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Glória Santos Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo ÍNDICE 1. Introdução 2. Estrutura da película de microfilme 3. Controlo de qualidade de microfilmes 4. Ficha de Controlo de Qualidade 4.1. Instruções de preenchimento: parte II 5. Caso Prático 5.1. Material e equipamento utilizados 5.2. Procedimentos 5.3. Resolução 5.4. Densidades 5.5. Resíduos de Tiossulfato 5.6. Conclusão Bibliografia Notas Nos arquivos, bibliotecas ou centros de documentação, as microformas são tidas como um suporte estável e durável, permitindo assim a conservação e preservação da documentação original, bem como o acesso à mesma. O microfilme é um suporte que dá garantias de autenticidade e integridade, associadas a garantias de durabilidade e estabilidade. No entanto, para que tal aconteça é necessário que o processo de microfilmagem assente em procedimentos normalizados, por forma a garantir a qualidade dos microfilmes produzidos e visando a sua conservação permanente.

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Glória SantosInstituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo

ÍNDICE

1. Introdução 2. Estrutura da película de microfilme3. Controlo de qualidade de microfilmes4. Ficha de Controlo de Qualidade 4.1. Instruções de preenchimento: parte II5. Caso Prático

5.1. Material e equipamento utilizados5.2. Procedimentos5.3. Resolução5.4. Densidades5.5. Resíduos de Tiossulfato5.6. Conclusão

Bibliografia Notas

Nos arquivos, bibliotecas ou centros de documentação, as microformas são tidas como um suporteestável e durável, permitindo assim a conservação e preservação da documentação original, bem como oacesso à mesma.

O microfilme é um suporte que dá garantias de autenticidade e integridade, associadas a garantias dedurabilidade e estabilidade.

No entanto, para que tal aconteça é necessário que o processo de microfilmagem assente emprocedimentos normalizados, por forma a garantir a qualidade dos microfilmes produzidos e visando a suaconservação permanente.

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O tipo de microfilme sobre o qual recai a atenção desta apresentação é constituído por um suportetransparente - poliester - sob o qual é aplicada uma emulsão sais de prata, mais ou menos sensível,suspensa numa camada coloidal (gelatina) que reage à luz, e após a acção de compostos químicos produzreacções de maior ou menor intensidade.

O suporte referido, conhecido quimicamente como poly(ethylene) terephthalate), foi introduzido nomercado em 1956 e apresenta, hoje em dia, uma esperança de vida de 500 anos.

«Practical experience to date and accelerated ageings tests indicate that this film support is more stablethan safety cellulose ester film base and is expected to have a useful life of 500 years.» (1)

Em virtude desta característica o poliester é o suporte utilizado na micrografia, actualmente, para aobtenção de matrizes de conservação permanente, bem como dos respectivos duplicados de trabalho e deconsulta.

Assim, a composição de um microfilme sais de prata, em suporte poliester, é a seguinte:

-> Camada de protecção - composta por um material transparente que visa proteger a película de riscos,manchas ou outros danos na emulsão;

-> Camada de emulsão - composta por cristais microscópicos de halogenetos de prata, suspensos emgelatina;

-> A.H.U. (Anti-halation Undercoating) - camada anti-halo - tem por função evitar que a luz aoatravessar a emulsão possa ser reflectida;

-> Suporte poliester - material transparente que sustenta a emulsão;-> Camada anti-estática - evita a atracção na duplicação ou nos aparelhos de leitura e reprodução.

O controlo de qualidade do microfilme representa uma etapa intermédia/final do processo de produçãodo mesmo e visa verificar todos os parâmetros definidos como essenciais à garantia da autenticidade eintegridade da informação nele contida, bem como as garantias de durabilidade e estabilidade domicrofilme enquanto suporte de informação.

Para que tal aconteça é necessário que sejam asseguradas as condições mínimas exigidas pelas normas,nomeadamente no que se refere a : materiais e equipamentos, procedimentos de execução, revelação,duplicação, controlo de qualidade, acondicionamento e armazenamento.

A qualidade do microfilme passa pelo próprio suporte, sensibilidade cromática, emulsão, produtosutilizados na revelação e composição dos mesmos e pelos próprios materiais de acondicionamento e

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condições de armazenamento.

Este controlo de qualidade abrange os seguintes campos:

- Controlo óptico- Controlo químico- Controlo arquivístico ou bibliográfico

Para tal é necessário o seguinte equipamento de inspecção e controlo de qualidade:

1. unidade de inspecção com bancada de luz inferior2. densitómetro3. microscópio4. lupas5. acessórios: luvas, régua, calculadora, caneta de tinta de conservação e bisturi6. Espectrómetro (para a análise química)

A ficha de controlo de qualidade de microfilmes que se apresenta de seguida, destina-se a aferir osrequisitos mínimos de qualidade que um microfilme sais de prata, em suporte poliester, deve preencher.Está essencialmente vocacionada para microfilmes em rolo, formato 16 e 35 mm.

