.1704

Fundação para Conservação e a

Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA JUNDIAí Estadual Área de Proteção Ambiental

Category

V Mata

Atlântica Campo Limpo Paulista (SP), Itupeva (SP),

Jarinu (SP), Jundiaí (SP) SP

0000.35.1706

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA MORRO DE SãO BENTO

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Ribeirão Preto (SP) SP

0000.35.1707

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA PARQUE E FAZENDA DO CARMO

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

São Paulo (SP) SP

0000.35.1708

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA PIRACICABA JUQUERí-MIRIM AREA II

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Amparo (SP), Analândia (SP), Bragança Paulista (SP), Campinas (SP), Charqueada (SP), Corumbataí (SP), Holambra (SP), Ipeúna (SP), Itirapina (SP), Jaguariúna (SP), Joanópolis (SP), Mairiporã (SP), Monte Alegre do Sul (SP), Morungaba (SP), Nazaré Paulista (SP), Pedra Bela (SP), Pedreira (SP), Pinhalzinho (SP), Piracaia (SP), Rio Claro (SP), Santo Antônio de Posse (SP), Serra Negra (SP), Socorro (SP), Tuiuti (SP), Vargem (SP)

SP

0000.35.1709

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA PLANALTO DO TURVO

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Barra do Turvo (SP), Cajati (SP) SP

0000.35.1710

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA QUILOMBOS DO MéDIO RIBEIRA

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Barra do Turvo (SP), Eldorado (SP), Iporanga (SP)

SP

Page 266: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

266

0000.35.1711

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA REPRESA BAIRRO DA USINA

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Atibaia (SP) SP

0000.35.1712

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA RIO BATALHA

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Agudos (SP), Avaí (SP), Balbinos (SP), Bauru (SP), Duartina (SP), Gália (SP), Pirajuí (SP), Piratininga (SP), Presidente Alves (SP), Reginópolis (SP), Uru (SP)

SP

0000.35.1713

Fundação para Conservação e a

Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA RIO PARDINHO E RIO VERMELHO

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category

V Mata

Atlântica Barra do Turvo (SP) SP

0000.35.1715

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA SAPUCAí MIRIM

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Santo Antônio do Pinhal (SP), São Bento do Sapucaí (SP)

SP

0000.35.1716

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA SERRA DO MAR

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Apiaí (SP), Capâo Bonito (SP), Eldorado (SP), Guapiara (SP), Ibiúna (SP), Iporanga (SP), Juquitiba (SP), Juquiá (SP), Miracatu (SP), Pedro de Toledo (SP), Pilar do Sul (SP), Sete Barras (SP), Tapiraí (SP)

SP

0000.35.1717

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA SILVEIRAS Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Silveiras (SP) SP

0000.35.1718

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA SISTEMA CANTAREIRA

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Atibaia (SP), Bragança Paulista (SP), Joanópolis (SP), Mairiporã (SP), Nazaré Paulista (SP), Piracaia (SP), Vargem (SP)

SP

0000.35.1719

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA TIETê Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Tietê (SP) SP

0000.35.1720

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA VáRZEA DO RIO TIETê

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Barueri (SP), Biritiba-Mirim (SP), Carapicuíba (SP), Guarulhos (SP), Itaquaquecetuba (SP), Moji das Cruzes (SP), Osasco (SP), Poá (SP), Salesópolis (SP), Santana de Parnaíba (SP), Suzano (SP), São Paulo (SP)

SP

Page 267: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

267

0000.35.1721

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA MARINHA DO LITORAL NORTE

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Marinho Caraguatatuba (SP), Ilhabela (SP), São Sebastião (SP), Ubatuba (SP)

SP

0000.35.1722

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ARIE DE SãO SEBASTIãO

Estadual

Área de Relevante Interesse Ecológico

Category IV

Marinho Caraguatatuba (SP), Ilhabela (SP), São Sebastião (SP), Ubatuba (SP)

SP

0000.35.1723

Fundação para Conservação e a

Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA MARINHA DO LITORAL CENTRO

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category

V Marinho

Bertioga (SP), Guarujá (SP), Itanhaém (SP), Mongaguá (SP), Peruíbe (SP), Praia Grande (SP), Santos (SP), São Vicente (SP)

SP

0000.35.1724

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA MARINHA DO LITORAL SUL

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Marinho Cananéia (SP), Iguape (SP), Ilha Comprida (SP)

SP

0000.35.1725

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

ARIE DO GUARá Estadual

Área de Relevante Interesse Ecológico

Category IV

Marinho Ilha Comprida (SP) SP

3030.35.1942 Prefeitura Municipal de Mirassol - SP

PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA GROTA DE MIRASSOL

Municipal Parque Category

II Mata Atlântica

Mirassol (SP) SP

5030.35.1959

Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL MUNICIPAL DO CAPIVARI-MONOS

Municipal Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

São Paulo (SP) SP

5030.35.1961

Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP

ÁREA DE PROTEçãO AMBIENTAL BORORé-COLôNIA

Municipal Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

São Paulo (SP) SP

5030.35.1962

Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP

PARQUE NATURAL MUNICIPAL FAZENDA DO

Municipal Parque Category

II Mata Atlântica

São Paulo (SP) SP

Page 268: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

268

CARMO

0000.35.1964

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL RESTINGA DE BERTIOGA

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Bertioga (SP) SP

0000.35.1965

Fundação para Conservação e a

Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DE ITAPETINGA

Estadual Parque Category

II Mata

Atlântica Atibaia (SP), Bom Jesus dos Perdões (SP),

Mairiporã (SP), Nazaré Paulista (SP) SP

0000.35.1966

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DE ITABERABA

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Arujá (SP), Guarulhos (SP), Nazaré Paulista (SP), Santa Isabel (SP)

SP

0000.35.1967

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

MONUMENTO NATURAL ESTADUAL DA PEDRA GRANDE

Estadual Monumento Natural

Category III

Mata Atlântica

Atibaia (SP), Bom Jesus dos Perdões (SP), Mairiporã (SP), Nazaré Paulista (SP)

SP

0000.35.1968

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

MONUMENTO NATURAL ESTADUAL DA PEDRA DO BAú

Estadual Monumento Natural

Category III

Mata Atlântica

São Bento do Sapucaí (SP) SP

0000.35.1969

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DO RIO TURVO

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Barra do Turvo (SP), Cajati (SP), Jacupiranga (SP)

SP

5030.35.1971

Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP

PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA CRATERA DE COLôNIA

Municipal Parque Category

II Mata Atlântica

São Paulo (SP) SP

0000.35.1972

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA CORUMBATAÍ BOTUCATU TEJUPA PERIMETRO BOTUCATU

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Cerrado

Angatuba (SP), Avaré (SP), Barra Bonita (SP), Bofete (SP), Botucatu (SP), Guareí (SP), Itatinga (SP), Pardinho (SP), Porangaba (SP)

SP

Page 269: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

269

0000.35.1973

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

APA

CORUMBATAÍ BOTUCATU TEJUPÁ PERIMETRO TEJUPá

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Cerrado Fartura (SP), Piraju (SP), Sarutaiá (SP), Taguaí (SP), Tejupá (SP), Timburi (SP)

SP

0000.35.1974

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do

Estado de São Paulo

APA PIRACICABA JUQUERI MIRIM ÁREA I

Estadual Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Amparo (SP), Analândia (SP), Bragança Paulista (SP), Campinas (SP), Charqueada (SP), Corumbataí (SP), Holambra (SP), Ipeúna (SP), Itirapina (SP), Jaguariúna (SP), Joanópolis (SP), Mairiporã (SP), Monte Alegre do Sul (SP), Morungaba (SP), Nazaré Paulista (SP), Pedra Bela (SP), Pedreira (SP), Pinhalzinho (SP), Piracaia (SP), Rio Claro (SP), Santo Antônio de Posse (SP), Serra Negra (SP), Socorro (SP), Tuiuti (SP), Vargem (SP)

SP

0000.35.2015

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RPPN PARAÍSO Estadual

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Mairiporã (SP) SP

0000.35.2017

Fundação para Conservação e a

Produção Florestal do Estado de São Paulo

RPPN TOCA DA

PACA Estadual

Reserva Particular do

Patrimônio Natural

Category

IV Mata

Atlântica Guatapará (SP) SP

0000.35.2019

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RPPN MAHAYANA

Estadual

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Moji das Cruzes (SP) SP

0000.35.2020

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RPPN SAO JUDAS TADEU

Estadual

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Juquitiba (SP) SP

4850.35.2063 Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santos - SP

ÁREA DE PROTEçãO AMBIENTAL SANTOS CONTINENTE

Municipal Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Santos (SP) SP

0000.00.2083 Instituto Chico Mendes de Conservação da

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO

Federal Reserva Particular do Patrimônio

Category IV

Cerrado Barretos (SP) SP

Page 270: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

270

Biodiversidade NATURAL CAVA

II Natural

0000.00.2148

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL PARQUE DAS NASCENTES

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Bragança Paulista (SP) SP

0000.00.2201

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO

NATURAL RIO DOS PILÕES

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Santa Isabel (SP) SP

0000.00.2224

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL TRILHA COROADOS - FB

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Presidente Alves (SP) SP

0000.00.2230

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO

NATURAL VALE DO CORISCO

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Itararé (SP) SP

0000.00.2236

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL VISTA BONITA

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Sandovalina (SP) SP

0000.00.2237

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL VOTURUNA

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Santana de Parnaíba (SP) SP

2590.35.2246 Prefeitura de Jundiaí - SP

RESERVA BIOLóGICA MUNICIPAL DA SERRA DO JAPI

Municipal Reserva Biológica

Category Ia

Mata Atlântica

Jundiaí (SP) SP

0000.35.2262

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RPPN O PRIMATA

Estadual

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

São José dos Campos (SP) SP

Page 271: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

271

0000.35.2317

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RPPN MOSQUITO

Estadual

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Narandiba (SP) SP

0000.35.2318

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RPPN SERRA DO ITATINS

Estadual

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Iguape (SP) SP

0000.35.2325

Fundação para Conservação e a

Produção Florestal do Estado de São Paulo

RPPN POUSADA CAMPOS DA BOCAINA

Estadual

Reserva Particular do

Patrimônio Natural

Category

IV Mata

Atlântica São José do Barreiro (SP) SP

0000.35.2326

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RPPN FAZENDA RENOPOLIS

Estadual

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Santo Antônio do Pinhal (SP) SP

0000.35.2559

Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

PARQUE ESTADUAL ALBERTO LöFGREN

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

São Paulo (SP) SP

5030.35.2562

Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMONIO NATURAL MUTINGA

Municipal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

São Paulo (SP) SP

4780.35.2580

Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André - SP

PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO PEDROSO

Municipal Parque Category

II Mata Atlântica

Santo André (SP) SP

4990.35.2587

Secretaria de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de São José dos Campos - SP

PARQUE NATURAL MUNICIPAL AUGUSTO RUSCHI

Municipal Parque Category

II Mata Atlântica

São José dos Campos (SP) SP

Page 272: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

272

0000.35.2589

Departamento de Descentralização do Desenvolvimento/Agencia Paulista de Tecnologia das Agronegócios/Secretaria de Agricultura e Abastecimento/Governo do Estado de São Paulo

RESERVA BIOLóGICA DE ANDRADINA

Estadual Reserva Biológica

Category Ia

Mata Atlântica

Andradina (SP) SP

0000.35.2605

Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

ESTAçãO ECOLóGICA DE MARíLIA

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Marília (SP) SP

0000.35.2606

Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

ESTAçãO ECOLóGICA DE AVARé

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Cerrado Avaré (SP) SP

0000.35.2617

Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado

de São Paulo - SP

ESTAçãO ECOLóGICA DE MOGI-GUAçU

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Mogi Guaçu (SP) SP

0000.35.2618

Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

FLORESTA ESTADUAL PEDERNEIRAS

Estadual Floresta Category

VI Mata Atlântica

Pederneiras (SP) SP

0950.35.2631

Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de Campinas

PARQUE NATURAL MUNICIPAL DOS JATOBáS

Municipal Parque Category

II Cerrado Campinas (SP) SP

0000.35.2635

Fundação para

Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RPPN FLORESTA DAS AGUAS PERENES

Estadual

Reserva

Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Brotas (SP), Ribeirão Bonito (SP) SP

0950.35.2637

Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de Campinas

PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO CAMPO GRANDE

Municipal Parque Category

II Mata Atlântica

Campinas (SP) SP

Page 273: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

273

0950.35.2638

Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de Campinas

ÁREA DE PROTEçãO AMBIENTAL DO CAMPO GRANDE

Municipal Área de Proteção Ambiental

Category V

Mata Atlântica

Campinas (SP) SP

0750.35.2662 Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Botucatu

PARQUE NATURAL MUNICIPAL CACHOEIRA DA MARTA

Municipal Parque Category

II Mata Atlântica

Botucatu (SP) SP

0000.35.2666

Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE

ITAPEVA Estadual

Estação Ecológica

Category Ia

Cerrado Itapeva (SP) SP

0000.35.2669

Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

ESTAçãO ECOLóGICA DE PARANAPANEMA

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Paranapanema (SP) SP

0000.35.2672

Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da UNESP - Câmpus São

José do Rio Preto

ESTAçãO ECOLóGICA DO NOROESTE PAULISTA

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

Mirassol (SP), São José do Rio Preto (SP) SP

0000.35.2697

Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

ESTAçãO ECOLóGICA DE SANTA MARIA

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Mata Atlântica

São Simão (SP) SP

0000.35.2698

Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

FLORESTA ESTADUAL SERRA D'ÁGUA

Estadual Floresta Category

VI Mata Atlântica

Campinas (SP) SP

0000.35.2699

Instituto Florestal da

Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

ESTAçãO ECOLóGICA DE SANTA BáRBARA

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Cerrado Águas de Santa Bárbara (SP) SP

0000.35.2700

Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

FLORESTA ESTADUAL DE GUARULHOS

Estadual Floresta Category

VI Mata Atlântica

Guarulhos (SP) SP

Page 274: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

274

0000.35.2701

Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ITIRAPINA

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Cerrado Brotas (SP), Itirapina (SP) SP

0000.35.2720

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RPPN SITIO KON TIKI

Estadual

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Santa Rita do Passa Quatro (SP) SP

3800.35.2723 Secretaria de Governo - Prefeitura de

Pindamonhangaba

PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO

TRABIJU

Municipal Parque Category

II Mata Atlântica

Pindamonhangaba (SP) SP

0000.00.2741

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL CRUZ PRETA

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Ibiúna (SP) SP

5220.35.2750 Secretaria de Meio Ambiente - Prefeitura de Sorocaba

PARQUE NATURAL MUNICIPAL CORREDORES DE BIODIVERSIDADE

Municipal Parque Category

II Mata Atlântica

Sorocaba (SP) SP

1050.35.2776

Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca da Estância Balneária de Caraguatatuba

PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO JUQUERIQUERê

Municipal Parque Category

II Mata Atlântica

Caraguatatuba (SP) SP

0000.35.2795

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RPPN RESERVA DO DADINHO

Estadual

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Atibaia (SP) SP

4730.35.2799 Prefeitura do Município de Santana de Parnaíba - SP

RESERVA BIOLóGICA TAMBORé

Municipal Reserva Biológica

Category Ia

Mata Atlântica

Santana de Parnaíba (SP) SP

Page 275: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

275

3560.35.2836

Diretoria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente - Paraibuna / SP

PARQUE

NATURAL MUNICIPAL "DOUTOR RUI CALAZANS DE ARAÚJO"

Municipal Parque Category

II Mata Atlântica

Paraibuna (SP) SP

0000.35.2839

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

PARQUE ESTADUAL NASCENTES DO PARANAPANEMA

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

Capâo Bonito (SP) SP

1340.35.2840 Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Cruzeiro / SP

MONUMENTO

NATURAL MUNICIPAL DO PICO DO ITAGUARÉ

Municipal Monumento Natural

Category III

Mata Atlântica

Cruzeiro (SP) SP

4780.35.2857

Secretaria de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense - SP

PARQUE NATURAL MUNICIPAL NASCENTES DE PARANAPIACABA

Municipal Parque Category

II Mata Atlântica

Santo André (SP) SP

0000.35.2867 Instituto de Botância de São Paulo

PARQUE ESTADUAL DAS FONTES DO

IPIRANGA

Estadual Parque Category

II Mata Atlântica

São Paulo (SP) SP

0000.35.2875

Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo

RPPN SITIO MANACA

Estadual

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Guaratinguetá (SP) SP

0000.35.2935

Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

ESTAçãO ECOLóGICA DE ASSIS

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Cerrado Assis (SP) SP

0000.35.2936

Instituto Florestal da

Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

ESTAçãO ECOLóGICA DE ANGATUBA

Estadual Estação Ecológica

Category Ia

Cerrado Angatuba (SP), Guareí (SP) SP

0000.35.2937

Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP

FLORESTA ESTADUAL DE ASSIS

Estadual Floresta Category

VI Cerrado Assis (SP) SP

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4870.35.2955

Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo - Secretaria de Gestão Ambiental / SP

PARQUE

NATURAL MUNICIPAL ESTORIL - VIRGíLIO SIMIONATO

Municipal Parque Category

II Mata Atlântica

São Bernardo do Campo (SP) SP

0000.00.3093

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL RIO VERMELHO

Federal

Reserva Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

Bananal (SP) SP

0000.00.3094

Instituto Chico

Mendes de Conservação da Biodiversidade

RESERVA

PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL ÁGUAS CLARAS

Federal

Reserva

Particular do Patrimônio Natural

Category IV

Mata Atlântica

São Luís do Paraitinga (SP) SP

Fonte: MMA, 2014

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Anexo 4. Lista de Aves do Parque Estadual da Serra do Mar

O trabalhado abaixo foi elaborado por Fábio Schunck, pesquisador especializado em aves.

A lista atual do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) possui 468 espécies de aves, sendo

142 endêmicas da Mata Atlântica (Bencke et al., 2006), 39 espécies ameaçadas no estado de São

Paulo (São Paulo, 2014), 12 espécies ameaçadas a nível nacional (MMA, 2014) e 52 espécies

ameaçadas globalmente (IUCN, 2012). Em relação a lista das aves do PESM elaborada em 2006

(Buzzetti, 2006), 14 espécies foram retiradas por falta de documentação ou por estar fora da sua

área de ocorrência, 109 espécies foram adicionadas por serem registros recentes ou por não terem

sido compiladas anteriormente e 359 espécies permaneceram sem alterações.

A avifauna do PESM está dividida atualmente da seguinte maneira entre os dez núcleos

administrativos: Curucutu (365), Bertioga (353), Padre Dória (314), Picinguaba (308),

Caraguatatuba (296), Cunha (274), Santa Virgínia (256), Itutinga-Pilões (230), Itariru (165) e São

Sebastião (162). Esta lista atual foi elaborada com registros exclusivos feitos dentro dos limites

desta UC, os registros disponíveis para o seu entorno, mesmo que direto, não foram considerados.

Foram consultadas as seguintes fontes: Pinto, 1938; 1944; Wiilis & Oniki, 1981; 1985; 1993; 2003;

Wege & Long, 1995; Whitney & Pacheco, 1995; Höfling & Lencioni-Neto, 1992; Goerck, 1999;

Marques, 2004; Bencke et al., 2006; Buzzetti, 2006; Agnello, 2007; Gussoni, 2007; Cavarzere,

2010, Cavarzere et al., 2010, Ambiens, 2013; Silveira, 2013; CEO, 2014 e Minns et al., 2009, além

de informações disponíveis nas bases digitais online wikiaves (www.wikiaves.co.br) e xeno-canto

(www.xeno-canto.org). Foram utilizados dados não publicados do pesquisador Fabio Schunck para

diferentes Núcleos do PESM, principalmente o Núcleo Curucutu, onde ele realiza um estudo

ornitológico desde 2007.

Os dados atribuídos ao Núcleo Bertioga, são em sua maioria, informações disponíveis para a

Estação Biológica de Boracéia, que situa-se na parte alta da Serra do Mar, uma região que abrange

tanto o Núcleo Padre Dória como uma parte do Núcleo Bertioga localizada no Planalto.

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Tabela 1. Lista de aves do Parque Estadual da Serra do Mar, SP.

Status de Ameaça

NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN

Tinamiformes

Tinamidae

Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT

Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F

Crypturellus noctivagus jaó-do-sul Yellow-legged Tinamou F X X VU NT

Crypturellus tataupa inhambu-chintã Tataupa Tinamou F

Anseriformes

Anhimidae

Anhima cornuta anhuma Horned Screamer AL X

Anatidae

Dendrocygna bicolor marreca-caneleira Fulvous Whistling-Duck AL

Dendrocygna viduata irerê White-faced Whistling-Duck AL

Dendrocygna autumnalis asa-branca Black-bellied Whistling-Duck AL

Cairina moschata pato-do-mato Muscovy Duck AL

Amazonetta brasiliensis pé-vermelho Brazilian Teal AL

Netta erythrophthalma paturi-preta Southern Pochard AL

Nomonyx dominica marreca-de-bico-roxo Masked Duck AL

Galliformes

Cracidae

Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F

Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN

Odontophoridae

Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X

Podicipediformes

Podicipedidae

Tachybaptus dominicus mergulhão-pequeno Least Grebe AL

Podilymbus podiceps mergulhão-caçador Pied-billed Grebe AL

Suliformes

Fregatidae

Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P

Sulidae

Sula leucogaster atobá-pardo Brown Booby P

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Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL

Anhingidae

Anhinga anhinga biguatinga Anhinga AL

Pelecaniformes

Ardeidae

Tigrisoma lineatum socó-boi Rufescent Tiger-Heron AL

Nycticorax nycticorax savacu Black-crowned Night-Heron AL

Butorides striata socozinho Striated Heron AL

Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL

Ardea cocoi garça-moura Cocoi Heron AL

Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL

Syrigma sibilatrix maria-faceira Whistling Heron C,AL

Pilherodius pileatus garça-real Capped Heron C,AL

Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL

Egretta caerulea garça-azul Little Blue Heron AL

Threskiornithidae

Mesembrinibis cayennensis coró-coró Green Ibis F,AL

Theristicus caudatus curicaca Buff-necked Ibis C,A

Cathartiformes

Cathartidae

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL

Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela Lesser Yellow-headed Vulture F,C,A,AL

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL

Accipitriformes

Pandionidae

Pandion haliaetus águia-pescadora Osprey AL

Accipitridae

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A

Chondrohierax uncinatus caracoleiro Hook-billed Kite F,C,A,AL

Elanoides forficatus gavião-tesoura Swallow-tailed Kite F,C,A

Elanus leucurus gavião-peneira White-tailed Kite C,A

Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F

Accipiter poliogaster tauató-pintado Gray-bellied Hawk F NT

Accipiter superciliosus gavião-miudinho Tiny Hawk F

Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F

Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande Bicolored Hawk F

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Ictinia plumbea sovi Plumbeous Kite F,C,A

Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro Snail Kite AL

Geranospiza caerulescens gavião-pernilongo Crane Hawk F,AL

Heterospizias meridionalis gavião-caboclo Savanna Hawk F,C,A,AL

Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU

Urubitinga urubitinga gavião-preto Great Black-Hawk F,AL

Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A

Parabuteo leucorrhous gavião-de-sobre-branco White-rumped Hawk F

Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco White-tailed Hawk F,C,A

Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT

Buteo nitidus gavião-pedrês Gray Hawk F,C,A

Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A

Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X

Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X

Gruiformes

Aramidae

Aramus guarauna carão Limpkin AL

Rallidae

Aramides cajaneus saracura-três-potes Gray-necked Wood-Rail AL

Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X

Amaurolimnas concolor saracura-lisa Uniform Crake F,AL

Laterallus melanophaius sanã-parda Rufous-sided Crake AL

Laterallus leucopyrrhus sanã-vermelha Red-and-white Crake AL

Porzana albicollis sanã-carijó Ash-throated Crake AL

Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL

Gallinula galeata frango-d'água-comum Common Gallinule AL

Porphyrio martinicus frango-d'água-azul Purple Gallinule AL

Charadriiformes

Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL

Pluvialis squatarola batuiruçu-de-axila-preta Black-bellied Plover AL,P

Charadrius semipalmatus batuíra-de-bando Semipalmated Plover AL,P

Charadrius collaris batuíra-de-coleira Collared Plover AL,P

Scolopacidae

Gallinago undulata narcejão Giant Snipe AL

Bartramia longicauda maçarico-do-campo Upland Sandpiper C,AL

Actitis macularius maçarico-pintado Spotted Sandpiper AL,P

Tringa solitaria maçarico-solitário Solitary Sandpiper AL,P

Page 281: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Tringa melanoleuca maçarico-grande-de-perna-amarela Greater Yellowlegs AL,P

Calidris alba maçarico-branco Sanderling AL,P

Calidris pusilla maçarico-rasteirinho Semipalmated Sandpiper AL,P NT

Calidris fuscicollis maçarico-de-sobre-branco White-rumped Sandpiper AL,P

Jacanidae

Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL

Laridae

Larus dominicanus gaivotão Kelp Gull P

Columbiformes

Columbidae

Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A

Claravis pretiosa pararu-azul Blue Ground-Dove F

Columba livia pombo-doméstico Rock Pigeon C,A

Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A

Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F

Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F

Zenaida auriculata pomba-de-bando Eared Dove C,A

Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F

Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F

Cuculiformes

Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A

Coccyzus melacoryphus papa-lagarta-acanelado Dark-billed Cuckoo F

Coccyzus americanus papa-lagarta-de-asa-vermelha Yellow-billed Cuckoo F

Coccyzus euleri papa-lagarta-de-euler Pearly-breasted Cuckoo F

Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A

Guira guira anu-branco Guira Cuckoo C,A

Tapera naevia saci Striped Cuckoo F

Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino Pavonine Cuckoo F

Strigiformes

Tytonidae

Tyto furcata coruja-da-igreja American Barn Owl F,A

Strigidae

Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A

Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X

Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X

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282

Bubo virginianus jacurutu Great Horned Owl F X

Strix hylophila coruja-listrada Rusty-barred Owl F X NT

Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F

Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X

Glaucidium brasilianum caburé Ferruginous Pygmy-Owl F,A

Athene cunicularia coruja-buraqueira Burrowing Owl C,A

Aegolius harrisii caburé-acanelado Buff-fronted Owl F,A

Asio clamator coruja-orelhuda Striped Owl F,A

Asio stygius mocho-diabo Stygian Owl F,A

Nyctibiiformes

Nyctibiidae

Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F

Caprimulgiformes

Caprimulgidae

Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F

Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A

Hydropsalis torquata bacurau-tesoura Scissor-tailed Nightjar C

Hydropsalis forcipata bacurau-tesoura-gigante Long-trained Nightjar C X

Apodiformes

Apodidae

Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C

Cypseloides senex taperuçu-velho Great Dusky Swift F

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A

Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A

Panyptila cayennensis andorinhão-estofador Lesser Swallow-tailed Swift F,C,A

Trochilidae

Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT

Glaucis hirsutus balança-rabo-de-bico-torto Rufous-breasted Hermit F

Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X

Phaethornis ruber rabo-branco-rubro Reddish Hermit F

Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado Planalto Hermit F,C,A

Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A

Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza Sombre Hummingbird F X

Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X

Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta White-vented Violetear F,C

Page 283: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

283

Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta Black-throated Mango F,C,A

Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X

Lophornis magnificus topetinho-vermelho Frilled Coquette F,C,A X

Lophornis chalybeus topetinho-verde Festive Coquette F NT

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A

Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X

Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A

Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X

Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A

Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde Glittering-throated Emerald F,C,A

Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul Sapphire-spangled Emerald F,C,A

Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X

Heliothryx auritus beija-flor-de-bochecha-azul Black-eared Fairy F

Calliphlox amethystina estrelinha-ametista Amethyst Woodstar F,C,A

Trogoniformes

Trogonidae

Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F

Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X

Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F

Coraciiformes

Alcedinidae

Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL

Chloroceryle amazona martim-pescador-verde Amazon Kingfisher F,AL

Chloroceryle aenea martinho American Pygmy Kingfisher F,AL

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL

Chloroceryle inda martim-pescador-da-mata Green-and-rufous Kingfisher F,AL

Momotidae

Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X

Galbuliformes

Galbulidae

Galbula ruficauda ariramba-de-cauda-ruiva Rufous-tailed Jacamar F,A

Bucconidae

Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha Buff-bellied Puffbird F X

Nystalus chacuru joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A

Malacoptila striata barbudo-rajado Crescent-chested Puffbird F X NT

Piciformes

Ramphastidae

Page 284: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Ramphastos toco tucanuçu Toco Toucan F,C,A

Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU

Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X

Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X

Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT

Picidae

Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A

Picumnus temminckii pica-pau-anão-de-coleira Ochre-collared Piculet F,A X

Melanerpes candidus pica-pau-branco White Woodpecker C,A

Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X

Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X

Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F

Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT

Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado Green-barred Woodpecker F

Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A

Campephilus robustus pica-pau-rei Robust Woodpecker F X

Cariamiformes

Cariamidae

Cariama cristata seriema Red-legged Seriema C,A

Falconiformes

Falconidae

Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A

Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A

Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C

Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F

Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F

Falco sparverius quiriquiri American Kestrel C,A

Falco femoralis falcão-de-coleira Aplomado Falcon C,A

Psittaciformes

Psittacidae

Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã White-eyed Parakeet F,A

Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X

Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A

Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X

Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN

Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X

Page 285: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F

Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT

Passeriformes

Thamnophilidae

Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X

Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU

Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT

Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X

Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT

Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F

Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X Herpsilochmus

rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F

Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho Rufous-capped Antshrike F,A Thamnophilus

caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A

Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X

Batara cinerea matracão Giant Antshrike F

Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X

Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X

Biatas nigropectus papo-branco White-bearded Antshrike F X X VU

Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X

Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X

Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X

Drymophila rubricollis trovoada-de-bertoni Bertoni's Antbird F X

Drymophila genei choquinha-da-serra Rufous-tailed Antbird F X

Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT

Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X

Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X

Conopophagidae

Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X

Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X

Grallariidae

Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F

Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X

Rhinocryptidae

Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT

Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT

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286

Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X

Psilorhamphus guttatus tapaculo-pintado Spotted Bamboowren F X NT

Formicariidae

Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F

Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F

Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X

Chamaeza ruficauda tovaca-de-rabo-vermelho Rufous-tailed Antthrush F X

Scleruridae

Sclerurus macconnelli vira-folha-de-peito-vermelho Tawny-throated Leaftosser F X VU

Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X

Dendrocolaptidae

Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F

Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X Campylorhamphus

falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X Lepidocolaptes

angustirostris arapaçu-de-cerrado Narrow-billed Woodcreeper F,C,A

Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F

Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F

Xenopidae

Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F

Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F

Furnariidae

Furnarius figulus casaca-de-couro-da-lama Wing-banded Hornero C,A,AL

Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL

Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F

Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X

Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X

Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT

Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X

Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X

Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F

Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X

Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F

Page 287: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X

Leptasthenura setaria grimpeiro Araucaria Tit-Spinetail F X NT Phacellodomus

erythrophthalmus joão-botina-da-mata Orange-eyed Thornbird F,A X Phacellodomus

ferrugineigula joão-botina-do-brejo Orange-breasted Thornbird F,AL X

Anumbius annumbi cochicho Firewood-Gatherer C,A,AL

Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL

Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X

Synallaxis cinerascens pi-puí Gray-bellied Spinetail F

Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A

Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X

Pipridae

Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X

Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F

Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X

Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X

Oxyruncidae

Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F

Onychorhynchidae

Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU

Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F

Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta Black-tailed Flycatcher F

Tityridae

Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X

Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X

Iodopleura pipra anambezinho Buff-throated Purpletuft F,A X X EN NT

Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda Black-crowned Tityra F,A

Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A

Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F

Pachyramphus rufus caneleiro-cinzento Cinereous Becard F,A

Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A Pachyramphus

polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A

Pachyramphus marginatus caneleiro-bordado Black-capped Becard F,A

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A

Cotingidae

Page 288: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

288

Lipaugus lanioides tropeiro-da-serra Cinnamon-vented Piha F X X NT

Tijuca atra saudade Black-and-gold Cotinga F X NT

Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU

Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X

Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT

Carpornis melanocephala sabiá-pimenta Black-headed Berryeater F X X VU VU

Phibalura flavirostris tesourinha-da-mata Swallow-tailed Cotinga F,A NT

Pipritidae

Piprites chloris papinho-amarelo Wing-barred Piprites F

Piprites pileata caneleirinho-de-chapéu-preto Black-capped Piprites F X X VU

Platyrinchidae

Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F

Platyrinchus leucoryphus patinho-gigante Russet-winged Spadebill F X X VU

Rhynchocyclidae

Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X Leptopogon

amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F

Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F

Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT

Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT

Phylloscartes difficilis estalinho Serra do Mar Tyrannulet F X NT

Phylloscartes sylviolus maria-pequena Bay-ringed Tyrannulet F X NT

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A

Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X

Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio Common Tody-Flycatcher F,A

Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A

Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X

Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X

Hemitriccus obsoletus catraca Brown-breasted Pygmy-Tyrant F X

Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT

Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha Hangnest Tody-Tyrant F,A X

Hemitriccus furcatus papa-moscas-estrela Fork-tailed Pygmy-Tyrant F X X VU VU

Tyrannidae

Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A

Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F

Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless- F,A

Page 289: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Tyrannulet

Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A

Elaenia chilensis guaracava-de-crista-branca Chilean Elaenia F

Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto Small-billed Elaenia F,A

Elaenia mesoleuca tuque Olivaceous Elaenia F

Elaenia obscura tucão Highland Elaenia F

Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta Gray Elaenia F

Capsiempis flaveola marianinha-amarela Yellow Tyrannulet F,A

Phyllomyias virescens piolhinho-verdoso Greenish Tyrannulet F X

Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A

Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT

Polystictus superciliaris papa-moscas-de-costas-cinzentas Gray-backed Tachuri C

Serpophaga nigricans joão-pobre Sooty Tyrannulet F,AL

Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A

Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F

Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A Ramphotrigon

megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F

Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A

Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A

Sirystes sibilator gritador Sirystes F

Rhytipterna simplex vissiá Grayish Mourner F

Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL

Philohydor lictor bentevizinho-do-brejo Lesser Kiskadee F,A,AL

Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A

Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A

Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A

Tyrannus savana tesourinha Fork-tailed Flycatcher C,A

Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A

Conopias trivirgatus bem-te-vi-pequeno Three-striped Flycatcher F,A

Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A

Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A

Pyrocephalus rubinus príncipe Vermilion Flycatcher C,A

Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL

Page 290: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

290

Arundinicola leucocephala freirinha White-headed Marsh Tyrant AL

Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu Fuscous Flycatcher F,A

Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A

Contopus cooperi piui-boreal Olive-sided Flycatcher F,A NT

Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A

Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A

Knipolegus lophotes maria-preta-de-penacho Crested Black-Tyrant F,A

Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X

Satrapa icterophrys suiriri-pequeno Yellow-browed Tyrant C,A,AL

Xolmis cinereus primavera Gray Monjita C,A

Xolmis velatus noivinha-branca White-rumped Monjita C,A

Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A

Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A

Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X

Hylophilus thoracicus vite-vite Lemon-chested Greenlet F

Corvidae

Cyanocorax caeruleus gralha-azul Azure Jay F,A X NT

Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo Curl-crested Jay F,C,A

Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL

Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL

Progne tapera andorinha-do-campo Brown-chested Martin F,C,A

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL

Tachycineta albiventer andorinha-do-rio White-winged Swallow AL

Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco White-rumped Swallow AL

Riparia riparia andorinha-do-barranco Bank Swallow C,A

Petrochelidon pyrrhonota andorinha-de-dorso-acanelado Cliff Swallow C,A

Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A

Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A

Donacobiidae

Donacobius atricapilla japacanim Black-capped Donacobius AL

Polioptilidae

Page 291: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

291

Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F

Turdidae

Catharus swainsoni sabiá-de-óculos Swainson's Thrush F

Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F

Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A

Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A

Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F

Mimidae

Mimus saturninus sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird C,A

Motacillidae

Anthus lutescens caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit C,A

Anthus hellmayri caminheiro-de-barriga-acanelada Hellmayr's Pipit C

Passerellidae

Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A

Arremon semitorquatus tico-tico-do-mato Half-collared Sparrow F X

Parulidae

Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL

Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F

Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X

Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F

Icteridae

Psarocolius decumanus japu Crested Oropendola F,A

Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A

Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A

Gnorimopsar chopi graúna Chopi Blackbird C,A

Agelasticus cyanopus carretão Unicolored Blackbird AL

Chrysomus ruficapillus garibaldi Chestnut-capped Blackbird AL

Molothrus oryzivorus iraúna-grande Giant Cowbird C,A

Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A

Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul White-browed Blackbird C,A

Mitrospingidae

Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X

Thraupidae

Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A

Page 292: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

292

Saltator maxillosus bico-grosso Thick-billed Saltator F X

Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X

Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT

Thlypopsis sordida saí-canário Orange-headed Tanager F

Pyrrhocoma ruficeps cabecinha-castanha Chestnut-headed Tanager F X

Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X

Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X

Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A

Lanio cucullatus tico-tico-rei Red-crested Finch F,A

Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F

Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X

Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X

Tangara cyanoventris saíra-douradinha Gilt-edged Tanager F X

Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A

Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A

Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X

Tangara peruviana saíra-sapucaia Black-backed Tanager F,A X X VU VU

Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A Stephanophorus

diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A

Cissopis leverianus tietinga Magpie Tanager F

Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo Cinnamon Tanager C,AL

Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A

Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A

Dacnis nigripes saí-de-pernas-pretas Black-legged Dacnis F,A X X NT

Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A

Chlorophanes spiza saí-verde Green Honeycreeper F,A

Hemithraupis guira saíra-de-papo-preto Guira Tanager F,A

Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X

Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A

Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X

Donacospiza albifrons tico-tico-do-banhado Long-tailed Reed Finch C,AL X

Poospiza thoracica peito-pinhão Bay-chested Warbling-Finch F,A X

Poospiza lateralis quete Buff-throated Warbling-Finch F,A

Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A

Emberizoides herbicola canário-do-campo Wedge-tailed Grass-Finch C,A

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Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A

Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU

Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira Temminck's Seedeater F X X VU VU

Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A

Sporophila ardesiaca papa-capim-de-costas-cinzas Dubois's Seedeater C,A X

Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A

Sporophila leucoptera chorão White-bellied Seedeater C,A

Sporophila angolensis curió Chestnut-bellied Seed-Finch C,A X

Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F

Cardinalidae

Piranga flava sanhaçu-de-fogo Hepatic Tanager F,A

Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F

Amaurospiza moesta negrinho-do-mato Blackish-blue Seedeater F,A X X NT

Cyanoloxia glaucocaerulea azulinho Glaucous-blue Grosbeak F,A

Cyanoloxia brissonii azulão Ultramarine Grosbeak F,A X

Fringillidae

Sporagra magellanica pintassilgo Hooded Siskin D,A,C

Euphonia chlorotica fim-fim Purple-throated Euphonia F,A

Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A

Euphonia chalybea cais-cais Green-throated Euphonia F X X NT

Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F

Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X

Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F

Estrildidae

Estrilda astrild bico-de-lacre Common Waxbill C,A

Passeridae Passer domesticus pardal House Sparrow C,A

Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.

Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN

(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas

do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);

C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,

represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).

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Tabela 2. Lista completa de aves do Núcleo Bertioga

Status de Ameaça

NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente

típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN

Tinamiformes

Tinamidae

Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT

Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F

Crypturellus noctivagus jaó-do-sul Yellow-legged Tinamou F X X VU NT

Anseriformes

Anatidae

Dendrocygna autumnalis asa-branca Black-bellied Whistling-Duck AL

Cairina moschata pato-do-mato Muscovy Duck AL

Amazonetta brasiliensis pé-vermelho Brazilian Teal AL

Nomonyx dominica marreca-de-bico-roxo Masked Duck AL

Galliformes

Cracidae

Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F

Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN

Odontophoridae

Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X

Podicipediformes

Podicipedidae

Podilymbus podiceps mergulhão-caçador Pied-billed Grebe AL

Suliformes

Fregatidae

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Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL

Anhingidae

Anhinga anhinga biguatinga Anhinga AL

Pelecaniformes

Ardeidae

Tigrisoma lineatum socó-boi Rufescent Tiger-Heron AL

Butorides striata socozinho Striated Heron AL

Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL

Ardea cocoi garça-moura Cocoi Heron AL

Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL

Pilherodius pileatus garça-real Capped Heron C,AL

Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL

Threskiornithidae

Theristicus caudatus curicaca Buff-necked Ibis C,A

Cathartiformes

Cathartidae

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL

Accipitriformes

Accipitridae

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A

Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F

Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F

Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande Bicolored Hawk F

Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro Snail Kite AL

Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU

Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A

Parabuteo leucorrhous gavião-de-sobre-branco White-rumped Hawk F

Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco White-tailed Hawk F,C,A

Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT

Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A

Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X

Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X

Gruiformes

Aramidae

Aramus guarauna carão Limpkin AL

Page 296: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Rallidae

Aramides cajaneus saracura-três-potes Gray-necked Wood-Rail AL

Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X

Laterallus melanophaius sanã-parda Rufous-sided Crake AL

Porzana albicollis sanã-carijó Ash-throated Crake AL

Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail F X X NT

Gallinula galeata frango-d'água-comum Common Gallinule AL

Porphyrio martinicus frango-d'água-azul Purple Gallinule AL

Charadriiformes

Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL

Charadrius semipalmatus batuíra-de-bando Semipalmated Plover AL,P

Charadrius collaris batuíra-de-coleira Collared Plover AL,P

Scolopacidae

Actitis macularius maçarico-pintado Spotted Sandpiper AL,P

Calidris alba maçarico-branco Sanderling F

Calidris fuscicollis maçarico-de-sobre-branco White-rumped Sandpiper AL,P

Jacanidae

Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL

Laridae

Larus dominicanus gaivotão Kelp Gull P

Columbiformes

Columbidae

Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A

Columba livia pombo-doméstico Rock Pigeon C,A

Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F X X VU NT

Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F

Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F

Zenaida auriculata pomba-de-bando Eared Dove C,A

Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F

Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F

Cuculiformes

Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A

Coccyzus americanus papa-lagarta-de-asa-vermelha Yellow-billed Cuckoo F

Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani CA

Guira guira anu-branco Guira Cuckoo AL

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Tapera naevia saci Striped Cuckoo AL

Strigiformes

Tytonidae

Tyto furcata coruja-da-igreja American Barn Owl FA

Strigidae

Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F

Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X X EN EN

Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F

Strix hylophila coruja-listrada Rusty-barred Owl F X NT

Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F

Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X

Glaucidium brasilianum caburé Ferruginous Pygmy-Owl F,A

Athene cunicularia coruja-buraqueira Burrowing Owl C,A

Nyctibiiformes

Nyctibiidae

Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F

Caprimulgiformes

Caprimulgidae

Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F

Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A

Hydropsalis torquata bacurau-tesoura Scissor-tailed Nightjar C

Hydropsalis forcipata bacurau-tesoura-gigante Long-trained Nightjar C X

Apodiformes

Apodidae

Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A

Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift AL

Trochilidae

Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT

Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X

Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A

Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X

Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta White-vented Violetear F,C

Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta Black-throated Mango F,C,A

Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X

Lophornis magnificus topetinho-vermelho Frilled Coquette AL

Page 298: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Lophornis chalybeus topetinho-verde Festive Coquette F NT

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A

Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X

Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A

Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X

Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A

Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde Glittering-throated Emerald F,C,A

Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul Sapphire-spangled Emerald F,C,A

Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X

Calliphlox amethystina estrelinha-ametista Amethyst Woodstar AL

Trogoniformes

Trogonidae

Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F

Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X

Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F

Coraciiformes

Alcedinidae

Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL

Chloroceryle amazona martim-pescador-verde Amazon Kingfisher F,AL

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL

Momotidae

Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X

Galbuliformes

Bucconidae

Nystalus chacuru joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A

Piciformes

Ramphastidae

Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU

Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X

Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X

Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT

Picidae

Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A

Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X

Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X

Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F

Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT

Page 299: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

299

Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado Green-barred Woodpecker F

Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A

Falconiformes

Falconidae

Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A

Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A

Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C

Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F

Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F

Psittaciformes

Psittacidae

Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X

Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A

Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X

Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN

Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X

Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F

Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT

Passeriformes

Thamnophilidae

Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X

Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X

Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT

Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X

Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F

Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F

Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X

Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren P

Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho Rufous-capped Antshrike F,A

Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A

Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X

Batara cinerea matracão Giant Antshrike F

Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X

Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X

Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X

Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X

Page 300: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

300

Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT

Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X

Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X

Conopophagidae

Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X

Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X

Grallariidae

Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F

Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X

Rhinocryptidae

Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT

Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT

Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X

Formicariidae

Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F

Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F

Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X

Scleruridae

Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X

Dendrocolaptidae

Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F

Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X

Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X

Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper AL

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F

Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F

Xenopidae

Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F

Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F

Furnariidae

Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL

Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F

Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X

Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X

Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT

Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X

Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X

Page 301: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F

Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X

Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F

Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X

Phacellodomus ferrugineigula joão-botina-do-brejo Orange-breasted Thornbird F,AL X

Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL

Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail FA X

Synallaxis cinerascens pi-puí Gray-bellied Spinetail F

Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A

Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X

Pipridae

Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X

Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F

Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X

Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X

Oxyruncidae

Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill P

Onychorhynchidae

Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU

Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F

Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta Black-tailed Flycatcher F

Tityridae

Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X

Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X

Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda Black-crowned Tityra F,A

Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A

Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F

Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A

Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A

Pachyramphus marginatus caneleiro-bordado Black-capped Becard F,A

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A

Cotingidae

Tijuca atra saudade Black-and-gold Cotinga F X NT

Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU

Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X

Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT

Phibalura flavirostris tesourinha-da-mata Swallow-tailed Cotinga AL

Page 302: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

302

Pipritidae

Piprites chloris papinho-amarelo Wing-barred Piprites F

Platyrinchidae

Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F

Platyrinchus leucoryphus patinho-gigante Russet-winged Spadebill F X X VU

Rhynchocyclidae

Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X

Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F

Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F

Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT

Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet AL

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher FA

Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher FA X

Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher AL

Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant AL

Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant C,AL

Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant AL

Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha Hangnest Tody-Tyrant AL

Tyrannidae

Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher AL

Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F

Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A

Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A

Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto Small-billed Elaenia F,A

Elaenia mesoleuca tuque Olivaceous Elaenia F

Elaenia obscura tucão Highland Elaenia F

Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta Gray Elaenia F

Phyllomyias virescens piolhinho-verdoso Greenish Tyrannulet F X

Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A

Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT

Serpophaga nigricans joão-pobre Sooty Tyrannulet F,AL

Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A

Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F

Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A

Ramphotrigon megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F

Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A

Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A

Page 303: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

303

Sirystes sibilator gritador Sirystes F

Rhytipterna simplex vissiá Grayish Mourner F

Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL

Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A

Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A

Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A

Tyrannus savana tesourinha Fork-tailed Flycatcher C,A

Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A

Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A

Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher AL

Pyrocephalus rubinus príncipe Vermilion Flycatcher C,A

Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL

Arundinicola leucocephala freirinha White-headed Marsh Tyrant AL

Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu Fuscous Flycatcher F,A

Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A

Contopus cooperi piui-boreal Olive-sided Flycatcher F,A NT

Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A

Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A

Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X

Satrapa icterophrys suiriri-pequeno Yellow-browed Tyrant AL

Xolmis velatus noivinha-branca White-rumped Monjita C,A

Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A

Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A

Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X

Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL

Progne tapera andorinha-do-campo Brown-chested Martin C,AL

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL

Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco White-rumped Swallow AL

Riparia riparia andorinha-do-barranco Bank Swallow C,A

Petrochelidon pyrrhonota andorinha-de-dorso-acanelado Cliff Swallow C,A

Page 304: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

304

Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A

Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A

Donacobiidae

Donacobius atricapilla japacanim Black-capped Donacobius AL

Polioptilidae

Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F

Turdidae

Catharus swainsoni sabiá-de-óculos Swainson's Thrush F

Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F

Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A

Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A

Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F

Mimidae

Mimus saturninus sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird AL

Motacillidae

Anthus lutescens caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit C,A

Passerellidae

Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A

Arremon semitorquatus tico-tico-do-mato Half-collared Sparrow F X

Parulidae

Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL

Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F

Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler C,AL

Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F

Icteridae

Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A

Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A

Agelasticus cyanopus carretão Unicolored Blackbird AL

Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A

Mitrospingidae

Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X

Thraupidae

Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A

Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak C,A

Page 305: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

305

Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT

Pyrrhocoma ruficeps cabecinha-castanha Chestnut-headed Tanager F X

Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F,C,A,AL

Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,C,A,AL

Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A

Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F,A

Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,C,A

Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X

Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A

Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A

Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X

Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A

Cissopis leverianus tietinga Magpie Tanager F

Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo Cinnamon Tanager C,AL

Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A

Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager C,A

Dacnis nigripes saí-de-pernas-pretas Black-legged Dacnis F,A X X NT

Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A

Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X

Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A

Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X

Donacospiza albifrons tico-tico-do-banhado Long-tailed Reed Finch C,AL X

Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A

Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A

Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU

Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira Temminck's Seedeater F X X VU VU

Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A

Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A

Sporophila angolensis curió Chestnut-bellied Seed-Finch C,A X

Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F

Cardinalidae

Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F

Cyanoloxia glaucocaerulea azulinho Glaucous-blue Grosbeak F,A

Cyanoloxia brissonii azulão Ultramarine Grosbeak F,A X

Fringillidae

Sporagra magellanica pintassilgo Hooded Siskin D,A,C

Page 306: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

306

Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A

Euphonia chalybea cais-cais Green-throated Euphonia F X X NT

Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F

Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X

Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F

Estrildidae

Estrilda astrild bico-de-lacre Common Waxbill C,A

Passeridae

Passer domesticus pardal House Sparrow C,A

Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.

Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN

(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas

do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);

C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,

represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).

Tabela 3. Lista completa de aves do Núcleo Caraguatatuba

Status de Ameaça

NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente

típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN

Tinamiformes

Tinamidae

Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT

Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F

Crypturellus tataupa inhambu-chintã Tataupa Tinamou F

Galliformes

Cracidae

Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F

Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN

Odontophoridae

Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X

Page 307: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Suliformes

Fregatidae

Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL

Pelecaniformes

Ardeidae

Tigrisoma lineatum socó-boi Rufescent Tiger-Heron AL

Butorides striata socozinho Striated Heron AL

Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL

Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL

Syrigma sibilatrix maria-faceira Whistling Heron C,AL

Pilherodius pileatus garça-real Capped Heron C,AL

Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL

Cathartiformes

Pandionidae

Pandion haliaetus águia-pescadora Osprey AL

Cathartidae

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL

Accipitriformes

Accipitridae

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A

Chondrohierax uncinatus caracoleiro Hook-billed Kite F,C,A,AL Elanoides forficatus gavião-tesoura Swallow-tailed Kite F,C,A,AL

Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F

Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F

Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande Bicolored Hawk F

Geranospiza caerulescens gavião-pernilongo Crane Hawk F,AL

Heterospizias meridionalis gavião-caboclo Savanna Hawk F,C,A,AL

Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU

Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A

Parabuteo leucorrhous gavião-de-sobre-branco White-rumped Hawk F

Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco White-tailed Hawk F,C,A

Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT

Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X

Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X

Charadriiformes

Page 308: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

308

Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL

Scolopacidae

Actitis macularius maçarico-pintado Spotted Sandpiper AL,P

Gruiformes

Rallidae

Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X

Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL

Columbiformes

Columbidae

Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A

Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A

Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F

Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F

Cuculiformes

Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A

Coccyzus americanus papa-lagarta-de-asa-vermelha Yellow-billed Cuckoo F

Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A

Guira guira anu-branco Guira Cuckoo C,A

Tapera naevia saci Striped Cuckoo F

Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino Pavonine Cuckoo F

Strigiformes

Strigidae

Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A

Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X

Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X

Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X

Athene cunicularia coruja-buraqueira Burrowing Owl C,A

Nyctibiiformes

Nyctibiidae

Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F

Caprimulgiformes

Caprimulgidae

Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F

Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A

Apodiformes

Apodidae

Page 309: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

309

Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A

Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A

Trochilidae

Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT

Glaucis hirsutus balança-rabo-de-bico-torto Rufous-breasted Hermit F

Phaethornis ruber rabo-branco-rubro Reddish Hermit F

Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado Planalto Hermit F,C,A

Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A

Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza Sombre Hummingbird F X

Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X

Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X

Lophornis chalybeus topetinho-verde Festive Coquette F NT

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A

Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X

Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A

Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X

Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A

Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde Glittering-throated Emerald F,C,A

Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X

Trogoniformes

Trogonidae

Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F

Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X

Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F

Coraciiformes

Alcedinidae

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL

Momotidae

Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X

Galbuliformes

Bucconidae

Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha Buff-bellied Puffbird F X

Malacoptila striata barbudo-rajado Crescent-chested Puffbird F X NT

Piciformes

Page 310: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Ramphastidae

Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU

Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X

Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X

Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT

Picidae

Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A

Picumnus temminckii pica-pau-anão-de-coleira Ochre-collared Piculet F,A X

Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X

Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X

Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F

Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT

Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A

Campephilus robustus pica-pau-rei Robust Woodpecker F X

Falconiformes

Falconidae

Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A

Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A

Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C

Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F

Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F

Falco sparverius quiriquiri American Kestrel C,A

Psittaciformes

Psittacidae

Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã White-eyed Parakeet F,A

Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X

Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A

Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X

Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN

Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X

Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F

Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT

Passeriformes

Thamnophilidae

Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X

Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU

Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT

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Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X

Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT

Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F

Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F

Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A

Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X

Batara cinerea matracão Giant Antshrike F

Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X

Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X

Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X

Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X

Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X

Drymophila genei choquinha-da-serra Rufous-tailed Antbird F X

Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT

Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X

Conopophagidae

Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X

Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X

Grallariidae

Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F

Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X

Rhinocryptidae

Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT

Psilorhamphus guttatus tapaculo-pintado Spotted Bamboowren F X NT

Formicariidae

Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F

Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F

Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X

Chamaeza ruficauda tovaca-de-rabo-vermelho Rufous-tailed Antthrush F X

Scleruridae

Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X

Dendrocolaptidae

Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F

Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X

Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X

Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F

Page 312: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F

Xenopidae

Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F

Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F

Furnariidae

Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL

Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F

Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X

Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X

Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT

Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X

Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X

Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F

Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X

Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F

Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X

Phacellodomus erythrophthalmus joão-botina-da-mata Orange-eyed Thornbird F,A X

Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL

Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X

Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A

Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X

Pipridae

Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F

Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X

Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X

Oxyruncidae

Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F

Onychorhynchidae

Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU

Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F

Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta Black-tailed Flycatcher F

Tityridae

Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X

Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X

Iodopleura pipra anambezinho Buff-throated Purpletuft F,A X X EN NT

Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A

Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A

Page 313: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

313

Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A

Pachyramphus marginatus caneleiro-bordado Black-capped Becard F,A

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A

Cotingidae

Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU

Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X

Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT

Pipritidae

Piprites chloris papinho-amarelo Wing-barred Piprites F

Platyrinchidae

Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F

Platyrinchus leucoryphus patinho-gigante Russet-winged Spadebill F X X VU

Rhynchocyclidae

Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X

Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F

Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F

Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT

Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT

Phylloscartes difficilis estalinho Serra do Mar Tyrannulet F X NT

Phylloscartes sylviolus maria-pequena Bay-ringed Tyrannulet F X NT

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A

Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X

Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio Common Tody-Flycatcher F,A

Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A

Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X

Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X

Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT

Hemitriccus furcatus papa-moscas-estrela Fork-tailed Pygmy-Tyrant F X X VU VU

Tyrannidae

Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A

Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F

Elaenia obscura tucão Highland Elaenia F

Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta Gray Elaenia F

Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A

Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT

Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F

Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X

Ramphotrigon megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F

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Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A

Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A

Sirystes sibilator gritador Sirystes F

Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL

Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A

Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A

Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A

Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A

Conopias trivirgatus bem-te-vi-pequeno Three-striped Flycatcher F,A

Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A

Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A

Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL

Arundinicola leucocephala freirinha White-headed Marsh Tyrant AL

Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A

Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A

Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A

Knipolegus lophotes maria-preta-de-penacho Crested Black-Tyrant F,A

Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X

Xolmis velatus noivinha-branca White-rumped Monjita C,A

Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A

Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A

Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X

Hylophilus thoracicus vite-vite Lemon-chested Greenlet F

Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL

Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL

Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco White-rumped Swallow AL

Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A

Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A

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Polioptilidae

Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F

Turdidae

Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F

Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A

Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A

Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F

Motacillidae

Anthus lutescens caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit C,A

Passerellidae

Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A

Parulidae

Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL

Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F

Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X

Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F

Icteridae

Psarocolius decumanus japu Crested Oropendola F,A

Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A

Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A

Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul White-browed Blackbird C,A

Mitrospingidae

Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X

Thraupidae

Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A

Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X

Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT

Thlypopsis sordida saí-canário Orange-headed Tanager F

Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X

Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X

Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A

Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F

Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X

Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X

Tangara cyanoventris saíra-douradinha Gilt-edged Tanager F X

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Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A

Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A

Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X

Tangara peruviana saíra-sapucaia Black-backed Tanager F,A X X VU VU

Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A

Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A

Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A

Hemithraupis guira saíra-de-papo-preto Guira Tanager F,A

Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X

Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A

Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X

Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A

Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU

Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A

Sporophila leucoptera chorão White-bellied Seedeater C,A

Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F

Cardinalidae

Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F

Fringillidae

Euphonia chlorotica fim-fim Purple-throated Euphonia F,A

Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A

Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F

Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X

Passeridae

Passer domesticus pardal House Sparrow C,A

Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.

Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN

(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas

do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);

C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,

represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).

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Tabela 4. Lista completa de aves do Núcleo Cunha

Status de Ameaça

NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente

típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN

Tinamiformes

Tinamidae

Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT

Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F

Galliformes

Cracidae

Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F

Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN

Odontophoridae

Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X

Suliformes

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL

Pelecaniformes

Ardeidae

Butorides striata socozinho Striated Heron AL

Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL

Ardea cocoi garça-moura Cocoi Heron AL

Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL

Syrigma sibilatrix maria-faceira Whistling Heron C,AL

Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL

Cathartiformes

Cathartidae

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL

Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela Lesser Yellow-headed Vulture F,C,A,AL

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL

Accipitriformes

Accipitridae

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A

Chondrohierax uncinatus caracoleiro Hook-billed Kite F,C,A,AL

Elanoides forficatus gavião-tesoura Swallow-tailed Kite F,C,A

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Elanus leucurus gavião-peneira White-tailed Kite C,A

Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F

Ictinia plumbea sovi Plumbeous Kite F,C,A

Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A

Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco White-tailed Hawk F,C,A

Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT

Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A

Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X

Gruiformes

Rallidae

Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X

Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL

Charadriiformes

Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL

Columbiformes

Columbidae

Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A

Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A

Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F

Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F

Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F

Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F

Cuculiformes

Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A

Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A

Guira guira anu-branco Guira Cuckoo C,A

Strigiformes

Tytonidae

Tyto furcata coruja-da-igreja American Barn Owl F,A

Strigidae

Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A

Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X

Strix hylophila coruja-listrada Rusty-barred Owl F X NT

Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F

Athene cunicularia coruja-buraqueira Burrowing Owl C,A

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Nyctibiiformes

Nyctibiidae

Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F

Caprimulgiformes

Caprimulgidae

Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F

Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A

Apodiformes

Apodidae

Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A

Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A

Trochilidae

Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X

Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado Planalto Hermit F,C,A

Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A

Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X

Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta White-vented Violetear F,C

Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A

Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X

Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X

Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X

Trogoniformes

Trogonidae

Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F

Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X

Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F

Coraciiformes

Alcedinidae

Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL

Momotidae

Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X

Galbuliformes

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Bucconidae

Nystalus chacuru joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A

Piciformes

Ramphastidae

Ramphastos toco tucanuçu Toco Toucan F,C,A

Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU

Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X

Picidae

Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A

Melanerpes candidus pica-pau-branco White Woodpecker C,A

Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X

Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT

Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A

Campephilus robustus pica-pau-rei Robust Woodpecker F X

Cariamiformes

Cariamidae

Cariama cristata seriema Red-legged Seriema C,A

Falconiformes

Falconidae

Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A

Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A

Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C

Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F

Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F

Falco sparverius quiriquiri American Kestrel C,A

Psittaciformes

Psittacidae

Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã White-eyed Parakeet F,A

Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X

Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A

Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X

Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN

Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X

Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F

Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT

Passeriformes

Page 321: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

321

Thamnophilidae

Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X

Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X

Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F

Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X

Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F

Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho Rufous-capped Antshrike F,A

Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A

Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X

Batara cinerea matracão Giant Antshrike F

Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X

Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X

Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X

Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X

Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X

Drymophila rubricollis trovoada-de-bertoni Bertoni's Antbird F X

Drymophila genei choquinha-da-serra Rufous-tailed Antbird F X

Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT

Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X

Conopophagidae

Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X

Grallariidae

Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F

Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X

Rhinocryptidae

Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT

Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X

Formicariidae

Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F

Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F

Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X

Chamaeza ruficauda tovaca-de-rabo-vermelho Rufous-tailed Antthrush F X

Scleruridae

Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X

Dendrocolaptidae

Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F

Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X

Page 322: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

322

Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X

Lepidocolaptes angustirostris arapaçu-de-cerrado Narrow-billed Woodcreeper F,C,A

Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F

Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F

Xenopidae

Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F

Furnariidae

Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL

Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F

Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X

Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X

Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT

Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X

Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F

Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X

Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F

Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X

Leptasthenura setaria grimpeiro Araucaria Tit-Spinetail F X NT

Phacellodomus ferrugineigula joão-botina-do-brejo Orange-breasted Thornbird F,AL X

Anumbius annumbi cochicho Firewood-Gatherer C,A,AL

Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL

Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X

Synallaxis cinerascens pi-puí Gray-bellied Spinetail F

Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A

Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X

Pipridae

Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X

Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X

Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X

Oxyruncidae

Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F

Onychorhynchidae

Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU

Tityridae

Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X

Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A

Page 323: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

323

Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A

Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A

Cotingidae

Tijuca atra saudade Black-and-gold Cotinga F X NT

Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU

Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X

Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT

Phibalura flavirostris tesourinha-da-mata Swallow-tailed Cotinga F,A NT

Pipritidae

Piprites pileata caneleirinho-de-chapéu-preto Black-capped Piprites F X X VU

Platyrinchidae

Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F

Rhynchocyclidae

Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X

Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F

Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F

Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT

Phylloscartes difficilis estalinho Serra do Mar Tyrannulet F X NT

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A

Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X

Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A

Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X

Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X

Hemitriccus obsoletus catraca Brown-breasted Pygmy-Tyrant F X

Tyrannidae

Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A

Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F

Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A

Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A

Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto Small-billed Elaenia F,A

Elaenia mesoleuca tuque Olivaceous Elaenia F

Elaenia obscura tucão Highland Elaenia F

Phyllomyias virescens piolhinho-verdoso Greenish Tyrannulet F X

Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A

Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT

Polystictus superciliaris papa-moscas-de-costas- Gray-backed Tachuri C

Page 324: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

324

cinzentas

Serpophaga nigricans joão-pobre Sooty Tyrannulet F,AL

Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A

Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F

Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A

Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A

Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A

Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL

Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A

Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A

Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A

Tyrannus savana tesourinha Fork-tailed Flycatcher C,A

Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A

Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A

Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A

Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL

Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A

Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A

Knipolegus lophotes maria-preta-de-penacho Crested Black-Tyrant F,A

Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X

Xolmis cinereus primavera Gray Monjita C,A

Xolmis velatus noivinha-branca White-rumped Monjita C,A

Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A

Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A

Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X

Corvidae

Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo Curl-crested Jay F,C,A

Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL

Progne tapera andorinha-do-campo Brown-chested Martin F,C,A

Page 325: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

325

Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco White-rumped Swallow AL

Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A

Turdidae

Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F

Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A

Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A

Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F

Mimidae

Mimus saturninus sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird C,A

Motacillidae

Anthus hellmayri caminheiro-de-barriga-acanelada Hellmayr's Pipit C

Passerellidae

Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A

Parulidae

Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL

Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F

Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X

Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F

Icteridae

Psarocolius decumanus japu Crested Oropendola F,A

Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A

Gnorimopsar chopi graúna Chopi Blackbird C,A

Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A

Mitrospingidae

Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X

Thraupidae

Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A

Saltator maxillosus bico-grosso Thick-billed Saltator F X

Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X

Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT

Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X

Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F

Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X

Page 326: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

326

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A

Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A

Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X

Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A

Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A

Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo Cinnamon Tanager C,AL

Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A

Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A

Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X

Poospiza thoracica peito-pinhão Bay-chested Warbling-Finch F,A X

Poospiza lateralis quete Buff-throated Warbling-Finch F,A

Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A

Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU

Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A

Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A

Sporophila angolensis curió Chestnut-bellied Seed-Finch C,A X

Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F

Cardinalidae

Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F

Amaurospiza moesta negrinho-do-mato Blackish-blue Seedeater F,A X X NT

Fringillidae

Sporagra magellanica pintassilgo Hooded Siskin D,A,C

Euphonia chlorotica fim-fim Purple-throated Euphonia F,A

Euphonia chalybea cais-cais Green-throated Euphonia F X X NT

Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X

Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.

Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN

(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas

do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);

C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,

represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).

