sumÁrio editorial · boletim informativo da rede de arquivos do algarve 6 6 mos a transcrição e...

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SUMÁRIO

Editorial

III Encontro de

Arquivos do Algarve

(Balanço)

Notícias:

Arquivo Municipal de Albufei-

ra:

“Famílias da Terra”

Arquivo Municipal de Faro:

"Mostra Documental: Porque

se comemora o nosso Feriado

Municipal no dia 07 de

Setembro?”

Arquivo Municipal de Loulé:

"Escavações no Sitio Romano

do Espargal, Benafim”

Arquivo Municipal de Vila Real

de Santo António:

“Atividades Culturais”

___________________

Encontro Internacional

de Arquivos

· Programa

EDITORIAL

Nº 5/2013 (SETEMBRO - DEZEMBRO)

Boletim Informativo da Rede de Arquivos do Algarve

http://raalg.wikidot.com / [email protected]

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III Encontro de Arquivos do Algarve

“Gestão Documental: Classificação”

(Balanço)

O III Encontro de Arquivos do Algarve “Gestão Documental: Classi-

ficação” decorreu no Auditório Municipal de Olhão nos dias 31 de maio e 1

de junho de 2013, tendo por organizadores a Câmara Municipal de Olhão,

a Rede de Arquivos do Algarve (RAalg) e o Arquivo Distrital de Faro, tam-

bém participou como entidade parceira a Delegação Regional do Sul da

Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalista

(BAD).

No Encontro estiveram presentes mais de 140 participantes, maiori-

tariamente de instituições algarvias.

Na sessão de abertura tomaram a palavra, entre outras entidades, o

Presidente da Câmara Municipal de Olhão, Eng. º Francisco Leal, entidade

que recebeu e patrocinou o III Encontro na cidade de Olhão, e o Subdiretor

da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), Dr. Sil-

vestre Lacerda, que muito valorou o Encontro.

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O tema do III Encontro de Arquivos do

Algarve foi a “Classificação” que tinha como enfo-

que principal o esclarecimento e a discussão da

Macroestrutura Funcional (MEF), por isso foi deci-

dido convidar o Professor Dr. Carlos Guardado da

Silva, arquivista da Câmara Municipal de Torres

Vedras e professor do Curso de Mestrado em

Ciências da Documentação e da Informação da

Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa,

membro destacado do Grupo de Trabalho MEF/

Autarquias, que apresentou a comunicação “Para

um novo paradigma na gestão da informação

arquivística da Administração Local: o Plano de

Classificação” e também expôs no Workshop: “A

Macroestrutura Funcional (MEF) e a sua aplicação

na Administração Local”, toda uma experiência de

teorização e de aplicação prática que ajudou os

participantes do evento a compreender melhor o

MEF e a sua importância para a interoperabilidade

na administração pública. Para além de outros

aspetos foi evidenciado que a Macroestrura Fun-

cional, especialmente na identificação de proces-

sos de negócio, procura seguir os seguintes prin-

cípios:

• Interoperabilidade (existência de comunicação

entre sistemas);

• Transversalidade (existência de relações de reci-

procidade entre sistemas);

• Granularidade (extensão da subdivisão de um

processo de negócio em partes mais pequenas);

• Completude (apresentação do processo de

negócio de modo completo);

• Exogeneidade (existência de cadeias de valor

suprainstitucionais ou exosistémicas);

• Respeito pela Função (dependência hierárquica

do processo de negócio às classes de 1.º e 2.º

níveis).

Também participou o Coordenador do Progra-

ma “Administração Eletrónica e Interoperabilidade

Semântica”, Dr. Pedro Penteado, Diretor de Servi-

ços de Arquivística e Normalização da DGLAB, que

apresentou na comunicação “Políticas e programas

para a informação pública: o desafio da interopera-

bilidade” os princípios orientadores da Direção

Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas

(DGLAB) para a interoperabilidade, onde se integra

a MEF.

Sobre o tema MEF também os Drs. Nuno

Marques, arquivista da Câmara Municipal de Vila

do Bispo, Tiago Barão, arquivista da Câmara Muni-

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sistemas de classificação da Câmara desde 1963

até à atualidade e sua explanação.