Esta ficha de recolha de informação foi organizada em 38 campos, abrangendo a identificação domicrofilme, o controlo óptico e químico, bem como o controlo arquivístico ou bibliográfico, podendoconstituir uma base de dados de controlo de qualidade de um sistema de microfilmagem. Pretende-se,assim, elaborar um registo para cada microfilme produzido e considerá-lo ou não um microfilme dequalidade, de acordo com os resultados obtidos.

De referir ainda, que uma ficha de controlo de qualidade tem um caracter iminentemente prático,destinando-se a ser preenchida pelos serviços de microfilmagem que tenham como meta a qualidade,podendo o modelo apresentado ser complementado e devendo acompanhar o desenvolvimento tecnológicoe as actualizações normativas.

Na base da elaboração da ficha apresentada estão as normas ISO (International Organization forStandardization) produzidas sob a responsabilidades do seguintes comités técnicos: TC 171 - DocumentImaging Applications (TC 171/SC 1 Quality; TC 171/SC 2 Application Issues ; TC 171/SC 3 GeneralIssues) e TC 42 Photography.

Os números das normas que se aplicam directamente a cada ponto da ficha aparecem referenciados aolado do mesmo. No entanto é necessário ter em consideração que cada uma destas normas tem depoiscomo referências normativas um conjunto de outras, ou seja, as normas apresentadas tem estreita ligaçãocom outras não mencionadas.

Salienta-se que em alguns casos são referidos os números das normas actualmente em vigor, mastambém o número da revisão da norma que se encontra, a esta data, ainda em projecto. Estas aparecemreferenciadas como ISO/FDIS ou ISO/DIS.

FICHA DE CONTROLO DE QUALIDADE DE MICROFILMES

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Parte I - Identificação

1. Entidade detentora do microfilme2. Entidade detentora do documento3. Entidade responsável pelo controlo de qualidade4. Entidade executora do microfilme5. Data da microfilmagem ou duplicação6. Data de revelação7. Data do controlo de qualidade8. Técnico de controlo de qualidade9. Descrição do documento (Arquivística ou Bibliográfica)10. Cota do microfilme

Parte II - Controlo Óptico e Químico

11. Tipo de suporte _______________ ISO 1060212. Formato 16 mm 35 mm ISO 614813. Espessura do microfilme __________mm ISO 614814. Tipo de emulsão _____________

14.1. N.º da emulsão ______________

ISO 10602

15. Geração 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª ISO 6196/116. Polaridade Positivo Negativo ISO 6196/517. Posição da imagem no filme

modo cine modo comic

ISO 6199

ISO 6196/218. Método de registo

Simplex duplex duo

ISO 6199

ISO 6196/219. Método de códigos

numeração sequencial blips códigos de barras ISO 619920. Utilização

- Arquivo definitivo

- Arquivo intermédio

- Consulta21. Acondicionamento

21.1. cx. de cartão neutro cx. de plástico

21.2. bobine aberta bobine fechada

21.2.1. material utilizado_____________

ISO 10214

ISO/DIS 18902

ISO 1116

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22. Condições ambientais

Temp. ___ºC Humid.Relativa ___%

ISO 5466

ISO/FDIS 1891123. Resíduos de tiossulfato

23.1. Método de análise

23.2. Concentração de tiossulfato

ISO 18917

ISO 10602

Parte II - Controlo Óptico e Químico (continuação)

24. Pontas de segurança

24.1. ponta inicial ____ cm

24.2. ponta final _____cm

ISO 6199

25. Imagens de abertura e encerramento sim não ISO 6199

ISO 408726. Simbologia sim não ISO 987827. Colagens/cortes/rasuras sim não ISO 6199

ISO 1203628. Arraste _______mm ISO 408729. Exposição ____________ ISO 620030. Escala de Redução ___/______ ISO 6199

ISO 1019631. Tipo de câmara Rotativa Planetária

31.1. Marca e modelo _____________________

ISO 10550

ISO 10198

ISO 1059432. Mira Técnica sim não ISO 3334

ISO 619933. Escalas de reduções da Mira Técnica ___/______ ISO 619934. Nº do elemento da miras de resolução ISO nº 2

Mira Técnica Inicial Mira Técnica Final

ISO 3334

ISO 6199

35. Densidades:

Mira inicial _______ Mira final _______

Máxima _______ Mínima _______

ISO 6200

ISO 8126

ISO 3272/2

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Moda _______ Partes não expostas _____

Valores irregulares ________36. Observações:

Parte III - Controlo Arquivístico/Bibliográfico

37. Controlo arquivístico/bibliográfico38. Observações

11. Referir o tipo de suporte do microfilme (no caso em análise trata-se de suporte poliester).

12. Formato do filme em termos de largura, expresso em milímetros.

13. Espessura total do filme (referida pelo fabricante ou medida com um espessimetro).

A Norma ISO 6148 (2) apresenta os seguintes valores que um microfilme pode ter, em termos deespessura (incluindo suporte, camadas sensíveis e camadas protectoras):

Valor nominal de espessura (em mm)

0,060,080,1

0,130,180,21

14. Tipo de emulsão do filme (no caso específico é emulsão sais de prata) e respectivo n.º (referido pelofabricante nas embalagens).