Page 327: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

327

Tabela 5. Lista completa de aves do Núcleo Curucutu

Status de Ameaça

NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente

típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN

Tinamiformes

Tinamidae

Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT

Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F

Crypturellus noctivagus jaó-do-sul Yellow-legged Tinamou F X X VU NT

Anseriformes

Anatidae

Amazonetta brasiliensis pé-vermelho Brazilian Teal AL

Galliformes

Cracidae

Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F

Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN

Odontophoridae

Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X

Suliformes

Fregatidae

Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL

Anhingidae

Anhinga anhinga biguatinga Anhinga AL

Pelecaniformes

Ardeidae

Tigrisoma lineatum socó-boi Rufescent Tiger-Heron AL

Nycticorax nycticorax savacu Black-crowned Night-Heron AL

Butorides striata socozinho Striated Heron AL

Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL

Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL

Syrigma sibilatrix maria-faceira Whistling Heron C,AL

Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL

Egretta caerulea garça-azul Little Blue Heron AL

Page 328: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

328

Threskiornithidae

Mesembrinibis cayennensis coró-coró Green Ibis F,AL

Cathartiformes

Cathartidae

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL

Accipitriformes

Accipitridae

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A

Chondrohierax uncinatus caracoleiro Hook-billed Kite F,C,A,AL

Elanoides forficatus gavião-tesoura Swallow-tailed Kite F,C,A

Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F

Accipiter poliogaster tauató-pintado Gray-bellied Hawk F NT

Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F

Ictinia plumbea sovi Plumbeous Kite F,C,A

Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro Snail Kite AL

Heterospizias meridionalis gavião-caboclo Savanna Hawk F,C,A,AL

Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU

Urubitinga urubitinga gavião-preto Great Black-Hawk F,AL

Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A

Parabuteo leucorrhous gavião-de-sobre-branco White-rumped Hawk F

Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco White-tailed Hawk F,C,A

Buteo nitidus gavião-pedrês Gray Hawk F,C,A

Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A

Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X

Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X

Gruiformes

Aramidae

Aramus guarauna carão Limpkin AL

Rallidae

Aramides cajaneus saracura-três-potes Gray-necked Wood-Rail AL

Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X

Laterallus melanophaius sanã-parda Rufous-sided Crake AL

Porzana albicollis sanã-carijó Ash-throated Crake AL

Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL

Gallinula galeata frango-d'água-comum Common Gallinule AL

Porphyrio martinicus frango-d'água-azul Purple Gallinule AL

Charadriiformes

Page 329: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

329

Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL

Scolopacidae

Gallinago undulata narcejão Giant Snipe AL

Jacanidae

Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL

Columbiformes

Columbidae

Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A

Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A

Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F

Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F

Zenaida auriculata pomba-de-bando Eared Dove C,A

Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F

Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F

Cuculiformes

Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A

Coccyzus melacoryphus papa-lagarta-acanelado Dark-billed Cuckoo F

Coccyzus euleri papa-lagarta-de-euler Pearly-breasted Cuckoo F

Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A

Guira guira anu-branco Guira Cuckoo C,A

Tapera naevia saci Striped Cuckoo F

Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino Pavonine Cuckoo F

Strigiformes

Tytonidae

Tyto furcata coruja-da-igreja American Barn Owl F,A

Strigidae

Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A

Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X

Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X

Bubo virginianus jacurutu Great Horned Owl F X

Strix hylophila coruja-listrada Rusty-barred Owl F X NT

Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F

Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X

Aegolius harrisii caburé-acanelado Buff-fronted Owl F,A

Asio clamator coruja-orelhuda Striped Owl F,A

Page 330: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

330

Asio stygius mocho-diabo Stygian Owl F,A

Nyctibiiformes

Nyctibiidae

Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F

Caprimulgiformes

Caprimulgidae

Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F

Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A

Hydropsalis torquata bacurau-tesoura Scissor-tailed Nightjar C

Hydropsalis forcipata bacurau-tesoura-gigante Long-trained Nightjar C X

Apodiformes

Apodidae

Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A

Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A

Trochilidae

Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT

Glaucis hirsutus balança-rabo-de-bico-torto Rufous-breasted Hermit F

Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X

Phaethornis ruber rabo-branco-rubro Reddish Hermit F

Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado Planalto Hermit F,C,A

Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A

Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza Sombre Hummingbird F X

Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X

Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta White-vented Violetear F,C

Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta Black-throated Mango F,C,A

Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X

Lophornis chalybeus topetinho-verde Festive Coquette F NT

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A

Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X

Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A

Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X

Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A

Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde Glittering-throated Emerald F,C,A

Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul Sapphire-spangled Emerald F,C,A

Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X

Page 331: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

331

Trogoniformes

Trogonidae

Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F

Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X

Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F

Coraciiformes

Alcedinidae

Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL

Chloroceryle amazona martim-pescador-verde Amazon Kingfisher F,AL

Chloroceryle aenea martinho American Pygmy Kingfisher F,AL

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL

Momotidae

Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X

Galbuliformes

Bucconidae

Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha Buff-bellied Puffbird F X

Nystalus chacuru joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A

Malacoptila striata barbudo-rajado Crescent-chested Puffbird F X NT

Piciformes

Ramphastidae

Ramphastos toco tucanuçu Toco Toucan F,C,A

Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU

Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X

Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X

Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT

Picidae

Picumnus temminckii pica-pau-anão-de-coleira Ochre-collared Piculet F,A X

Melanerpes candidus pica-pau-branco White Woodpecker C,A

Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X

Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X

Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F

Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT

Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado Green-barred Woodpecker F

Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A

Campephilus robustus pica-pau-rei Robust Woodpecker F X

Page 332: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

332

Falconiformes

Falconidae

Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A

Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A

Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C

Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F

Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F

Falco sparverius quiriquiri American Kestrel C,A

Falco femoralis falcão-de-coleira Aplomado Falcon C,A

Psittaciformes

Psittacidae

Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X

Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A

Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X

Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN

Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X

Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F

Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT

Passeriformes

Thamnophilidae

Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X

Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU

Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT

Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X

Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT

Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F

Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X

Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F

Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A

Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X

Batara cinerea matracão Giant Antshrike F

Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X

Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X

Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X

Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X

Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X

Drymophila rubricollis trovoada-de-bertoni Bertoni's Antbird F X

Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT

Page 333: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

333

Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X

Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X

Conopophagidae

Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X

Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X

Grallariidae

Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F

Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X

Rhinocryptidae

Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT

Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT

Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X

Formicariidae

Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F

Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F

Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X

Scleruridae

Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X

Dendrocolaptidae

Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F

Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X

Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X

Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F

Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F

Xenopidae

Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F

Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F

Furnariidae

Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL

Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F

Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X

Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X

Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT

Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X

Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X

Page 334: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

334

Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F

Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X

Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F

Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X

Phacellodomus ferrugineigula joão-botina-do-brejo Orange-breasted Thornbird F,AL X

Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL

Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X

Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A

Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X

Pipridae

Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X

Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F

Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X

Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X

Oxyruncidae

Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F

Onychorhynchidae

Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU

Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F

Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta Black-tailed Flycatcher F

Tityridae

Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X

Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X

Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda Black-crowned Tityra F,A

Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A

Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F

Pachyramphus rufus caneleiro-cinzento Cinereous Becard F,A

Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A

Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A

Pachyramphus marginatus caneleiro-bordado Black-capped Becard F,A

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A

Cotingidae

Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU

Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X

Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT

Carpornis melanocephala sabiá-pimenta Black-headed Berryeater F X X VU VU

Phibalura flavirostris tesourinha-da-mata Swallow-tailed Cotinga F,A NT

Page 335: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

335

Pipritidae

Piprites chloris papinho-amarelo Wing-barred Piprites F

Platyrinchidae

Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F

Platyrinchus leucoryphus patinho-gigante Russet-winged Spadebill F X X VU

Rhynchocyclidae

Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X

Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F

Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F

Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT

Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT

Phylloscartes difficilis estalinho Serra do Mar Tyrannulet F X NT

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A

Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X

Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio Common Tody-Flycatcher F,A

Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A

Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X

Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X

Hemitriccus obsoletus catraca Brown-breasted Pygmy-Tyrant F X

Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT

Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha Hangnest Tody-Tyrant F,A X

Tyrannidae

Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A

Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F

Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A

Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A

Elaenia chilensis guaracava-de-crista-branca Chilean Elaenia F

Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto Small-billed Elaenia F,A

Elaenia mesoleuca tuque Olivaceous Elaenia F

Elaenia obscura tucão Highland Elaenia F

Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta Gray Elaenia F

Phyllomyias virescens piolhinho-verdoso Greenish Tyrannulet F X

Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A

Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT

Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A

Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F

Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A

Page 336: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

336

Ramphotrigon megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F

Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A

Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A

Sirystes sibilator gritador Sirystes F

Rhytipterna simplex vissiá Grayish Mourner F

Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A

Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A

Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A

Tyrannus savana tesourinha Fork-tailed Flycatcher C,A

Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A

Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A

Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A

Pyrocephalus rubinus príncipe Vermilion Flycatcher C,A

Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL

Arundinicola leucocephala freirinha White-headed Marsh Tyrant AL

Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu Fuscous Flycatcher F,A

Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A

Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A

Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A

Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X

Satrapa icterophrys suiriri-pequeno Yellow-browed Tyrant C,A,AL

Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A

Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A

Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X

Corvidae

Cyanocorax caeruleus gralha-azul Azure Jay F,A X NT

Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL

Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL

Progne tapera andorinha-do-campo Brown-chested Martin F,C,A

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL

Page 337: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

337

Tachycineta albiventer andorinha-do-rio White-winged Swallow AL

Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco White-rumped Swallow AL

Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A

Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A

Polioptilidae

Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F

Turdidae

Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F

Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A

Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A

Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F

Motacillidae

Anthus lutescens caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit C,A

Anthus hellmayri caminheiro-de-barriga-acanelada Hellmayr's Pipit C

Passerellidae

Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A

Parulidae

Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL

Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F

Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X

Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F

Icteridae

Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A

Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A

Gnorimopsar chopi graúna Chopi Blackbird C,A

Chrysomus ruficapillus garibaldi Chestnut-capped Blackbird AL

Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A

Mitrospingidae

Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X

Thraupidae

Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A

Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X

Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT

Page 338: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

338

Thlypopsis sordida saí-canário Orange-headed Tanager F

Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X

Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X

Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A

Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F

Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X

Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X

Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A

Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A

Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X

Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A

Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A

Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo Cinnamon Tanager C,AL

Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A

Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A

Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A

Chlorophanes spiza saí-verde Green Honeycreeper F,A

Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X

Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A

Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X

Donacospiza albifrons tico-tico-do-banhado Long-tailed Reed Finch C,AL X

Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A

Emberizoides herbicola canário-do-campo Wedge-tailed Grass-Finch C,A

Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A

Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU

Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira Temminck's Seedeater F X X VU VU

Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A

Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A

Sporophila angolensis curió Chestnut-bellied Seed-Finch C,A X

Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F

Cardinalidae

Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F

Amaurospiza moesta negrinho-do-mato Blackish-blue Seedeater F,A X X NT

Cyanoloxia glaucocaerulea azulinho Glaucous-blue Grosbeak F,A

Fringillidae

Sporagra magellanica pintassilgo Hooded Siskin D,A,C

Page 339: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

339

Euphonia chlorotica fim-fim Purple-throated Euphonia F,A

Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A

Euphonia chalybea cais-cais Green-throated Euphonia F X X NT

Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F

Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X

Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F

Estrildidae

Estrilda astrild bico-de-lacre Common Waxbill C,A

Passeridae

Passer domesticus pardal House Sparrow C,A

Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.

Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN

(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas

do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);

C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,

represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).

Tabela 6. Lista completa de aves do Núcleo Itariru

Status de Ameaça

NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente

típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN

Tinamiformes

Tinamidae

Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F

Anseriformes

Anatidae

Dendrocygna viduata irerê White-faced Whistling-Duck AL

Galliformes

Cracidae

Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F

Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN

Page 340: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

340

Pelecaniformes

Ardeidae

Tigrisoma lineatum socó-boi Rufescent Tiger-Heron AL

Ardea cocoi garça-moura Cocoi Heron AL

Cathartiformes

Cathartidae

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL

Accipitriformes

Accipitridae

Heterospizias meridionalis gavião-caboclo Savanna Hawk F,C,A,AL

Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A

Gruiformes

Rallidae

Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X

Amaurolimnas concolor saracura-lisa Uniform Crake F,AL

Laterallus melanophaius sanã-parda Rufous-sided Crake AL

Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL

Gallinula galeata frango-d'água-comum Common Gallinule AL

Charadriiformes

Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL

Scolopacidae

Tringa solitaria maçarico-solitário Solitary Sandpiper AL,P

Jacanidae

Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL

Columbiformes

Columbidae

Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A

Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A

Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F

Cuculiformes

Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A

Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A

Strigiformes

Strigidae

Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X

Caprimulgiformes

Page 341: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

341

Caprimulgidae

Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A

Hydropsalis torquata bacurau-tesoura Scissor-tailed Nightjar C

Apodiformes

Apodidae

Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A

Trochilidae

Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT

Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X

Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A

Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X

Heliothryx auritus beija-flor-de-bochecha-azul Black-eared Fairy F

Trogoniformes

Trogonidae

Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F

Coraciiformes

Alcedinidae

Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL

Galbuliformes

Bucconidae

Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha Buff-bellied Puffbird F X

Malacoptila striata barbudo-rajado Crescent-chested Puffbird F X NT

Piciformes

Ramphastidae

Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU

Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X

Picidae

Picumnus temminckii pica-pau-anão-de-coleira Ochre-collared Piculet F,A X

Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X

Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A

Falconiformes

Falconidae

Page 342: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

342

Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A

Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A

Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F

Psittaciformes

Psittacidae

Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X

Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A

Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X

Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X

Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F

Passeriformes

Thamnophilidae

Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X

Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU

Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT

Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X

Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT

Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F

Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F

Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A

Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X

Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X

Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X

Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X

Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X

Conopophagidae

Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X

Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X

Grallariidae

Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F

Rhinocryptidae

Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT

Formicariidae

Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F

Dendrocolaptidae

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F

Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X

Page 343: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

343

Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F

Xenopidae

Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F

Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F

Furnariidae

Furnarius figulus casaca-de-couro-da-lama Wing-banded Hornero C,A,AL

Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL

Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F

Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X

Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X

Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X

Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X

Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F

Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X

Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL

Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X

Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A

Pipridae

Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F

Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X

Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X

Onychorhynchidae

Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F

Tityridae

Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X

Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda Black-crowned Tityra F,A

Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A

Cotingidae

Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT

Carpornis melanocephala sabiá-pimenta Black-headed Berryeater F X X VU VU

Platyrinchidae

Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F

Rhynchocyclidae

Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X

Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F

Page 344: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

344

Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A

Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X

Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X

Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT

Tyrannidae

Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A

Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A

Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A

Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X

Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A

Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A

Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A

Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A

Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A

Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A

Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A

Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A

Corvidae

Cyanocorax caeruleus gralha-azul Azure Jay F,A X NT

Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL

Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL

Tachycineta albiventer andorinha-do-rio White-winged Swallow AL

Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A

Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A

Polioptilidae

Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F

Turdidae

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A

Page 345: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

345

Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A

Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F

Mimidae

Mimus saturninus sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird C,A

Motacillidae

Anthus lutescens caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit C,A

Parulidae

Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL

Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F

Icteridae

Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A

Mitrospingidae

Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X

Thraupidae

Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A

Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X

Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT

Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X

Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X

Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A

Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F

Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X

Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X

Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A

Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A

Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X

Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A

Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A

Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A

Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X

Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A

Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A

Cardinalidae

Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F

Page 346: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

346

Fringillidae

Euphonia chlorotica fim-fim Purple-throated Euphonia F,A

Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A

Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X

Estrildidae

Estrilda astrild bico-de-lacre Common Waxbill C,A

Passeridae

Passer domesticus pardal House Sparrow C,A

Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.

Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN

(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas

do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);

C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,

represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).

Tabela 7. Lista completa de aves do Núcleo Itutinga Pilões

Status de Ameaça

NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente

típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN

Tinamiformes

Tinamidae

Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT

Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F

Anseriformes

Anatidae

Dendrocygna bicolor marreca-caneleira Fulvous Whistling-Duck AL

Amazonetta brasiliensis pé-vermelho Brazilian Teal AL

Galliformes

Cracidae

Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F

Odontophoridae

Page 347: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

347

Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X

Podicipediformes

Podicipedidae

Tachybaptus dominicus mergulhão-pequeno Least Grebe AL

Podilymbus podiceps mergulhão-caçador Pied-billed Grebe AL

Suliformes

Fregatidae

Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL

Pelecaniformes

Ardeidae

Nycticorax nycticorax savacu Black-crowned Night-Heron AL

Butorides striata socozinho Striated Heron AL

Ardea cocoi garça-moura Cocoi Heron AL

Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL

Pilherodius pileatus garça-real Capped Heron C,AL

Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL

Cathartiformes

Cathartidae

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL

Accipitriformes

Accipitridae

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A

Chondrohierax uncinatus caracoleiro Hook-billed Kite F,C,A,AL

Elanus leucurus gavião-peneira White-tailed Kite C,A

Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F

Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU

Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A

Gruiformes

Aramidae

Aramus guarauna carão Limpkin AL

Rallidae

Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X

Laterallus leucopyrrhus sanã-vermelha Red-and-white Crake AL

Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL

Gallinula galeata frango-d'água-comum Common Gallinule AL

Porphyrio martinicus frango-d'água-azul Purple Gallinule AL

Page 348: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

348

Charadriiformes

Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL

Jacanidae

Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL

Columbiformes

Columbidae

Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A

Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F

Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F

Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F

Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F

Cuculiformes

Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A

Strigiformes

Strigidae

Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A

Glaucidium brasilianum caburé Ferruginous Pygmy-Owl F,A

Apodiformes

Apodidae

Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A

Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A

Trochilidae

Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT

Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X

Phaethornis ruber rabo-branco-rubro Reddish Hermit F

Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado Planalto Hermit F,C,A

Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A

Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza Sombre Hummingbird F X

Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A

Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X

Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X

Page 349: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

349

Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A

Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul Sapphire-spangled Emerald F,C,A

Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X

Calliphlox amethystina estrelinha-ametista Amethyst Woodstar F,C,A

Trogoniformes

Trogonidae

Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F

Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X

Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F

Coraciiformes

Alcedinidae

Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL

Chloroceryle amazona martim-pescador-verde Amazon Kingfisher F,AL

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL

Piciformes

Ramphastidae

Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU

Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X

Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X

Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT

Picidae

Picumnus temminckii pica-pau-anão-de-coleira Ochre-collared Piculet F,A X

Melanerpes candidus pica-pau-branco White Woodpecker C,A

Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X

Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X

Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F

Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado Green-barred Woodpecker F

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A

Falconiformes

Falconidae

Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A

Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C

Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F

Falco sparverius quiriquiri American Kestrel C,A

Psittaciformes

Psittacidae

Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X

Page 350: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

350

Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A

Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X

Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X

Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F

Passeriformes

Thamnophilidae

Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X

Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT

Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X

Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT

Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F

Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F

Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A

Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X

Batara cinerea matracão Giant Antshrike F

Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X

Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X

Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X

Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X

Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT

Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X

Conopophagidae

Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X

Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X

Grallariidae

Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F

Rhinocryptidae

Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT

Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT

Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X

Formicariidae

Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X

Scleruridae

Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X

Dendrocolaptidae

Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F

Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X

Page 351: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

351

Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F

Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F

Xenopidae

Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F

Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F

Furnariidae

Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL

Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F

Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X

Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X

Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT

Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X

Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X

Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F

Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X

Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F

Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X

Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X

Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A

Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X

Pipridae

Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F

Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X

Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X

Onychorhynchidae

Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU

Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F

Tityridae

Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X

Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X

Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A

Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F

Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A

Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A

Cotingidae

Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU

Page 352: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

352

Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT

Platyrinchidae

Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F

Rhynchocyclidae

Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X

Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A

Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X

Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A

Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X

Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT

Tyrannidae

Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A

Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F

Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A

Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A

Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A

Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F

Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A

Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A

Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A

Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A

Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A

Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A

Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A

Pyrocephalus rubinus príncipe Vermilion Flycatcher C,A

Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu Fuscous Flycatcher F,A

Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A

Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A

Xolmis velatus noivinha-branca White-rumped Monjita C,A

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A

Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A

Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X

Page 353: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

353

Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL

Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL

Progne tapera andorinha-do-campo Brown-chested Martin F,C,A

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL

Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A

Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A

Polioptilidae

Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F

Turdidae

Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F

Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A

Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A

Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F

Passerellidae

Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A

Parulidae

Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL

Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F

Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X

Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F

Icteridae

Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A

Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A

Mitrospingidae

Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X

Thraupidae

Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A

Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X

Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT

Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X

Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X

Page 354: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

354

Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A

Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F

Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X

Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X

Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A

Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A

Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X

Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A

Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A

Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A

Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A

Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A

Chlorophanes spiza saí-verde Green Honeycreeper F,A

Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X

Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A

Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X

Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A

Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU

Sporophila ardesiaca papa-capim-de-costas-cinzas Dubois's Seedeater C,A X

Cardinalidae

Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F

Fringillidae

Euphonia chlorotica fim-fim Purple-throated Euphonia F,A

Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A

Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X

Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F

Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.

Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN

(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas

do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);

C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,

represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).

Page 355: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

355

Tabela 8. Lista completa de aves do Núcleo Padre Dória

Status de Ameaça

NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente

típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN

Tinamiformes

Tinamidae

Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT

Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F

Anseriformes

Anatidae

Nomonyx dominica marreca-de-bico-roxo Masked Duck AL

Galliformes

Cracidae

Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F

Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN

Odontophoridae

Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X

Podicipediformes

Podicipedidae

Podilymbus podiceps mergulhão-caçador Pied-billed Grebe AL

Suliformes

Fregatidae

Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus biguá Neotropic Cormorant AL

Anhingidae

Anhinga anhinga biguatinga Anhinga AL

Pelecaniformes

Ardeidae

Butorides striata socozinho Striated Heron AL

Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL

Ardea cocoi garça-moura Cocoi Heron AL

Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL

Page 356: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Threskiornithidae

Theristicus caudatus curicaca Buff-necked Ibis C,A

Cathartiformes

Cathartidae

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL

Accipitriformes

Accipitridae

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A

Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F

Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F

Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande Bicolored Hawk F

Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU

Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A

Parabuteo leucorrhous gavião-de-sobre-branco White-rumped Hawk F

Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco White-tailed Hawk F,C,A

Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT

Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A

Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X

Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X

Gruiformes

Rallidae

Aramides cajaneus saracura-três-potes Gray-necked Wood-Rail AL

Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X

Porzana albicollis sanã-carijó Ash-throated Crake AL

Pardirallus nigricans saracura-sanã Blackish Rail AL

Charadriiformes

Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL

Scolopacidae

Actitis macularius maçarico-pintado Spotted Sandpiper AL,P

Jacanidae

Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL

Columbiformes

Columbidae

Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A

Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A

Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F

Page 357: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

357

Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F

Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F

Cuculiformes

Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A

Coccyzus americanus papa-lagarta-de-asa-vermelha Yellow-billed Cuckoo F

Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A

Guira guira anu-branco Guira Cuckoo C,A

Tapera naevia saci Striped Cuckoo F

Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino Pavonine Cuckoo F

Strigiformes

Tytonidae

Tyto furcata coruja-da-igreja American Barn Owl F,A

Strigidae

Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A

Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X

Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X

Strix hylophila coruja-listrada Rusty-barred Owl F X NT

Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F

Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X

Glaucidium brasilianum caburé Ferruginous Pygmy-Owl F,A

Nyctibiiformes

Nyctibiidae

Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F

Caprimulgiformes

Caprimulgidae

Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F

Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A

Hydropsalis torquata bacurau-tesoura Scissor-tailed Nightjar C

Hydropsalis forcipata bacurau-tesoura-gigante Long-trained Nightjar C X

Apodiformes

Apodidae

Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A

Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A

Trochilidae

Page 358: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

358

Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT

Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado Planalto Hermit F,C,A

Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Swallow-tailed Hummingbird F,C,A

Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X

Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta White-vented Violetear F,C

Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X

Lophornis magnificus topetinho-vermelho Frilled Coquette F,C,A X

Lophornis chalybeus topetinho-verde Festive Coquette F NT

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho Glittering-bellied Emerald F,C,A

Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X

Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A

Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X

Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A

Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde Glittering-throated Emerald F,C,A

Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul Sapphire-spangled Emerald F,C,A

Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X

Calliphlox amethystina estrelinha-ametista Amethyst Woodstar F,C,A

Trogoniformes

Trogonidae

Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F

Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X

Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F

Coraciiformes

Alcedinidae

Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL

Chloroceryle amazona martim-pescador-verde Amazon Kingfisher F,AL

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL

Momotidae

Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X

Galbuliformes

Bucconidae

Nystalus chacuru joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A

Piciformes

Ramphastidae

Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X

Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X

Page 359: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT

Picidae

Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A

Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X

Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X

Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT

Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado Green-barred Woodpecker F

Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A

Falconiformes

Falconidae

Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A

Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A

Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C

Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F

Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F

Psittaciformes

Psittacidae

Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã White-eyed Parakeet F,A

Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X

Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A

Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X

Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN

Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X

Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F

Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT

Passeriformes

Thamnophilidae

Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X

Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU

Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT

Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X

Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F

Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X

Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho Rufous-capped Antshrike F,A

Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A

Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X

Page 360: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

360

Batara cinerea matracão Giant Antshrike F

Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X

Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X

Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X

Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X

Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT

Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X

Conopophagidae

Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X

Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X

Furnariida

Grallariidae

Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F

Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X

Rhinocryptidae

Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT

Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT

Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X

Formicariidae

Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F

Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F

Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X

Chamaeza ruficauda tovaca-de-rabo-vermelho Rufous-tailed Antthrush F X

Scleruridae

Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X

Dendrocolaptidae

Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F

Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X

Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X

Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F

Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F

Xenopidae

Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F

Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F

Furnariidae

Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL

Page 361: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

361

Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F

Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X

Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X

Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT

Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X

Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X

Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F

Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X

Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F

Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X

Phacellodomus erythrophthalmus joão-botina-da-mata Orange-eyed Thornbird F,A X

Phacellodomus ferrugineigula joão-botina-do-brejo Orange-breasted Thornbird F,AL X

Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL

Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X

Synallaxis cinerascens pi-puí Gray-bellied Spinetail F

Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A

Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X

Pipridae

Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X

Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F

Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X

Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X

Oxyruncidae

Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F

Onychorhynchidae

Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU

Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta Black-tailed Flycatcher F

Tityridae

Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X

Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X

Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A

Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F

Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A

Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A

Cotingidae

Tijuca atra saudade Black-and-gold Cotinga F X NT

Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU

Page 362: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

362

Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X

Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT

Phibalura flavirostris tesourinha-da-mata Swallow-tailed Cotinga F,A NT

Pipritidae

Piprites chloris papinho-amarelo Wing-barred Piprites F

Platyrinchidae

Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F

Platyrinchus leucoryphus patinho-gigante Russet-winged Spadebill F X X VU

Rhynchocyclidae

Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X

Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F

Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F

Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT

Phylloscartes difficilis estalinho Serra do Mar Tyrannulet F X NT

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A

Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X

Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A

Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X

Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X

Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT

Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha Hangnest Tody-Tyrant F,A X

Tyrannidae

Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A

Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F

Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A

Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A

Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto Small-billed Elaenia F,A

Elaenia mesoleuca tuque Olivaceous Elaenia F

Elaenia obscura tucão Highland Elaenia F

Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta Gray Elaenia F

Phyllomyias virescens piolhinho-verdoso Greenish Tyrannulet F X

Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A

Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT

Serpophaga nigricans joão-pobre Sooty Tyrannulet F,AL

Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A

Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F

Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A

Page 363: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

363

Ramphotrigon megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F

Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A

Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A

Sirystes sibilator gritador Sirystes F

Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL

Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A

Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A

Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A

Tyrannus savana tesourinha Fork-tailed Flycatcher C,A

Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A

Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A

Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A

Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu Fuscous Flycatcher F,A

Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A

Contopus cooperi piui-boreal Olive-sided Flycatcher F,A NT

Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A

Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A

Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X

Satrapa icterophrys suiriri-pequeno Yellow-browed Tyrant C,A,AL

Xolmis velatus noivinha-branca White-rumped Monjita C,A

Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A

Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A

Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X

Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL

Progne tapera andorinha-do-campo Brown-chested Martin F,C,A

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL

Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco White-rumped Swallow AL

Riparia riparia andorinha-do-barranco Bank Swallow C,A

Petrochelidon pyrrhonota andorinha-de-dorso-acanelado Cliff Swallow C,A

Troglodytidae

Page 364: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

364

Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A

Polioptilidae

Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F

Turdidae

Catharus swainsoni sabiá-de-óculos Swainson's Thrush F

Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F

Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A

Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A

Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F

Mimidae

Mimus saturninus sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird C,A

Passerellidae

Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A

Arremon semitorquatus tico-tico-do-mato Half-collared Sparrow F X

Parulidae

Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL

Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F

Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X

Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F

Icteridae

Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A

Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A

Mitrospingidae

Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X

Thraupidae

Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A

Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X

Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT

Pyrrhocoma ruficeps cabecinha-castanha Chestnut-headed Tanager F X

Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X

Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A

Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F

Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X

Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X

Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X

Page 365: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

365

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A

Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A

Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X

Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A

Cissopis leverianus tietinga Magpie Tanager F

Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo Cinnamon Tanager C,AL

Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A

Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A

Dacnis nigripes saí-de-pernas-pretas Black-legged Dacnis F,A X X NT

Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A

Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X

Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A

Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X

Donacospiza albifrons tico-tico-do-banhado Long-tailed Reed Finch C,AL X

Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A

Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A

Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU

Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira Temminck's Seedeater F X X VU VU

Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A

Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A

Sporophila angolensis curió Chestnut-bellied Seed-Finch C,A X

Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F

Cardinalidae

Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F

Cyanoloxia brissonii azulão Ultramarine Grosbeak F,A X

Fringillidae

Sporagra magellanica pintassilgo Hooded Siskin D,A,C

Euphonia chalybea cais-cais Green-throated Euphonia F X X NT

Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F

Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X

Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F

Passeridae

Passer domesticus pardal House Sparrow C,A

Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.

Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN

(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas

Page 366: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

366

do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);

C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,

represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).

Tabela 9. Lista completa de aves do Núcleo Picinguaba

Status de Ameaça

NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente

típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN

Tinamiformes

Tinamidae

Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT

Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F

Anseriformes

Anatidae

Dendrocygna viduata irerê White-faced Whistling-Duck AL

Cairina moschata pato-do-mato Muscovy Duck AL

Amazonetta brasiliensis pé-vermelho Brazilian Teal AL

Netta erythrophthalma paturi-preta Southern Pochard AL

Galliformes

Cracidae

Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F

Odontophoridae

Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X

Podicipediformes

Podicipedidae

Tachybaptus dominicus mergulhão-pequeno Least Grebe AL

Suliformes

Fregatidae

Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P

Sulidae

Sula leucogaster atobá-pardo Brown Booby P

Pelecaniformes

Page 367: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

367

Ardeidae

Nycticorax nycticorax savacu Black-crowned Night-Heron AL

Butorides striata socozinho Striated Heron AL

Bubulcus ibis garça-vaqueira Cattle Egret C,AL

Ardea alba garça-branca-grande Great Egret AL

Syrigma sibilatrix maria-faceira Whistling Heron C,AL

Egretta thula garça-branca-pequena Snowy Egret AL

Cathartiformes

Cathartidae

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL

Accipitriformes

Pandionidae

Pandion haliaetus águia-pescadora Osprey AL

Accipitridae

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A

Elanoides forficatus gavião-tesoura Swallow-tailed Kite F,C,A

Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F

Accipiter striatus gavião-miúdo Sharp-shinned Hawk F

Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU

Urubitinga urubitinga gavião-preto Great Black-Hawk F,AL

Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A

Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT

Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A

Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X

Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X

Gruiformes

Rallidae

Aramides cajaneus saracura-três-potes Gray-necked Wood-Rail AL

Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X

Laterallus melanophaius sanã-parda Rufous-sided Crake AL

Charadriiformes

Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL

Pluvialis squatarola batuiruçu-de-axila-preta Black-bellied Plover AL,P

Charadrius semipalmatus batuíra-de-bando Semipalmated Plover AL,P

Charadrius collaris batuíra-de-coleira Collared Plover AL,P

Scolopacidae

Page 368: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

368

Bartramia longicauda maçarico-do-campo Upland Sandpiper C,AL

Tringa melanoleuca maçarico-grande-de-perna-amarela Greater Yellowlegs AL,P

Calidris alba maçarico-branco Sanderling AL,P

Calidris pusilla maçarico-rasteirinho Semipalmated Sandpiper AL,P NT

Jacanidae

Jacana jacana jaçanã Wattled Jacana AL

Laridae

Larus dominicanus gaivotão Kelp Gull P

Columbiformes

Columbidae

Columbina talpacoti rolinha-roxa Ruddy Ground-Dove C,A

Claravis pretiosa pararu-azul Blue Ground-Dove F

Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A

Patagioenas cayennensis pomba-galega Pale-vented Pigeon F

Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F

Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F

Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F

Cuculiformes

Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A

Coccyzus melacoryphus papa-lagarta-acanelado Dark-billed Cuckoo F

Crotophaga ani anu-preto Smooth-billed Ani C,A

Guira guira anu-branco Guira Cuckoo C,A

Tapera naevia saci Striped Cuckoo F

Strigiformes

Tytonidae

Tyto furcata coruja-da-igreja American Barn Owl F,A

Strigidae

Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A

Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X

Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X

Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F

Glaucidium minutissimum caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F X

Nyctibiiformes

Nyctibiidae

Page 369: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

369

Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F

Caprimulgiformes

Caprimulgidae

Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F

Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A

Apodiformes

Apodidae

Cypseloides senex taperuçu-velho Great Dusky Swift F

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A

Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A

Panyptila cayennensis andorinhão-estofador Lesser Swallow-tailed Swift F,C,A

Trochilidae

Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT

Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Dusky-throated Hermit F X

Phaethornis ruber rabo-branco-rubro Reddish Hermit F

Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X

Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X

Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta Black-throated Mango F,C,A

Lophornis chalybeus topetinho-verde Festive Coquette F NT

Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X

Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A

Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca Versicolored Emerald F,C,A

Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X

Trogoniformes

Trogonidae

Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F

Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X

Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F

Coraciiformes

Alcedinidae

Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL

Chloroceryle amazona martim-pescador-verde Amazon Kingfisher F,AL

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL

Chloroceryle inda martim-pescador-da-mata Green-and-rufous Kingfisher F,AL

Momotidae

Page 370: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

370

Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X

Galbuliformes

Galbulidae

Galbula ruficauda ariramba-de-cauda-ruiva Rufous-tailed Jacamar F,A

Bucconidae

Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha Buff-bellied Puffbird F X

Malacoptila striata barbudo-rajado Crescent-chested Puffbird F X NT

Piciformes

Ramphastidae

Ramphastos toco tucanuçu Toco Toucan F,C,A

Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU

Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X

Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X

Pteroglossus bailloni araçari-banana Saffron Toucanet F X X NT

Picidae

Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A

Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X

Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X

Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F

Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT

Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado Green-barred Woodpecker F

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A

Campephilus robustus pica-pau-rei Robust Woodpecker F X

Falconiformes

Falconidae

Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A

Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A

Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C

Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F

Psittaciformes

Psittacidae

Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X

Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A

Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X

Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN

Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X

Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F

Page 371: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

371

Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT

Passeriformes

Thamnophilidae

Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X

Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU

Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT

Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X

Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT

Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F

Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X

Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F

Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho Rufous-capped Antshrike F,A

Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A

Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X

Batara cinerea matracão Giant Antshrike F

Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X

Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X

Biatas nigropectus papo-branco White-bearded Antshrike F X X VU

Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X

Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X

Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X

Drymophila genei choquinha-da-serra Rufous-tailed Antbird F X

Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT

Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X

Conopophagidae

Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X

Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X

Grallariidae

Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F

Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X

Rhinocryptidae

Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT

Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT

Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X

Psilorhamphus guttatus tapaculo-pintado Spotted Bamboowren F X NT

Formicariidae

Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F

Page 372: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

372

Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F

Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X

Scleruridae

Sclerurus macconnelli vira-folha-de-peito-vermelho Tawny-throated Leaftosser F X VU

Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X

Dendrocolaptidae

Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F

Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X

Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X

Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F

Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F

Xenopidae

Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F

Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F

Furnariidae

Furnarius rufus joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL

Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F

Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X

Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X

Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X

Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X

Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F

Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X

Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F

Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X

Phacellodomus erythrophthalmus joão-botina-da-mata Orange-eyed Thornbird F,A X

Certhiaxis cinnamomeus curutié Yellow-chinned Spinetail AL

Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X

Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A

Pipridae

Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F

Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X

Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X

Oxyruncidae

Page 373: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

373

Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F

Onychorhynchidae

Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F

Tityridae

Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X

Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X

Iodopleura pipra anambezinho Buff-throated Purpletuft F,A X X EN NT

Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda Black-crowned Tityra F,A

Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto Black-tailed Tityra F,A

Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F

Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A

Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A

Pachyramphus marginatus caneleiro-bordado Black-capped Becard F,A

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A

Cotingidae

Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU

Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X

Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT

Platyrinchidae

Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F

Platyrinchus leucoryphus patinho-gigante Russet-winged Spadebill F X X VU

Rhynchocyclidae

Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X

Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F

Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F

Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT

Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT

Phylloscartes sylviolus maria-pequena Bay-ringed Tyrannulet F X NT

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A

Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X

Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A

Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X

Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X

Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT

Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha Hangnest Tody-Tyrant F,A X

Hemitriccus furcatus papa-moscas-estrela Fork-tailed Pygmy-Tyrant F X X VU VU

Page 374: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

374

Tyrannidae

Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A

Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F

Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A

Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela Yellow-bellied Elaenia F,A

Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta Gray Elaenia F

Capsiempis flaveola marianinha-amarela Yellow Tyrannulet F,A

Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A

Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT

Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F

Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A

Ramphotrigon megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F

Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A

Rhytipterna simplex vissiá Grayish Mourner F

Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL

Philohydor lictor bentevizinho-do-brejo Lesser Kiskadee F,A,AL

Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A

Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A

Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A

Tyrannus savana tesourinha Fork-tailed Flycatcher C,A

Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A

Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A

Pyrocephalus rubinus príncipe Vermilion Flycatcher C,A

Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Masked Water-Tyrant C,A,AL

Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu Fuscous Flycatcher F,A

Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A

Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Tropical Pewee F,A

Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A

Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X

Satrapa icterophrys suiriri-pequeno Yellow-browed Tyrant C,A,AL

Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Shear-tailed Gray Tyrant F X

Vireonidae

Page 375: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

375

Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A

Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A

Hylophilus thoracicus vite-vite Lemon-chested Greenlet F

Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL

Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL

Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A

Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A

Donacobiidae

Donacobius atricapilla japacanim Black-capped Donacobius AL

Polioptilidae

Ramphocaenus melanurus bico-assovelado Long-billed Gnatwren F

Turdidae

Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F

Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A

Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A

Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F

Passerellidae

Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A

Parulidae

Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra Masked Yellowthroat C,A,AL

Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F

Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F

Icteridae

Psarocolius decumanus japu Crested Oropendola F,A

Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A

Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A

Chrysomus ruficapillus garibaldi Chestnut-capped Blackbird AL

Molothrus oryzivorus iraúna-grande Giant Cowbird C,A

Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A

Mitrospingidae

Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X

Page 376: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

376

Thraupidae

Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A

Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X

Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X

Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X

Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A

Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F

Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X

Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X

Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A

Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X

Tangara peruviana saíra-sapucaia Black-backed Tanager F,A X X VU VU

Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A

Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A

Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A

Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A

Chlorophanes spiza saí-verde Green Honeycreeper F,A

Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem Rufous-headed Tanager F,A X

Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho Chestnut-vented Conebill F,A

Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X

Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A

Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A

Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU

Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira Temminck's Seedeater F X X VU VU

Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A

Sporophila leucoptera chorão White-bellied Seedeater C,A

Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Sooty Grassquit F

Cardinalidae

Piranga flava sanhaçu-de-fogo Hepatic Tanager F,A

Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F

Fringillidae

Sporagra magellanica pintassilgo Hooded Siskin D,A,C

Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A

Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F

Page 377: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

377

Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X

Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F

Estrildidae

Estrilda astrild bico-de-lacre Common Waxbill C,A

Passeridae

Passer domesticus pardal House Sparrow C,A

Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.

Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN

(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas

do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);

C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,

represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).

Tabela 10. Lista completa de aves do Núcleo Santa Virgínia

Status de Ameaça

NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente

típico Endêmica São Paulo Brasil IUCN

Tinamiformes

Tinamidae

Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT

Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Brown Tinamou F

Crypturellus tataupa inhambu-chintã Tataupa Tinamou F

Anseriformes

Anhimidae

Anhima cornuta anhuma Horned Screamer AL X

Galliformes

Cracidae

Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F

Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN

Odontophoridae

Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X

Page 378: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

378

Cathartiformes

Cathartidae

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha Turkey Vulture F,C,A,AL

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL

Accipitriformes

Accipitridae

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A

Chondrohierax uncinatus caracoleiro Hook-billed Kite F,C,A,AL

Elanoides forficatus gavião-tesoura Swallow-tailed Kite F,C,A

Harpagus diodon gavião-bombachinha Rufous-thighed Kite F

Accipiter poliogaster tauató-pintado Gray-bellied Hawk F NT

Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande Bicolored Hawk F

Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno White-necked Hawk F X X VU VU

Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A

Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Mantled Hawk F,C X X NT

Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Short-tailed Hawk F,C,A

Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X

Spizaetus melanoleucus gavião-pato Black-and-white Hawk-Eagle F,C X

Gruiformes

Rallidae

Aramides cajaneus saracura-três-potes Gray-necked Wood-Rail AL

Aramides saracura saracura-do-mato Slaty-breasted Wood-Rail AL X

Laterallus leucopyrrhus sanã-vermelha Red-and-white Crake AL

Charadriiformes

Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL

Scolopacidae

Tringa solitaria maçarico-solitário Solitary Sandpiper AL,P

Columbiformes

Columbidae

Patagioenas picazuro pombão Picazuro Pigeon F,C,A

Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F

Leptotila verreauxi juriti-pupu White-tipped Dove F

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F

Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F

Cuculiformes

Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A

Page 379: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

379

Coccyzus melacoryphus papa-lagarta-acanelado Dark-billed Cuckoo F

Coccyzus euleri papa-lagarta-de-euler Pearly-breasted Cuckoo F

Strigiformes

Strigidae

Megascops choliba corujinha-do-mato Tropical Screech-Owl F,A

Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela Tawny-browed Owl F X

Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F

Nyctibiiformes

Nyctibiidae

Nyctibius griseus mãe-da-lua Common Potoo F

Caprimulgiformes

Caprimulgidae

Lurocalis semitorquatus tuju Short-tailed Nighthawk F

Hydropsalis albicollis bacurau Pauraque C,A

Apodiformes

Apodidae

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A

Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A

Trochilidae

Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT

Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X

Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza Sombre Hummingbird F X

Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X

Stephanoxis lalandi beija-flor-de-topete Plovercrest C X

Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X

Hylocharis cyanus beija-flor-roxo White-chinned Sapphire F,C,A

Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco White-throated Hummingbird C X

Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X

Trogoniformes

Trogonidae

Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F

Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X

Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F

Coraciiformes

Alcedinidae

Page 380: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

380

Megaceryle torquata martim-pescador-grande Ringed Kingfisher F,AL

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL

Galbuliformes

Bucconidae

Nystalus chacuru joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A

Piciformes

Ramphastidae

Ramphastos toco tucanuçu Toco Toucan F,C,A

Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU

Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X

Picidae

Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A

Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X

Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT

Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca Lineated Woodpecker F,A

Campephilus robustus pica-pau-rei Robust Woodpecker F X

Falconiformes

Falconidae

Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A

Milvago chimachima carrapateiro Yellow-headed Caracara C,A

Herpetotheres cachinnans acauã Laughing Falcon F,C

Micrastur ruficollis falcão-caburé Barred Forest-Falcon F

Micrastur semitorquatus falcão-relógio Collared Forest-Falcon F

Psittaciformes

Psittacidae

Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã White-eyed Parakeet F,A

Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X

Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A

Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X

Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas Brown-backed Parrotlet F X X VU EN

Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X

Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F

Passeriformes

Thamnophilidae

Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X

Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X

Page 381: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

381

Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F

Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X

Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A

Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X

Batara cinerea matracão Giant Antshrike F

Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Large-tailed Antshrike F X

Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X

Biatas nigropectus papo-branco White-bearded Antshrike F X X VU

Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X

Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X

Drymophila ferruginea trovoada Ferruginous Antbird F X

Drymophila rubricollis trovoada-de-bertoni Bertoni's Antbird F X

Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT

Drymophila malura choquinha-carijó Dusky-tailed Antbird F X

Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X

Conopophagidae

Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X

Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X

Grallariidae

Grallaria varia tovacuçu Variegated Antpitta F

Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X

Rhinocryptidae

Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT

Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT

Scytalopus speluncae tapaculo-preto Mouse-colored Tapaculo F X

Psilorhamphus guttatus tapaculo-pintado Spotted Bamboowren F X NT

Formicariidae

Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F

Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F

Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Such's Antthrush F X

Scleruridae

Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X

Dendrocolaptidae

Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F

Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X

Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X

Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul Scalloped Woodcreeper F X

Page 382: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

382

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Planalto Woodcreeper F

Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F

Xenopidae

Xenops minutus bico-virado-miúdo Plain Xenops F

Xenops rutilans bico-virado-carijó Streaked Xenops F

Furnariidae

Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F

Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X

Anabazenops fuscus trepador-coleira White-collared Foliage-gleaner F X

Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo White-browed Foliage-gleaner F X NT

Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X

Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F

Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X

Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F

Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X

Leptasthenura setaria grimpeiro Araucaria Tit-Spinetail F X NT Phacellodomus

erythrophthalmus joão-botina-da-mata Orange-eyed Thornbird F,A X

Phacellodomus ferrugineigula joão-botina-do-brejo Orange-breasted Thornbird F,AL X

Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X

Synallaxis cinerascens pi-puí Gray-bellied Spinetail F

Synallaxis spixi joão-teneném Spix's Spinetail F,A

Cranioleuca pallida arredio-pálido Pallid Spinetail F,A X

Pipridae

Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X

Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F

Ilicura militaris tangarazinho Pin-tailed Manakin F X

Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X

Oxyruncidae

Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F

Onychorhynchidae

Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X X VU

Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta Black-tailed Flycatcher F

Tityridae

Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X

Laniisoma elegans chibante Shrike-like Cotinga F X X

Pachyramphus viridis caneleiro-verde Green-backed Becard F

Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A

Page 383: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

383

Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A

Cotingidae

Lipaugus lanioides tropeiro-da-serra Cinnamon-vented Piha F X X NT

Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU

Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X

Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT

Pipritidae

Piprites pileata caneleirinho-de-chapéu-preto Black-capped Piprites F X X VU

Platyrinchidae

Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F

Rhynchocyclidae

Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X

Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F

Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F

Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT

Phylloscartes difficilis estalinho Serra do Mar Tyrannulet F X NT

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A

Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X

Poecilotriccus plumbeiceps tororó Ochre-faced Tody-Flycatcher F,A

Myiornis auricularis miudinho Eared Pygmy-Tyrant F,A X

Hemitriccus diops olho-falso Drab-breasted Pygmy-Tyrant F X

Hemitriccus obsoletus catraca Brown-breasted Pygmy-Tyrant F X

Tyrannidae

Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A

Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F

Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A

Elaenia mesoleuca tuque Olivaceous Elaenia F

Capsiempis flaveola marianinha-amarela Yellow Tyrannulet F,A

Phyllomyias fasciatus piolhinho Planalto Tyrannulet F,A

Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT

Serpophaga nigricans joão-pobre Sooty Tyrannulet F,AL

Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F

Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Piratic Flycatcher F,A

Ramphotrigon megacephalum maria-cabeçuda Large-headed Flatbill F

Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A

Myiarchus ferox maria-cavaleira Short-crested Flycatcher F,A

Page 384: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

384

Sirystes sibilator gritador Sirystes F

Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL

Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Cattle Tyrant C,A

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Streaked Flycatcher F,A

Megarynchus pitangua neinei Boat-billed Flycatcher F,A

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A

Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A

Empidonomus varius peitica Variegated Flycatcher F,A

Conopias trivirgatus bem-te-vi-pequeno Three-striped Flycatcher F,A

Colonia colonus viuvinha Long-tailed Tyrant F,A

Myiophobus fasciatus filipe Bran-colored Flycatcher F,A

Pyrocephalus rubinus príncipe Vermilion Flycatcher C,A

Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A

Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado Blue-billed Black-Tyrant F,A

Knipolegus nigerrimus maria-preta-de-garganta-vermelha Velvety Black-Tyrant F,A X

Satrapa icterophrys suiriri-pequeno Yellow-browed Tyrant C,A,AL

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A

Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A

Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X

Corvidae

Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo Curl-crested Jay F,C,A

Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL

Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Southern Rough-winged Swallow F,C,A,AL

Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A

Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A

Turdidae

Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F

Turdus leucomelas sabiá-barranco Pale-breasted Thrush F,A

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A

Turdus amaurochalinus sabiá-poca Creamy-bellied Thrush F,A

Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F

Passerellidae

Page 385: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

385

Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A

Arremon semitorquatus tico-tico-do-mato Half-collared Sparrow F X

Parulidae

Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F

Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador White-browed Warbler F X

Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F

Icteridae

Psarocolius decumanus japu Crested Oropendola F,A

Cacicus chrysopterus tecelão Golden-winged Cacique F,A

Cacicus haemorrhous guaxe Red-rumped Cacique F,A

Gnorimopsar chopi graúna Chopi Blackbird C,A

Molothrus bonariensis vira-bosta Shiny Cowbird C,A

Mitrospingidae

Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X

Thraupidae

Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A

Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X

Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo Brown Tanager F X NT

Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X

Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X

Lanio cucullatus tico-tico-rei Red-crested Finch F,A

Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F

Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X

Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X

Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A

Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A

Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo Golden-chevroned Tanager F,A X

Tangara cayana saíra-amarela Burnished-buff Tanager F,A

Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade Diademed Tanager F,A

Pipraeidea melanonota saíra-viúva Fawn-breasted Tanager F,A

Tersina viridis saí-andorinha Swallow Tanager F,A

Dacnis nigripes saí-de-pernas-pretas Black-legged Dacnis F,A X X NT

Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A

Haplospiza unicolor cigarra-bambu Uniform Finch F X

Poospiza thoracica peito-pinhão Bay-chested Warbling-Finch F,A X

Page 386: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

386

Poospiza lateralis quete Buff-throated Warbling-Finch F,A

Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro Saffron Finch C,A

Volatinia jacarina tiziu Blue-black Grassquit C,A

Sporophila frontalis pixoxó Buffy-fronted Seedeater F X X VU VU

Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira Temminck's Seedeater F X X VU VU

Sporophila lineola bigodinho Lined Seedeater C,A

Sporophila caerulescens coleirinho Double-collared Seedeater C,A

Sporophila angolensis curió Chestnut-bellied Seed-Finch C,A X

Cardinalidae

Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F

Amaurospiza moesta negrinho-do-mato Blackish-blue Seedeater F,A X X NT

Fringillidae

Euphonia chalybea cais-cais Green-throated Euphonia F X X NT

Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F

Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X

Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira Blue-naped Chlorophonia F

Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.

Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN

(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas

do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);

C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,

represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).

Tabela 11. Lista completa de aves do Núcleo São Sebastião

Status de Ameaça

NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente

típico Endêmic

a São Paulo Brasil IUCN

Tinamiformes

Tinamidae

Tinamus solitarius macuco Solitary Tinamou F X X NT

Crypturellus noctivagus jaó-do-sul Yellow-legged Tinamou F X X VU NT

Page 387: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

387

Crypturellus tataupa inhambu-chintã Tataupa Tinamou F

Galliformes

Cracidae

Penelope obscura jacuaçu Dusky-legged Guan F

Aburria jacutinga jacutinga Black-fronted Piping-Guan F X X EN EN

Odontophoridae

Odontophorus capueira uru Spot-winged Wood-Quail F X

Suliformes

Fregatidae

Fregata magnificens tesourão Magnificent Frigatebird P

Cathartiformes

Cathartidae

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL

Accipitriformes

Accipitridae

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Gray-headed Kite F,C,A

Accipiter superciliosus gavião-miudinho Tiny Hawk F

Rupornis magnirostris gavião-carijó Roadside Hawk F,C,A

Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Black Hawk-Eagle F,C X

Gruiformes

Rallidae

Amaurolimnas concolor saracura-lisa Uniform Crake F,AL

Charadriiformes

Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero Southern Lapwing C,A,AL

Columbiformes

Columbidae

Patagioenas plumbea pomba-amargosa Plumbeous Pigeon F

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Gray-fronted Dove F

Geotrygon montana pariri Ruddy Quail-Dove F

Cuculiformes

Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A

Tapera naevia saci Striped Cuckoo F

Strigiformes

Strigidae

Megascops atricapilla corujinha-sapo Black-capped Screech-Owl F X

Strix virgata coruja-do-mato Mottled Owl F

Page 388: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

388

Apodiformes

Apodidae

Cypseloides fumigatus taperuçu-preto Sooty Swift F,C

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca White-collared Swift F,C,A

Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento Gray-rumped Swift F,C

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Sick's Swift F,C,A

Trochilidae

Ramphodon naevius beija-flor-rajado Saw-billed Hermit F X NT

Phaethornis ruber rabo-branco-rubro Reddish Hermit F

Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada Scale-throated Hermit F X

Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza Sombre Hummingbird F X

Florisuga fusca beija-flor-preto Black Jacobin F,C,A X

Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta Violet-capped Woodnymph F X

Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde Glittering-throated Emerald F,C,A

Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi Brazilian Ruby F X

Trogoniformes

Trogonidae

Trogon viridis surucuá-grande-de-barriga-amarela White-tailed Trogon F

Trogon surrucura surucuá-variado Surucua Trogon F X

Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela Black-throated Trogon F

Coraciiformes

Alcedinidae

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno Green Kingfisher F,AL

Momotidae

Baryphthengus ruficapillus juruva-verde Rufous-capped Motmot F X

Piciformes

Ramphastidae

Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto Channel-billed Toucan F VU

Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Red-breasted Toucan F X

Selenidera maculirostris araçari-poca Spot-billed Toucanet F X X

Picidae

Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado White-barred Piculet F,A

Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Yellow-fronted Woodpecker F X

Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó White-spotted Woodpecker F,A X

Piculus flavigula pica-pau-bufador Yellow-throated Woodpecker F

Piculus aurulentus pica-pau-dourado Yellow-browed Woodpecker F X NT

Colaptes campestris pica-pau-do-campo Campo Flicker C,A

Page 389: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

389

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A

Falconiformes

Falconidae

Caracara plancus caracará Southern Caracara C,A

Psittaciformes

Psittacidae

Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A X

Forpus xanthopterygius tuim Blue-winged Parrotlet F,A

Brotogeris tirica periquito-rico Plain Parakeet F,A X

Pionopsitta pileata cuiú-cuiú Red-capped Parrot F X

Pionus maximiliani maitaca-verde Scaly-headed Parrot F

Triclaria malachitacea sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X NT

Passeriformes

Thamnophilidae

Terenura maculata zidedê Streak-capped Antwren F X

Myrmotherula minor choquinha-pequena Salvadori's Antwren F X X VU VU

Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta Unicolored Antwren F X X NT

Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada Star-throated Antwren F X

Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado Spot-breasted Antvireo F X NT

Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Plain Antvireo F

Dysithamnus xanthopterus choquinha-de-asa-ferrugem Rufous-backed Antvireo F X

Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha Rufous-winged Antwren F

Thamnophilus caerulescens choca-da-mata Variable Antshrike F,A

Hypoedaleus guttatus chocão-carijó Spot-backed Antshrike F X

Mackenziaena severa borralhara Tufted Antshrike F X

Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota Squamate Antbird F X

Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul White-shouldered Fire-eye F X

Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho Ochre-rumped Antbird F X X NT

Drymophila squamata pintadinho Scaled Antbird F X

Conopophagidae

Conopophaga lineata chupa-dente Rufous Gnateater F X

Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta Black-cheeked Gnateater F X

Grallariidae

Hylopezus nattereri pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X

Rhinocryptidae

Merulaxis ater entufado Slaty Bristlefront F X NT

Eleoscytalopus indigoticus macuquinho White-breasted Tapaculo F X NT

Formicariidae

Page 390: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

390

Formicarius colma galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F

Chamaeza campanisona tovaca-campainha Short-tailed Antthrush F

Scleruridae

Sclerurus scansor vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X

Dendrocolaptidae

Dendrocincla turdina arapaçu-liso Plain-winged Woodcreeper F X

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Olivaceous Woodcreeper F

Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Lesser Woodcreeper F X

Furnariidae

Lochmias nematura joão-porca Sharp-tailed Streamcreeper F

Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco White-eyed Foliage-gleaner F X

Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Ochre-breasted Foliage-gleaner F X

Philydor atricapillus limpa-folha-coroado Black-capped Foliage-gleaner F X

Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Buff-fronted Foliage-gleaner F

Heliobletus contaminatus trepadorzinho Sharp-billed Treehunter F X

Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Buff-browed Foliage-gleaner F

Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha Pale-browed Treehunter F X

Synallaxis ruficapilla pichororé Rufous-capped Spinetail F,A X

Pipridae

Neopelma chrysolophum fruxu Serra do Mar Tyrant-Manakin F X

Manacus manacus rendeira White-bearded Manakin F

Chiroxiphia caudata tangará Swallow-tailed Manakin F X

Oxyruncidae

Oxyruncus cristatus araponga-do-horto Sharpbill F

Onychorhynchidae

Myiobius barbatus assanhadinho Whiskered Flycatcher F

Tityridae

Schiffornis virescens flautim Greenish Schiffornis F X

Pachyramphus castaneus caneleiro Chestnut-crowned Becard F,A

Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto White-winged Becard F,A

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto Crested Becard F,A

Cotingidae

Procnias nudicollis araponga Bare-throated Bellbird F X X VU

Pyroderus scutatus pavó Red-ruffed Fruitcrow F X X

Carpornis cucullata corocochó Hooded Berryeater F X NT

Platyrinchidae

Platyrinchus mystaceus patinho White-throated Spadebill F

Page 391: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

391

Rhynchocyclidae

Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X

Leptopogon amaurocephalus cabeçudo Sepia-capped Flycatcher F

Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Mottle-cheeked Tyrannulet F

Phylloscartes paulista não-pode-parar Sao Paulo Tyrannulet F X X NT

Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras Oustalet's Tyrannulet F X NT

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta Yellow-olive Flycatcher F,A

Todirostrum poliocephalum teque-teque Yellow-lored Tody-Flycatcher F,A X

Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio Common Tody-Flycatcher F,A

Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato Eye-ringed Tody-Tyrant F X NT

Tyrannidae

Hirundinea ferruginea gibão-de-couro Cliff Flycatcher C,A

Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador Rough-legged Tyrannulet F

Camptostoma obsoletum risadinha Southern Beardless-Tyrannulet F,A

Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano Gray-capped Tyrannulet F,A X NT

Serpophaga subcristata alegrinho White-crested Tyrannulet F,A

Attila phoenicurus capitão-castanho Rufous-tailed Attila F

Attila rufus capitão-de-saíra Gray-hooded Attila F X

Myiarchus swainsoni irré Swainson's Flycatcher F,A

Pitangus sulphuratus bem-te-vi Great Kiskadee F,C,A,AL

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho Social Flycatcher F,A

Tyrannus melancholicus suiriri Tropical Kingbird F,C,A

Conopias trivirgatus bem-te-vi-pequeno Three-striped Flycatcher F,A

Lathrotriccus euleri enferrujado Euler's Flycatcher F,A

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis pitiguari Rufous-browed Peppershrike F,A

Vireo chivi juruviara Chivi Vireo F,A

Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Rufous-crowned Greenlet F X

Corvidae

Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo Curl-crested Jay F,C,A

Hirundinidae

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow F,C,A,AL

Atticora tibialis calcinha-branca White-thighed Swallow F,A

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande Gray-breasted Martin F,C,A,AL

Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra Southern House Wren F,C,A

Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande Long-billed Wren F,A

Page 392: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

392

Turdidae

Turdus flavipes sabiá-una Yellow-legged Thrush F

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A

Turdus albicollis sabiá-coleira White-necked Thrush F

Passerellidae

Zonotrichia capensis tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A

Parulidae

Setophaga pitiayumi mariquita Tropical Parula F,A

Basileuterus culicivorus pula-pula Golden-crowned Warbler F

Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Neotropical River Warbler F

Mitrospingidae

Orthogonys chloricterus catirumbava Olive-green Tanager F X

Thraupidae

Coereba flaveola cambacica Bananaquit F,A

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Green-winged Saltator F,A

Saltator fuliginosus pimentão Black-throated Grosbeak F X

Tachyphonus coronatus tiê-preto Ruby-crowned Tanager F X

Ramphocelus bresilius tiê-sangue Brazilian Tanager F,A X

Lanio cristatus tiê-galo Flame-crested Tanager F,A

Lanio melanops tiê-de-topete Black-goggled Tanager F

Tangara seledon saíra-sete-cores Green-headed Tanager F,A X

Tangara cyanocephala saíra-militar Red-necked Tanager F,A X

Tangara desmaresti saíra-lagarta Brassy-breasted Tanager F X

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Sayaca Tanager F,A

Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul Azure-shouldered Tanager F,A X

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Palm Tanager F,A

Tangara peruviana saíra-sapucaia Black-backed Tanager F,A X X VU VU

Dacnis cayana saí-azul Blue Dacnis F,A

Chlorophanes spiza saí-verde Green Honeycreeper F,A

Cardinalidae

Habia rubica tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F

Fringillidae

Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Violaceous Euphonia F,A

Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Golden-rumped Euphonia F

Euphonia pectoralis ferro-velho Chestnut-bellied Euphonia F,A X

Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.

Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN

Page 393: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

393

(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas

do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);

C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,

represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).

Page 394: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

394

4.1. Observações

4.1.1. Espécies retiradas da lista atual do Parque Estadual da Serra do Mar

a) Penelope superciliaris

Espécie citada no Plano de Manejo como registro de campo (fora do contexto da AER) para a

localidade Rio Preto, Itanhaém, que fica fora do limite atual do PESM e possui um tipo específico de

vegetação encontrado apenas no entorno desta UC. Esta espécie possui ocorrência para as matas

secas do interior do estado e regiões litorâneas, principalmente nas restingas (Guix, 1997 apud

SCHUNK, 2015; Willis & Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015). Marques (2004 apud SCHUNK, 2015) fez

um levantamento intensivo de Cracídeos em alguns núcleos da região Norte do PESM e não

conseguiu confirmar a presença de P. superciliaris em campo.

Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie nos limites do Núcleo

Curucutu, localizado próximo do Rio Preto e em outros núcleos do PESM.

Obs: Faltam estudos atuais na região do Rio Preto para avaliar o status de ocorrência desta e de

outras espécies.

b) Spizaetus ornatus

Espécie citada no Plano de Manejo como resultado de entrevista com funcionário do Núcleo Cunha.

Segundo Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015), esta espécie possui ocorrência rara para as

“matas grandes do litoral”, ocorrendo no interior do estado ao longo dos rios. Existe um registro

não documentado citado em um relatório de 1996 para o Núcleo Caraguatatuba, para a localidade

“região de maiores altitudes” (Gussoni, 2007 apud SCHUNK, 2015). Atualmente, os únicos registros

desta espécie estão localizados exclusivamente na Serra de Paranapiacaba, região de Intervales e

Petar, salvo um único registro fotográfico disponível no site wikiaves (www.wikiaves.com.br) para o

município de São Sebastião, porem sem a localidade específica.

Justificativa: Ausência de registros documentados para o PESM.

c) Claravis godefrida (atual Claravis geoffroyi)

Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura e entrevista com funcionário do Núcleo

Cunha. Esta espécie só possui 4 registros para a Serra do Mar de São Paulo, sendo 3 sem

documentação, são eles;

1. Um exemplar coletado pelo Hempel em 1898 em Alto da Serra, atual Reserva Biológica do

Alto da Serra de Paranapiacaba, que apesar da proximidade e do limite direto com o Núcleo

Itutinga-Pilões do PESM, está fora desta UC.

2. Observação pessoal e não documentada de “um par” feita na Estação Biológica de Boracéia

(EBB) em 1987 e citada no trabalho de Wege & Long (1995 apud SCHUNK, 2015), e no

Page 395: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

395

trabalho de Bencke et al. (2006 apud SCHUNK, 2015) para a IBA SP04, Parque Estadual da

Serra do Mar (entre Santos e São Sebastião).

3. Registro não documentado do pesquisador Douglas Stotz para a estação Biológica de

Boracéia, compilado por Cavarzere et al. (2010 apud SCHUNK, 2015).

4. Registro citado por Goerck (1999 apud SCHUNK, 2015) para a região baixa (entre 0 e 100m

de altitude em relação ao nível do Mar) da trilha do Pico do Corcovado, Ubatuba. Este

registro também é citado por Bencke et al. (2006 apud SCHUNK, 2015) para a IBA SP02,

Parque Estadual da Serra do Mar (entre Caraguatatuba e Picinguaba).

Justificativa: Ausência de registros documentados dentro dos limites do PESM.

Obs: Espécie considerada extinta da natureza na última versão da lista de animais ameaçados do

Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2014 apud SCHUNK, 2015).

d) Dromococcyx phasianellus

Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do trabalho original

feito por Höfling & Lencioni-Neto (1992 apud SCHUNK, 2015) na estrada da Petrobrás, que

atualmente atravessa 3 núcleos do PESM. Esta espécie só é citada neste único trabalho para a

Serra do Mar, que coincidentemente não apresenta a espécie irmã Dromococcyx pavoninus, que

possui ocorrência frequente para o PESM, inclusive registrada em campo durante os levantamentos

do Plano de Manejo.

Justificativa: Ausência de registros documentados para a Serra do Mar de São Paulo.

e) Nyctibius aethereus

Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente por Goerck (1999 apud

SCHUNK, 2015), para a região baixa (entre 0 e 100m de altitude em relação ao nível do Mar) da

trilha do Pico do Corcovado, Ubatuba. Existe um outro registro feito pela equipe do CEO-Centro de

Estudos Ornitológicos para a Estação Biológica de Boracéia, porém, este registro foi revisado

posteriormente pelos responsáveis e chegou-se a conclusão que a voz escutada na época, era um

chamado de uma coruja comum na região. O registro foi anulado, mas acabou entrando nesta

compilação feita por Cavarzere et al. (2010 apud SCHUNK, 2015). Willis & Oniki (2003 apud

SCHUNK, 2015) citam sua ocorrência para as “Matas do Litoral e Sul”, mas não apresentam

registros para a região da Serra do Mar.

Justificativa: Ausência de registros documentados para a Serra do Mar de São Paulo.

f) Polytmus guainumbi

Page 396: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

396

Esta espécie aparece na lista principal das aves do Plano de Manejo (anexo 1), mas sem nenhuma

indicação se foi registro Primário ou Secundário, e a mesma não aparece na lista das espécies

registradas em campo (anexo 2).

Segundo Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015), este beija-flor tem uma ocorrência voltada ao

interior do estado de São Paulo, porém, alguns registros isolados chegam próximo da Serra do Mar,

provavelmente em função do desmatamento. Existe um registro disponível no site wikiaves, feito

em Ubatuba, mas sem a localidade específica.

Justificativa: Falta de registros documentados para o PESM.

g) Amazona brasiliensis

Esta espécie, assim como Penelope superciliaris, foi incluída no Plano de Manejo com base nos

registros feitos em campo (fora do contexto da AER) para a localidade Rio Preto, Itanhaém, que

fica fora do limite atual do PESM e possui um tipo específico de vegetação encontrado apenas no

entorno desta UC. Este papagaio é comum no Rio Preto, mas ocupa uma região com uma

fisionomia específica, que não é representada dentro do Núcleo Curucutu do PESM, que fica

próximo a este rio. Existe um registro de A. brasiliensis citado por Agnello (2007 apud SCHUNK,

2015) para a região alta (700m) do Núcleo Itutinga-Pilões , entre as pistas das rodovias Anchieta e

Imigrantes, uma região totalmente fora do habitat atual deste papagaio no estado, sendo

desconsiderado pela falta de documentação.

Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie nas áreas do Núcleo

Curucutu, localizado próximo do Rio Preto e em outros núcleos do PESM.

h) Amazona rhodocorytha

Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do livro do Willis (Willis

& Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015), que coloca um registro do Paulo Martuscelli (com. pess.) para

a trilha do Corisco, Picinguaba, como “invasor do Norte”. Esta é a única fonte que considera esta

espécie para o estado de São Paulo, porém sem fornecer registros documentados. Silveira & Uezu

(2011 apud SCHUNK, 2015) esclarecem este registro através do seguinte texto: “O registro dessa

espécie foi realizado no estado do Rio de Janeiro (23º17´24.20”S e 44º 38´30.21” W; P.

Martuscelli, com. pess.) e erroneamente “transferido” para São Paulo por ser algo próximo da divisa

(~20 km) entre os dois estados. Não foi registrado em São Paulo”.

Justificativa: Ausência de registros documentados para o estado de São Paulo.

i) Amazona amazonica

Esta espécie, assim como Penelope superciliaris e Amazona brasiliensis, foi incluída no Plano de

Manejo com base nos registros feitos em campo (fora do contexto da AER) para a localidade Rio

Page 397: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

397

Preto, Itanhaém, que fica fora do limite atual do PESM e possui um tipo específico de vegetação

encontrado apenas no entorno desta UC. Existe um registro de A. amazonica citado por Agnello

(2007 apud SCHUNK, 2015) para a região alta (700m) do Núcleo Itutinga-Pilões, entre as pistas das

rodovias Anchieta e Imigrantes, sendo desconsiderado pela falta de documentação. Willis & Oniki

(2003 apud SCHUNK, 2015) citam uma população para Peruíbe e no site wikiaves existem algumas

fotos ao longo de alguns municípios do litoral, porém sem as localidades específicas.

Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie no Núcleo Curucutu,

localizado próximo do Rio Preto e em outros núcleos do PESM.

j) Amazona farinosa

Esta espécie foi citada no Plano de Manejo como registro de campo feito na Trilha da Restinga, no

Núcleo São Sebastião, porém, na tabela dos dados de campo (anexo 2), consta uma sigla (DP)

indicando que o registro foi obtido fora do contexto da AER. No relatório de aves do Plano de

Manejo, consta o seguinte texto sobre este e outros registros: “Cabe ainda ressaltar neste Sítio a

presença de várias espécies de interesse para conservação na Floresta de Terras Baixas que ocupa

a Planície Litorânea entre Bertioga e Barra do Una, mas que em sua grande maioria está fora dos

limites do PESM. Entre as espécies mais importantes, destaca-se o papagaio-moleiro Amazona

farinosa, com apenas mais uma localidade de ocorrência conhecida no estado de São Paulo, a

Ilhabela (Olmos, 1996 apud SCHUNK, 2015), além do sabiá-cica Triclaria malachitacea, e do jaó-do-

litoral Crypturellus noctivagus, esta última com poucos registros para o estado de São Paulo”.

Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie nas áreas do Núcleo São

Sebastião, assim como outras áreas do PESM.

k) Phylloscartes eximius

Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura. Só existem três citações desta espécie

para a Serra do Mar Paulista, sendo apenas uma aparentemente documentada, são elas;

5. Registro atribuído a Alto da Serra, atual Reserva Biológica do Alto de Paranapiacaba, que

apesar da proximidade e do limite direto com o PESM, está fora desta UC. A mesma

informação está disponível em Cory, 1918; Pinto, 1944 e Willis & Oniki, 2003 (apud

SCHUNK, 2015).

6. Registro não documentado do pesquisador Douglas Stotz para a Estação Biológica de

Boracéia, compilado por Cavarzere et al. (2010 apud SCHUNK, 2015).

7. Registro citado por Goerck (1999 apud SCHUNK, 2015) para a região média (entre 100 e

950m de altitude em relação ao nível do Mar) da trilha do Pico do Corcovado, Ubatuba. Este

registro também é citado por Bencke et al. (2006 apud SCHUNK, 2015) para a IBA SP02,

Page 398: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

398

Parque Estadual da Serra do Mar (entre Caraguatatuba e Picinguaba), porém com a

seguinte observação “registro requer confirmação”.

Esta espécie apresenta uma ocorrência atual voltada ao interior do estado, estando atualmente

restrita a Serra da Cantareira e Mantiqueira (Willis & Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015).

Justificativa: Ausência de registros documentados para o PESM, principalmente nos Núcleos

Padre Dória, Picinguaba e Itutinga-Pilões.

l) Tolmomyias flaviventris

Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, porém não foram encontradas

referências bibliográficas com registros deste tiranídeo em São Paulo. Willis & Oniki (2003 apud

SCHUNK, 2015) citam esta espécie apenas como “extralimite” e Silveira & Uezu (2011 apud

SCHUNK, 2015) informam que seu limite geográfico é o Sul do Rio de Janeiro e que não existem

registros documentados para São Paulo. No levantamento de campo realizado no PESM por

Ambiens (2013 apud SCHUNK, 2015), esta espécie é citada para os Núcleos Cunha, Caraguatatuba,

São Sebastião, Bertioga, Itutinga-Pilões e Curucutu, porém pela falta de documentação

apresentada, estes registros foram desconsiderados. Na base de dados do site wikiaves, esta

espécie ainda não foi registrada em São Paulo.

Justificativa: Ausência de registros documentados para o estado de São Paulo.

m) Myiarchus tuberculifer

Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do trabalho original

dos pesquisadores Höfling & Lencioni-Neto (1992 apud SCHUNK, 2015), que é a única fonte que

cita esta espécie para São Paulo. Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015) e Silveira & Uezu (2011

apud SCHUNK, 2015) não citam esta espécie para o estado. Na base de dados do site wikiaves,

esta espécie ainda não foi registrada em São Paulo.

Justificativa: Falta de registros documentados para o estado de São Paulo.

n) Dendroica striata

Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do livro do Willis (Willis

& Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015), que cita a presença deste migrante em Ubatuba (cantando até

14/06/1976) e Bertioga.

Justificativa: Ausência de registros documentados desta espécie para o PESM.

Page 399: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

399

4.1.2. Justificativas para uso dos dados online

Uso dos dados da base digital wikiaves (www.wikiaves.com.br) e xeno-canto (www.xeno-

canto.org). Os registros disponíveis nestas bases digitais online foram usados como fonte

secundária e complementar para caracterizar a avifauna do PESM e de seus respectivos Núcleos,

sendo que apenas os registros confiáveis foram considerados, muitas vezes sobe a consulta ao

próprio autor do registro em questão.

Page 400: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

400

Anexo 5 – Pesquisas acadêmicas realizadas nos Núcleos

1. Núcleo Caraguatatuba

Processo Título (Português) Beneficiário Instituição Pesquisador

responsável

Linha de

fomento

Grande área

do conhecimento

Início Término Pesquisador responsável

no exterior

14/07853-1

Análise de Uso Público do Parque estadual Serra do Mar - Núcleo: Caraguatatuba

Danielle Almeida de Carvalho

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus Experimental do Litoral Paulista

Davis Gruber Sansolo

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Humanas 01/06/2014 31/05/2015

As áreas de preservação sofrem pressões do território, e o Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) núcleo Caraguatatuba encontra-se em meio a um contexto territorial complexo. No plano de manejo do PESM, o programa de uso público visa levar a conscientização ambiental aos visitantes do parque, através do sub-programa de visitação e turismo sustentável e educação ambiental. A ampliação da malha urbana da cidade de Caraguatatuba que ocorre desde a década de 1950, continua levando ao adensamento da população na zona urbana e a verticalização do município. Atualmente, o contexto regional da cidade inclui a instalação de projetos e usinas da Petrobras, trazendo maior complexidade nas relações sociais, econômicas e ambientais em Caraguatatuba. O projeto visa analisar se o programa de uso público do PESM núcleo Caraguatatuba abrange a complexidade territorial a fim de conscientizar os visitantes com conteúdos amplos que integrem a ecodinâmica e território. (AU)

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14/00648-3

Estudo sobre impactos causados pelos cães domésticos semidomiciliados presentes na área de Mata Atlântica do município de Caraguatatuba e a correlação entre a variabilidade genética dos carrapatos dos cães e do ambiente silvestre

Gislene Fátima da Silva Rocha Fournier

Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ)

Ricardo Augusto Dias

Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências da Saúde 01/06/2014 30/04/2017

Muito tem se falado do impacto causado pela atividade antrópica. Porém, pouco se sabe a respeito dos impactos que animais domésticos, que invadem os ambientes florestais juntamente com os humanos, têm causado frente à fauna silvestre. O estreitamento entre a relação de animais domésticos e animais silvestres pode, além de propiciar o aumento da competição por habitat selvagens e antropizados, resultar em transmissão de doenças de um grupo para o outro. Cães domésticos têm sido observados em áreas florestadas do Parque Estadual Serra do Mar - Núcleo Caraguatatuba. Ainda não se sabe qual o verdadeiro papel destes animais na epidemiologia de zoonoses e parasitismo por carrapatos de animais silvestres. Este estudo propõe a coleta sistemática de exemplares de carrapatos da espécie A. ovale em cães e em pequenos mamíferos capturados em seis transectos, abrangendo desde áreas degradadas até áreas bem preservadas do Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Caraguatatuba. Os exemplares de carrapatos coletados serão submetidos individualmente a um ensaio de fluxo gênico pela avaliação de marcadores repetitivos do DNA genômico conhecidos como microssatélites e a PCR convencional para diagnóstico de hemoparasitas patogênicos das famílias Rickettsiaceae; Anaplasmataceae e Babesiidae. Os resultados serão analisados, comparados e sobrepostos com dados coletados por rádios transmissores que serão colocados nos cães que vivem no entorno do parque e que tem livre acesso à mata. Os tamanhos das infrapopulações de carrapatos serão comparados também com características da vegetação e uso

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do solo nos referidos locais. Espera-se desvendar quais são os reais impactos causados pelos cães na vida silvestre e se estes são mais abrangentes que o comprovado pelas pesquisas atuais. Os cães domésticos podem estar tomando o lugar dos predadores não só por suas ações de caça como também por participarem diretamente no aumento e manutenção do ciclo epidemiológico de diversos ectoparasitas transmissores de patógenos (AU)

13/04398-9

Efeito da deposição atmosférica na ecofisiologia do uso de nitrogênio em espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa, Caraguatatuba, SP

Janaina Gomes da Silva

Secretaria do Meio Ambiente (São Paulo - Estado). Instituto de Botânica

Marcos Pereira Marinho Aidar

Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Biológicas 01/06/2013 29/02/2016

A deposição de nitrogênio (N) gerada por emissões de origem antropogênica promove a entrada novo de nitrogênio reativo e pode provocar mudanças significativas no ciclo N e na biodiversidade nos ecossistemas. A severidade dos impactos da deposição atmosférica N depende de inúmeros fatores e uma forma de entender quais são os efeitos gerados é através de estudos empíricos tendo como foco o estudo de características estruturais ou funcionais de um ecossistema que podem ser afetadas por alterações na acidificação e eutrofização geradas pela deposição de N. Apesar de uma vasta literatura sobre os impactos da deposição de nitrogênio nos ecossistemas terrestres, há pouca informação em relação às regiões tropicais. Para os próximos anos há previsões de aumento na deposição de N em diversos ecossistemas, entre eles a Mata Atlântica. Na Mata Atlântica foi possível estabelecer que as espécies apresentam um continnum de estratégias do uso de N de acordo com as estratégias de regeneração (Pioneira, Secundária inicial e Secundária tardia). Esse modelo de uso de N poderá se tornar uma ferramenta para a avaliação dos efeitos potenciais causados pelo

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aumento da deposição de nitrogênio, já que as características e estratégias de uso do nitrogênio preconizadas pelo modelo são diretamente influenciadas pela sua disponibilidade no ambiente e pelas preferências das espécies. O presente projeto tem como objetivos principais: Caracterizar a ocorrência de deposição atmosférica de N na área de estudos; e definir um protocolo de avaliação do impacto da deposição atmosférica com base no modelo de uso de N em espécies arbóreas na área de Floresta Ombrófila Submontana do Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo de Caraguatatuba, SP. (AU)

12/51509-8

Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)

Carlos Alfredo Joly

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular

Ciências Biológicas 01/12/2013 31/05/2017

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07/04073-1

Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo

Alexandra Sanches

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Mauro Galetti Rodrigues

Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado

Ciências Biológicas 01/05/2008 30/04/2012

As populações de mamíferos, especialmente as espécies de médio e grande porte, vêm sofrendo significativas reduções, como resultado da caça, perdas de habitat e fragmentação induzida pelo desenvolvimento econômico humano. A disrupção de ambientes contínuos (fragmentação, rodovias e áreas agrícolas) pode ter sérias conseqüências no fluxo gênico das espécies de mamíferos. A anta (Tapirus terrestris) é um dos mamíferos de grande porte mais visados para a caça e vem sofrendo drástica redução populacional mesmo em florestas contínuas da Mata Atlântica. Em São Paulo, duas grandes áreas devem conter as maiores populações desse megaherbívoro, a Serra do Mar e a Serra de Paranapiacaba. Esse projeto propõe a análise genética não-invasiva com marcadores microssatélites utilizando amostras fecais da anta desses dois corredores: o Corredor da Serra do Mar (Núcleos Santa Virgínia, Cunha, Picinguaba e Caraguatatuba) e o da Serra de Paranapiacaba (Parque Estadual do Alto do Ribeira, PE Intervales, PE Carlos Botelho e PE Jacupiranga) e áreas de ligação entre esses corredores (PE Jurupará e EE Jureia-Itatins). Este estudo complementa parte do projeto "Trophic cascades in a defaunated landscape: the Atlantic rainforest perspective" submetido ao programa BIOTA da FAPESP e com os resultados obtidos, pretende-se auxiliar nas estimativas de número mínimo populacional e diversidade genética dessas populações, além de mapear os indivíduos através das áreas e verificar o padrão de movimentação e fluxo gênico desse importante megaherbívoro. Os dados genéticos serão complementados com dados de

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paisagem, buscando relacionar os efeitos da estrutura da paisagem sobre a distribuição e movimento desses animais. O presente projeto já foi iniciado com a prospecção dos marcadores microssatélites. De 67.064 pb seqüenciados foram identificados 18 microsatélites entre mono, di e tetranucleotídeos, dos quais foi possível desenhar primers para 16. Está sendo iniciada a caracterização dos loci isolados quanto ao polimorfismo. Esta investigação genética pode fornecer informações valiosíssimas, pois não existe informação a respeito da diversidade genética desses organismos que exercem a importante função como dispersores de sementes, mas que são considerados vulneráveis e sofrem uma enorme pressão de caça. Estudos sobre biologia, ecologia e monitoramento da variabilidade genética das populações de antas são de extrema importância, pois toda informação científica tem um papel estratégico não somente no manejo e conservação das espécies, como também na sustentabilidade do ecossistema estudado. (AU)

2. Núcleo Cunha

Processo Título (Português) Beneficiário Instituição Pesquisador responsável

Linha de fomento

Grande área do conhecimento

Início Término

Convênio/Acordo de cooperação com a FAPESP

Pesquisador responsável no exterior

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12/51509-8

Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)

Carlos Alfredo Joly

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular

Ciências Biológicas 01/12/2013 31/05/2017

07/04073-1

Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo

Alexandra Sanches

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Mauro Galetti Rodrigues

Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado

Ciências Biológicas 01/05/2008 30/04/2012

As populações de mamíferos, especialmente as espécies de médio e grande porte, vêm sofrendo significativas reduções, como resultado da caça, perdas de habitat e fragmentação induzida pelo desenvolvimento econômico humano. A disrupção de ambientes contínuos (fragmentação, rodovias e áreas agrícolas) pode ter sérias conseqüências no fluxo gênico das espécies de mamíferos. A anta (Tapirus terrestris) é um dos mamíferos de grande porte mais visados para a caça e vem sofrendo drástica redução populacional mesmo em florestas contínuas da Mata Atlântica. Em São Paulo, duas grandes áreas devem conter as maiores populações desse megaherbívoro, a Serra do Mar e a Serra de Paranapiacaba. Esse projeto propõe a análise genética não-invasiva com marcadores microssatélites utilizando amostras fecais da anta desses dois corredores: o Corredor da Serra do Mar (Núcleos Santa Virgínia, Cunha, Picinguaba e Caraguatatuba) e o da Serra de Paranapiacaba (Parque Estadual do Alto do Ribeira, PE Intervales, PE Carlos Botelho e PE Jacupiranga) e áreas de ligação entre esses

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corredores (PE Jurupará e EE Jureia-Itatins). Este estudo complementa parte do projeto "Trophic cascades in a defaunated landscape: the Atlantic rainforest perspective" submetido ao programa BIOTA da FAPESP e com os resultados obtidos, pretende-se auxiliar nas estimativas de número mínimo populacional e diversidade genética dessas populações, além de mapear os indivíduos através das áreas e verificar o padrão de movimentação e fluxo gênico desse importante megaherbívoro. Os dados genéticos serão complementados com dados de paisagem, buscando relacionar os efeitos da estrutura da paisagem sobre a distribuição e movimento desses animais. O presente projeto já foi iniciado com a prospecção dos marcadores microssatélites. De 67.064 pb seqüenciados foram identificados 18 microsatélites entre mono, di e tetranucleotídeos, dos quais foi possível desenhar primers para 16. Está sendo iniciada a caracterização dos loci isolados quanto ao polimorfismo. Esta investigação genética pode fornecer informações valiosíssimas, pois não existe informação a respeito da diversidade genética desses organismos que exercem a importante função como dispersores de sementes, mas que são considerados vulneráveis e sofrem uma enorme pressão de caça. Estudos sobre biologia, ecologia e monitoramento da variabilidade genética das populações de antas são de

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extrema importância, pois toda informação científica tem um papel estratégico não somente no manejo e conservação das espécies, como também na sustentabilidade do ecossistema estudado. (AU)

00/12405-5

Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta Atlântica do núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP

Renato Matos Marques

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Nivar Gobbi

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas 01/02/2001 31/12/2001

97/11798-9

Estudo das anomalias apresentadas no balanço hídrico de duas microbacias monitoradas no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Cunha - SP

Carlos de Assis Dias

Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)

Antonio Carlos Colangelo

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Exatas e da Terra

01/03/1998 31/12/1999

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3. Núcleo Curucutu

Processo Título (Português) Beneficiário Instituição Pesquisador responsável

Linha de fomento

Grande área do conhecimento

Início Término Convênio/Acordo de cooperação com a FAPESP

Pesquisador responsável no exterior

04/15531-2

Reconstrução da paleovegetação e do paleoclima em regiões do litoral Sul do Estado de São Paulo (Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo de Curucutu e Ilha do Cardoso) no Quaternário tardio

Luiz Carlos Ruiz Pessenda

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Carlos Ruiz Pessenda

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Exatas e da Terra

01/09/2005 31/08/2008

06/00017-7

Climate changes and vegetation dynamics during the late pleistocene in the Parque Estadual da Serra do mar-nucleo curucutu, São Paulo State, southeastern Brazil, inferred from pollen and carbon..

Luiz Carlos Ruiz Pessenda

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Carlos Ruiz Pessenda

Auxílio à Pesquisa - Reunião - Exterior

Ciências Exatas e da Terra

03/04/2006 07/04/2006

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03/03297-2

Estudo multi/interdisciplinar de reconstrução da vegetação e clima na região do Parque Estadual da Serra do mar-nucleo curucutu, São Paulo, SP no quaternário tardio

Milene Mofatto

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Carlos Ruiz Pessenda

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Exatas e da Terra

01/08/2003 31/07/2005

Este estudo será desenvolvido numa Reserva Florestal do Parque Estadual da Serra do Mar, no núcleo de Curucutu, São Paulo, SP, com o objetivo principal de estudar a dinâmica dos processos de expansão e regressão dos campos e florestas desde o Pleistoceno tardio, em áreas do ecótono campo - floresta natural. Para isso serão empregados os isótopos do carbono (C-12, C-13 e C-14) da matéria orgânica do solo e das plantas. Para otimizar-se as interpretações paleoambientais e reforçar-se as inferências paleoclimáticas, pretende-se associar a análise antracológica aos fragmentos de carvão que possam ser encontrados soterrados no solo e caracterizar o conteúdo polínico de uma pequena turfeira. Com essa interação de técnicas e pesquisadores pretende-se também colaborar nos estudos de reconstrução das trocas vegetacionais e climáticas ocorridas durante o Pleistoceno tardio e Holoceno na região sudeste do Brasil. (AU)

07/00705-3

Reconstrução da vegetação no Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Curucutu, desde o Holoceno Médio

Mariah Izar Francisquini Correia

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Carlos Ruiz Pessenda

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Exatas e da Terra

01/06/2007 31/12/2008

Esta pesquisa está inserida no projeto "Reconstrução da vegetação e clima desde o Holoceno médio no Brasil", em preparação no Laboratório de C-14 do CENA, além de ser uma extensão do Mestrado de Mofatto M., 2005, que envolveu as mudanças ambientais dos últimos 30.000 anos na região do Núcleo de Curucutu. O objetivo desta Iniciação Científica é o de avaliar as mudanças paleoambientais ocorridas a partir de ~ 6000-5000 anos em alta resolução, através de trocas da vegetação ocorridas a cada ~300 anos. Serão feitas análises isotópicas de carbono (12C, 13C e 14C) e palinológicas do material coletado em uma turfeira, na Reserva Florestal do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Curucutu, São Paulo, SP. Pretende-se reconstituir as variações ambientais que ocorreram na região com resolução de centenas de anos e verificar suas relações e influências com o clima e vegetação atual. Outro objetivo é que a candidata entenda e aplique as técnicas utilizadas neste tipo de trabalho, bem como aprenda a analisar e interpretar os dados, associando-os com variações climáticas. (AU)

98/00178-2

Parâmetros geomorfológicos na determinação da fragilidade ambiental no Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar

Silvia Maria Bellato Nogueira

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE)

Iandara Alves Mendes

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Exatas e da Terra

01/08/1998 31/07/2000

A partir da metodologia Ecodinâmica proposta per TRICART (1977), será avaliada a fragilidade dos terrenos e sua capacidade de suporte à visitação pública, de forma a estabelecer um diagnóstico físico-ambiental de núcleo Curucutu (do Parque Estadual da Serra do Mar, em São Paulo). Tal procedimento servirá não só para avaliar as condições das trilhas já implantadas, como sugerir locais mais propícios a implantação de novas trilhas. A análise será apresentada na forma de uma coleção cartográfica digital, indicando na forma de um zoneamento ambiental, as áreas aptas à visitação pública. (AU)

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4. Núcleo Itutinga Pilões

Processo Título (Português) Instituição Pesquisador responsável

Linha de fomento

Grande área do conhecimento

Início Término Convênio/Acordo de cooperação com a FAPESP

Resumo (Português)

13/20035-3

O contexto territorial e ambiental no Programa de Uso Público do Parque Estadual da Serra do Mar

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus Experimental do Litoral Paulista

Davis Gruber Sansolo

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Humanas

01/04/2014 31/03/2016

O Parque Estadual da Serra do Mar, localizado nas bordas do planalto atlântico, ocupa a região costeira do Estado de São Paulo. É hoje a maior unidade de conservação contínua do Estado que protege a Mata Atlântica e seus ecossistemas associados. Está inserido em um contexto territorial de extrema complexidade. Em seu território estão presentes diversas infraestruturas de transporte rodoviário, de transmissão de energia, dutos de transporte de hidrocarbonetos e frentes de expansão urbanas que representam macro vetores de pressão sobre o meio ambiente. Soma-se a esses vetores o turismo, a caça e a extração de palmito. Esse projeto de pesquisa pretende analisar como o contexto territorial em questão está contemplado no Programa de Uso Público do Parque Estadual da Serra do Mar. Pretende-se analisar o Programa de Uso Público ao longo da história de implantação e gestão do Parque, destacando a situação atual, por meio da análise dos conteúdos presentes nos materiais impressos, nos discursos dos monitores ambientais, nos materiais e estruturas expostas no interior do Parque, bem como a percepção dos usuários do Parque em três de seus nove Núcleos Administrativos: Itutinga-Pilões, Caraguatatuba e Picinguaba. Dessa forma pretende-se contribuir com futuros projetos de conservação do PESM, fornecendo subsídios ao planejamento do Uso Público do Parque e de planejamento e gestão governamental com vistas à melhoria das condições socioambientais dos municípios do litoral paulista e propor uma metodologia de avaliação da eficiência de projetos de conservação de UCs no que tange ao Uso Público dessas áreas protegidas. (AU)

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5. Núcleo Picinguaba

Processo Título (Português) Beneficiário Instituição Pesquisador responsável

Pesquisadores principais

Linha de fomento

Grande área do conhecimento

Início Término

Convênio/Acordo de cooperação com a FAPESP

Resumo (Português)

03/12595-7

Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrofila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque

Carlos Alfredo Joly

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Luiz Antonio Martinelli, Marlies Sazima, Reinaldo Monteiro

Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Temático

Ciências Biológicas

01/06/2005 30/11/2010

O objetivo deste projeto é determinar quais são as características intrínsecas realmente relevantes para compreendermos o papel de cada espécie/grupo funcional na determinação da composição florística, da estrutura e do funcionamento das distintas fisionomias da Floresta Ombrófila Densa da região nordeste do Estado de São Paulo: Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Simultaneamente, com os dados de funcionamento desse ecossistema, poderemos determinar o papel, como fonte de emissão ou sumidouro de CO2, da Floresta Ombrófila Densa do Domínio Atlântico na variabilidade climática interanual e nos cenários de mudanças climáticas globais. Estes dados permitirão a comparação com os resultados que vêm sendo obtidos pelo Projeto LBS (Large Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazônia) na Floresta Ombrófila Densa da Bacia Amazônica. (AU)

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13/24929-9

Comunidade de aves como indicadora da qualidade florestal

Alex Augusto de Abreu Bovo

Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ)

Katia Maria Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/03/2014 31/07/2015

Fragmentation and loss of habitat have caused major impacts on biodiversity. Along this factors, changes in the composition of the food chain also interfere with the dynamics of ecosystems, causing loss of species and ecological functions. The aim of this study is to functionally characterize bird assemblages in forest remnants embedded in matrix and anthropic areas inserted in a continuous Atlantic Forest vegetation. For this, we used data collected through points into eight fragments located in the Rio Corumbataí and three areas of continuous forest of the Serra do Mar - Serra de Paranapiacaba (Carlos Botelho State Park and the Serra do Mar State Park - Picinguaba and Santa Virginia) , and secondary data . To characterize these areas will be used to functional diversity (FD) for the assemblage of birds, which takes into account specific peculiarities, enabling a more detailed analysis of these assemblages . A theoretical framework from secondary data substantiate the search for patterns of changes in the composition of assemblies according to the degree of degradation / defaunation of this fragments. It is hoped that this proposal to identify functional changes in the assemblies, as well as crossing this information with landscape metrics in order to identify which characteristics influence the functional composition of birds in agricultural landscapes. These findings may help to develop strategies for biodiversity conservation. (AU)

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01/05263-2

Etnoecologia do mar e da terra na costa paulista da Mata Atlântica: áreas de pesca e uso de recursos naturais

Alpina Begossi

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Disciplinares (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM)

Alpina Begossi

Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Temático

Ciências Biológicas

01/03/2003 28/02/2007

O objetivo geral do presente estudo é continuar o levantamento sobre o uso dos recursos naturais por habitantes da costa paulista da Mata Atlântica, em particular, pescadores artesanais caiçaras. Visamos continuar o mapeamento das áreas usadas na pesca artesanal, bem como analisar a flora e o pescado utilizados para diversos fins (consumo e medicina, por exemplo). Visamos ainda incluir estudos etnoecológicos, enfocando o conhecimento local sobre habitat, alimentação e nomenclatura do pescado. Escolhemos três áreas representativas da costa paulista, relevantes sobre o aspecto de manejo e conservação dos recursos naturais, bem como complementares às áreas estudadas em projetos anteriores: região próxima a Bertioga (sul), Ilhabela (centro) e Ubatuba (Picinguaba-Puruba, norte). Ou seja, estas três manchas ou spots serão estudos de caso visando a busca de padrões gerais na interação caiçaras-recursos naturais para a situação costeira de São Paulo. Os resultados esperados incluem, além de publicações em periódicos científicos, dois livros: um sobre etnoictiologia e outro sobre etnobotânica da costa paulista. (AU)

08/57174-2

Ciclagem de carbono, nitrogênio e enxofre na serapilheira em Floresta Ombrófila Densa sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no Estado de São Paulo

Plínio Barbosa de Camargo

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Plínio Barbosa de Camargo

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/10/2009 30/09/2011

O Parque Estadual da Serra do Mar, devido a sua grande amplitude altitudinal, abriga fisionomias variadas da Floresta Ombrófila Densa ou Mata Atlântica. Devido à escassez de informações sobre a estrutura e o funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica ao longo de um gradiente de altitudes, este trabalho tem como objetivo avaliar a contribuição do estoque de C, N e S na serapilheira acumulada sobre o solo na distribuição dessas fisionomias. Este projeto de pesquisa trará informações importantes ao Projeto BIOTA "Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar" (processo FAPESP n° 03/12595-7), como também o conhecimento da dinâmica dos principais elementos na serapilheira, da Mata Atlântica. Áreas com diferentes altitudes foram selecionadas para a realização deste estudo, como: Mata de Restinga (5 a 20 m), Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (50 a 100 m), Floresta Ombrófila Densa Submontana (300 a 600 m) e Floresta Ombrófila Densa Montana (ao redor de 1.000 m). As coletas da serapilheira acumulada sobre a superfície do solo serão realizadas uma vez ao mês perfazendo um período de 12 meses, sendo feito o acompanhamento da massa depositada e à caracterização química das mesmas (teores de carbono, nitrogênio e enxofre), em todas as áreas de estudo nas quatro fisionomias. Os

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dados dos estoques e teores dos elementos citados serão relacionados aos dados de solos das áreas das diferentes altitudes (processo FAPESP n° 07/52482-8). (AU)

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06/61759-0

Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo: comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família Myrtaceae

Leonor Patricia Cerdeira Morellato

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Leonor Patricia Cerdeira Morellato

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/08/2007 30/06/2010

Os estudos fenológicos são importantes para a compreensão da dinâmica dos ecossistemas florestais e da reprodução das plantas e regeneração, além de terem grande importância ecológica pois permitem estabelecer a época em que os recursos (como folhas, flores, frutos e sementes) estão disponíveis aos animais na comunidade. Poucos estudos fenológicos abordam a comparação entre tipos de vegetação e estratos ou o efeito de borda em florestas tropicais, em particular na floresta atlântica, ou avaliam a importância da fenologia de famílias mais representativas, como Myrtaceae, entre diferentes tipos de vegetação atlântica. A família Myrtaceae é uma das mais importantes na floresta atlântica, porém, sabemos pouco dos mecanismos regulatórios dos ritmos periódicos de crescimento e de reprodução de suas espécies neste bioma tão complexo e ameaçado. O objetivo geral deste estudo será avaliar a fenologia reprodutiva e vegetativa de espécies de floresta pluvial atlântica, com três objetivos principais. (A) Entender a variação na fenologia reprodutiva e vegetativa de espécies de floresta atlântica de encosta entre estratos e entre o interior da floresta e a borda natural formada pelo rio da Fazenda, desenvolvido no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, nordeste do estado de São Paulo; (B) entender como varia a fenologia e a fhigivoria de espécies de Myrtaceae em três tipologias de floresta atlântica (duna, restinga e planície) no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, sudeste do estado de São Paulo; e (C) comparar os padrões fenológicos de Myrtaceae nas duas áreas procurando entender como varia a fenologia da família Myrtaceae na floresta atlântica. O projeto busca responder às seguintes questões específicas: No Núcleo Picinguaba: 1) O padrão fenológico difere entre espécies do sub-bosque e dossel? 2) A fenologia nos estratos está relacionada aos fatores climáticos? 3) O padrão fenológico das espécies difere entre a borda natural e o interior da floresta? e 4) Para avaliar o efeito de borda, não só na perspectiva da comunidade, serão desenvolvidos estudos de caso com espécies pré-selecionadas respondendo à questão: a produção de flores e frutos, a freqüência de polinização e o sucesso reprodutivo difere entre a borda e o interior da floresta? - na Ilha do Cardoso: 5) A floração e frutificação variam nas espécies de Myrtaceae entre os diferentes tipos de vegetação? 6) A fenologia está relacionada a fatores climáticos ou pode ser resultado de limitações filogenéticas? 7) A frutificação ocorre de forma seqüencial ou agrupada nas espécies estudadas e pode