• Dr. João Sabóia, arquivista e responsável do

Arquivo Distrital de Faro, dissertou sobre “O Arqui-

vo da Escola do Magistério Primário de Faro: uma

proposta de classificação”, que constituiu numa

reflexão sobre a organização do arquivo do Magis-

tério e a apresentação de uma proposta de classifi-

cação, tendo por base a publicação: “SABÓIA, João

– As escolas de formação de professores no Algar-

ve. In Pintassilgo, Joaquim (coord.) – Escolas de

formação de professores em Portugal: história,

arquivo, memória. Lisboa: Edições Colibri, 2012,

pp. 249-286.”.

• Dr. Nelson Vaquinhas, arquivista da Câmara

Municipal de Loulé, apresentou: “A gestão da infor-

mação nas habilitações do Santo Ofício e das

Ordens Militares”, trabalho desenvolvido no âmbito

do doutoramento do autor e que tem por objetivos:

Conhecer os sistemas de informação que sustenta-

ram as atividades inerentes aos processos de habi-

litação no século XVIII; Analisar os procedimentos

administrativos e tipologias documentais; Apurar de

que forma era partilhada o capital informacional

entre sistemas; Analisar como era controlada a

cipal de Faro, e a Dr.ª Helena Vinagre arquivista da

Câmara Municipal de Olhão, membros da RAalg,

apresentaram a comunicação “Macroestrutura Fun-

cional: Abordagem Prática ao Sistema de Gestão

Documental da AIRC” que se debruçou sobre o

projeto Macroestrutura Funcional na Administração

Local ao nível da implementação nos Sistemas Ele-

trónicos de Gestão de Arquivos e Sistemas de

Informação Eletrónicos das Entidades.

Outras comunicações igualmente se debruça-

ram sobre os sistemas de classificação tais como

as efetuadas pelos membros da RAalg:

• Dr.ªs Luísa Pereira e Vera Gonçalves, arquivistas

da Câmara Municipal de Silves, expuseram:

“Classificações: o trabalho desenvolvido pelo Arqui-

vo Municipal de Silves”, que para além da descri-

ção da evolução cronológica dos sistemas de clas-

sificação na autarquia, também expuseram a orga-

nização de outros arquivos tais como o da Paróquia

de Nossa Senhora da Conceição de Silves e o pes-

soal do Dr. Garcia Domingos.

• Dr.ª Isabel Salvado e Dr. António Monteiro,

arquivistas da Câmara Municipal de Tavira, apre-

sentaram: “Análise à Classificação da Câmara

Municipal de Tavira”, que desenvolve a história dos

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informação tida como sigilosa.

Outras interessantes comunicações estiveram

presentes no III Encontro, proferidas por membros

da RAalg:

• Dra. Vanda Germano, arquivista da Câmara Muni-

cipal de Portimão, desenvolveu: “O Fundo docu-

mental da Administração de Concelho: case study

de Portimão”, que fez parte da sua tese de mestra-

do e que numa perspetiva histórica e arquivística

trata das acções desenvolvida pelos magistrados da

Administração do Concelho de Portimão, anos de

1835 a 1936.

• Dra. Marisa Caixas, arquivista do Hospital de

Faro EPE, expôs: “Produção Documental no Sanató-

rio Carlos Vasconcelos Porto: os registos clínicos”,

baseado num estudo realizado pela autora sobre o

primeiro Sanatório para Ferroviários construído em

S. Brás de Alportel, Algarve, inaugurado a 8 Setem-

bro de 1918, esta análise teve como objetivos:

Contextualização do Sanatório Carlos de Vasconce-

los Porto; Caracterização do Fundo documental e da

série documental em análise – processos clínicos;

Estudo da constituição interna do processo clínico e

sua leitura à luz da arquivística.

Igualmente assistimos às comunicações do

Engº Davide Rosa e do Técnico de Informática

David Lopes, funcionários da Câmara Municipal de

Olhão, “O Município de Olhão na Era Digital”, e da

Dra. Andreia Fidalgo, Universidade do Algarve, “O

Fundo Documental Francisco Fernandes Lopes do

Arquivo Histórico Municipal de Olhão: a visão de

uma investigadora”.