15. Registar o n.º da geração - etapa de reproduções sucessivas, feitas a partir do original, sendo que aprimeira geração é a matriz (filme de câmara).

16. Polaridade do microfilme - branco ou negro dos caracteres em relação ao fundo do documento.Serve para exprimir a alteração (negativo) ou manutenção (positivo) deste aspecto em relação aodocumento original.

Nota: A 1ª geração é sempre negativa.

17. Posição da imagem no filme:

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-> modo cine - o texto (escrita horizontal) é perpendicular ao sentido do comprimento do filme;-> modo comic - o texto (escrita horizontal) é paralelo ao sentido do comprimento do filme.

18. Método de registo:

-> Simplex - as imagens são registadas uma a uma e apenas um fotograma aparece a toda a largura útil domicrofilme;

-> Duplex - as imagens do recto e verso do documento são registadas numa só exposição. Os fotogramasaparecem lado a lado sobre a largura do microfilme;

-> Duo - as imagens são registadas primeiro ao longo de uma metade do microfilme e continuam depoisao longo da outra, em sentido inverso.

19. Método de códigos utilizado, que possibilitará depois a pesquisa automática. No caso dos blipsindicar também quantos níveis existem.

20. Utilização - qual o fim a que se destina o microfilme.

21. Acondicionamento - depende directamente da utilização do microfilme. Assim, para arquivopermanente devem ser utilizadas caixas de cartão neutro e para consulta caixas de plástico.

Em ambos os casos devem ser utilizadas bobines fechadas e com as características, nomeadamente emtermos de dimensões e materiais, estabelecidas pelas normas referidas.

22. Condições ambientais em que o microfilme será armazenado, nomeadamente em termos deTemperatura e Humidade Relativa, bem como em termos de qualidade do ar.

A norma ISO 5466 (3) recomenda que a temperatura e a humidade relativa sejam mantidas a níveisestáveis e dentro dos seguintes valores:

Temperatura máxima e amplitude de Humidade Relativa para armazenamento

Tipo deEmulsão

Armazenamento de média duração Armazenamento de longa duração

TemperaturaMáxima

ºC

Amplitude de H.R.

%

TemperaturaMáxima

ºC

Amplitude de H.R.

%Sais de Prata

Vesicular

Diazo

25 20 a 50 211510

20 a 30

20 a 40

20 a 50

Cor25 20 a 50

2

-3

-10

20 a 30

20 a 40

20 a 50

Fonte: ISO 5466:1996 - Photography - processed safety photographic films - Storage practices

Esta norma será substituída pela norma ISO 18911 (4), que à data ainda se encontra em projecto, sob oformato ISO/FDIS, no entanto os valores avançados para os microfilmes emulsão sais de prata em suportepoliester, para armazenamento de longa duração mantêm-se, ou seja 21º C de temperatura máxima e umaamplitude de humidade relativa entre os 20 e os 50%.

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Ambas as normas referem ainda como fundamental o controlo da qualidade do ar.

23. Resíduos de tiossulfato - deve ser registado o método de análise utilizado, de acordo com a normaISO 1891 (5), bem como os respectivos valores de concentração de tiossulfato, por forma a obter a L.E.(life expectancy) - esperança de vida do microfilme, de acordo com a norma ISO 10602 (6).

O quadro que se segue apresenta os valores máximos de concentração de tiossulfato nos filmes apósrevelação, segundo a norma referida.

Limites de Concentração de Tiossulfato nos filmes

Tipo de Filme Classificação do filme 1) Concentração máxima permitida de tiossulfato g/m2Microfilme L. E. 100

L. E. 500

0,030

0,014

1) L.E. (life expectancy) 500 anos - só se aplica a filmes em suporte poliester.

Fonte: ISO 10602 - Photography - Processed silver-gelatin type black-and- white film - Specificationsfor stability, p.5

24. Pontas de segurança inicial e final de final não exposto, que deve ter um comprimento mínimo de500 mm (podendo ter mais 200 mm) para filmes de 35 mm e de 700 mm para filmes de 16 mm. Estaspontas, para além de segurança, destinam-se a permitir a utilização dos microfilmes nos diversosequipamentos, nomeadamente de leitura e reprodução.

A fim de proceder à análise da concentração de resíduos de tiossulfato, devem ser tidas emconsideração pontas suplementares de 70 mm e 140 mm para filmes de 35 mm e 16 mm respectivamente.

25. Sequências de imagens de abertura e encerramento - conjunto de imagens que devem surgir noinício e no final de cada rolo de microfilme e que incluem: simbologia gráfica aplicada à microfilmagem,identificação do microfilme, informação de carácter técnico e miras técnicas para aferição de densidades eresoluções, informação bibliográfica ou arquivística, restrições à utilização, entre outras.