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ser relacionada aos agentes dispersores? 8) O tamanho do fruto está relacionado ao tempo total necessário para o seu desenvolvimento, influenciando dessa forma a frutificação? 9) Avaliar as predições da hipótese filogenética para os padrões de floração e frutificação das espécies de Myrtaceae ocorrentes em floresta atlântica do sudeste do Brasil, onde o clima parece não impor restrições ao comportamento fenológico das espécies. As fenofases botão, antese, fruto imaturo e maduro, brotamento e queda de folhas estão sendo acompanhadas mensalmente (dois anos de observações). Núcleo Picinguaba: em uma área da floresta de encosta foram demarcados 15 transectos de 60 m de comprimento por 5 m de largura, sendo oito no interior da floresta e sete nas margens do rio da Fazenda (representando a borda da floresta), sendo amostrados todos os indivíduos adultos. A partir do segundo ano de observações fenológicas, será feita a contagem total de flores e frutos, para estimar a produção total, e serão realizados os estudos de caso, em que serão comparados os visitantes florais, os sistemas reprodutivos e o sucesso reprodutivo de espécies selecionadas na borda e interior da floresta. Ilha do Cardoso: em cada ambiente foram demarcadas 10 transecções de 25 metros de comprimento e 2 metros de largura. Essas transecções estão distantes 10 metros da trilha de pesquisa (pré-existente) e seguem em direção ao interior da mata (perpendicularmente à trilha). O critério de inclusão das plantas varia entre os ambientes devido às suas características da vegetação. Em ambas as áreas a fenologia reprodutiva e vegetativa está sendo avaliada mensalmente em cada indivíduo através do método do percentual de intensidade de Fournier (1974). A correlação de Spearman será aplicada para testar a relação da fenologia com os fatores climáticos. A sazonalidade das fenofases será testada por meio da análise estatística circular, em que os padrões sazonais serão comparados entre a borda e o interior da floresta e também entre os estratos. O teste de Mann-Whitney verificará se há diferença na produção de flores e frutos na comunidade entre os estratos e borda e interior da floresta. (AU)

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07/52482-8

Ciclagem de carbono, nitrogênio e nutrientes de solo em Floresta Ombrófila Densa do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo

Marisa de Cassia Piccolo

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Marisa de Cassia Piccolo

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/08/2007 31/01/2010

A Mata Atlântica originalmente ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, sendo que apenas cerca de 7,6% de sua extensão original não foi modificada. Ainda podem ser encontradas manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no Sudeste do Brasil. Devido à escassez de informações sobre a estrutura e o funcionamento da floresta ombrófila densa atlântica ao longo de um gradiente longitudinal, este projeto de pesquisa tem como objetivo o acompanhamento da dinâmica do C, N e demais nutrientes nos solos das áreas de mata de restinga (5 a 20m de altitude), floresta ombrófila densa das terras baixas (50 a 100m), floresta ombrófila densa submontana (300 a 600m de altitude) e floresta ombrófila densa montana (ao redor de 1.000m de altitude). O estudo será realizado no núcleo de Santa Virgínia e de Picinguaba (23° 17' a 23° 24' S e 45° 03' a 45° 11' O) com a caracterização do solo por meio da classificação pedológica, análises químicas e físicas, estoques dos elementos e variação isotópica de C (13C/12C) e de N (15N/14N). (AU)

05/01354-4

A comunidade de plantas esfingófilas da floresta ombrófila densa do Núcleo Picinguaba: composição, fenologia e biologia da polinização

Marlies Sazima

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Marlies Sazima

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/09/2005 31/10/2007

As características reprodutivas de comunidades vegetais são importantes para o entendimento da sua dinâmica. Neste contexto, diversos grupos funcionais relacionados a diferentes síndromes de polinização podem ser distinguidos. A guilda de espécies esfingófilas, isto é, as plantas polinizadas por esfingídeos, será avaliada no presente estudo em uma área de Mata Atlântica do sudeste do Brasil. O estudo abordará três aspectos principais: 1) composição de espécies esfingófilas e sua importância na comunidade, 2) fenologia reprodutiva e sua sincronia nas diferentes espécies, visando avaliar a distribuição temporal de recursos florais aos polinizadores e 3) biologia da polinização das espécies-chave desta guilda. Além disso, correlações entre os parâmetros da morfologia floral destas espécies e dimensões dos aparatos bucais (probóscides) dos esfingídeos serão feitas no intuito de avaliar possíveis tendências à especificidade ou generalização na relação planta-polinizador. Outro fator a ser considerado é o sucesso reprodutivo de algumas espécies estritamente esfingófilas em relação ao tamanho da rede de interações na qual estão inseridas. Isto poderá ser avaliado através do número de esfingídeos incidentes na época da floração e as espécies vegetais que compartilham os polinizadores, informação baseada no número de tipos polínicos retirados das probóscides dos esfingídeos. Tendo em vista a escassez de informações sobre espécies esfingófilas, este estudo é fundamental

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para o entendimento da estrutura e organização desta comunidade vegetal. (AU)

06/55136-0

Processos hidrológicos e transporte de nitrogênio em bacias com cobertura de floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo

Jorge Marcos de Moraes

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Jorge Marcos de Moraes

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/10/2006 30/09/2010

A Mata Atlântica é um ecossistema reconhecidamente ameaçado e hoje é considerada como um dos biomas prioritários para execução de políticas de conservação. Sua área florestal, reduzida atualmente a menos de 8% de sua cobertura original, necessita atenção especial em termos de compreensão do seu funcionamento como subsídio para sua melhor conservação. Apesar do crescente interesse nos estudos ambientais nessa região, os processos hidrológicos e biogeoquúnicos são pouco estudados em todas as escalas, incluindo mudanças da cobertura vegetal de floresta para pasto, muito comum nessa região. A presente proposta tem o objetivo de realizar um estudo integrado da hidrologia e da dinâmica do nitrogênio, em duas bacias pareadas, uma com cobertura florestal e outra com cobertura de pastagem. O estudo será realizado em duas bacias a serem instrumentadas, a com cobertura florestal localizada no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo de Santa Virgínia e a com pastagem em região vizinha. O estudo é parte integrante do projeto temático "Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar" (processo FAPESP: 03/12595-7). (AU)

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92/01390-9

Forrageamento ótimo: pesca e dieta em comunidades de pescadores da região de Ubatuba - II parte

Alpina Begossi

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Disciplinares (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM)

Alpina Begossi

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/10/1992 30/09/1993

Modelos de ecologia evolutiva, como os modelos de forrageamento ótimo, têm sido úteis para analisar hábitos alimentares e a procura de alimento de populações humanas. Pequenas comunidades pesqueiras apresentam vantagens para estudo, já que grande parte da proteína animal é obtida no local. Este estudo faz parte de um projeto mais geral sobre comunidades de pescadores do litoral sudeste do Brasil, e a região de estudos inclui as comunidades de Puruba e Picinguaba, além da Ilha da Vitória, situadas na região de Ubatuba (SP). O trabalho foi iniciado em 1991, quando foram entrevistados 230 moradores da região. Os objetivos incluem estudar as estratégias de pesca (tecnologia, locais de pesca e espécies de peixes) e os hábitos alimentares (peixes consumidos e evitados) das comunidades. Em visitas bimestrais, serão coletados dados sobre viagens de pesca (nos pontos de desembarque) e sobre a dieta das famílias, em particular da praia do Puruba. Os resultados serão comparados aos obtidos em outras comunidades de pescadores. (AU)

93/03604-9

Estudos fenológicos em Floresta Atlântica, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP

Leonor Patricia Cerdeira Morellato

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Leonor Patricia Cerdeira Morellato

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/02/1994 30/04/1996

Este projeto visa estudar a fenologia de espécie arbórea em uma área de floresta atlântica (Parque Estadual da Serra do Mar/ Núcleo Picinguaba, Ubatuba SP), comparar as variações no comportamento fenológico das espécies em diferentes subtipos de vegetação atlântica e fazer uma revisão dos padrões/fenológicos das florestas rio Sudeste do Brasil. Durante o projeto também será iniciada a formação de um banco de dados fenológicos para espécies arbóreas de floresta atlântica do estado de São Paulo. (AU)

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93/04286-0

Ecologia do tiê-sangue, Ramphocelus bresilius (aves:thraupidae),no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, ubatuba,sp

Miguel Petrere Junior

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Miguel Petrere Junior

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/05/1994 29/02/1996

O tié-sangue é uma ave endêmica de um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo, o Complexo da Mata Atlântica. Já foi considerado como espécie ameaçada de extinção, mas como pouco se sabe acerca do tamanho e da estrutura de sua população, seu verdadeiro status permanece desconhecido. Assim, o presente trabalho tem como objetivos: estimar o tamanho da população de na área; verificar como se caracteriza a sua população em função de sua distribuição etária e proporção sexual; verificar se a população realiza movimentos sazonais; determinar o território e/ou área de vida da espécie; verificar como se estruturam os grupos coespecíficos e se há alguma variação sazonal na sua estrutura; determinar qual a freqüência de participação de R bresilius em bandos mistos, com que espécies comumente se associa e com que freqüência. Além disso, pretende-se também fornecer dados complementares sobre a alimentação e reprodução da espécie, principalmente quanto aos itens alimentares consumidos e estratégias de captura e a duração de seu período reprodutivo. O trabalho será realizado numa área da Planície Litorânea da Praia da Fazenda, Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar. Serão demarcadas trilhas de 50 em 50m em uma área entre a praia e a Rodovia Rio-Santos (ao longo de uma extensão de aproximadamente 800m), em que se pode perceber claramente o gradiente de vegetação (desde vegetação da beira da praia até a mata alta). Estas trilhas são perpendiculares a estrada de acesso a praia, possuem uma extensão de 400m e serão marcadas de 50 em 50m. Este sistema de trilhas facilitará o monitoramento da população da área, através de censos visuais e observações regulares, permitindo também o mapeamento do território e área de vida da espécie. As aves serão capturadas (redes-de-neblina) e marcadas com anilhas metálicas e coloridas de modo que possam ser acompanhadas a distância. Inicialmente será realizado um anilhamento intensivo da população. Capturas complementares para anilhamentos regulares e para auxilio da determinação do sexo e idade poderão ser realizados. (AU)

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94/06258-7

Uso de recursos por comunidade de caiçaras da Mata Atlântica: etnobiologia, modelos de subsistência e territorialidade

Alpina Begossi

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Disciplinares (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM)

Alpina Begossi

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/06/1995 31/05/1997

Este estudo representa a continuação de pesquisas realizadas sobre caiçaras da Mata Atlântica, na área de ecologia humana, iniciadas em 1986. Os objetivos são entender e analisar, usando conceitos e modelos de ecologia, o uso de recursos naturais por caiçaras. Atenção especial é dada à etnoictiologia e etnobotânica. Modelos, como forrageamento ótimo, são usados para analisar dieta e pesca, e territorialidade para analisar divisão de áreas de pesca. Serão estudadas as comunidades da Ilha dos Búzios, Praia do Bonete, Puruba, Almada, Ubatumirim, Picinguaba e Cambori (Lit. Norte de S.P.) e Aventureiro (Ilha Grande, R.J.). A metodologia incluirá entrevistas, coleta de material botânico e marinho, bem como observações sistemáticas sobre dieta e pesca. (AU)

08/10740-3

Levantamento taxonômico e distribuição ecológica de Trentepohliales (Ulvophyceae, Chlorophyta) em diferentes biomas brasileiros

Luis Henrique Zanini Branco

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São José do Rio Preto. Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE)

Luis Henrique Zanini Branco

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/06/2009 31/05/2012

Os membros da ordem Trentepohliales são estritamente terrestres, crescendo em solo, rochas, troncos, folhas, frutos, folhas e vários tipos de construções artificiais. A ordem consiste de uma única família, Trentepohliaceae, e o número de gêneros é ainda conflitante entre os autores, alguns considerando a família com cinco gêneros (Trentpohlia, Printzina, Phycopeltis, Cephaleuros e Stomatochroon) e outros com seis (incluindo Physolinum, além dos gêneros citados). Esse grupo de algas de verdes é o mais abundantes em ambientes terrestres e está entre os menos conhecidos e estudados, principalmente em regiões tropicais. Devido a sua morfologia relativamente simples, as Trentepohliales formam um grupo taxonomicamente difícil, e sua grande plasticidade morfológica está relacionada a fatores ambientais, tornando confusa a distinção de espécies e gêneros. O presente estudo pretende contribuir com o conhecimento taxonômico do grupo, através do levantamento florístico em cinco biomas brasileiros: Cerrado (Parque Nacional da Serra da Canastra e Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros) e Floresta Ombrófila Densa (Parque Estadual da Serra do Mar/Núcleo Picinguaba e Parque Nacional de Itatiaia), Floresta Ombrófila Mista (Parque Estadual de Campos do Jordão) e Restinga (Parque Estadual da Serra do Mar/Núcleo Picinguaba), além de fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual, presentes na região noroeste do estado de São Paulo. Objetiva-se, adicionalmente ao levantamento taxonômico, a ampliação geográfica do registro das espécies e caracterização ecológica do habitat onde se desenvolvem. O material a ser coletado será utilizado para detalhamento da taxonomia interna do grupo, com a aplicação de estudos moleculares, além dos

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morfológicos clássicos. Os crescimentos de Trentepohliales serão procurados visualmente ao longo da maior área possível no interior de cada bioma considerando-se a viabilidade de execução do trabalho e coletados qualitativamente em troncos, folhas e pedras. Nos locais de coleta serão também tomados dados físicos e químicos para a caracterização do micro-habitats das espécies. Este projeto conta com a participação de uma estudante de doutorado e de especialistas mundiais na taxonomia do grupo. (AU)

11/50384-4

O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em florestas ombrófilas densas de terras baixas e montana situadas nos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar

Luiz Antonio Martinelli

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular

Ciências Biológicas

01/06/2011 30/11/2013

A Floresta Tropical Atlântica ocorre ao longo do litoral brasileiro e, em função de sua extensão e variações nas condições microclimáticas e edáficas, é caracterizada por possuir uma elevada diversidade, seja em termos de estrutura ou de composição florística. Dentre as diversas famílias botânicas presentes neste ecossistema, a família Leguminosas apresenta grande importância, tanto pela sua abundância e ampla distribuição, como por desempenhar um papel importante no ciclo do nitrogênio (N) terrestre, fato este provavelmente relacionado a uma maior capacidade de assimilação de N por estas espécies, sejam elas noduladoras ou não. Levantamentos realizados em diferentes fonmações vegetais da Floresta Tropical Atlântica ao longo de um gradiente attitudinal indicam diferenças significativas na disponibilidade de N nos solos em diferentes altitudes, sugerindo funcionamento distinto quanto a dinâmica do N e funcionamento do ecossistema como um todo. Desta forma, o objetivo deste trabalho será investigar o papel das leguminosas potencialmente fixadoras de nitrogênio em florestas tropicais com condições diversas quanto ao ciclo do N. Em um dos sítios (Floresta Atlântica Ombrófila Montana), apesar dos altos

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conteúdos de N no solo, os fluxos para a atmosfera e pelo deflúvio sâo baixos. Por outro lado, na Floresta Atlântica Ombrófila de Terras Baixas, apesar dos menores conteúdos de N no solo, os fluxos para a atmosfera e pelo deflúvio sâo maiores. Para se atingir esse objetivo serão determinados os conteúdos de N, carbono (C), fósforo (P) e cálcio (Ca), além da composição isotópica do N e do C, nas folhas, troncos e serapilheira das leguminosas pertencentes à família das Fabaceaes em uma parcela situada na floresta Montana e em duas parcelas situadas na floresta de Terras Baixas. (AU)

06/60185-0

Ciclagem de nitrogênio e fluxo de gases em floresta tropical de Mata Atlântica do estado de São Paulo

Janaina Braga do Carmo

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Janaina Braga do Carmo

Auxílio à Pesquisa - Programa Primeiros Projetos

Ciências Biológicas

01/05/2007 30/04/2008

CNPq - Programa Primeiros Projetos

Diante da grande importância, produtividade e extensão da Mata Atlântica, o presente estudo apresenta como objetivo principal investigar se as perdas de nitrogênio (N) pela emissão de gases é um componente importante no ciclo do N na mata Atlântica e se há uma variação nesses fluxos em relação as diferentes altitudes e verificar como outros parâmetros que regulam estes fluxos (taxas de mineralização e nitrificação no solo, qualidade da liteira e sua produção, umidade e produção de raízes) interferem e se correlacionam com a dinâmica do N nas diferentes altitudes. Este objetivo foi estabelecido visando dar suporte ao projeto temático "Mudanças de uso da Terra e Composição Florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e santa Virgínia do parque Estadual da serra do Mar". As coletas de amostras de solo para a análise de Nitrogênio mineral serão realizadas mensalmente assim como as amostras de liteira. A coleta de gases do solo será realizada no período seco e chuvoso, juntamente com a coleta das raízes do solo. A amostragem contemplará todas as faciações da Floresta Ombrófila Densa sendo elas: Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas; Floresta Ombrófila Densa Submontana; Floresta Ombrófila Densa Montana e Floresta Ombrófila Densa Altimontana. O projeto em questão espera responder como é o ciclo do N neste ecossistema e como isto se reflete na sua formação bem como estimar a magnitude das perdas de N na forma gasosa. (AU)

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05/53390-4

Efito da saturação hídrica no solo na taxa de assimilação de CO2 de Calophyllum brasiliense Camb. (Clusiaceae)

Viviane Camila de Oliveira

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/08/2005 28/02/2007

05/54267-1

Fenologia de espécies de Floresta Atlântica, Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo: comparação entre estratos e influência de borda natural

Eliana Gressler

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Leonor Patricia Cerdeira Morellato

Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Biológicas

01/11/2005 31/10/2009

04/14354-0

A comunidade de plantas esfingófilas da Floresta Ombrófila Densa do Núcleo Picinguaba: composição, fenologia e biologia da polinização

Rubem Samuel de Avila Jr.

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Marlies Sazima

Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Biológicas

01/06/2005 31/05/2008

08/57314-9

Variação sazonal no incremento diamétrico de indivíduos arbóreos em uma Floresta de Restinga do Parque Estadual da Serra do Mar - SP, Núcleo Picinguaba

Fernanda Fischer Ballione

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas

01/12/2008 31/12/2009

06/53412-0

Formas inorgânicas de nitrogênio em diferentes áreas de floresta tropical de Mata Atlântica do Estado de São Paulo

Grasiele Fernanda Bueno

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas

01/10/2006 30/09/2007

05/56837-0

Ciclagem de nitrogênio e fluxo de gases em floresta tropical de Mata Atlântica do estado de São Paulo

Janaina Braga do Carmo

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado

Ciências Biológicas

01/01/2006 04/06/2008

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12/51509-8

Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)

Carlos Alfredo Joly

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular

Ciências Biológicas

01/12/2013 31/05/2017

Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia, do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. Nome do Sítio PELD: Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa Atlântica SIGLA DO SÍTIO (quatro letras no máximo): FGAF (Functional Gradient of Atlantic Forest) O projeto de criar o sitio PELD – Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa Atlântica, abrangendo áreas de Mata Atlântica dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar, visa consolidar a infra-estrutura e as linhas de pesquisa implantadas na região através dos Programas BIOTA e Mudanças Climáticas da FAPESP. O objetivo é responder às seguintes perguntas: a) na transição da região tropical para a região subtropical a topografia e a face de exposição da vertente são componentes mais importantes do que a altitude na composição florística do estrato arbóreo da Floresta Ombrófila Densa Atlântica? b) a Floresta Ombrófila Densa Atlântica é um sumidouro ou uma fonte de emissão de CO2? c) De que forma varia o tempo de residência do carbono na vegetação e no solo ao longo de um gradiente altitudinal de FODA, e como este parâmetro é afetado pelas mudanças climáticas globais? d) a deposição de compostos nitrogenados oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em Caraguatatuba, afeta de forma diferenciada o crescimento de espécies arbóreas, de forma a médio e longo prazo alterar a composição florística da Floresta Ombrófila Densa Atlântica na área de influência da UTGCA? E) Dados de dinâmica populacional, tais como de taxas de crescimento anuais e fenologfa, em diferentes altitudes na FOD Atlântica, permitiriam determinar formas de manejo do fruto do Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), como forma de aumentar a renda de populações no entorno de Unidades de Conservação? O sitio de pesquisa está localizado em 4 Núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar? Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia. A vertente Picinguaba-Santa Virgínia-Cunha se justifica pela necessidade de cobrirmos todas as fitofisionomias que compõem a Floresta Ombrófila Densa Atlântica: Floresta de Restinga (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa Submontana (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa Montana (Santa Virgínia) e Floresta Ombrófila Densa Alto Montana (Cunha). A inclusão das

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áreas no Núcleo Caraguatatuba se justifica peio objetivo de monitorar, a médio e longo prazo, os possíveis impactos da UTGCA na Floresta Ombrófila Densa Atlântica. Considerando que o projeto se desenvolverá sobre uma base de conhecimento acumulada nos últimos 10 anos, nos próximos 4 anos será possível alcançarmos os seguintes objetivos: a) na questão relacionada à biodiversidade, estrutura e dinâmica do componente arbóreo da Floresta Ombrófila Densa Arbórea será possível determinar quais os principais fatores abióticos que determinam o limite de ocorrência das espécies. Desta forma será possível rever a classificação de Veloso et al (1991), adaptando-a para um recorte regional; b) na questão relacionada ao papel de FODA como sumidouro ou fonte de emissão de CO2, teremos uma série temporal de 5 anos contínuos de medição, o suficiente para determinação de tendências valores do balanço líquido; c) na questão relacionada ao tempo de residência do carbono na vegetação e solo teremos uma linha de base estabelecida de forma a médio prazo podermos determinar as tendências e os valores, complementando o item acima; d) na questão relacionada ao impacto da deposição de compostos oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em Caraguatatuba, além da linha de base já poderemos indicar tendências; e) Na questão relacionada ao manejo do fruto de Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), integrando nossos dados aos já existentes e/ou que estão sendo gerados por outros projetos na região, estaremos em condições de determinar cotas de coleta de frutos em cada fitofisionomia da FODA. METODOLOGIA 1) Parcelas Permanentes &amp; Florística e Fitossociologia No estudo do componente florístico fitossociológico serão utilizadas as 18 Parcelas Permanentes já instaladas na região, prevendo-se a instalação de xx novas parcelas para inclusão de parcelas nas cotas 1.200 e 1.500 m bem como de parcelas onde a floresta está em regeneração e o histórico de perturbação seja conhecido. A implantação das Parcelas Permanentes, plaqueamento, mapeamento e medição de indivíduos com DAP &#8805; 4,8 cm, segue o protocolo RAINFOR adaptado por Joly et al (2012). 2) Balanço do CO2 A Torre Micrometeorológica de Fluxo, que estuda as interações floresta-atmosfera no que tange a trocas de CO2 e água, foi implantada no Núcleo Santa Virgínia/PESM entre 2007 e 2008, pelo Projeto Temático BIOTA Gradiente Funcional. O sítio experimental está estabelecido na microbacia do Ribeirão Casa de Pedra (RCP), com área de ~2,5 km2,

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altitude de 900 a 1000 m, definida entre 23º17' a 23º24'S, e 4Sº03' a 45º11' W. 3) Tempo de Residência do carbono Medições da dinâmica de madeira em parcelas permanentes serão usadas para estimar o tempo de residência de C no compartimento chamado de Madeira Morta, ou ?coarse wood debris - CWD?. Amostragem de tronco e raízes das árvores serão utilizadas para análise radiocarbônica da celulose. A quantificação da produção anual de raízes finas será feita através de coletores com diâmetro de 14cm e profundidade de 30cm. O conteúdo de radiocarbono na serapilheira, nas raízes mortas e na matéria orgânica do solo será usado para determinar o tempo de residência do carbono nestes compartimentos do ecossistema. Finalmente, o teor de 14C no CO2 respirado da superfície do solo e em incubações será usado para estimar a idade média de carbono respirado do ecossistema. 4? Impactos da deposição de compostos nitrogenados da UTGCA Serão utilizados amostradores passivos para deposição de N via NO2, HNO3, NH4, e mostradores ativos (aerossóis) para NO3- e NH4+. Alterações no solo serão monitoradas com coletas e análises químicas sistemáticas a cada 6 meses. Serão selecionadas espécies arbóreas que ocorram tanto nas proximidades da UTGCA (Núcleo Caraguatatuba) como fora de sua área de influência (Núcleo Picinguaba) para o acompanhamento de possíveis alterações no metabolismo do nitrogênio. O Crescimento de indivíduos destas espécies nas duas áreas, controle e sob impacto da UTGCA, será acompanhado com bandas dendrométricas para o monitoramento de possíveis alterações nas taxas de crescimento. Através de equações o incremento no diâmetro poderá ser transformado em carbono, e a comparação entre as áreas permitirá determinar se o incremento de nitrogênio no solo, por deposição dos compostos emitidos pela UTGCA, altera a taxa de fixação de carbono. 5? Manejo sustentável do fruto de Euterpe edulis Mart. (Arecaeae) Atualmente o principal Produto Florestal Não Madeireiro da Floresta Ombrófila Densa Atlântica é o palmito da palmeira juçara (Euterpe edulis Mart.), cuja extração provoca a morte da palmeira e causa sérias alterações ambientais. No entanto, esta palmeira oferece outro recurso econômico de grande valor e de menor impacto ambiental, que é a polpa do fruto, similar em aparência e valor nutricional ao açaí extraído da espécie amazônica, o Euterpe oleracea Mart. O Plano de Manejo do Núcleo Picinguaba do PESM define áreas com possibilidade de usos especiais,

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denominadas Zonas Histórico-Culturais Antropológicas (ZHCA), devido à presença das comunidades tradicionais. A exploração do fruto de juçara já vem acontecendo em ZHCA no entorno do Núcleo Picinguaba, em áreas de florestas de terras baixas e submontana desde 2005 e em Zonas de Amortecimento no entorno do Núcleo Santa Virginia. O objetivo deste subprojeto é gerar, através de censos anuais e estudos fenológicos um conjunto de dados sólidos que permitam a determinação de cotas de extração de frutos que contribuam com a renda das populações tradicionais, sem afetar a regeneração e manutenção da população da espécie. (AU)

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12/50466-3

O dilema das decisões sobre populações humanas em parques:jogo compartilhado entre técnicos e residentes no Núcleo Picinguaba

Eliane Simoes

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Disciplinares (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM)

Eliane Simoes

Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil

Interdisciplinar 01/11/2012 31/07/2014

08/53648-0

Alternativas de subsistência da comunidade caicara/quilombola do sertão da fazenda, no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar, Ubatuba-SP

Fábio Frattini Marchetti

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Maria Christina de Mello Amorozo

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas

01/08/2008 30/11/2009

07/02947-4

Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação da biomassa arbórea em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, SP

Marcos Augusto da Silva Scaranello

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Plínio Barbosa de Camargo

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas

01/07/2007 31/12/2007

08/09350-6

Análise morfológica e cromossômica de duas populações da palmeira clonal Geonoma elegans Mart. em diferentes altitudes no Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar - SP

Bianca Netto Rodrigues

Universidade de Taubaté (UNITAU). Instituto Básico de Biociências (IBB)

Simey Thury Vieira Fisch

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas

01/03/2009 31/12/2010

Page 431: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

431

10/09146-0

Dinâmica do carbono e nitrogênio do solo sob restinga na Ilha do Cardoso e Núcleo Picinguaba no Estado de São Paulo

Lucas de Camargo Reis

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Plínio Barbosa de Camargo

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas

01/08/2010 31/07/2012

07/50561-8

Caracterização química do solo em Floresta Ombrófila Densa do Parque Estadual da Serra do Mar

Carla Alberoni Rosada

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Marisa de Cassia Piccolo

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas

01/04/2007 31/12/2007

05/59168-1

Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar

Enio Egon Sosinski Junior

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado

Ciências Biológicas

01/04/2006 31/03/2009

09/03676-0

Estrutura genética e variação altitudinal em uma espécie da Mata Atlântica

Rafael Flora Ramos

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Vera Nisaka Solferini

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/08/2009 28/02/2011

03/04154-0

Etnoictiologia em Picinguaba e Ilhabela, litoral de São Paulo

Rodrigo Vieira Lima

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Disciplinares (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM)

Alpina Begossi

Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico

Ciências Biológicas

01/06/2003 31/01/2004

Page 432: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

432

01/12454-9

Análise citogenética em algumas espécies de opiliões (Opiliones Laniatores, Gonyleptidae) da Mata Atlântica (Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo de Picinguaba, Ubatuba, SP, Alto da Serra..

Rosângela Martins de Oliveira

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Doralice Maria Cella

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas

01/01/2002 31/12/2002

06/59536-3

Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma microbacia com plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de São Paulo

Rodrigo Trevisan

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Jorge Marcos de Moraes

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/03/2007 28/02/2009

06/51488-0

Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na microbacia do ribeirão do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

Juliano Daniel Groppo

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Biológicas

01/07/2006 30/06/2010

06/52519-6

Florística e estrutura da comunidade arbórea da Floresta Ombrófila Densa Submontana do Núcleo Picinguaga - PESM, Ubatuba, SP

Mariana Cruz Rodrigues de Campos

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/09/2006 31/01/2008

06/54292-9

Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma microbacia de primeira ordem com cobertura de pastagem no litoral norte do Estado de

Luiz Felippe Salemi

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/09/2006 31/08/2008

Page 433: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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São Paulo

08/08344-2

Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo: comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família Myrtaceae

Claudio Bernardo

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Leonor Patricia Cerdeira Morellato

Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico

Ciências Biológicas

01/09/2008 30/06/2009

08/08346-5

Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo: comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família Myrtaceae

Vanessa Graziele Staggemeier

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Leonor Patricia Cerdeira Morellato

Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico

Ciências Biológicas

01/09/2008 28/02/2010

99/06902-7

Mapeamento das áreas suscetíveis a prática agroecológica no Núcleo Picinguaba (Parque Estadual da Serra do Mar), através do geoprocessamento como subsídio a atividades econômicas sustentáveis

Luciene Cristina Risso

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Centro de Estudos Ambientais (CEA)

Marcos César Ferreira

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/11/1999 31/10/2001

00/00011-2

Ecologia da polinização de duas espécies de bromélias de Mata Atlântica no Estado de São Paulo

Maria Bernadete Ferreira Canela

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Marlies Sazima

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/04/2000 28/02/2002

Page 434: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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96/08000-2

Fenologia de vegetação de duna da praia da fazenda, Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP

Eliane Cristina Romera

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Leonor Patricia Cerdeira Morellato

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/02/1997 31/01/1999

96/06757-9

Morfo-anatomia de espécies de Marantaceae do Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar - Ubatuba - SP

Vera Lis Cruz Rodrigues Uliana

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Vera Lucia Scatena

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/11/1996 31/10/1998

97/11592-1

Proposta de um plano de educação ambiental com ênfase na questão dos resíduos sólidos, para a comunidade caiçara do bairro de camburi, localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba..