Também participou ativamente no III Encon-

tro o Professor Dr. André Porto Ancona Lopez,

docente da Universidade de Brasília, Faculdade de

Ciência da Informação, Brasil, que apresentou a

comunicação: “DigifotoWeb: programa piloto para

construção de repositório digital de materiais foto-

gráficos de arquivo”, projeto coordenado por ele e

que tem como objetivo principal “a elaboração de

uma proposta capaz de articular as especificidades

do documento fotográfico com os princípios arqui-

vísticos, apresentando, na forma de um aplicativo

piloto, um repositório on-line de fotografias que

concilie as proposições da norma internacional

com os fundamentais dados contextuais exigidos

pelos tradicionais instrumentos arquivísticos de

pesquisa.” (Resumo Proposta - http://

digifotoweb.blogspot.pt/p/o-projeto_31.html).

Pelas 13 horas do dia 1 de junho de 2013 o

Vice-presidente da Câmara Municipal de Olhão, Dr.

António Pina, dava por encerrado o III Encontro de

Arquivos do Algarve, que unanimemente foi consi-

derado um êxito, tanto pela qualidade das inter-

venções, como pela oportunidade do tema propos-

to.

http://digifotoweb.blogspot.pt/p/o-projeto_31.html

http://digifotoweb.blogspot.pt/p/o-projeto_31.html

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No Programa do Encontro mantivemos a

comunicação “Arquivos e Memória” do Professor

Dr. António Rosa Mendes, Universidade do Algar-

ve, apesar de sabermos da sua doença, com a

esperança que pudesse recuperar e dar-nos o pra-

zer da sua presença e da sua sempre incitadora

palavra. Infelizmente no dia 4 de junho de 2013

recebemos a triste notícia do seu falecimento. Os

arquivistas perderam um amigo, alguém que com-

preendia, como poucos, a importância do nosso

trabalho em prol do património arquivístico, o

esforço, incompreendido muitas vezes, para orga-

nizar, salvaguardar e difundir os documentos de

arquivo, alicerces onde se fundamentam as

memórias do Algarve e das suas gentes.

Pela Rede de Arquivos do Algarve

João Sabóia


Arquivo Municipal de Albufeira

No dia 14 de Setembro, pelas 17 horas, no Centro

Paroquial de Paderne, a aldeia histórica de Pader-

ne foi palco de um evento subordinado às famílias

da terra.

Esta sessão teve como propósito apresentar o pro-

jeto de Genealogia do Algarve, da autoria de Nuno

Inácio, e que é uma oferta do Município, através

do Arquivo Histórico, à população. Neste sentido

será apresentado o levantamento dos registos

paroquiais da freguesia de Paderne, ou seja, todos

aqueles que nasceram, casaram ou faleceram,

desde 1592 a 1908. Tem ainda como intuito a

divulgação do projeto e os meios de acesso à pla-

taforma eletrónica.

Foram ainda apresentados os projetos InventArte

e Arquivos em movimento. Ambos os projetos são

uma parceria entre o serviço de Arquivo Histórico,

o serviço de Conservação e Restauro e o gabinete

de relações públicas do Município de Albufeira.

O projeto InventArte tem como missão a proteção

e salvaguarda do património cultural, móvel, imó-

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mos a transcrição e por último o Tombo dos foros

e bens do concelho, dos prédios urbanos e rústicos

de 1794 a 1796, onde se encontra o mais antigo

brazão da cidade que conhecemos.

A Carta Régia de 07 de Setembro de 1540.

Encontra-se na Torre do Tombo e é o documento

que serviu para o rei D. João III elevar a “Villa de

Faram” a cidade. Quando D. Manuel I, durante a

sua reforma administrativa e tributária do país,

concedeu o Foral a Faro, em 1504. Representa

uma prova da importância que Faro tinha nessa

época, uma vez que apenas dez Forais Manuelinos

foram concedidos no Algarve. No entanto seria o

seu filho D. João III a conceder o privilégio de ele-

var Faro a cidade.

(O Foral Manuelino de Faro, que só recentemente

foi localizado no Museu Nacional Machado de Cas-

tro em Coimbra, ainda não foi transcrito e estuda-

do, pelo que não podemos confirmar esta e outras

informações que certamente ajudariam a enrique-

cer a História do nosso concelho.)

Carta Régia de D. João III



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vel e documental detido por instituições

rel igiosas e inst i tuições de d i rei to

privado, do concelho de Albufei ra.