A esmagadora maioria destas imagens devem ser produzidas com caracteres de um tamanho tal, quesejam passíveis de ser observados a olho nu (no microfilme os caracteres devem ter uma altura mínima de2 mm)

26. Simbologia - a norma ISO 9878 (7) apresenta a simbologia gráfica aplicável à microfilmagem,utilizada para transmitir uma mensagem e representar de forma clara particularidades dos documentosoriginais, bem como sobre a produção e utilização do microfilme.

Estes símbolos devem ser utilizados ao longo do microfilme sempre que se verifique a necessidade defornecer as informações acima referidas.

27. Registar as colagens e cortes - sempre que sejam necessários estes procedimentos, devem obedeceràs recomendações da norma ISO 12036 (8).

Para os microfilmes em suporte poliester é recomendado que as colagens a executar sejam por fundição(ultrasonic).

Salienta-se que se devem reduzir ao mínimo o número de colagens num microfilme (não mais de cinco)e que estas devem ser efectuadas na 1ª geração antes de se procederem às duplicações das geraçõesseguintes.

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28. O arraste é o espaço compreendido entre dois fotogramas, que deve medir no mínimo 2 mm e deveser constante ao longo de todo o microfilme.

29. Exposição - luz projectada sobre o original e reflectida para o microfilme, medida por umfotómetro. Esta intensidade de luz influência directamente os valores de densidade que o microfilme iráapresentar.

Assim, aquela deverá ser seleccionada em função do documento a microfilmar e visando obter adensidade correcta para o grupo de documentação em causa.

30. A escala de redução deve ser determinada pelo tamanho dos caracteres, a qualidade dos originais,as características da câmara e o tamanho dos documentos a microfilmar.

A norma ISO 6199 (9) apresenta os valores de largura e altura máximas dos documentos, por escala deredução nominal, para microfilmes de 16 e 35 mm.

31. A menção ao tipo de câmara de microfilmar utilizada é importante para avaliar procedimentos demicrofilmagem, bem como para determinar os tipos de testes a fazer ao equipamento.

32. Mira Técnica

A mira técnica, que abaixo se reproduz permite fazer a medição dos valores de densidade e deresolução do microfilme. Salienta-se que esta mira técnica é especifica para câmara planetárias, devendoser reproduzida no início e no final de cada microfilme.

Esta mira técnica é constituída por:

-> A escala de redução em caracteres numéricos legíveis a olho nu;-> 5 miras ISO Nº 2 (norma ISO 3334 (10)) - ao centro e em cada um dos quatro campos.-> Duas áreas de leitura de densidade: uma para densidade por reflexão (circulo) e outra de densidade por

transmissão (quadrado).

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33. Escalas de reduções da mira técnica - a mira técnica deve ser microfilmada, no início e no final domicrofilme, a todas as reduções que são utilizadas ao longo do mesmo, para os vários documentos.

34. Cada mira ISO nº 2 deve ser examinada ao microscópio e deve ser registado o número do elementoem que as 5 linhas individuais se conseguem distinguir em ambas as direcções.

Estes números exprimem a resolução dos pares de linhas por milímetro.

Este procedimento deve ser efectuado para as miras técnicas iniciais e finais.

A norma ISO 6199 (11), menciona no seu Anexo C (informativo) os requisitos mínimos de qualidadepara microformas produzidas com câmaras planetárias, relativamente às escalas de redução utilizadas,como podemos observar pelo quadro abaixo reproduzido.

Minimum quality requirements for planetary cameras

Nominal reductionReduction range ISO Test chart Nº 2

Pattern number

From To less thanGenerations Distribution

1st 2nd1:10

1:12

1:16

1:18

1:22

1:9

1:11

1:14

1:17

1:20

1:11

1:14

1:17

1:20

1:23

9,0

8,0

7,1

6,3

5,6

8,0

7,1

6,3

5,6

5,0

7,1

6,3

5,6

5,0

4,5

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1:24

1:30

1:36

1:40

1:48

1:23

1:28

1:33

1:38

1:44

1:28

1:33

1:38

1:44

1:52

5,0

4,5

4,0

3,6

3,2

4,5

4,0

3,6

3,2

2,8

4,0

3,6

3,2

2,8

2,5

Fonte: ISO 6199:1991 (E) - Micrographics - Microfilming of documents on 16 mm and 35 mm silver-gelatin type microfilm - Operating procedures, Annex E (informative), p.1.

35. Registar os seguintes valores de densidade, medidos com um densitómetro:

-> das miras técnicas iniciais e finais (medidos na área de densidade reflexa);-> Máxima e mínima observada ao longo de todo o microfilme ( o nº de imagens examinadas não deve ser

inferior a 3% do nº de imagens contidas no microfilme e não deve ser inferior a 3. Estas imagensdevem ser escolhidas ao acaso e o valor obtido por cada uma deve ser a média de, pelo menos, 3medições em cada imagem).