Alexandra Marselha Siqueira Pitolli

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Luiz Marcelo de Carvalho

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Humanas

01/01/1998 31/12/1998

10/51494-5

Biologia reprodutiva e polinização de espécies de Melastomataceae em duas áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil

Vinicius Lourenço Garcia de Brito

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Marlies Sazima

Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Biológicas

01/10/2010 31/07/2014

94/03387-0

Ecologia do tiê-sangue Ramphocelus bresilius (aves, Thraupidae) no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP

Sáuria Lúcia Rocha de Castro

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Miguel Petrere Junior

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/04/1995 30/09/1995

07/57284-0

Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de Mata Atlântica no Nordeste do Estado

Larissa Giorgeti Veiga

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/03/2008 28/02/2010

Page 435: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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de São Paulo

08/52279-0

Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com cobertura florestal no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

Elizabethe de Campos Ravagnani

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/08/2008 31/03/2010

06/57135-1

Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa nos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar

Jose Ataliba Mantelli Aboin Gomes

Secretaria de Agricultura e Abastecimento (São Paulo - Estado). Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Instituto Agronômico (IAC)

Carlos Alfredo Joly

Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico

Ciências Biológicas

01/10/2006 30/09/2008

06/57790-0

Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil

Daiana Aparecida Correa

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico

Ciências Biológicas

01/10/2006 31/07/2007

06/60183-8

Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil

Simoni Cristiane Grilo

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico

Ciências Biológicas

01/12/2006 30/11/2008

Page 436: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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09/15175-5

Ciclagem do fósforo em Floresta Ombrófila Densa dos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia -SP

Denise Teresinha Gonçalves Bizuti

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Marisa de Cassia Piccolo

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Agrárias

01/03/2010 28/02/2011

6. Núcleo Santa Virgínia

Processo Título (Português)

Beneficiário Instituição Pesquisador responsável

Linha de fomento

Grande área do conhecimento

Início Término

Convênio/Acordo de cooperação com a FAPESP

Resumo

11/15892-9

"Estrutura e diversidade da família Lauraceae na Mata Atlântica do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil"

Vitor de Andrade Kamimura

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Marco Antonio de Assis

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/08/2012

28/02/2014

The study of the floristic composition and phytosociological structure is an important tool for characterizing plant communities, and a proper analysis of patterns of distribution and richness of their species. In São Paulo withdrawals from the arboreal component of the Tropical Rain Forest were the targets of many jobs in the last decade. However, despite a large volume of data produced for training forestry, contained little more specific and detailed analysis of the contribution floristic and structural importance of its most significant families as Myrtaceae, Fabaceae, Rubiaceae and Lauraceae. Thus, this study fits into the context of a broader project to evaluate the floristic composition, structure and functioning of the dense rain forest of the Atlantic

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Picinguaba and Santa Virginia State Park of Serra do Mar (FAPESP / Biota 10/50811 -7 and 03/12595-7), has as main objective the analysis of the floristic composition and structure of the family Lauraceae an altitudinal gradient in the dense rain forest in São Paulo state. This will be compiled survey data from fifteen (15 hectares) made for the tree component of the State Park of Serra do Mar in different faces, considering the richness, diversity and structural importance of family in the community. It is intended to examine also the spatial distribution of its species, as well as the relations of floristic similarity of family over this altitudinal gradient by means of multivariate analysis. (AU)

03/12595-7

Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrofila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque

Carlos Alfredo Joly

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Temático

Ciências Biológicas

01/06/2005

30/11/2010

O objetivo deste projeto é determinar quais são as características intrínsecas realmente relevantes para compreendermos o papel de cada espécie/grupo funcional na determinação da composição florística, da estrutura e do funcionamento das distintas fisionomias da Floresta Ombrófila Densa da região nordeste do Estado de São Paulo: Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Simultaneamente, com os dados de funcionamento desse ecossistema, poderemos determinar o papel, como fonte de emissão ou sumidouro de CO2, da Floresta Ombrófila Densa do Domínio Atlântico na variabilidade climática

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interanual e nos cenários de mudanças climáticas globais. Estes dados permitirão a comparação com os resultados que vêm sendo obtidos pelo Projeto LBS (Large Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazônia) na Floresta Ombrófila Densa da Bacia Amazônica. (AU)

13/24929-9

Comunidade de aves como indicadora da qualidade florestal

Alex Augusto de Abreu Bovo

Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ)

Katia Maria Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/03/2014

31/07/2015

Fragmentation and loss of habitat have caused major impacts on biodiversity. Along this factors, changes in the composition of the food chain also interfere with the dynamics of ecosystems, causing loss of species and ecological functions. The aim of this study is to functionally characterize bird assemblages in forest remnants embedded in matrix and anthropic areas inserted in a continuous Atlantic Forest vegetation. For this, we used data collected through points into eight fragments located in the Rio Corumbataí and three areas of continuous forest of the Serra do Mar - Serra de Paranapiacaba (Carlos Botelho State Park and the Serra do Mar State Park - Picinguaba and Santa Virginia) , and secondary data . To characterize these areas will be used to functional diversity (FD) for the assemblage of birds, which takes into account specific peculiarities, enabling a more detailed analysis of these assemblages . A theoretical framework from secondary data substantiate the search for patterns of changes in the composition of assemblies

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according to the degree of degradation / defaunation of this fragments. It is hoped that this proposal to identify functional changes in the assemblies, as well as crossing this information with landscape metrics in order to identify which characteristics influence the functional composition of birds in agricultural landscapes. These findings may help to develop strategies for biodiversity conservation. (AU)

12/03554-4

Estudo da biomassa radicular em uma área de pastagem em regeneração natural no Parque Estadual da Serra do Mar- Núcleo Santa Virgínia

Juliana Antonio

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas

01/06/2012

30/11/2013

Considered one of the most diverse ecosystems on the planet, the Atlantic Forest is currently fragmented and reduced to only 8% of its original coverage. Some of the factors responsible for this degradation were the different Brazilian economic cycles, in which forest areas were cleared and used for several activities such as the establishment of pastures. Such disturbances can cause local changes in the biogeochemistry, limiting the recovery of natural forest and affecting both the vegetation above soil as the root system. The roots are important for the structure and function of forest ecosystems, participating on cycling, accumulation, and uptake of nutrients in the soil, and can be used as an important tool for understanding the processes of regeneration of degraded areas. Thus, this work aims to study possible variations in root biomass and characterize as the roots from plants of C4 or C3 cycles in a pasture area that is in natural

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440

regeneration process, localized at Santa Virginia nucleus in Serra do Mar State Park. In order to do that, roots will be weighed and its mass values will be determined as well as the carbon isotope composition (d13C) using the technique of isotopic analysis. (AU)

08/57174-2

Ciclagem de carbono, nitrogênio e enxofre na serapilheira em Floresta Ombrófila Densa sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no Estado de São Paulo

Plínio Barbosa de Camargo

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Plínio Barbosa de Camargo

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/10/2009

30/09/2011

O Parque Estadual da Serra do Mar, devido a sua grande amplitude altitudinal, abriga fisionomias variadas da Floresta Ombrófila Densa ou Mata Atlântica. Devido à escassez de informações sobre a estrutura e o funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica ao longo de um gradiente de altitudes, este trabalho tem como objetivo avaliar a contribuição do estoque de C, N e S na serapilheira acumulada sobre o solo na distribuição dessas fisionomias. Este projeto de pesquisa trará informações importantes ao Projeto BIOTA "Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar" (processo FAPESP n° 03/12595-7), como também o conhecimento da dinâmica dos principais elementos na serapilheira, da Mata Atlântica. Áreas com diferentes altitudes foram selecionadas para a realização deste estudo, como: Mata de Restinga (5 a 20 m), Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (50 a 100 m), Floresta Ombrófila Densa Submontana

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441

(300 a 600 m) e Floresta Ombrófila Densa Montana (ao redor de 1.000 m). As coletas da serapilheira acumulada sobre a superfície do solo serão realizadas uma vez ao mês perfazendo um período de 12 meses, sendo feito o acompanhamento da massa depositada e à caracterização química das mesmas (teores de carbono, nitrogênio e enxofre), em todas as áreas de estudo nas quatro fisionomias. Os dados dos estoques e teores dos elementos citados serão relacionados aos dados de solos das áreas das diferentes altitudes (processo FAPESP n° 07/52482-8). (AU)

07/52482-8

Ciclagem de carbono, nitrogênio e nutrientes de solo em Floresta Ombrófila Densa do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo

Marisa de Cassia Piccolo

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Marisa de Cassia Piccolo

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/08/2007

31/01/2010

A Mata Atlântica originalmente ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, sendo que apenas cerca de 7,6% de sua extensão original não foi modificada. Ainda podem ser encontradas manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no Sudeste do Brasil. Devido à escassez de informações sobre a estrutura e o funcionamento da floresta ombrófila densa atlântica ao longo de um gradiente longitudinal, este projeto de pesquisa tem como objetivo o acompanhamento da dinâmica do C, N e demais nutrientes nos solos das áreas de mata de restinga (5 a 20m de altitude), floresta ombrófila densa das terras baixas (50 a 100m), floresta ombrófila densa submontana (300 a 600m de altitude) e floresta ombrófila densa montana (ao redor de 1.000m de altitude). O estudo será realizado no

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núcleo de Santa Virgínia e de Picinguaba (23° 17' a 23° 24' S e 45° 03' a 45° 11' O) com a caracterização do solo por meio da classificação pedológica, análises químicas e físicas, estoques dos elementos e variação isotópica de C (13C/12C) e de N (15N/14N). (AU)

01/06023-5

Distribuição da comunidade de palmeiras no gradiente altitudinal da Floresta Atlântica na região Nordeste do estado de São Paulo

Simey Thury Vieira Fisch

Universidade de Taubaté (UNITAU). Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

Simey Thury Vieira Fisch

Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular

Ciências Agrárias

01/04/2002

31/03/2005

Embora a Floresta Atlântica esteja melhor preservada em áreas montanhosas, as alterações que o gradiente altitudinal provoca na vegetação vêm sendo pouco enfocadas nos estudos realizados nesse bioma. A elevação tem sido apontada como responsável pelo declínio da diversidade de palmeiras e pela abundância de uma ou poucas espécies em altitudes intermediárias. Baseado nestas premissas, este projeto tem por objetivo principal correlacionar a ocorrência de palmeiras com o fator altitude na Floresta Atlântica do nordeste do Estado de São Paulo. Os estudos serão desenvolvidos nas Unidades de Conservação do Parque Estadual da Serra do Mar (Núcleo Picinguaba, Núcleo Santa Virgínia/Natividade da Serra e Estação Ecológica do Bananal), cujas formações florestais ocorrem em altitudes que variam de O a 1900 m. Nestes locais serão realizadas amostragens a cada 200 m de altitude (0 m - nível do mar, 200, 400, 600, 800, ~940, 1200, 1400 e ~1600 m). Serão feitas avaliações morfométricas, coletadas as palmeiras existentes e o meio

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físico de cada unidade amostral será caracterizado. O projeto contará com uma equipe multidisciplinar da Universidade de Taubaté (acadêmicos e professores) e com a colaboração de pesquisadores de Instituições de Pesquisa (Inst. Florestal (SP), Inst. de Botânica (SP), Museu Prof. Mello Leitão (ES), Inst. Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RJ). (AU)

06/55136-0

Processos hidrológicos e transporte de nitrogênio em bacias com cobertura de floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo

Jorge Marcos de Moraes

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Jorge Marcos de Moraes

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/10/2006

30/09/2010

A Mata Atlântica é um ecossistema reconhecidamente ameaçado e hoje é considerada como um dos biomas prioritários para execução de políticas de conservação. Sua área florestal, reduzida atualmente a menos de 8% de sua cobertura original, necessita atenção especial em termos de compreensão do seu funcionamento como subsídio para sua melhor conservação. Apesar do crescente interesse nos estudos ambientais nessa região, os processos hidrológicos e biogeoquúnicos são pouco estudados em todas as escalas, incluindo mudanças da cobertura vegetal de floresta para pasto, muito comum nessa região. A presente proposta tem o objetivo de realizar um estudo integrado da hidrologia e da dinâmica do nitrogênio, em duas bacias pareadas, uma com cobertura florestal e outra com cobertura de pastagem. O estudo será realizado em duas bacias a serem instrumentadas, a com cobertura florestal localizada no Parque Estadual da Serra

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do Mar, núcleo de Santa Virgínia e a com pastagem em região vizinha. O estudo é parte integrante do projeto temático "Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar" (processo FAPESP: 03/12595-7). (AU)

92/04627-0

Avaliação diagnóstica da vegetação no Núcleo Santa Virgínia, como subsídio a elaboração de modelos de reflorestamento

Waldir Mantovani

Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IB)

Waldir Mantovani

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/03/1993

28/02/1995

Este projeto visa realizar uma avaliação diagnóstica da vegetação no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, SP, através do método de parcelas. Será feita a caracterização das principais fitofisionomias que compõem a vegetação. As informações obtidas servirão de base para futuros estudos visando a obtenção de modelos de recomposição florestal e de subsídio à elaboração do plano de manejo desta unidade de conservação. (AU)

03/09052-1

Biologia alimentar e reprodutiva da piratininga do sul, Brycon cf. opalinus (Cuvier, 1819) e a diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar

Francisco Manoel de Souza Braga

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Francisco Manoel de Souza Braga

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/05/2004

30/04/2005

A área de estudo abrange três rios (Paraibuna, Ipiranga e Grande) da bacia do Paraibuna no Núcleo Santa Virgínia/Natividade da Serra (Parque Estadual da Serra do Mar). Apesar das atividades de pesca e do turismo estes rios estão relativamente preservados com uma ictiofauna pouco conhecida. Uma das espécies endêmicas da área é a pirapitinga do sul, Brycon opalinus, gênero que se mostra suscetível a mudanças ambientais devido à ampla relação com a mata ribeirinha que disponibiliza frutos, sementes e insetos. Além disto, existe a dependência de alta qualidade

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da água e acesso às várzeas para a migração sazonal de reprodução. A dispersão de sementes pode ser muito freqüente para estes peixes, tendo então importância para a dinâmica das populações vegetais ribeirinhas. A determinação dos locais de reprodução, fecundidade e modo reprodutivo são muito importantes para o manejo da área e a conservação dessas espécies. A bacia do Paraibuna origina o rio Paraíba do Sul (confluência do rio Paraibuna e Paraitinga). Atualmente, este rio está muito alterado e suas populações íctiicas em declino. A piabanha, Brycon insignis, peixe antes comum em suas águas, hoje está praticamente extinta no Estado de São Paulo e muito rara em alguns afluentes no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é abordar a reprodução e a dieta alimentar da pirapitinga do sul (Brycon opalinus), assim como a diversidade de peixes. A reprodução e a. dieta alimentar serão caracterizadas sazonalmente e localmente, sendo possível determinar as áreas de maior intensidade reprodutiva, a fecundidade e o modo reprodutivo, assim como, determinar os itens alimentares e as relações tróficas com os ambientes aquáticos e terrestres. Na área do estudo serão determinados também os possíveis impactos causados pelas atividades turísticas nas populações de peixes, enfocando principalmente a pirapitinga do sul. (AU)

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10/50811-7

Composição florística e estrutura da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil

Carlos Alfredo Joly

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular

Ciências Biológicas

01/10/2010

31/03/2013

Os resultados obtidos pelo Projeto Temático BIOTA Gradiente Funcional (FAPESP 03/12595-7) evidenciaram a necessidade de um estudo florístico-fitossociológico em altitudes intermediárias entre a Floresta Ombrófila Densa Submontana e a Floresta Ombrófila Densa Montana dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do PESM, bem como a necessidade de ampliar o espectro fisionômoico incluindo a Floresta Ombrófila Densa Alto Montana. O objetivo deste Auxílio à Pesquisa é complementar estes dados de forma a permitir uma análise mais detalhada e completa das fisionomias da Floresta Ombrófila Densa Atlântica, visando determinar as adaptações necessárias ao sistema de classificação da vegetação proposto por Veloso et al. (1991). A composição florística e a estrutura da Floresta Ombrófila Densa Atlântica será estudada a 600, 800 e 1.200 metros de altitude, completando o gradiente previamente estudado (Joly et al. 2008). Para tanto serão utilizadas 4 parcelas independentes de 0,25 ha subdivididas em subparcelas contíguas de 10 x 10m, totalizando 1 ha por altitude. Desta forma cada parcela de 0,25 ha será tratada como replicata amostral, ampliando o rol de ferramentas estatísticas que poderão ser utilizadas para análise dos dados. Todos os indivíduos com DAP (diâmetro à altura

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do peito) igual ou superior a 4,8 cm (PAP - perímetro à altura do peito ≥ 15,0 cm). Para os indivíduos perfilados serão incluídos aqueles que apresentarem pelo menos um dos perfilos dentro do critério de inclusão. A análise dos dados e a estimativa dos parâmetros fitossociológicos serão feitas através do programa FITOPAC, e análises mais refinadas serão feitas para comparação de todo gradiente altitudinal (de 0 - Floresta de Restinga a 1.200 m - Floresta Ombrófila Densa Alto Montana). (AU)

11/50384-4

O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em florestas ombrófilas densas de terras baixas e montana situadas nos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar

Luiz Antonio Martinelli

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular

Ciências Biológicas

01/06/2011

30/11/2013

A Floresta Tropical Atlântica ocorre ao longo do litoral brasileiro e, em função de sua extensão e variações nas condições microclimáticas e edáficas, é caracterizada por possuir uma elevada diversidade, seja em termos de estrutura ou de composição florística. Dentre as diversas famílias botânicas presentes neste ecossistema, a família Leguminosas apresenta grande importância, tanto pela sua abundância e ampla distribuição, como por desempenhar um papel importante no ciclo do nitrogênio (N) terrestre, fato este provavelmente relacionado a uma maior capacidade de assimilação de N por estas espécies, sejam elas noduladoras ou não. Levantamentos realizados em diferentes fonmações vegetais da Floresta Tropical Atlântica ao longo de um gradiente attitudinal indicam diferenças significativas na

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disponibilidade de N nos solos em diferentes altitudes, sugerindo funcionamento distinto quanto a dinâmica do N e funcionamento do ecossistema como um todo. Desta forma, o objetivo deste trabalho será investigar o papel das leguminosas potencialmente fixadoras de nitrogênio em florestas tropicais com condições diversas quanto ao ciclo do N. Em um dos sítios (Floresta Atlântica Ombrófila Montana), apesar dos altos conteúdos de N no solo, os fluxos para a atmosfera e pelo deflúvio sâo baixos. Por outro lado, na Floresta Atlântica Ombrófila de Terras Baixas, apesar dos menores conteúdos de N no solo, os fluxos para a atmosfera e pelo deflúvio sâo maiores. Para se atingir esse objetivo serão determinados os conteúdos de N, carbono (C), fósforo (P) e cálcio (Ca), além da composição isotópica do N e do C, nas folhas, troncos e serapilheira das leguminosas pertencentes à família das Fabaceaes em uma parcela situada na floresta Montana e em duas parcelas situadas na floresta de Terras Baixas. (AU)

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12/50425-5

Características florais e reprodutivas de espécies de Melastomataceae em um gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil

Marlies Sazima

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Marlies Sazima Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/08/2012

31/07/2014

Poucos estudos têm sido realizados nas montanhas das florestas úmidas abordando os sistemas de reprodução de plantas. Em altitudes elevadas, as condições ambientais podem reduzir a quantidade de polinizadores, principalmente de abelhas, e consequentemente a transferência de grãos de pólen aos estigmas de flores co-específicas (limitação de pólen), reduzindo as possibilidades de polinização cruzada. Estes fatores podem influenciar características das plantas como a cor das flores e a genética das populações. Este projeto pretende estudar as variações nas cores das flores de espécies da família Melastomataceae ocorrentes em dois pontos de um gradiente altitudinal: Núcleo Santa Virgínia (Floresta Montana) e Núcleo Picinguaba (Floresta de terras baixas) do Parque Estadual da Serra do Mar, Ubatuba, SP. Serão feitas visitas mensais durante um ano para a coleta dos espectros de reflectância das flores da cada uma das espécies de Melastomataceae encontradas nos dois locais. Estes dados serão posteriormente analisados através de métodos comparativos que considerem o componente filogenético. Pretende-se complementar o estudo de caso com Tibouchina pulchra Cogn. (Melastomataceae) envolvendo a diversidade genética de populações de adultos e da prole nos dois pontos do gradiente. Neste

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estudo, serão analisados os materiais genéticos de 105 indivíduos adultos de cada uma das duas áreas (total 210). Dentre eles, 28 serão escolhidos para coleta e germinação de 20 sementes provenientes de dois frutos de cada indivíduo (totalizando 560 indivíduos). Adultos e proles serão genotipados para que seja conduzida uma análise de diversidade em diferentes níveis (população, indivíduo e fruto) nas duas localidades. (AU)

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13/19377-7

A efetividade do maior corredor de mata atlântica em manter conectadas populações de mamíferos de grande porte, como a Anta (Tapirus terrestris)

Pedro Manoel Galetti Junior

Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

Pedro Manoel Galetti Junior

Auxílio à Pesquisa - Regular

Ciências Biológicas

01/03/2014

29/02/2016

O presente projeto da continuidade a um estudo recentemente concluído, apoiado pela Fapesp para os membros da equipe proponente (2007/03392-6, Biota-Temático para MGR e 2007/04073-1, bolsa pós-doc para AS), tendo sido bem avaliado na avaliação do relatório final, encorajando sua continuidade. As populações de mamíferos, especialmente as espécies de grande porte, vêm sofrendo significativas reduções, como resultado da caça, perdas de habitat e fragmentação induzida pelo desenvolvimento econômico humano. Estas alterações ambientais podem descontinuar funcionalmente os habitats podendo gerar sérias consequências no fluxo gênico das espécies. A manutenção da conectividade funcional e, portanto, do fluxo gênico é a estratégia conservacionista primordial para a persistência de populações de espécies animais e vegetais em longo prazo. Alguns estudos tem relatado a existência de estruturações genéticas mesmo dentro de habitats contínuos, que deveriam funcionar como corredores ecológicos facilitando o fluxo gênico entre populações. Estes resultados alertam que outras características, não somente a descontinuidade do habitat, podem promover uma barreira ao fluxo gênico, como por exemplo, o efeito de borda, heterogeneidade do habitat ao longo do contínuo,

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a pressão de caça, além de aspectos comportamentais e a história evolutiva da própria espécie. Porém, estes estudos foram realizados com espécies de pequeno porte, são raros os estudos sobre fluxo gênico com espécies de grande porte em habitats contínuos, sendo a grande maioria é realizada em áreas fragmentadas. A Serra do Mar, o maior contínuo de Mata Atlântica representa uma área controle ideal para a análise da extensão natural da estrutura genética de populações, da capacidade e comportamento de dispersão da espécie, além da efetividade em manter funcionalmente conectadas populações naturais de diferentes organismos. Em um estudo anterior, identificamos uma diferenciação genética significativa entre duas populações de um mamífero de grande porte, a anta (Tapirus terrestris), situadas em extremos opostos deste corredor, Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar (SV) e Parque Estadual de Carlos Botelho (CB). A estruturação pode ser resultante do isolamento pela distância, em que a dispersão restrita e a deriva genética local criam um padrão clinal com o aumento da diferenciação genética com a distância geográfica. Porém, como este estudo foi realizado com apenas duas áreas dentro do corredor da Serra do Mar, este resultado revela a necessidade de ampliação das áreas de amostragem ao longo do contínuo, de modo a

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permitir testar o isolamento pela distância, bem como uma minuciosa pesquisa de fatores adicionais que possam estar envolvidos com os padrões encontrados, como as características da paisagem, aspectos comportamentais da espécie ou fatores históricos de colonização da área. Sendo assim, o presente projeto propõe a análise da distribuição da variabilidade genética das populações de T. terrestris ao longo do corredor da Serra do Mar. Para tanto, serão utilizadas amostras não-invasivas como fonte de DNA (fezes), marcadores microssatélites para a identificação individual e para detectar o padrão contemporâneo de distribuição da diversidade genética. Novas áreas ao longo deste corredor já estão sendo amostradas por um aluno de mestrado e de pós-doutorado (Bolsa PDJ CNPq 50565/2013-9). Estes resultados serão contrastados com a análise de marcadores de DNA mitocondrial (citocromo b, citocromo c oxidase ou RNA 12S) com a finalidade de incluir um fator histórico neste estudo populacional. Mesmo a anta estando presente em todo o corredor da Serra do Mar, dados sobre as características da paisagem serão adicionados aos dados genéticos, especialmente a pressão de caça, presença de rodovias e proximidade de centros urbanos, buscando explicar os padrões encontrados. (AU)

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05/53955-1

Os gêneros physcia (schreber) Michaux e pyxine fries (ascomicetes liquenizados, physciaceae) no Estado de São Paulo, de São Paulo, Brasil

Patrícia Jungbluth

Secretaria do Meio Ambiente (São Paulo - Estado). Instituto de Botânica

Marcelo Pinto Marcelli

Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Biológicas

01/04/2006

31/01/2010

08/58901-5

Alteraçãoes nos fluxos de CO2 do solo e na ciclagem de carbono após aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica

Daniel Luis Garrido Monaro

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas

01/06/2009

30/11/2010

03/05696-1

Biologia alimentar e reprodutiva da pirapitinga do sul, Brycon cf. opalinus (Cuvier, 1819) e a diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar

Leandro Muller Gomiero

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Francisco Manoel de Souza Braga

Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado

Ciências Biológicas

01/12/2003

30/11/2006

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12/51509-8

Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)

Carlos Alfredo Joly

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Regular

Ciências Biológicas

01/12/2013

31/05/2017

Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia, do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. Nome do Sítio PELD: Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa Atlântica SIGLA DO SÍTIO (quatro letras no máximo): FGAF (Functional Gradient of Atlantic Forest) O projeto de criar o sitio PELD – Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa Atlântica, abrangendo áreas de Mata Atlântica dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar, visa consolidar a infra-estrutura e as linhas de pesquisa implantadas na região através dos Programas BIOTA e Mudanças Climáticas da FAPESP. O objetivo é responder às seguintes perguntas: a) na transição da região tropical para a região subtropical a topografia e a face de exposição da vertente são componentes mais importantes do que a altitude na composição florística do estrato arbóreo da Floresta Ombrófila Densa Atlântica? b) a Floresta Ombrófila Densa Atlântica é um sumidouro ou uma fonte de emissão de CO2? c) De que forma varia o tempo de residência do carbono na vegetação e no solo ao longo de um gradiente altitudinal de FODA, e como este parâmetro é afetado pelas mudanças climáticas

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globais? d) a deposição de compostos nitrogenados oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em Caraguatatuba, afeta de forma diferenciada o crescimento de espécies arbóreas, de forma a médio e longo prazo alterar a composição florística da Floresta Ombrófila Densa Atlântica na área de influência da UTGCA? E) Dados de dinâmica populacional, tais como de taxas de crescimento anuais e fenologfa, em diferentes altitudes na FOD Atlântica, permitiriam determinar formas de manejo do fruto do Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), como forma de aumentar a renda de populações no entorno de Unidades de Conservação? O sitio de pesquisa está localizado em 4 Núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar? Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia. A vertente Picinguaba-Santa Virgínia-Cunha se justifica pela necessidade de cobrirmos todas as fitofisionomias que compõem a Floresta Ombrófila Densa Atlântica: Floresta de Restinga (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa Submontana (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa Montana (Santa Virgínia) e Floresta Ombrófila Densa Alto Montana (Cunha). A inclusão das áreas no Núcleo Caraguatatuba se justifica peio objetivo de monitorar, a

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médio e longo prazo, os possíveis impactos da UTGCA na Floresta Ombrófila Densa Atlântica. Considerando que o projeto se desenvolverá sobre uma base de conhecimento acumulada nos últimos 10 anos, nos próximos 4 anos será possível alcançarmos os seguintes objetivos: a) na questão relacionada à biodiversidade, estrutura e dinâmica do componente arbóreo da Floresta Ombrófila Densa Arbórea será possível determinar quais os principais fatores abióticos que determinam o limite de ocorrência das espécies. Desta forma será possível rever a classificação de Veloso et al (1991), adaptando-a para um recorte regional; b) na questão relacionada ao papel de FODA como sumidouro ou fonte de emissão de CO2, teremos uma série temporal de 5 anos contínuos de medição, o suficiente para determinação de tendências valores do balanço líquido; c) na questão relacionada ao tempo de residência do carbono na vegetação e solo teremos uma linha de base estabelecida de forma a médio prazo podermos determinar as tendências e os valores, complementando o item acima; d) na questão relacionada ao impacto da deposição de compostos oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em Caraguatatuba, além da linha de base já poderemos indicar tendências; e) Na questão relacionada ao

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manejo do fruto de Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), integrando nossos dados aos já existentes e/ou que estão sendo gerados por outros projetos na região, estaremos em condições de determinar cotas de coleta de frutos em cada fitofisionomia da FODA. METODOLOGIA 1) Parcelas Permanentes &amp; Florística e Fitossociologia No estudo do componente florístico fitossociológico serão utilizadas as 18 Parcelas Permanentes já instaladas na região, prevendo-se a instalação de xx novas parcelas para inclusão de parcelas nas cotas 1.200 e 1.500 m bem como de parcelas onde a floresta está em regeneração e o histórico de perturbação seja conhecido. A implantação das Parcelas Permanentes, plaqueamento, mapeamento e medição de indivíduos com DAP &#8805; 4,8 cm, segue o protocolo RAINFOR adaptado por Joly et al (2012). 2) Balanço do CO2 A Torre Micrometeorológica de Fluxo, que estuda as interações floresta-atmosfera no que tange a trocas de CO2 e água, foi implantada no Núcleo Santa Virgínia/PESM entre 2007 e 2008, pelo Projeto Temático BIOTA Gradiente Funcional. O sítio experimental está estabelecido na microbacia do Ribeirão Casa de Pedra (RCP), com área de ~2,5 km2, altitude de 900 a 1000 m, definida entre 23º17' a 23º24'S, e 4Sº03' a 45º11' W. 3) Tempo de Residência do

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carbono Medições da dinâmica de madeira em parcelas permanentes serão usadas para estimar o tempo de residência de C no compartimento chamado de Madeira Morta, ou ?coarse wood debris - CWD?. Amostragem de tronco e raízes das árvores serão utilizadas para análise radiocarbônica da celulose. A quantificação da produção anual de raízes finas será feita através de coletores com diâmetro de 14cm e profundidade de 30cm. O conteúdo de radiocarbono na serapilheira, nas raízes mortas e na matéria orgânica do solo será usado para determinar o tempo de residência do carbono nestes compartimentos do ecossistema. Finalmente, o teor de 14C no CO2 respirado da superfície do solo e em incubações será usado para estimar a idade média de carbono respirado do ecossistema. 4? Impactos da deposição de compostos nitrogenados da UTGCA Serão utilizados amostradores passivos para deposição de N via NO2, HNO3, NH4, e mostradores ativos (aerossóis) para NO3- e NH4+. Alterações no solo serão monitoradas com coletas e análises químicas sistemáticas a cada 6 meses. Serão selecionadas espécies arbóreas que ocorram tanto nas proximidades da UTGCA (Núcleo Caraguatatuba) como fora de sua área de influência (Núcleo Picinguaba) para o acompanhamento de

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possíveis alterações no metabolismo do nitrogênio. O Crescimento de indivíduos destas espécies nas duas áreas, controle e sob impacto da UTGCA, será acompanhado com bandas dendrométricas para o monitoramento de possíveis alterações nas taxas de crescimento. Através de equações o incremento no diâmetro poderá ser transformado em carbono, e a comparação entre as áreas permitirá determinar se o incremento de nitrogênio no solo, por deposição dos compostos emitidos pela UTGCA, altera a taxa de fixação de carbono. 5? Manejo sustentável do fruto de Euterpe edulis Mart. (Arecaeae) Atualmente o principal Produto Florestal Não Madeireiro da Floresta Ombrófila Densa Atlântica é o palmito da palmeira juçara (Euterpe edulis Mart.), cuja extração provoca a morte da palmeira e causa sérias alterações ambientais. No entanto, esta palmeira oferece outro recurso econômico de grande valor e de menor impacto ambiental, que é a polpa do fruto, similar em aparência e valor nutricional ao açaí extraído da espécie amazônica, o Euterpe oleracea Mart. O Plano de Manejo do Núcleo Picinguaba do PESM define áreas com possibilidade de usos especiais, denominadas Zonas Histórico-Culturais Antropológicas (ZHCA), devido à presença das comunidades tradicionais. A exploração do fruto de juçara já vem

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461

acontecendo em ZHCA no entorno do Núcleo Picinguaba, em áreas de florestas de terras baixas e submontana desde 2005 e em Zonas de Amortecimento no entorno do Núcleo Santa Virginia. O objetivo deste subprojeto é gerar, através de censos anuais e estudos fenológicos um conjunto de dados sólidos que permitam a determinação de cotas de extração de frutos que contribuam com a renda das populações tradicionais, sem afetar a regeneração e manutenção da população da espécie. (AU)

05/51011-6

Biologia da polinização e reprodução de espécies arbóreas da família Fabaceae, polinizadas por

Mardiore Tanara Pinheiro dos Santos

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Marlies Sazima Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado

Ciências Biológicas

01/09/2005

31/08/2007

Page 462: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

462

abelhas, de Floresta Atlântica no Sudeste do Brasil

07/02947-4

Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação da biomassa arbórea em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, SP

Marcos Augusto da Silva Scaranello

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Plínio Barbosa de Camargo

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas

01/07/2007

31/12/2007

05/59168-1

Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar

Enio Egon Sosinski Junior

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado

Ciências Biológicas

01/04/2006

31/03/2009

09/03667-0

Demografia de queixada (Tayassu pecari) analisada através de DNA fecal no Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, SP

Ana Carolina Dalla Vecchia

Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

Pedro Manoel Galetti Junior

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/08/2009

31/01/2010

06/57010-4

Produtividade primária líquida em diferentes fitofisionomias do Parque Estadual da Serra do Mar, SP

Cristina Aledi Felsemburgh

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Plínio Barbosa de Camargo

Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Biológicas

01/12/2006

31/03/2008

06/59536-3

Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em

Rodrigo Trevisan

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Jorge Marcos de Moraes

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/03/2007

28/02/2009

Page 463: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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uma microbacia com plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de São Paulo