O projeto "Arquivos em Movimento" tem como

missão a criação de um fundo documental consti-

tuído por testemunhos orais, da população de

Albufeira, sobre os mais diversos aspetos, social,

cultural, político e económico do Município. É par-

te constituinte, deste projeto, a coleção de foto-

grafias antigas do Arquivo, recolhidas com a cola-

boração da população. Num total de 600 fotogra-

fias, já recolhidas e digitalizadas, têm grande rele-

vo as fotografias de família.

No final do evento houve um momento musical,

com Francisco Sabóia, no acordeão, e que teve

como pano de fundo a mostra de fotografias anti-

gas recolhidas em Paderne.

Sónia Negrão

Arquivo Municipal de Faro

Mostra Documental

Porque se comemora o nosso Feriado Municipal no

dia 07 de Setembro?

No âmbito das comemorações do feriado munici-

pal e dos 473 anos da elevação de Faro a cidade,

realiza-se na Biblioteca Municipal de Faro, entre o

dia 06 e 22 de setembro uma mostra documental

onde se expõem três documentos que marcaram

de alguma forma a História do nosso concelho.

Os documentos expostos são a digitalização e

transcrição da Carta Régia de 1540, concedida

pelo rei D. João III, onde é confirmada a elevação

da antiga “Villa de Faram” a cidade; o Livro de

Registo de Leis, Alvarás, Provisões, Cartas e

outros diplomas de 1645 a 1710, onde se encon-

tra o treslado do registo da Carta Régia concedida

pelo rei D. João III, da qual também apresenta-


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Transcrição da Carta Régia de D. João III,

que eleva a vila de Faro a cidade.

“Carta per que há villa de farão he feita cidade:

Dom Joham et cetera. A quamtos esta minha Car-

ta virem faço saber que guardando eu os muitos

serviços dos fidalgos, cavaleiros, escudeiros e

povo da villa de Faram tem feitos aos Reis destes

Reynos meus antecessores e a mym com muito

guasto e despesa de duas fazemdas e vemdo a

gramdeza da dita villa e como sua povoação e

nobreza louvores a Nosso Senhor vay em gramde

crecimento e como he muito povoada de fidalgos e

cavaleiros e gemte de merecimento e que sempre

estão aparelhados [pera] me servir pelas quais

rezões he bem que lhe seja feito acre- cemtamen-

to e homra com que comsygua aquele louvor e

memorya que merece por estes respeitos e pela

boa vomtade que tenho aos fidalgos, cavaleiros,

moradores e povoadores della per esta presemte

carta me praz fazer e de [facto] faço a dita villa

Cidade. E quero e mamdo que daqui em diamte se

chame Cidade e como tal [graça] de todas as

homras, graças, merces, prevylegios, liberdades e

framquezas que são dadas e outorgadas pelos

Reys meus amtecesores e per mym as cidades de

meus Reinos dos quaes em todo he minha merce

que huse e goze inteiramente sem mimgoamemto

algum. Porem lhe mamdey dele das esta minha

carta assunada per mum e aselada e com ho meu

selo de chumbo pera terem por memorya da hom-

ra e merce que nito lhe faço por seus serviços e

merecimentos.

Dada 14 em cidade de Lixboa a sete dias de

Setembro. Pero Fermamdes a fez. Ano de naci-

mento de Nosso Senhor Jesu Cristo de mil e qui-

nhemtos e quaremta. E os prevylegios seram

aqueles que por mym lhe forem dados posto que

acima diga que use de todos os prevylegios que

são dados as cidades de meos Reynos. [El Rey]

Nam faça duvyda no riscado que dizia, e aselada /

por verdade /”



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O Livro de Registo de Leis, Alvarás, Provi-

sões, Cartas e outros diplomas de 1645 a

1710.

Documento onde eram registados todos os dispo-

sitivos legais utilizados na administração do con-

celho. Neste livro podemos encontrar cópia do

registo da Carta Régia que foi concedida pelo Rei

D. João III aquando da sua visita à cidade no dia

07 de dezembro de 1589.

O Tombo dos foros e bens do concelho, dos

prédios urbanos e rústicos de 1794 a 1796.

Este documento servia para registar os nomes dos

proprietários e os limites das propriedades rústi-

cas e urbanas. Neste documento existe uma ima-

gem do brazão mais antigo que se conhece de

Faro.

Brazão mais antigo que se conhece de Faro

Estes são documentos que ajudam a conhecer um

pouco mais da nossa História e justificam o moti-

vo pelo qual se comemora o feriado municipal da

nossa cidade no dia 07 de setembro.