A densidade deve ser medida nas áreas mais escuras (no caso do negativo) ou nas áreas mais claras (nocaso do positivo):

-> Moda - valor mais vezes observado ao longo do microfilme;-> Partes não expostas - densidade da parte do microfilme que não foi exposto à luz;-> Valores irregulares - grandes variações de densidades devem ser assinaladas.

O controlo da densidade de um microfilme ajuda a assegurar a obtenção de microfilmes e de imagensde qualidade.

Salienta-se que os valores de densidades e a qualidade geral da 1ª geração influenciam directamente aqualidade dos duplicados.

Para a apresentação dos requisitos de qualidade ao longo de cinco gerações, a análise realizadabaseou-se nos valores de densidade e resolução de uma mira técnica, bem como na análise dos resíduos detiossulfato do filme, uma vez que é nestes que assentam os requisitos basilares da qualidade de ummicrofilme.

Assim passamos a descrever os procedimentos envolvidos na elaboração do referido teste.

A) Filme de câmara utilizado: AGFA Copex HDP10, Pet base (PET 10 - 0,10 mm de espessura), 35mm x

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40m, emulsão nº 59390102B) Filme de duplicação utilizado: AGFA Copex Positive, Pet base (PET 10), 35mm x 305m, emulsão nº

44290319Nota: filme não reversível.

C) Tipo de câmara: PlanetáriaMarca: SMA Schaut GmbHModelo: SMA1Standard Model for 35 mm filmEscala de redução 7.4x a 30xLente Carl Zeiss S-Biogon f = 40 mm

D) FotómetroMarca: GossenModelo: Panlux (luz reflexa)

E) ReveladoraMarca: AGFAModelo: Copex FP500Com sistema de regeneração, filtros de água e descalcificador a funcionar

F) Duplicador de microfilmes sais de prataMarca: EXTEKModelo: 2101

G) DensitómetroMarca: SMA Document GMBHModelo: Densicomp

H) MicroscópioEuromex100X

I) EspectrómetroMarca: UNICAMModelo: Helios

5. 2. Procedimentos

-> Exposição 1.4-> Escala de Redução 1/10,5 X-> Revelação: 35º C, 3 metros/minuto-> Duplicação (lâmpada de exposição): 380 Lux

A resolução de um microfilme é medida a partir dos elementos da mira ISO n.º 2 (norma ISO 3334), jámencionados na composição da Mira Técnica. No teste efectuado foram os seguintes os valores obtidos,ao longo das cinco gerações:

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1ª Geração

2ª Geração

3ª Geração

4ª Geração

5ª Geração

Os valores obtidos encontram-se dentro dos estabelecidos pela Norma ISO 6199 (12).

Assim:

-> Para uma 1ª geração, utilizando a escala de redução 1/10,5, a norma ISO 6199 refere como requisito dequalidade mínima o elemento nº 9,0 das miras de resolução.Nos testes efectuados obtivemos como resolução, da 1ª geração, o elemento nº 11 nas 5 miras deresolução da mira técnica, sendo a escala de redução utilizada a 1/10.5;

-> Para uma 2ª geração, utilizando a escala de redução 1/10.5, a norma ISO 6199 refere como requisito dequalidade mínima o elemento nº 8,0 das miras de resolução.Nos testes obtivemos como resolução, na 2ª geração, o elemento nº 10 nas 5 miras de resolução damira técnica, sendo a escala de redução utilizada a 1/10.5;

-> Nos duplicados das gerações seguintes (3ª, 4ª e 5ª), obtivemos os seguintes valores 9,0, 8,0 e 7,1respectivamente.

-> Salienta-se que a norma ISO 6199 refere no seu Anexo C (informative) o seguinte: «At least onepattern smaller should be resolved on the first generation microform to each subsequent generationthat is to be made. (13)»

Como já foi referido o controlo da densidade de um microfilme ajuda a assegurar a obtenção demicrofilmes e de imagens de qualidade.

A norma ISO 6200 especifica o método de medição de densidades para microfilmes, sais de prata de 1ªgeração, e especifica os valores de densidades para as diferentes qualidades de documentos.

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Quanto à norma ISO 8126, esta refere-se às densidades dos filmes duplicados.

Os valores de densidade para o teste efectuado foram medidos na área leitura da densidade por reflexãoe nas partes não exposta do filme, tendo sido obtidos os seguintes valores:

1ª Ger. 2ª Ger. 3ª Ger. 4ª Ger. 5ª Ger.Mira Técnica 1,10 0,07 1,11 0,11 1,03Partes não expostas 0,02 1,19 0,09 1,06 0,12

Densidades - Microfilmes negativos

Verificamos, ao comparar os valores das sucessivas gerações de microfilmes negativos, que os valoresobtidos na Mira Técnica não apresentam variações significativas mantendo-se dentro de um só grupo dedocumentação. Por exemplo se considerarmos que a Mira Técnica pertence ao grupo 1 (14) (densidadeentre 1,00 e 1,50), obtivemos um valor para a 1ª geração que se encontra entre estes valores, sendo que os

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seguintes microfilmes negativos não apresentam grandes variações.