06/50014-4

Dinâmica e estrutura populacional de quatro espécies arbóreas no Núcleo Picinguaba e Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, SP

Carolina Bernucci Virillo

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Flavio Antonio Maës dos Santos

Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Biológicas

01/07/2006

03/02/2010

06/51488-0

Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na microbacia do ribeirão do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

Juliano Daniel Groppo

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Biológicas

01/07/2006

30/06/2010

05/57549-8

Perdas de nitrogênio pela emissão de gases e sua relação com a decomposição da liteira e biomassa de raízes na floresta de Mata Atlântica

Eráclito Rodrigues de Sousa Neto

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/03/2006

29/02/2008

06/54292-9

Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma microbacia de primeira ordem com cobertura de pastagem no

Luiz Felippe Salemi

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/09/2006

31/08/2008

Page 464: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

464

litoral norte do Estado de São Paulo

14/01245-0

Avaliação da influência da exclusão experimental de vertebrados insetívoros na decomposição de folhas de três espécies sob diferentes coberturas do solo no Parque Estadual da Serra do Mar - núcleo santa virgína

Gabriela Garcia Medeiros

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/07/2014

31/03/2016

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

The diversity of the Atlantic Forest is threatened constantly due to habitat loss caused by the destruction and alteration of natural environments . Many studies have shown that specialists mammals and birds ( eg insectivores ) are very sensitive to fragmentation of the environment , tend to disappear in open areas , and in the loss or deletion experiment, of these animals, causing the increase of the density of arthropods and rates of herbivory and causing a top-down effect that will even influences the cycling of nutrients. This project aims to investigate how the decomposition rates are modified by experimental exclusion of insectivorous vertebrates in an area with different soil covers in the Tropical Rainforest. Exclusion vertebrates plots and control plots will be allocated in areas with different soil covers to evaluate how the top-down effect and its possible changes in nutrient cycling occurs .Thus , it is intended to generate knowledge about the reflections caused by forest fragmentation on ecosystem functions such as decomposition, and provide information that may assist in conservation practices and management . (AU)

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09/15175-5

Ciclagem do fósforo em Floresta Ombrófila Densa dos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia -SP

Denise Teresinha Gonçalves Bizuti

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Marisa de Cassia Piccolo

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Agrárias

01/03/2010

28/02/2011

07/04073-1

Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo

Alexandra Sanches

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Mauro Galetti Rodrigues

Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado

Ciências Biológicas

01/05/2008

30/04/2012

Mammal populations, especially of medium and large-sized species, have been suffering significant reductions as a result of hunting, habitat loss and fragmentation induced by human economical development. The disruption of continuous environments, such as fragmentation, highways and agricultural areas, may cause serious consequences in the gene flow of mammalian species. Tapir (Tapirus terrestris) is one of the most aimed large-sized mammals for hunting and has suffered a drastic population reduction even in the continuous forests of the Atlantic rainforest. Two large areas of Atlantic Forest in São Paulo state (Southeast Brazil) probably contain the largest populations of this megaherbivore, Serra do Mar and Serra de Paranapiacaba. This project will investigate tapirs through non-invasive genetic analysis of faecal samples in two corridors: Serra do Mar Corridor (Santa Virgínia, Cunha, Picinguaba, Pedro de Toledo e Caraguatatuba Stations) and Serra de Paranapiacaba Corridor (Parque Estadual do Alto do Ribeira, PE Intervales, PE Carlos Botelho e PE Jacupiranga), besides the areas linking these two

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corridors (PE Jurupará e EE Jureia-Itatins), with the use of microsatellites markers. This study complements part of the Biota project entitled "Trophic cascades in a defaunated landscape: the Atlantic rainforest perspective" and results are intended for helping in the estimates of population minimun number and genetics diversity of these populations, besides mapping the individuals in the areas, verifying the movement pattern and gene flow of this important megaherbivore. Genetic data will be supplemented with landscape data aiming to verify the effects of the landscape structure on the distribution and movement of these animals. This project has already been initiated with the isolation of microsatellites markers. A total of 67,064 pb was sequenced and 18 microsatellites were identified, for 16 was possible the designing of primers. The loci characterization has been iniciated. This genetic investigation may provide valuable information since there is no data concerning the genetic diversity of T. terrestris that have an important function as seed dispersers and are considered vulnerable and suffer a great hunting pressure. Studies on biology, ecology and monitoring of the genetic variability of populations of these organisms are very important, because all scientific information has a

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strategic role not only in the management and conservation of the species, but also in the sustainability of the ecosystem studied. (AU)

00/12405-5

Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta Atlântica do núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP

Renato Matos Marques

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Nivar Gobbi

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas

01/02/2001

31/12/2001

93/03717-8

A sucessão secundária em floresta na encosta Atlântica - SP

Marcelo Tabarelli

Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IB)

Waldir Mantovani

Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Biológicas

01/04/1994

30/09/1997

Page 468: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

468

10/13593-1

O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em uma Floresta Ombrófila Densa situada no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

Sílvia Rafaela Machado Lins

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/03/2011

28/02/2013

The Atlantic Tropical Forest occurred mainly along the Brazilian coast line. Due to large variations in climatic conditions and north-south latitudes this forest is characterized by a high biodiversity. Among the several botanical families present in this biome, the Fabaceae family has a significant ecological role not only due its abundance and wide distribution, but as well as for having an important role in the terrestrial nitrogen cycle. The N input in a reactive form determines the functioning and also influence the structure of an ecosystem. Studies conducted by our group have shown that Atlantic tropical forests located in lower altitudes has a more open nitrogen cycle, while, the same forest located at higher altitude (1000m) has a more closed nitrogen cycle, although their soils are richer than soils at lower altitudes. Interestingly enough, the number of trees of the Fabaceae family is higher at higher altitudes than at lower altitudes. This seems paradoxical because the existence of these trees would indicate a larger input of nitrogen leading to a more open nitrogen cycle. Under this scenario the main objective of this project is to investigate the role of Fabaceaes on the nitrogen and other nutrients cycles in two Atlantic forests, with distinct characteristics of the nitrogen cycle. One with a open nitrogen cycle located a

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at 100m of altitude and another with a closed nitrogen cycle located at 1000 m of altitude. (AU)

10/13592-5

Ciclagem de nutrientes em áreas de pastagem sob regeneração natural no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Santa Virgínia

Juliana Gonçalez Gragnani

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/03/2011

31/05/2011

10/51494-5

Biologia reprodutiva e polinização de espécies de Melastomataceae em duas áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil

Vinicius Lourenço Garcia de Brito

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Marlies Sazima Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Biológicas

01/10/2010

31/07/2014

07/57285-6

Estrutura e funcionamento de um trecho de Floresta Ombrófila Densa Montana com bambus do Núcleo Santa Virgínia/PESM, SP

Maira de Campos Padgurschi

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/03/2008

28/02/2010

Page 470: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

470

11/09241-5

Manejo de frutos de Euterpe edulis Martius e uso múltiplo da Mata Atlântica em Ubatuba e São Luís do Paraitinga (SP) como estratégia de conservação

Saulo Eduardo Xavier Franco de Souza

Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ)

Edson José Vidal da Silva

Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Agrárias

01/10/2011

31/08/2014

Tropical forests satisfy multiple demands on products and services. Some species are crucial to subsistence and market economy of many communities along the Atlantic forests domain, such as juçara palm (Euterpe edulis). This species was decimated through high economic demand of its palm heart and the consequent predatory exploration, which in turn, stimulated the search for a less destructive use of this palm, considered very important for ecological functioning of the forests where it occurs. Recently, sustainable management focused on E. edulis fruits has been promoted in community based initiatives in "Serra do Mar", bringing optimistic perspectives for sustainable multiple use in these areas. The purpose here is to investigate the multiple use management as a catalyst of community "empowerment" and biodiversity conservation. Thus, some questions are to answered: 1) How does the tree community of different managed areas vary and which are the species most valued by local people? 2) How does E. edulis fruit management and multiple use area characterized in the study area? 3) How does E. edulis fruit harvesting affect its population dynamics and individual vital rates? What are the harvesting limits and management strategies recommended? 4) Which are the best techniques to restore populations of this species? 5)

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471

How scientists and local managers could contribute to apply adaptive participative management? For these, areas inside and next to "Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) - Núcleos Picinguaba and Santa Virgínia" will be focused. There live rural producers, "caiçaras" and "quilombola" communities. The sampling of forest survey will be systematic stratified, while interviews with local people and participant observation will allow calculate the use value of each cited species. Multiple use management potential in the study areas will be assessed through ecological sustainability indicators. The impacts of E. edulis fruit management will be assessed by monitoring managed and non managed populations in permanent plots, and by constructing transition matrices to estimate sustainable harvesting limits for the species. Five techniques to restore populations will be tested in the field. Finally, the main complementary aspects between local and scientific knowledge will be identified, as will the main tools to apply the concept of adaptive participative management of E. edulis in the different focal communities. (AU)

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472

10/19951-7

"comparação entre dossel e subosque de uma área de Floresta Ombrófila Densa montanta (Mata Atlântica), Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia, São Paulo, Brasil"

Carolina Biscola Jardim

Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB)

Marco Antonio de Assis

Bolsas no Brasil - Iniciação Científica

Ciências Biológicas

01/03/2011

29/02/2012

Floristic and phytosociological studies are important for recognition of species, patterns of distribution and richness for the tree canopy and understory. Specifically in the State of São Paulo studies considering the lower strata and comparing it with the community of the canopy, are still not sufficient to understand certain patterns of richness and similarity. This study is part of a broader project, "Floristic composition and structure of the Atlantic Rain Forest on State Park of Serra do Mar, Sao Paulo Brazil (FAPESP / Biota 10/50811-7), which aims analyze the floristic composition and structure of this forest. Accordingly, this study aims to survey phytosociological understory component in an area of 0.4 ha in a Tropical Rainforest Montana, situated about 600 m in the Núcleo Santa Virginia State Park of Serra do Mar. For this, all will be sampled tree species that present PAP less than 15 cm (H e 1.5 m PAP <15 cm). In addition, we intend to analyze the results compared with the composition and structure of the upper stratum in the same area sampled. We beleve that there are possible species selectivity of the canopy, reflecting on the community structure of understory and that this component varies in species richness, density and frequency when compared to the upper stratum, contributing significantly to local species diversity. (AU)

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473

10/52705-0

Dinâmica do nitrogênio e carbono em rios da bacia do alto Paraíba do Sul, Estado de São Paulo

Elizabethe de Campos Ravagnani

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Biológicas

01/05/2011

30/09/2014

07/58666-3

Diversidade, composição florística e biologia reprodutiva da comunidade de plantas esfingófilas de Floresta Ombrófila Densa Montana - Mata Atlântica, no sudoeste brasileiro

Felipe Wanderley de Amorim

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Marlies Sazima Bolsas no Brasil - Doutorado

Ciências Biológicas

01/03/2008

31/07/2012

07/57284-0

Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de Mata Atlântica no Nordeste do Estado de São Paulo

Larissa Giorgeti Veiga

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB)

Carlos Alfredo Joly

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/03/2008

28/02/2010

08/50748-3

Distribuição espacial de insetos predadores em riachos da região norte da Serra do Mar, Estado de São Paulo

Gabriel Cestari Vilardi

Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

Susana Trivinho Strixino

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/08/2008

31/01/2010

08/52279-0

Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com cobertura florestal no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

Elizabethe de Campos Ravagnani

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/08/2008

31/03/2010

Page 474: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

474

08/52280-9

Alterações nos fluxos de gases do solo e na ciclagem de carbono e nitrogênio após aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica

Luiz Felipe Borges Martins

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/09/2008

31/08/2010

06/57135-1

Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa nos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar

Jose Ataliba Mantelli Aboin Gomes

Secretaria de Agricultura e Abastecimento (São Paulo - Estado). Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Instituto Agronômico (IAC)

Carlos Alfredo Joly

Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico

Ciências Biológicas

01/10/2006

30/09/2008

06/57790-0

Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil

Daiana Aparecida Correa

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico

Ciências Biológicas

01/10/2006

31/07/2007

06/60183-8

Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil

Simoni Cristiane Grilo

Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA)

Luiz Antonio Martinelli

Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico

Ciências Biológicas

01/12/2006

30/11/2008

Page 475: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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12/25493-7

Políporos (Basidiomycota) do Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, SP, Brasil

Ricardo Matheus Pires

Secretaria do Meio Ambiente (São Paulo - Estado). Instituto de Botânica

Adriana de Mello Gugliotta

Bolsas no Brasil - Mestrado

Ciências Biológicas

01/06/2013

31/05/2015

The term polypore is used to describe fungi whose fertile part of basidiomata, typically located on the surface facing toward ground, characterized by the presence of basidia tubes internally coated by forming a pore himenial surface. The representatives of this group are mostly degrading lignin, presenting the basidiomata leathery woody, often perennial. Its main result of their ecological function as decomposers activity, constituting one of the key links in the cycling of nutrients. Despite the fundamental ecological importance of these fungi, the diversity of the group in Brazil is still poorly known. This situation remains in the state of São Paulo, where there are still large gaps in knowledge, even in the most studied biome yet, the Atlantic Forest. It is also worth mentioning that among the various inventories in the state, none addresses the diversity of the Parque Estadual da Serra do Mar, one of the main areas of preserved Atlantic Forest in the state. In order to contribute to an improvement in this framework, we propose the lifting of the Center Santa políporos Virginia State Park of Serra do Mar. The specimens will be identified by morphological and molecular analysis. For phylogenetic analyzes will be used ITS region, LSU and SSU. The DNA is extracted from the basidiomata fragments and regions of interest are amplified by means of PCR

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reactions. The specimens collected and identified shall be deposited in the Collection of the Herbarium of Fungi Collection Maria P. Eneyda K. Fidalgo (SP) and the sequences obtained shall be deposited in GenBank. (AU)

Modelos de sustentabilidade de caça de subsistência na Serra do Mar, Mata Atlântica

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Centro de Energia Nuclear na Agricultura

Rodrigo de Almeida Nobre

Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em Ecologia Aplicada

2007

Uma das principais dúvidas do pensamento moderno da conservação ambiental é se áreas naturais podem ser conservadas, se for dado direito de exploração dos recursos naturais dessas áreas a grupos de pessoas. Parte da comunidade científica considera negativa, aos propósitos de conservação, a permanência de populações humanas em áreas protegidas. Verifica-se que mesmo modelos de utilização do espaço e dos recursos naturais voltados essencialmente para a subsistência e com pequena demanda comercial, reduzem mais o habitat de várias espécies e apresentam níveis de exploração que podem extinguir populações silvestres. Outra parte da comunidade científica considera que, em regiões tropicais, essa postura restritiva, autoritária e dependente de fiscalização repressiva, não tem sido eficaz. Esta postura discrimina populaçõe tradicionais e as impede de reproduzir seu modo de vida, desenvolvendo

Page 477: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

477

nestas uma postura anticonservacionista, que as leva à práticas predatórias do meio ambiente como meio de garantir sua subsistência e não cair na marginalidade ou na indigência. Diante de tais circunstâncias, o presente estudo objetivou conhecer as condições demográficas atuais das espécies silvestres alvos de caça, das características da atividade de caça praticada e dos possíveis limites sustentáveis da utilização da fauna existente para subsistência na porção norte do Parque Estadual da Serra Mar (PESM), em São Paulo. As amostragens foram realizadas entre os meses de junho de 2002 e julho de 2005. As densidades dos vertebrados cinegéticos foram calculadas utilizando o método de transecções lineares, e estimaram-se os tamanhos populacionais e a produtividade passível de caça sustentável. Compararam-se estes dados aos valores de pressão de caça (monitoramento e questionários) e ao consumo protéico da comunidade local para discussão da sustentabilidade da atividade atual. Os resultados indicaram que vários fatores comprometem a sustentabilidade da atividade de caça de subsistência na Serra do Mar. As densidades das populações humanas são altas e, consequentemente, acarretam níveis de pressão de caça e necessidade de ingestão protéica acima dos valores toleráveis pela

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478

produtividade da comunidade de vertebrados cinegéticos estimados pelo modelo. Com a meta de conservar as espécies ameaçadas pela atividade de caça e, concomitantemente, os recursos utilizados pela população humana local, recomenda-se a intensificação da fiscalização a fim de coibir a atividade de caça, ao menos temporariamente, até que pesquisas futuras possam determinar melhoras nas condições demográficas das espécies silvestres, estabelecendo limites sustentáveis de uso mais elevados, permitindo o estreitamento das relações entre as populações humanas e as Unidades de Conservação, maximizando a eficiência dos propósitos de preservação da diversidade biológica.

Page 479: Sumário...Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global,

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Priority areas for the conservation of Atlantic forest large mammals

a Laboratório de Biologia da Conservação, Departamento de Ecologia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), C.P. 199, 13506-900 Rio Claro, SP, Brazil b Department of Biological Sciences, 371 Serra Mall, Stanford University, Stanford, CA 94305, USA c Pontifícia Universidade Católica (PUC), Belo Horizonte, MG, Brazil d School of Environmental Sciences, University of East Anglia, Norwich, United Kingdom

Mauro Galetti a,b,*, Henrique C. Giacomini a, Rafael S. Bueno a, Christine S.S. Bernardo a, Renato M. Marques a, Ricardo S. Bovendorp a, Carla E. Steffler a, Paulo Rubim a, Sabrina K. Gobbo a, Camila I. Donatti a,b, Rodrigo A. Begotti a, Fernanda Meirelles a, Rodrigo de A. Nobre a, Adriano G. Chiarello c, Carlos A. Peres d

2008

Large mammal faunas in tropical forest landscapes are widely affected by habitat fragmentation and hunting, yet the environmental determinants of their patterns of abundance remain poorly understood at large spatial scales. We analysed population abundance and biomass of 31 species of medium to large-bodied mammal species at 38 Atlantic forest sites (including three islands, 26 forest fragments and six continuous forest sites) as related to forest type, level of hunting pressure and forest fragment size using ANCOVAs. We also derived a novel measure of mammal conservation importance for each site based on a ‘‘Mammalian Conservation Priority index” (MPi) which incorporates information on species richness, population abundance, body size distribution, conservation status, and forest patch area. Mammal abundance was affected by hunting pressure, whereas mammalian biomass of which was largely driven by ungulates, was significantly influenced by both forest type and hunting pressure. The MPi index, when separated into its two main components (i.e. site forest area and species-based conservation index Ci), ordered sites along a gradient of management priorities that balances species-focused and habitatfocused conservation actions. Areas with the highest conservation priority were located in semi-deciduous forest fragments, followed by

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lowland forests. Many of these fragments, which are often embedded within large private landholdings including biofuel and citrus or coffee crops, cattle ranches and pulpwood plantations, could be used not only to comply with environmental legislation, but also enhance the prospects for biodiversity conservation, and reduce edge effects and hunting.

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Functional Extinction of Birds Drives Rapid Evolutionary Changes in Seed Size

1Departamento de Ecologia, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo , Brazil. 2Instituto de Ecología, A. C. Red de Biología Evolutiva, Carretera Antigua a Coatepec 351, Xalapa, Veracruz, 91070, Mexico. 3Instituto de Biodiversidade e Florestas, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, Pará, 68035-110, Brazil. 4Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro, Seropédica, Rio de Janeiro, 23.897-000, Brazil. 5Laboratório de Genética & Biodiversidade, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, 74001-970, Brazil. 6Departamento de Ecologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, 05508-90, Brazil. 7Departamento de Ciências Florestais, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz,” Universidade de São Paulo, Piracicaba, São Paulo, 13418-900, Brazil. 8Integrative Ecology Group, Estación Biológica de Doñana, EBD-CSIC, Sevilla, E-41092, Spain.

Mauro Galetti,1* Roger Guevara,2 Marina C. Côrtes,1 Rodrigo Fadini,3 Sandro Von Matter,4 Abraão B. Leite,1 Fábio Labecca,1 Thiago Ribeiro,1 Carolina S. Carvalho,5 Rosane G. Collevatti,5 Mathias M. Pires,6 Paulo R. Guimarães Jr.,6 Pedro H. Brancalion,7 Milton C. Ribeiro,1 Pedro Jordano8

Local extinctions have cascading effects on ecosystem functions, yet little is known about the potential for the rapid evolutionary change of species in human-modified scenarios. We show that the functional extinction of large-gape seed dispersers in the Brazilian Atlantic forest is associated with the consistent reduction of the seed size of a keystone palm species. Among 22 palm populations, areas deprived of large avian frugivores for several decades present smaller seeds than nondefaunated forests, with negative consequences for palm regeneration. Coalescence and phenotypic selection models indicate that seed size reduction most likely occurred within the past 100 years, associated with human-driven fragmentation. The fast-paced defaunation of large vertebrates is most likely causing unprecedented changes in the evolutionary trajectories and community composition of tropical forests.

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EXTINÇÃO ECOLÓGICA DE GRANDES HERBÍVOROS E DIVERSIDADE DE PLANTAS EM UM GRADIENTE DE DEFAUNAÇÃO NA MATA ATLÂNTICA

Dissertação apresentada ao Instituto de Biociências do Câmpus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Meste em Ciências Biológicas (Zoologia).

GABRIELA SCHMAEDECKE

2013

O impacto humano sobre os ecossistemas tropicais tem um amplo efeito sobre a população dos grandes vertebrados. A ausência dos grandes mamíferos causa uma falta de seus processos fundamentais sobre comunidades de plantas como a herbivoria, o pisoteio, a predação e a dispersão de sementes. A perda de espécies resulta em perda de funções ecológicas o que altera o próprio funcionamento do ecossistema. Essa dissertação está organizada em dois capítulos: Primeiro (Capítulo I: A defaunação seletiva de mamíferos altera sua diversidade funcional em florestas atlânticas contínuas) nós analisamos como mudanças na riqueza e abundância de espécies de mamíferos de médio e grande porte afetam a diversidade funcional em Florestas Atlânticas tropicais brasileiras. Encontramos que, apesar das quatro áreas estudadas fazerem parte do mesmo contínuo de Floresta Atlântica, a riqueza e a abundância de espécies não são similares entre elas, e em uma das quatro áreas encontramos diversidade funcional alterada, o que revela a existência de comunidades de grandes mamíferos distintas nas áreas. Segundo (Capítulo II: Consequências da extinção de herbívoros sobre a diversidade de plantas em um gradiente de defaunação) nós investigamos se a ausência de grandes mamíferos altera a

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riqueza, densidade e beta diversidade de plântulas em florestas tropicais, a Floresta Atlântica Brasileira. Nós concluímos que apesar do fato de as quatro áreas fazerem parte de um mesmo contínuo de Floresta Atlântica, nós encontramos que em áreas com queixada, a presença dos grandes mamíferos herbívoros (parcelas abertas) causou uma tendência tanto no declínio na densidade de plântulas quanto no aumento da beta diversidade, como esperávamos, mas não encontramos um padrão para seu efeito sobre a riqueza de plântulas. Nas áreas sem queixada, a presença dos grandes mamíferos herbívoros (parcelas abertas) não causou mudanças na riqueza e na beta diversidade das plântulas, como esperávamos, mas não encontramos um padrão pra seu efeito sobre a densidade de plântulas. A extinção dos grandes mamíferos pode resultar em consequências preocupantes sobre comunidades de plantas, sendo o queixada, Tayassu pecari, o maior modificador de comunidades de plantas, o que torna a conservação do queixada fundamental para um melhor funcionamento do ecossistema. O conhecimento das consequências da extinção de espécies de mamíferos particulares permitirá um entendimento melhor de cada parte da teia alimentar dos mamíferos tropicais, e por sua vez, um melhor delineamento das estratégias de

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conservação.

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Density and Spatial Distribution of Buffy-tufted-ear Marmosets (Callithrix aurita) in a Continuous Atlantic Forest

Darren Norris & Fabiana Rocha-Mendes & Renato Marques & Rodrigo de Almeida Nobre & Mauro Galetti

The continued degradation of forest habitats and isolation of fragmented populations means that the conservation of endemic marmosets in the Brazilian Atlantic forest depends on human interventions including legal protection. Population monitoring is required to ensure effective management and appropriate allocation of conservation resources; however, deriving estimates of population metrics such as density within heterogeneous environments is challenging.We aimed to quantify the population density and spatial distribution of buffy-tufted-ear marmosets (Callithrix aurita) in the northern region of Serra-do-Mar State Park. We incorporated habitat suitability as quantified by a niche modeling algorithm (MAXENT) to refine density estimates obtained via distance methods. We used 6 environmental predictors to model the distribution of Callithrix aurita and used the resulting MAXENT niche model to identify environmental conditions that represent suitable habitat for this species. We used 877.7 km of line transect surveys and distance methods to derive estimates of 2.19 groups or 7.55 individuals/km2 from direct observations (n=40), providing an overall population estimate of 1892 (95% CI=1155–3068) individuals in 250.7 km2 of Atlantic forest. Our refined density estimate, obtained by

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combining distance methods and a niche model, yielded a result of 1386 individuals. Suitable habitat was not uniformly distributed across the study area and was most strongly associated with altitude and the type of vegetation cover. We provide a review of previous surveys and find this is the largest known population of Callithrix aurita. Our refinement of density estimates provides a simple and informative addition to the primatologist’s toolbox.

How to not inflate population estimates? Spatial density distribution of white-lipped peccaries in a continuous Atlantic forest

1 Laborat ´ orio de Biologia da Conservação, Departamento de Ecologia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rio Claro, SP, Brazil 2 Neotropical Institute: Research and Conservation, Curitiba, PR, Brazil 3 Departamento de Ciências Florestais, Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brazil 4 Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia, São Luiz de Paraitinga, SP, Brazil

D. Norris1, F. Rocha-Mendes1,2, S. Frosini de Barros Ferraz3, J. P. Villani4 & M. Galetti1

In a world with poor biological inventorying and rapid land-use change, predicting the spatial distribution of species is fundamental for the effective management and conservation of threatened taxa. However, on a regional scale, predicting the distribution of rare terrestrial mammals is often unreliable and/or impractical, especially in tropical forests. We apply a recently developed analytic process that integrates density estimation (kernel smoothing), niche-analysis and geostatistics (regression-kriging) to model the occupancy and density distribution of a threatened population of white-lipped peccaries Tayassu pecari in a Brazilian Atlantic forest. Locations (n=45) within a protected area of the Serra-do-Mar state park were obtained from diurnal line transect census (233 km),

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camera-trapping (751 camera-trap days) and surveys (4626 km) conducted by park rangers. Niche modelling (environmental niche-factor analysis and MAXENT) revealed a restricted niche compared with the available habitat as defined by seven environmental variables. From the occupancy model obtained from regression-kriging, we found that 72% of a 170km2 protected area is likely to be used by peccaries. We demonstrate that the distribution of large mammals can be restricted within continuous areas of Atlantic forest and therefore population estimates based on the size of protected areas can be overestimated. Our findings suggest that the generation of realized density distributions should become the norm rather than the exception to enable conservation managers and researchers to extrapolate abundance and density estimates across continuous habitats and protected areas.

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Mamíferos não voadores do Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil

1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Área de Zoologia. Universidade Estadual Paulista (UNESP). http://www.rc.unesp.br/ib/zoologia/posgrad/index.html 2 Laboratório de Biologia da Conservação, Departamento de Ecologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP). Caixa Postal 199, CEP 13506-900 Rio Claro, São Paulo, Brasil. http://web.me.com/galetti/Labic/Welcome.html 3 Instituto Neotropical: Pesquisa e Conservação,CP 19009, CEP 81531-980, Curitiba, PR, Brasil. http://www.institutoneotropical.org 4 autor para correspondência, [email protected]

Fabiana Rocha-Mendes1,2,3,4 Carolina Lima Neves1,2 Rodrigo de Almeida Nobre2 Renato Matos Marques2 Gledson Vigiano Bianconi3 Mauro Galetti1,2

Este estudo apresenta dados de riqueza de espécies de mamíferos não voadores da porção norte do Parque Estadual da Serra do Mar, chamada de núcleo Santa Virgínia (NSV), estado de São Paulo, sudeste do Brasil. A listagem de espécies foi elaborada (período de 2002 a 2009) por meio de ca. 660 km de transecções lineares, 25.512 horas de armadilha fotográfica, 394 armadilhas-de-pegada.dia, registros ocasionais e relatos de moradores da região (entrevistas) para mamíferos de médio e grande porte, e 7.440 armadilhas.noite para pequenos mamíferos. Foram registradas 58 espécies de 81-100 de possível ocorrência dada suas potenciais distribuições. Dezoito espécies fazem parte da lista nacional da fauna ameaçada de extinção e 27 da lista estadual. A elevada riqueza de mamíferos não voadores com suas espécies ameaçadas, indica a importância do NSV para conservação da mastofauna regional.

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Caracterização do perfil e da qualidade da experiência do praticante de rafting no Parque Estadual Serra do Mar − Núcleo Santa Virgínia

1Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPG-CA) Universidade de Taubaté, Taubaté, SP, Brasil 2Instituto Florestal, (IF) Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil *Autor correspondente: e-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Ana Paula Pereira1; Maria Dolores Alves Cocco1*; Flávio José Nery Conde Malta1; Maria de Jesus Robim2

O presente estudo visa subsidiar ações voltadas à implementação do rafting no Parque Estadual Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia (PESM-NSV). Teve como principal objetivo conhecer o perfil e o nível de satisfação dos praticantes de rafting no Núcleo Santa Virgínia. Para a coleta de dados foram utilizados questionários com perguntas fechadas e abertas, para identificação do perfil socioeconômico dos visitantes, informações sobre a viagem, motivações, preferências e nível de satisfação em relação às atividades desenvolvidas, bem como percepções sobre a experiência e mínimo impacto. Os dados foram analisados e tabulados e, posteriormente, realizou-se a análise de correspondência, para verificar a relação entre as variáveis ‘satisfação’ e ‘idade’, utilizando o aplicativo estatístico MINITAB. Dos 47 entrevistados, a maioria era do sexo masculino (66%), sendo 55,5% da faixa etária compreendida entre 19 e 30 anos, e 49% dos participantes do estudo possuíam nível superior completo. Em geral, os entrevistados apresentaram-se satisfeitos. Entretanto, ressaltaram alguns aspectos da gestão do rafting que poderiam ser melhorados, tais como diminuição de custos para realizar a atividade, e divulgação e melhoria da infraestrutura, principalmente, na área de desembarque no final do percurso. Conclui-se que os

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praticantes do rafting apresentam um perfil elitizado, com alta escolaridade, e demanda por serviços e produtos de qualidade.

Efeitos da defaunação na herbivoria, pisoteio de plântulas, remoção e predação de sementes na Floresta Atlântica

Tese apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Ciências Biológicas – Zoologia

Fabiana Rocha Mendes

2010

Existe um gradiente de cenários cuja composição, abundância e biomassa de animais podem estar praticamente intactas ou encontrar-se em seu maior grau de comprometimento (“síndrome de floresta vazia”). Em diversos níveis de defaunação, processos ecológicos podem ser interrompidos pela falta de interações, modificando a dinâmica do ambiente. Visto que a Floresta Atlântica ainda possui razoáveis extensões e diferentes situações no que diz respeito à composição mastofaunística, ela é um cenário interessante para o estudo da defaunação e suas implicações. Assim, o presente estudo caracterizou a comunidade de mamíferos em duas áreas geograficamente próximas desse bioma e avaliou os efeitos da defaunação sobre parâmetros e processos de estruturação de comunidades vegetais. Os resultados indicaram uma mastofauna semelhante em

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riqueza, mas com discrepância na abundância e biomassa das espécies. Diferenças nas abundâncias de alguns táxons, com destaque para o queixada (Tayassu pecari), tiveram efeitos significativos sobre a diversidade, biomassa e pisoteio de plântulas. A intensidade de pisoteio apresentou relação negativa com a defaunação, enquanto que a biomassa e a diversidade de plântulas foram maiores na área com menor biomassa animal. Embora tenha sido detectada a ação do queixada em aspectos da dinâmica populacional do palmito (Euterpe edulis), dentro do espaço e tempo amostral, não foram percebidas consequências drásticas em relação à abundância desse ungulado sobre as comunidades dessa palmeira. De maneira semelhante, a dispersão de sementes de indai-açu (Attalea dubia) não parece ser diretamente afetada pela abundância de mamíferos herbívoros, visto que o seu principal agente dispersor, o serelepe (Sciurus aestuans), não demonstra sofrer com a pressão de caça no bioma. Mesmo em pequena escala temporal (dois anos de avaliação), percebe-se o efeito da defaunação em parâmetros da vegetação. O conjunto de dados apresentados confirma a existência de estreita relação entre os mamíferos e os diversos aspectos da comunidade vegetal, contribuindo para o

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conhecimento dos efeitos da perda de espécie animais sobre a dinâmica da Floresta Atlântica.

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