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fes anno de nacimento de nosso Senhor Jesu

Cristo de mil e quinhentos e quarenta E os pri-

vilégios de todos os previlegios que sam dados

as cidades de meus Reynos El Rey Carta porque

Vossa Alteza faz Cidade a villa de faram a qual

Carta Eu Jacome de faria Escrivão da Camara

desta Cidade de faro por sua Magestade fis

Escrever e subescrever (folha cortada) aqui

dapropria que torney ao Cartorio da dita Cama-

ra aquém Reporto e consertey com a dita Pro-

pria por mi E com o dito Pedro Godinho da

Camara Juis de fora nesta cidade por sua

Magesta de que assinou aqui comigo Em faro a

sete de Dezembro de mil E quinhentos outenta

E nove anos Jacome de faria

Eu francisco de Mendonça pesanha o fis trasla-

dar francisco Mendonça pesanha e comigo taba-

lião Francisco Teyxeira Consertado com migo

escrivão da Camara francisco de Mendonça

pesanha”

Tiago Barão

Arquivo Municipal de Loulé

Escavações no Sitio Romano do Espargal,

Benafim

O Arquivo Municipal de Loulé recebeu no dia 14 de

setembro a Conferência “Assentamentos Rurais

Romanos no Barrocal: os primeiros trabalhos no

sítio romano do Espargal/Benafim”, apresentada

por Dennis Graen, Henning Wabersich e Mareike

Rind, da Universidade de Jena (Alemanha).

O projeto “Assentamentos rurais no sul da Lusitâ-

nia do período Romano à Alta Idade Média”, numa

parceria com os Municípios de Loulé e Silves, tem

realizado trabalhos de investigação em locais do

Barrocal Algarvio com vista a complementar o

conhecimento sobre o Algarve Romano, até agora

mais focado na ocupação do litoral do território.



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Transcrição Cópia do registo da Carta Régia

que foi concedida pelo Rei D. João III aquan-

do da sua visita à cidade no dia 07 de dezem-

bro de 1589.

“ Titalo de como se faz Avilla de faro Cidade

Dom João Por graça de Deus Rey de Por-

tugal E dos Algarves daquém Edalem mar em

africa Senhor da guine E da Conquista Navega-

ção E Comercio da ithiopia Arabia Persia Edain-

dia etc. a quantos Esta Minha Carta virem faço

saber que guardando Eu os muitos serviços que

os fidalgos Cavaleiros E Escudeiros E povo da

villa de faram tem feito aos reis destes Reynos

Meus antecessores E assi como muito gasto e

despeza de suas fazendas Evendo a grandeza

da dita villa Em como Sua povoação Enobreza

(Louvores anosso Senhor) Vay Em grande cres-

cimento E como hemuito povoada de muitos

fidalgos Cavaleiros Egente de merecimento

Equesempre Estam aparelhados pera meservir

pellas quais Rezois he bem que lhe seia feito

acresentamento de honrra com que se consiga

aquelle Louvor Em memoria que merece Epor

estes Respeitos E pella boa Vontade que tenho

aos fidalgos Cavaleiros moradores E povoado-

res della por Esta presente Carta Mepras fazer

E de feito faço a dita villa Cidade Equero Eman-

do que daqui em diante se chame Cidade E

como tal graça de todas as honrras e gracas

merses previlegios graças liberdades E franque-

zas quesão dadas Estoryadas pelos Reis meus

antecessores E pormim as Cidades demeus

Reynos dos quais em todo heminha mersey que

uze E goze inteira mente sem impedimento

Algum porem lhe mandey delle dar esta Minha

Carta assinada por mim Eselada com omeusello

de chumbo pera aterem por memoria da homr-

ra Emersey quenisto lhe faço por seus Servis-

sos e merecimentos dada Em a Cidade de Lis-

boa a sete dias desetembro pero fernandes a


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• Novembro – 15 – 18h00 Comemoração do 140º

aniversário de Lutgarda Guimarães de Caires –

aula Aberta –“ As vozes de Lutgarda”, por Sara

Gomes Brito;

- 21 Nov a 11 de Dezembro – Exposição de

miniaturas dos andores dos Passos da Semana

Santa - enquadrada na programação cultural da

Eurocidade Ayamonte / Vila Real de Santo Antó-

nio, em colaboração com o Archivo de Ayamonte –

“Património Religioso de Ayamonte”.