Relativamente aos valores de densidades das partes não expostas e considerando que a norma ISO 6200refere que este valor para a base não deve ser superior a 0,10 (para uma 1ª geração), podemos concluir queos valor obtidos garantem uma boa qualidade, uma vez que o valor mais elevado é 0,12 (obtido numa 5ªgeração).

Relativamente aos microfilmes de 2ª e 4ª geração, também não ocorreram variações significativas querao nível dos valores de densidade da Mira Técnica, quer em relação aos valores da base (partes nãoexpostas).

A preservação dos microfilmes sais de prata depende, entre outros factores, dos produtos químicos quepermanecem no mesmo após a lavagem.

As concentrações excessivas de iões de tiossulfato retidas no filme, produzem um ou mais dos seguintesfenómenos (15):

- «yellow-brown discoloration in the low-density areas of the film;- bleaching or loss of density in the image areas;- increase in density of the image areas».

A análise dos teor de iões tiossulfato residuais em microfilme foi realizada no dia seguinte ao darevelação do microfilme 1ª geração em análise, sendo que a norma ISO 10602 (16) recomenda que esta sejafeita no prazo máximo de duas semanas depois da revelação.

O método de análise utilizado foi o Azul de Metileno (17), utilizando uma amostra de 10cm2 de filme,sendo o valor do nível de iões de tiossulfato registado o seguinte: 0,08196g/cm2 de filme, o que significaeste microfilme (matriz - 1ª geração) apresenta uma previsão de durabilidade de 500 anos, de acordo com anorma ISO 10602 (18).

Os testes efectuados, tendo em consideração os procedimentos normalizados da ISO, revelam que naprática podemos obter microfilmes que cumprem os requisitos de qualidade ao longo de sucessivasgerações, no caso específico 5 gerações.

Neste sentido, podemos afirmar que estamos perante um suporte estável e durável, que nos permitemanter a integridade da documentação, dentro de parâmetros de qualidade, ao longo de várias geraçõesobtidas a partir de duplicações sucessivas. Estas não implicam, assim, directamente uma diminuiçãosignificativa da qualidade do microfilme, ou da informação nele contida.

Considerando o que acima foi referido, resta concluir que um microfilme que respeite todos osprocedimentos normalizados em termos de materiais e equipamentos, execução, revelação, duplicação,controlo de qualidade, acondicionamento e armazenamento oferece todas as garantias em termos delegibilidade, integridade e permanência da informação.

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- Normas da responsabilidade do TC 171 «Document imaging applications»

1) TC 171 /SC 1 Quality

ISO 3334:1989 Micrographics - ISO resolution test chart No. 2 - Description and use

ISO 6200:1999 Micrographics - First generation silver-gelatin microforms of source documents - Densityspecifications and method of measurement

ISO 8126:2000 Micrographics - Duplicating film, silver, diazo and vesicular - Visual density -Specifications and measurement

ISO 10198:1994 Micrographics - Rotary camera for 16 mm microfilm - Mechanical and opticalcharacteristics

ISO 10550:1994 Micrographics - Planetary camera systems - Test target for checking performance

ISO 10594:1997 Micrographics - Rotary camera systems - Test target for checking performance

ISO/TR 12031:2000 Micrographics - Inspection of silver-gelatin microforms for evidence of deterioration

2) TC 171/SC 2 Application issues

ISO 1116:1999 Micrographics - 16 mm and 35 mm microfilm spools and reels - Specifications

ISO 3272-1:1983 Microfilming of technical drawings and other drawing office documents - Part 1:Operating procedures

ISO 3272-2:1994 Microfilming of technical drawings and other drawing office documents - Part 2: Qualitycriteria and control of 35 mm silver gelatin microfilms

ISO 4087:1991 Micrographics - Microfilming of newspapers for archival purposes on 35 mm microfilm

ISO 6199:1991 Micrographics - Microfilming of documents on 16 mm and 35 mm silver-gelatin typemicrofilm - Operating procedures

ISO 6829:1983 Flowchart symbols and their use in micrographics

ISO 9878:1990 Micrographics - Graphical symbols for use in microfilming

ISO 10196:1990 Micrographics - Recommendations for the creation of original documents

3) TC 171/SC 3 General issues

ISO 6196-1:1993 Micrographics - Vocabulary - Part 1: General terms

ISO 6196-2:1993 Micrographics - Vocabulary - Part 2: Image positions and methods of recording

ISO 6196-3:1997 Micrographics - Vocabulary - Part 3: Film processing

ISO 6196-4:1998 Micrographics - Vocabulary - Part 4: Materials and packaging

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ISO 6196-5:1987 Micrographics - Vocabulary - Part 5: Quality of images, legibility, inspection