Foral de Cacela

O Arquivo Municipal dispõe de um novo espaço na

newsletter da Câmara Municipal – pretende divul-

gar o trabalho desenvolvido por este serviço apro-

ximando-o um pouco mais do público, dando a

conhecer a história local através da documentação

sobre o Concelho, com destaque para os docu-

mentos existentes neste Arquivo Municipal.

Para saber mais visite - http://www.cm-vrsa.pt

Madalena Guerreiro



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Escavações-Sítio-romano-Espargal-Benafim

Nelson Vaquinhas

Arquivo Municipal de Vila Real de Santo

António

Atividades Culturais

• Setembro - 3 a 30 exposição de pintura

«Sotavento Luz e Poesia», de Emanuel Almeida;

• Outubro – 1 – 18h00 Comemorações do Dia

Internacional da Música – aula aberta – “A Música

no Século De Arenilha” por Fernando Pessanha,

acompanhada de exposição documental;

- 7 a 31 exposição de pintura “Mulher Sem Títu-

lo” de Milita Doré;

- 7 – Palestra “Mulher Sem Título” por Filomena

Rosa, seguida de workshop – 17h00;


http://www.cm-vrsa.pt

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Encontro Internacional de Arquivos

Grande Auditório

Campus de Gambelas, Universidade do Algarve

4 e 5 Outubro de 2013

O Encontro Internacio-

nal de Arquivos,

subordinado ao título

Instituições, Arquivos

e Sistemas de Infor-

mação na Era pós-

custodial, apresenta-se como a concretização de

um projecto que visa reunir especialistas da área

da Informação num espaço que se quer de refle-

xão e debate.

Pretende estimular-se a partilha de práticas e

experiências face aos novos desafios que se

impõem aos profissionais, bem como reconhecer

as recentes áreas de interesse no campo da inves-

tigação. O papel do arquivista, enquanto gestor,

tem vindo a afirmar-se nas políticas estratégicas

das organizações, na estruturação dos sistemas

de informação e nos constantes desafios da sua

profissão. A produção de conhecimento, em con-

texto técnico e académico, tem-se debruçado

sobre o novo perfil e as novas formas de actuação

do profissional da informação. Consequência desta

mudança de paradigma surge um novo olhar

sobre o funcionamento das instituições, dos siste-

mas de arquivo e da informação.

Comissão Organizadora

Nelson Vaquinhas | Arquivo Municipal de Loulé |

CIDEHUS/UÉ

Marisa Caixas | Serviço de Gestão Documental -

Hospital de Faro, EPE

Helena Vinagre | Arquivo Municipal de Olhão

Comissão Científica

Alexandra Lourenço | Direcção-Geral do Livro, dos

Arquivos e das Bibliotecas

Alexandra Mariano | Universidade do Algarve

Armando Malheiro da Silva | Universidade do Por-

to


Fernanda Gonçalves | Hospital de São João, EPE

Fernanda Olival | Universidade de Évora

Manuela Pinto | Universidade do Porto

Maria João Pires de Lima | Arquivo Distrital do Porto

Inscrições online em: http://

eiarquivos2013.weebly.com

Ou com o seu smartphone através

do QR Code

Participação gratuita, sujeita a ins-

crição

Programa 04 de Outubro

10h30 | Recepção 11h00 | Sessão de Abertura 11h30 | Painel 1

Moderador: João Sabóia Por uma política nacional para os arquivos: encruzi-lhadas e desafios! Silvestre Lacerda Dinâmicas de sustentabilidade organizacional atra-

vés do mapeamento de valores: uma abordagem

estratégica

Leonor Pinto, Paula Ochôa

Estratégia de Informação em Saúde: Do Arquivo

Clínico à Gestão da Informação

Fernanda Gonçalves

O desafio da salvaguarda dos arquivos dos Gover-

nos Civis

Cidália Ferreira

12h30 | Debate

12h45 | Almoço livre

14h15 | Painel 2

Moderador: Vanda Germano

Cooperação Portuguesa: Projecto de constituição

do Arquivo Histórico da Região do Príncipe

Joaquim Machado

http://eiarquivos2013.weebly.com

http://eiarquivos2013.weebly.com

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O Projeto Memórias de África e do Oriente como

suporte de investigação

Lurdes Tavares Gonçalves

Promover a formação de recursos humanos na

área de arquivo em Angola

Anabela Ribeiro

15h00 | Debate

15h15 | Painel 3

Moderador: Madalena Guerreiro

The document, the book and the Fonds: Archives

management in the Paul Kahle Fonds - University

of Turin

Maria Luisa Russo

Os hypomnemata e a memória material: as agen-

das pessoais de Joaquim Paço d’Arcos

Helder Machado

Responsabilidade social nos arquivos da mobilida-

de e dos transportes: práticas institucionais de

externalização cultural

Margarida Luís, Miguel Lobato

16h00 | Debate

16h15 | Coffee break

16h45 | Painel 4

Moderador: António Monteiro

Os Arquivos ao serviço da Reabilitação Urbana

Isabel Valverde, Sónia Negrão

Os Arquivos Audiovisuais em Portugal: Um Diag-

nóstico

Adérito Pinho, Andreia de Almeida, Hilário Lopes, Hugo

Correia, Pedro Santos

Panorama dos Arquivos Audiovisuais em Portugal

Nuno Epifânio

Estudo exploratório da folksonomia em acervos

fotográficos disponibilizados na web

Alessandra Araújo, André Ancona Lopez

17h45 | Debate

18h00 | Painel 5

Moderador: Rui Luz Cardoso

Reorganizar o Arquivo da Sé de Évora: desafios de

um projecto de intervenção arquivística

Fátima Farrica

The historical-institutional method applied to the

municipal archives of Lucca

Beatrice Romiti

O Ficheiro Nacional de Autoridades Arquivísticas

aplicado às entidades tutelares da Agricultura

(1932-2012)

Ana Margarida Rodrigues

The "illustrated inventory" of the Archivio di Stato

in Lucca: an example for the present and the future

Laura Giambastiani

19h00 | Debate

05 de Outubro 09h30 | Painel 6

Moderador: Tiago Barão Uma Genealogia da Lei de Acesso à Informação no

Brasil Arlene Costa A autenticidade da informação na produção de pro-

va testemunhal no inquérito parlamentar Tarciso de Carvalho, André Ancona Lopez Archivos y transparencia de los poderes públicos en España Francisco Fernández Cuesta

Cenário do acesso à informação sobre teatro em

Brasília Elizângela Carrijo

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Ficha Técnica

Título: Boletim da RAalg | Produção Editorial: António Monteiro ([email protected]) / João Sabóia ([email protected])

Design gráfico: Ana Viegas / Propriedade: Rede de Arquivos do Algarve (RAalg)| ISSN 2182-6161 12


Implicações da visão sistémica no tratamento dos sistemas de informação (s.i) arquivo: o caso da Universidade de Coimbra Maria Beatriz Marques, Liliana Gomes, Júlio Ramos

10h45 | Debate

11h00 | Coffee break 11h30 | Painel 7 Moderador: Alexandra Fonseca

O hoje e o "amanhã" das Políticas de Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Brasileiro Vitor Corrêa A metainformação para a acessibilidade e preser-

vação no CHSJ

Joana Teixeira Gomes, Fernanda Gonçalves, Gabriel David Gestão de Informação digital: Optimização de recursos em processos de digitalização Miguel Pacheco

Entornos digitales: guarda y migración de sopor-tes, un problema en el arte contemporáneo. Inquietudes compartidas entre archivistas, insti-tuciones culturales y artistas Julieta Sepich

Onde pára o documento? João Penha-Lopes 12h45 | Debate 13h00 | Almoço livre

14h30 | Painel 8 Moderador: Irene Catarino Sistema de descrição arquivística em contexto

empresarial hospitalar José Pedro Maçorano, Gabriel David, Fernanda Gonçal-

ves A informação arquivística na era da globalização: um estudo de caso no arquivo do Núcleo de Arte Contemporânea da Universidade Federal da Paraí-ba Danielle de Oliveira, Danielle de Lucena

"Arquivos Digitais com Semântica" uma ideia com 20 anos

José Carlos Ramalho, Luís Ferros

Interdisciplinariedade na organização de acervos – estudo de caso do Núcleo de Estudo, Cultura, Orali-dade, Imagem e Memória - NECOIM Cleuter do Nascimento, Luciene Carrijo

Panorama histórico dos Arquivos Públicos no Brasil

retratados pela imprensa entre 1970-2013 Lucas Tavares 15h45 | Debate

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