ISO 6196-6:1992 Micrographics - Vocabulary - Part 6: Equipment

ISO 6196-7:1992 Micrographics - Vocabulary - Part 7: Computer micrographics

ISO 6196-8:1998 Micrographics - Vocabulary - Part 8: Use

ISO 6196-10:1999 Micrographics - Vocabulary - Part 10: Index

ISO/TR 10200:1990 Legal admissibility of microforms

ISO/TR 10200:1990/ Amd 1:1997

ISO/TR 12036:2000 Micrographics - Expungement, deletion, correction or amendment of records onmicroforms

- Normas da responsabilidade directa do TC 42 «Photography»

ISO 5-1:1984 Photography - Density measurements - Part 1: Terms, symbols and notations

ISO 5-2:1991 Photography - Density measurements - Part 2: Geometric conditions for transmission density

ISO 5-3:1995 Photography - Density measurements - Part 3: Spectral conditions

ISO 5-4:1995 Photography - Density measurements - Part 4: Geometric conditions for reflection density

ISO 543:1990 Photography - Photographic films - Specifications for safety film

ISO 5466:1996 Photography - Processed safety photographic films - Storage practices

ISO 6148:1993 Photography - Film dimensions - Micrographics

ISO 10214:1991 Photography - Processed photographic materials - Filing enclosures for storage

ISO 10214:1991/Cor 1:1992

ISO 10331:1991 Photography - Unprocessed photographic films and papers - Storage practices

ISO 10602:1995 Photography - Processed silver-gelatin type black-and-white film - Specifications forstability

ISO 12206:1995 Photography - Methods for the evaluation of the effectiveness of chemical conversion ofsilver images against oxidation

ISO/DIS 18902.2 Photography - Processed photographic films, plates and papers - Filing enclosures andstorage containers

ISO/FDIS 18911 Photography - Processed safety photographic films - Storage practices

ISO 18917:1999 Photography - Determination of residual thiosulfate and other related chemicals inprocessed photographic materials - Methods using iodine-amylose, methylene blue and silver sulfide

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1. ISO 10602: 1995, Photography - Processed silver-gelartin type black-and-white film -Specifications for stability, p. v

2. ISO 6148:1993 Photography - Film dimensions - Micrographics

3. ISO 5466:1996 - Photography - processed safety photographic films - Storage practices, p. 5

4. ISO/FDIS 18911 - Imaging materials - Processed safety photographic films - Storage practices, p6.

5. ISO 18917:1999 Photography - Determination of residual thiosulfate and other related chemicalsin processed photographic materials - Methods using iodine-amylose, methylene blue and silver sulfide

6. ISO 10602:1995 Photography - Processed silver-gelatin type black-and-white film - Specificationsfor stability, p. 5

7. ISO 9878:1990 Micrographics - Graphical symbols for use in microfilming

8. ISO/TR 12036:2000 Micrographics - Expungement, deletion, correction or amendment of recordson microforms

9. ISO 6199:1991 Micrographics - Microfilming of documents on 16 mm and 35 mm silver-gelatintype microfilm - Operating procedures, p 6

10. ISO 3334:1989 Micrographics - ISO resolution test chart No. 2 - Description and use

11. ISO 6199:1991 (E) - Micrographics - Microfilming of documents on 16 mm and 35 mm silver-gelatin type microfilm - Operating procedures

12. ISO 6199: 1991 Micrographics - Microfilming of documens on 16 mm and 35 mm silver-gelatintype microfilm - Operating procedures, Annexe E (informative)

13. ISO 6199: 1991 Micrographics - Microfilming of documents on 16 mm and 35 mm silver-gelatintype microfilm - Operating procedures, Annexe C (informative)

14. ISO 6200:1999 Micrographics - First generation silver-gelatin microforms of source documents -Density specifications and method of measurement, p.2

15. ISO 10602:1995 Photography - Processed silver-gelatin type black-and-white film -Specifications for stability, Annex B (informative)

16. ISO 10602:1995 Photography - Processed silver-gelatin type black-and-white film -Specifications for stability, p. 4

17. ISO 18917:1999 Photography - Determination of residual thiosulfate and other related chemicalsin processed photographic materials - Methods using iodine-amylose, methylene blue and silver sulfide

18. ISO 10602:1995 Photography - Processed silver-gelatin type black-and-white film -Specifications for stability, p. 5

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VI Seminario/Taller de Archivos Fílmicos de la Filmoteca Española

Requisitos de calidad técnica demicrofilmes de sales de plata, en soportepoliester, de acuerdo con lo establecidoen las normas internacionales de la ISO(International Organization forStandardiz Glória Santos - IAN/TT

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Introducción

El microfilme es un soporte que garantiza la autenticidad e integridad, y aún garantiza la durabilidad y estabilidad.Todavía, es necesario que el proceso de microfilmación esté asentado en procedimientos normalizados, de forma que garantice la calidad de los microfilmes producidos en vistas a la conservación permanente.

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Control de calidad de microfilmes

Etapa intermedia/final del proceso de producción de los microfilmes

Tiene como objetivo verificar todos los parámetros definidos como esenciales a la garantía de la autenticidad e integridad de la información Así como las garantías de durabilidad y estabilidad del microfilme como soporte de información.

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Control de calidad de microfilmes

Deben ser aseguradas las condiciones mínimas exigidas por las normas, especialmente en lo que se refiere a : materiales y equipo, procedimientos de ejecución, revelación, duplicación, control de calidad, acondicionamiento y almacenamiento.

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Control de calidad de microfilmes

Control óptico Control químico

Control archivístico o bibliográfico

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Control de calidad de microfilmes

Equipo de inspección y control de calidad unidad de inspección densitómetro microscopio lupas

accesorios: guantes, regla, calculadora, portaplumas de tinta de conservación y bisturí

spectrometer (para análisis químico)

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Ficha de control de calidad

Objetivo: cotejar los requisitos mínimos de calidad que un microfilme sales de plata, en soporte poliester, debe cumplir

(microfilmes en rollo, formato 16 e 35 mm)

Está organizada en 38 campos, abarcando la identificación del microfilme, el control óptico y químico, y el control archivístico o bibliográfico

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Ficha de control de calidad

Elaborar un registro para cada microfilme producido y considerar si es un microfilme de calidad o no, de acuerdo con los resultados obtenidos. Tiene un carácter inminentemente práctico y debe acompañar el desarrollo tecnológico y las actualizaciones normativas.

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Ficha de control de calidad

Normas ISO (International Organization for Standardization) de los comités técnicos:

TC 171 � Document Imaging Applications (TC 171/SC 1 QualityTC 171/SC 2 Application IssuesTC 171/SC 3 General Issues

TC 42 Photography

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Ficha de control de calidad

I - IDENTIFICACIÓN

1. Entidad depositaria del microfilme 2. Entidad depositaria del documento 3. Entidad responsable por el control de calidad4. Entidad ejecutora del microfilme

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Ficha de control de calidad

5. Fecha de la microfilmación o duplicación 6. Fecha del revelado7. Fecha del control de calidad8. Técnico de control de calidad9. Descripción del documento (Archivística o Bibliográfica)10. Identificación del microfilme (Archivística o Bibliográfica)

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Ficha de controlo de calidad

Parte II � Control Óptico y Químico11. Tipo de soporte 12. Formato 16 mm � 35 mm �13. Grosor del microfilme14. Tipo de emulsión

14.1. N.º de emulsión 15. Generación 1ª � 2ª � 3ª � 4ª � 5ª

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Ficha de control de calidad

16. Polaridad: Positivo� Negativo�

17. Posición de la imagen en el microfilme modo cine � modo cómic �

18. Método de registro Simplex � dúplex � dúo �

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Ficha de control de calidad

19. Método de códigos numeración secuencial � blips � códigos de barras �

20. Utilización Archivo definitivo � Archivo intermedio � Consulta �

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Ficha de controlo de calidad

21. Acondicionamientocaja de cartón neutro � caja de plástico � bobina abierta � bobina cerrada �

material utilizado_____________

22. Condiciones ambientalesTemperatura ___ºC Humedad Relativa __%

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Ficha de control de calidad

23. Residuos de tiossulfato 23.1. Método de análisis 23.2. Concentración de tiossulfato

24. Punta de seguridad24.1. punta inicial ____ cm 24.2. punta final _____cm

25. Imágenes de apertura y cierre si � no �

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Ficha de control de calidad

26. Simbología si � no �27. Coladuras/cortes/borraduras si � no �28. Arrastre _____ mm 29. Exposición 30. Grado de Reducción ___/______31. Tipo de cámara Rotativa � Planetaria �

31.1. Marca y modelo _____________________

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Ficha de control de calidad

32. Tarjeta Técnica si � no �

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Ficha de control de calidad

33. Grados de reducción de la Tarjeta Técnica 34. Nº del elemento de la tarjeta de resolución ISOnº 2

Tarjeta Técnica Inicial Tarjeta Técnica Final 35. Densidades:

Tarjeta inicial _______ Tarjeta final _______Máxima _______ Mínima _______ Moda _______ Partes no expuestas _____ Valores irregulares ________

36. Observaciones:

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Ficha de control de calidad

Parte III � Control Archivistico/Bibliográfico37. Control archivistico/bibliográfico

estado de conservación de la documentación y particularidades de la misma

38. Observaciones

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Caso Práctico

Resolución de la Tarjeta Técnica zDensidad de la Tarjeta Técnica zConcentración de Residuos de Tiossulfato

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Caso Práctico

El análisis del tenor de iones de tiossulfato residuales en microfilme ha sido realizado en el día siguiente al de la revelación del microfilme 1ª generación en análisis.El método del análisis utilizado ha sido el del Azul de Metileno y el valor del nivel deiones de tiossulfato registrado en ese microfilme (matriz � 1ª generación) apunta para una previsión de durabilidad de 500 años, de acuerdo con la norma ISO 10602.

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Conclusión

Los tests efectuados, con base en procedimientos normalizados de la ISO, revelan que en la práctica podemos obtener microfilmes que cumplen los requisitos de calidad durante sucesivas generaciones, en el caso específico 5 generaciones.